Ano XIV • Nº 160 • Dezembro 2012 • R$ 15,00
entrevista
Jaime Drummond, fundador e presidente da Mahogany, defende o romantismo no visual de produtos de beleza
evento
Pack Expo 2012, em Chicago, mostrou novidades e um viés de recuperação para a indústria do packaging
a r b e z r a d o ã n a r Pa evitar falhas na leitura de az de p Saiba como rras – um problema ca ba s marcas a d a ç r o f a códigos de ndas e diluir e v r a ic d ju e pr
Editorial UMA CONVERSA COM O LEITOR
Um bom ano, com realizações e inovação Encerra-se mais um ano e, além dos sinceros votos de bem-estar pessoal e êxito nos negócios para o futuro a todos que nos lêem, quero fazer aqui um balanço de nossas próprias atividades. Ele se resume nas palavras realizações e inovação. Porém, dentro desses dois conceitos, cabe ressaltar, primeiramente, que EmbalagemMarca definiu um acordo que vinha sendo costurado com a revista americana Packaging World. Com o acerto de um intercâmbio de conteúdo, os dois veículos especializados em packaging, referências em seus respectivos países de atuação, visam refinar a qualidade de seus serviços editoriais. Ao mesmo tempo, atuarão reciprocamente com agentes comerciais, como poder ser visto na página 64. A parceria entra em vigor em janeiro próximo. Entendemos ser interessante também ressaltar a realização da sexta edição do Prêmio Grandes Cases de Embalagem, ocorrida com êxito total e consagrador em todas suas etapas. Estamos desde já trabalhando para que esse sucesso não só se repita, mas seja merecido porque a premiação será aperfeiçoada na edição de 2013. Nas páginas deste exemplar da revista é feito um balanço e são apresentados com destaque cada um dos 31
cases vencedores do Prêmio em 2012. Convém ressaltar que a maneira como é feita essa apresentação – em amplo espaço na revista impressa, em sua versão eletrônica disponível em diferentes plataformas, no site da revista, na edição semanal da newsletter econômica de EmbalagemMarca e ainda na distribuição de centenas de pendrives ao setor, contendo a descrição animada dos cases – agregam a Grandes Cases de Embalagem uma amplitude de divulgação das empresas premiadas (usuárias de embalagem e seus fornecedores) que nenhuma iniciativa similar oferece no Brasil. Pode-se dizer, em síntese, que a premiação materializa o mote de que dela participar é importante para as empresas e para os profissionais responsáveis pela criação e pelo desempenho das embalagens em nosso País. Para concluir esta mensagem, recomendo a leitura da reportagem de capa, de autoria de Flávio Palhares, sobre codificação – mais especificamente, sobre uso de códigos de barras nas embalagens. Nela há boas dicas para evitar problemas de estoque, de logística e de vendas. Até janeiro.
WILSON PALHARES
“Em 2013 entra em vigor uma parceria para aprimorar o conteúdo editorial da revista. E já trabalhamos para que o Prêmio Grandes Cases de
Embalagem,
consagrado como um sucesso, tenha êxito ainda maior” Dezembro 2012 |
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Edição 160 • Dezembro 2012
Sumário
ESPECIAL – GRANDES CASES DE EMBALAGEM
Reportagem de capa: Codificação
Conheça os 31 projetos vencedores da sexta edição do prêmio. Saiba, também, como foram o troféu e a festa de anúncio dos vencedores
Aplicação inadequada de códigos de barras dificulta leitura nos pontos de venda e causam transtornos para a indústria e para o varejo. Reportagem mostra os erros mais comuns e o que fazer para minimizar os problemas – Por Flávio Palhares
18
14 6 Ferramentas Linha com apelo profissional sobressai ao adotar cartelas-blister com formato exclusivo 8 Painel Nadir Figueiredo faz 100 anos e lança livro comemorativo •
6
62
Klöckner Pentaplast ampliará produção de filmes no País • A entrada da International Paper no mercado de embalagens • DuPont terá produtos com plástico “verde” da Braskem • Optima anuncia novas máquinas feitas no Brasil
62 Evento Leve melhora da economia faz a Pack Expo International, nos Estados Unidos, pulsar em ritmo mais acelerado – e abrir mais espaço para novidades 66 Rótulos Castrol usa rótulo com “efeitos especiais” para mostrar qualidade de lubrificante
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68 Entrevista O presidente da Mahogany, Jaime Drummond, fala da predileção da empresa por flores e recursos românticos na apresentação de cosméticos e perfumes 72 Display Kits de banho inspirados em bólidos • Sopas prontas chegam ao mercado em pouches • Latas colecionáveis são adotadas para conservas • Uísque ganha nova garrafa artística • PET de 1 litro é a nova opção de energético • Cervejas em edições de fim de ano
72
78
78 Almanaque A origem do panetone • Papai Noel é invenção da Coca-Cola? • A criação de um clássico pela Bauducco • Receita de vela natalina com caixinha
Empresas que anunciam nesta edição Aoki..............................................................67 Ampacet..................................................... 13 Aptar B&H Embalagens...........................79 Baumgarten...............................................25 Bericap..........................................................5 BMP Plásticos............................................19 Catuaí Print................................................. 17
Congraf.......................................................37 Coppola..................................................... 80 Designful..................................................... 77 Gráfica Ipê..................................................75 Grandes Cases..........................................73 Grif............................................................... 65 Indexflex........................................................2
Logoplaste..................................................47 Maxcor.........................................................11 Mirvi.............................................................. 31 Moltec......................................................... 77 Optima..........................................................9 PE Latina.................................................... 29 Prakolar.......................................................61
Prodesign................................................... 39 Sarapuí........................................................... 7 Silgan White Cap..................................... 63 Simbios-Pack............................................. 77 Suzano........................................ Sobrecapa Vidro Porto................................................ 69 Wheaton.....................................................35
Diretor de redação: Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br • Editor executivo: Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.br • Redação: Flávio Palhares | flavio@embalagemmarca.com.br • Comercial: Juliana Lenz | juliana@embalagemmarca.com.br • Karin Trojan | karin@embalagemmarca.com.br • Wagner Ferreira | wagner@embalagemmarca.com.br • Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | carlos@embalagemmarca.com.br • Administração: Eunice Fruet | eunice@embalagemmarca.com.br • Marcos Palhares | marcos@embalagemmarca.com.br • Eventos: Marcella Freitas | marcella@embalagemmarca.com.br • Circulação e assinaturas (assinatura anual R$ 150): Kelly Cardoso | assinaturas@embalagemmarca.com.br
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Ferramentas
Potência na embalagem Cartelas blister valorizam linha de ferramentas com apelo profissional
Uma das principais marcas de fer-
Impressão com tintas especiais tem objetivo de dar aspecto de aço ao papel cartão
ramentas de alto padrão no Brasil, a Famastil Taurus Ferramentas, de Gramado (RS), passa a oferecer uma linha que se destaca não apenas pela qualidade, mas também pelas embalagens com design exclusivo. A nova linha Taurus Ferramentas Premium busca se inserir no mercado atraindo um público que procura não só por uma boa ferramenta, mas um equipamento robusto e eficiente. Para fazer os produtos transmitir percepção de nobreza, a empresa adotou cartelas blister requintadas, que sobressaem nos pontos de venda. O formato das embalagens é inspirado no touro, símbolo da Taurus e sinônimo de robustez. A cartela recebeu um desenho que alude ao contorno de uma cabeça de touro, feito a partir de ilustrações estilizadas da face do animal. Esse elemento ganhou a cor prata, relacionada ao aço utilizado no produto e impressa em tinta especial, que remete à aparência do material. Nos demais elementos da embalagem predomina 0 preto, utilizado por sua frequente associação a sofisticação e qualidade. De acordo com a agência Design 21, responsável pelo projeto, apenas
as informações estritamente necessárias são aplicadas na parte frontal da cartela, resultando num design limpo e sofisticado. Além disso, atributos de cada produto são identificados por selos que simbolizam a tecnologia utilizada na produção de peças. “Precisávamos de equilíbrio: comunicar aos consumidores que se trata de uma linha de ferramentas poderosas, robustas, e também muito bonitas”, afirma Marcos Guimarães, diretor de criação e gestor da Design21. As embalagens foram adotadas pela Famastil Taurus nos mais de 200 itens que a linha oferece. O mesmo estilo de design, derivado de um estudo minucioso de identidade de marca, será aplicado em material de lançamento e displays de pontos de venda. Para a Taurus, o visual cumpriu seu objetivo: traduzir os atributos da companhia e de suas ferramentas de forma inovadora e estratégica.
Design
Design 21 (51) 3092-7400 www.design21.com.br
Formato das cartelas blister é inspirado em touro, símbolo da marca Taurus
6 | Dezembro 2012
Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
Edição: Guilherme Kamio guma@embalagemmarca.com.br
DATAS
Centenário com primor Dois destaques marcam o centenário de fundação da Nadir Figueiredo, este ano. O primeiro é a proeza de a vidraria que tem sede no bairro da Vila Maria, em São Paulo, ser uma das escassas empresas de capital 100% brasileiro que completam um século de existência – e, mais que isso, de crescimento contínuo. O segundo é que seus diretores decidiram investir um valor não revelado, mas certamente elevado, num primoroso livro comemorativo. Trata-se de outra excepcionalidade num País, como o Brasil, onde a memória, sobretudo a industrial, é geralmente ignorada. No livro Nadir Figueiredo 100 anos a história da corporação, nascida das mãos de um criativo empreendedor, é contada, em português e em inglês, em 170 páginas ilustradas com profusão de fotos. Pelo que se deduz do saboroso texto do autor, o escritor Ignácio de Loyola Brandão, a qualificação de “criativo” para o fundador da centenária vidraria é sem dúvida mais adequada do que o corriqueiro “nato” usualmente acoplado
Livro celebra os 100 anos da Nadir Figueiredo, companhia vidreira de classe mundial ao substantivo “empreendedor”. Na verdade, em 1903, o menino Nadir Dias de Figueiredo, então com 12 anos de idade, teve de começar a lutar ao lado da mãe e do irmão um ano mais velho, Morvan, para garantir o sustento de outros quatro irmãos, ao ficar órfão do pai, em Belo Horizonte, onde nascera. Da capital mineira ele mudaria para São Paulo, onde em pouco menos de dez anos trocaria um emprego de ajudante na Casa Guinle, especializada em serviços de engenharia mecânica, hidráulica e eletricidade, por um negócio próprio, montado em sociedade com Morvan, no centro da capital paulista: uma loja especializada em vendas e manutenção de registradoras, máquinas de escrever e de somar. Dali em diante, norteou-se sempre por um
lema aprendido com os proprietários da Casa Guinle: “Não existem maus negócios. Existem, isto sim, maus negociantes”. Fiel a esse lema, a Nadir Figueiredo foi uma empresa que se dedicou a variadíssimos ramos de atividade, até adquirir, em 1935, a primeira fábrica de vidros, ainda manual. Desde então, sua marca é presença constante na produção de embalagens para bebidas e alimentos e, sobretudo, de artigos de mesa, segmento no qual sobressai o famoso “copo americano” do qual já foram produzidas mais de 6 bilhões de unidades. Às vésperas de seu centenário, a empresa comunicou a aquisição da divisão de utilidades domésticas da Saint-Gobain Vidros S/A, tornando-se detentora das marcas Marinex, Duralex e Santa Marina. E anunciou que, “até 2013, serão investidos na empresa 245 milhões de reais, o que, além de consolidar a Nadir Figueiredo como companhia de classe mundial, a destaca e a consagra como referência de excelência no ramo vidreiro de utilidades domésticas”.
Livro resgata a trajetória da vidraria com texto saboroso e profusão de fotos históricas
8 | Dezembro 2012
Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS
EMBALAGENS E DAS MARCAS
PET
Chegada às gôndolas Meses depois de seu anúncio, em junho de 2011, a garrafa de 2 litros do Guaraná Antarctica totalmente derivada da reciclagem de resina PET pós-consumo finalmente estreou no mercado brasileiro. Segundo a Ambev, fabricante do refrigerante, a demora para o lançamento da embalagem se deveu à espera por sua aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A tecnologia empregada permite que qualquer outra embalagem de PET, independente de cor, formato ou fabricante, seja aproveitada na produção do
recipiente. De acordo com a Ambev, 28 milhões de unidades do novo modelo de garrafa já haviam chegado ao mercado até novembro último. A previsão é de que esse índice alcance 40 milhões de embalagens até o fim de 2012. Produzidas nas fábricas da Ambev do Rio de Janeiro, de Curitibana (PR) e de Sapucaia (RS), as embalagens de 2 litros feitas de PET 100% reciclado consumiriam 70% menos energia elétrica em sua produção comparadas àquelas obtidas de material virgem. Também abreviariam o consumo de
água em 20%. Conforme declara a Ambev, a inovação retira do ambiente um equivalente a 30 metros cúbicos de material descartado em aterros sanitários para cada cinco toneladas de PET reciclado. A nova garrafa está disponível na Região Sul e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com expansão prevista para todo o País até o final de 2014. Origem na reciclagem é destacada no rótulo
FILMES GENTE
Aporte em Cotia Produtora de filmes para embalagens de medicamentos, dispositivos médicos, alimentos, eletrônicos e termoformados de uso geral, a Klöckner Pentaplast anunciou que ampliará sua capacidade de produção no Brasil. A partir do quarto trimestre de 2013, a fábrica da empresa em Cotia (SP) terá acréscimo de 1 200 toneladas de capacidade de revestimento e laminação de filmes da linha Pentapharm, dirigidos a blisters de comprimidos. Em 2014, a capacidade de calandragem de PVC também será ampliada em 12 000 toneladas, para o atendimento dos mercados farmacêutico, de alimentos, impressão, cartões e termoformagem em geral. O projeto, orçado em 15,1 milhões de dólares, contempla a contratação de 36 novos funcionários.
Fábrica da KP irá produzir mais filmes para blisters
10 | Dezembro 2012
Novo líder em latas O engenheiro Carlos Medeiros (foto) é o novo presidente do negócio de latas para bebidas da Rexam na América do Sul. O executivo, que sucede a André Balbi, será responsável pelas treze unidades localizadas na região (onze no Brasil, uma no Chile e uma na Argentina). Medeiros ocupava o cargo de vice-presidente para a América Latina da MEMC/SunEdison, empresa de energia solar.
CARTONADAS ASSÉPTICAS
RESINAS
Projeto concluído
Mais uma parceria “verde”
A SIG Combibloc ampliou o projeto da segunda fase de sua fábrica brasileira de embalagens cartonadas assépticas, inaugurada em junho de 2011 em Campo Largo (PR). A empresa investiu 100 milhões de reais na instalação de uma linha de extrusão, responsável pela laminação de papel cartão com polímero e alumínio. “Com mais esta etapa, a SIG conclui 100% do projeto e totaliza o investimento anunciado inicialmente de 270 milhões de reais”, afirma o diretor-presidente da SIG Combibloc América do Sul, Ricardo Rodriguez.
A DuPont anunciou que oferecerá, em breve, materiais com base no polietileno “verde” da Braskem, derivado do etanol da cana-de-açúcar. As novidades serão incorporadas à linha de resinas adesivas Bynel e à família de modificadores de polímeros Fusabond. De acordo com a DuPont, elas igualarão ou superarão o desempenho de seus equivalentes derivados do petróleo, com vantagens de sustentabilidade. O anúncio promete desdobramentos para a indústria de embalagens especialmente no caso das resinas adesivas de coextrusão Bynel. Também conhecidas como tie layers, elas ajudam a viabilizar barreiras, vedação de calor e outras funções em estruturas multicamadas como filmes, garrafas, tubos e folhas termoformáveis.
CELULÓSICAS
RECICLAGEM
IP entra no jogo
Do mar para as gôndolas
A International Paper (IP) e a Jari Celulose, Papel e Embalagens, braço do Grupo Orsa, estabeleceram uma joint venture para atuar no mercado brasileiro de embalagens. Uma nova empresa será criada a partir dos ativos de embalagem do Grupo Orsa, compostos por três fábricas de papelão para embalagens e quatro unidades de embalagens de papelão ondulado. A IP, que até então atuava no Brasil somente com papéis brancos para imprimir, desembolsou 470 milhões de dólares por 75% de participação no negócio. “Esse acordo vai ao encontro da nossa meta de criar uma plataforma sustentável de crescimento na América Latina no setor de embalagens”, afirma Jean-Michel Ribieras, presidente da International Paper América Latina. As companhias esperam concluir a transação no primeiro trimestre de 2013, após as aprovações legais necessárias.
Conhecida por oferecer produtos de limpeza doméstica ecologicamente corretos em embalagens de design caprichado, a americana Method adotou, no fim de outubro último, frascos feitos de uma combinação de plásticos recolhidos do oceano e de plástico pós-consumo reciclado. As embalagens personificam uma edição limitada de um novo produto, um detergente dois em um (para mãos e louças) vendido somente na rede varejista Whole Foods Market. O plástico “oceânico” foi recolhido durante os últimos dezoito meses em praias do Havaí, por meio de alianças com organizações locais de proteção ambiental. Brandida como inédita, a tecnologia para recuperação e transformação do material em embalagens foi desenvolvida em parceria com a empresa de reciclagem Envision Plastics (ver EmbalagemMarca nº 148, dezembro de 2011).
Embalagem é a primeira a conter plástico recolhido do oceano
emb.bz/160method
Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS
EMBALAGENS E DAS MARCAS
númeroS
33,1
bilhões de dólares
Será o valor do mercado brasileiro de embalagens em 2016, após crescimentos médios anuais de 7,13% nos quatro anos anteriores. Essa é a previsão da Bricdata, consultoria especializada em economias emergentes
208,4 bilhões de dólares
Deverá alcançar, em 2012, o mercado mundial de embalagens industriais e para transporte de carga, como tambores, IBCs e big bags. A previsão é de um estudo da consultoria inglesa Visiongain
32,1
milhões
de toneladas Será a demanda global de embalagens de transporte prontas para o varejo – também conhecidas como caixas-display ou retail-ready packaging – em 2017. De acordo com a consultoria Smithers Pira, o volume corresponderá a 63,4 bilhões de dólares
12 | Dezembro 2012
CARTONADAS ASSÉPTICAS
História em episódios Comemorando mundialmente o 60º aniversário da entrega da sua primeira máquina de envase, a Tetra Pak promoveu a estreia de uma série de vídeos intitulada “Vozes da Inovação”. Ao longo dos próximos doze meses, os filmes abordarão personagens marcantes na história da companhia sueca, explorando aspectos como tecnologia, serviços, segurança alimentar, iniciativas sociais e sustentabilidade. O primeiro episódio da série detalha a trajetória de Ruben Rausing, fundador da Tetra Pak, e os primeiros anos da empresa.
Em cena de vídeo, o fundador da Tetra Pak, Ruben Rausing
emb.bz/160tetrapak
RÓTULOS
VIDRO
Produção diversificada
Ampliação ao lado A Verallia inaugurou, no dia 31 de outubro último, o terceiro forno de sua fábrica de embalagens de vidro de Mendoza, na Argentina. Dedicado à produção de garrafas para vinhos e espumantes, o novo forno demandou um investimento de 70 milhões de dólares. Em discurso feito por videoconferência durante a solenidade de abertura do forno, a presidente argentina Cristina Kirchner apontou o investimento da Verallia como o mais importante aporte industrial feito em 2012 no país vizinho por uma empresa de capital privado.
Conhecida pela produção de rótulos autoadesivos, a Prakolar anunciou o ingresso no mercado de rótulos termoencolhíveis. A empresa deu o pontapé para a diversificação de negócios no início de 2012, quando adquiriu duas impressoras flexográficas Mark Andy Performance Series P7. De acordo com a Prakolar, os equipamentos, capazes também de confeccionar autoadesivos, apresentam alta qualidade e eficiência para a impressão de filmes termoencolhíveis. Os novos rótulos serão selados, inspecionados e cortados em equipamentos fabricados pela Karlville.
Garrafas produdizas no novo forno da Verallia na Argentina
GENTE
Mudança na logística A fabricante de papel cartão Ibema contratou uma nova executiva na área de logística. Adriana Klemann Rohweder (foto) assume o cargo de gerente de logística no lugar de Márcio Alexandre Barbosa Fontella – promovido à gerência de produção. Adriana acumula experiência de mais de treze anos no universo da logística, tendo passagens nas indústrias automotiva e de construção civil.
EQUIPAMENTOS
Expansão de portfólio Multinacional de origem alemã que acaba de completar quinze anos de atuação no Brasil, a Optima anunciou uma ampliação do portfólio de máquinas de embalagem fabricadas no País. Alguns dos equipamentos foram apresentados a clientes e colaboradores em um open house realizado na sede brasileira da empresa, em Vinhedo (SP), no final de outubro último. Entre as máquinas em exposição estavam a Optima Moduline, máquina multifuncional de envase e fechamento, cujo design é baseado em uma grade modular que permite a incorporação ou remoção de funções em qualquer posição do sistema; a Optima DF, um dosador gravimétrico, adaptável para produtos a granel, em pó ou granulados; a SV 125, máquina de envase e fechamento de seringas e frascos esterilizados, acondicionados em bandejas, com flexibilidade para trabalhar com produtos de diferentes fabricantes e produtividade de até 18 000 seringas/hora no modelo com dez pistas; e a VWM 218, máquina rotativa lavadora de frascos-ampola, frascos, seringas e carpules. Moduline: um dos novos equipamentos oferecidos pela Optima
CORREÇÃO
No registro sobre os vencedores do 2º Prêmio Embalagens de Aço, publicado na edição anterior de EmbalagemMarca, duas imagens foram equivocadamente reproduzidas. Seguem abaixo as corretas:
Interlight, da Cerviflan (Lata para tintas – Inovação)
Conjunto Vintage, da Meister (Latas promocionais – Melhor litografia)
Dezembro 2012 |
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reportagem de capa
Para não ter zebra no checkout Códigos de barras inadequados dificultam leitura nos pontos de venda e causam transtornos para a indústria e para o varejo. O que fazer para minimizar esse problema Por Flávio Palhares
Não se sabe exatamente que parcela dos 7 bilhões de produtos com códigos de barras que passam diariamente pelos checkouts do varejo ao redor do mundo esbarram em problemas técnicos e imperfeições de execução, causando, entre outros, graves problemas de logística e de fluxo de vendas. É um aspecto em que o Brasil se destaca favoravelmente, por ter dados mais precisos. Mas nem por isso está num mar sereno, quadro que a rigor pode ser resolvido com relativa facilidade. É menos complicado do que parece evitar que aquela área com listras nas embalagens acabe se transformando em zebra no checkout. Segundo a GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, que gerencia o uso de códigos de barras no País, cerca de 90% dos códigos de barras no Brasil apresentam algum tipo de problema, seja de impressão, de aplicação ou de padronização, e 7% dos mais de 2 milhões de itens codificados no comércio nacional – ou seja, cerca de 140 000 produtos – não dão leitura na primeira passagem pelo ponto de venda. A consequência é que o operador de caixa tem de gastar, em média, 23 segundos para solucionar a questão. Enquanto isso, aumentam as filas nos checkouts, o atendimento piora e a insatisfação se espalha entre os clientes, com prejuízos para o varejo e, em última instância, para a indústria. Uma das causas da inadequação dos códigos de barras está numa resistência entre designers e outros profissionais responsáveis pela criação de embalagens em aplicar a ferramenta. Muitos a veem como “interferência” e “fator de perturbação do visual”. De acordo com Patricia Amaral, assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil, muitos erros encontrados em embalagens poderiam ser evitados se as recomendações de codificação fossem seguidas. “Os 14 | Dezembro 2012
designers nunca consultam a GS1, e eles têm cada vez mais poder de decisão”, ela afirma. “Hoje as empresas investem muito em design de embalagens, porque isso aumenta as vendas. Então não pode haver falhas na aplicação dos códigos.” E dá exemplos: “Às vezes o código está em lugar não muito adequado para leitura; noutras, a cor não é adequada, o que atrapalha a leitura. Há ocasiões em que designers perguntam se o código de barras é realmente necessário, porque ocupa espaço no rótulo e ‘estraga’ a arte. Então eles tentam explorar os códigos de barras. Daí, fazem desenhos com as barras. Acontece que, mudando-se o formato da barra, o leitor não identifica o código.”
Patrícia Amaral destaca alguns pontos que merecem atenção na hora da aplicação do código de barras. “Se diminuir, esticar ou colocar uma tinta que vai borrar e juntar as barras, não vai funcionar”, adverte a assessora da GS1. “Se um código não dá leitura, o varejo dirá que o produto atrapalha o checkout, atrasa o processo. Caso o erro persista, a compra do produto é interrompida.” Ela ressalta ainda: “Tem também o lado do consumidor. Se ele compra um produto uma vez e não dá leitura, compra uma segunda e uma terceira vez e não dá leitura, em suma, se o produto nunca passa, ele provavelmente não irá mais comprar aquela marca, ou vai não comprar naquele ponto de venda, ou seja, todos perdem.” A seguir, EmbalagemMarca descreve, com base na orientação da GS1, os principais equívocos que devem ser evitados na hora da aplicação de códigos de barras nas embalagens. A GS1 oferece o serviço “Certificação do Código de Barras” que permite a correção de problemas com eficiência de leitura em emb.bz/160gs1 100% dos casos.
gens com fundo escuro é o efeito “negativo”. Código com fundo escuro e barras claras não dá leitura. As barras sempre precisam ser escuras em fundo claro.
Artes nas barras O uso de artes nas barras faz os códigos fugirem do padrão. “Não é proibido, porque não tem uma lei, mas não é recomendável”, lembra Patricia Amaral. “Desenho no código de barras atrapalha a leitura. Existe um número por trás daquelas barras. Se atrapalhar a leitura, o código é inutilizado. A identificação do produto é o código, que é traduzido literalmente. Se tiver algum elemento a mais ou a menos, faz diferença”, sentencia a assessora da GS1. “O leitor foi fabricado para ler um padrão: barras. Se mudar o padrão, não vai ler.”
Códigos impressos em “negativo” (barras claras e fundo escuro) não são lidos, assim como as barras impressas em vermelho
Cores
Artes nos códigos não são proibidas, mas podem atrapalhar a leitura, pois modificam estruturas das barras
Por dentro do código de barras O código EAN/UPC é um sistema internacional que auxilia na identificação inequívoca de um item a ser vendido, movimentado e armazenado, sendo o EAN-13 (por conter treze dígitos) o mais conhecido e utilizado mundialmente. A estrutura numérica do código (que geralmente fica abaixo das barras) representa as informações mostradas ao lado:
Margem de silêncio
Os leitores de código de barras trabalham com sensor vermelho ou infravermelho. Nenhum dos dois consegue reconhecer códigos onde as barras estejam impressas na cor vermelha, e ambos tem a eficácia de leitura reduzida em códigos coloridos com espectro próximos ao do vermelho (laranja, amarelo etc). As barras devem ser sempre de cores bem escuras, impressas sobre um fundo claro ou vermelho, procurando o maior contraste possível. “O código básico é o preto e branco, porque é o que oferece melhor contraste”, explica a assessora da GS1. “Não adianta colocar amarelo claro no amarelo escuro, verde claro no verde escuro, ou amarelo com verde. Quando não tem contraste, o leitor não lê.” Outro problema comum que acontece na aplicação de códigos em embala-
os três primeiros dígitos representam o prefixo da organização responsável por controlar e licenciar a numeração no país (o prefixo 789 corresponde ao Brasil)
No total o código EAN-13 deve ter treze dígitos. Os números da empresa variam de uma companhia para outra, e aqueles que identificam o item variam de item para item. Finalmente, o dígito verificador deve ser recalculado a cada variação na numeração
os dígitos seguintes, que podem variar de 4 a 7, representam a identificação do fabricante ou empresa proprietária da marca do produto
Para que a decodificação do código de barras seja executada com rapidez e segurança, é necessário que exista uma margem mínima de silêncio de cada lado do código de barras. Essa margem é definida pelo padrão do código de barras e depende da sua magnitude (tamanho). Um valor razoavelmente seguro para margem de silêncio é de 3 a 5 milímetros. É preciso verificar se não há linhas ou emendas (como final de etiqueta) muito próximas ao código.
Margens de silêncio devem ser deixadas obrigatoriamente no início e no final do código
o dígito final é chamado de dígito verificador e auxilia na segurança da leitura
os dígitos que vêm na sequência representam a identificação do produto e são atribuídos pelo fabricante
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Os diversos padrões Não existe um modelo único para códigos de barras. O mais utilizado no Brasil é o EAN/UPC, mas há outros. Conheça-os: EAN/UPC É o código de barras mais utilizado em embalagens. Foi desenvolvido especificamente para leitura no ponto de venda, devido à agilidade propiciada na captura da informação. È apropriado para ambientes com altos volumes de escaneamento. O padrão EAN-13 (com 13 números) é o mais encontrado. Em embalagens menores, como maços de cigarros, é utilizado o EAN-8 (por conter menos barras e números)
GS1 DataBar Compreende uma família de códigos que podem ser escaneados no ponto de venda. É uma tendência global utilizar este código no setor de FLV – frutas, legumes e verduras. Tem dimensões reduzidas e maior capacidade de armazenar dados. Na operação de caixa pode-se ter o controle da data de validade de produtos perecíveis e evitar a venda ao consumidor caso ainda não tenham sido recolhidos da gôndola do supermercado. Outro fator sensível é o tamanho dos produtos e das embalagens. Itens como cosméticos, componentes eletrônicos e joias, entre outros, dificultam a identificação devido à falta de espaço para impressão dos códigos de barras. O GS1 DataBar possibilita a identificação de produtos com espaço limitado, com melhor desempenho de leitura e capacidade de incluir informações adicionais como números de série e lote e vencimento.
GS1 QR Code Foi incorporado ao padrão GS1, mas do jeito que vem sendo aplicado em embalagens, apenas como uma URL (que leva a uma página de internet ou imagem), não atende aos padrões da entidade, pois não tem um número de codificação. O QR Code sempre estará atrelado a uma URL, mas para atender aos padrões da GS1 precisa ter uma estrutura de números com o GTIN e que consequentemente remetam a uma lista.
GS1 DataMatrix Símbolo bidimensional para aplicações especiais, que permite codificar informações em espaços muito menores que os códigos lineares e agregar informações adicionais, como código do produto, lote e validade. Tornou-se o principal código do segmento hospitalar por permitir a identificação de itens tão pequenos quanto uma ampola de 5 mililitros, assegurando a rastreabilidade e garantindo a segurança do paciente. O GS1 DataMatrix exige um leitor de código de barras bidimensional, por isso não deve ser utilizado para identificação de itens que precisam passar pelo ponto de venda, onde estão instalados apenas leitores lineares.
16 | Dezembro 2012
Qualidade de Impressão A qualidade de impressão dos códigos de barras é um dos fatores que pode impedir o bom funcionamento do leitor. Se o leitor está com dificuldade em alguns tipos de código, é preciso verificar as condições de impressão. Possíveis falhas de impressão, pequenas distorções nas barras, irregularidades sobre a área de impressão utilizada atrapalham a leitura. Se houver espaço em branco muito grande ou barras muito próximas, o leitor não vai enxergar como um código. As barras também não podem ser esticadas ou encolhidas para caber no espaço destinado ao código. O leitor é uma máquina programada para ler um espaço em branco, uma barra e um espaço em branco. Também é preciso verificar se o código de barras não está impresso numa densidade excessivamente alta, onde o leitor é incapaz de identificar os espaços entre barras. “Código borrado será entendido como um ‘bloco’ e não será lido”, afirma Patricia Amaral. Também deve ser evitada a aplicação em áreas das embalagens onde ocorrem soldas, dobras, amassamentos, distorções ou irregularidades.
Quando a impressão não é bem feita, leitores não identificam as barras: códigos borrados são identificados como “blocos”
Em caixas grandes, o recomendável é colocar em todas as faces. A magnitude (tamanho) é outro fator importante. “Não tem sentido em uma embalagem grande, onde o código de barras pode ser grande, ele ser impresso pequeno”, diz Patricia Amaral. Isso dificulta para o caixa do supermercado encontrar o código na hora do checkout Quando código é aplicado em embalagens agrupadoras, códigos das unidades devem ser escondidos, para evitar confusão
Localização Não há regras para a localização dos códigos de barras. O que há são recomendações para aumentar a eficiência dos processos, de acordo com pesquisas e estudos da GS1. Não basta o código só ser bem impresso, ter uma cor adequada, com o contraste certo. Há lugares específicos em que o código deve ser colocado: sempre no verso, na parte inferior e no quadrante direito. Nunca na frente. Se for um saco de farinha, por exemplo, o código pode ser colocado em duas faces, para agilizar a leitura. Código de barras aplicado em emendas ou dobras dificulta leitura
Embalagens agrupadoras Muitas embalagens agrupadoras possuem códigos, mas no varejo raramente são lidas. É preciso separar um item para a leitura ser feita e depois multiplicar pelo número de unidades. “Isso é errado”, afirma Patricia Amaral. “Se o código não for colocado na caixa para ser passado no checkout, a operadora pode cometer o erro de passar uma unidade, achar que passou a caixa e saem todos os itens pelo preço de um. O varejo perde. Ou o contrário: passa um e multiplica por uma quantidade superior ao que tem na caixa. Aí o consumidor perde. O ideal é que num combo, seja uma venda em multipacks ou uma promoção, os códigos de barras das unidades não apareçam, para evitar uma leitura errada”, ela diz. É preciso deixar um código na caixa e cobrir os códigos das unidades. GS1 Brasil (11) 3068-6229 www.gs1.org.br
Barras que mudaram o varejo Adoção dos códigos em embalagens - prestes a completar 40 anos - trouxe ganhos econômicos
Não foi o único entrave à implantação A data de 26 de julho de 1974 do código de barras. O código pioneiro mudou a história mundial do varejo e, (o do Wrigley’s) foi o UPC – consequentemente, das embainiciais de Universal Product lagens. Foi às 8h01 daquele Code. Adotado em 1973 nos dia que um caixa da cadeia Estados Unidos e no Canadá, americana de supermercados possuía doze dígitos. Em 1977, Marsh`s, em Troy, escaneou doze países europeus criaram o pela primeira vez um código de sistema EAN (European Article barras, o primeiro a ser impresNumbering), com treze dígitos. so numa embalagem (de chicleO uso do código de bartes Wrigley’s, hoje em exposiras, entretanto, levou cerca de ção no Museu Nacional de Hisvinte anos para ser universalitória Americana do Instituto Embalagem da Wrigley’s foi zado. Apenas em 2002 Estados Smithsonian, em Washington). pioneira no uso de Unidos e Canadá se uniram à Até então, durante a maior código de barras EAN International, criando a parte do século 20, a única GS1, a associação global que gerencia a forma de fazer-se um inventário para saber aplicação dos códigos de barras. Hoje, os o que havia dentro de um supermercado códigos de barras no mundo todo seguem era fechar as portas da loja por um ou dois o padrão GS1. dias e contar um a um – manualmente – os produtos que havia nas prateleiras e nos estoques. O procedimento, caro e cansaNo Brasil, o código de barras foi tivo, era feito mais de uma vez por mês introduzido em 1985, seguindo o padrão e servia de base para as lojas fazerem a europeu. A tarefa coube à ABAC – Assoestimativa de quanto deveriam comprar de ciação Brasileira de Automação Comercial determinados produtos. (atual GS1 Brasil) constituída oficialmente Cada mercadoria era contada duas em 8 de novembro de 1983. Em 1994, com vezes, por duas pessoas diferentes. Se houo objetivo de fortalecer sua imagem em vesse diferença entre os números, a conta todos seus campos de atuação, a ABAC era refeita por uma terceira pessoa. Mesmo mudou sua sigla para EAN Brasil e, em assim, sempre havia erros, e o que estava no 2004, unificou os dois padrões de identifipapel raramente correspondia ao que havia cação utilizados. O nome então foi mudanos estoques. Mas o aviso “fechado para do para GS1 Brasil – Associação Brasileira balanço” continuou aparecendo nas portas de Automação. de supermercados até meados da década de A adoção efetiva dos códigos de bar1990, por mau uso da nova ferramenta de ras no País ocorreu em 1985, quando o gerenciamento. Muitas vezes havia código Supermercado Real e o Mappin comede barras no produto que vinha da indúsçaram a trabalhar com scanners leitores. tria, mas ele era ignorado pelo varejo: o O primeiro produto brasileiro codificado operador de caixa registrava o preço do profoi a castanha de caju Cajuê, da Condor duto, porque as redes de varejo e a indústria Indústria e Comércio. Isso ocorreu porque não seguiam um padrão. A única alternativa o produto era exportado para a Europa, e o para saber se um produto estava vendendo código de barras era uma exigência daquebem era a contagem manual. le mercado. Dezembro 2012 |
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documento especial
Os vencedores Sexta edição de Grandes Cases de Embalagem premia 31 projetos nacionais de acondicionamento
Ganhos
comerciais, de produtividade, técnicos, logísticos, ambientais. Isolados ou somados, efeitos como esses foram gerados pelos mais novos vencedores de Grandes Cases de Embalagem. Criado para reconhecer propostas de acondicionamento sob o prisma da inovação efetiva, ou seja, da obtenção de benefícios concretos pelas empresas usuárias, o prêmio, em sua sexta edição, consagrou 31 ideias – soluções destinadas à venda de alimentos, bebidas, cosméticos, materiais
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de construção, produtos de limpeza, itens químicos e eletrodomésticos. Os ganhadores foram pinçados pelo júri de um total de 170 inscrições. As páginas a seguir descrevem as embalagens premiadas, ressaltando os atributos que pesaram nas escolhas. Como de praxe em EmbalagemMarca, as abordagens identificam e informam meios de contato com empresas participantes dos projetos – produtores de matérias-primas, componentes e equipamentos, além de prestadores de
serviços. Cabe lembrar que as menções seguem os créditos presentes nas fichas descritivas dos cases. A cobertura do Prêmio é multimídia, enriquecida por vídeos hospedados na internet. Eles podem ser acessados em computadores, por meio de links publicados nos rodapés das próximas páginas, bem como em telefones celulares ou tablets capazes de efetuar a leitura de QR Codes – códigos matriciais que igualmente acompanham o conteúdo que se segue. Bom proveito.
A
BMP Plásticos, com orgulho, produziu mais
uma vez o objeto mais cobiçado do mercado de embalagens
O troféu do Prêmio Grandes Cases 2012
2012
Frasco 500 ml • Código F 03
Pelo terceiro ano consecutivo, a BMP Plásticos aceitou o desafio de produzir o troféu do Prêmio Grandes Cases de Embalagem. Feito em PP com aditivo ultraclarificante da Milliken e pigmento desenvolvido pela Clariant.
Frasco 250 ml • Código F 05
Frasco 200 ml • Código F 06
2011
Frasco 120 ml • Código F 07
2010
Frasco 100 ml • Código F 08
A BMP Plásticos fabrica frascos e potes em PEAD, PEBD, PP e PVC. Além de oferecer ao mercado impressão serigráfica e rotulagem (sleeve), sempre com rigoroso controle de qualidade, superando a cada dia diferentes desafios com o desenvolvimento de novas embalagens. Atendemos o mercado de cosméticos, alimentício, farmacêutico, veterinário, automotivo, químico e domissanitário, com embalagens exclusivas para cada cliente e também uma linha própria (standard).
Frasco 380 ml • Código F 22
Pote 250 gr • Código 1025
Mas não é só isso. A BMP Plásticos também fabrica brindes promocionais, como squeezes personalizados e outros produtos exclusivos.
Pote 500 gr • Código 1050
Frasco 250 ml • Código F 47
Pote 250 gr • Código P 35
Pote 1 Kg • Código P 33
BMP Plásticos Ltda.
Frasco Talqueira 100g Código F 48
Rua Ipê, 18 • Barueri • SP • CEP 06413-680 Tel.: (11) 4161-3941 • 4168-5231 • 4161-1873 www.bmpplasticos.com.br
Biscoito Recheado Renata
Vantagens com flow pack Embalagem inédita na categoria reduz custos e prolonga a vida útil de biscoitos
Por meio
da marca Renata, a Selmi começou a acondicionar biscoitos recheados em flow packs, embalagens inéditas na categoria. O objetivo foi manter as propriedades ideais de consumo inalteradas por mais tempo. Impermeáveis e com abas seladas que se amoldam ao formato dos biscoitos, os flow packs evitam a oxidação, preservando a crocância dos biscoitos por um período mais longo. A operação no sistema flow pack, quando comparada aos pacotes tipo portfólio (envelopes), comuns no Brasil, resulta em maior produtividade. Foram necessários investimentos em equipamentos, que se justificaram com a redução de custos na produção e com o melhor desempenho da embalagem. emb.bz/160renata
Embaladora
Masipack (11) 3246-3666 www.masipack.com
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© fotos: andré godoy
Impermeáveis e com abas seladas, embalagens evitam a oxidação e preservam a crocância dos biscoitos
Brahma Copaço
Praticidade aliada ao prazer Lata que se transforma em copo proporciona uma nova experiência de consumo de cerveja
combinar a praticidade da lata com o prazer de beber cerveja no copo foi o ponto de partida desse desenvolvimento da AmBev. Batizada pela cervejaria de Brahma Copaço, essa opção de embalagem nasceu de uma tecnologia inovadora, que permite a abertura total da parte superior da lata de alumínio, transformando-a num copo. Funcional no armazenamento e rápida para gelar como as latas comuns, mas com a experiência de consumo no copo, enraizada no imaginário do brasileiro, Brahma Copaço foi aprovada pelo consumidor, que pode apreciar o aroma e visualizar cor, espuma e textura da cerveja na própria embalagem. emb.bz/160copaco
© fotos: andré godoy
Tecnologia especial permite a remoção total do topo da embalagem de alumínio
Design
África (11) 3094-9999 www.facebook.com/agenciaafrica Lata
Crown Embalagens (11) 4529-1000 www.crownembalagens.com.br
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Itaipava Light
Diferente das comuns Embalagens com perfil inovador ajudam cerveja light a se distinguir das convencionais
O segmento de cervejas light, muito forte nos Estados Unidos, ainda é pouco explorado no Brasil. De olho nessa oportunidade, a Cervejaria Petrópolis lançou Itaipava Light, uma cerveja voltada a consumidores preocupados com o controle de calorias. O desafio foi transmitir esse diferencial pela embalagem. A garrafa de vidro, com capacidade para 250 mililitros, é a primeira long neck na cor verde, nessa medida, entre as marcas brasileiras. A palavra “Light” gravada em relevo domina o painel frontal da garrafa, esguia e leve, com a rotulagem sendo feita na gargalheira. Nas latas sleek de 350 mililitros, formato até então inexistente no Brasil, a diferenciação se deu com o uso de um verniz fosco inédito na gôndola das cervejas. A comunicação da novidade se estende aos multipacks, dando uniformidade à mensagem.
Novo formato de lata e long neck refinada, com detalhes em relevo, ajudam a distinguir o produto. Multipack uniformiza a mensagem visual
Design
Design Luce (11) 5096-1506 www.designluce.com.br Rótulo
Gráfica Rami (11) 4588-1100 www.ramiprint.com.br Multipack
Graphic Packaging International (11) 4589-4500 www.graphicpkg.com.br Garrafa
Owens-Illinois (11) 2542-8084 www.oidobrasil.com.br
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© fotos: andré godoy
emb.bz/160itaipava
Lava-Louças Ypê
Redução com benefícios Frasco mais baixos e bojudos melhoram logística, exposição nas lojas e uso de detergentes para louças
Ao adotar frascos mais baixos e bojudos para o lava-louças Ypê, a Química Amparo ganhou muito mais do que um painel maior nas prateleiras. Mais estável nas linhas de enchimento e rotulagem, a nova embalagem manteve a capacidade volumétrica da sua antecessora (500 mililitros), e os mesmos materiais (PET e polietileno de alta densidade). No entanto, gerou ganhos logísticos, por ser mais leve e por permitir o transporte de mais unidades por palete. Os novos frascos também são mais ergonômicos e firmes, o que facilita o consumo. emb.bz/160ype
Design
DZ Design (19) 3256-4400 www.dzdesign.com.br Design
© foto: andré godoy
Guto Bordoni (19) 3342-6772 www.gutobordoni.com.br
Novo recipiente tem versões em polietileno e em PET (à dir.)
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Xampus e condicionadores Elsève
Exemplo de racionalidade A
reformulação das embalagens dos xampus e condicionadores Elseve, da L’Oréal, é um exemplo de racionalização. Antes com cinco formatos de frascos e três diferentes tampas, as linhas produtivas passaram a conviver com apenas dois frascos e duas tampas. A mudança gerou economia na confecção e na manutenção de moldes, facilitou a gestão de fornecedores, agilizou as linhas de enchimento e melhorou a administração de estoques. Os aspectos industriais, contudo, não foram o único foco do redesign. A área de marketing solicitou que as tampas permitissem a visualização do contorno do frasco, o que foi obtido com o uso de masterbatches especiais. Foi também definido que os rótulos da linha Reparação Total 5+ seriam impressos em substrato holográfico, sem a interferência do ‘shim line’. A solução foi jogar o risco brilhante, inerente a esse tipo de filme, sempre na área de descarte, o que só foi possível com o uso de impressão digital. emb.bz/160elseve
Design
Rótulos
Tampas
Frascos
Masterbatches
Masterbatches
MN Design (11) 2345-6644 www.mndesign.com.br America Tampas (11) 2504-7000 www.americatampas.com.br Ampacet (11) 2015-9001 www.ampacet.com
Baumgarten (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br Brasalpla (19) 3848-8020 www.brasalpla.com.br Clariant (11) 5683-7233 www.clariant.com.br Masterbatches
Korbety (11) 3856-9055 www.korbety.com.br
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© fotos: andré godoy
Revisão abrangente simplifica a tarefa de produzir xampus e condicionadores
Cinco tipos de frasco foram reduzidos para dois. Tampas agora permitem ver formato da terminação do frasco
Massa Corrida Anjo
Ajuste para a faixa popular Com lata de aço mais fina, massa corrida se diferencia das barricas da concorrência
Para atender o mercado de menor renda, o segmento de massa corrida buscou alternativas de embalagem de baixo custo, com destaque para a barrica de papelão. Pensando em diferenciar-se da concorrência, a Anjo Química escolheu uma embalagem de aço. Como a estrutura da embalagem cheia é garantida, em parte, pelo próprio conteúdo denso do produto, foi possível utilizar uma lata feita com chapa de espessura reduzida em mais de 35% quando comparada ao que se usa em latas comuns (0,22 milímetro, contra 0,34 milímetro da chapa tradicional), garantindo custo competitivo à embalagem. Para evitar problemas no transporte, na armazenagem e no consumo, a maior fragilidade da embalagem é destacada na tampa. emb.bz/160anjo
Lata
Brasilata (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br
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© fotos: andré godoy
Embalagem é feita de chapa 35% menos espessa do que as convencionais. Tampa avisa que o recipiente é mais frágil
Cascola Flexite
Tudo em um só tubo © fotos: andré godoy
Embalagem versátil agrega funções, gera economia e renova imagem de silicone
O tubo laminado com alumínio que acondiciona o selante Cascola Flexite, da Henkel, mantém as mesmas propriedades de proteção a luz e a gases da bisnaga de alumínio anteriormente utilizada. Mas, por ser mais flexível, permite a utilização integral do conteúdo, sem sobras. O bico dosador traz três estrias, demarcando possibilidades para diferentes espessuras na aplicação. Apoiado sobre a tampa, o tubo pode ser exposto em prateleiras. Como alternativa, pode ser utilizada a gancheira, perfurada na embalagem durante o processo de envase. A mudança foi muito além da troca de materiais. Ao trocar a bisnaga de alumínio pelo tubo laminado, houve a eliminação da cartela, do blister e do bico aplicador existentes na versão anterior. Resultado: uma economia anual de mais de 17 toneladas de papel cartão e 8,6 toneladas de PVC. emb.bz/160cascola Invólucro facilita uso do produto e incorpora bico aplicador, furo para gancheira e tampa protetora
Bisnaga
Dixie Toga (11) 2928-9200 www.dixietoga.com.br
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Linha para banho Backyardigans e Carros
Criatividade e produtividade Detalhes engenhosos asseguram viabilidade de frascos com formato de personagens infantis
O rápido
crescimento da Biotropic nos últimos anos deve muito à estratégia de transformar as embalagens de seus produtos em personagens infantis. O desafio é fazer isso sem comprometer a produtividade das linhas de envase. Na família Backyardigans, o frasco de xampu é encarnado por Pablo, com os braços juntos ao corpo para viabilizar o processo de sopro. O boné, que faria as vezes da tampa, precisava ser descentralizado. Para isso, parte da cabeça foi incorporada ao chapéu na injeção da peça. A personagem Uniqua dá forma ao condicionador. O acabamento do frasco é feito com um postiço injetado que compõe parte da cabeça e as antenas da figura. Um furo central ajustável no molde dessa peça permite o uso de diferentes fechamentos, como tampas flip-top e válvulas spray ou pump. Completa o conjunto o sabonete líquido no formato da casa dos Backyardigans. O telhado é um postiço injetado, onde se encaixa uma tampa de linha da Biotropic. Rótulos termoencolhíveis ajudam a reforçar a tridimensionalidade das peças nos detalhes em que isso não é possível apenas com a morfologia dos frascos.
Design
frascos (linha backyardigans)
Rótulos
válvulas (linha backyardigans)
VY2 Studio Design (11) 5084-4261 www.vy2.com.br
Vibraço (21) 3219-1999 www.vibracoembalagem.com.br
Baumgarten WL (47) 3321-6666 (11) 3081-8986 www.baumgarten.com.br
Kits agrupadores
Rótulos
CCL Label (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br Tampas
Qualinjet (11) 4787-0777 www.qualinjet.com.br
Ycar Artes Gráficas (11) 3531-6611 www.ycar.com.br Frascos
Zeviplast (11) 4646-6200 www.zeviplast.com.br
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Na linha Carros, as personagens escolhidas foram Relâmpago McQueen, para o xampu, e o caminhão Mate para o xampu dois em um. O carro foi desenvolvido de forma a poder se manter apoiado sobre a parte traseira, com a tampa para cima, facilitando envase e exposição nos pontos de venda. A caracterização de Mate foi mais complexa, por ser ele um caminhão-guincho. A frente do veículo foi transformada em fundo do frasco. O pára-choque e os faróis traseiros foram projetados para manter a embalagem em pé. A decoração das embalagens é feita com rótulos termoencolhíveis. No caso do caminhão, o adereço recebeu um furo para não cobrir o guincho. Como forma de estimular a venda dos itens, foram criados kits agrupadores de papel cartão com janelas visualizadoras, alinhados com o universo dos personagens. emb.bz/160biotropic
© fotos: andré godoy
Postiços injetados permitiram uso de tampas integradas ao design dos frascos. Rótulos termoencolhíveis garantiram boa decoração
Crystal Eco-PET
Compromisso mais cristalino Garrafa ultraleve, parcialmente vegetal, evidencia preocupação ecológica de água mineral
Em mercados extremamente competitivos, qualquer redução nos custos é bem-vinda. No caso da água Crystal, da Coca-Cola, o ganho veio com o alíviamento de peso. A partir de uma preforma com base diferenciada, pesando apenas 12 gramas, foi produzida uma garrafa com bom desempenho mecânico. Isso equivale a uma redução de 20% no consumo de PET, em comparação com a versão anterior da embalagem. O design da garrafa amplia o apelo ambiental da ação. Vincos nos painéis da embalagem fazem com que ela possa ser facilmente torcida após o consumo, pois é o conteúdo que ajuda a manter a rigidez das paredes. Quando é amassada, seu volume cai 37%, facilitando a coleta seletiva e o transporte. Também visando à questão da sustentabilidade, a Coca-Cola decidiu utilizar 30% de PET produzido à base de etanol de cana-de-açúcar na produção da preforma. Por todos esses atributos, a nova garrafa foi batizada pela empresa de Eco-PET.
Feita parcialmente de etanol da cana, embalagem pode ser facilmente comprimida após o uso graças a vincos em seus painéis
Preforma
Engepack (11) 2149-8800 www.engepack.com.br Tampa
Mirvi (11) 4409-0100 www.mirvibrasil.com.br
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emb.bz/160crystal
Eparema
Trocas carismáticas Blister e flaconete personalizados dão nova imagem a medicamento
te concorrência no segmento de medicamentos contra indigestão, a Takeda redesenhou as embalagens de Eparema. Além da renovação da imagem, o objetivo era comunicar ao consumidor as propriedades fitoterápicas do produto. No blister com quatro drágeas, o formato retangular e a cor laranja deram lugar a uma cartela verde, em formato de folha. Os flaconetes, antes incolores e difíceis de abrir, foram trocados por novas embalagens cilíndricas decoradas com rótulos termoenco-
Design
Rótulos
Design
Blister
AST Design Comunicação (11) 3277-3947 www.astdesign.com.br R1234 Art Design (11) 3168-1012 www.r1234.com.br
CCL Label (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br Dixie Toga (11) 2928-9200 www.dixietoga.com.br
Ferramental
Arrulletto (11) 5641-1619 www.arrulletto.com.br
Antes retangular, blister ganhou formato de folha. Flaconetes, antes difíceis de abrir, agora têm tampa e imagem mais vendedora
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lhíveis dotados de lacre antiviolação, aplicados em velocidades de até 200 unidades por minuto. Tampas facilitam a abertura e auxiliam na identificação dos diferentes sabores da linha, ampliada com três novas variantes. Quando comparadas com o mesmo
período do ano anterior às mudanças, as vendas da versão blíster cresceram mais de 80% nos primeiros três meses. Em dois meses, os flaconetes registraram giro 22% maior. emb.bz/160eparema © fotos: andré godoy
Para enfrentar a crescen-
Antepastos La Pianezza
Entrada com ousadia Pote exclusivo e tampa inédita realçam introdução de antepastos no mercado
O nascimento dos antepastos La Pianezza segue o roteiro tradicional do empreendedor que resolve industrializar uma receita familiar tradicional. O caminho seguido, dali então, foi ousado. O fabricante buscou uma tampa ainda inédita no País. A saia lateral, mais alta, apresenta área maior de pega e aplicação de material mais deslizante no vedante da tampa, facilitando a abertura. Como não havia, no mercado nacional, embalagens disponíveis para esse fechamento, a escolha da tampa exigiu o desenvolvimento de um pote exclusivo, com bocal apropriado. Com fundo espesso e a marca do fabricante em alto relevo, o vidro ajudou a posicionar os antepastos La Pianezza no segmento premium.
Vidro, personalizado, tem fundo espesso e traz marca gravada em relevo. Tampa tem área maior de pega, facilitando a abertura
emb.bz/160pianezza
Design
For You Marketing (11) 4509-7942 www.foryoumarketing.com ABC Gráfica Digital (11) 4177-1354 www.abcgraficadigital.com.br Tampa
Silgan White Cap (11) 5585-0723 www.silganwhitecap.com.br Pote
Wheaton (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br
© fotos: andré godoy
rótulos
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Floratta
Primavera aprimorada Frascos que simulam flores desabrochando ampliam percepção de valor de linha de fragrâncias
Um exemplo
primoroso de redesign. Assim pode ser sintetizada a mudança nas embalagens de Floratta, linha de fragrâncias de O Boticário. Fruto de pesquisas com consumidores, a ideia que norteou o projeto foi transformar o próprio frasco em uma flor desabrochando. Na versão anterior, a flor era esculpida na embalagem. O vidro sinuoso tem a sutileza de suas curvas realçadas pela pintura orgânica degradê intensificada na base. A tampa plástica cristalina complementa o conjunto com sofisticação. O requinte também está nos detalhes, como a válvula com revestimento externo metálico e o cartucho com o contraste da marca em hot stamping e do verniz de alto brilho no substrato fosco. Para o consumidor final, a nova embalagem trouxe mais valor percebido, sem aumento de preço, o que estimulou as vendas do produto. emb.bz/160floratta
Curvas do vidro são realçadas pela pintura degradê. Tampa plástica sinuosa, válvula metalizada e cartucho cheio de detalhes complementam ar de sofisticação
Design
Narita Design (11) 3165-8100 www.naritadesign.com.br tampa
Albéa (11) 4723-4726 www.albea-group.com Aptar (11) 4196-7500 www.aptar.com Cartuchos
Kingraf (41) 3072-6262 www.kingraf.com.br Frascos
Wheaton (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br
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© fotos: andré godoy
válvula
Gel Dental Ultra Action Kids
Heróis e economia © fotos: andré godoy
Trazendo personagens da Marvel, pack com dois cremes dentais conquista crianças e adultos
Uma embalagem que agrada crianças e adultos só podia terminar em sucesso de vendas para a linha de cremes dentais Ultra Action Kids, do Laboratório Boniquet. O apelo para a garotada vem da empatia com os personagens da Marvel. Homem de Ferro, Capitão América e Hulk estão na linha Marvel Avengers. Homem-Aranha, Wolverine e O Coisa ilustram a versão Marvel Heroes. Para atrair os pais, o argumento é o da economia: levar mais por menos. Pela primeira vez no Brasil um gel dental voltado para crianças foi acondicionado em embalagem secundária de papel cartão com capacidade para dois tubos de 50 gramas. Com painel ampliado nas gôndolas e acabamento primoroso nos cartuchos, as vendas dispararam. Em vinte dias, a empresa vendeu 200 000 unidades do produto, quantidade programada para seis meses. emb.bz/160actionkids Painel maior e acabamento esmerado fizeram disparar as vendas do produto
Design
Legend Design (11) 2345-6755 www.legenddesign.com.br Cartucho
Congraf (11) 3103-0300 www.congraf.com.br Tintas
Sun Chemical (11) 2462-2500 www.sunchemical.com
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Sundown
Cuidado mais “verde” © fotos: andré godoy
Resinas recicladas e de origem vegetal combinam-se em frasco de protetor solar
Unir, num mesmo frasco, material reciclado pós-consumo e resina de fontes renováveis já seria, por si só, uma iniciativa louvável. Fazer isso com um item de alta vendagem, como Sundown, traz ainda mais méritos a essa ação da Johnson & Johnson. Compostas por 40% de polietileno reciclado e 60% de polietileno “verde”, obtido do etanol da cana-de-açúcar, uma fonte renovável, as embalagens são sopradas em três camadas. O material pós-consumo fica no meio, com a resina virgem formando as paredes interna e externa. Isso impede que eventuais contaminantes entrem em contato com o produto e assegura bons resultados visuais. O projeto da Johnson & Johnson marcou a primeira aplicação da resina de origem vegetal em embalagens de protetores solares. emb.bz/160sundown
Embalagem é composta por 40% de polietileno reciclado e 60% de polietileno derivado da cana-de-açúcar
Design
Frascos
Resina
Resina reciclada
Prodesign (12) 3942-6675 www.prodesign.art.br Braskem (11) 3576-9999 www.braskem.com.br
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Globalpack (11) 3908-1253 www.globalpack.com.br Raposo Plásticos (11) 4613-6000 www.raposoplasticos.com.br
Sopão Maggi
Elevação nas gôndolas © fotos: andré godoy
Ajustes criativos em tecnologia existente propiciam exposição vertical de sopas semiprontas
Para melhorar a exposição do Sopão Maggi nas concorridas prateleiras de sopas, a Nestlé decidiu apostar em embalagens que ficam em pé. O desafio foi fazer isso sem precisar investir em novos equipamentos. Com um redimensionamento dos sachês, uma das sanfonas laterais passou a ser usada como base. As selagens horizontais foram utilizadas para dar sustentação à embalagem, formando seu painel principal. Dessa forma, mantendo a tecnologia de envase form-fill-seal vertical existente, a Nestlé criou uma embalagem que se assemelha a um stand-up pouch formado em máquinas horizontais. O novo formato aumentou o painel do produto, e a maior visibilidade nas gôndolas eliminou a necessidade de materiais de apoio no ponto-de-venda, como displays de acrílico ou papel cartão. Também foi possível incluir um picote de abertura. Os números referentes às vendas de dois meses, em comparação com período idêntico do ano anterior à mudança, foram 12% maiores. A participação de mercado subiu 1,2%. emb.bz/160sopao
Design
B+G Designers (11) 5090-1460 www.bmaisg.com.br Pouch
Santa Rosa Embalagens (11) 3622-2300 www.santarosaembalagens.com.br
40 | Dezembro 2012
Sachês foram redimensionados, ganhando sanfona que lhes dão estabilidade. Não foram necessários investimentos em máquinas
Neo Etage
Sofisticação e sensualidade Embalagens de cosméticos antissinais conseguem transmitir apelo premium
Para sua primeira
linha de antissinais da grife Eudora, o Grupo Boticário definiu que conceitos como sofisticação e sensualidade deveriam ser comunicados pela embalagem. Cor e formato exclusivos se encarregaram de materializar essa ideia nos produtos Neo Etage. Das curvas dos frascos ao clique da tampa, todos os detalhes do projeto seguem essa orientação, fortalecendo o posicionamento premium dos cremes. Os itens da linha não trazem em seu painel a idade a que cada produto se destina. Uma tarja com gradientes diferentes indica a intensidade do tratamento. As embalagens combinam, com elegância, a transparência do vidro e da resina especial com elementos de alumínio. Os potes são passíveis de recarga, por meio de refis vendidos pelas consultoras de Eudora.
Potes com formato exclusivo, recarregáveis, e design moderno das demais embalagens passam ideia de nobreza
emb.bz/160neoetage
Design
tampa de alumínio
frascos (tônico e mousse)
bisnagas
pote e tampa (creme facial)
válvula (mousse)
válvula
frascos de vidro
AB Plast (47) 3451-9103 www.abplast.com.br
Albéa (11) 4723-4726 www.albea-group.com Aptar (11) 4196-7500 www.aptar.com
Bristol e Pivaudran (11) 2465-7000 www.bristolepivaudran.com.br C-Pack (11) 5547-1299 www.c-pack.com.br Rexam Beauty Packaging (11) 2152-9800 www.rexam.com
© fotos: andré godoy
Future Brand (11) 3821-1166 www.futurebrand.com
Wheaton (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br
cartuchos
Box Print (11) 5505-2370 www.boxprint.com.br
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Suco de Uva Campo Largo
Bebida com mais requinte Garrafas especiais fazem diferença no mercado de suco de uva integral
O mercado de suco de uva integral está em franca expansão no Brasil. Multiplicam-se as marcas no varejo, muitas delas com garrafas standard. Poucas embalagens fazem jus ao posicionamento premium que o produto tem. Buscando diferenciação completa perante a concorrência, a Vinícola Famiglia Zanlorenzi apostou na exclusividade. Novos vasilhames foram desenvolvidos para as três versões do suco da empresa: meio litro, um litro e um litro e meio. Mais ergonômicas, as garrafas são também 4% mais leves que as antigas. Nos rótulos, foi incorporado o slogan “Uva e nada mais”, com o objetivo de evidenciar a pureza do produto. Também foram impressos códigos bidimensionais que remetem a um hot site com mais informações sobre o produto e com dicas de saúde. Em quatro meses, as vendas subiram quase 70%, gerando valor quase 90% superior ao apurado no mesmo período do ano anterior à mudança.
Vasilhames, leves e ergonômicos, têm gravação do slogan “Uva e nada mais”. Código no contrarrótulo dá acesso a um hotsite.
emb.bz/160campolargo
Blu Comunicação Integrada (41) 3013-2600 www.blu.com.br Rótulo
Baumgarten (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br Garrafa
Owens-Illinois (11) 2542-8084 www.oidobrasil.com.br
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© fotos: andré godoy
Design
Carbon
Ideia de masculinidade © fotos: andré godoy
Inspirada no universo dos automóveis, apresentação de perfume transmite força
Masculinidade,
força e robustez foram materializadas no frasco do perfume Carbon, de Eudora. A inspiração veio do universo dos carros de alta performance. Pesada e com fundo espesso, a embalagem de vidro tem formas geométricas duras e proporções entre largura e altura pouco utilizadas nesse material. Para simular a grade frontal de um automóvel, os painéis principais receberam relevo que emoldura pequenos prismas refratores de luz. A sofisticação é acentuada pelo tom cinza-azulado da pintura. A tampa, uma peça única grande e pesada, é feita a partir de um processo de sobreinjeção. O acabamento é efetuado com pintura metalizada, em cor que é seguida também na válvula. Cartuchos elegantes dão o toque final à embalagem. emb.bz/160carbon Frasco de vidro incorpora prismas inspirados em grades de carros. Tampa e cartucho elegantes dão o toque final
Design
Future Brand (11) 3821-1166 www.futurebrand.com válvula
Aptar (11) 4196-7500 www.aptar.com tampa
Ipel (11) 4446-7815 www.qualipac.fr Cartucho
Magistral (41) 2141-0408 www.magistralembalagens.com.br Frasco
SGD (11) 3883-4300 www.sgdbrasil.com
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Achocolatado em pó Alpino
Padrão transferido Para abocanhar uma parcela do gigantesco mercado de achocolatados em pó, a Nestlé recorreu ao nome Alpino, de olho no público adulto que tem aumentado no País com o envelhecimento populacional. A transferência do padrão visual de Alpino para a embalagem foi fruto de um árduo trabalho de desenvolvimento. Primeiro, foi preciso adequar a morfologia do pote ao formato do bombom, sem perder de vista as necessidades técnicas dos equipamentos adquiridos para essa linha, e respeitando aspectos de ergonomia definidos no projeto. O desafio seguinte foi harmonizar os tons de dourado da tampa e do rótulo termoencolhível, feitos em materiais distintos e com tecnologias de produção específicas. Posicionado com preço superior ao patamar da categoria de modificadores de leite, Alpino permitiu a obtenção de margens superiores para o fabricante e para o varejo. emb.bz/160alpino
Pote e tampa
For-Plas (11) 5097-2750 www.forplasembalagens.com.br Selo de indução
Geraldiscos (11) 4155-9000 www.geraldiscos.com.br caixa de papelão
Grupo Orsa (11) 4689-8700 www.grupoorsa.com.br Rótulo
Sleever International (11) 2303-2337 www.sleever.com
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© fotos: andré godoy
Achocolatado em pó recebe, com sucesso, referências visuais de bombom que o inspirou
Morfologia do pote foi adequada ao formato do bombom. Tampa e rótulo termoencolhível completam visual
Smirnoff Ice
Sensação refrescante Graças ao uso de vernizes especiais, garrafa de bebida apresenta efeito gelado
emb.bz/160smirnoff
Vernizes de efeito “gelado” são aplicados sobre a impressão flexográfica do rótulo termoencolhível
© fotos: andré godoy
A embalagem do coquetel Smirnoff Ice foi usada pela Diageo como veículo de marketing para atrair novos consumidores e reforçar a imagem superior da marca em pontos de venda selecionados. Graças ao uso de vernizes especiais, aplicados sobre a impressão flexográfica do rótulo termoencohível, a garrafa dessa bebida destinada aos jovens ganhou um efeito gelo, que transmite a sensação de refrescância quando a embalagem é exposta a diferentes tipos de luz. Encoberta em sua totalidade pelo filme de PET usado na decoração, a garrafa ganha proteção adicional contra impacto, característica importante em pontos de dose como clubes noturnos e bares.
Design
RG7 Comunicação e Marketing (11) 3816-5444 www.rgsete.com.br Rótulo
Sleever International (11) 2303-2337 www.sleever.com
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Leite UHT Shefa
Matinal em nova roupagem Utilizar, para leite longavida, uma embalagem que se diferenciasse das cartonadas assépticas predominante na categoria, foi um dos pontos priorizados pela Shefa (Agropecuária Tuiuti) no desenvolvimento de suas novas garrafas. A solução veio com a tecnologia de envase asséptico em PET. As preformas são injetadas em duas camadas, por um processo de sobremoldagem. A parte interna é preta, garantindo barreira à luz. A camada externa, branca, mantém a identidade visual com o restante da categoria. A barreira ao oxigênio, incorporada no material, pode ser ajustada para necessidades específicas, como a extensão de linha para itens mais sensíveis. A decoração é feita com rótulos tipo wrap-around de BOPP. emb.bz/160shefa
Embalagem permite envase asséptico e tem alta barreira. Parte interna escura protege conteúdo da luz Garrafa
Logoplaste (11) 2132-0400 www.logoplaste.com Rótulo
Mazda (11) 4441-6500 www.mazdaembalagens.com.br
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© fotos: andré godoy
Garrafa de PET faz marca sobressair no disputado mercado de leite longa-vida
Leite longa-vida em garrafa PET?
sim, isso já é realidade! GEM EMBALA ORA VENCED
O Leite Shefa foi um dos vencedores do Prêmio Grandes Cases de Embalagem 2012 com uma embalagem moderna, inovadora e fabricada pela Logoplaste com a nova tecnologia PET 2 camadas, desenvolvida para o mercado de Leite UHT e de Sucos. A garrafa PET para enchimento asséptico de Leite Longa Vida da Shefa recebe a melhor proteção e ainda se diferencia nas gôndolas do Brasil.
Tel.: (11) 2132-0400 www.logoplaste.com
Ventilador Solaster
Sopro de otimização Caixa trapezoidal de ventilador protege e colabora com o transporte
o varejo os ventiladores Solaster, antes distribuídos apenas a atacadistas, a Dal Moro reconheceu a necessidade de trabalhar embalagens específicas para esse novo canal. As novas caixas, contudo, precisavam ser facilmente implantadas nas linhas produtivas existentes, e não podiam agregar custos excessivos. Com formato trapezoidal, as embalagens acomodam os ventiladores de maneira otimizada, reduzindo espaços vazios. Uma alça incorporada na caixa torna mais tranquila a tarefa de carregar o produto. Empilhadas alternadamente, reduzem as áreas de estoque e aumentam o número de unidades transportadas por palete, diminuindo o custo logístico em aproximadamente 27%. O ganho de tempo com a operação de embalagem, em comparação com o sistema anterior, chegou a 47%. emb.bz/160solaster
© fotos: divulgação
Quando decidiu levar para
Embalagem acomoda aparelho sem deixar muitos espaços livres. Formato otimiza empilhamento e alça facilita o transporte
Design
Sauper Desenvolvimento e Projetos (54) 9991-5021 www.sauper.com.br projeto
Exitus (54) 9961-8182 www.exitusgp.com.br
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caixa
Cartrom Embalagens (51) 3586-9700 www.cartrom.com.br
Xampu e Condicionador 2 em 1 Cars
Vedação acelerada © fotos: andré godoy
Sistema agiliza montagem de tampa em frasco de produto para cabelos
Apesar de seu
design inovador e atraente e da associação imediata que cria com o universo do filme Carros, da Disney-Pixar, o aspecto que se destaca nessa embalagem da Avon fica escondido do consumidor. Está na tampa. Mais especificamente, em sua etapa de fabricação. Graças a um desenvolvimento no molde, a tampa flip-top sai do processo de injeção já fechada, ao contrário do que ocorre normalmente. O sistema, chamado in-mold closing, permite que a tampa saia pronta para ser montada na embalagem, reduzindo o investimento em periféricos ou em mão de obra para executar essa tarefa, gerando também ganhos de produtividade. emb.bz/160cars
In-mold closing apronta a tampa para montagem, aumentando a produtividade
Tampa
Igaratiba (19) 3821-8000 www.igaratiba.com.br
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Doce de Leite Aviação
Voo alto e com classe © foto: andré godoy
Pote especial materializa opção premium de doce de leite clássico
Vendido desde a década de 70 em latas de aço, e há alguns anos em potes plásticos termoformados, o doce de leite Aviação planejava voos mais altos. Queria elevar a percepção de qualidade por parte do consumidor. Para isso, apostou fortemente numa estratégia de embalagem. Desenvolveu um pote de vidro exclusivo, com a marca gravada em relevo. Sobre ele, aplicou um elegante rótulo autoadesivo, mantido estreito para permitir a visualização do conteúdo, já que cor e textura são elementos importantes na decisão de compra. Com essa ação, a empresa fortaleceu a imagem da marca e aterrissou no segmento de produtos mais nobres. emb.bz/160aviacao
Pote tem marca gravada em relevo. Decoração fica a cargo de rótulo autoadesivo estreito e elegante
Design
Alta Publicitá e Comunicazione (16) 3434-6333 www.altacomunicazione.com.br
© carlos curado
Rótulo
Indemetal Gráficos (11) 4013-6644 www.indemetalgraficos.com.br Pote
Nadir Figueiredo (11) 2967-8800 www.nadir.com.br
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Linha de cabos FNAC
Desligados das commodities Estojos de material reciclado e reaproveitáveis valorizam oferta de acessórios eletrônicos
telas blister que utilizava em sua linha de cabos, composta por quarenta e oito itens, e as substituiu por estojos com design exclusivo, feitos de PET reciclado e decorados com rótulos termoencolhíveis. Formada por duas metades simétricas que se unem por meio de uma dobradiça na parte inferior, a embalagem fechada
forma uma alça que ajuda no posicionamento em gancheiras. Uma gravação em relevo assegura visibilidade estendida da marca, já que o estojo pode ser reaproveitado para acomodar CDs e DVDs. emb.bz/160fnac
© fotos: andré godoy
Cabos para áudio, vídeo e informática são considerados commodities, o que se reflete no pouco capricho com as embalagens. Percebendo nesse cenário uma oportunidade para absorver margens mais generosas, a rede FNAC decidiu radicalizar. A rede de varejo abandonou as car-
Estojos têm design exclusivo e se transformam em portaCDs. Alça integrada e rótulo termoencolhível dão visual moderno ao conjunto
Design
Bordoni Design (19) 3327-9887 www.bordonidesign.com.br
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Clight
Reestilização e fracionamento Arte revisada e sachê dois em um atualizam marca líder em bebidas light em pó
A Kraft Foods tinha planos ambiciosos para sua marca Clight, líder no segmento de bebidas em pó diet e light, um mercado anual de 115 milhões de reais. A fabricante pretendia reposicionar o produto num mercado mais amplo, o de bebidas saudáveis, cujo faturamento anual estimado supera os 9 bilhões de reais. Para isso, mirou o público feminino. Houve mudanças no grafismo e a supressão da palavra “zero” como parte integrante da marca. O principal diferencial da embalagem foi o fracionamento em dois sachês divididos com um picote, estimulando o consumo on-the-go (em trânsito). Um ícone destaca a novidade e mostra como utilizar o produto. O apelo saudável também é reforçado no sachê. emb.bz/160clight
Design
Usina Escritório de Desenho (11) 3254-6788 www.usinadesenho.com.br Sachê
Dixie Toga (11) 2928-9200 www.dixietoga.com.br
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© fotos: andré godoy
Sachê traz duas porções separáveis por um picote. Desenho mostra como preparar o produto
Botanique
Visível e sensível © fotos: andré godoy
Linha de xampus promove um pioneirismo: bisnagas plásticas com informações em braile
Estimativas apontam que o Brasil possui algo próximo a 36 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual. Promover o design inclusivo de produtos e embalagens, portanto, é socialmente responsável, e também um bom negócio. Foi o que levou a Vizcaya Cosméticos, fabricante da Linha Botanique, a ser pioneira, no Brasil, na utilização de bisnagas plásticas dotadas de informações em braile. A gravação dos caracteres especiais em alto relevo é feita por moldagem diretamente na parede da embalagem, durante o a formação das bisnagas, sem uso de tintas ou vernizes. O processo foi desenvolvido para que não afetasse as características visuais do produto, e é feito com uma adaptação em equipamentos já existentes no mercado. emb.bz/160botanique
Bisnagas
Inclusão de linguagem para cegos foi feita por meio de adaptações de equipamentos já existentes
Globoplast (11) 4156-8400 www.globoplast.com.br Ferramental
Gráfica e Bureau Laramara (11) 3663-0016 www.graficalaramara.com.br
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Liggero!
Praticidade instantânea © fotos: andré godoy
Recipiente capaz de ir ao forno gera impacto no segmento de massas de rápido preparo
Ampliar o portfólio de massas secas com um produto comercializado em porções individuais e destinado ao preparo rápido. Esse foi o início da história de Liggero!, marca da M. Dias Branco. O caminho escolhido foi uma bandeja de polipropileno, própria para ir ao forno de micro-ondas, em formato de tigela para estimular o consumo na própria embalagem. Para cozinhar o produto, basta ao consumidor retirar o selo de vedação, adicionar água até o nível indicado na embalagem e levar ao forno por quatro minutos. As estrias na parte externa da bandeja permitem ao consumidor segurá-la sem queimar os dedos. emb.bz/160liggero
Bandeja
Dixie Toga (11) 2928-9200 www.dixietoga.com.br
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Tigela de polipropileno suporta altas temperaturas e dispensa o uso de prato para o consumo
Secret Kisses
Ineditismo em decoração © fotos: andré godoy
Pela primeira vez no País, frasco de perfume apresenta pintura de vidro com reserva
O lançamento dessa fragrância ampliou a família Secret Kisses, de Mahogany, que já contava com loção para o corpo, sabonete líquido e creme para as mãos. O capricho na embalagem foi a estratégia adotada para elevar a percepção de valor do item. A comunicação visual tinha a missão de transmitir romantismo e sensualidade. Pela primeira vez no Brasil, foi utilizada a técnica de pintura de vidro com reserva, que permite que a cor preta seja aplicada apenas nas laterais do frasco, mantendo a translucidez do rosa envelhecido. Com esse recurso, a renda aplicada no painel traseiro da embalagem fica em evidência, fortalecendo o apelo sensual do produto. emb.bz/160kisses
Aplicada somente nas laterais do frasco, cor preta contrasta com o vidro rosa e destaca renda aplicada no painel traseiro
Decoração
Decoridea (11) 5562-0000 www.decoridea.com.br ???
Inferteq (11) 4028-8900 www.inferteq.com.br
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Barbie Loves Glitter
Bolsa com apelo fashion © fotos: andré godoy
Embalagem secundária assegura conexão de produtos de beleza com pré-adolescentes
Os produtos de cuidados pessoais da coleção Barbie Loves Glitter são dirigidos a garotas que começam a abandonar o universo infantil, mas que ainda não entraram na adolescência. Para se comunicar com esse público, a Avon transformou a embalagem secundária numa bolsa feminina, fechada com uma presilha de cabelo em formato de laço decorado com lantejoulas. O cartucho de papel cartão, com visual alusivo ao universo da boneca Barbie, nasceu de estudos cuidadosos para garantir que a função de reuso da embalagem e do acessório não comprometesse aspectos operacionais e funcionais, como proteção e segurança. Um tag incorporado à alça da bolsa aumenta o apelo de conjunto presenteável para esse kit composto por colônia e gloss labial. emb.bz/160barbie
Cartucho
Antilhas (11) 4152-1100 www.antilhas.com.br Papel cartão
Suzano Papel e Celulose 0800 055 5100 www.suzano.com.br
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Além de transmitir beleza, cartucho de papel cartão protege o conteúdo e não compromete produção. Laço e tag dão charme
Antarctica Sub-Zero
Lata com duplo aviso Cerveja se diferencia com embalagem que indica dois estágios de temperatura
No Brasil impera a cultura de que a cerveja se bebe quando está “trincando”, de tão gelada. A Ambev levou essa máxima ao pé da letra, e a incorporou às latas de alumínio de sua marca Antarctica Sub-Zero. O intuito era indicar ao consumidor quando a cerveja atingisse a temperatura ideal para consumo, mas também mostrar o ponto em que ela estivesse, como se diz, “estupidamente gelada”. Isso se tornou possível com a utilização de duas tintas termocrômicas na mesma embalagem, ação inédita na América do Sul. A primeira tinta é ativada a 8 graus, e indica que a cerveja está gelada. Quando a temperatura chega a zero, a segunda reage e mostra que a cerveja está “trincando”.
© fotos: andré godoy
emb.bz/160subzero
Alertas de “gelada” e “trincando” são feitas com o uso de duas tintas termocrômicas. Cores mudam para avisar o consumidor
Lata
Rexam Beverage Can (21) 2104-3300 www.rexam.com/brazil
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documento especial
A festa Cerimônia de anúncio dos vencedores e entrega dos troféus pautou-se pelo entusiasmo Realizada na noite
fotos: andré godoy
de 13 de novembro último em São Paulo, no Campus de Santo Amaro do Centro Universitário Senac, a cerimônia de anúncio dos vencedores e entrega dos troféus da sexta edição de Grandes Cases de Embalagem foi pautada por ansiedade,
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entusiasmo, conversas animadas e satisfação. Compareceram à festa cerca de 400 pessoas. Programação, atendimento, local e o cardápio do evento receberam elogios. A lamentar, somente o acesso ao local do evento, prejudicado à ocasião por trânsito acima do normal.
Assim como nas edições anteriores do prêmio, o anúncio dos vencedores foi precedido por um coquetel de boas-vindas e sucedido por um jantar de confraternização. Foram momentos que proporcionaram trocas de informações e interação entre os participantes.
O júri Em sua sexta edição, Grandes Cases de Embalagem teve uma mudança na escolha dos projetos vencedores. A comissão julgadora, sempre composta nas edições anteriores por cinco profissionais, desta vez teve sete integrantes. O incremento visou amenizar a carga de trabalho dos jurados sem prejuízo da qualidade de análise. Eis os componentes do júri: ADÉLIA BORGES Jornalista, escritora, curadora especializada em design e professora de História do Design. Foi diretora do Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, e curadora-geral da Bienal Brasileira de Design Curitiba ANNA CAROLINA MACCARONE Gerente executiva da Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign). Formada em Publicidade e Propaganda, já atuou, entre outras entidades, na Câmara de Comércio Brasil-Alemanha ANTONIO CARLOS ASCAR Consultor e sócio-diretor da Ascar & Associados, especializada em assuntos do varejo. É palestrante e articulista da revista Superhiper. Foi diretor executivo do Grupo Pão de Açúcar durante 31 anos
Veja as fotos do evento no site: emb.bz/premio2012fotos
Patrocínio Platina
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA PEREIRA Sócio-diretor da Greenfield, empresa idealizadora do Programa Embala, que promove, entre outros eventos, a Expo Embala, feira dedicada ao setor de embalagens
Patrocínio Ouro
MYRNA NASCIMENTO Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), onde leciona nos cursos de Arquitetura e Design. É também professora do Centro Universitário Senac SP
Patrocínio Prata
Organização
Apoio Educacional
AURESNEDE PIRES STEPHAN (PROF. EDDY) Professor de design em entidades de ensino superior como Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap), ESPM, Faculdade Santa Marcelina e Istituto Europeo di Design (IED)
Mídia Oficial
PATRICIA AMARAL Assessora de Soluções de Negócios na GS 1 Brasil, com experiência na coordenação de projetos setoriais na área de automação da cadeia de suprimentos. Especialista em Supply Chain, marketing e engenharia
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documento especial
O troféu Objeto concedido aos vencedores mostrou, desta vez, uma face menos óbvia da transparência
A cor Starled remete à transparência entre esses universos. A rica tonalidade azulada com seu efeito perolado e brilhante expressa movimento e fluidez, a mistura de realidade e fantasia, simulando expectativas e esperanças para o futuro. No troféu de Grandes Cases de Embalagem 2012, o efeito das diferentes camadas de partículas dentro do plástico muda sob distintas condições de iluminação, remetendo a diferentes dimensões e possibilidades.
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estojo
Antilhas (11) 4152-1100 www.antilhas.com.br resina
Braskem www.braskem.com.br sopro
BMP Plásticos (11) 4161-3941 www.bmpplasticos.com.br Masterbatches
Clariant (11) 5683-7233 www.clariant.com.br molde
Formold (11) 5511-3343 www.formold.com.br
Inovação para guardar
Fusão do real e do virtual O influxo de sistemas de entretenimento gestual e a profusão das interfaces “touch-screen” em eletrodomésticos, smartphones e outros equipamentos criados para uso pessoal, doméstico e corporativo, são parte do dia-a-dia moderno, e permitem aproximar os ambientes real e virtual, online e off-line, redefinindo o sentido de “outra dimensão”.
óbvia da transparência: a profundidade, enaltecida pela incidência da luz sobre as diferentes camadas de partículas acomodadas na parede do objeto. Com grande conhecimento na transformação desse tipo de resina, a BMP Plásticos foi a empresa escolhida para soprar as peças, utilizando o molde produzido pela Formold. Como de costume, a Antilhas desenvolveu um estojo entregue aos vencedores de Grandes Cases de Embalagem, para transporte e acomodação dos troféus. Neste ano, trabalhou-se com tecido prateado laminado sobre papel cartão. O substrato foi impresso em offset.
Os presentes à cerimônia de Grandes Cases de Embalagem puderam levar para casa os vídeos que explicam os méritos das embalagens vencedoras, gravados num pen drive entregue na saída do evento.
PP ultraclarificado destaca profundidade do efeito usado nos troféus
Fruto de uma ação promocional de dois dos patrocinadores – HP e Vitopel – o brinde vinha acondicionado numa embalagem absolutamente inovadora: uma estrutura fílmica destinada à produção de Stand-up Pouches feitos apenas com poliolefinas (batizada de Monosup pela Vitopel e pela Braskem, idealizadoras do conceito) impressa digitalmente com qualidade offset numa impressora HP Indigo. Participaram ainda do projeto a Designful (design gráfico), a Baumgarten (impressão) e a Tradbor (formação das embalagens). curado
utilizar recursos produtivos disponíveis à cadeia de embalagens, o troféu de Grandes Cases de Embalagem é um laboratório de tendências. Por seu formato complexo e orgânico, concebido pelo designer Karim Rashid, o objeto, soprado em polipropileno, é ideal para materializar ideias ousadas. O que nele se consegue incorporar dificilmente encontra barreiras para ser feito, em larga escala, em embalagens de uso comercial. Por tudo isso, o desenvolvimento das cores segue uma diretriz clara: antecipar o
que será desejado pelos consumidores em alguns meses. A plataforma ColorWorks, serviço da Clariant (fornecedora dos masterbatches usados na produção) que identifica tendências globais de cores, dá os rumos que serão seguidos. Neste ano, a cor escolhida – um azul intenso, com partículas metalizadas – recebe o nome de Starled (ver quadro). Para valorizar o efeito escolhido, foi feita a opção pelo PP Prisma, da Braskem (um polipropileno ultraclarificado). A intenção era demonstrar uma face menos
foto: ca rlos
Criado em 2010 com o desafio de
eventos
Otimismo de volta Leve recuperação econômica fez a Pack Expo International, maior feira de embalagens dos EUA, pulsar neste ano com mais vigor Por Guilherme Kamio, de Chicago
Seis anos. Ainda levará esse tempo, segundo previsão recente do Fundo Monetário Internacional (FMI), para o mundo enfim se livrar dos embaraços da crise financeira deflagrada há quatro anos. Mesmo assim, a situação no epicentro do colapso já está bem melhor. Isso ficou evidente na mais nova edição da Pack Expo International, maior mostra de tecnologias de embalagem dos Estados Unidos. Ocorrida em Chicago entre os dias 28 e 31 de outubro último, a feira de negócios pulsou com um otimismo ausente nas suas duas montagens anteriores, realizadas em 2008 e 2010. O balanço oficial do evento confirma a sensação com números. A quantidade de expositores – 1 965 – ficou 7% acima da de dois anos atrás. Como reflexo, a área ocupada cresceu 6%. O público também foi maior: 45 338 pessoas, contra 43 982 da edição anterior. De acordo com o Packaging Machinery Manufacturers Institute (PMMI), organizador da feira, o comparecimento teria sido ainda maior não fosse o furacão Sandy, que atrapalhou o tráfego aéreo americano naquele mesmo período. “O efeito do ciclone tropical nas viagens pela Costa Leste impediu
muita gente de chegar ao show”, lamentou o presidente da entidade, Charles D. Yuska. “Mesmo assim, ainda conseguimos apreciar a maior Pack Expo International desde 2006.” Jorge Izquierdo, vice-presidente de desenvolvimento de mercado do PMMI, relaciona o ânimo da feira à recuperação da indústria americana de máquinas de Contiform 3: sopradora de alto rendimento foi destaque da Krones
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acondicionamento. “Após amargarem quedas em 2008 e 2009, as vendas de equipamentos de embalagem ‘made in USA’ cresceram 11.8% em 2010 e 19% em 2011, alcançando 7,7 bilhões de dólares”, repassa Izquierdo. Aceita a visão do setor de embalagem como termômetro da economia, não é absurdo atribuir ao aprumo produtivo algum peso na reeleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos – curiosamente, a festa da vitória ocorreu no mesmo McCormick Place que uma semana antes abrigara a Pack Expo. Na feira, manifestações concretas do contexto alentador foram ofertas de soluções para dilatar a produção, parcerias entre atores importantes da cadeia do packaging e anúncios de novidades de impacto. Do primeiro grupo sobressaíram máquinas como a Contiform 3 – sopradora de garrafas de PET que
Pavilhão do McCormick Place: movimento maior que o das edições anteriores do evento
a Krones afirma ser a mais rápida em sua categoria, com rendimento de até 2 250 recipientes por hora por estação de sopro (há configurações com até 36 estações, resultando em 81 000 unidades/hora) – e a SP600, da Karlville, aplicadora de rótulos termoencolhíveis capaz de executar até 600 inserções por minuto, inclusive de adereços de espessura reduzida, portanto de manejo delicado (na Pack Expo o equipamento foi demonstrado operando com rótulos de 30 micra). Também chamou a atenção, no estande da TNA, uma nova máquina form-fill-seal para empacotamento de vegetais, frutas, saladas e outros perecíveis em sacos de polietileno. Seria o primeiro equipamento do gênero, no mundo, dotado de um sistema rotativo de selagem por impulso. De acordo com a fabricante, os mordentes giratórios proporcionam mais velocidade (até 150 unidades por minuto), uptime e mais qualidade na selagem.
Em termos de alianças, o evento foi palco para a divulgação de uma parceria mundial entre a Henkel, referência em adesivos para embalagem, e a Nordson, nome forte em equipamentos para aplicação de adesivos. As empresas
PrimaPak: opção flexível a embalagens rígidas
prometem desenvolver, conjuntamente, soluções integradas que ofereçam mais benefícios para o mercado convertedor e para fabricantes de bens de consumo com parques de embalagem próprios. Um dos primeiros resultados da união de forças foi mostrado na feira: o sistema Freedom, baseado em um aplicador de hot melt da Nordson alimentado por um adesivo desenvolvido sob medida pela Henkel. A combinação, segundo as parceiras, promete aumentar o rendimento e, assim, aliviar custos do processo. No campo de novos conceitos, a Clear Lam apresentou na Pack Expo a PrimaPak, embalagem flexível de formato paralelepípedo posicionada como opção a recipientes de plástico rígido, como potes e bandejas. Castanhas, frutas, vegetais, doces e pratos prontos, entre outros Máquina da TNA: destaque é o sistema rotativo de selagem de sacos de PE
produtos, são os alvos. A novidade garantiria economia de matéria-prima, além de melhor ocupação de espaços no transporte – é feita a partir de uma única bobina de filme e, segundo a Clear Lam, é empilhável. Incorpora, ainda, um atributo de conveniência: sua abertura superior é vedada por meio de um rótulo autoadesivo resselável, desenvolvido em conjunto com o Walmart. A Zip-Pak, por sua vez, anunciou o lançamento de um novo tipo de fecho plástico de contato (“zíper”) para flexíveis. Constituído por faixas plásticas dotadas de ressaltos que se encaixam, o
Vector, da Zip-Pak: “ziper” que não exige alinhamento preciso
Sealed Air passa a oferecer, nos EUA, embalagens de proteção feitas de cogumelos
Vector não exige alinhamento preciso, diferentemente dos zíperes convencionais que necessitam do acoplamento entre partes macho e fêmea. Segundo a Zip-Pak, o Vector pode ser integrado a linhas de embalagem existentes com pequenos ajustes de máquinas. “É uma solução que equilibra inovação com praticidade”, diz Robert E. Hogan, diretor de marketing global da empresa, que está prestes a inaugurar sua primeira fábrica no Brasil (ver EmbalagemMarca nº 155, julho de 2012). O novo fecho, segundo Hogan, permitirá o aperfeiçoamento de propostas inovadoras em embalagens flexíveis, desenvolvidas em conjunto com convertedores parceiros. Exemplo é o Zip360 – modelo de bolsa plástica com boca larga, cuja abertura compreende as sanfonas (dobras) laterais. Já a Sealed Air utilizou a Pack Expo como plataforma de lançamento, nos Estados Unidos, da Restore, linha de embalagens de proteção, para processos logísticos, com apelo sustentável. Os produtos são feitos de um composto obtido a partir da cultura de cogumelos em subprodutos agrícolas como cascas de sementes e palha de trigo. A novidade é fruto de uma parceria costurada com a Ecovative Design, criadora da tecnologia (ver EmbalagemMarca nº 134, outubro de 2010). O material natural – biodegradável e compostável – teria propriedades bastante parecidas com as dos plásticos expandidos normalmente utilizados para o mesmo fim. Cabe registrar, por fim, que a Pack Expo mais uma vez contou com a pre-
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Intercâmbio entre referências
sença de empresas brasileiras. Coordenado pelo Instituto Nacional do Plástico (INP) e apoiado pela Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o Programa Export Plastic participou do evento pela quinta vez consecutiva com um estande que abrigou onze companhias locais atuantes na cadeia de valor da embalagem (Bandeirante, Braskem, CBS Elos, Cromex, Embaquim, EuropackNE, Ibrapack, Polo Films, Valfilm, Vitopel e Zaraplast). “Os resultados foram muito bons”, relata Cristina Sacramento, especialista em desenvolvimento de mercado do Export Plastic. “Foram registrados 300 000 dólares em vendas durante a feira e a previsão é que negócios da ordem de 10,1 milhões de dólares sejam fechados nos próximos doze meses.” A reportagem também encontrou, no evento, executivos da Indumak, fabricante de equipamentos de embalagem sediada em Jaraguá do Sul (SC). “Vemos potencial, nos Estados Unidos, para nossas enfardadeiras”, comentou Gelson Renato Schmidt, diretorpresidente da empresa. Jorge Izquierdo, do PMMI, aponta que a oferta de máquinas no mercado ianque pode ser interessante para empresas brasileiras e de outros países. “O gasto de companhias americanas em equipamentos importados tem subido”, diz o executivo. “No ano passado, o aumento foi de 35%, algo próximo a 500 milhões de dólares.”
Na Pack Expo 2012 foi definido um acordo internacional importante, que promete refinar a qualidade de dois veículos de mídia especializados em packaging, referências em seus respectivos países de atuação. EmbalagemMarca e Packaging World, dos Estados Unidos, acertaram um intercâmbio de conteúdo. A parceria se inicia já no próximo mês. “Ofereceremos, em português, notícias e artigos da principal revista análoga do maior mercado mundial de embalagens”, afirma Marcos Palhares, diretor da Bloco de Comunicação. “O leitor americano, por sua vez, poderá saber mais sobre uma economia emergente, cujo potencial para negócios é cada vez maior.” Fundada em 1994, Packaging World é o principal título do Summit Media Group, grupo baseado em Chicago que publica também as revistas Healthcare Packaging, Contract Packaging World e Automation World, além de produzir o portal GreenerPackage.com. “Queremos estabelecer convênios com publicações líderes de diversos países, e constatamos que a parceira ideal no Brasil, por sua credibilidade, é EmbalagemMarca”, declara Joe Angel, vice-presidente e publisher do Summit Media Group. A aliança prevê, ainda, uma parceria comercial entre as publicações. O Summit Media Group promoverá EmbalagemMarca como veículo de publicidade ideal para empresas americanas interessadas em divulgar produtos e serviços no mercado brasileiro. A Bloco de Comunicação retribuirá assistindo empresas nacionais que desejem anunciar em Packaging World.
Joe Angel, de Packaging World, exibe exemplar de EmbalagemMarca. No detalhe, capa recente da parceira dos EUA
Lubrificantes
Efeitos especiais Rótulo interativo mostra diferença entre óleos automotivos
Quando raspado, rótulo faz som que simula atrito de peça metálica
A Castrol leva para os rótulos de todos os seus produtos da linha de óleos lubrificantes Castrol Magnatec tecnologia que mostra a qualidade dos produtos. Em uma área do rótulo foram simuladas, em alto relevo, a aparência e a textura das condições da superfície de uma peça de motor testada com óleo Castrol Magnatec, e em outra área, com óleo padrão 5W-30. Comparando as duas, o consumidor verá que a peça que rodou sem Castrol Magnatec apresenta 66 | Dezembro 2012
mais ranhuras causadas pelo desgaste. Tocando a mesma área sentirá a superfície muito mais áspera e, finalmente, se raspá-la com a unha ou com uma chave, ouvirá um som mais alto, simulando o atrito de uma peça metálica. O rótulo é impresso em flexografia pela Maxcor em papel couché autoadesivo fornecido pela Fasson. “O efeito especial é conseguido graças à aplicação de verniz serigráfico UV no local”, explica Alexandre Lodi, diretor
da Maxcor. O design foi desenvolvido pela B+G Desigers. Segundo a Castrol, a ideia é demonstrar ao consumidor o resultado de testes comparativos que apontam que a superfície da peça metálica do motor que rodou com Castrol Magnatec ficou até quinze vezes mais lisa do que a que rodou com o óleo padrão, apresentando uma aparência polida e suave ao tato, o que é reproduzido no rótulo.
B+G Designers (11) 5090-1460 www.bmaisg.com.br Fasson 0800-7017600 www.fasson.com.br Maxcor (31) 3303-6000 www.maxcor.com.br
entrevista
Segundo dados
da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), somente vinte das 2 300 empresas do setor registram vendas anuais superiores a 100 milhões de reais. Em breve, esse seleto grupo poderá ganhar uma nova integrante: a Mahogany, cujo faturamento cresce a índices acima de 20% desde 2006, tendo alcançado 86,7 milhões de reais no ano passado. O avanço corresponde a uma transformação do modelo de negócios da empresa, que transitou para o franchising após quinze anos abastecendo lojas de departamento e perfumarias. Mas, para seu presidente, Jaime Drummond, o sucesso deve ser creditado sobretudo ao posicionamento da marca, calcado no romantismo – patente, por exemplo, nas muitas fórmulas e embalagens vinculadas a flores. “É um estilo que andava meio esquecido no mercado”, afirma o empresário. A seguinte entrevista traz mais sobre essa estratégia e as ideias de Drummond, para quem uma boa apresentação de produto “é o segredo do sucesso no ramo da beleza”.
Muitas flores, muito capricho Franquia de cosméticos prospera ao celebrar o romantismo e valorizar embalagens exclusivas. Jaime Drummond, presidente da Mahogany, fala das razões e implicações dessa estratégia para as atividades da empresa
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A Mahogany tem se destacado em um mercado de concorrência acirrada, que já conta com algo próximo a 2 300 players. A empresa inaugurou mais de 150 lojas nos últimos cinco anos e seu faturamento cresce ano após ano, tendo evoluído 28% em 2011. A que fatores o senhor atribui esse avanço? São dois fatores principais. Um é conjuntural. O mercado de cosméticos, como nós todos sabemos, tem crescido muito no País graças ao fortalecimento do poder de consumo da população. O outro fator é particular. A Mahogany tem se empenhado visceralmente em inovar, desenvolver projetos diferenciados. Sem empáfia ou arroubo de grandeza, reparamos que muitas vezes somos benchmarking para a concorrência. Isso nos orgulha. Queremos criar produtos que sobressaiam. Temos o básico, é lógico, mas procuramos sempre criar itens diferenciados, que surpreendam os clientes. Temos deixado de lado o
receio que acomete muitas empresas, que puxam o freio porque não sabem se suas ousadias terão público. Nossa disposição é para arriscar. Felizmente, temos sido bem-sucedidos. Por quinze anos a empresa fixou-se nas vendas em lojas de departamentos e perfumarias, mas alterou seu modelo de negócios em 2006 para ingressar no sistema de franquias. O que motivou a saída do varejo? O varejo ficou com uma conotação muito popular, muito de mercado massivo, com produtos muito iguais. Cada vez menos ele comporta produtos originais, com conceitos únicos, que fujam à multidão. O varejo está muito dominado pelos big players – Unilever, Procter & Gamble, L’Oréal, Johnson (& Johnson) etc. Está tudo muito igual inclusive nas grandes superfícies. Supermercados e redes de farmácias estão mais e mais iguais, padronizados. Fica muito difícil distinguir-se por meio de produtos criativos. Construir marca, então, tornou-se uma enorme dificuldade. Foi basicamente por isso que decidimos instituir pontos de venda próprios, exclusivos. A Mahogany diz utilizar o conceito Cozy Romantic em sua identidade de marca e no modo de apresentar produtos. O que caracteriza esse estilo? Em essência, o Cozy Romantic é um lirismo acolhedor, fundamentado na ideia de natureza romântica e reconfortante, que imprime segurança. Na prática, esse posicionamento é transmitido pelos motivos florais, e em menor medida frutais, que permeiam fórmulas e os visuais de nossos produtos, especialmente as embalagens. É o resgate de algo que já foi forte no passado, uma nostalgia gostosa, aquela ternura de se dar rosas para a namorada. Optamos por essa atitude de marca porque sentíamos que o romantismo estava um tanto esquecido. O mercado de cosméticos começou a usar muita celebridade, muito apelo sexual. A propaganda do meio exagera na figura do homem sarado, da mulher muito vamp... Ficou tudo muito caricato. Temos produtos sensuais, sim, mas sem abuso. O nosso sensual é romântico.
Que balanço o senhor faz dessa estratégia? A aceitação foi ótima. Já vemos, por exemplo, algumas grandes casas de perfumaria resgatando o floral, lançando criações mais românticas. Sentimos que o romantismo está voltando, e nos orgulhamos de termos de certa forma entendido esse momento e nos antecipado a ele. Entendemos que acertamos porque nossas vendas cresceram bastante. Esperamos fechar este ano com evolução de faturamento tão boa quanto a de 2011. Há um esforço grande para lançamentos e renovações de produtos, para que fiquem mais de acordo com o estilo Cozy Romantic. O trabalho de criação de embalagens tem sido intenso. Como ocorrem, normalmente, as concepções das embalagens da empresa? Costumamos pensar projetos de embalagem a partir de duas ópticas. Uma é a do design, em que avaliamos questões técnicas, tecnológicas, estruturais e de processos. Imaginamos a embalagem e avaliamos o tamanho, que molde ou preforma teríamos de usar, o tipo de máquina requerido, questões de produtividade... É um trabalho de desenho combinado com engenharia e logística, e que geralmente executamos internamente. A segunda óptica é a decorativa,
de arte. Uma vez definido o formato da embalagem, temos uma equipe interna, de cinco pessoas, que trabalha a parte de decoração. A maior parte da criação é interna, mas recorremos a prestadores de serviços para ajustes e desafios técnicos mais complexos. A Mahogany faturou um dos troféus da mais recente edição do prêmio Grandes Cases de Embalagem com a fragrância Secret Kisses, cujo frasco tem pintura com reserva, um diferencial em decoração de vidro (ver pág. 55). Ideias desse gênero costumam ser dos próprios profissionais da empresa ou são sugeridas por parceiros fornecedores? A maioria das ideias para apresentações de produtos nasce de colaboradores
Linha Secret Kisses: frasco de vidro, à frente, inova em decoração
Temos mais de quarenta patentes de embalagem, e estamos o tempo todo pesquisando, desenvolvendo inovações. A quase totalidade de nossos produtos tem moldes próprios
Mahogany valoriza flores e elementos românticos na composição dos visuais de seus produtos
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diretos. Mas, claro, recebemos sugestões e ofertas de inovação dos fornecedores. No caso específico do frasco do Secret Kisses, tivemos a ideia e a (decoradora de recipientes de vidro) Decoridea a interpretou, topou o desafio e entregou a encomenda à altura das expectativas. Foi um trabalho de parceria muito intenso. Não adianta termos a ideia se não há fornecedor que consiga viabilizá-la. É muito importante – e muito bacana – quando empresas parceiras encaram os desafios e compram nossas ideias. A Mahogany considera a embalagem uma ferramenta efetiva de marketing? Como o senhor definiria a importância desse recurso? Não acho a embalagem importante; considero-a essencial. A Mahogany já possui mais de quarenta patentes de
embalagem, e estamos o tempo todo pesquisando, desenvolvendo inovações. A quase totalidade de nossos produtos tem moldes próprios. Temos máquinas de sopro, de injeção. Isso nos ajuda bastante a desenvolver formatos inusitados. Investimos muito em pesquisas para criar embalagens únicas, carismáticas. Embalagem, para mim, é o grande segredo em produtos de beleza. Naturalmente, isso tem um custo alto. Mas se não mostrarmos inovação, diferenciação, caímos na vala comum. Como você mesmo observou, temos mais de 2 300 empresas no mercado. A concorrência é pesadíssima. A empresa que quiser sobressair precisa o tempo todo se desafiar a inovar.
Acreditamos muito na intuição. Se só ouvíssemos o consumidor, não inovaríamos. Apostamos no nosso feeling. Depois, a estatística mostra se estávamos certos
Números da Mahogany 21 anos em atividade 150 lojas no território nacional R$ 86,7 milhões de faturamento em 2011 400 produtos em seu portfólio
Pequenos e médios fabricantes de cosméticos costumam apontar dificuldades no atendimento e na obtenção de embalagens exclusivas por grandes fornecedores. A Mahogany enfrenta ou já enfrentou esse tipo de problema? Claro. Nossa rotina não é – ainda – de altíssimas escalas. Como já disse, o que fizemos muitas vezes para contornar essa questão foi bancar nossos próprios moldes e até comprar máquinas. Houve casos, e não foram poucos, em que precisávamos de baixas tiragens e sofríamos para alguém aceitar nossos pedidos. Como temos produzido mais e nossa marca tem ganhado projeção no mercado, esse tipo de problema tem sido minimizado.
muito na intuição. Se só ouvíssemos o consumidor, não criaríamos, não inovaríamos. Primeiro, é claro, ouvimos. Isso representa de 20% a 30% do processo de criação. O resto é intuição. Apostamos no nosso feeling e depois utilizamos a estatística para detectar se nosso ponto de vista estava certo ou errado. Já seguimos sugestões de consumidores para elaborar fórmulas de certos itens frutais e florais. Nas embalagens, porém, temos sido mais autossuficientes.
Em comunicado distribuído recentemente à imprensa, o senhor declara que a Mahogany “trabalha efetivamente para ouvir as sugestões e solicitações dos seus consumidores e franqueados para atender às expectativas e estabelecer fidelidade”. Essa prática de escutar os stakeholders é canalizada para aprimoramentos de produtos e embalagens? Estamos sempre atentos a manifestações das partes envolvidas no negócio, para aprimorá-lo. Mas não fazemos muita pesquisa de inovação, de pré-desenvolvimento. Recorremos às estatísticas mais para saber se nossos produtos estão agradando. Acreditamos
Embora a maior parcela de seus consumidores sejam mulheres, a Mahogany também direciona cosméticos para o público masculino. Que atributos têm sido trabalhados nas embalagens desses produtos? O público masculino é importantíssimo e representa um desafio. Ocorre que nossas lojas têm conotação muito mais feminina do que masculina. Além disso, o machismo é muito forte. Com efeito, muitos homens não se sentem confortáveis com cosméticos cheios de flores e elementos de ternura. Por isso, decidimos trabalhar muito a questão da tecnologia. O produto para o homem tem de ser o menos sutil pos-
5 profissionais no departamento de embalagens
sível. Enquanto a mulher se interessa mais por beleza, por bem-estar, o homem preza desempenho, atributos, digamos, mais de conteúdo do produto. Seria como a compra de um automóvel. Enquanto a mulher valoriza o design, o conforto do carro, o homem quer saber da performance, da parte tecnológica. Em razão disso, procuramos explicitar benefícios intrínsecos do produto masculino. As embalagens são mais sóbrias e tentam transmitir nobreza de outra maneira, com cores fortes e sólidas, linhas mais retas e tipologia mais sóbria. A empresa tem planos de internacionalização, seguindo o que já fizeram outras marcas brasileiras de cosméticos? Estamos focando mais no Brasil. Creio que temos muito campo, aqui no País, para desenvolver nossa marca. Além disso, uma expansão internacional demanda muito recurso, entende? Queremos, antes de tudo, fortalecer nosso negócio no mercado brasileiro. É o horizonte que, pelo menos por ora, temos em nosso mapa.
Itens para homens: imagem sóbria, sem flores
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Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA
Edição: flavio palhares flavio@embalagemmarca.com.br
Higiene pessoal
Carrões para adultos Camaro e Corvette são dois automóveis que atraem os homens pela esportividade, design e potência do motor, sendo modelos cobiçados ao redor do mundo. Devido a essa aura, que perdura ao longo dos anos, a Biotropic Cosmética Licensing, em parceria com a General Motors, lança os kits de banho Camaro e Corvette, especialmente desenvolvidos
para o público masculino adulto. Os kits são compostos por deo-colônia de 50 mililitros e xampu 2 em 1 de 300 mililitros. A embalagem amarela do Kit Banho Camaro tem formato diferenciado, que reproduz os faróis do carro. O Kit Banho Corvette foi desenvolvido em uma embalagem vermelha, que traduz a identidade visual do veículo.
Cartuchos
Gráfica 43 (47) 3221-1200 www.43sagrafica.com.br Rótulos
Outlabel (15) 3238-4838 www.outlabel.com.br Potes xampu
Spiltag www.spiltag.com.br (14) 3408-1100 Frascos deo-colônia
Vidraria Anchieta (11) 2090-0670 www.vidrariaanchieta.com.br Design
Vy2 Studio Design (11) 5081-7813 www.vy2.com.br
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Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA
2 Design
Agência Inovativa (11) 3871-2500 www.agenciainovativa.com.br Lata
Metalgráfica Palmira (32) 3251-3571 www.palmira.com.br
Sopas
Lácteos
Vegetais
Cafés
Pronta no pouch
requeijão de Natal 2
Legumes em latona 3
Gourmet limpo 4
O Requeijão Cremoso Catupiry ganhou uma lata especial, decorada com motivos natalinos. Este é o segundo ano em que o produto, da Laticínios Catupiry, recebe uma embalagem diferenciada.
Latas decorativas e colecionáveis foram adotadas pela Goiás Verde Alimentos para a venda de um quilo de vegetais em conserva. As embalagens levam tampa abre-fácil, que dispensa o abridor.
O café gourmet Santa Monica adotou novo visual, mais despojado. O produto é oferecido em grãos, em flexível de 1 quilo, e torrado e moído, em caixas de papel cartão de 250 gramas e de 500 gramas.
1
Aspargos, 4 Queijos e Tomate são as opções de sopas cremosas da Fugini Alimentos. Os produtos, prontos para consumir, chegam ao mercado em stand-up pouches (bolsas plásticas que ficam em pé). O design gráfico é da própria Fugini.
4
Design
M/Antonelli (11) 2821-2220 www.mantonelli.com.br Embalagens flexíveis
Shellmar (11) 4128-5200 www.shellmar.com.br Caixas
Tom Artes (11) 3328-6333 www.tomartes.com.br
1 Stand-up pouches
Dixie Toga (11) 2928-9200 www.dixietoga.com.br
3 Design
Mais Packing (11) 3074-6611 www.maispacking.com.br Latas
Rojek (11) 3227-4789 www.rojek.com.br
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Bebidas
Arte na garrafa
5
Estreou no País a mais nova garrafa da série Art Edition, do uísque Passport, da Pernod Ricard. O design é assinado pelo artista Alexandre Cruz, mais conhecido pelo pseudônimo Sesper. A decoração da garrafa é feita por pintura.
5 Garrafa
Owens-Illinois (11) 2542-8000 www.o-i.com Decoração
PlastClean (11) 3604-2222 www.plastclean.com.br
Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA
1 Frascos
Bom Pack (11) 4072-5353 www.bompack.com.br Rótulos
DeltaPrint (48) 3478-3900 www.deltaprint.ind.br Design
Gaia Brasilis (48) 3045-4890 www.gaiabrasilis.com.br Válvulas
Master Pumps (11) 4072-5353 www.masterpumps.com.br
Cartucho
Box Print (11) 5505-2370 www.boxprint.com.br
4
Design Gráfico
Decoração
Tampa
Frascos
Design Emocional (11) 3845-0667 www.designemocional.com.br Incom (11) 4173-9900 www.incom.com.br
Premier Pack (11) 4612-0756 www.premierpack.com.br Saverglass (Premier Pack) (11) 4612-0756 www.premierpack.com.br
Cosméticos
Isotônicos
Energéticos
Perfumes
apelo gourmet
mais um esportivo
em pet de 1 litro 3
Casal perfumado
Uma garrafa de PET de 1 litro, decorada com rótulo termoencolhível, é a mais nova versão do energético Burn, da Coca-Cola Brasil. A embalagem tem espessura superior às das garrafas dos demais energéticos no mercado, para proporcionar mais firmeza ao servir. O rótulo, preto fosco, recobre até a tampa de rosca e traz a chama da marca impressa em alto relevo com brilho. A Coca-Cola não revelou os fornecedores.
A Jequiti lançou a linha de perfumes Casal Elixir. Os frascos de 100 mililitros têm fundo espesso e são decorados com pintura translúcida degradê de cima para baixo – azul na fragrância masculina e roxa na feminina.
1
A Omnes Perfumes & Cosméticos criou a linha Do Gourmet, inspirada no universo da cozinha. Ela é composta por sabonete líquido, em frasco com válvula pump, e odorizadores de ambiente, em frascos com válvula spray.
2
O Ironage marca o ingresso do Grupo Petrópolis no mercado de isotônicos. Disponível em quatro sabores (tangerina, limão, uva e laranja), o produto é vendido em garrafas de PET revestidas por rótulos termoencolhíveis.
3 Tampa
2 Tampas
America Tampas (11) 2504-7000 www.americatampas.com.br Design
Design Luce (11) 5096-1506 www.designluce.com.br Rótulos
Kromos (19) 3879-9500 www.kromos.com.br
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CSI Closures (11) 4134-2500 www.csiclosures.com Rótulo
Dase Seal (56-2) 544-0790 www.daseseal.com Pré-forma
Engepack (11) 2149-8800 www.engepack.com.br
4
6
Design
8 Casa Darwin
(11) 3034-3137 www.casadarwin.com.br
Cervejas
novidades para o fim de ano A Bohemia Imperial 6 é inspirada em uma cerveja que era servida em ocasiões especiais na época do Império brasileiro. Temporária, a novidade da Ambev é vendida em garrafa fechada por rolha plástica e decorada com rótulo autoadesivo de BOPP. A Ambev não identificou os fornecedores.
Baden Baden Christmas Beer e Eisenbahn Weihnachts Ale 7 são as sugestões da Kirin Brasil para as festas de final de ano. As bebidas, já oferecidas em outros anos, serão vendidas nas regiões Sul e Sudeste do País em garrafas de vidro. Em ambos os casos a decoração é feita por rótulos de papel colado.
A Cervejaria Colorado desenvolveu um kit especial de papel cartão que agrupa quatro garrafas de 600 mililitros das cervejas Colorado 8 . A embalagem está à venda somente nas lojas do Pão de Açúcar até o final de 2012. A partir de janeiro de 2013, poderá ser encontrada em outros pontos de venda.
7 Rótulos (Eisenbahn)
Baumgarten (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br Garrafas
Verallia (11) 2246-7402 www.verallia.com.br Design (Baden Baden)
M Design (11) 3833-0969 www.mdesign.com.br Rótulos (Baden Baden)
Inforpress (11) 4232-8599 www.ifpress.com.br
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Almanaque Toni e seu pão de frutas Diversas são as histórias sobre a origem do panetone. A maioria delas atribui a invenção a um padeiro de Milão chamado Antonio. Uns dizem que a receita do hoje indefectível pão doce de Natal foi obra do acaso, com a queda acidental de frutas cristalizadas numa massa de torta. Outros garantem que o tal pane di Toni (“pão de Toni”) foi algo bem pensado. Teria sido criado pelo ragazzo para paparicar o pai de uma paquera. A versão romântica, claro, é a que mais faz sucesso.
Não foi a Coca-Cola... Além de bebidas e embalagens de sucesso, a Coca-Cola teria criado também o visual típico de Papai Noel. Repetido em conversas de botequim e na internet, essa história não passaria de lenda. Segundo historiadores, o real inventor da hoje clássica imagem do velhinho – roupas vermelhas com detalhes brancos, gorro e acessórios pretos – foi o cartunista alemão Thomas Nast, em 1886 (até então, Noel era geralmente representado com roupas verdes). A Coca-Cola, na realidade, ajudou a disseminar tal caracterização, ao adotá-la em diversos anúncios a partir dos anos 1930.
depois enfeit , e t i e Le
Sob o mote do “faça você mesmo”, que estava na moda no final da década de 1960, anúncios em revistas americanas da época davam a receita de uma vela natalina caseira moldada por uma caixinha vazia de leite. Eram peças de publicidade da Ex-Cell-O Corporation, empresa que ajudou a difundir o conceito de embalagem cartonada para bebidas nos Estados Unidos. “Não colocamos cera nas caixinhas Pure-Pak há anos”, diz o título do reclame, brincando com o fato de que o revestimento interno de parafina, antes comum naquele tipo de embalagem, fora substituído tempos antes por uma camada de plástico.
Vela natalina: meio de reaproveitar caixinha
A caixa de Bauducco Em 1952, quatro anos após desembarcar no Brasil, o italiano Carlo Bauducco abriu uma doceira no Brás, tradicional reduto de oriundi em São Paulo. Feito com base numa receita trazida pelo imigrante, o panetone do estabelecimento consagrou a marca Bauducco. Em 1965, a iguaria começou a ser vendida numa caixa de papel cartão – hábito hoje difundido no mercado, e do qual a empresa afirma ter sido pioneira.
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bauducco foi a primeira a acondicionar panetones em caixas de papel cartão
Baú digital Pastilhas PEZ: Papai Noel chegou primeiro
emb.bz/160bau