EmbalagemMarca 161

Page 1

Ano XIV • Nº 161 • Janeiro 2013 • R$ 15,00

rotulagem

Coca-Cola substitui hot-melt por rótulos pré-adesivados em linha da água mineral Crystal

entrevista

Renault Castro, da Abralatas, fala de reivindicações e inovações da indústria de latas de alumínio

alimentos

Depois de quase um século inalterada, lata da manteiga Aviação fica mais moderna

Garrafas com arte Pintura, serigrafia e outras técnicas de decoração direta podem dar um colorido diferente à venda de bebidas



Editorial UMA CONVERSA COM O LEITOR

Preferências pelo Brasil O noticiário sobre o andamento da economia brasileira no futuro próximo é controverso e, no mais das vezes, dá a sensação de ser insuflado por quem quer ver a vaca ir para o brejo. Até órgãos de imprensa estrangeiros, como o jornal Financial Times e a revista The Economist, já se puseram a dar lições a nossas autoridades. É mais ou menos consensual que estas têm mesmo muito a aprender, mas pode-se desdenhar de mestres que fariam melhor se, em suas próprias casas, dessem atenção a pupilos mais necessitados de lições de economia. Não temos e não queremos ter procuração de governantes para fazer sua defesa e, independentemente deles e de seus eventuais passos equivocados, apostamos no futuro do País. Afinal, se tivesse vingado um mínimo que fosse dos prognósticos feitos ao longo de nossa história, certamente ainda estaríamos vivendo o ciclo do pau brasil. Como sempre, no atual quadro global, indiferentes ao noticiário daqueles veículos da imprensa americana e da britânica (e mais ainda ao da brasileira), investidores estrangeiros demonstram acreditar mais em nós do que nós mesmos. Segundo dados divulgados neste começo de ano pela Unctad (Conferência da ONU sobre o Comércio e o Desenvolvimento), em 2012 economias emergentes receberam mais investimentos que países ricos. Entre elas está o Brasil, atrás de Hong Kong, China

e Estados Unidos. É verdade que o mesmo o órgão informa ter o fluxo de capitais externos para o País caído em comparação com 2011. Mas a queda foi de apenas 2%, bem inferior aos 18% da média mundial. No ano passado entraram na economia local 62,272 bilhões de dólares, o segundo volume mais alto da história (66 bilhões de dólares em 2011). Isso colocou o Brasil, no ano, à frente de tradicionais destinos de investimento, como Alemanha, França, Japão e Reino Unido. Num passo adiante, pesquisa da empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers com 1 130 executivos de empresas de 68 países, divulgada em Davos, na Suíça, na véspera da abertura do Fórum Econômico Mundial, neste mês de janeiro, mostra que o Brasil aparece como o terceiro mercado preferido para investir. Com 15% de votos positivos, o País só ficou atrás da China (31%) e dos Estados Unidos (23%). Enquanto isso tudo acontecia, levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrava que a maioria das empresas brasileiras do setor não tem intenção de aumentar investimentos em 2013. Ante tal panorama, deixamos aqui uma pergunta: “Por que deixar cada vez mais para a concorrência externa um dos principais ativos da economia brasileira, que é seu mercado interno?”. Voltaremos em fevereiro. Até lá.

“No atual quadro global, indiferentes ao noticiário de veículos da imprensa americana e da britânica (e da brasileira), investidores estrangeiros demonstram acreditar mais em nós do que nós mesmos”

WILSON PALHARES

Janeiro 2013 |

3


Edição 161 • Janeiro 2013

Sumário

Reportagem de capa: Decoração Pintura, serigrafia, tampografia e outras técnicas de gravação direta podem fazer a diferença na composição de garrafas de vidro – Por Guilherme Kamio

3 Editorial Enquanto o ceticismo impera no noticiário, empresas estrangeiras demonstram confiança e ampliam investimentos no Brasil. Não deveríamos fazer o mesmo? 6 Painel Novo processo de gravação de chapas para flexografia promete aprimorar impressão de embalagens • Albéa absorve a Rexam Personal Care • Reformulada a identidade da Ibema • Latapack-Ball confirma expansão na Bahia • Frugis completa 85 anos

12 Aves Embalagens termoformadas substituem bandejas no acondicionamento de cortes de frango in natura

14 Manteigas A tradicional lata de aço da manteiga Aviação é reformulada após quase um século no mercado

16

20 Internacional Estados Unidos ganham o primeiro óleo automotivo acondicionado em stand-up pouch, bolsa plástica que fica em pé

21 Esmaltes Proposta dois em um, em embalagem idem, confere apelo inovador a esmaltes da novela Guerra dos Sexos

6

14

22 Entrevista Renault Castro, diretor executivo da Abralatas, critica a carga tributária e fala do panorama para as latas de alumínio para bebidas no Brasil

26 Rotulagem Coca-Cola substitui hot-melt por filme préadesivado em linha de rotulagem da água Crystal em Bauru (SP)

20

21

28 Display Arte de Romero Britto estampa embalagens de balas • Pedras preciosas enobrecem garrafas de cachaças • Lavaroupas da Ypê ganham frasco anatômico • Esmaltes surgem em estojos com visual retrô • Cerveja se associa a revista masculina • Forno de Minas lança requeijão

34 Almanaque Óleo automotivo já teve garrafa como a de

28

34

Coca-Cola • Um museu de imagens de chocolates • Como o anel de latinhas foi criado • Gemol, um tônico milagroso

Empresas que anunciam nesta edição Baumgarten...................................................2ª capa BMP............................................................................15 Catuaí Print...............................................................31 Congraf....................................................................... 7 Designful.................................................................. 33

Feiplastic...................................................................13 Gráfica Ipê................................................................15 Grandes Cases....................................................... 29 Ibema...........................................................................5 Indexflex..........................................................4ª capa

Moltec...................................................................... 33 Plastimagen.............................................................. 11 Prakolar...........................................................3ª capa Silgan White Cap....................................................13 Simbios-Pack.......................................................... 33

Diretor de redação: Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br • Editor executivo: Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.br • Redação: Flávio Palhares | flavio@embalagemmarca.com.br • Comercial: Karin Trojan | karin@embalagemmarca.com.br • Wagner Ferreira | wagner@embalagemmarca. com.br • Gerente comercial: Roberto Inson | roberto@embalagemmarca.com.br • Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | carlos@embalagemmarca.com.br • Administração: Eunice Fruet | eunice@embalagemmarca.com.br • Marcos Palhares | marcos@embalagemmarca.com.br • Eventos: Marcella Freitas | marcella@embalagemmarca.com.br • Circulação e assinaturas (assinatura anual R$ 150): Kelly Cardoso | assinaturas@embalagemmarca.com.br

Publicação mensal da Bloco Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 04718-040 • São Paulo, SP (11) 5181-6533 www.embalagemmarca.com.br

Não é permitida a reprodução, no todo ou em parte, do conteúdo desta revista sem autorização. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.



Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

Edição: Guilherme Kamio guma@embalagemmarca.com.br

IMPRESSÃO

Fluxo aprimorado Novo workflow de pré-impressão flexográfica promete aprimorar registros em embalagens

Marilan já utiliza o Cyrel DigiFlow na impressão de invólucros de biscoitos. No detalhe (à esq.), unidade de exposição preparada para o sistema

Novidade para a impressão de embalagens por meio da flexografia, o Cyrel DigiFlow começa a se difundir no mercado brasileiro. Lançado pela DuPont em maio de 2012 na Drupa, feira de tecnologia gráfica realizada na Alemanha, o sistema já está disponível, segundo sua criadora, “nas principais convertedoras e gráficas do mercado brasileiro”. Em linhas básicas, o Cyrel DigiFlow consiste em um fluxo de trabalho digital aprimorado para a gravação de chapas, cujo grande diferencial é a possibilidade de geração do chamado ponto híbrido – unidade reprodutiva que promete melhorar sensivelmente o contraste de impressão e a densidade de tinta nas áreas de sólidos, aperfeiçoando ainda mais a alta qualidade de imagem tipicamente associada aos workflows digitais. O sistema é altamente flexível, funcionando a partir da adição de uma câmara nas unida6 | Janeiro 2013

des de exposição da DuPont. O acessório permite criar uma atmosfera controlada durante a exposição principal, assegurando uma reprodução 1:1 dos elementos da imagem na chapa. “Essa reprodução linear é importantíssima para otimizar os efeitos dos padrões de retículas sólidas”, explica Rodrigo Yamaguchi, gerente técnico da DuPont Packaging Graphics América Latina. Quando o ponto digital padrão é o efeito pretendido, a geração de ponto híbrido pode ser desativada. “O sistema DigiFlow não adiciona etapas ao processo, permitindo a seleção de pontos digitais ou híbridos por meio da simples seleção no painel do equipamento”, esclarece o executivo. Entre as empresas que já utilizam embalagens criadas com o Cyrel DigiFlow está a Marilan. Adotado inicialmente para a produção das embalagens da linha de biscoitos Pit

Stop, o sistema foi estendido para os invólucros de outros produtos da companhia, como biscoitos maizena, crackers e Mini Doses. “A nova tecnologia trouxe importantes ganhos, como maior velocidade no processo de impressão e qualidade superior da imagem”, afirma Nivaldo Martins, gerente de negócios da Marilan. O processamento das chapas de impressão da empresa por meio do Cyrel DigiFlow é feito pela StudioLaser, de Marília (SP). “Cada vez mais o mercado brasileiro de embalagens privilegia inovações que contribuam para a melhor qualidade de impressão. Por isso, o País guarda inúmeras oportunidades de crescimento e é estratégico para nossos negócios”, declara Rodrigo Yamaguchi. “Em 2013, seguiremos trabalhando junto aos clientes locais para ampliar o uso do Cyrel Digiflow.” emb.bz/161cyrel



Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS

EMBALAGENS E DAS MARCAS

PET

Amcor aposta em garrafas de PET para uísques e outros spirits

Sopro rumo aos destilados A Amcor Rigid Plastics aposta numa difusão de garrafas de PET com visual premium no mercado de spirits, as bebidas alcoólicas destiladas. Para esse segmento, a empresa começou a oferecer, no mercado internacional, dois modelos de embalagem standard, com capacidades de 750 mililitros e 1,75 litro. Os recipientes permitiriam transições tranquilas do vidro, podendo inclusive utilizar tampas de rosca de alumínio com o exclusivo design roll-on pilfer-proof (ROPP) – já comercializadas pela empresa para marcas consagradas de uísques e conhaques.

VIDRO

Ardagh próximo da América O grupo luxemburguês Ardagh, especializado na produção de embalagens de metal e de vidro, anunciou ter feito oferta para adquirir a operação norte-americana da Verallia, fabricante de recipientes de vidro controlada pelo grupo francês Saint-Gobain. A proposta, segundo fontes extraoficiais, seria de 1,7 bilhão de dólares. A Verallia North America (VNA) é a segunda maior produtora de embalagens de vidro na América do Norte, ficando somente atrás da Owens-Illinois. Produz anualmente, em suas treze fábricas, cerca de 9 bilhões de recipientes, empregando aproximadamente 4 400 pessoas. O faturamento anual da em-

presa gira em torno de 1,6 bilhão de dólares. “A aquisição da VNA seria mais um importante marco em nossa evolução, agregando escala, diversidade e valor às nossas operações globais em embalagem”, afirmou Paul Coulson, diretor da Ardagh. “A transação incrementaria o tamanho de nosso negócio de vidro em quase 60%, e seria um passo expressivo rumo ao desenvolvimento de nossas operações nos Estados Unidos.” A proposta está sendo analisada pela Saint-Gobain. O Ardagh Group possui 100 fábricas distribuídas por 25 países. Produz 26,6 bilhões de recipientes por ano e emprega 17 700 pessoas.

GENTE

Fim de um ciclo Depois de 34 anos, o brasileiro José Ramos Lorente (foto) deixa a multinacional americana Owens-Illinois, líder mundial em embalagens de vidro. O executivo passa o bastão da presidência da divisão europeia da companhia, cargo que ocupou nos últimos três anos, para o holandês Erik Bouts. Ao longo de sua carreira na vidraria, Lorente gerenciou a operação brasileira, foi vice-presidente de vendas e marketing na Venezuela e presidente para a América Latina.

8 | Janeiro 2013

NEGÓCIOS

Beleza em novas mãos O fundo de capital privado Sun European Partners confirmou a compra do braço de soluções para Personal Care da multinacional inglesa Rexam e sua integração à afiliada Albéa – empresa especializada em embalagens de cosméticos sediada na França e presente no Brasil com fábricas em Mogi das Cruzes (SP) e Suape (PE). Segundo fontes extraoficiais, o negócio foi fechado por 459 milhões de dólares. Centrada na produção de válvulas dispensadoras e embalagens para cosméticos e maquiagem, a Rexam Personal Care emprega 6 500 funcionários e possui onze fábricas no mundo, sendo uma no Brasil – em Jundiaí (SP). Essa operação, inclusive, já começou a atender pelo nome Albéa.

EVENTO

Mais uma feira no México A partir deste ano o México recebe uma nova feira de negócios voltada à embalagem: a Expo Pack Guadalajara. A exibição ocorrerá entre os dias 27 de fevereiro e 1º de março próximos e é organizada pelo Packaging Machinery Manufacturers Institute (PMMI), que congrega fabricantes norteamericanos de máquinas para embalagem. A mesma entidade é responsável pela Expo Pack México, realizada anualmente na Cidade do México. Segundo os organizadores, a intenção da nova feira é aproveitar o potencial da região oeste mexicana, consumidora de 85% das importações de equipamentos de envase naquele País. Informações: www.expopackguadalajara.com.mx.


FLEXÍVEIS

Antes . . .

Muito além do bag-in-box

Mais brasilidade, mais calor Importante produtora nacional de papel cartão para embalagens, a Ibema mudou de logotipo. O círculo foi redesenhado, sendo formado agora por folhas de papel dobradas, que simbolizam movimento. A cor amarela foi adicionada para representar calor humano, e junto com o verde, azul e branco, simbolizar que a empresa é 100% brasileira. O nome da companhia é agora

escrito em caixa baixa, com fontes arredondadas e espaçadas, para facilitar a leitura, e a assinatura “Cia. Brasileira de Papel” foi substituída por “papelcartão”. O redesign é assinado pela Agência Valente.

. . . e depois CARTONADAS ASSÉPTICAS

Racionalidade com conveniência A SIG Combibloc anunciou que a combibloc EcoPlus, embalagem com apelo sustentável lançada em meados de 2010, passa a estar disponível com tampa de rosca. Segundo a fornecedora, a combibloc EcoPlus gera 28% menos emissões de gás carbônico quando comparada com modelos convencionais de cartonadas assépticas. A pegada menor resulta da estrutura especial da embalagem, isenta de alumínio (substituído por uma camada de poliamida) e 80% baseada em papel cartão.

combibloc EcoPlus: agora, opção de tampa

Mais conhecida pela produção de bag-in-box, solução em que bolsas plásticas são acomodadas em caixas de papelão ondulado, a americana Scholle Packaging anunciou a compra da participação majoritária nos ativos da Flexpack, fabricante brasileira de embalagens flexíveis especializada em stand-up pouches (SUPs) – bolsas plásticas que, graças à base plana, são capazes de ficar em pé. Segundo Roberto Bucker, diretor geral da Scholle Packaging América Latina, a aquisição permitirá à empresa ingressar em novos segmentos, “criando um portfólio mais amplo de produtos e serviços”. Instalada em São Paulo, a Flexpack levará sua base de produção para Vinhedo (SP), onde fica a operação brasileira da Scholle. O valor do negócio não foi divulgado.

METÁLICAS

Expansão em Alagoinhas Inaugurada no início de 2012, a fábrica de latas de alumínio para bebidas da Latapack-Ball situada em Alagoinhas (BA) ganhará uma segunda linha de produção. O início de sua operação está previsto para o segundo semestre deste ano. “Assim como a primeira linha, a segunda será capaz de produzir embalagens de diferentes tamanhos”, afirmou John A. Hayes, presidente e diretor geral da americana Ball – sócia, no negócio, da brasileira Participações

Industriais do Nordeste (PIN). O valor do investimento não foi divulgado. Além da unidade de Alagoinhas, a Latapack-Ball possui centros fabris em Três Rios (RJ), Jacareí (SP) e Salvador (BA).

Segunda linha irá produzir latas de diferentes formatos

Janeiro 2013 |

9


Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS

EMBALAGENS E DAS MARCAS

númeroS

Selos em alta A consultoria Organic Monitor acaba de divulgar um estudo sobre o cenário mundial dos eco-labels – selos que, estampados em embalagens, visam comunicar algum atributo ecológico, ético ou de origem de alimentos e bebidas. Veja alguns dados da pesquisa:

75 bilhões de dólares Alcançaram em 2012, em âmbito mundial, as vendas de alimentos e bebidas cujas embalagens estampam eco-labels

CARTONADAS ASSÉPTICAS

Certificação inédita A Tetra Pak recebeu a certificação do BRC/IoP (British Retailers Consortium). O atestado emitido pelo órgão regulador britânico, reconhecido em âmbito global, ratifica as condições de excelência de higiene e segurança alimentar da fábrica de embalagens da empresa localizada em Monte Mor (SP). Segundo a Tetra Pak, trata-se da primeira planta produti-

va de embalagens a conseguir tal certificação. A unidade da empresa em Ponta Grossa (PR) deve também receber a chancela. “Os processos implantados para a conquista do documento auxiliam a detectar e a minimizar perdas, riscos e incidentes, melhorando a eficiência operacional e garantindo qualidade e excelência”, declarou a empresa em comunicado.

DATAS

Uma história de 85 anos Tradicional fabricante de embalagens de papelão ondulado, a Frugis completa 85 anos em 2013. Fundada em São Paulo pelo imigrante italiano Vito Leonardo Frugis, a empresa iniciou produzindo caixas de madeira. Anos depois, passou a fabricar também paletes de madeira – segundo consta, de forma

pioneira no País. A especialização em caixas de papelão iniciou-se nos anos 1960. “Hoje, graças a diversos equipamentos nacionais e importados, somos capazes de produzir 3 000 toneladas de embalagens por ano, impressas em até quatro cores”, destaca o diretor executivo Leonardo Frugis.

200

É o número aproximado de ecolabels já existentes no mundo. Segundo o estudo, selos sem aprovação legal nem relação com padrões consagrados têm proliferado em regiões como Ásia e América Latina, “podendo trazer consequências adversas para o consumidor”.

2,4 bilhões de dólares Foi o total arrecadado em 2012 pelas vendas, nos Estados Unidos, de produtos dotados do selo que garante a isenção de ingredientes geneticamente modificados em suas fórmulas. Foi a categoria de eco-label que mais cresceu no ano passado no mercado americano. Fonte: Organic Monitor | janeiro 2013

10 | Janeiro 2013

PET

Em estreia Campinas, no interior paulista, ganhou em dezembro de 2012 uma nova fabricante de embalagens de PET: a Blow Plus. “A empresa está voltada inicialmente ao sopro de frascos para os segmentos de cosméticos, alimentício, de produtos de higiene e beleza, limpeza, jardinagem, perfumaria e pet care”, detalha Nathanael Cruz, diretor comercial e sócio-proprietário do negócio. Antes da abertura da convertedora, Cruz trabalhava como coordenador de desenvolvimento de embalagens da Cremer, importante produtora de itens de cuidados pessoais.

Exemplos de modelos de frascos oferecidos pela Blow Plus



Aves

Frango a vácuo Frigorífico troca bandejas por embalagens termoformadas para acondicionar cortes de aves

A Tyson do Brasil, subsidiária da americana Tyson Foods, lança no mercado brasileiro cortes de frango temperados resfriados com a marca Macedo. A novidade é a embalagem a vácuo termoformada. Segundo a empresa, esse tipo de embalagem já é utilizada em cortes de carne bovina, mas inédito no mercado de aves no Brasil. “Queremos garantir que os produtos cheguem frescos à mesa do consumidor com a qualidade já atribuída a nossa marca”, afirma Renato Gheller, diretor comercial da Tyson do Brasil. As embalagens termoformadas são feitas de filme plástico multicamadas 100% reciclável. Como são seladas, evitam possíveis contaminações e vaza-

mentos, comuns nas embalagens tradicionais. “Elas são uma evolução das tradicionais embalagens em bandejas, já reconhecidas e atestadas pelos próprios consumidores, especialmente do ponto de vista da segurança e conservação dos alimentos”, ressalta o executivo. “Além disso”, acrescenta Gheller, “ainda estão alinhadas aos conceitos de preservação ambiental ao deixar de lado a bandeja de isopor e por serem totalmente recicláveis.” A solução permite a completa visualização do produto. “A parte inferior é totalmente transparente e deixa que o consumidor veja o que está comprando”, diz o executivo. De acordo com a Tyson do Brasil, os pontos de venda também serão bene-

ficiados. Com a embalagem a vácuo, a durabilidade na prateleira (shelf life) dos cortes de frango temperados resfriados passa a ser de dezoito dias, reduzindo as quebras (vencimento do produto na gôndola), frequentes no comércio de alimentos perecíveis. Além de impedir vazamentos, a tampa selada mantém as gôndolas limpas e reduz o trabalho de limpeza dos estabelecimentos. A linha temperada resfriada da Macedo, que passará a ser distribuída na nova embalagem, disponibiliza as seguintes opções de cortes de frango: filé de peito, coxas e sobrecoxas (sem osso), coxinhas das asas, sobrecoxas, filezinho (sassami), meio das asas e coração.

Com embalagem a vácuo, Tyson substitui tradicionais bandejas e inova no mercado de aves

12 | Janeiro 2013

Embalagens

Parnaplast (41) 2141-3500 www.parnaplast.com.br Design

Brainbox Design Estratégico (41) 3362-1919 www.grupoom.com.br



Manteigas

Nonagenária modernizada Tradicional lata de aço da Manteiga Aviação é redesenhada

Emenda da antiga embalagem de três peças foi eliminada no novo modelo de lata

Depois de quase nove décadas com a mesma lata de aço, a manteiga com sal Aviação acaba de ter sua embalagem modernizada. A mais tradicional embalagem da marca nasce com um novo atributo que não existia na lata anterior: sistema de fácil abertura, que dispensa o abridor de latas. A nova lata de aço tem o fundo arredondado e um selo de alumínio com o anel abre-fácil, como os utilizados nos canecos de atum. Agora produzida em duas peças – o caneco de aço e o selo abre-fácil de alumínio –, a embalagem deixa de ter a emenda encontrada nas latas de três peças, que no caso da manteiga tinha o inconveniente da oxidação. O produto na nova embalagem, assim como na versão antiga, não necessita de refrigeração. Na década de 1920, quando a manteiga Aviação surgiu, as condições de transporte e armaze14 | Janeiro 2013

namento exigiam uma embalagem com alta capacidade de conservação, pois refrigerador era artigo raro no País. O logotipo da Aviação com sua característica letra “A” que até hoje estampa as embalagens de seus produtos foi desenhado por um antigo colaborador da empresa. O velho aeroplano Douglas DC-3 estampado no rótulo continua o mesmo, mas o logotipo, que antes era destacado num quadrado na lata, agora aparece dentro de um círculo, seguindo a comunicação visual de outros produtos da marca, como o doce de leite, o requeijão e a própria manteiga acondicionada em potes plásticos. A empresa informa que foram necessários dois anos de estudos e pesquisas, além de um investimento inicial de 500 000 reais, para se chegar à nova embalagem.

fotos: carlos curado

Nova lata (acima) tem fundo arredondado e sistema de fácil abertura. Logotipo que aparecia dentro de quadrado (à direita) agora é destacado em círculo

Outra mudança está no tamanho da embalagem, que chega ao mercado apenas na versão de 200 gramas (antes havia também as latas de 500 gramas e de 1 quilo). “Nos últimos anos, houve uma alteração no perfil das famílias brasileiras, que estão cada vez menores, e buscam produtos que se adaptem a essa nova realidade”, explica Ana Luísa Resende Pimenta, diretora do laticínio Gonçalves Salles, que fabrica a manteiga Aviação. Para a criação da nova lata foi contratada a agência Alta Comunicazione. Na sequência da mudança de embalagem, a Aviação fará ações em pontos de venda para reforçar o conceito “Nova Lata, Mesma Manteiga”. Design

Alta Comunicazione (16) 3434-6333 www.altacomunicazione.com.br

Latas

Módulo Embalagens (32) 2101-2500 www.moduloembalagens.com.br


A

BMP Plásticos, com orgulho, produziu mais

uma vez o objeto mais cobiçado do mercado de embalagens

O troféu do Prêmio Grandes Cases 2012

2012

Frasco 500 ml • Código F 03

Pelo terceiro ano consecutivo, a BMP Plásticos aceitou o desafio de produzir o troféu do Prêmio Grandes Cases de Embalagem. Feito em PP com aditivo ultraclarificante da Milliken e pigmento desenvolvido pela Clariant.

Frasco 250 ml • Código F 05

Frasco 200 ml • Código F 06

2011

Frasco 120 ml • Código F 07

2010

Frasco 100 ml • Código F 08

A BMP Plásticos fabrica frascos e potes em PEAD, PEBD, PP e PVC. Além de oferecer ao mercado impressão serigráfica e rotulagem (sleeve), sempre com rigoroso controle de qualidade, superando a cada dia diferentes desafios com o desenvolvimento de novas embalagens. Atendemos o mercado de cosméticos, alimentício, farmacêutico, veterinário, automotivo, químico e domissanitário, com embalagens exclusivas para cada cliente e também uma linha própria (standard).

Frasco 380 ml • Código F 22

Pote 250 gr • Código 1025

Mas não é só isso. A BMP Plásticos também fabrica brindes promocionais, como squeezes personalizados e outros produtos exclusivos.

Pote 500 gr • Código 1050

Frasco 250 ml • Código F 47

Pote 250 gr • Código P 35

Pote 1 Kg • Código P 33

BMP Plásticos Ltda.

Frasco Talqueira 100g Código F 48

Rua Ipê, 18 • Barueri • SP • CEP 06413-680 Tel.: (11) 4161-3941 • 4168-5231 • 4161-1873 www.bmpplasticos.com.br


Reportagem de capa

Arte em larga escala Decoração direta de garrafas de vidro oferece amplas possibilidades – e pode render benefícios importantes para produtores de bebidas Por Guilherme Kamio

Não é difícil entender a enorme popularidade do uso de rótulos na composição visual de produtos. Afixar em embalagens adornos específicos, feitos à parte, revelou-se uma ótima solução para reproduzir diversos bens de consumo em grandes escalas. É um recurso capaz de dinamizar processos fabris, tornando-os ágeis e maleáveis. Contudo, em que pesem as qualidades indiscutíveis da rotulagem por meio de etiquetas, películas plásticas e demais adereços, a decoração direta de recipientes – com o uso de pintura, serigrafia e técnicas industriais do gênero – parece nunca ter estado tão na moda, ao menos no campo das embalagens de vidro.

16 | Janeiro 2013


um dos troféus do Prêmio Grandes Cases de Embalagem. Uma empresa catarinense, a Brastar Premium Brands, também lançou uma vodca, a Beatka, acondicionada em garrafa diferenciada. Graças a uma técnica de serigrafia multi-layer, que permite a sobreposição de camadas de tinta, a embalagem da Beatka apresenta em sua parte frontal a imagem de uma moça insinuante, com uma perna à mostra. Vista pelo verso da garrafa, a imagem se altera, mostrando a mesma mulher em traje mais comportado. “São duas possibilidades de comunicação com os consumidores, o que sofistica a criação”, explica Marcelo Falcão, presidente da Premier Pack – fornecedora de embalagens premium que possui

Contribui para essa sensação, por exemplo, o aumento da oferta de bebidas alcoólicas em garrafas pintadas ou com serigrafia de alta sofisticação (muito mais complexa, ressalte-se, que a dos chamados “rótulos de cerâmica”, de uma ou duas cores, aplicados a tradicionais vasilhames retornáveis de refrigerantes). Recentemente, a Pernod Ricard lançou uma edição limitada do uísque Passport numa garrafa toda decorada por um trabalho meticuloso de pintura e serigrafia, reproduzindo um desenho criado pelo artista paulista Alexandre Cruz, mais conhecido pelo pseudônimo Sesper. A Diageo, outro nome de peso em “bebidas quentes”, fez circular no Brasil versões temporárias da vodca Smirnoff e do coquetel Smirnoff Ice em garrafas completamente revestiSobreposição de cores gera imagens distintas vistas pela frente e pelo verso

das por pintura prateada. “As empresas estão percebendo que a decoração direta no vidro já é uma realidade, muitas vezes sendo a grande opção para se ter um produto diferenciado”, afirma Kleber Von Dentz, diretor da Plastclean – empresa especializada em tratamento de superfícies de vidro e responsável pela gravação das aludidas embalagens de Passport e Smirnoff.

Não se trata de uma solução somente adequada a ações de curto alcance e caráter passageiro. Pintura, serigrafia e recursos afins podem também decorar embalagens de oferta continuada. É uma ideia à qual o mercado local está mais atento. Pegue-se o caso da vodca Blue Spirit, lançada pelo Grupo Petrópolis (fabricante das cervejas Itaipava e Crystal) numa garrafa decorada pela Plastclean através de uma combinação de pintura e serigrafia. O produto faturou, em 2011, Passport: edição artística ganhou vida com pintura e serigrafia

Blue Spirit: vodca em garrafa com acabamento de primeira

Janeiro 2013 |

17


Repertório variado As principais técnicas disponíveis para decorar embalagens de vidro Foscação Também conhecido como fosqueação, o processo confere ao vidro um aspecto fosco com a modificação da sua superfície externa, porém com um toque aveludado e de baixa porosidade. Realizado através do ataque químico sobre a superfície externa do vidro, pode ser feito totalmente ou parcialmente por meio de máscaras especiais. Serigrafia Consiste na impressão de imagens ou textos na superfície das embalagens. Para a impressão utilizam-se tintas orgânicas ou inorgânicas. Os pigmentos das tintas orgânicas são derivados de organismos vivos e geralmente são mais fortes e brilhantes do que os pigmentos inorgânicos. Estes, por sua vez, são preparados a partir de substâncias minerais, inclusive ouro e platina.

Pintura Processo que oferece uma grande variedade de cores e acabamentos à superfície – brilhante, fosco, soft touch (toque aveludado), iriodin, cerâmico, degradê etc. É possível o uso de tintas hidrossolúveis, o que dá apelo ecologicamente correto ao projeto.

Decalque É indicado para

Fonte: Premier Pack | janeiro de 2013

imagens geralmente compostas de várias cores e com áreas de aplicação complexas. Os decalques são produzidos por serigrafia plana e transferidos manualmente ou automaticamente para as embalagens, dependendo da aplicação.

Hot stamping Consiste em um sistema de transferência por calor de uma fita metálica para a embalagem de vidro. Confere ao produto imagens ou textos com acabamento metalizado. Tampografia Processo automático ou semiautomático que permite a transferência de uma imagem ou texto de um clichê para a superfície do vidro por meio de um tampão de silicone. Indicado para embalagens cujas superfícies não podem ser gravadas por meio de serigrafia – por apresentarem, por exemplo, áreas com relevo.

18 | Janeiro 2013

Grey Goose, Cîroc e Belvedere: vodcas de fama mundial dão visibilidade à decoração direta

uma divisão dedicada à decoração, a DG Decor. Para Falcão, o mercado de vodcas é especialmente promissor para embalagens com pintura, serigrafia e afins. “É uma bebida que tem atraído consumidores e empresas nacionais, e que tem marcas mundialmente reconhecidas pelo uso de garrafas decoradas, como Absolut, Grey Goose, Belvedere e Cîroc”, analisa o empresário. Não obstante a aposta no destilado preferido dos russos, a Premier Pack desenvolve visuais para embalagens de cachaças e outras bebidas. A empresa assina, por exemplo, a decoração da garrafa do Thikará, saquê nacional lançado recentemente. O recipiente tem serigrafia e, assim como a garrafa de Beatka, exibe áreas foscas. “Essa fosqueação parcial, ‘interrompida’, é um dos trunfos da decoração direta”, argumenta Falcão. “Até onde sei, não dá para reproduzir esse efeito com rótulos, apesar de toda a evolução tecnológica. Degradês também não ficam convincentes se não executados por pintura.” Um aspecto em que é difícil comparar o uso de rótulos com decorações diretas de requinte é o custo. Segundo os representantes das empresas ouvidas pela reportagem, seria preciso fazer cálculos minuciosos, levando-se em conta o fato de recipientes gravados prescindirem de investimentos em equipamentos de rotulagem. O que se admite, porém, é que pinturas e serigrafias apuradas exigem muitas

vezes insumos caros, como tintas e pigmentos importados. Segundo Kleber Von Dentz, um ganho significativo proporcionado

Saquê nacional: áreas foscas e serigrafia


pela decoração direta de garrafas é prescindir de maquinas de rotulagem nas linhas de produção, evitando perdas e paradas. “Mas o diferencial mais importante”, argumenta o diretor da Plastclean, “é que o produto permanecerá por muito mais tempo com sua identidade inicial preservada.” Marcelo Falcão, da Premier Pack, acrescenta um fator que julga ser importante na consideração da decoração direta: segurança. “O uso de uma pintura especial dificulta bastante as falsificações de produtos”, afirma. “É algo que merece ser lembrado por empresas receosas ou às voltas com pirataria.”

Confiantes numa maior procura por seus serviços, ante a demanda crescente por produtos de maior valor pelo consumidor brasileiro, as empresas de decoração de embalagens de vidro investem em aparelhamento. Meses atrás, a Plastclean importou da Itália uma máquina de serigrafia de até oito cores no mesmo ciclo. Adquiriu, também, uma nova linha de pintura automática. O desembolso nesses ativos superou a casa dos 4,5 milhões de reais. “O momento é favorável e as perspectivas melhores ainda, considerando que nos próximos quatro anos abrigaremos eventos esportivos de grande porte em nosso País”, diz Von Dentz. A Premier Pack, por sua vez, anuncia para breve a instalação de uma nova linha de pintura para garrafas de grande capacidade volumétrica. Ela é composta por um transportador de piso (coração do aparelho) de origem italiana e por demais componentes de fabricação nacional. “Nossa produção, hoje, é limitada pela altura das garrafas”, detalha Falcão. “A nova máquina viabilizará pinturas em recipientes com volume acima de 1 litro, ampliando as possibilidades de marketing para produtores de cervejas, vinhos e destilados.” Na opinião dos fornecedores, a decoração direta deve ser vista sobretudo como uma chance de conferir às embalagens de vidro apelo de obra de arte, de um capricho exterior que

amplifica a comunicação de qualidade do produto acondicionado, tornando-o único. Nesse contexto, caso recente e definitivamente inovador, noticiado com destaque na mídia internacional, é o da Unique, mais nova edição limitada da famosa vodca Absolut. Quatro milhões de garrafas com decoração singular, cada uma com um padrão de pintura diferente do outro, são oferecidas aos consumidores desde o final de

2012 (ver quadro). “A iniciativa talvez seja a mais inimitável e tecnicamente mais avançada reinterpretação de nossa garrafa, nosso maior ícone global”, declarou a Pernod Ricard, dona da marca.

Na próxima edição: inovações na decoração de vidros para cosméticos e perfumes.

Plastclean (11) 3604-2222 www.plastclean.com.br Premier Pack (11) 4612-0756 www.premierpack.com.br

Quatro milhões de embalagens exclusivas Na mais nova edição limitada da vodca sueca Absolut, o consumidor tem a garantia de que ninguém terá uma embalagem igual à sua. A Absolut Unique oferece quatro milhões de garrafas únicas, cada uma delas dotada de uma decoração exclusiva. “Em vez de uma entre poucas, a garrafa que você adquirir não terá similar. Será sua própria obra de arte”, diz a Pernod Ricard, dona da marca. Para viabilizar os designs exclusivos, um sistema computadorizado de controle de válvulas para pintura spray foi desenvolvido pelo Ardagh Group, que fabrica e decora as garrafas de vidro utilizadas na ação. O processo é gerenciado por algoritmos que controlam cores (a partir de 35 tonalidades em versões translúcidas e opacas), padrões de desenho (51 variações) e intensidade do revestimento. “Definimos as regras e deixamos as máquinas realizarem o design por elas mesmas. Nossas

instalações pareciam mais um estúdio artístico do que uma fábrica de garrafas”, diz a Pernod Ricard. Segundo a companhia, a parafernália permitiria criar 94 quintilhões (94 com dezoito zeros à direita) de diferentes garrafas. “Isso equivaleria a mais de 13 bilhões de recipientes por pessoa no planeta.” Como complemento, cada garrafa recebe a aplicação de um rótulo de papel que contém um número de série. De acordo com os envolvidos no projeto, é a primeira vez, na indústria de destilados, em que cada garrafa de uma bebida é diferente da outra. “Absolut Unique é a edição limitada levada ao extremo”, resume Eric Näf, diretor de desenvolvimento de embalagens de Absolut.

emb.bz/161unique

Sistema computadorizado garante pinturas sem repetição

Janeiro 2013 |

19


Internacional

Trocas com pouch Bolsa plástica estreia no mercado americano de óleos automotivos

Pela primeira vez, nos Estados Unidos, um óleo para motor é oferecido em stand-up pouch – bolsa plástica que fica em pé graças à base plana. O pioneirismo é da Universal Lubricants, indústria especializada em lubrificantes automotivos. Apelidada de FlexPack, a embalagem “assegura aos consumidores um modo mais rápido, fácil e limpo de trocar o óleo do carro”, afirma a empresa, “além de proporcionar aos varejistas uma oportunidade única de oferecer à clientela uma solução ambientalmente responsável”. O apelo ecológico residiria no peso menor da bolsa plástica em relação aos tradicionais frascos de polietileno utilizados em óleos automotivos. Segundo a Universal Lubricants, a provisão de um caminhão de pouches vazios rende o mesmo que 26 caminhões de frascos vazios. “Isso se traduz numa redução expressiva de consumo de combustível, emissões de gases, manutenção de frota e custos gerais da operação”, argumenta Peter Fox, vice-presidente de marketing e vendas da empresa.

Feito de um laminado de três camadas (poliéster, nylon e polietileno de baixa densidade linear), o stand-up pouch do óleo de motor apresenta resistência elevada. Segundo Peter Fox, a embalagem teria suportado testes de queda de 6 metros de altura. O envase é realizado em bolsas pré-formadas, pelo bico plástico dedicado a facilitar a dosagem do conteúdo. A distribuição, por fim, é feita em caixas de papelão ondulado para seis ou doze unidades. Os vãos entre os pouches recebem insertos de papelão, para evitar tombamentos e avarias durante o transporte. Óleos para motor em stand-up pouch não são novidade na Europa e na Ásia, e sabe-se que a ideia já foi oferecida a petroquímicas brasileiras. A Universal Lubricants adotou a FlexPack somente para uma opção de óleo, o Eco Ultra Synthetic Blend Motor Oil – de início, numa embalagem com 950 mililitros. Uma versão de 4,8 litros é prometida para 2013. Segundo Peter Fox, a empresa não descarta ampliar o uso da bolsa plástica em outros óleos e fluidos. “No nosso mercado, produtos tendem a se tornar indistinguíveis no mar de frascos plásticos. O formato stand-up pouch oferece uma oportunidade de sair do comum”, avalia o executivo.

Pouch

Star Packaging + 1 (800) 252-5414 www.starpackagingcorp.com

20 | Janeiro 2013

Bico

IPN +1 (770) 631-2626 www.ipn-group.com

Estrutura de tripla camada provê alta resistência à embalagem. Bico plástico facilita a dosagem do conteúdo


Esmaltes

União para as unhas Em nova coleção de esmaltes vinculada a novela, embalagem dois em um, inédita, estimula jogos de cores

Oferta de duas cores visa estimular combinações e sobreposições de tons

remake da novela Guerra dos Sexos, no ar desde o início de outubro último na Rede Globo de televisão, uma nova coleção de esmaltes da Speciallità chama a atenção por sua proposta dois em um, anunciada como sem precedente no mercado e materializada por uma embalagem especial, igualmente brandida como inédita. Dois vidrinhos, cada um acomodando uma cor distinta, são unidos por uma mesma tampa plástica, dotada de duas roscas opostas (e dois pincéis acoplados). A ideia, para além do uso avulso das tonalidades, é incentivar combinações e sobreposições entre elas. A novidade seria resultado de uma coincidência. De acordo com a Speciallità, a embalagem já vinha sendo desenvolvida meses antes que se soubesse da novela. O enredo do folhetim, baseado em antagonismo e dualidade, forneceu um pretexto para seu uso. “Algumas marcas internacionais têm produtos parecidos, mas não com a temática e a apresentação que criamos”, assegura Orestes Polisel, do departamento de marketing e design da fabricante de esmaltes. A coleção é

composta por doze combinações, que receberam nomes como “Dueto perfeito” e “Explosão amorosa”.

Parecidos a uma cápsula quando unidos, os frascos e a tampa comum exigiram a produção de moldes e prensas específicos. Os recipientes são envasados em linha automática e combinados, com a aplicação da tampa,

numa operação manual. A decoração da embalagem baseia-se em um rótulo autoadesivo afixado à tampa. Todo o processo de criação dos produtos e apresentação da linha foi coordenado pela própria Speciallità, consumindo cerca de 1 milhão de reais. “Não economizamos esforços, pois acreditamos que o design é a alma do produto”, diz Orestes Polisel.

Frascos, tampas e pincéis

Kilimplast (11) 2432-4306 www.kilimplast.com.br Rótulo

Megalabel (11) 2261-3017 caio.arte@megalabel.com.br

Tampa especial, com duas roscas e dois pincéis, une dois vidrinhos

fotos: carlos curado

Associada ao

Janeiro 2013 |

21


entrevista

Aprovada há três anos e prevista para vigorar em 2014, a Política Nacional de Resíduos Sólidos não preocupa a indústria de latas de alumínio para bebidas. Afinal, o setor consegue operar em circuito fechado, reciclando sua produção sucessivamente, naquilo que seria louvável perante a nova lei. A demanda por sucata de latinha é alta, mobilizando batalhões de catadores, pois seu uso permite poupar na geração de novas embalagens. Fundada há dez anos para promover e defender essa atividade, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) divulgou recentemente que 98,3% da produção de 2011 foram reciclados – o equivalente a 18,4 bilhões de unidades. É um recorde, que assegurou ao País a liderança mundial nesse campo pelo 11º ano seguido. O anúncio do feito, porém, foi acompanhado por um lamento. “Infelizmente, a reciclagem não é valorizada no Brasil”, declarou o economista Renault Castro, diretor executivo da Abralatas. O alvo da crítica, como fica claro nesta entrevista, é o fisco e seus critérios – ou falta deles – para tributar a lata de alumínio.

“A reciclagem não é valorizada” Pelo bom desempenho socioambiental, lata de alumínio deveria ter tributação aliviada. É o que defende Renault Castro, diretor executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas)

22 | Janeiro 2013

O senhor declarou recentemente, em comunicados da Abralatas, que a reciclagem não é valorizada no Brasil. Por quê? Porque sobre a lata de alumínio geralmente incidem cargas tributárias maiores do que para as embalagens concorrentes no acondicionamento de bebidas frias, sobretudo cervejas e refrigerantes. É algo ilógico. Por ser amplamente reciclada, a lata contribui para a limpeza urbana, para a diminuição da poluição, para o manejo sustentável de recursos naturais. Tudo isso deveria ser valorizado por meio de um tratamento diferenciado. Mas o setor não é reconhecido, não obtém qualquer concessão em termos de alíquotas de IPI, PIS e Cofins. O que isso significa? Que os atributos sustentáveis da lata de alumínio não são valorizados. Uma das finalidades da tributação deveria ser o direcionamento do consumo na direção mais vantajosa para a sociedade, para os produtos e serviços mais benéficos para o ambiente e para a população. Isso não acontece


– e nos preocupa, na medida em que sinaliza ao mercado que reciclar não é importante. O que tem sido feito para mudar esse quadro? Estivemos diversas vezes na Receita Federal pedindo isonomia de tratamento. Nosso pleito principal, em resumo, é que haja tratamento tributário igualitário entre as diferentes embalagens que atendem o mercado de bebidas frias. Não é o ideal, mas para nós isso já seria alguma coisa, diminuiria nosso incômodo. Não é egoísmo nosso. O tratamento isonômico aumentaria a competitividade entre as embalagens e favoreceria o consumidor que opta pela solução mais sustentável. O sucesso desse pedido não significa que pararemos de pleitear um melhor reconhecimento das vantagens ambientais, sociais e econômicas que a lata nitidamente tem em relação às embalagens concorrentes. O melhor dos mundos seria que os estados isentassem a cobrança de ICMS sobre a sucata de alumínio, mas o tema ICMS é uma selva, um cipoal danado. Quanto ao IPI e ao PIS/Cofins, o governo podia levar em conta o índice de reciclagem de cada embalagem. Quanto maior o percentual, menor a tributação. A tributação sobre a reciclagem também deve contrariar o setor... Ela gera outra anomalia fiscal. O pro-

Sobre a lata de alumínio geralmente recai uma tributação maior do que para as embalagens concorrentes. Pleiteamos, no mínimo, um tratamento igualitário

cesso de reciclagem da lata de alumínio é muito veloz. Como uma embalagem se transforma numa outra e retorna ao mercado num prazo médio de trinta dias, a mesma matéria-prima utilizada numa lata de bebida é tributada aproximadamente doze vezes ao ano. O consumidor paga várias vezes pelo mesmo alumínio. Houve ainda mudanças recentes de tributação da concorrência que, no nosso entender, prejudicaram nossa competitividade (o entrevistado se refere à garrafa retornável de vidro, que antes era tributada a cada ciclo de uso; agora, recolhe uma única tributação). Reivindicamos um retorno ao sistema anterior, que vigorava desde 2004. A cotação da sucata de alumínio caiu nos últimos anos. No entanto, a reciclagem não só se manteve como cresceu. O que assegurou esse avanço? O preço do alumínio de fato caiu no mercado internacional, fazendo cair o preço da sucata de alumínio. Mas por que houve a manutenção dos altos índi-

ces de reciclagem? Porque perduraram boas margens para o catador, para o reciclador e para toda a cadeia de valor da reciclagem de latinhas. A margem do alumínio, apesar das depreciações, continua muito superior à das demais sucatas. O sistema funciona azeitado, redondo, todos participam. Em todo lugar há quem compre lata de alumínio. A demanda é muito forte. O mercado é saudável, transparente. Isso faz com que a sucata tenha sempre um preço interessante. O modelo de logística reversa em que se baseia a reciclagem das latinhas no Brasil é adequado ante as propostas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevista para vigorar a partir do próximo ano? Completamente. É um exemplo de logística reversa que funciona na prática. Nenhuma outra embalagem tem um modelo tão eficaz quanto a lata de alumínio. Tanto é que nós participamos do esforço de adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos, da coalizão de


O fato de o modelo ser consagrado trará, então, uma vantagem competitiva aos usuários de latas de alumínio? Claro. Deve configurar um ganho de competitividade na medida em que os outros materiais terão de fazer esforços muito maiores do que os nossos. Empenhamo-nos desde o início de nossa história no Brasil, que remonta a 1989. Desde então investimos em logística reversa, na criação de um sistema autônomo. A criação da demanda custou caro. Desembolsamos uma quantia significativa – aliás, essa é uma conta que precisamos fazer. Os outros materiais terão de se mexer a partir de agora, com mais ou menos ênfase. Evidentemente, isso resulta em alguma vantagem para a lata de alumínio, que não terá desgaste, esforço financeiro. Mas cabe dizer que os usuários de nossas embalagens passarão a contribuir com coleta, aperfeiçoamento das cooperativas, divulgação das iniciativas para conscientizar consumidores, enfim, tudo aquilo que prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Não vão apenas sentar e se beneficiar disso.

Ranking de reciclagem da lata de alumínio

A lata de alumínio no Brasil 21 bilhões de unidades é a capacidade produtiva da indústria nacional 17 fábricas tem o setor no País, entre fábricas de corpos e tampas

Brasil.........................98,3%

95 latas é o consumo per capita anual de latas no Brasil

Finlândia.................... 95%

3 850 empregos diretos são gerados pelo setor 5 bilhões de reais é o faturamento do setor 18,4 bilhões de latas foram recicladas em 2011 mente amigáveis, que outras vantagens tem a lata de alumínio frente às soluções concorrentes? A lata propicia um espaço generoso para a comunicação de marca, de 360 graus. O varejo se beneficia com menor espaço de armazenamento e de exposição, menos quebras e perdas, uma eficiência logística muito maior. O consumidor

Alemanha...................96%

Fonte: Abralatas | Dados referentes a 2011

empresas que entregou uma proposta de logística reversa para o governo, e nossa proposta é a manutenção do sistema existente. Porque ele não requer nenhuma ingerência governamental, nenhum subsídio, funciona com base nas leis de mercado, é eficiente, remunera, colabora para a inserção social de milhares de pessoas. Nossa contribuição será garantir a demanda da sucata.

Japão........................92,6% Noruega..................... 92% Argentina................ 91,1% Suécia.......................... 91% Estados Unidos...... 65,1% ganha em conveniência, em conforto, porque a lata gela mais rapidamente e também em termos de armazenagem, porque ela ocupa menos espaço na geladeira e na despensa. Já existem diversos tamanhos de latas, que atendem a diferentes ocasiões de consumo. A diversificação de formatos seria a

O senhor acha que o consumidor brasileiro conhece os atributos sustentáveis da lata de alumínio e os valoriza? Menos do que o desejável. A lata talvez seja a embalagem mais identificada com reciclagem, talvez a simbolize mais do que qualquer outro produto, mas nosso esforço de divulgação talvez seja menor do que o necessário para termos um reconhecimento mais amplo da sociedade. Existe consideração, mas aquém do que poderia ser. Afora as características ambiental-

24 | Janeiro 2013

Novos formatos, como a lata sleek de Itaipava Light, tampa removível da Brahma Copaço e tinta reativa de Antarctica Sub


Em 2010 houve um soluço na demanda que não foi previsto não só por nós, mas pela indústria de bebidas em geral. Hoje, graças a investimentos, a situação é confortável

principal inovação recente do setor? É um grande avanço. Hoje temos latas pequenas, para menos de 200 mililitros, até latas para 750 mililitros. Temos latas sleek (mais altas e delgadas), que dão um efeito muito bom nos pontos de venda e de dose, transmitem imagem inovadora. Para se ter ideia, o volume de latas fora do padrão 350 mililitros cresceu quase sete vezes de 2007 a 2011, que é o último ano do qual dispomos de estatísticas consolidadas. Cabe registrar que nos últimos anos houve também evoluções expressivas em impressão e decoração, que propiciam o trabalho com imagens de alta definição, qualidade fotográfica, além de tintas e vernizes especiais, como os que brilham no escuro ou mudam de cor de acordo com a temperatura, funcionando como um termômetro. São inovações que tiveram

Zero: inovações recentes do setor

grande repercussão na mídia e entre os consumidores. Acrescento novidades em fechamentos. Ocorreram lançamentos de tampas com orifício de vazão maior e até de um modelo removível, adotado em primeira mão pela cerveja Brahma. Pouco tempo atrás circularam notícias de que o setor de latas para bebidas vinha operando quase no limite de sua capacidade de produção. Qual o atual cenário em termos de oferta e que perspectivas tem o setor a esse respeito? O setor tem se mexido. Uma nova fábrica (da Rexam) está prevista para Belém, outra no Piauí pode ser confirmada em breve (pela Crown Embalagens), há um projeto de ampliação na Bahia (da Latapack-Ball – ver Painel desta edição) e outros aportes estão nos planos. Os associados investem adequadamente, de acordo com a necessidade do mercado. Muita capacidade ociosa significa ineficiência. A chave da excelência é trabalhar próximo ao teto, com ociosidade capaz de absorver sobressaltos. Em 2010 houve um soluço na demanda que não foi previsto não só por nós, mas pela indústria de bebidas como um todo. Ocorreu um aquecimento de consumo muito rápido em decorrência do aumento de renda da população. Faltou lata. Assistimos os clientes trazendo latas de fora, concordando com a redução da alíquota de importação. Hoje, graças aos investimentos que mencionei, a situação é confortável. Não há indício de que possamos enfrentar alguma crise de abastecimento.


rotulagem

Nova forma de decoração Coca-Cola adota em Bauru (SP) sistema de rotulagem que substitui hot melt por filme pré-adesivado para garrafas da água Crystal

Nas garrafas “amassáveis” da água Crystal, o filme menos espesso e portanto mais leve reforça o apelo ambiental

Entre outras vantagens da Roll Adhesleeve o fabricante aponta o uso de apenas uma lâmina para corte do filme, em substituição ao tradicional sistema de contraste com duas facas

A Spaipa Indústria Brasileira de Bebidas, de Curitiba, adquiriu da fabricante italiana P. E. Labellers, via sua subsidiária brasileira, a P. E. Latina Labelers, uma rotuladora Roll Adhesleeve, instalou em sua unidade de Bauru (SP), na linha de envase da água mineral natural Crystal em garrafas de PET de 500 mililitros. Mais do que mera aquisição de equipamento, a transação representa uma significativa mudança no sistema de rotulagem com roll labels naquela engarrafadora da Coca-Cola Brasil. Ocorre que, em vez de usar rótulos de filmes colados com hot melt (cola aquecida a 150 graus centígrados) na extremidade, a Roll Adhesleeve utiliza filme pré-adesivado, com espessura menor do que os normalmente empregados nas tradicionais maquinas roll-fed (a partir de 20 micra, em comparação com as 35 micra do sistema tradicional). Seu uso na garrafa da água Crystal, ao diminuir espessura e peso, tem um efeito 26 | Janeiro 2013

adicional: ele reforça a argumentação ambiental que perpassa a imagem de sustentabilidade atribuída pelo usuário à garrafa “esmagável”, feita com 20% menos PET que as usuais de mesmo volume e, portanto, mais leves (12 gramas contra 15,6 gramas). Vale dizer, menos material e menor impacto no ambiente quando do descarte após o uso. O princípio do sistema é simples. Em vez de se transferir a cola para o rótulo durante a rotulagem, aplica-se, em registro (no convertedor), uma faixa de adesivo acrílico sensível a pressão no verso da bobina impressa. Rebobinada, a fita funciona como um rótulo autoadesivo sem suporte (linerless label). Um benefício adicional é que, ao ser dispensado o uso de cola aquecida (e de coleiros), eliminam-se a geração de vapor e os trabalhos de reposição e limpeza. Além desses ganhos, com o novo processo de aplicação o tradicional método de corte por contraste de duas facas é substituído pelo uso de

uma só. Em suma, são resolvidos os dois principais problemas presentes na rotulagem com bobinas. O filme pré-adesivado não é propriamente uma novidade, mas uma evolução da tecnologia das fitas adesivas que existem desde a década de 1950. A rigor, qualquer convertedor é capaz de pré-adesivar um filme. Atualmente, no Brasil dois fornecedores fazem o produto apropriado, a Diadema e a Mazda. Antes da Spaipa, uma Roll Adhesleeve foi adotada no País, no ano passado, pela Hugo Cini Bebidas, de São José dos Pinhais (PR), para rotular as garrafas dos refrigerantes Cini Guaraná e Guaraná Abacaxi.

Diadema (11) 4066-9000 www.embalagensdiadema.com.br Mazda (11) 4441-1171 www.mazdaembalagens.com.br P. E. Latina Labelers (11) 3744-1430 www.pelatina.com


Em 2013, juntaremos a cadeia produtiva de embalagens para fazer uma discussão sobre Análise de Ciclo de Vida (ACV). Quer ser palestrante? Envie sua sugestão de palestra para

palestra@ciclodeconhecimento.com.br

Quer ser patrocinador? Conheça os benefícios

comercial@embalagemmarca.com.br

Mais um evento

EmbalagemMarca

Mais informações

www.ciclodeconhecimento.com.br


Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

Confeitos

Balas com arte A Arcor, em parceria com o artista plástico Romero Britto, desenvolveu embalagens especiais presenteáveis das balas Butter Toffees. A caixa de papel cartão tem formato de bala e é decorada com um rótulo autoadesivo com estampas criadas pelo artista.

28 | Janeiro 2013

Outra novidade são as embalagens tipo standup pouch de 160 gramas e de 275 gramas, também decoradas com elementos típicos do estilo do artista. As novidades chegam ao mercado até maio. A empresa não divulga quem são seus fornecedores.

Edição: flavio palhares flavio@embalagemmarca.com.br



Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

4

1 Design

3 Design (11) 4063-8567 www.3design.art.br Garrafa

Owens-Illinois (11) 2542-8084 www.o-i.com Rótulo

Propack (11) 4785-3700 www.propack.com.br Tampa

Silgan White Cap (11) 5585-0723 www.silganwhitecap.com.br

Sucos

Cachaças

Detergentes

Esmaltes

Confeitos

Frutas combinadas

Versões preciosas

Pegada melhor

Visual retrô 4

Mentos na lata 5

A Granado lança uma edição limitada com dois esmaltes fortalecedores em uma lata de aço com estilo retrô. O kit traz as cores Liz, inspirada em Elizabeth Taylor, e Carmen, em homenagem a Carmen Miranda. As tampas douradas seguem a linguagem da linha Pink da Granado. O design foi desenvolvido internamente. Frascos e tampas são importados da Itália e as latas trazidas da China.

A Perfetti Van Melle lança o Mentos Kiss, pastilha sem adição de açúcar, com embalagem inovadora para o segmento: lata de aço com 50 unidades. Vem nos sabores Mentos Kiss Fruit, com aromatizantes naturais de morango, e Mentos Kiss Mint (menta). O produto, já acondicionado nas latinhas, é importado da Turquia.

1

Morango, amora e framboesa compõem o Frutt’s Premium de Frutas Vermelhas, novo suco da Superbom. O produto está disponível em garrafa de vidro de 1 litro, vedada com tampa de aço e decorada com rótulo plástico termoencolhível.

2

Cachaça de luxo da IRB, a A Velho Barreiro Diamond ganha novas versões: Brilhante, Esmeralda, Safira e Rubi. Cada garrafa de 700 mililitros, vendida por preços que variam de 400 a 1 600 reais, dependendo do modelo, tem no centro do rótulo uma pedra preciosa de meio quilate.

3

As embalagens de 1 litro dos lava-roupas Tixan Ypê Líquido e Ypê Premium Líquido ganharam formato anatômico e tampa dosadora. Os rótulos autoadesivos foram modernizados. Os frascos são produzidos na Ypê, que não informa quem são seus fornecedores.

3 Design

DZ Design (19) 3256-4440 www.dzdesign.com.br

2 Garrafas

Saverglass (Premier Pack) (11) 4612-0756 www.premierpack.com.br

30 | Janeiro 2013

5 Design

Selection (Itália) + 39 (2) 38-0771 www.selection.it


Cervejas

Brahma na Copa

6

A Brahma lançou uma edição especial das latas inspiradas nas cidadessede da Copa do Mundo de 2014. São doze estampas que fazem referência aos ícones dos principais cartões postais de cada um dos

municípios que abrigará os jogos mundiais. As latas representam as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus, Recife, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Cuiabá, Natal e Porto Alegre.

6 Design

Narita Design (11) 4052-3700 www.naritadesign.com.br Latas

Rexam (21) 2104-3300 www.rexam.com/brazil


Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

4 Design

OBAH Design (31) 3309-3099 www.obahdesign.com.br

1 Design

Copos e tampas

Agência Mood (11) 3095-3999 www.agenciamood.com.br

Plast Pack (41) 3668-3169 www.plastpack.com.br

Garrafa

Cinta cartonada

Owens-Illinois (11) 2542-8084 www.o-i.com

Rona (31) 3303-9999 www.ronaeditora.com.br

Neck label

Rótulos

Savasa (11) 4792-4214 www.savasa.com

Rotulagem (31) 3493-3377 www.rotulagem.com

Lata

Rexam (21) 2104-3300 www.rexam.com/brazil

Cervejas

Refrescos

destilados

Lácteos

Sucos

Loira coelhinha

Alegria no copo

Garrafa “iceberg”

para além do forno 4

Soro e frutas

Consagrada por seus pães de queijo, a Forno de Minas agora oferece requeijões, em copos de polipropileno de 200 gramas. As cores dos rótulos (autoadesivos, de filme de BOPP) e das tampas diferenciam as opções Tradicional (vermelho) e Light (azul).

Hidra, linha baseada na combinação de soro de leite e frutas, é novidade da Batavo. As bebidas estreiam nas gôndolas em duas versões de embalagem cartonada asséptica: 1 litro e 330 mililitros.

1

A Brasil Kirin lança a cerveja Devassa by Playboy. A garrafa long neck de 275 mililitros, incolor, tem formato que remete a uma silhueta feminina. Na versão em lata – sleek, de 269 mililitros – sobressai a ilustração de uma pin-up girl, que simboliza o produto.

2

A dupla de palhaços Patati Patatá está nas embalagens do refresco em pó Frisco, da Três Corações. Figurinhas autoadesivas com os personagens são inseridas nos sachês dos itens da linha.

3

Após lançar a vodca Blue Spirit Unique, o Grupo Petrópolis amplia sua atuação em destilados com a vodca Nordka. A garrafa incorpora, próximo à base, detalhe que alude a um iceberg. Rótulos de papel, colados, fazem a decoração.

5

5 Design

A10 (11) 2344-1010 www.a10.com.br Embalagens

Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

4

3 Modelagem da garrafa (mockup)

Amcol (11) 5585-0204 www.amcol.com.br

Design (garrafa e rótulo)

Design

2

32 | Janeiro 2013

Pande (11) 3849-9099 www.pande.com.br Embalagens

Diadema (11) 4066-9000 www.efd.com.br

Designluce (11) 5096-1506 www.designluce.com.br

Rótulo

Gráfica Rami (11) 4588-1100 www.ramiprint.com.br Tampa

Guala Closures Group (11) 4166-2400 www.gualaclosures.com Garrafa

Owens-Illinois (11) 2542-8084 www.o-i.com


Design

7 DZ Design

(19) 3256-4400 www.dzdesign.com.br

Bebidas

Rótulos coloridos

Limpeza doméstica 6

A Pernod Ricard Brasil lança a linha de vodcas saborizadas Orloff Bold nas versões Green Apple, Cranberry e Citrus. A bebida é acondicionada em garrafas de vidro de 1 litro, decoradas com rótulos autoadesivos coloridos do tipo “no-label look”.

Panos revisados

7

As embalagens dos panos de limpeza Perfex, da Ypê (Química Amparo), foram reformuladas. O logotipo foi modernizado, assim como a estampa alusiva ao sol – não mais reta, agora ondulada no topo. Os dizeres principais foram mantidos.

6 Rótulos

Gráfica 43 (47) 1200 www.43sagrafica.com.br Garrafa

Owens-Illinois (11) 2542-8000 www.o-i.com Design

X-Guides (11) 2246-2786 www.xguides.com.br

Agosto 2012 |

33


Almanaque Óleo como Coca-Cola Em 1930, a Atlantic começou a vender no Brasil seu óleo automotivo numa embalagem de vidro parecidíssima com a famosa garrafa contour de Coca-Cola. Anúncios em jornais da época exaltavam o lançamento da “Garrafa Sellada”, assim chamada por ser tampada com “cápsulas de pressão”. O recipiente sumiu do mercado depois de algum tempo, não se sabe se por pressão da Coca-Cola.

Anel salvador Feitas de aço, as primeiras latas para bebidas surgidas nos Estados Unidos tinham um problema: precisavam de algum instrumento para furar a tampa e liberar o líquido. Em 1959, em um piquenique com a família, Ermal Fraze viu-se sem um abridor para os refrigerantes e cervejas. Teve de abrir as latas no parachoques de um carro. Foi então que lhe ocorreu a ideia de um sistema de fácil abertura para a embalagem. A inovação – na forma de um anel que, puxado, permitia remover uma pequena área do topo da lata – irrompeu no mercado americano em 1963, com a cerveja Burgermeister. Brasileiros não sofreram como Fraze. A primeira latinha introduzida no País, pela Skol, em 1971, já contava com o anel.

lata com anel: aparição na burgermeister (à esq.). no brasil, estreia com skol

34 | Janeiro 2013

Chocolates criativos Doce dos mais venerados, o chocolate já foi vendido sob diversas apresentações curiosas. Mickey Mouse, os Três Porquinhos, Scooby-Doo, Michael Jackson e até coelhinhas da Playboy já estrelaram embalagens do produto. Centenas de exemplos dessas associações podem ser conferidas na internet, no site Candy Wrapper Archive (www.candywrapperarchive.com).




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.