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Ano XIV • Nº 164 • Abril 2013 • R$ 15,00
n ci o do App gr to ui at
especial: 3R As oportunidades para a adoção de embalagens reutilizáveis no mercado brasileiro
entrevista
A diretora de marketing Anne Napoli fala dos planos da Vigor para a apresentação de produtos lácteos
codificação Acontecimentos recentes evidenciam a importância da rastreabilidade de bens de consumo
O que ela quer Setor de cosméticos investe alto para criar embalagens com a cara da consumidora
Editorial UMA CONVERSA COM O LEITOR
Agora que as empregadas vão mesmo… A entrada em vigor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece para as empregadas e empregados domésticos direitos iguais aos dos demais trabalhadores brasileiros já está tem e continuará tendo efeitos colaterais que poderão ser proveitosos para a cadeia de valor da embalagem, incluídos fornecedores, usuários e consumidores. Não se discute aqui a justeza dessa legislação tardia, ainda que os legisladores tenham “pensado nos 7 milhões do votos (dos trabalhadores) e se esquecido dos 14 milhões de patrões”, como se queixou logo após a promulgação da emenda a presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo, Margareth Galvão Carbinato. Mas o fato é que a medida representa um passo da classe média brasileira rumo a um lado amargo do Primeiro Mundo, em que possivelmente pensava já estar. Com o aumento dos direitos dos trabalhadores domésticos e o consequente encarecimento de sua remuneração, a vida nas casas brasileiras tenderá a se parecer cada vez mais com a dos lares europeus e americanos
naquilo que uma diferença de classes menos aberrante que a vigente em nosso País impôs há muitos e muitos anos: presença menor de serviçais e maior de máquinas lava-louças, de aparelhos e de produtos que facilitem a limpeza, a culinária e outras atividades. A rigor isso já vinha de certa forma ocorrendo, como se pode observar nos anúncios imobiliários, onde se vê a rarefação de quartos de empregada em residências de espaço cada vez mais escasso. Os fabricantes de eletrodomésticos, notadamente os de lava-louças, festejam o sensível aumento da procura por tais equipamentos ocorrida logo após a promulgação da chamada “PEC das domésticas”. Mas em que a previsível transformação nos hábitos e na configuração das residências poderá ser uma oportunidade positiva para o mercado de produtos para o lar, com destaque para os de limpeza? Sem que tivéssemos o dom da premonição ou bolas de cristal, abordamos o tema da escassez de empregadas domésticas um ano atrás, na reportagem de capa de março de 2012. Hoje mais do que então impõe-se a necessidade de criação de embalagens funcionais e práticas para produtos de limpeza e de culinária para pessoas que vão depender mais de si mesmas em casa do que dependiam antes de dispensarem suas empregadas. Provavelmente aquela edição seria mais oportuna hoje, e acreditamos que sua fundamentação ainda é perfeitamente válida. Por isso, quem não teve a oportunidade de vê-la e quiser fazê-lo agora, pode consultá-la em versão virtual, em http://emb.bz/151 Até maio.
“A entrada em vigor da emenda constitucional que estende direitos trabalhistas históricos às domésticas abre boas oportunidades para a cadeia de valor da embalagem, nela incluídos fornecedores, usuários e consumidores”
WILSON PALHARES Abril 2013 |
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Edição 164 • Abril 2013
Sumário 3 Editorial A emenda constitucional que estende direitos
Reportagem de capa
trabalhistas aos empregados domésticos abre oportunidades para a cadeia de valor da embalagem
Fabricantes de cosméticos investem para criar embalagens que agradem à consumidora brasileira Por Guilherme Kamio
6 Uísques Johhnie Walker Black Label tem edição com estojos especiais homenageando o Brasil, criados com a participação de fãs da marca
8 Painel Anvisa oficializa o uso do código Datamatrix nas embalagens para rastrear medicamentos • Henkel inaugura nova fábrica de poliuretano no Brasil • Cerviflan terá mais uma linha de aerossóis na planta de Guarulhos (SP) • Clariant inicia produção no Brasil de dessecante para proteção de cargas 22 Higiene pessoal e beleza L’Occitane lança linha inspirada no Brasil – produtos e embalagens são fabricados localmente 24 Entrevista Anne Napoli, diretora de marketing da Vigor, explica a
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estratégia da empresa de investir em produtos de maior valor agregado para se equiparar aos grandes produtores do setor lácteo – e da importância da embalagem nesse processo
28 Codificação Casos recentes de recall mostram a importância da rastreabilidade de produtos para o rápido recolhimento de embalagens 30 Especial Segunda reportagem do especial sobre o tema 3R – Redução, Reutilização e Reciclagem mostra a crescente reutilização de embalagens descartáveis, para o mesmo produto ou para outros fins 38 Lácteos Fabricante paulista de laticínios aposta em sabores inusitados e em embalagens diferenciadas 42 Internacional Design estrutural de lubrificante íntimo faz sucesso em diferentes países
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43 Limpeza doméstica Embalagem de escova para limpar tênis garante destaque na gôndola e explica o uso do produto 44 Display BIC estreia no mercado de lâminas de barbear descartáveis • Bayer ingressa no ramo de higiene e beleza para animais de estimação • Ciclo Cosméticos lança linha com embalagens inspiradas em mensagens de amor • Café para comer é novidade da SPA • Capuccino 3corações tem refil em formato de coração
50 Almanaque Caixinha cartonada apareceu em filme dos Beatles • Pote de Danoninho virava brinquedo • Tampinha de refrigerante podia ser trocada por brindes • Tampas premiadas já eram usadas no início do século passado
Empresas que anunciam nesta edição Adecol................................................47 Almanaque EM.................................33 Baumgarten.......................................11 Ciclo de Conhecimento................ 15 Congraf.............................................. 19 Coppola............................................. 13
Emibra................................................29 Evertis....................................... 2ª capa Feiplastic............................................ 37 Fispal...................................................43 Grandes Cases....................... 26 e 27 GS1........................................................ 7
HP.......................................................... 5 Indexflex............................................. 21 Label Summit....................................35 MN Design........................................ 12 Moltec................................................49 Novelprint.......................................... 41
Diretor de redação: Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br • Editor executivo: Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.br • Redação: Flávio Palhares | flavio@embalagemmarca.com.br • Comercial: Karin Trojan | karin@embalagemmarca.com.br • Wagner Ferreira | wagner@embalagemmarca. com.br • Gerente comercial: Roberto Inson | roberto@embalagemmarca.com.br • Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | carlos@embalagemmarca.com.br • Administração: Eunice Fruet | eunice@embalagemmarca.com.br • Marcos Palhares | marcos@embalagemmarca.com.br • Eventos: Marcella Freitas | marcella@embalagemmarca.com.br • Circulação e assinaturas (assinatura anual R$ 150): Kelly Cardoso | assinaturas@embalagemmarca.com.br
Optima.....................................4ª capa Papirus...................................... 3ª capa Prakolar................................................ 9 SIG Combibloc.................................39 Simbios-Pack....................................49 Publicação mensal da Bloco Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 04718-040 • São Paulo, SP (11) 5181-6533 www.embalagemmarca.com.br
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uísques
Brinde ao Brasil Para homenagear o mercado local, marca de scotch adota estojos especiais, definidos com participação de fãs
Numa ação ligada à campanha “Keep Walking, Brazil”, o uísque escocês Johnnie Walker Black Label, da Diageo, passa a ser vendido no País em embalagens especiais. São estojos decorados no verso e nas laterias com temas criados em co-autoria com fãs da marca no Facebook. Mais de 57 000 palpites definiram imagens e frases que compõem três opções de design. Cada uma delas
terá 10 000 unidades disponíveis no mercado nacional. A embalagem Paixão será estampada com a tela Enfrentamento, da artista plástica Marina Ayra, combinada com as frases “Para transformar a esperança em realidade, é preciso usar forças, mobilizar-se”, do romancista Ignácio de Loyola Brandão, e “A gente sacode o corpo é para abrasar a chama do sonho e iluminar a vida”,
Embalagens Paixão, Beleza e Criatividade (de cima para baixo) contêm, no verso e nas laterais, imagens e frases de personalidades brasileiras. Completam o conjunto um “estojo-troféu”, que acomoda a garrafa, e um pôster
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da cantora Elza Soares. Já a embalagem Beleza traz a foto Guanabara, do fotógrafo Pedro Lobo, conjugada com as frases “Nosso céu tem mais estrelas, nossas várzeas têm mais flores, nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores”, do poeta Gonçalves Dias, e “No Brasil a gente se mistura e se reinventa”, do músico Charles Gavin. Por fim, o estojo Criatividade traz a imagem Rio Prelúdio 5, do ilustrador Marcelo Daldoce, interagindo com as frases “Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome”, da escritora Clarice Lispector, e “Você existe aqui, agora e só uma vez. Foco!”, do cineasta Fernando Meirelles.
Impressas em luvas de papel cartão, as três composições são exibidas através de uma caixa feita de acetato. Trata-se de uma embalagem terciária, pois acomoda uma “embalagem tro-
féu” importada, produzida em duas peças encaixáveis de plástico, na qual a garrafa do scotch é enfim depositada. O estojo contém ainda um pôster dobrado, impresso com os nomes dos primeiros 10 000 internautas que participaram da ação. De acordo com a Diageo, a ação presta um tributo ao mercado local. Diz Tânia Cesar, diretora de marketing da empresa de bebidas: “O Brasil é um país em ascensão e quem protagoniza esse progresso é cada um dos brasileiros que diária e anonimamente fazem esse trabalho. Queremos homenageá-los exaltando as melhores qualidades da nação.”
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Brasil em dose dupla Dois projetos brasileiros estão entre os cinco finalistas do concurso internacional Your Future Bottle Design Challenge, que busca um novo design para a garrafa de alumínio da cerveja Heineken. As duas ideias do Brasil têm o mesmo autor: o designer Fernando Degrossi. Seus esboços (os dois à direita, na imagem) concorrem com dois da Polônia e um da Austrália. O vencedor será revelado neste mês de abril, e a embalagem com o design escolhido será comercializada mundialmente no final deste ano, em edição limitada. A ação da Heineken baseou-se no Facebook e recebeu cerca de 2 000 inscrições.
Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
Edição: Guilherme Kamio guma@embalagemmarca.com.br
CODIFICAÇÃO
Revisão para controle Anvisa divulga nova proposta para rastrear medicamentos, baseada no uso de códigos nas embalagens
Instituído por lei
em 2009, mas até agora não implantado no Brasil devido a contestações da indústria, o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) parece enfim caminhar para uma aprovação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encaminhou para consulta pública uma nova proposta para o formato do programa, que permitirá o rastreamento de remédios distribuídos no Brasil. A ideia é que o SNCM se baseie no uso de códigos bidimensionais do tipo Datamatrix nas embalagens secundárias dos produtos. Esses elementos trariam codificado o chamado Identificador Único de Medicamento (IUM), Códigos Datamatrix, como este, terão de ser aplicados nas embalagens secundárias de produtos farmacêuticos formado pelo registro do medicamento junto à Anvisa, contendo treze dígisugestão de mecanismo, avaliada como mais tos, além de número serial, número do viável, tem sido recebida com simpatia pela inlote e data de validade. Com isso, seria possível dústria e por empresas do ramo da codificação. rastrear os produtos desde a fabricação até o Antonio Buccino Neto, gerente de markeuso pelo consumidor final, com um acompating da Markem-Imaje Brasil, fornecedora de nhamento mais rígido ao longo das etapas de impressoras de códigos, avalia que a rastreadistribuição. bilidade irá além dos benefícios da segurança Suspensa em 2011 após pressões do setor para o consumidor final, que poderá conferir farmacêutico, a primeira proposta do SNCM a autenticidade do medicamento, e da proprevia o uso de selo da Casa da Moeda em cada teção das marcas de laboratórios que sofrem embalagem – o que, segundo os laboratórios, com desvios e falsificações. “Eventuais recalls elevaria demais os custos de produção. A nova
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de produtos ficam mais ágeis e precisos”, comenta. “Além da redução das perdas, os laboratórios também terão mais subsídios para a análise de suas vendas e canais de distribuição.”
Diretor de produtos para a América Latina na Videojet, outro nome importante em equipamentos de codificação, Paulo Machado também vê o novo modelo com bons olhos. “É o que está em uso em grande parte do mundo”, diz. O executivo repassa, contudo, que o sistema exigirá ajustes do setor. “Pelo atual cenário dos laboratórios brasileiros, serão precisos alguns aportes em novas codificadoras e, principalmente, investimentos em câmeras e softwares de rastreabilidade.” O que pode ser questionado pela cadeia de valor de fármacos, segundo Machado, são os prazos de adaptação às novas regras determinados pela nova proposta – 180 dias para a indústria e 360 dias para o comércio varejista. “Pode ser pouco tempo, dados os processos de aquisição, instalação e validação necessários”, diz o diretor da Videojet. A consulta pública sobre a proposta termina no início de maio. “O resultado dessa ação determinará melhor o grau das ações a serem tomadas”, salienta Buccino Neto, da Markem-Imaje.
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ADESIVOS
Uma referência mundial Em solenidade ocorrida no início de abril, com presença de diversos executivos da operação global, a Henkel inaugurou sua nova planta de poliuretano (PU) no Brasil. Fruto de investimentos superiores a 15 milhões de reais, a fábrica, localizada em Jundiaí (SP), ampliará a capacidade de produção local de adesivos industriais da marca Liofol – utilizados, entre outros fins, na confecção de laminados para embalagens plásticas flexíveis. “Aumentaremos nossa produção em 40% e teremos capacidade de exportação para toda América Latina e outros continentes”, afirma Diego Hernandez, gerente de operações de adesivos industriais da Henkel. Segundo o executivo, a nova planta brasileira será um centro de competência e referência mundial em adesivos Liofol. Além do Brasil, a multinacional alemã produz poliuretano em unidades na Alemanha, na China, nos Estados Unidos e na Índia.
METÁLICAS
Voo alto em aerossóis Nome forte em embalagens de aço, a Cerviflan anunciou que instalará até o fim do primeiro semestre, em sua fábrica de Guarulhos (SP), uma quinta linha de latas para aerossóis. O aporte, de valor não revelado, reflete resultados positivos. Com sete anos, o negócio de embalagens para aerossóis já ocupa 25% da produção da empresa, fundada em 1976. Em 2012, houve a conquista de 25 novos rótulos e um contrato para fabricar 1 milhão de unidades para uma grande companhia de higiene e limpeza, cujo nome é resguardado. Para este ano, a previsão é de um aumento de 20% no output, com um total de 150 milhões de latas fabricadas para aspersão de itens químicos.
foto: carlos curado
Nova planta de poliuretano da Henkel, no interior paulista, permitirá um aumento de 40% na produção de adesivos industriais
CARTONADAS ASSÉPTICAS
Abertura em várias frentes Para oferecer diferenciação e eficiência operacional aos clientes, a Tetra Pak anunciou novidades em embalagens e plataformas de produção. A garrafa cartonada Tetra Evero Aseptic agora dispõe de uma nova opção de abertura, a One Step Opening (OSO). Segundo a fornecedora, a solução ofereceria segurança em dobro, por combinar uma tampa plástica de rosca dotada de banda antiviolação e uma membrana interna –
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que fica em contato com o gargalo e que é removida no momento da torção da tampa. No campo dos equipamentos, os lançamentos são um kit de adaptação para a máquina TBA/19, que passa a poder trabalhar com as caixinhas de topo inclinado Tetra Brik Aseptic Edge de 200 mililitros e 250 mililitros, e uma nova opção da máquina A3/Speed para operação com as embalagens Tetra Prisma Aseptic de 200 mililitros e 250 mililitros.
One Step Opening: novidade para a abertura da Tetra Evero
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LOGÍSTICA
Solução local para logística Por meio de sua unidade de negócios Functional Materials, a Clariant iniciou, no Brasil, a produção do Container Dri II, dessecante para proteção de cargas contra a ação da umidade durante o transporte intermodal. O produto é fabricado numa nova unidade instalada em Jacareí (SP). Segundo a multinacional suíça, a planta fabril atenderá não somente ao mercado local, mas também aos demais países da América do Sul e, fu-
turamente, América Central e Caribe. Antes produzido apenas nos Estados Unidos, na Turquia e em Cingapura, o Container Dri II promete atenuar a condensação em contêineres, evitando mofo, oxidação, corrosão, bolor, estragos, decomposição e descoloração ou empenamentos de caixas de papelão e embalagens em geral. Dessecante para contêineres passa a ser produzido pela Clariant no Brasil
NOTA DE RETRATAÇÃO A MN Design, sediada na Rua Giovani Pattoli, 46, Jd. Avelino, São Paulo-SP, vem a público esclarecer e se retratar do seguinte fato: em outubro de 2002 foi publicada matéria, na página 48 da edição 38 da revista EmbalagemMarca, sobre o lançamento de nova embalagem do leite fermentado Paulista, na época se tratava de um novo produto da Danone, que afirmava: “segundo a MN Design, agência responsável pela criação da embalagem, o fato de o personagem [Tourinho na embalagem do produto] estar presente em todo o ciclo de comunicação – frascos, rótulos, embalagem de papel cartão e cartazes – fortalece a identificação do produto junto ao consumidor”. Essa informação foi dada pelo sr. Mario Stavale, à época diretor da MN Design, e induziu o leitor a erro, fazendo-o acreditar que todo o desenvolvimento da embalagem foi realizado pela MN Design, o que não é verdade, uma vez que a agência responsável pela criação do personagem, de todo o desenvolvimento gráfico e do projeto visual da embalagem foi a Sapien Design (www.sapiendesign.com.br), não mencionada na matéria. A MN Design realizou a adaptação do personagem Tourinho na criação da garrafa plástica/frasco, além de ter realizado os projetos técnicos em 2D e 3D.
A MN Design lamenta o ocorrido e desculpa-se pelo fato de a Sapien Design ter sido prejudicada por não ter recebido os merecidos e devidos créditos pela criação do referido personagem.
São Paulo, 13 de fevereiro de 2012. Nilson Satoshi Arai
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INTERNET
Consulta mais fácil Grande fabricante de filmes de polipropileno bi-orientado (BOPP), utilizados na confecção de embalagens e rótulos, a Vitopel lançou novo website em março último. O portal prima por um apelo visual mais contemporâneo e pela navegação aprimorada. Além do conteúdo institucional, o site agora exibe cases, ferramentas de cálculo e uma melhor disposição de informações técnicas de produtos. “Agora é possível encontrar o filme adequado pelos tipos de aplicação final, divididos entre alimentos e não-alimentos”, explica Patricia Gonçalves, gestora de produto e mercado da empresa. www.vitopel.com
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EMBALAGENS E DAS MARCAS
GENTE
Nova líder em plásticos
númeroS
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A diretoria de vendas de plásticos da química Dow no Brasil tem nova líder. É Letícia Jensen. A engenheira gaúcha, desde 2001 na empresa, será responsável pela estratégia de vendas de toda a linha de resinas para a produção de embalagens, além de adesivos e materiais para aplicações nas áreas de higiene e saúde.
profissionais brasileiros, das indústrias de bebidas, alimentos, cosméticos e químicos, foram certificados em 2012 pela Academia Krones – programa de treinamento oferecido pela Krones, fabricante de equipamentos de embalagem. A procura pelos cursos aumentou 35% em relação a 2011.
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meses sem registros de acidentes foram completados, em março último, pela fábrica de latas de alumínio da Rexam localizada em Jacareí (SP). O marco é resultado de um programa de prevenção baseado em cartões portados por funcionários, que sinalizam ações adequadas ou de risco.
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bilhões de reais faturou a indústria de embalagens plásticas flexíveis no Brasil em 2012. O valor é 7,5% maior que o do ano anterior, segundo cálculo da consultoria Maxiquim.
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RÓTULOS CORREÇÃO
Cálculo em tempo real A Tec Barras desenvolveu um novo recurso para empresas usuárias de rótulos autoadesivos, o Orçamento Online. Segundo a empresa, trata-se de uma ferramenta inédita no mercado. Basta os clientes indicarem especificações do rótulo em um formulário no site da fornecedora para o preço ser calculado na hora. Também é possível realizar a compra no ato.
Na reportagem sobre braile publicada na edição anterior de EmbalagemMarca (nº 163) os meios de contato com a Sleever International foram involuntariamente omitidos. Ei-los: (11) 2489-2377 | www.sleever.com
www.tecbarras.com.br
Antes . . .
Atenção aos detalhes A PH Fit, que brande a liderança na produção de fitas têxteis rígidas na América Latina, tem novo logotipo. O projeto é da Nexial Marketing Group. Incorporado ao elemento gráfico, o slogan “Um detalhe muda tudo” alude ao uso dos produtos da empresa como ornamento para embalagens. Rótulos e cai-
xas de embarque da empresa, assim como os materiais de comunicação e sinalização, já apresentam a nova identidade.
. . . e depois
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A embalagem na estratégia de mobile marketing ciclodeconhecimento.com.br • Saiba como utilizar de maneira eficaz a tecnologia móvel para aprofundar o relacionamento de clientes com a sua marca. • Veja como empresas donas de grandes marcas tiram o máximo proveito da crescente interação dos telefones celulares e dos QR codes para fidelizar seu público.
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ORGANIZAÇÃO
EmbalagemMarca
reportagem de capa
Com a cara dela Setor de cosméticos se movimenta para criar embalagens sintonizadas com os anseios da consumidora brasileira Por Guilherme Kamio
A fachada, toda envidraçada, lembra a de um shopping center. Por dentro, porém, o prédio está mais para hospital ou laboratório, abrigando diversos aparelhos de inspeção e pessoas trajadas com jalecos brancos. Trata-se do novo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, inaugurado em março último, em São José dos Pinhais (PR), ao lado da fábrica da empresa. Fruto de um aporte de 37 milhões de reais, o complexo tem 8 000 metros quadrados de área construída e acolherá 230 funcionários dedicados à concepção e à avaliação de produtos e embalagens para as três principais marcas do Grupo: O Boticário, Eudora e Quem disse, Berenice? O novo núcleo de estudos é expoente de um momento agitado vivido no mercado de artigos de beleza, pautado por movimentações em prol da inova-
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bilhões de reais foi o total de investimentos do setor de cosméticos em ativos e no desenvolvimento de produtos em 2012. O valor é 18% maior que o registrado no ano anterior Fonte: Abihpec | março 2013
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gisele koprowski
Novo centro de pesquisas do Grupo Boticário: R$ 37 milhões investidos para aprimorar criações
ção e de ganhos de competitividade. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), os investimentos do setor em ativos e no desenvolvimento de novos produtos alcançaram 13,6 bilhões de reais em 2012 – valor inédito, 18% maior que o do ano anterior. Só o Grupo Boticário, por exemplo, fez aproximadamente 1 600 lançamentos no ano passado. A francesa L’Occitane, famosa por seus cosméticos premium, desembolsou quantia não revelada para criar, no País, uma nova marca inspirada na flora brasileira, com produção local de fórmulas e embalagens (confira reportagem na pág. 22). Noticiadas com destaque nas últimas semanas, iniciativas como essas contrastam com oscilações de outras atividades industriais e com os manifestos de apreensão quanto aos rumos da economia brasileira, que patinou nos dois últimos anos. A discrepância não surpreende, dado o crescimento inabalável das vendas de cosméticos no Brasil – em 2012, o faturamento líquido do setor evoluiu 15,62%, chegando a 34 bilhões de reais – e do acirramento da concorrência. Hoje, calcula a Abihpec, existe algo próximo a 1 700 fabricantes de personal care atuantes no País. Não bastasse tamanha afluência, as empresas nacionais ainda dormem com o barulho cada vez maior da entrada de importados no mercado doméstico. Isso tudo tem favorecido arrojos em gestão, em geral, e em packaging, especifica-
mente, para oferecer produtos à altura das necessidades e dos anseios das consumidoras.
Líder do mercado brasileiro de cosméticos, a Natura esteve nos holofotes da mídia nas últimas semanas devido ao anúncio de que irá investir em alguns “ambientes de experiência” para o consumidor final – o que não faz há quase quatro décadas, desde que fechou sua primeira loja, em São Paulo, para se dedicar às vendas diretas. A oferta ocorreria em espaços conceito. “Não faremos uma rede grande, talvez vinte ou trinta lojas nas principais cidades do País”, declarou o diretor geral da empresa, Alessandro Carlucci, ao jornal O Estado de S. Paulo. À parte a diversificação dos canais de vendas, a Natura também prepara novidades em termos de produtos. Entre elas está a Sou. Trata-se de uma linha voltada a cuidados diários cujos itens – xampu, condicionador, hidratante, sabonete líquido – são acondicionados em stand-up pouches (bolsas plásticas que ficam em pé) com formato de gota e dotados de tampa flip-top. Definida como uma proposta “pioneira, que convida a um novo jeito de se cuidar e de consumir”, a marca Sou passou por um teste de mercado na região de Ribeirão Preto (SP), em meados de 2012. Desde então, a Natura vem discretamente preparando terreno para voos mais altos da novidade. A fabricante informou que haverá um momento oportuno para compartilhar detalhes
sobre produtos e embalagens de Sou, o que deve ocorrer em breve. Já não é segredo, porém, que as embalagens flexíveis serão brandidas como diferenciais de sustentabilidade. À ocasião da oferta no interior paulista, os pouches foram celebrados por atributos como a maleabilidade, que reduziria desperdícios, e pelo baixo consumo de plástico – 75% a menos que o de frascos, segundo a empresa. Em outra ilustre disputante do mercado de cosméticos vendidos porta a porta, a Avon, ganha força a oferNatura Sou: nova linha de cuidados diários personificada por pouches com tampa
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ta de produtos em embalagens maiores – supostamente capazes de reforçar ainda mais o fator preço, priorizado pela empresa. Seria um reflexo da maior influência da subsidiária brasileira no desenvolvimento de produtos, processo tradicionalmente concentrado na matriz americana, apontam notícias veiculadas na grande imprensa. A concessão criativa adviria do entendimento de que as brasileiras apresentam peculiaridades de consumo, demandando apresentações feitas sob medida para elas.
também está por trás de uma novidade do Grupo Boticário. Uma das campeãs de vendas da bandeira O Boticário, a linha para cuidados diários Cuide-se Bem ganhou novos refis. Antes personificados por frascos com tampa, eles migraram recentemente para o formato stand-up pouch. “Há um melhor aproveitamento da saída do conteúdo da embalagem e também redução do consumo de material empregado”, justifica a empresa. Além de agregar a bolsa plástica, a mesma coleção de produtos sofreu uma atualização visual. Os frascos das loções e do sabonete líquido agora têm efeito superficial do tipo soft touch (tex-
São exemplos de porções generosas os recém-lançados frascos de 1 litro da loção hidratante Avon Naturals Erva Doce e da loção desodorante corporal Nutri Plus. Um xampu e um condicionador da linha Avon Care igualmente já contam com opção em “litrão”. Para o mercado de colônias, em que os frascos de 50 mililitros ou de 100 mililitros são hegemônicos, a empresa criou body splashes em frascos de 300 mililitros, para uma linha vinculada à cantora Ivete Sangalo. Ainda sob a premissa de proporcionar vantagem financeira à consumidora, a Avon adotou sachês para recarga de frascos de sabonetes líquidos. Procurada, a Avon alegou razões de fundo estratégico para não comentar suas ações em packaging. O reabastecimento de embalagens
Ano promissor e pin-up
Loção hidratante Erva Doce: um dos produtos da Avon oferecidos em “litrão”
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O Boticário renovou as embalagens da campeã de vendas Cuide-se Bem
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A paranaense Racco completa 26 anos de atividades com bons índices para comemorar. Em 2012, a empresa faturou mais de 1 bilhão de reais e viu sua base de vendas alcançar meio milhão de consultores, dentro e fora do Brasil. Ainda no ano passado, a empresa investiu na informatização de sua rede logística. “Agora, nenhum produto demora mais de 48 horas para ser entregue”, garante o presidente Luiz Felipe Rauen. Para este ano, a empresa prevê crescimento de 40% em sua receita. Um destaque entre as embalagens recentemente desenvolvidas pela empresa é a da deo colônia Nua. O produto é oferecido em frasco de vidro decorado por rótulo termoencolhível. Segundo a empresa, a arte aplicada ao adereço é inspirada em viagens intercontinentais da década de 1950. Nela, destaca-se a imagem de uma pin-up (modelo de antigos calendários americanos). VÁLVULA
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Neo Etage: pote de creme concebido para ser um “shape-marca” DESIGN
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POTE E TAMPA
S. Excès: frascos de perfumes que se encaixam como corpos de casais
Na unidade de negócio Eudora, um dos projetos recentes mais interessantes no campo da embalagem é dos perfumes S. Excès. Confeccionados na França, os frascos de vidro das fragrâncias masculina e feminina têm formato que remete à junção de dois corpos. As embalagens têm finalização em firepolish, seguido de pintura, decoração com tampografia e aplicação de silk screen prateado no lastro e no logotipo da marca. Também sobressai, em Eudora, o pote criado para o creme anti-sinais Neo Etage. Concebido para ser um ícone da marca – ou um “shape-marca”, como prefere a empresa –, o recipiente, produzido em Surlyn (resina da DuPont), transmite inegável percepção de valor. O projeto figurou entre os 31 vencedores de 2012 do Prêmio Grandes Cases de Embalagem. Somadas as seis edições já realizadas do certame apoiado por EmbalagemMarca, o Grupo Boticário já amealhou catorze troféus, algo sintomático de seu esforço em inovar no acondicionamento de cosméticos para satisfazer a consumidora brasileira. O grau desse empenho fica evidente também por uma experiência que já é feita
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Equipamento simula as avarias que produtos sofrem dentro das bolsas das mulheres
no novo centro de pesquisas da empresa. Produtos são colocados em um aparelho que simula o movimento de uma bolsa feminina ao longo do dia. O objetivo é avaliar se as sacudidas danificam o visual das embalagens. Pode soar a frivolidade. Mas, num negócio em que detalhes fazem a diferença, todo cuidado pode valer a pena.
gisele koprowski
tura acetinada). Esse acabamento, assim como os diferentes raios na extensão dos recipientes, exigiu ajustes no processo de rotulagem para a aplicação adequada de rótulos autoadesivos.
Albéa (11) 4723-4726 www.albea-group.com
Homens na alça de mira Fyo: linha anticaspa da Jequiti para o público masculino
Em sete anos no mercado, a Jequiti já alcançou um faturamento superior a 400 milhões de reais por ano. Para crescer mais, a empresa do Grupo Silvio Santos pretende construir sua própria fábrica – atualmente, a produção é realizada por terceiros. Lázaro do Carmo Junior, presidente da companhia, confirmou que o plano é inaugurar a unidade já em 2014, mas evita divulgar detalhes do empreendimento. Entre outras ações de portfólio, a Jequiti tem ampliado a oferta de cosméticos para homens – segmento que cresceu 163% no País entre 2006 e 2011, atingindo 4 bilhões de dólares. Exemplo é a linha Fyo Profissional Tratamento Cosmético Anticaspa, composta por xampu e condicionador com ação antibacteriana e antifúngica. Os itens chegam ao mercado em frascos de polietileno de 250 mililitros, vedados com tampa disc-top e com design assinado pela própria fabricante. FRASCOS
Engratech (11) 3079-3947 www.grupoengra.com.br
TAMPAS
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higiene pessoal e beleza
Alusiva ao cerrado, linha Jenipapo destaca arte de Andrés Sandoval
Provence tropical Marca inspirada no Brasil é a novidade de grife francesa de cosméticos premium A L’Occitane ganhou fama mundial com artigos de beleza refinados que evocam sua região de origem – a Provence, no sul da França, onde surgiu em 1976. Ultimamente, porém, a empresa vem assumindo uma faceta verde-amarela. Depois de criar, cinco anos atrás, edições limitadas de cosméticos com ativos da flora brasileira, a companhia lança agora uma marca vinculada ao Brasil, a L’Occitane au Brésil. Em sua fase de lançamento, a nova grife terá dezoito itens, divididos em duas linhas inspiradas em biomas nacionais: Jenipapo (cerrado) e Mandacaru (caatinga). A produção será no Brasil. É somente a segunda vez que isso acontece na história da empresa, depois da experiência de 2008 em solo tupiniquim. A fonte das embalagens também será o mercado local. O desenvolvimento dos produtos e de seus invólucros consumiu cerca de dois anos, mobilizando profissionais da subsidiária brasileira, a equipe internacional de pesquisa e desenvolvimento e o
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francês Olivier Baussan, fundador e atual diretor criativo da L’Occitane. É ele o responsável pela concepção dos formatos e pela supervisão do design geral dos recipientes utilizados pela empresa. Por ideia de Baussan, por exemplo, os frascos de vidro das colônias da nova marca exibem contornos que procuram remeter à arquitetura dos mercados municipais brasileiros. Certas silhuetas concebidas para as embalagens exigiram a superação de desafios técnicos para se tornarem industrialmente viáveis. Foi o caso do frasco de PET do sabonete cremoso da família Mandacaru, em que raios de sol são representados no recipiente por meio de estrias. “É um detalhe que demanda bastante precisão e força de fechamento do equipamento para ficar bem delineado”, conta Renato Szpigel, diretor comercial da Engratech, fornecedora da embalagem. Segundo o profissional, outro componente crítico na moldagem, feita por injeção e sopro com estiramento (ISBM) numa
Silhueta dos frascos das colônias é inspirada em tetos de mercados brasileiros. Raios do frasco do sabonete líquido (abaixo) representaram um desafio técnico
Alusiva à caatinga, linha Mandacaru exibe xilogravura de Manassés Borges
máquina da japonesa Aoki, é a formação de um anel presente na base do gargalo do frasco, típico nas embalagens adotadas pela empresa francesa.
Para o design gráfico, a L’Occitane resolveu apostar no talento de ilustradores brasileiros, de modo a expressar, por meio de obras de arte, os ingredientes especiais de cada linha e os biomas aos quais eles aludem. Um desenho de Andrés Sandoval, que destaca uma flor de jenipapo estilizada, foi adotado para a coleção relacionada ao cerrado. A série inspirada na caatinga, por seu turno, baseia-se numa xilogravura do pernambucano Manassés Borges, em que sobressai a figura de um mandacaru. Tais ilustrações são reproduzidas nos rótulos autoadesivos aplicados nos frascos e potes e no cartucho de papel cartão das colônias de
100 mililitros (as opções de 300 mililitros não têm a embalagem secundária). “Estamos muito honrados em levar a cultura e a biodiversidade do Brasil para o mundo de uma maneira inusitada para o próprio brasileiro e sem estereótipos”, diz Rodolfo Komatsu, gerente de operações e novas iniciativas do Grupo L’Occitane no Brasil. O executivo informa que os artigos da nova marca serão comercializados por cerca de um ano com exclusividade no mercado local, para depois ganharem o mundo. “Nossa pretensão é manter no Brasil a fabricação dos produtos acabados, ou seja, com embalagens também obtidas localmente”, anuncia Komatsu. Será mais uma oportunidade para o avanço internacional de cosméticos brasileiros, ainda que pelas mãos de uma empresa de Provence – mas nada provinciana.
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Altec Tampas (11) 3534-7171 www.altectampas.com.br Andrés Sandoval (11) 7434-8044 www.andressandoval.com Aoki (11) 4071-4385 www.aokitech.co.jp Válvulas
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Saiba mais sobre a nova marca: emb.bz/164loccitane
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entrevista
Tornar-se
foto: andré godoy
uma produtora de derivados de leite de âmbito nacional e enfrentar no setor alguns gigantes multinacionais muito maiores do que ela, como Danone e Nestlé. É essa a determinação da Vigor, que não é apenas uma indústria de alimentos paulista, como parte do mercado talvez ainda a considere. Basta lembrar que além da força de suas controladoras – o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a brasileira JBS, nada menos que o maior frigorífico de carne bovina do mundo – a empresa adquiriu em fevereiro último metade do tradicional laticínio mineiro Itambé, com receita líquida de 1,8 bilhão de reais. A marca veio agregar-se a um portfólio formado pelos nomes Danúbio, Lective, Leco, Faixa Azul e, claro, Vigor. Nesta entrevista, Anne Napoli, diretora de marketing e coordenadora do processo de inovação da Vigor, fala da importância das embalagens para o mercado de lácteos e para os planos de agigantamento dos negócios da companhia.
Como confrontar alguns gigantes Decidida a pelo menos ombrear-se a grandes produtores do setor lácteo, empresa nacional investe em produtos de maior valor agregado. Anne Napoli, diretora de marketing da Vigor, fala do papel da embalagem nesse processo
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Segundo diferentes notícias, a Vigor está empenhada, como seria natural, em ganhar mercado e em renovar as embalagens de seus produtos. Quais os objetivos dessa iniciativa? A renovação das embalagens faz parte da estratégia de reposicionamento de marca da Vigor. O objetivo é fortalecer os valores mais genuínos da empresa e de sua assinatura: a qualidade e a autenticidade de seus produtos, a tradição e, acima de tudo, a relação verdadeira com os consumidores. Tudo isso com o objetivo de nos aproximarmos ainda mais dos consumidores. Agora, as embalagens de todos os produtos da marca espelham esse novo posicionamento, transmitido por meio da sua tradicional cor azul e evidenciando seus ingredientes principais, apresentando ainda mais appetite appeal. Esse posicionamento pôde ser visto em diversas frentes: também lançamos uma série de novos produtos, como o iogurte Grego e a linha de iogurtes funcionais, além de termos feito
A categoria de lácteos vem se transformando nos últimos anos. É importante a diferenciação e a inovação em embalagens
investimentos em diversas ações de comunicação. No que diz respeito à apresentações de produtos, tem-se a impressão de que o mercado brasileiro de lácteos obedece demais a padrões. Em outras palavras, parece haver pouca ousadia, poucas apostas em diversificação. A senhora concorda com isso? A categoria de lácteos vem se transformando nos últimos anos, e a Vigor também está contribuindo para essas mudanças. Lançamos, por exemplo, o iogurte Grego, que rompe totalmente com a categoria. Seu layout e a própria embalagem são diferentes do padrão dos iogurtes. Lançamos também o Actilife, que tem embalagem inédita no mundo, a Tetra Top (da Tetra Pak), um diferencial para o mercado de leite fermentado. Vale lembrar que, no passado, a empresa inovou com a categoria de iogurte com “capacetes” de cereais. O setor tem se pautado por diversas inovações em produtos: leites enriquecidos com vitaminas, novas fórmulas de iogurtes, sobremesas incrementadas, queijos especiais. As embalagens desses produtos têm comunicado os diferenciais de forma adequada? Sim. É importante a diferenciação e a inovação de embalagens para poder criar um novo segmento ou uma nova categoria de produto. Foi o caso do iogurte Grego, um produto tão diferenciado em sua categoria que tinha de ser lançado numa embalagem inovadora, para que o consumidor percebesse tratar-se de um produto diferenciado. Além desses exemplos, o que é possível destacar em termos de inovações de embalagem recentemente adotadas pela Vigor? Para não ser repetitiva, vou me restringir a uma das inovações: o leite fer-
mentado Actilife na embalagem Tetra Top de 100 mililitros, com a tampa Lokka, uma nova opção de abertura, conveniente para ocasiões de consumo imediato. Trata-se de um lançamento mundial da Tetra Pak em parceria e exclusividade com a Vigor no Brasil. A adoção da embalagem tem muito a ver com o novo momento que vivemos no País, exatamente por seu conceito inovador e prático.
Iogurte Grego: novidade que romperia com padrões visuais da categoria
Afora os atributos básicos das embalagens, como segurança, praticidade e maquinabilidade, que aspectos são priorizados no desenvolvimento de recipientes utilizados pelos produtos da Vigor? Os atributos principais que a empresa leva em conta são conveniência, segurança e adaptação para reciclagem. O Brasil, por suas conhecidas dimensões continentais e pelo seu clima tropical, é um mercado desafiador para a distribuição de produtos lácteos. Como as embalagens têm ajudado a Vigor nessa tarefa? O desafio é desenvolver sempre embalagens que contribuam para a qualidade e a manutenção do frio na cadeia de transporte. São frequentes as queixas no Brasil sobre a complexidade e más gestões da cadeia do frio, da qual muitos produtos da Vigor dependem para a distribuição. Esse quadro faz a empresa cogitar de um uso mais amplo de embalagens que permitam dispensar refrigeração? Não. A indústria e o varejo têm trabalhado ativamente na melhoria constante da cadeia de frio. O atributo de frescor é intrínseco à categoria de lácteos. O desafio é desenvolver embalagens que preservem esse atributo de frescor. Embora o consumo de produ-
Actilife: leite fermentado tem embalagem inédita no mundo e de uso exclusivo no Brasil pela Vigor
tos lácteos tenha aumentado no Brasil sobretudo pela inclusão de amplas camadas da população em faixas de renda mais elevadas, o volume ainda é baixo em comparação com outros países. O de iogurte, para citar só um exemplo, seria de 5,7 quilos/ano por pessoa. Pelo que estamos informados, a vizinha Argentina consome o triplo, e alguns países europeus, até o triplo. Na sua opinião o que seria necessário para incrementar o consumo de derivados de leite? Além de poder aquisitivo seria importante ocorrer mudanças de hábitos culturais? Há muito espaço para crescer no Brasil. O desafio é mostrar para o consumidor os benefícios da categoria em termos de nutrição, saúde e, claro, sabor. O Vigor Grego é um exemplo. O produto tem o dobro de cálcio e de proteína que um iogurte normal. Além disso acabamos de lançar linhas funcionais, como é o caso de Calcio +, que ajuda na reposição de cálcio para o fortalecimento ósseo. A seu ver, os preços finais de produtos do tipo que a senhora acabou de citar são compatíveis com a renda média da população brasileira? Que medidas poderiam contribuir para reduzir preços? A Vigor oferece uma linha de produtos de qualidade, há quase 95 anos no mercado. Respeitamos formulações originais, dentro do princípio de que iogurte é iogurte. Os preços de nossos produtos são também acessíveis. A linha de funcionais, por exemplo, traz para o consumidor uma alternativa no mercado com preço 15% abaixo da média da categoria.
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codificação
O coração da segurança Episódios recentes mostram a importância da rastreabilidade de produtos para rápido recolhimento de embalagens e redução de prejuízos à imagem de empresas
Anualmente,
a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza em torno 200 casos de fraude ou de contaminação de alimentos, de grandes proporções, em todo o mundo. Os dois últimos eventos de repercussão foram registrados no início deste ano, um na Europa e outro no Brasil. No Velho Continente, ganharam o noticiário os produtos feitos com carne de cavalo. No Brasil, o problema foi com as bebidas à base de soja Ades, da Unilever. Relatos de intoxicação de consumidores levaram à descoberta de que um lote do sabor maçã do produto, envasado em caixinhas de 1,5 litro, apresentou traços de solução de limpeza. Tais episódios deixaram clara a importância da rastreabilidade de alimentos para garantir a segurança da população e dos negócios. Um sistema de rastreabilidade tem como base a utilização de uma identificação única para produtos, em suas diferentes versões (embalagens de venda e caixas de embarque). Registrados, os “RGs” permitem consultar informações da trajetória dos alimentos, do campo à mesa do consumidor. “Além do próprio código de barras, que garante a identificação, a captura e o registro de dados dos produtos, há soluções que usam a tecnologia de radiofreqüência (RFID)”, informa João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação. “Entretanto, é mecessário que elas sejam entendidas e aplicadas para esse fim.” Em termos práticos, a rastreabilidade permite recolher rapidamente produtos prejudicados. Pela identificação
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do produto e do lote, é possível saber para onde o item foi despachado e ter uma ação efetiva na região, cidade, bairro ou rede varejista afetados. Foi graças a um sistema de rastreamento que em poucos dias a Unilever conseguiu localizar e recolher a maior parte das embalagens contaminadas do suco Ades. Segundo a empresa, 96 unidades do produto do lote com as iniciais AGB 25, fabricado em 25 de fevereiro, com validade até 22 de dezembro, estavam impróprias para o consumo, mas acabaram sendo distribuídas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. No dia 14 de março, dois dias após os primeiros relatos de problemas, a Unilever divulgou nota informando ter solucionado a questão. “Acredito que essa ação rápida e eficiente ajudará na manutenção da confiança do consumidor na empresa”, ressalta o presidente da GS1.
o escândalo da carne de cavalo na Europa, por sua vez, fez com que milhares de produtos, inclusive muitos que possivelmente não contivessem a matéria-prima equina, fossem retirados das prateleiras. “A rastreabilidade poderia ter evitado ou, em último caso, resolvido esse problema de forma muito mais rápida e eficaz”, acredita João Carlos de Oliveira. “Afinal, é um processo em que as informações começam a ser inseridas na origem, isto é, no início da cadeia produtiva, indo até seu último elo.” Ou, como lembra a assessora de negócios da GS1 Brasil, Flávia Costa, “a rastreabilidade é o coração da segurança do alimento”.
Identificação única permitiu recolhimento de embalagens de Ades contaminadas com solução de limpeza
especial
Esta reportagem dá prosseguimento à série iniciada em março último por EmbalagemMarca com o objetivo de traçar um panorama do que ocorre em termos de embalagens mais amigáveis ao meio ambiente, no âmbito do tema conhecido como 3R (de Redução, Reutilização e Reciclagem). Naquela edição da revista tratou-se do processo de aliviamento do peso dos invólucros, enquanto esta se refere a sua reutilização. Da mesma forma que aquela reportagem não abordou diminuições obtidas por meio de trocas de materiais e sistemas de embalagem, esta não cobre o reuso dos invólucros para acondicionar o mesmo produto em novos ciclos de comercialização – o que poderia ser visto com um quarto R, de Retornabilidade. Ou seja, trata-se aqui do uso, para outros fins que não o original, das embalagens que seriam descartadas.
Vantagens de ponta a ponta Cresce a reutilização de embalagens descartáveis, seja para o mesmo produto, seja para outros fins nos domicílios, com benefícios para a indústria, o consumidor e o ambiente
Assim como
o processo de aliviamento de peso das embalagens progride incessantemente por variadas razões, o atributo da reutilização se amplia e assume cada vez mais o potencial de alavanca mercadológica por motivos diversos. Para o consumidor final, usar invólucros descartáveis por mais vezes, através da reposição de conteúdos originais supridos em refis (mais baratos), ou de novas maneiras (como peças de decoração ou de guarda de mantimentos e objetos variados, ou ainda para levar à mesa ou para outros fins), pode significar no mínimo economia de dinheiro e, na presente “era do descartável”, comportamento ecologicamente correto, de contribuição para o alívio dos aterros sanitários. São apelos que abrem boas oportunidades de marketing para a indústria usuária e, consequentemente, para fornecedores da cadeia brasileira de embalagem, por duas razões básicas: 1) paira sobre o País a ameaça de retorno aos tempos da inflação alta; 2) cedo ou tarde – acreditemos – a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei nº 12 305) acabará sendo implantada. Independentemente de premên-
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cias como essas, quem sabe devido ao espírito de praticidade, os brasileiros recorrem com mais frequência do que se possa imaginar ao reuso de embalagens, feitas de diferentes materiais. Thaís Faguri, gerente executiva da Associação Brasileira da Embalagem de Aço (Abeaço), informa que, segundo estudo feito pela entidade, o reaproveitamento de latas é de aproximadamente 3% nos lares brasileiros, incluídas as que oferecem refis de plástico flexível com novas quantidades dos produtos originais, como é caso do cereal infantil Mucilon, da Nestlé. Mas há outros produtos e outras marcas cujas latas são reaproveitadas para fins diferentes, como as de panetone, usadas geralmente para guardar mantimentos. A gerente da Abeaço recorda que alguns anos atrás a Nestlé recorreu a esse conceito numa ação especial do mesmo Mucilon: removidos os rótulos de papel, as latas do produto exibiam os dizeres “açúcar”, “arroz”, “café”, “feijão” e outros produtos. “Os usos são variados”, considera a executiva. “Para não ir muito longe, lembro as latas de edições limitadas dos leites em pó Itambé e Ninho em formato de latão
de leite, usadas entre outras finalidades para guardar diferentes tipos de mantimentos.” Para fins semelhantes, Thaís Faguri cita novamente latas de panetone e também embalagens originais de biscoitos, usadas como recipientes de outras marcas de biscoitos, de cereais matinais e até como porta-joias.
Lata promocional do Leite Ninho, com sobretampa, é exemplo de embalagem reaproveitável para a guarda de mantimentos
Decorados pelo estilista Alexandre Herhcovitch,copos do requeijão Danubio ganharam apelo de elegância como objetos de mesa
Ana Luísa Rezende Pimenta, proprietária da Gonçaves Salles Indústria e Comércio, fabricante da tradicional Manteiga Aviação, diz que, pelo fato de as latas do produto terem sobretampa, as pessoas as preservam para guardar botões, pregos e outros objetos, ou para fazer enfeites, segundo constatou pessoalmente na loja experimental mantida pela empresa em sua cidade-sede, São Sebastião do Paraíso (MG). A variedade de usos, enfim, depende das necessidades e da criatividade dos consumidores. Na seara do vidro, mesmo sem aludir-se à reutilização de garrafas retornáveis de refrigerantes e de cerveja (neste caso, acondicionando cerca de 60% do volume da bebida comercializado no País), a inclinação para o reuso de embalagens parece ser mais acentuada. Ana Paula Bernardes, responsável pelo departamento de embalagem da Associação Brasileira da Indústria do Vidro (Abividro), conta que estudo recentemente feito pela entidade aponta o percentual de embalagens de vidro que, após o uso, as pessoas retêm em suas casas para reuso com outros fins: mais de 6%. Neste terreno, dificilmente haverá referência mais recorrente do que o
copo com função original de pote e que, depois de utilizado para acondicionar produtos, recobra sua “vocação” primeira, de continente para líquidos tomáveis.
A Danubio, joint venture entre a Vigor, do grupo JBS, e a escandinava Arla Foods, uma das dez maiores empresas de laticínios da Europa, usa exclusivamente copos de vidro em sua linha de requeijões: de 250 gramas, nas versões Tradicional, Light e Zero (livre de gorduras), e de 140 gramas para a “single”, direcionada a jovens adultos solteiros e casais sem filhos. O conceito é também utilizado pela Arla Foods nos países escandinavos, informa Rodrigo Felix de Souza, da área de marketing da Danubio. “É popularmente sabido que, uma vez sendo a embalagem um copo, há possibilidade de uso após o consumo.” O atributo da reutilização é ainda observado quando se aplicam ações promocionais, lembra Souza, citando como exemplo as campanhas institucionais elaboradas pela marca em 2011, com copos decorados pelo estilista Alexandre Herchcovitch. Afora o aspecto utilitário, outras razões pesam na opção da Danubio pelos copos de vidro. “Este é um fator
que contribui para a preservação das características essenciais do produto, como sabor, frescor e textura. A filosofia da empresa tende a acompanhar os conceitos de desenvolvimento sustentável e, no que diz respeito a embalagens, sabe-se que o vidro é um componente bem menos agressivo ao meio ambiente do que os copos de plástico encontrados no mercado.” Surgido no Brasil por volta de 1950 (ao que se sabe, baseado em ideia de Plínio de Paula Ramos, vendedor de uma vidraria), exatamente com o apelo da reutilização, os copo de vidro estrearam em geleia da Cica. Durante quase meio século foram preponderantes como embalagem de requeijão e depois, vazios, para uso em casa, como “cristal Poços de Caldas”, denominação popular tirada da marca de requeijão que durante muito tempo foi líder em vendas no segmento e posteriormente passou a chamar-se Chisi. Mas esse recipiente teve boa presença também em outras categorias de produtos, como massa de tomate, pasta de amendoim, doce de leite e legumes. Raros devem ser no Brasil os domicílios em que os copos de “cristal Chisi”, como passaram a ser Abril 2013 |
31
Na foto, as marcas de requeijão que se mantêm em copos de vidro reutilizáveis
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fiel à nova embalagem, “possivelmente por questão de redução de custos”, na opinião da empresária.
cur los
Itambé, a Aviação é uma das quatro marcas que persistem no uso tradicional. “Além do benefício da reutilização, tem a questão da aparência do material, que é um importante diferencial e leva para o consumidor a imagem de produto premium, de maior valor”, explica a proprietária do laticínio mineiro, antecipando que em breve será lançado um novo copo para o produto. “O conceito de reutilização é fantástico, os consumidores adoram”, ela afirma, com base em enquete feita na loja-piloto da Gonçalves Salles. Assim, o conceito está contemplado também no pote de vidro para o Doce de Leite Aviação, que foi laureado na edição de 2012 do Prêmio Grandes Cases de Embalagem. A adequação das embalagens de vidro para reutilização é uma imagem favorável que a Abividro quer potencializar, informa a responsável pela área no
ado
Ao lado de Crioulo, Danubio e
foto : car
conhecidos, não estejam ou não tenham estado presentes no dia a dia, como artigos de mesa – até cederem lugar a sucedâneos feitos de plástico, lá pelo final dos anos 1990. E ainda que estes também acenem com o apelo da reutilização, os de vidro nunca foram totalmente banidos dos pontos de venda. A já citada mineira Gonçalves Salles não abre mão dessa embalagem para acondicionar o requeijão Aviação. Ana Luísa Rezende Pimenta, proprietária da empresa, conta que num primeiro momento fez o produto migrar para o plástico. Mas, quando a adoção desse tipo de recipiente se generalizou, a Aviação retornou à antiga embalagem. “Resolvemos continuar no vidro, porque nosso produto é especial”, ela explica. “Acontece que o que outras marcas ofereciam não era exatamente requeijão, mas outro produto, parecido com requeijão, batizado com um nome do qual não me lembro e que acabou sendo proibido pelo Ministério da Agricultura.” A maioria dos laticínios voltou a fabricar requeijão, porém mantendo-se
órgão representativo dos vidreiros. Para isso, a entidade está preparando campanha destinada a incentivar a coleta e a destinação de potes para doação aos 212 bancos de aleitamento materno que beneficiam mais de 170 000 crianças em todo o Brasil. Segundo Ana Paula Bernardes, o leite humano só pode ser armazenado em vidro. O programa consistirá na doação pela indústria vidreira de parte das necessidades dos bancos de aleitamento e em campanha destinada a suprir a outra parte, por meio de coleta em bares, restaurantes e cantinas. O lançamento será no próximo dia 19 de maio, Dia Nacional do Aleitamento Materno. “Ao mesmo tempo serão feitos esforços para convencer as maternidades a incluírem um recipiente adequado de vidro nos kits entregues com componentes básicos às parturientes quando vão para suas casas”, pormenoriza a executiva. Enquanto isso, de maneira não organizada, consumidores de produtos acondicionados em vidro vão praticando a reutilização. Lourival Franchi, sócio diretor de La Pianezza, descreve o que acontece nesse sentido com os potes da linha de antepastos da marca, também ganhadora na edição de 2012
Aviação aproveita o conceito da reutilização no pote de vidro de seu doce de leite
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foto: carlos curado
de Grandes Cases de Embalagem “Temos informação de que a maioria dos consumidores de nossos produtos acha muito bonitos os potes e os guarda para outros usos, principalmente como porta temperos”, ele conta. “Tem até quem nos procure com interesse em adquirir somente os potes vazios, para formar conjuntos. Não comercializamos embalagens, mas esse interesse acaba estimulando as vendas dos produtos.” Afora o canal do reuso doméstico das embalagens, existe um amplo comércio irregular de garrafas long neck one-way de cervejas praticado em larga escala por catadores de sucata, ao que revela Ana Paula Bernardes, da Abividro. Esse vasilhame seria usado para acondicionar sucos, cachaças e outras bebidas sem marca ou de qualidade inferior. “Embora não se possa afirmar que tal uso seja ilegal, ele é indevido, e é enorme”, diz a executiva, sem fornecer números. “Tanto é que nas cooperativas de catadores essas garrafas não são vendidas como sucata e sim como vasilhame.” Assim desempenham – ainda que não haja intenção – significativo papel no combate ao aumento de resíduos sólidos urbanos.
O apelo dos potes plásticos da Emplal dá ênfase ao reaproveitamento, no freezer, no microondas e no serviço de mesa
Sem se falar no reaproveitamento de embalagens para fins ilegais, como no caso de garrafas de vidro usadas para acondicionar uísques, vodcas e outras bebidas quentes, importadas e mesmo nacionais – que segundo a executiva da Abividro, “ao que se comenta”, seria superior a 30% de tudo o que se comercializa no País – o argumento pró-reutilização após o uso original parece avançar como tendência. E não só nas residências, mas também em indústrias usuárias e produtoras de embalagens. Uma grande fabricante nacional de embalagens plásticas rígidas, a Emplal, lançou no ano passado uma série de recipientes transparentes com forte apelo de reaproveitamento após o uso. Sob o nome Kipote, a linha baseia-se em potes de polipropileno transparente, com formato de paralelepípedo e tampas com aba que simulam as de utensílios domésticos (podendo, inclusive, ter cores translúcidas). A novidade é oferecida sob duas linhas: Multiuso, com
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Embalagem rígida para “rejunte”, usável para outros fins após o uso, substituiu com várias vantagens o saco flexível
paredes finas e custo mais em conta, e Super Multiuso, de paredes mais grossas, para maior durabilidade. De acordo com Eudes Dias Bicalho, diretor comercial da Emplal, as embalagens Kipote visam a um reconhecimento imediato do consumidor quanto ao potencial de reaproveitamento, e com vantagens frente às embalagens convencionais. “A ideia é que o consumidor final ganhe um brinde e não tenha receio de reutilizar o recipiente”, diz Bicalho. “As pessoas costumam reaproveitar potes como os de sorvete, mas dificilmente os levam à mesa, por serem decorados”, observa o diretor da Emplal. Os novos potes, de polipropileno, estão disponíveis para volumes entre 250 mililitros e 1,8 litro, e suportam temperaturas de -20 graus Celsius a 100 graus Celsius, podendo ir ao forno
microondas, à lava-louças e ao freezer sem ter seu funcionamento alterado. Já foram adotados em vendas a granel de secos e molhados em rotisserias de redes de supermercados como Ricoy, Bretas, Bastos e DMA. “Temos relatos de que as vendas desses clientes aumentaram 25% desde a adoção do Kipote”, diz Bicalho. Oportunidades com apelo à reutilização surgem a cada dia. Na área de construção civil, a Cimentolit, fabricante de argamassas e outros produtos de acabamento em alvenaria, colocou no mercado o que chama de pote multiuso em que acondiciona o Rejuntamento Resinado Cimenflex. Trata-se de um recipiente de polietileno de alta densidade (PEAD), usado para substituir os frágeis sacos plásticos que acondicionavam o produto. Uma das vantagens propiciadas pela embalagem, de acordo com a argumentação do diretor geral da empresa, Milton Badan, é que, depois de utilizado o conteúdo, o pote pode servir para guardar acessórios da obra, além de ter melhor desempenho que os sacos flexíveis no armazenamento e no transporte. Tal teria sido o êxito de vendas agregado pela nova embalagem que marcas concorrentes passaram a adotá-la. A prática de reutilizar-se embalagens plásticas rígidas ou semirrígidas parece dar-se em larga escala nos domicílios, ao que constatou EmbalagemMarca ouvindo consumidores em dois supermercados de São Paulo. Usam-nas sobretudo para guardar frios, laticínios e sobras de refeições nos refri-
Como que confirmando a boa receptividade do uso dessa alternativa pelos consumidores, duas grandes indústrias de bens de personal e home care, a Unilever e a Bombril, já adotam refis tipo SUP há algum tempo. A primeira os aplica em suas linhas de amaciantes Comfort e Fofo, e agora os estaria estendendo para outras linhas, não só de produtos de limpeza doméstica, mas também de cuidados pessoais. A Bombril, por sua vez, é uma forte usuária de refis em SUP há cerca de dois
A Natura foi a primeira na área de bens de cuidados pessoais a usar SUPs de refil, …
anos, nas linhas do detergente Ecobril e na de limpador Vantage. Pelo menos nesta última categoria de produto, a tendência de adoção dos SUPs de refil dá sinais de consolidação. Por isso a Tradbor Stand-up Pouches, fabricante desse tipo de recipiente, vem trabalhando numa bolsa simples cujos fechamento e refechamento são feitos por um sistema de solda inédito no Brasil. “Para verter o produto basta apertar a embalagem”, explica Alan Baumgarten, diretor da Tradbor. “Quando se para de apertar, o orifício em que a solda é aplicada se fecha novamente, cortando o fluxo. É um sistema similar ao de tampas com válvulas de silicone usado em frascos rígidos.” A vantagem desse sistema, cuja patente a Tradbor pretende adquirir de uma empresa suíça dado o interesse demonstrado por fabricantes nacionais de produtos líquidos, é que dispensa a inclusão de
… pela Bombril, forte adepta do conceito na categoria de produtos para limpeza do lar
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curado foto: carlos
geradores e como recipientes para pregos, parafusos e outros objetos. Mas a tendência de reutilização em produtos originais, supridos principalmente em refis tipo SUP, abreviatura de stand-up pouch (bolsa plástica flexível que fica em pé), vem se acentuando, estimulada pela própria indústria usuária, com base nos apelos econômico e ambiental. A onda começou há poucos anos por iniciativa da Natura na sua linha Tododia de produtos para o corpo. A própria empresa estaria faz algum tempo experimentando a passagem desse conceito para o de redução de material, aplicado para uma embalagem destinada ao uso final, resselável graças à existência de uma tampa. Tal recurso é inviável no caso dos refis, cujo conteúdo precisa ser usado de uma só vez, pois não podem ser retampados.
um bico e de uma tampa. Tais adendos, nas palavras de Baumgarten, “significam custo maior, podendo fazer o preço da peça chegar muito próximo ao da embalagem inicial”. É devido a argumentos como esses que a 3 Corações, segundo conta o diretor da Tradbor, teria adotado o stand-up pouch como embalagem final para o capuccino de sua marca. A tendência estaria ganhando corpo em outras indústrias, afirma o executivo. “As motivações vão desde o apelo no ponto de venda, com SUP’s de shape diferenciado, por exemplo, até ganhos em custo e em logística, já que esse recipiente flexível ocupa até 95% menos espaço que a embalagem rigida final.” O que ninguém poderá afirmar é que a poupança de gastos e de recursos naturais via reutilização de embalagens não seja benéfica para a cadeia de valor da embalagem em toda sua extensão.
… adotados também pela Nestlé para o Nescafé e…
Lácteos
Matinais em traje de gala Potes pretos e rótulos impressos digitalmente garantem apelo de nobreza a iogurtes artesanais
Embalagem com formato de leiteira e autoadesivos compõem apresentação exclusiva
Design
Brandium (11) 2548-5003 www.brandium.com.br Sacolas
Ibags (11) 4328-4192 www.ibags.ind.br Rótulos
baunilha
da Polinésia, Caramelo de Bali, Framboesa, Maracujá, Mel, Morango, Blueberry e Grego. São essas as opções de uma nova linha de iogurtes artesanais criada pela Delicari – fabricantte de laticínios que comercializa seus produtos em uma loja própria, localizada no bairro nobre da Vila Nova Conceição, em São Paulo. Para gerar percepção de valor para os lançamentos – elaborados com ingredientes naturais e orgânicos, sem componentes artificiais –, a marca investiu no desenvolvimento de embalagens de visual caprichado e características incomuns para o mercado de matinais. Um dos aspectos inusitados foi a adoção de potes plásticos pretos, haja vista a predominância de recipientes de coloração clara na categoria. Com capacidade volumétrica de 170 gramas, as embalagens dos novos iogurtes têm
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formato similar ao de uma antiga leiteira. Procurada, a Delicari não havia identificado o fabricante dos potes até o fechamento desta edição. Outro diferencial é a decoração feita por meio de rótulos autoadesivos. Como a tiragem não é considerada grande, os adereços são impressos em plataforma digital, que proporciona flexibilidade de produção.
Os rótulos, que se prolongam ao topo dos potes, funcionando também como lacre, são confeccionados em filme de polipropileno biorientado (BOPP) perolizado com acabamento brilhante. O material faz com que a decoração sobressaia no fundo preto, valorizando ainda mais o conjunto da embalagem. Quem adquirir os iogurtes na loja da Delicari poderá levar os produtos
para casa em sacolas também diferenciadas. Elas são produzidas com papel frigorificado, adequado para o transporte de produtos gelados e úmidos. As mesmas embalagens são oferecidas aos compradores dos sorvetes da casa de laticínios.
Indemetal Gráficos (11) 4013-6644 www.indemetalgraficos.com.br
Sacolas à prova d’água garantem viagem segura dos iogurtes
Evento
Mercado promissor Retomada da economia americana anima produtores mexicanos de plásticos, e empresas brasileiras podem surfar nessa onda Por Flávio Palhares, de Cidade do México
A recuperação
da economia dos Estados Unidos pode ser sentida durante a feira Plastimagen Mexico 2013, realizada de 12 a 15 de março no Centro de Exposições Banamex, na Cidade do México. Além do clima de otimismo dos mais de 800 expositores de 21 países, os cerca de 30 000 representaram número 15% superior em relação à edição anterior, realizada em 2011. O evento é o principal fórum de negócios para a indústria de plásticos do México e um dos mais importantes da América Latina, sendo que o principal alvo dos produtores mexicanos é o mercado do país vizinho ao norte. De acordo com a E.J. Krause, empresa organizadora do evento, foram fechados negócios no valor de 150 milhões dólares. Para José Navarro, diretor da E.J. Krause, “não há dúvidas de que esta edição da feira se converteu num autêntico centro de negócios, onde foram apresentadas novidades em tecnologia, equipamentos, soluções para reciclagem, resinas, ferramentas e moldes, entre outros, tudo relacionado com a produção e a comercialização de plástico”. As empresas brasileiras que estiveram presentes com estandes na feira foram Carnevall, Feva, Flexo Tech, Mega Steel, Maqplas, Mecalor, Polimáquinas e Seibt, sob o guarda-chuvas
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Brazil Machinery Solutions, programa setorial realizado em parceria pela Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos e pela Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. De acordo com Wilson M. Carnevalli Filho, da fabricante de extrusoras Carnevalli, “o resultado da feira foi ótimo, com vários negócios fechados, principalmente para a indústria transformadora mexicana”. Por sua vez, Gino Paulucci Junior, da Polimáquinas,
ressalta os bons resultados do evento, mas acredita que a tendência do mercado mexicano é de crescimento nos próximos meses, “já que há grande expectativa de se começar a vender maior quantidade de máquinas para os Estados Unidos, via México”. A expectativa da indústria mexicana é que o setor de plásticos feche este ano com crescimento de 6%, o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Devido ao crescimento desse mercado, a E.J. Krause anunciou a realização de uma edição da feira de plás-
Cerca de 30 000 visitantes geraram negócios de 150 milhões de dólares aos expositores
Braskem investe em capacitação no México A Braskem inicia em maio a capacitação dos integrantes que atuarão na planta da Braskem Idesa, joint-venture formada com o grupo petrolífero mexicano Idesa, com inauguração programada para 2015. Até o início das operações, deverão ser formados cerca de 400 operadores que atuarão diretamente na nova unidade – um complexo petroquímico para a produção de eteno e polietileno no estado de mexicano Veracruz. O projeto recebeu investimento total de aproximadamente 4,5 bilhões de dólares. Quando estiver operando em sua capacidade planejada, de 1 milhão de toneladas de polietileno de alta e baixa densidade por ano, o complexo da Braskem Idesa deve impulsionar o crescimento econômico na região sudeste do México. Batizado de Etileno XXI, o projeto petroquímico é o maior em construção nas Américas. Para a capacitação no México, a petroquímica irá levar a base do modelo já aplicado no Brasil em parceria com o Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. E para fomento do treinamento na região, atuará também com a Universidad Tecnológica Del Sureste de Veracruz (UTSV). “Nosso objetivo é desenvolver mão de obra local, contribuindo assim com a geração de empregos no México e com a integração total desse país com as nossas operações”, diz Marcelo Arantes, vice-presidente de Pessoas e Organizações da Braskem. O Senai é o responsável pelo desenvolvimento da metodologia de formação por competências que será aplicada ao curso oferecido pela Braskem. Após uma visita presencial na universidade mexicana, a instituição brasileira será responsável pela elaboração do material didático e pela coordenação técnico-pedagógica. A primeira turma já contará com 140 alunos, que serão treinados por cinco meses. Como a unidade ainda está em fase de construção, o curso dará treinamento específico para a montagem da planta.
ticos na cidade de Monterrey, no norte do país. A Plastimagen Norte será realizada em março de 2014. De acordo com Arturo Morales de la Campa, diretor de marketing da E.J. Krause, “há uma demanda por uma feira regional no norte do México”, principalmente devido à proximidade com a fronteira com os Estados Unidos, principal destino dos produtos mexicanos. A Plastimagen Mexico acontece a cada dezoito meses na capital mexicana. A próxima edição será realizada em novembro do ano que vem.
Internacional
Toque de sensualidade Design estrutural de lubrificante íntimo faz sucesso lá fora
Um projeto de redesign das embalagens dos geis lubrificantes íntimos da multinacional de origem australiana Ansell faz sucesso nos Estados Unidos, na Austrália e em alguns países europeus. O trabalho teve como foco o redesign estrutural e gráfico das embalagens dos lubrificantes das marcas Lifestyles, Manix e Unimil, em projeto da agência italiana Reverse Innovation. Os frascos, antes feitos em monomaterial com rótulos autoadesivos, utilizam agora um rótulo termoencolhível, que cobre parcialmente a bomba ejetora, onde é picotado, e serve também de lacre de segurança que pode ser rompido num único movimento. Segundo
Alice Tacconi, diretora de criação da agência, esse sistema foi criado “para se destacar, despertar a curiosidade, transmitir confiabilidade e instigar a imaginação, com um intrínseco e refinado toque de sensualidade”. Além do design gráfico moderno, a embalagem estrutural é inovadora: consiste em duas peças, o recipiente e o mecanismo ejetor. As variantes transparentes do frasco são produzidas em PETG, e as opacas, em polietileno de alta densidade (PEAD). O mecanismo ejetor, produzido com polipropileno (PP), polietileno (PE) e aço inoxidável, é ergonômico e permite controle instantâneo e fácil sobre o fluxo de gel.
Um anel na parte superior do frasco dá ao produto o seu caráter distintivo e funciona como alça. A nova apresentação, em versões de 50 mililitros e de 100 mililitros, foi lançada no segundo semestre de 2012 e venceu três prêmios de embalagem: nos Estados Unidos, ganhou o Good Design Award, do Chicago Athenaeum Museum; e na Itália levou o Brand Identity Grand Prix, da TVN Media Group, e o Mediastars, de Media Star Editore. Ainda não há previsão de lançamento das embalagens no Brasil, onde a Ansell trabalha com a marca Blowtex. A empresa não informa quem são os fornecedores dos componentes da embalagem.
Reverse Innovation +202 (02) 8721-2930 www.reverseinnovation.com
Frasco tem formato ergonômico e anel no topo, que chama a atenção e funciona como alça
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Limpeza doméstica
No alvo da limpeza Embalagem deixa clara a finalidade de nova escova É comum pessoas utilizarem diversos tipos de escovas, como as de dente, para lavar tênis. Afinal, jamais houve um instrumento específico para limpar o calçado. Por que não criá-lo? Foi o que fez a Condor, fabricante de escovas, pentes, vassouras, pincéis e rolos de pintura, entre outros itens. Após meses de estudos, a empresa acaba de lançar sua escova Lava Tênis. Dado o ineditismo do produto no mercado nacional, era importante que a embalagem fosse autoexplicativa e ao mesmo tempo garantisse destaque nas gôndolas. Isso foi resolvido de maneira engenhosa. A agência curitibana Brainbox Design criou uma cartela de papel cartão cuja região inferior reproduz a foto de um tênis, recortado em sua silhueta. A escova é presa à embalagem graças a partes do cabo atravessadas em fendas presentes na lâmina de papel cartão. A cabeça, com as cerdas, irrompe através de uma área vazada posicionada próximo ao bico do calçado. Além do desejável caráter explicativo, a embalagem ajuda a reforçar a imagem da Condor como marca ligada a inovação e qualidade. Procurada pela reportagem, a empresa preferiu não revelar quem produz a embalagem.
Cartela em formato de tênis é autoexplicativa
Design
Brainbox Design (47) 3026-1818 www.brainboxdesign.com.br
Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA
higiene pessoal
estreia em recarregáveis A BIC, líder em vendas de canetas esferográficas e isqueiros descartáveis no Brasil, ingressa no segmento de barbeadores recarregáveis com o BIC Flex 4. Desenvolvido no centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa situado na Grécia, o produto é, segundo material de divulgação distribuído em entrevista à imprensa em São Paulo, “resultado de cinco anos de pesquisas e mais de 100 000 horas de trabalho de técnicos e engenheiros”. O valor total desse investimento não foi
DESIGN
Narita Design (11) 3165-8100 www.naritadesign.com.br
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revelado. O conceito da embalagem, uma cartela blister com furo apropriado para exposição em gancheiras dos pontos de venda, foi criado no Brasil, enquanto os barbeadores, fabricados na Grécia, vêm para o País já acondicionados. O produto é apresentado em duas versões de cores – laranja e prata. As lâminas para recarga são oferecidas em cartuchos de papel cartão com duas e quatro unidades. O lançamento abrange todo o território nacional.
Edição: flavio palhares flavio@embalagemmarca.com.br
Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA
Design
4
1
D-lab (41) 3333-3437 www.dlab.com.br
Embalagem
Shellmar (11) 4128-5200 www.shellmar.com.br
Design gráfico
BrandUp (11) 3663-3109 www.b-up.com.br Rótulos
EGM (11) 5693-5693 www.egmgrafica.com.br Design estrutural
Montesano (11) 5505-3269 www.montesano.com.br Tampas
Qualinjet (11) 4787-0777 www.qualinjet.com.br frascos
Spiltag (14) 3408-1100 www.spiltag.com.br
Pet care
pescados
Cosméticos
spa para bichos 1
Bolinho pronto 2
Novo amor
Com a linha Spatas, a Bayer HealthCare ingressa no ramo de higiene e beleza para cães e gatos. Os itens surgem em frascos de PET. Os dos xampus e condicionadores têm tampa disc-top. Os dos finalizadores recebem válvula spray.
A Costa Sul Pescados lança bolinhos de bacalhau congelados, prontos para fritar. O cartucho de 270 gramas é feito de papel cartão frigorificado, impresso em cinco cores, com aplicação de verniz UV brilhante e relevo seco na marca.
Embalagem
A Ciclo Cosméticos lança a linha Amoré, cujas embalagens são inspiradas em mensagens de amor que antigamente casais de namorados deixavam nas árvo-
res. A linha é composta por duas fragrâncias, deo-colônia, loção hidratante, body splash e por um kit especial com um mini body splash e um perfume.
Snack Multicereal, Chips de Soja e Premium Mix compõem a nova linha de snacks Inspire, da LA Food. Os aperitivos, de apelo saudável, são acondicionados em flow packs de 80 gramas, cujo filme externo tem visual fosco (matte).
Frascos (cremes)
Design
Bisnagas (hidratantes)
Rótulos
Bypacking (11) 4525-0757 www.bypacking.com.br
Design
2
C-Pack (11) 5547-1299 www.c-pack.com.br Cartuchos
Gráfica Natal (48) 3244-0058 www.graficanatal.com.br
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Salgadinho saudável 4
3
Box Print (11) 5505-2370 www.boxprint.com.br Design Inverso (47) 3028-7767 www.designinverso.com.br
Snacks 3
Inca.Giacometti (48) 3024-4600 www.incabrasil.com.br Meg Industria Gráfica (48) 3437-7222 www.megonline.com.br Frascos (perfumes)
Wheaton Brasil (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br
6 Rótulos
Gráfica Boca Boa (11) 4587-6869 www.bocaboa.com.br Cumbucas
Ilip + 39 051 6715 411 www.ilip.it Design
Speranzini Design (11) 5685-8555 www.speranzini.com.br
Sobremesas
Frutas
iguarias brasileiras na frança As sobremesas prontas da linha gourmet Bazzar (Goiabada; Bananada; Açaí com Guaraná e Banana; e Chocolate com castanhas brasileiras) serão oferecidas com destaque no exterior. Os produtos foram selecionados para participar da exposição “Le Brésil Sur La Rive Gauche”, neste mês de abril, na loja de departamentos de luxo mais antiga
5
do mundo, o Le Bon Marché Rive Gauche, em Paris. Além da presença nas disputadas gôndolas do estabelecimento, a Bazzar também passou na seleção de produtos para entrar no e-commerce do Le Bon Marché. Os produtos são acondicionados em potes de vidro, com a arte impressa em serigrafia, e fechados com tampas de aço.
Alimentação saudável 6 A Vale do Sol lança frutas de mesa em rótulos estampados com os personagens da Looney Tunes. O objetivo é incentivar crianças a consumirem alimentos saudáveis, nutritivos e de baixas calorias. As embalagens – cumbucas plásticas termoformadas – permitem melhor visualização, conservação e conveniência, sem que as frutas fiquem danificadas no transporte.
5 Tampas
Rojek (11) 3227-4789 www.rojek.com.br Potes
Wheaton Brasil (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br
Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA
1 cartucho
Gráfica Santa Terezinha (16) 3202-2246 www.graficasantaterezinha.com.br Design gráfico
sachê
Indesign (11) 3284-0570 www.indesign.com.br
3
Dixie Toga (11) 2928-9200 www.dixietoga.com.br Design
Usina Escritório de Desenho (11) 3254-6788 www.usinadesenho.com.br
Doces
um Café comestível
Cereais
Antes . . . 1
Novidade da Sociedade Produtora de Alimentos (SPA): grãos de café para comer. Em sabores variados, os Coffee Beans Sortidos são oferecidos em nove unidades, em cartucho de papel cartão que trazem impressas, numa lateral, curiosidades sobre a história do café. A embalagem tem detalhes em hot stamping e laminação fosca.
opção integral
Colas
Rótulos coloridos A cola branca Pritt Tenaz ganhou novos rótulos. Os adereços ficaram mais coloridos que os anteriores, passando a exibir ilustrações divertidas. O design foi desenvolvido internamente pela fabricante do produto, a Henkel. A empresa não informa quem são os fornecedores dos componentes da embalagem.
Refrescos 2
A Granfino amplia seu portfólio de alimentos com o arroz integral. O produto é acondicionado em pacote plástico de 1 quilo. O design da embalagem foi desenvolvido pelo departamento de marketing da indústria alimentícia.
chás em Dose dupla
3
O Clight Tea, refresco em pó da Mondelēz, foi relançado nas versões chá com limão e chá com pêssego. Eles são vendidos em sachês com dois compartimentos, separados por um picote. Cada um rende 500 mililitros de bebida.
2 filme técnico
. . . e depois
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Incoplast (48) 3657-3000 www.incoplast.com.br
5 Rótulos
AGM +54 (11) 4482-3766 www.agm-sa.com Frascos
Alpla (19) 3878-7000 www.alpla.com Tampas
Igaratiba (19) 3821-8000 www.igaratiba.com.br
cafés
Higiene pessoal
coração NA RECARGA 4
faces renovadas
5
Novidade no visual dos xampus anticaspa Head & Shoulders, da Procter & Gamble. As versões Menthol Refrescante e Prevenção Contra Queda para Homem agora exibem novas artes nos rótulos autoadesivos. No
caso de Menthol, uma faixa inferior destaca folhas verdes. No Prevenção Contra Queda, o mesmo elemento gráfico tem um padrão à moda de alvéolos de colmeias, para passar sensações de tecnologia e eficiência.
Stand-up pouches com formato de coração são as novas embalagens-refil, para recargas de potes de vidro, adotadas pela 3corações. As bolsas plásticas, capazes de ficar em pé, contêm 100 gramas do Cappuccino Classic e do Café com Leite.
4
pouches
Diadema (11) 4066-9000 www.efd.com.br Design
Pande (11) 3849-9099 www.pande.com.br
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Almanaque Caixinha, vítima dos Beatles Primeiro de quatro filmes estrelados pelos Beatles, o longa A Hard Day’s Night (no Brasil, Os Reis do Iê, Iê, Iê), de 1964, dá destaque a uma embalagem numa de suas cenas. Nela, o agente da banda, interpretado pelo ator Norman Rossington, experimenta dificuldades para abrir uma caixinha de leite – que, pelo
formato tetraédrico, se supõe ser da Tetra Pak. A ideia era mostrar como um dia já começa difícil quando até abrir um simples invólucro de leite se revela uma dureza. Mesmo sem intenção, a esquete pode soar ingrata com uma tecnologia que revolucionou a venda de produtos lácteos – permitindo até a distribui-
Vale por um joguinho
atenção aos animais
Danoninho vale por um bifinho. E também por um joguinho. Essa era a síntese de uma propaganda da Danone da década de 1980 dirigida a crianças – e veiculada em gibis. O anúncio ensinava a montar o tabuleiro de um jogo chamado Ponto-Bol, baseado no uso de cartolina e embalagens vazias de Danoninho. Os potinhos serviam como buracos, de diferentes pontuações, onde uma bolinha devia ser acertada.
Em 1969, uma promoção com animais ocupou as tampinhas de Pepsi e Crush, à epoca distribuídos pela Refrigerantes Sul Rio-Grandense. Quem encontrasse na parte interna das peças desenhos de bichos iguais ao de anúncios publicados em revistas da época ganhava canetas, bicicletas e até aparelhos de televisão. Achar um macaco, que não aparecia nas peças de publicidade, dava direito a outro refrigerante.
Ainda sobre tampas e prêmios Na primeira metade do século 20, tampinhas de garrafas de refrigerantes já serviam de veículo para promoções. Veja-se a “nota importante” aos consumidores colocada em um anúncio de 1927 do extinto Guaraná Elephante, da Destillaria Ypiranga: “Examinem as tampas metallicas que são portadoras de premios”. Os brindes variavam de 5 contos a mil contos de réis.
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ção em vending machines, como a retratada na mesma passagem do filme. Mas, como diriam os próprios quatro rapazes de Liverpool, numa de suas mais célebres canções, let it be – ou “deixe estar”, em bom português. A cena da briga com a embalagem pode ser conferida no endereço: emb.bz/164beatles