Revista Empresário Lojista de Dezembro

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ANO LXXXII N° 912 Dezembro 2015 Publicação do SindilojasRio e do CDLRio

Feriados em 2016 Abrir negócio será mais fácil



MENSAGEM DO PRESIDENTE

Caros amigos e amigas lojistas,

O

ano de 2015 começou e está terminando sem sabermos ainda que rumo tomará o País, o que vem provocando forte apreensão a todos os brasileiros. A conturbada situação política, agora ainda mais indefinida devido à abertura do processo de impeachment da Presidente, vem aprofundando a recessão econômica, dificultando qualquer projeção futura e aumentando os índices de desemprego.

Os indicadores são desanimadores em praticamente todos os setores. Há alguns meses, divulgamos uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos do CDLRio, baseada em dados da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), que apontava o fechamento de mais de 1.280 estabelecimentos comerciais só no Município do Rio de JaneiAldo Carlos de ro entre janeiro a maio deste Moura Gonçalves, ano, uma alta de 33%, compaPresidente do SindilojasRio rando com o mesmo período e do CDLRio de 2014. No Estado, o resultado foi pior: foram extintas mais de 3.290 empresas, um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2014. Agora, um levantamento recente da Confederação Nacional do Comércio – CNC mostra que, de outubro de 2014 para cá, cerca de 64,5 mil estabelecimentos comerciais fecharam as suas portas, em todo o País. Um volume inédito de fechamento de lojas de varejo na última década, extremamente alarmante. Diante deste panorama, o SindilojasRio e o CDLRio têm reforçado sua atuação visando à ampliação do diálogo com o Poder Público em suas diferentes esferas e trabalhado na consolidação de importantes parcerias insti-

tucionais com outras entidades da sociedade organizada, para buscar soluções que promovam a retomada das atividades econômicas. Aos nossos mais de 25 mil lojistas associados, podemos afirmar que estamos atentos, mais do que nunca, à defesa de nossos interesses. No dia 6 de dezembro último, o SindilojasRio, o maior e mais antigo sindicato patronal do Comércio do Brasil, celebrou os 83 anos de sua fundação, mantendo-se como uma das vozes mais atuantes do setor, sempre conectado com o futuro e com as demandas de seus milhares de associados e, também, da sociedade como um todo. Trabalhando incessantemente para aprimorar a qualidade de seus serviços e do atendimento aos seus associados, o SindilojasRio participa há três anos do Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS), programa da CNC que visa a destacar as melhores práticas na área sindical. Cada avanço, cada conquista do SindilojasRio é uma conquista para todos os nossos associados. E tudo isto só é possível graças à dedicação, ao empenho e ao profissionalismo de todo o nosso corpo de colaboradores e diretores. A força do nosso sindicato está, principalmente, naqueles que aqui trabalham, todos os dias, para defender os interesses dos nossos lojistas associados. Sabemos que ainda teremos muitos desafios e dificuldades pela frente, mas o comerciante é, por sua natureza, sempre um lutador, sempre um otimista. Em 2016, a despeito de todos os temores, temos a esperança de que o País sairá renovado e melhor de todo este processo. Então, trabalhemos firme para enfrentar a tempestade. Dela sairemos todos mais fortes! Gostaria de desejar a todos que fazem do SindilojasRio e do CDLRio o porto seguro do lojista do Rio de Janeiro, aos nossos associados, fornecedores, amigos e parceiros um feliz Natal e um Ano Novo de paz e prosperidade, com saúde e respeito ao próximo.

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www.boavistaservicos.com.br/empresa-com-credito

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Presidente do SindilojasRio e do CDLRio Aldo Carlos de Moura Gonçalves

SUMÁRIO

Diretoria do SindilojasRio

Diretoria do CDLRio

Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym

Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury CDLRio: Ubaldo Pompeu Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Barbara Santiago Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE n° 7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: 21 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273 Corretores: Santos: 21 98682-1128 Luciléa Rosário: 21 99639-9379 e 97904-8759 Revisão: Simone Motta Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Estagiário: Percy Carpenter Foto de Capa: CCM Fashion Fitness Fotografia / Modelo: Jacques Dequeker Fernanda Liz Make / Styling: Carla Biriba Felipe Veloso Projeto Gráfico e Editoração: Márcia Rodrigues Leandro Teixeira Supervisão Gráfica e Criação de Capa: Roberto Tostes robertotostes@gmail.com Empresário Lojista: Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro - SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio

Versão Online: www.cdlrio.com.br e www.sindilojas-rio.com.br

1 - MENSAGEM DO PRESIDENTE MATÉRIA DE CAPA 4 - Verão alavanca as vendas no comércio

ARTIGO 23 - Um Rio de oportunidade

ASSOCIATIVISMO 16 - Comemorado os 60 anos do CDLRio

BANCO DE DADOS 14 - CDLRio dispõe de banco de dados ao MPF

CURIOSIDADES 8 - SindilojasRio nos seus 83 anos

9 - DICAS DE PORTUGUÊS

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Foto: Alina Jordan/Pixabay

Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt Superintendente: Carlos Henrique Martins

DIREITO 24 - Perguntas e respostas 26 - Leis e Decretos 30 - Obrigações

EMPRESARIADO 12 - Abrir negócio será mais fácil 18 - Negócios de família 20 - Um ano positivo para o Ivar Contact Center

FEIRAS 22 - Fashion Business

FERIADOS 6 - Feriados no Brasil 7 - Feriados Judaicos

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LIVRO 13 - Livro dedica capítulo ao CDLRio

MODA 10 - Darwinismo do varejo de moda

OPINIÃO 32 - Opinião do cliente: o poderoso veículo de propaganda

OS NÚMEROS DO VAREJO 27 - Termômetro de vendas

SINDICALISMO 22 - Deputado visita o SindilojasRio

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MATÉRIA DE CAPA

“Vem, Verão!”

O

verão, a estação mais carioca de todas, está chegando. E, junto com ele, a procura maior pelas academias e por um estilo de vida mais saudável. Todo mundo querendo ficar em forma para não fazer feio na praia, na piscina, na balada. É a última chamada para o verão, como diz o refrão do funk carioca: “Vem, verão!”. Apesar de o momento econômico não favorecer perspectivas muito positivas, no Rio de Janeiro, a estação é sempre promessa de bons negócios para o comércio, principalmente para os segmentos de moda praia, de atividades físicas e de lazer, de acessórios e de cuidados com o corpo. Para saber quais são as novidades para este verão, a revista Empresário Lojista procurou a Bumbum Ipanema, uma das mais tradicionais lojas de moda praia do Rio de Janeiro, pilotada pelo empresário e estilista Cidinho Pereira, que dita tendências pelo mundo afora, desde a década de 80. Tendo como inspiração o mar, o sol, o céu azul e as lindas mulheres da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, a Bumbum se orgulha de ter sido a primeira loja a vender exclusivamente moda praia, abrindo caminho para a expansão deste segmento do comércio varejista. A cada nova coleção, Cidinho Pereira mostra que conhece como ninguém o gosto da mulher brasileira, investindo em modelos que valorizam o corpo, com estampas exclusivas que são o forte da marca, e na sofisticação. Há 30 anos na empresa, a gerente da Bumbum do shopping 4

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RioSul, Silvane Corrente, aponta algumas das tendências que prometem esquentar as vendas em 2016: o biquíni branco, carro-chefe da marca, as estampas coloridas e exclusivas e o jeans, muito presente na coleção nova. A Bumbum aposta também em uma linha exclusiva para o pós-praia, composta por vestidos, batas, saias, calças, shorts e acessórios. “As mulheres podem sair da praia ou da piscina diretamente para o restaurante ou para programas casuais, bem vestidas com a nossa linha pós-praia. São itens da coleção que têm alavancado cada vez mais as vendas”, afirma Silvane. As ferramentas de marketing digital são fortes aliadas da marca para multiplicar seu alcance e, claro, incrementar as vendas. Segundo a gerente do RioSul, o uso do aplicativo WhatsApp e a presença nas redes sociais agilizaram e aumentaram muito as vendas. “Sempre envio as novidades às clientes cadastradas pelo WhatsApp e muitas chegam à loja com o modelo de biquíni decidido, porque já o viram no Facebook ou no Instagram da marca. No rastro das oportunidades proporcionadas pelo uso da tecnologia, a grande novidade da marca, neste fim de ano, é o lançamento do e-commerce em seu site: www.bumbum.com.br Temos muitas clientes de outros estados, como Bahia e Porto Alegre, que agora poderão adquirir nossos produtos pela internet,

O uso do aplicativo WhatsApp e a presença nas redes sociais agilizaram e aumentaram muito as vendas

Silvane Corrente, da Bumbum do RioSul.

disse Silvane. VERÃO COMBINA COM MALHAÇÃO Uma das maiores marcas de moda brasileira, especializada em moda fitness desde 1995, a CCM Fashion está presente em todo o território nacional, possui lojas exclusivas e exporta para vários países. Seu crescimento é sustentado por um constante investimento em inovação na sua fábrica, em Nova Friburgo, que hoje tem capacidade de produ-


MATÉRIA DE CAPA

ção de mais de 800 mil peças por ano. Para a CCM Fashion, a coleção de verão é a mais importante, como não poderia deixar de ser, segundo o gerente de Marketing da empresa Fábio Monnerat: “Com as altas temperaturas, as mulheres querem estar com o corpo em dia para usar decotes e roupas mais curtas, então todas correm atrás do lucro. Para este verão esperamos vender 20% a mais do que na estação passada. E, para isto, criamos peças funcionais que servem tanto para a academia como para quem gosta de malhar ao livre”. A preparação da nova coleção começa um ano antes de chegar às lojas, pois a diretora de estilo Kênia Cariello e sua equipe de designers viajam pelo mundo, buscando inspiração para a marca e pesquisando tendências de moda, comportamento e arte para criarem o que chamam de “um universo único, o mundo CCM”. A este trabalho se soma o da equipe de marketing, que pre-

Guilherme Ferreira, da CCM Fashion

para a mudança de coleção pensando em cada detalhe para que tudo esteja perfeito. Dentre as tendências para este verão estão o cropped – que é o top ou aquela camiseta mais curta – que continua em alta, as cores cítricas e cortes que modelam o corpo. A CCM investe muito em inovação e tecnologia, apostando em tecidos inteligentes e fáceis de usar, como os que têm fator UV, que melhoram a fadiga muscular e o desempenho dos atletas, de secagem rápida, que não precisam ser passados e antibacterianos, explica Fábio Monnerat. E as novidades não param por aí. Responsável pelo visual merchandising (VM) da marca, Guilherme Ferreira comentou as novas linhas que acabam de ser lançadas como parte da coleção Califórnia: a primeira é a linha pet, voltada aos animais de estimação e suas donas, que, agora, podem produzir seus cães com roupinhas estilosas. As outras linhas recém-lançadas são a infantil e de lingerie, que já estão fazendo sucesso. Por fim, a CCM também investiu em uma linha para a prática de esportes aquáticos, como o confortável macaquinho para quem faz Stand Up Paddle (SUP). A empresa está presente nas redes sociais Facebook e Instagram, além do Snapchat. Já o aplicativo WhatsApp é usado pelas vendedoras para fidelizar as clientes, que recebem informações sobre as novidades e promoções. O gerente de Marketing Fábio Monnerat aponta a tec-

Com as altas temperaturas, as mulheres querem estar com o corpo em dia para usar decotes e roupas mais curtas

Fábio Monnerat, da CCM Fashion.

nologia, a produção 100% nacional com tecidos que cuidam da saúde da mulher e o design CCM como os diferenciais da marca. NOS PÉS BELEZA E CONFORTO

Já no segmento de calçados, uma das principais tendências são as tradicionais sandálias rasteiras. A supervisora de vendas da Andarella, Ane Rocha, afirma que no verão não podem faltar as rasteirinhas, como são chamadas, que “são básicas, combinam com quase tudo e não saem de moda”. As novas rasteirinhas fazem parte da coleção Primavera-Verão, Summer Love, e têm opções com tiras de tressê, recortes ou de couro. Já se foi o tempo em que elegância era sinônimo de salto alto. Para a temporada de verão, a Andarella aposta no conforto aliado ao estilo e à elegância, dando descanso aos pezinhos cansados. A Andarella acaba de inaugurar, no 2º piso do shopping RioSul, sua nova loja-conceito, que reflete as mudanças na gestão da empresa e as perspectivas de crescimento para a marca, como explicou a supervisora.

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CALENDÁRIO

Os feriados no Rio em 2016

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m 2016, haverá no Rio, 14 feriados, sendo oito nacionais, dois estaduais e quatro municipais. Para os comerciários do Rio haverá mais um feriado, no dia 17 de outubro, Dia do Comerciário. Novembro é o mês com o maior número de feriados. Já os meses de junho, julho e agosto não terão feriados. No próximo ano, o Carnaval será em fevereiro: domingo, 7, e 2ª feira, 8, que não são feriados. Entretanto, a 3ª feira, 9 de fevereiro, é feriado estadual. Na 4ª feira, 10, é meio feriado, uma vez que bancos e grande parte do comércio só abrem a partir das 12 horas. No Rio, o Acordo para o Trabalho dos Comerciários aos Domingos estabelece que o varejo nos shoppings não abra na 4ª feira de cinzas. Em matéria de possíveis enforcamentos de dias de trabalho, isto é, dias em que antecedem ou são seguintes a feriados em 3ª ou 6ª feiras, teremos em 2016, seis possíveis enforcamentos: 24 de março, antes da 6ª feira da Paixão, dia 25; 6ª feira, 22 de abril, depois do feriado de 21 de abril. Em maio, na 6ª feira, dia 27, depois do feriado de Corpus Christi, dia 26. Em 2016, haverá três feriados em domingo: 1º de maio, 20 de novembro e 25 de dezembro.

FEVEREIRO

OUTUBRO

9 - 3ª feira, feriado estadual decorrente do Carnaval.

12 - 4ª feira, feriado nacional consagrado a Nossa Senhora da Aparecida, padroeira do Brasil.

MARÇO 25 - 6ª feira, feriado municipal de 6ª feira da Paixão.

NOVEMBRO

ABRIL

2 - 4ª feira, Feriado de Finados, nacional.

21 - 5ª feira, feriado nacional em homenagem a Tiradentes.

15 - 3ª feira, feriado nacional, Dia da Proclamação da República.

23 - sábado, feriado municipal em homenagem a São Jorge.

20 - domingo, feriado municipal e estadual em homenagem a Zumbi dos Palmares e à Consciência Negra.

MAIO 1º - domingo, feriado nacional em comemoração ao Dia do Trabalho. 26 - 5ª feira, feriado municipal alusivo a Corpus Christi. SETEMBRO 7 - 4ª feira, feriado nacional em homenagem à Independência do Brasil.

DEZEMBRO 25 - domingo, feriado nacional, Natal. *Para os comerciários do Rio haverá mais um feriado, o Dia do Comerciário. É sempre na terceira 2ª feira de outubro, que, em 2016, cairá no dia 17.

JANEIRO 1º - 6ª feira, feriado nacional alusivo à Confraternização Universal. 20 - 4ª feira, feriado municipal em homenagem ao Padroeiro da Cidade, São Sebastião.

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CALENDÁRIO DE 2016 - O SindilojasRio e o CDLRio estão oferecendo às empresas associadas o Calendário de 2016, inserto nesta edição da Empresário Lojista.


FERIADOS

Feriados e festas judaicas em 2016 Tu Bishvat – 15 de Shvat – 25 de janeiro de 2016. Shevat marca o início do “Ano Novo das árvores”. Costuma-se comer frutos novos ligados à Terra de Israel. Purim – 14 Adar – 2 dias.

Começa ao por do sol de 4ª feira (23 de março de 2016) e termina ao anoitecer de 5ª feira (24 de março de 2016). Purim comemora a salvação do povo judeu da destruição planejada pelo perverso Hamam da Pérsia (Atual Iram), relatada pela Meguilá da Rainha Ester.

Pêssach (Páscoa judaica) 14 de Nissan - 8 dias. Começa ao por do sol de 6ª feira, 22 de abril de 2016, e termina ao anoitecer de sábado, em 30 de abril de 2016. Pêssach comemora a libertação do povo judeu da escravidão do Egito. Durante esta festa, é proibido o consumo de alimentos fermentados e existe a obrigação de comer matrá (pão sem fermento, pois não houve tempo para isso, para fugir do Faraó). Shavvot – (Pentecostes) – Semanas – 20 kislev. Começa ao por do sol de sábado, 11 de junho de 2016, e termina ao anoitecer de 2ª feira, 13 de junho de 2016, 50 dias após Pêssach (Páscoa 17 semanas + um dia). A Torah (5 livros de Moises ) foi outorgada por Deus ao povo judeu no Monte Sinai há mais de 3.300 anos.Todos os anos, neste dia, renova-se nossa aceitação do presente de Deus (A Torah).

Tishá Beav – Nove de Av – (13.08.2016) 09 de AV. Marca um período de luto do povo judeu pela destruição do primeiro templo de Jerusalém pela Babilônia, comandada por Nabucodonozor em 576 a.c. A destruição do segundo templo de Jerusalém foi comandada pelo general Tito, no ano 70 da era comum, futuro Imperador de Roma.Também marcam períodos nefastos ao povo judeu na diáspora (dispersão pelo mundo, inclusive a expulsão da Península Ibérica (Espanha e Portugal – Inquisição), que se iniciou pelo Rei da Espanha, Fernando, e Isabel em 1942, e pelo Rei de Portugal, Dom Afonso III ,em 1531, terminando em 1821, quando foi extinta por D. João VI. Rosh Hashaná – Ano Novo – 01 de Tishrei. Dia das Trombetas começa ao pôr do sol de domingo, 2 de outubro, e termina ao anoitecer de 3ª feira, 4 de outubro. O ano novo judaico é o dia do julgamento, quando Deus determina o destino de cada um para o ano que se inicia. Parte principal do serviço de Rosh Hashaná é o toque de Shifar (trombeta) que desperta as pessoas para o arrependimento. 10 dias após é Yom Kipur. Yom Kipur – (Dia do Perdão) 10 de Tishrei. Começa ao pôr do sol de 3ª feira, 11 de outubro de 2016 e termina ao anoitecer de 4ª feira, 12 de outubro de 2016. É um dia marcado por jejum, preces e arrependimento, no qual o

destino de cada judeu é selado. Pedimos perdão ao próximo, conforme é ordenado na Torah (Levitico 19:18).

Sucot – (Tabernáculo) 15 de Tishrei. Começa ao por do sol de domingo, 16 de outubro de 2016 e dura 8 dias. Comemora a proteção de Deus ao povo judeu durante 40 anos no deserto. Também chamada Festa da Colheita e Festa das Cabanas, uma bênção especial é recitada em Sucot sobre as quatro espécies de árvores (em alusão ao ser humano, como ele se comporta). Simchat Torá – Alegria do Torá – 22 de Tishrei. Começa ao pôr do sol de domingo (1º dia), 22 de outubro de 2016, e termina ao anoitecer de 3ª feira, 25 de outubro de 2016. 53 parachiot (porções). O júbilo com a Torá – marca o ciclo anual da leitura da Torá, terminada e reiniciada neste dia. Dançamos e nos alegramos com a Torá. Chanucá – Festa da Dedicação – 24 de Kislev. Começa ao pôr do sol de sábado, 24 de dezembro de 2016, e termina ao anoitecer de domingo, 1º de janeiro de 2017, tem a duração de 8 dias. Chanucá comemora a reinauguração (dedicação) do Templo de Jerusalém, após a vitória dos Macabeus, contra os idólatras gregos. É celebrada durante oito dias, por meio do do acendimento da Chanucá (candelabro de 8 braços). Fonte: Sinagoga Messiânica Beit Tefilat – Humaitá - Rio

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CURIOSIDADES

Os diretores e colaboradores do SindilojasRio participantes do 20º Encontro de Colaboradores, em agosto de 2015, em Angra dos Reis, RJ.

CURIOSIDADES DO COMÉRCIO Barbara Santiago

O Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro –SindilojasRio - é o mais antigo sindicato patronal do comércio no País, fundado em 6 de dezembro de 1932, há 83 anos.

concedida pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 1941, foi para o SindilojasRio.

Lojistas. O presidente da época, Hugo Ribeiro Carneiro, assinou uma resolução que considerou “a iniciativa pioneira na classe empresarial do Rio”. Hoje, o SindilojasRio e o CDLRio mantêm o IVAR – Instituto do Varejo, promotor de atividades de formação de pessoal, de pesquisas, bem como o Banco de Emprego para candidatos em colocações no comércio da Cidade.

• A entidade tem títulos de

• A revista Empresário Lojista,

• A primeira Carta Sindical,

Utilidade Pública outorgados pela Cidade do Rio de Janeiro (Lei 5.242/11 da Câmara Municipal) e pelo Estado do Rio de Janeiro (Lei 4054/02 da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

• O SindilojasRio oferece às

empresas associadas serviços nas áreas jurídicas trabalhista, cível, tributária, fiscal, marcas, além de assessorar em questões da Receita Federal.

• A primeira agência de

emprego começou em 1942. Às vésperas de completar 10 anos de fundação, o SindilojasRio inaugurou a Agência de Colocações do Sindicato dos

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uma parceria do SindilojasRio com o CDLRio, é uma publicação, hoje mensal, que circula há 81 anos, sendo, portanto, considerada a mais antiga revista sindical do País.

• Em 1934, a Diretoria do

Sindicato dos Lojistas, hoje SindilojasRio, já fazia ação social. Os lojistas resolveram ajudar os moradores de rua no Centro da cidade e organizaram uma campanha, “Caixa de esmolas”, da qual os benefícios arrecadados eram distribuídos mensalmente. Muitos foram encaminhados às suas cidades, onde tinham família, outros colocados em fazendas e, ainda, alguns foram empregados.

• Sonho realizado. No dia

28 de setembro de 1946, foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral Extraordinária a compra da sede própria do SindilojasRio, na Rua da Quitanda, 3, 10º andar. Atualmente, a sede própria ocupa no mesmo endereço mais de mil metros quadrados distribuídos pelo 10º andar, e partes dos 9º, 11º, 12º e 13º andares do Edifício Ângelo Marcelo.

• A Primeira delegacia do

SindilojasRio foi inaugurada em 1945, em Copacabana. A partir de 1988, foram inauguradas mais delegacias de serviço. Hoje, para facilitar o acesso de diversos serviços às empresas associadas, há extensões na Barra da Tijuca, Tijuca, Madureira e Campo Grande, além, é claro, de Copacabana.

• A Câmara de Vereadores do

Rio aprovou a Lei nº 1974/74, instituindo o Dia do Lojista do Rio. Para homenagear o SindilojasRio, a data em homenagem aos lojistas cariocas é 6 de dezembro, a mesma da fundação do mais antigo sindicato patronal do País.


PORTUGUÊS

DICAS DE PORTUGUÊS

Simone Motta, revisora da Empresário Lojista*

Voltando ao bom desempenho da escrita no ambiente corporativo, vejamos mais algumas dicas:

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- Ao agradecer alguma coisa, agradeça “a (ao)” e não “pela (o)”: Agradeço a cordialidade e não: agradeço pela cordialidade. (Lembre-se de agradecer alguma coisa a alguém).

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- De encontro ao X ao encontro de: Essencial não confundir essas duas expressões, pois “de encontro ao” tem sentido de oposição; contrariedade, já “ao encontro de” significa estar de acordo. Como em: Seu pensamento vem de encontro ao meu (não concordamos), porém em: seu pensamento vem ao encontro do meu (concordamos).

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- Não diga “em vias de” e sim “em via de”, pois “em via de” é uma locução e significa “prestes a”. Ex: A estudante está em via de concluir a monografia.

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- Diga “grosso modo” e não “a grosso modo”, como em: grosso modo, ela não preenche todos os requisitos.

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- Tenho lido muito, inclusive em textos formais, o uso indevido das locuções “junto a, junto de”. O significado dessas locuções é: perto de, ao lado de. Portanto, não use: Pediremos o cancelamento da conta junto ao banco. Substitua por: Pediremos o cancelamento da conta ao banco. - Referindo-se ao verbo prever, lembre-se de seguir a conjugação do verbo “ver”. Então, se conjugamos “viram”, o certo é “previram” e não “preveram”.

- Falemos da tão temida “rubrica”. É assim mesmo que se escreve e que se fala, pois rubrica é paroxítona e sem acento. Portanto, não hesite ao pronunciá-la desse jeito e não “rúbrica”, como a maioria pronuncia.

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- Um vício que muitas pessoas têm é o de usar a palavra hora no plural, como em “zero horas”. Gente, por favor, zero é nada e, portanto não tem plural. O certo é “zero hora”, assim como em zero grau, zero-quilômetro, ok?

- A dúvida reside em usar “fim” ou “final”: a explicação é bem fácil. Fim é substantivo e final é adjetivo. Vejamos os exemplos: fim de jogo, fim de semana (o fim é substantivo), já em: bênção final (final é adjetivo e qualifica a bênção), assim como em prova final.

- Grama significando peso é palavra masculina, como em: preciso de duzentos gramas de presunto. E, é palavra feminina em: a grama está sendo aparada. - Atenção para o uso de “cerca de”, que indica valor aproximado e só deve ser utilizado com números redondos – 10, 20, 30, 100 etc. Portanto, não escreva: cerca de 16 pessoas vieram ao espetáculo.

Espero que tenham aproveitado as novas dicas e que elas sejam úteis daqui para frente. Até breve!

*Simone Motta Licenciada em Letras – Português e Inglês; formação em Revisão e Copidesque e atualização em Redação e Língua Portuguesa.

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VAREJO

O Darwinismo do varejo de moda

Será que a má performance das empresas do varejo de moda na atualidade é culpa exclusiva da crise econômica, como muitos empresários vivem reclamando?

Haroldo Monteiro Coordenador da pós-graduação Gestão Estratégica do Varejo no Ibmec/RJ

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J

á é uma realidade, a dificuldade econômica que estamos vivendo. Índices negativos sobre o mercado de varejo são divulgados a toda hora. O setor de vestuário sofre muito nestes momentos de crise, pois roupa é considerada até certo ponto um artigo “supérfluo”, já que o consumidor pode adiar a compra por um período maior. Fala-se muito no mercado sobre as dificuldades que as varejistas vêm passando neste momento. Algumas grandes empresas vêm perdendo importantes fatias de mercado, outras acumulando resultados negativos com dificuldades de caixa e ainda algumas tornando-se insolventes. O mercado de crédito restrito piora as condições das empresas. Contudo, vejo também que algumas cadeias deste setor continuam crescendo ainda que em percentuais mais baixos, e se aproveitam da fraqueza de suas concorrentes. Mas será que o momento atual é realmente o único responsável por esta situação ou ele só está contribuindo para uma seleção natural do ambiente? Para explicar meu ponto de vista, faço uma alusão ao Darwinismo, que em minha opinião é o fenômeno que melhor explica a situação atual do varejo de moda. Darwinismo é o nome dado ao conjunto de estudos e teorias do naturalista britânico Charles Darwin (1809 - 1882), considerado o “pai da Teoria da Evolução”. A doutrina Darwinista diz que os ambientes “selecionam” os or-

ganismos mais adequados para habitar determinado lugar, o que Darwin chamou de “seleção natural”. As espécies que forem aptas ou demonstrarem mais facilidade em sobreviver a determinados ambientes, se multiplicam, evoluem e seus descendentes serão os dominadores daquela região. Os organismos que não forem capazes de se adaptar ao meio ambiente em que estão inseridos, serão extintos. A capacidade de reprodução dos organismos, segundo as observações de Darwin, é maior do que a capacidade do meio ambiente de proporcionar condições favoráveis para o seu sustento, como alimentos e abrigo, por exemplo.*¹ Ou seja, será que a má performance das empresas do varejo de moda na atualidade é culpa exclusiva da crise econômica, como muitos empresários vivem reclamando? Ou se deve à falta de capacidade das empresas em se adaptar às novas condições de mercado, não possuindo práticas modernas de gestão e profissionalismo, e também sem inovação tecnológica? Na realidade, o momento atual só está acelerando o processo natural de seleção das empresas que têm problemas de gestão. A situação atual já vem se desenhando há algum tempo, e agora estas empresas estão pagando o preço pelas práticas de gestão adotadas ou até pela falta delas. Podemos citar vários pontos principais que contribuíram para o quadro atual, como também as formas corretas de evitar estes problemas:


VAREJO

1) A ADMINISTRAÇÃO PELA VENDA

Geralmente, a primeira pergunta que o empresário faz na segunda-feira é: Viu quanto vendeu? Assim, quando a venda é “boa” (em valores monetários) e as cotas são batidas, o momento é de comemoração, porém eu pergunto: Em que condições ocorreram estas vendas? Algum indicador foi analisado para verificar se estas vendas foram realmente saudáveis? A que custo de produto nossa empresa está vendendo? Estas são perguntas que o gestor deve se preocupar além do valor das vendas atingidas. 2) PESQUISA DE MERCADO

Não, senhor empresário, você não sabe tudo do mercado, pois quem entende do mercado é o cliente, ele dita as regras. Pesquisas são necessárias não só para mostrar se sua empresa vai bem, mas para mostrar também onde você precisa se ajustar para obter melhor performance em sua gestão. 3) INVESTIMENTO EM SOFTWARE E PROCESSOS

Na época, de “big data” não é concebível uma empresa não investir em softwares capazes de fornecerem informações estratégicas. Mas, cabe ressaltar que os processos são fundamentais neste contexto, pois se os dados não

Distribuidor Autorizado

forem inseridos de forma correta, vão gerar informações erradas.

produtividade, tornando a empresa mais competitiva.

4) EXPANSÃO DA REDE

6) E-COMMERCE

O empreendedor adora abrir uma nova loja, ou várias novas lojas. Mas, em primeiro lugar, ele deve ter um plano de expansão bem definido. Geralmente, este plano não existe e as informações sobre as melhores fontes de financiamento para suportar esta expansão também não. Então, pergunta-se: Existe capital de longo prazo suficiente para sustentar este crescimento? Qual é a estrutura de capital de sua empresa? Não se esqueça de que não se faz expansão com recursos de curto prazo. E não poderia me esquecer de citar um detalhe: fechamento de lojas deficitárias também faz parte de um plano de expansão. Não encare o fechamento de uma loja como a “perda de um filho”. Saber encolher na hora certa faz parte do jogo e ajuda a manter os resultados saudáveis.

Não coloque “aquele rapaz do TI e aquela vendedora da loja” para tomar conta de sua loja virtual. Não falo isto por preconceito, mas existe a necessidade de profissionalização desta atividade dentro do varejo. Coloque para gerir o seu e-commerce um profissional que tenha tido treinamento adequado sobre modernas técnicas de varejo digital. Assim, você fará com que seu e-commerce acabe se tornando a sua melhor loja. Além disso, as empresas hoje desenvolvem grande parte de suas estratégias de vendas no mundo digital.

5) TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS

Quanto a empresa gastou em treinamento nos últimos anos? Não considere treinamento como uma despesa e sim como forma de gerar valor para a companhia. Com uma equipe bem treinada, a empresa reduz o turn-over tão comum neste setor e melhora a

Estas práticas de gestão dentre outras existentes devem ser postas em prática pelas novas empresas que estão surgindo sob pena da não preservação da espécie. Quanto as que hoje estão com problemas, acredito que para vários casos ainda exista uma maneira de se adaptar ao novo ambiente e continuar existindo. Basta acreditar que não somente a crise vai te tirar do mercado, mas também o novo ambiente de negócio que muda a cada dia. *¹ - Fonte: www.significado.com.br

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Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015 | 11


FISCO-TRIBUTÁRIO

Abrir negócio no Rio será mais fácil

A

abertura de um negócio costuma ser um processo longo e demorado. Com o objetivo de tentar reverter este quadro, a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio de sua Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), lançou o projeto Rio Mais Fácil Negócios. Para explicar o projeto, que está na primeira fase de implantação, o subsecretário de Planejamento e Gestão Estratégica da Seop, Bruno Bondarovsky, se reuniu com lojistas, advogados e contadores no último dia 11, no SindilojasRio, em evento promovido pelo Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado do Rio de Janeiro – Sescon-RJ. Na Cidade do Rio de Janeiro, cerca de 180 mil pedidos de consultas prévias são feitos por ano. São confirmadas perto de 130 mil consultas prévias, aproximadamente 54 mil pedidos de registro e 40 mil alvarás são concedidos, em média, todo o ano. Abordando as principais dificuldades que os empreendedores encontram, na hora de abrir uma empresa, como o excesso de etapas presenciais e de documentos exigidos, além da falta de integração entre os sitemas, o subsecretário afirmou que o Rio Mais Fácil deverá dar maior agilidade ao processo, facilitando a vida de quem quer abrir seu negócio. Bondarovsky disse que as medidas que estão sendo adotadas visam à simplificação e à redução dos passos necessários à legalização de uma empresa. Ele destacou que o projeto tem como um de seus principais focos as micros e pequenas empresas, que já recebem um trata-

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mento diferenciado, com o apoio acrescentou o subsecretário. do Sebrae/RJ, que dá orientações O subsecretário respondeu e consultorias. Lembrando que a dúvidas e ouviu sobre as difio Rio tem mais de 200 mil mi- culdades que o Comércio vem croempreendedores individuais enfrentando. O superintendente (MEI), o subsecretário explicou do SindilojasRio Carlos Henrique que, com o Rio Mais Fácil, o Cer- Martins questionou o excesso de tificado da Condição de Micro- licenças para camelôs, principalempreendedor Individual (CC- mente no Centro. Martins pediu MEI) servirá como alvará. que a Prefeitura dê atenção ao Ainda segundo ele, com a problema, frisando que os coimplantação da primeira etapa merciantes, que pagam impostos do Rio Mais Fácil Negócios, a altos, enfrentam uma concorrênPrefeitura passa a compartilhar cia desleal e que, em muitos casuas informações com os outros sos, os produtos têm procedência órgãos responsáveis pela forma- e qualidade duvidosas. lização de empresas, em um proApós a apresentação, o subcesso muito mais integrado. A in- secretário de Planejamento da tegração dos sistemas permitirá Seop se reuniu com o presidente a entrada única de documentos do SindilojasRio, Aldo Gonçale evitará que o contribuinte pre- ves, e diretores da entidade, para cise se dirigir, presencialmente, a discutir ações futuras, a curto e vários órgãos diferentes. Bruno médio prazos, que podem ser traBondarovsky informou que a Pre- balhadas visando à melhora do feitura criou um comitê perma- ambiente de negócios da Cidade nente de desburocratização, em do Rio de Janeiro. parceria com a Jucerja e o Sebrae/RJ, para identificar e solucionar os “nós” da legalização de empresas. Dentre as novas medidas adotadas estão a aprovação automática da consulta prévia (cerca de 20% da demanda) para pontos de referência e o fim do alvará provisório e do processo em papel. Apenas as atividades consideradas de alto risco necessitarão do alvará do Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária também está moderO subsecretário de Planejamento e Gestão Estratégica da Seop, Bruno Bondarovsky. nizando seu sistema,


LIVROS

Livro dedica capítulo ao CDLRio

O

jornalista Alex Campos, do Painel Econômico da JBFM (99,99 Mhz), está lançando o livro “Faça as Pazes com o Dinheiro”, uma coletânea de seus comentários diários que vão ao ar de segunda a sexta, no início da manhã e no fim da tarde, para um milhão de ouvintes ao longo da semana. O livro tem um capítulo dedicado a dados fornecidos pelo CDLRio, com explicações do presidente Aldo Gonçalves. Em “Faça as Pazes com o Dinheiro”, o autor deixa evidente que “Educação Financeira é hoje um

O livro tem um capítulo dedicado a dados fornecidos pelo CDLRio

caminho sem volta na vida dos brasileiros”. O livro também celebra duas datas especiais para o jornalista: 30 anos de carreira, sendo 5 como titular da coluna na JBFM. O presente que ele dá a si mesmo e ao público é uma obra que combina objetividade, sensibilidade e espirituosidade – inspirada em alguns ensinamentos que teve a sorte de receber desde pequeno, já no âmbito familiar: “Dinheiro não substitui amor, afeto, carinho, compaixão ou generosidade”, avisa, logo na Introdução. A bandeira da Educação Financeira e os prêmios profissionais – um deles o CNH Capital de Excelência em Jorna-

O jornalista Alex Campos com o presidente Aldo Gonçalves.

lismo Econômico (2002/2003) – abriram as portas de Alex Campos para a vaga de Titular da Cátedra 184 da Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais (Academia Nacional de Economia – ANE) e para uma rotina de seminários, consultorias e palestras. Sucesso de crítica como se pode ler abaixo – “Faça as Pazes com o Dinheiro” segue agora seu caminho natural rumo ao sucesso de vendas. Na foto, Alex Campos oferece seu livro “Faça as Pazes com o Dinheiro” ao presidente Aldo Gonçalves. Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015 | 13


BANCO DE DADOS O procurador-chefe do MPF do Rio de Janeiro, José Schettino assina com o presidente Aldo Gonçalves o convênio de integração tecnológica.

CDLRio dispõe banco de dados ao MPF

O

CDLRio e o Ministério Público Federal (MPF) assinaram, no dia 9 de novembro, convênio de integração tecnológica para colocar à disposição o banco de dados da entidade lojista. São 80 milhões de registros que irão auxiliar na atuação do MPF em suas investigações. O documento foi assinado pelo presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, e pelo procurador-chefe no Rio de Janeiro, José Schettino. O presidente do CDLRio disse que já existia um acordo semelhante com o Ministério Público Estadual, firmado há cerca de quatro anos, e que a experiência bem-sucedida chamou a atenção do órgão federal. “Temos consciência da importância que podemos ter ao trocar 14 | Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015

informações pelo bem da sociedade. Consideramos esse acordo muito bom. É assim que as entidades precisam trabalhar, visando ao bem comum”, disse. Segundo o CDLRio, o MPF terá acesso on-line ao banco de dados da entidade, que inclui informações como existência e circulação de pessoas, endereços baseados em busca de CPF ou número de telefone. Segundo Schettino, a medida tornará mais célere o combate à corrupção e ajudará a tornar mais efetiva a ação de localizar pessoas procuradas por ações criminosas ou possíveis testemunhas em investigações do órgão. “No momento em que vivemos o combate à corrupção de forma mais eficiente, esse tipo de convênio é fundamental. São

O banco de dados da entidade lojista é considerado um dos mais completos e atualizados do País

entidades da sociedade civil auxiliando a atuação contra a criminalidade”, afirmou. O banco de dados da entidade lojista é considerado um dos mais completos e atualizados do País, empregando o que há de mais moderno em termos de tecnologia nos métodos de pesquisa e informação.


MPF e CDLRio: Uma parceria promissora José Schettino e Eduardo El Hage - Procuradores da República no Estado do Rio de Janeiro

O

Ministério Público, de acordo com a Constituição de 1988, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, e tem como missão a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Atualmente, o Ministério Público tem exercido posição de protagonismo no combate à corrupção e ao crime organizado, desbaratando organizações criminosas, na defesa do patrimônio público e da sociedade, sendo a Operação Lava Jato sua faceta mais visível. Neste contexto, é que o Ministério Público Federal e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro firmaram um importante convênio que auxiliará na loca-

lização de pessoas e empresas, por meio da utilização de sistemas informatizados. Com efeito, um dos maiores gargalos para todo e qualquer tipo de investigação, seja envolvendo crimes de tráfico internacional de drogas ou contra o patrimônio público, é localizar os possíveis suspeitos e suas relações com empresas, muitas vezes de fachada, e que servem apenas para lavar o dinheiro auferido ilicitamente com a prática de crimes. A utilização dos sistemas informatizados previstos no convênio firmado com o CDLRio é notícia alvissareira nesse cenário, que promete resultados promissores em prol da sociedade brasileira. De fato, a união de instituições públicas e da inicia-

A Procuradoria da República do Estado do Rio de Janeiro saúda a parceria e espera devolver à sociedade os bons frutos dessa aliança

tiva privada é o único meio para que alcemos voos mais altos na concretização dos valores insculpidos na Carta Magna de 1988. A Procuradoria da República do Estado do Rio de Janeiro saúda a parceria e espera devolver à sociedade os bons frutos dessa aliança.

Feira de Religião no Rio teve 12 mil visitantes

E

m novembro, quem desejou se aprofundar em assuntos ligados à religião teve oportunidade de visitar à Expo Religião 2015, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio, no final de novembro. A Feira recebeu por volta de 12 mil visitantes. “O objetivo foi mostrar à sociedade que a convivência (religiosa) é possível, desde que haja respeito” disse a jornalista Luzia Lacerda, a organizadora do evento. A exposição, em sua terceira

edição, ofereceu informações sobre o universo do esoterismo, filosofias orientais, terapias holísticas, literatura e artigos religiosos. O evento, que teve ingresso a R$ 3,00 ou 1 Kg de alimento não perecível, montou estandes que ocuparam 1000m², com apresentação de técnicas de yoga, shiatsu, massoterapia, cristaloterapia, relaxamento e florais. Já aqueles que adoram saber o que está por vir puderam fazer um tour pelos estandes místicos, através de

cartas, búzios e leitura de mãos. A programação ainda incluiu workshops de diferentes temas, que discutiram, entre outros assuntos, a intolerância religiosa. A culinária também não ficou de fora e os visitantes puderam apreciar iguarias baianas, árabes e ciganas, com um cardápio altamente ecumênico. “Como pode um país que tem como princípio a miscigenação não aceitar religiões?”, questiona Luzia.

Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015 | 15


COMEMORAÇÃO

Palestra marca os 60 anos do CDLRio

Na mesa que presidiu a comemoração, o economistachefe da CNC, Carlos Tadeu de Freitas Gomes; o presidente Aldo Gonçalves, do CDLRio, e o economista Gustavo Loyola.

P

ara marcar o aniversário de 60 anos de sua fundação, o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio promoveu, no dia 23 de novembro passado, uma palestra com o economista e ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola, que reuniu empresários, lideranças da sociedade civil organizada, colaboradores e amigos da entidade. O Presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, abriu o evento agradecendo a presença dos convidados e, em especial, a do economista-chefe da CNC, Carlos Tadeu de Freitas Gomes, que representou o Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e

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Turismo (CNC), Antonio de Oliveira Santos, por ter cedido o auditório da entidade para a solenidade. Em breve saudação, ele destacou a criação do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC, que deu origem ao Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1955, lembrando também a atuação dos dirigentes que o antecederam, como o empresário Sylvio Cunha. Ao comentar a trajetória vitoriosa do CDLRio ao longo de seis décadas, Aldo Gonçalves ressaltou o trabalho que tem sido realizado no sentido de fortalecer a entidade como uma das principais vozes do comércio varejista. “O CDLRio tem compromisso com

o futuro. Temos consciência de nossa imensa responsabilidade social e do nosso papel em prol do desenvolvimento do empresariado nacional”, afirmou Aldo Gonçalves. A palestra e o coquetel em comemoração aos 60 anos do CDLRio reuniram lideranças empresariais, representantes das Forças Armadas, jornalistas, amigos e colaboradores da entidade. Perspectivas para 2016 Na palestra que abriu a comemoração dos 60 anos do CDLRio, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, traçou um panorama sobre a atual conjuntura política e econômica brasileira, comentando as perspecti-


COMEMORAÇÃO

O presidente do Sescon, Lucio da Cunha Fernandes (ao centro da foto), entregou ao presidente, Aldo Gonçalves, placa em homenagem das empresas de Contabilidade ao CDLRio. Ao lado direito o diretor do Sescon, Helio Cesar Domin Junior.

vas para os próximos anos e os desafios que devem ser enfrentados no período. Loyola analisou também o cenário internacional, abordando os resultados recentes e projeções de crescimento dos Estados Unidos, de países da Zona do Euro e da China. Ele descartou a possibilidade de impeachment da Presidente Dilma e afirmou que manter o Ministro da Fazenda Joaquim Levy é extremamente necessário para a recuperação da economia e a manutenção do grau de investimento. “A nossa economia é de recessão com inflação. Estamos pagando pelos erros da política econômica do primeiro mandato da Presidente Dilma. O desemprego aumenta e a renda real cai. É fundamental a busca de um ajuste fiscal para abrir a perspectiva de melhorias para 2016, ainda que tímidas”, explicou. Loyola também comparou a economia brasileira às de outros países da América Latina, mostrando que os problemas financeiros pelos

quais passa o País decorrem, principalmente, das decisões erradas do Poder Executivo na condução da economia. Sobre os Estados Unidos, Loyola disse que, mesmo com a revisão da economia e o declínio do PIB no 1º trimestre, o cenário é positivo para a economia americana. Ele lembrou que a Europa também cresceu, porém de maneira mais modesta que nos

EUA. Já a China, por sua vez, frisou, está passando por reformas estruturais e reequilíbrio econômico. Para ele, o cenário externo é mais desafiador que no início do ano 2000, seja pelo aumento de juros dos EUA ou pelo reequilíbrio da economia chinesa. “Não é um cenário de crise ou desfavorável ao Brasil. A situação do nosso país vai depender mais de forças internas do que externas”, ressaltou. De acordo com as projeções feitas pelo ex-presidente do Banco Central, o PIB, por exemplo, deve fechar 2015 em - 1,4%. Já para 2016, a previsão é de aumento de 1% no PIB e para 2017 e 2018, de 1,5%. “O Brasil está passando por um processo de ajuste. Temos um governo com baixa popularidade e sem capacidade de mudanças estruturais. Estamos evitando cair no precipício. Por isso, não esperamos uma mudança radical ou transformadora na política econômica nos próximos anos”, disse Gustavo Loyola, acrescentando que a recuperação da economia brasileira será lenta, mas sem reformas estruturais.

Aspecto do plenário da CNC, durante a comemoração dos 60 anos do CDLRio

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EMPREENDEDORISMO

Negócios em Família – Governança Corporativa Belmiro Marinho - Consultor Sênior da Keyplan Consultoria

A

roda do tempo gira, e eras vêm e vão, deixando me mórias, aprendizados e recordações naqueles que vivenciaram o nascimento e o crescimento de seus negócios em família. Conscientes de que, o girar da roda dos tempos não tem início nem fim e sua única referência é sua trajetória envolvendo protagonistas e coadjuvantes, só lhes resta enfrentar o seu maior desafio: o novo ciclo do capitalismo empresarial, processo que afeta diretamente as empresas de controle e gestão familiar, particularmente quando o empreendedor se depara com o processo de sucessão. O fato é que o empresário líder de empresa familiar necessita de preparar-se para esta nova fase, o que de modo algum tira o mérito do seu sucesso à frente de seu negócio. O importante é estar preparado para o que der e vier. O empresário empreendedor é um homem de três escolhas: uma delas é a da economia, cujo interesse é o resultado econômico da empresa. A outra é aquela voltada ao poder, ao crescimento, ao Market Share etc. E a terceira é o exemplo afetivo do pai que procura ajudar de todas as maneiras seus filhos, mesmo aqueles que não se interessam em ser ajudados. Esses são herdeiros receptores gratuitos de todos os bens que a vida oferece. Fácil percebê-los; são gastadores inconsequentes. Imediatistas, desejam que tudo aconteça de forma rápida a seu favor, são especialistas em reclamar. Eles

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julgam que tudo implica em ganhos. Por outro lado, sucessores sabem que em toda escolha existe risco. Eles têm consciência de que às vezes é preciso trabalhar intensamente e até mesmo perder o trivial para conquistar o essencial para a empresa. Trabalham o futuro com os pés no presente, usando o passado como referência e tendência. Em um determinado momento, a empresa familiar se depara com a tríplice coincidência de circunstâncias adversas: a maturidade do negócio, o declínio eventual e diretivo da organização e a perspectiva de vida do fundador. No primeiro raciocínio, as vendas que garantiram bons resultados para a empresa no início de sua existência entram em queda por vários motivos: fala-se muito sobre planejamento e sabe-se pouco sobre execução. Criar uma estratégia é fácil, o papel aceita qualquer coisa. O difícil é executá-la. O desafio está em saber e decidir o que fazer e onde a empresa irá colocar suas apostas. Logo se observa que não há condições para cooperação máxima. Mesmo os que querem não sabem como fazer. A sinergia fica prejudicada em razão de a empresa não ter uma equipe, e sim um ajuntamento de pessoas. Com efeito, recursos, energia e oportunidades vão pelo ralo abaixo. No segundo, a empresa se torna lenta e resistente a mudanças. A direção envelhece e já não tem atitude vencedora e

Sucessores sabem que em toda escolha existe risco. Eles têm consciência de que às vezes é preciso trabalhar intensamente e até mesmo perder o trivial para conquistar o essencial para a empresa

não aceita mudar. Sem dúvida alguma, é insanidade continuar fazendo a mesma coisa e esperar um resultado diferente. Falta ao empreendedor perspectiva visionária e estratégica quanto ao que ele busca construir. Não há uma leitura cuidadosa dos fatos e acontecimentos que permita acompanhar passo a passo as atividades, o foco e o propósito da empresa. E, por último, o fundador já não é o mesmo: falta clareza quanto ao que ele deseja fazer. Todos sabem que não foi a sorte que o levou, como uma pessoa comum, a fazer por sua empresa coisas extraordinariamente incomuns e a conquistar o patrimônio que tem hoje.


EMPREENDEDORISMO

A melhor decisão é compreender que já não pode tocar a empresa como tocava antes e é chegado o momento de pensar na escolha de seu sucessor. Quem não se reinventa é empurrado pela vida, e não o condutor dela. Quem não se reinventa e não pede ajuda é um barco sem leme, sem bússola e sem destino certo. Quando o empresário se vê impactado pela ideia de deixar o cargo nas mãos do seu sucessor, fica arrepiado e na sua cabeça começa a passar um filme questionando que não há sentido em mudar, porque ninguém faz ou fará nada melhor que ele. Neste momento, ele se torna refém dos seus próprios conflitos. Ele acha que vai morrer e a sua empresa ficará a deriva, poderia declinar eventualmente, e ele não estaria lá para reconduzi-la ao caminho do sucesso. Ele faz e fará tudo para bloquear qualquer tentativa de implantar um processo de transição. A roda do tempo implacável prediz que a sucessão é o momento final de suas responsabilidades para com os negócios de sua empresa e o seu planejamento, significa o início de sua retirada do negócio, fato que desagrada a todos os envolvidos

operacionalmente na empresa. A empresa familiar tem algumas variáveis pela frente ao lidar com a questão sucessória e os conflitos envolvidos. Neste caso especifico, existe a alternância das divergências e separações, mais conhecidas como conflitos entre herdeiros, sucessores e suas famílias. Ser ou não ser, eis a questão. Sem que as empresas familiares formem sucessores criativos, arrojados, estrategistas que pensem, executem e vivam sob a lei do maior esforço, as empresas viverão em agonia e decadên-

cia. Sucessores, o nome deles é trabalho e o sobrenome é muito. Em geral, fazem muito do pouco enquanto herdeiros, a tendência é fazer pouco do muito. O problema é que todos enxergam a empresa a seu modo e interesse, e essas posições são cheias de pré-requisitos: em geral, complexo e muito confuso. Neste caso, não se pode aceitar uma posição que não seja a mais profissional possível aliada a uma proposição de valor inquestionável que vislumbre um bom desempenho organizacional e mercadológico.

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CONTACT CENTER

Um ano positivo para o Ivar Contact Center O número de clientes cresceu aproximadamente 40% e os de produtos e serviços oferecidos aumentou 60% em comparação ao ano passado.

N

o mundo globalizado, de concorrência cada vez mais acirrada, a internet e os programas que facilitam o contato instantâneo com o cliente, até por meio do seu próprio celular, assumem a cada hora, a cada minuto, proporções cada vez maiores no ciclo dos negócios. E o comércio, que se moderniza em uma velocidade impressionante, tem nas novas tecnologias um parceiro vital para o desenvolvimento e o aumento das vendas, da fidelização e prospecção de clientes, além de proporcionar facilidades no contato permanente com o consumidor. O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio, entidade com mais de 60 anos de bons serviços prestados ao comércio, que conhece como nenhuma outra entidade as necessidades do lojista, apostou desde cedo nessas novas ferramentas de comunicação com o cliente como elo entre a sua experiência e o desenvolvimento do setor. Foi com essa visão que criou o IVAR Contact Center, que oferece uma gama de produtos e serviços ao mercado varejista e a outros setores de atividade. E ao longo dos anos vem estimulando os lojistas a utilizarem essas novas tecnologias, constatando, hoje ,que a grande maioria dos empresários de micro e pequenas empresas estão investindo em programas mais ágeis de se relacionar com os seus clientes, parceiros e fornecedo-

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res, principalmente em aplicativos de mensagens instantâneas no celular. Nesta reportagem, a Revista Empresário Lojista faz um balanço do que foi o ano de 2015 para o IVAR Contact Center e mostra a importância do segmento de call center no País, cujo faturamento do setor já alcança a cifra de R$ 21 bilhões por ano, registrando um crescimento anual de 8%. BOM DESEMPENHO A despeito da situação adversa que o país atravessa, que inibe investimentos e reflete negativamente no desempenho dos setores produtivos da economia, principalmente sobre o comércio e a indústria, 2015 está sendo

um bom ano para o IVAR Contact Center: o número de novos clientes cresceu aproximadamente 40% e o de novos produtos e serviços oferecidos aumentou 60% em comparação ao ano passado. De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, todo esse crescimento é fruto do trabalho de uma equipe consciente, dedicada e, acima de tudo, profissional, que sabe a importância da sua atuação e gosta do que faz. “Esse desempenho tem que ser destacado, pois o IVAR Contact Center iniciou 2015, com a metade da sua capacidade física ocupada. E, ao longo do ano, conseguimos dobrar quantita-


CONTACT CENTER tivamente as nossas posições de atendimento e também atingimos a meta de 100% de ocupação. Para isso expandimos as nossas operações, aumentamos o quadro de técnicos para garantir um suporte melhor aos nossos clientes, além de investirmos em tecnologia, operadoras de telefonia, sistemas de computação e equipamentos”, diz Aldo Gonçalves. NOVOS CLIENTES Além dos clientes tradicionais como a Light, NET, Leader Magazine, Acredit (Grupo Nalim), o IVAR Contact Center fez trabalhos pontuais para a Honda, Curso Clio (preparação para o Itamarati), Ortopride, Centralcard, Previsão Seguros, Embratel, Oi, Previ, Ceg, Supermercados Extra, Médicos Sem Fronteira, Xerox do Brasil, Gerp (Instituto de Pesquisas), Casa & Vídeo, Tele-Rio, Banco Cruzeiro do Sul, BMG, Caçula, Capemisa, Faculdade Celso Lisboa, Colégio QI, Faculdade Hélio Alonso, Faculdade La Salle, On Bus, pesquisa para eleição de Presidente do Clube de Regatas Flamengo, Prophilaxis e Tókio Marine Seguros. Agregou a sua carteira novas operações para a Sempre Odonto (Grupo da área dental; atuando de forma receptiva no atendimento a clientes e a dentistas e futuramente também de forma ativa, na prospecção de novos clientes); Comtex (Parceria com Rio Imagem, TIH, e Pet); Ókulos (Empresa de venda de óculos, através da Internet); Hermes (Vendas por reembolso postal, em fase de implantação); e BRR (Banco, atuando na cobrança, que está em fase de finalização de implantação). Por conta das novas opera-

ções, o IVAR Contact Center passou a atuar em quatro turnos/dia (24 horas ininterruptas, sete dias por semana). PRODUTOS E SERVIÇOS O ano também foi muito produtivo no lançamento e desenvolvimento de novos serviços, tais como: Torpedos (SMS) - mensagens escritas. Com este serviço, o IVAR Contact Center cresceu bastante tanto no número de novos clientes quanto nas quantidades de mensagens enviadas para as empresas Blessed, De Millus, Fagga Eventos, Líder Seguradora, Clube das Flores e Impecável. Outro produto que vem obtendo grande receptividade é o Torpedo com saída em texto, que chega ao cliente como voz. O serviço de E-mail Marketing vem ganhando cada vez mais adeptos, além da Ura Digital (Unidade de Resposta Audível), com mensagens gravadas e encaminhadas para o telefone do cliente. Na área de Recursos Humanos, o IVAR Contact Center fez parcerias com agências especializadas em mão de obra específica, para melhorar o desempenho e, na Área Motivacional, criou campanhas pontuais, que estimulam os colaboradores a se comprometerem com suas metas, diminuindo o absenteísmo e os atrasos, que são fatores de grande importância no funcionamento de um setor de contact center. Ao longo desse ano, o IVAR Contact Center vem participando de diversas concorrências públicas e privadas.

SOLUÇÕES INTELIGENTES Segundo informações do SEBRAE, os call centers representam um importante segmento empresarial no país e o faturamento do setor já alcança a cifra de R$ 21 bilhões por ano, registrando um crescimento anual de 8%. São números impressionantes que mostram a força de um serviço que veio para ficar e se desenvolver cada vez mais, atuando nos mais diversos setores, entre eles na venda de produtos, pesquisa de mercado, cobrança de inadimplentes, atualização de cadastro, confirmação de presença em eventos, agendamento de visitas técnicas e atendimento às sugestões, reclamações e demandas de clientes. Trata-se de um importante canal de contato com os clientes e fornecedores, capaz de alavancar a imagem de uma organização.

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MODA

Fashion Business retorna e dribla crise

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riada no início dos anos 2000 para movimentar o mercado de moda no Rio de Janeiro, a Fashion Business foi retomada, agora, em 2015, após dois anos de ausência e disposta a driblar a crise. A Feira, realizada em outubro, focou na edição de outono/inverno 2016 e contou com a participação de 50 marcas com atuação no estado do Rio. Segundo a diretora do evento, Eloysa Simão, também participaram 260 lojistas do País, além de cinco mil visitantes. “O resultado foi surpreendente, algumas empresas conseguiram superar as metas de vendas e consideraram a Feira muito

boa”, disse. “Neste ano, discutimos a questão do varejo atual, indo além das coleções, falando sobre gestão, novos formatos de trabalho e plataformas de venda”, afirmou. Reconhecida como pioneira entre os eventos focados em negócios no segmento de moda, a Fashion Business Rio possibilitou a união entre diversas etapas da cadeia produtiva do ramo e movimentou cerca de R$ 25 milhões. Para o sócio-diretor da Afghan, Isio Feldman, eventos como este são importantes para o mercado do estado, pois há muitas marcas que necessitam de uma feira com bastante potencial de vendas.

“Faltam oportunidades de negócios com esta mesma vitalidade”, disse. “O Fashion Business sempre foi um evento à frente de seu tempo, iniciando discussões e incentivando novas possibilidades de relações comerciais. O Rio de Janeiro, para melhorar, é a cidade mais criativa do País. Queremos manter essa essência de novidade e da abertura para o novo”, completou a diretora da Feira. Em paralelo, foi realizado o Festival Salão Bossa-Nova / Seminário de Moda, Design e Gastronomia, com palestras com grandes nomes do mercado para indústria, lojistas e estudantes.

Deputado Tiago Mohamed visitou o SindilojasRio

A

companhando de seu assessor Thiago Barcellos, o deputado Tiago Mohamed, a convite do presidente Aldo Gonçalves, visitou o SindilojasRio no dia 17 de novembro. Na oportunidade de sua visita, o deputado estadual pelo PMDB conversou com os diretores e executivos sobre seus dois últimos projetos de lei relacionados com a atividade comercial. Seu objetivo foi o de conhecer o parecer do SindilojasRio sobre os dois projetos. O projeto de lei nº 968/2015 dispõe sobre a comercialização de produtos não disponíveis em estoque e dá outras providências.

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O outro projeto de lei, o de nº 969/2015, dispõe sobre a oferta e as formas de afixação de preços de produtos para o consumidor, ao determinar a inclusão da data de vencimento do produto no seu respectivo código de barras, utilizado na sua identificação nas gôndolas e nos caixas de pagamento nos estabelecimento comerciais. Ao final da visita, durante al-

moço, o presidente Aldo Gonçalves agradeceu a atenção do deputado, na foto à direita do presidente, em procurar saber a opinião do SindilojasRio em relação aos seus dois projetos.


MENSAGEM

Um Rio de oportunidades Q O Eduardo Paes Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro

Os investimentos que a Cidade recebe com as Olimpíadas trazem benefícios para todos e criam um ambiente favorável aos negócios

uando 2016 começar, entraremos em contagem regressiva para os Jogos Olímpicos. Faltarão 31 semanas para que o Rio de Janeiro se torne a primeira cidade da América do Sul a sediar o maior evento esportivo do planeta. É hora das entregas e mostrar que, com planejamento e dedicação, é possível vencer o desafio de realizar o maior evento esportivo do mundo. O legado olímpico poderá ser visto por toda a Cidade. Entregaremos um Rio integrado e com mais qualidade de vida para os cariocas. Na área de mobilidade, por exemplo, teremos 63% da população utilizando transporte de alta capacidade. Até o fim de 2016, serão 331 novas unidades pelo Programa Fábrica de Escolas. Com isso, alcançaremos a marca de 35% dos alunos da rede municipal estudando em tempo integral. Nos últimos anos, a população está tendo mais acesso à saúde. Hoje, o Rio conta com 77 Clínicas da Família. Já chegamos a quase 50% de cobertura, o que representa mais de três milhões de pessoas beneficiadas. A meta é atingir 70% no próximo ano. Um novo Rio ressurge por meio de parcerias com o setor privado. A revitalização da Região Portuária é um exemplo. Os cinco milhões de metros quadrados, antes degradados, agora trazem à tona um passado histórico e totalmente remodelado. Entregamos recentemente uma nova Praça Mauá e estamos concluindo o Museu do Amanhã e a Orla Prefeito Luiz Paulo Conde. Sem falar que em breve o Veículo Leve

sobre Trilhos encurtará distâncias e retomará um charme do passado aliado à tecnologia. Essas realizações não seriam possíveis sem uma gestão financeira eficiente. Somos o único município do País a manter o grau de investimento pela Standard&Poors. Desde o início, anunciamos que esses seriam os Jogos Olímpicos do legado e que não haveria elefantes brancos. Para cada R$ 1 destinado às instalações esportivas, outros R$ 5 são investidos em projetos de legado. É importante ressaltar que quase 60% do orçamento olímpico são de recursos privados, o que permitiu que projetos como o Parque Olímpico e a Vila dos Atletas fossem feitos com menor aporte de verba pública. Os investimentos que a Cidade recebe com as Olimpíadas trazem benefícios para todos e criam um ambiente favorável aos negócios. Em 2016, realizaremos conferências e rodadas de negócios que vão reforçar a imagem do Rio como marketplace internacional. O objetivo é reunir investidores, empreendedores, autoridades, agências reguladoras e acadêmicos para discutir o desenvolvimento de setores econômicos estratégicos para a cidade. A expectativa é atingir mais de 16 mil tomadores de decisão. Este é o Rio de oportunidades. Não tenho dúvidas de que vamos entregar as melhores Olimpíadas de todos os tempos e de que nosso povo terá cada dia mais orgulho de viver numa Cidade Maravilhosa e Olímpica.

Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015 | 23


Pergunte! Empresário Lojista Responde Os estabelecimentos podem funcionar dia 1º de janeiro? Não. Conforme cláusula 15ª da Convenção Coletiva para Trabalho aos domingos, os estabelecimentos não funcionarão no Dia de Ano Novo, sendo proibido o trabalho nesse dia, mas garantidos os salários de seus empregados para todos os efeitos legais, inclusive repouso semanal remunerado. Como o empregador deve proceder quando o contrato de experiência de um empregado termina em um dia que não haja expediente? O término do contrato de experiência em dia que não há expediente deve ser pré-avisado ao empregado no último dia trabalhado e já comunicado, que deverá comparecer no primeiro dia útil ao término, no departamento pessoal da empresa para recebimento das verbas rescisórias e baixa em sua CTPS. O empregado pode sofrer desconto em seu salário em virtude de ter chegado atrasado no serviço cinco minutos? Não. O art. 58. § 1º da CLT dispõe que não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Esse tempo de24 | Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015

Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao SindilojasRio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias pelo tel. 2217-5000, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, e suas respostas.

ve ser entendido como de tolerância, e não regra geral. O atraso em referência não pode, por exemplo, ser exercido todos os dias ou na maioria dos dias da semana pelo empregado. Até quando deve ser realizado o exame médico demissional? O exame médico demissional será obrigatoriamente realizado até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de: 135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR 4; 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR 4. O empregado que sofre acidente do trabalho, não se afastando em benefício pelo INSS, tem direito a estabilidade? Não. O empregado que sofrer acidente do trabalho tem garantida a manutenção do seu contrato na empresa, pelo prazo, mínimo, de 12 meses, após a cessação do auxílio-doença acidentário. A estabilidade não alcança os empregados que se acidentaram, mas não entraram em gozo de benefício, vindo a se recuperar no período em que perceberam remuneração da empresa (primeiros 15 dias consecutivos de afastamento). A quem compete o pagamento do salário-família quando o empregado estiver em gozo de auxílio-doença? O salário-família será pago mensalmen-

te pelo INSS ao empregado e trabalhador avulso em gozo de auxílio-doença, juntamente com o benefício. O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago pela empresa ou pelo sindicato, conforme o caso, e o do mês da cessação do benefício pelo INSS. O décimo terceiro salário referente ao período da licença-maternidade pode ser deduzido na Guia da Previdência Social (GPS)? Sim. O décimo terceiro salário correspondente ao período da licença-maternidade, pago pela empresa, poderá ser deduzido quando do pagamento das contribuições sociais previdenciárias devidas, exceto das contribuições destinadas a outras entidades ou fundos. As férias podem iniciar aos domingos? Não. Conforme Precedente Normativo nº 100 do TST, as férias, coletivas ou individuais, não poderão coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal. Com o advento da Lei Complementar 150/15, até quando o empregador doméstico pode efetuar o pagamento do salário do empregado doméstico? Conforme art. 35 da referida Lei, o empregador doméstico é obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado doméstico e a arrecadar e a recolher as contribuições, os depósitos e o imposto a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência.


Preço Diferenciado – à vista x cartão – Impossibilidade Alexandre Lima

Advogado do CDLRio

A

Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu recentemente que é prática abusiva dar desconto para pagamento em dinheiro ou cheque e cobrar preço diferente para pagamento com cartão de crédito pelo mesmo produto ou serviço. “Se pagar em dinheiro tem desconto?” A pergunta usualmente feita por consumidores, tem resposta a partir de agora: “Não”. O relator do recurso, ministro Humberto Martins, afirmou em seu voto que o estabelecimento comercial tem a garantia do pagamento efetuado pelo consumidor com cartão de crédito, pois a administradora assume inteiramente a responsabilidade pelos riscos da venda. Uma vez autorizada a transação, o consu-

O desconto é dado para facilitar ao consumidor

midor recebe quitação total do fornecedor e deixa de ter qualquer obrigação perante ele. Por essa razão, a compra com cartão é considerada modalidade de pagamento à vista. O ministro destacou que o artigo 36, X e XI, da Lei 12.529/2011, que estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, considera infração à ordem econômica a discriminação de adquirentes de bens ou

serviços mediante imposição diferenciada de preços, bem como a recusa à venda de produtos em condições de pagamento corriqueiras no comércio. Esqueceu-se o Ministro de que o desconto é dado para facilitar ao consumidor, pois este é o beneficiário da redução do preço, já que o comerciante embute no preço a taxa cobrada pela empresa de cartão. Há projeto de lei tramitando no Senado Federal com aprovação em uma das Comissões. Na Câmara de Deputados há manifesto contrário à proposta do Senado sob o argumento de que não há garantia de que o preço baixaria com a autorização de diferenciação. Enquanto o projeto não é aprovado, a prática diferenciada é abusiva.

Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015 | 25


Legislação em vigor FEDERAL Lei nº 13.175, de 21 de outubro de 2015 (DOU de 22.10.2015). AFIXAÇÃO DE PREÇOS – INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR Acrescenta art. 2º-A à Lei nº 10.962, de 11 de outubro de 2004, que dispõe sobre a oferta e as formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor, para obrigar a informação do preço por unidade de medida na comercialização de produtos fracionados em pequenas quantidades. Lei nº 13.183, de 4 de novembro de 2015 (DOU de 05/11/2015). Previdenciária - Opção pela fórmula 85/95, na concessão da aposentadoria por tempo de contribuição, agora é definitiva. A lei em referência, entre outras providências, determinou que o (a) segurado (a) da Previdência Social que preencher os requisitos para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não aplicação do fator previdenciário. Ato Decl. Interpretativo RFB nº 8, de 16 de novembro de 2015 (DOU 17/11/2015). Cofins/PIS-Pasep - Estabeleceu que, para fins de aplicação da alíquota zero da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, incidentes sobre as receitas financeiras decorrentes de variações monetárias, em função da taxa de câmbio, de operações de exportação de bens e serviços para o exterior. 26 | Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015

O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado e da Cidade do Rio de Janeiro. Os textos das legislações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio pelo telefone 2506-1234.

Inst. Norm. DREI nº 32 de 25/11/2015 (DOU de 26.11.2015). Legislação Societária - Disciplinada a abertura de empresário individual, Eireli ou sociedade limitada na Junta Comercial pelo sistema de Registro e Licenciamento de Empresas. Altera a Instrução Normativa nº 12, de 5 de dezembro de 2013, publicada no DOU de 6 de dezembro de 2013, para acrescentar as Seções I e II ao Capítulo XI - DO SISTEMA DE REGISTRO E LICENCIAMENTO DE EMPRESAS - RLE.

as empresas de segurança privada a acionarem de imediato a polícia assim que for detectada uma emergência por seus clientes.

Lei nº 13.189, de 19 de novembro de 2015 (DOU de 20.11.2015). Trabalhista - Convertida em lei a medida provisória que instituiu o Programa de Proteção ao Emprego– PPE. Por meio da norma em referência, foi convertida em lei, com alterações, a Medida Provisória nº 680/2015, que instituiu o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Podem aderir ao PPE as empresas de todos os setores em situação de dificuldade.

Dec. nº 40.772 de 20 de outubro de 2015 (DOM de 21.10.2015). BUC – INTEGRAÇÃO TREM-ÔNIBUS - Dispõe sobre a integração do Serviço Público de Transporte de Passageiros por ônibus SPPO-RJ com o Serviço de Transporte Ferroviário através do Bilhete Único Carioca - BUC e dá outras providências.

ESTADUAL Dec. n° 45.411 de 16 de outubro de 2015 (DOE de 19.10.2015). ABERTURA DE EMPRESAS – DESBUROCRATIZAÇÃO - Adota medidas de desburocratização no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Lei nº 7.082 de 15 de outubro de 2015 (DOE de 16.10.2016). SEGURANÇA PRIVADA - Que altera os dispositivos da Lei n° 4.511, de 13.01.2005, que obriga

Lei nº 7090 de 22 de outubro de 2015 (DOE de 23.10.2013). COMÉRCIO COMPRA COLETIVA Altera a Lei n° 6.161/2012, que estabelece parâmetros para o comércio coletivo de produtos e serviços através de sítios eletrônicos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. MUNICIPAL

Port. F/SUBTF/CIS Nº 232 de 28 de outubro de 2015 (DOM de 29.10.2015). CERTIDÃO SITUAÇÃO FISCAL - Estabelece os documentos necessários para os procedimentos de concessão de certidões de situação fiscal e de baixa de inscrição. Res. SMF nº 2.878 de 26 de outubro de 2015 (DOM de 27.10.2015). CERTIDÕES FISCAIS – ISS - Altera a Resolução SMF nº 1.897, de 23 de dezembro de 2003, que disciplina a emissão de certidões fiscais relativas ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.


PESQUISA Vendas do comércio do Rio Comércio teve em outubro o menor crescimento dos últimos doze anos.

R

esultado foi prejudicado pelo desempenho negativo das lojas do Centro da cidade, que registraram menos 12,2% nas vendas do Ramo Mole. No menor desempenho do mês de outubro dos últimos doze anos, as vendas do comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro diminuíram 4,2%, em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que ouviu cerca de 750 estabelecimentos comerciais. No acumulado dos dez meses de 2015 (janeiro/outubro), houve uma queda de 1,3%, em comparação com o mesmo período de 2014. A pesquisa mostra que os indicadores do mês de outubro foram afetados pelo desempenho negativo das vendas do comércio varejista especializado nos segmentos de Confecções (-4,6%), Calçados (-9%), Tecidos (-10,1%), Eletrodomésticos (-3,8%), Joias (-7,3%) e Óticas

(-5,7%). O setor de Móveis com mais 1,3% foi o único a registrar resultado positivo. O presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, disse que devido a série de obras e a mudanças de trânsito, o resultado de outubro foi prejudicado pelo desempenho das lojas do Centro da cidade, que registraram queda nas vendas de 12,2% nos produtos do Ramo Mole (bens não duráveis) e 5,2% no Ramo Duro (bens duráveis). “Mas o fraco desempenho das vendas no Dia das Crianças foi determinante para o resultado de outubro”, concluiu. Segundo a pesquisa, o Ramo Mole (não duráveis) teve uma performance pior do que a do Ramo

Duro (bens duráveis): -5,9% contra -3,7%. Quanto à forma de pagamento, a venda a prazo foi a preferida pelos clientes: -3,3% contra -4,8% da venda à vista. Em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, a pesquisa mostrou que, no Ramo Mole, as lojas do Centro registraram índices negativos de 12,2%, as da Zona Norte menos 7,5% e as da Zona Sul menos 0,1%. Já no Ramo Duro, as lojas do Centro venderam menos 5,2%, as da Zona Norte menos 4,2% e as da Zona Sul menos 1,6%.

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Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015 | 27


PESQUISA

Movimento de cheque

S

egundo o registro de cadastro do LIGCheque do CDLRio, em outubro, em relação ao mesmo mês de 2014, a inadimplência cresceu 1,2% e as consultas e as dívidas quitadas diminuíram, respectivamente, 6,5% e 0,1%. Comparando-se outubro com o mês anterior (setembro), a inadimplência diminuiu 0,7% e as dívidas quitadas e as consultas cresceram, respectivamente, 8,1% e 6,9%. No acumulado dos dez meses do ano (janeiro/outubro), em relação ao mesmo período do ano passado, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 1% e 0,7% e as consultas caíram 5,2%.

TERMÔMETRO

DE VENDAS

Caso sua empresa se interesse em participar desta estatística, contate o Centro de Estudos do CDLRio pelo telefone: (21) 2506-1234 ou e-mail: estudos@cdlrio.com.br

28 | Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015


PESQUISA

Movimento de SCPC Inadimplência no comércio aumentou 1,6% em outubro. No acumulado dos dez meses do ano a inadimplência cresceu 0,5%.

A

inadimplência no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro cresceu 1,6% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio. As dívidas quitadas, item que mostra o número de consumidores que colocaram suas contas em dia, e as consultas, item que indica o movimento do comércio, diminuíram, respectivamente, 0,5% e 3,3%, também em relação a outubro de 2014. Ao comparar o mês de outubro ao mês anterior (setembro), os registros do CDLRio mostram que a inadimplência e as consultas cresceram, respectivamente, 8,3% e 1,2% e as dívidas quitadas diminuíram 0,5%. No acumulado dos dez meses do ano (janeiro/outubro), em comparação com o mesmo período de 2014, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 0,5% e 1,2% e as consultas diminuíram 1,9%.

Pesquisas & Análises Acompanhe em nosso site todo o comportamento do comércio do Rio de Janeiro. www.cdlrio.com.br Centro de Estudos do CDLRio Telefone: (21) 2506-1234 e-mail: estudos@cdlrio.com.br

Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015 | 29


OBRIGAÇÕES DEZEMBRO DE 2015 1 DCT – Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.

7 ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Decreto

nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior. FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior. CAGED – Cadastro de Empregados: Remeter via Internet através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários, ocorridos no mês anterior.

10 IR/FONTE – Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior.

ISS – Recolhimento do imposto: o prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: o recolhimento do imposto relativo às NFS-e deve ser realizado até o dia 10 do mês seguinte à emissão. ICMS – Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

15 PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de

NOVEMBRO/2015 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL )).

18 SUPERSIMPLES / SIMPLES NACIONAL – Pagamento do DAS referente ao período de apuração do

mês anterior (NOVEMBRO/2015). INSS – Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publicada do D.O.U em 17/11/08). DCTF – Mensal – Deverão apresentar as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime, mesmo que estejam sujeitas ao pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) nos termos dos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

24 COFINS – Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tributadas no

lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25, pela Medida Provisória nº 447, publicada no D.O.U em 17/11/08). COFINS – Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada no D.O.U em 17/11/08). PIS – Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada no D.O.U em 17/11/08).

31 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS – Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos

empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação. PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 1ª quinzena do mês de DEZEMBRO/2015 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)). IR/PJ – Empresas devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

30 | Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015


OBRIGAÇÕES

PISOS SALARIAIS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO A PARTIR DE 01/05/2015

PLANO SIMPLIFICADO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (PSPS)

1ª Faixa (empacotador, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de escritório, estoquista, repositor, auxiliar de depósito)

R$ 965,00

2ª Faixa (vendedor, balconista, operador de caixa e pessoal escritório)

R$ 976,00

Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2015.

Operador de Telemarketing (telefonia e similar)

R$ 981,00

Comissionistas (puros e mistos)

R$ 1.062,00

Contrato de Experiência (máximo 90 dias)

R$ 791,00

Salários até R$ 4.700,00: A partir de 1º de maio de 2015, reajuste de 8,34% sobre os salários de 1º de maio de 2014; Salários superiores a R$ 4.700,00, o excedente será objeto de livre negociação entre empregadores e empregados; Para os empregados admitidos após 1º de maio de 2014, o reajuste de salários será proporcional aos meses trabalhados (em duodécimos).

IRRF - ALÍQUOTA DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015: Base de cálculo mensal em (R$) Até R$ 1.903,98

Alíquota %

Parcela a deduzir do imposto em (R$)

-

Isento

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Salário de contribuição (R$)

5%*

788,00 (valor mínimo)

11%**

de 788,00 (valor mínimo) até 4.663,75 (valor máximo)

20%

*Alíquota exclusiva do Microempreendedor Individual e do segurado Facultativo Baixa Renda que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência – Lei 12.470 de 31 de agosto de 2011 – DOU de 01/09/11. **Plano Simplificado – Lei complementar 123 de 14/12/2006.

GIA / ICMS - 12/2015 Último nº da raiz do CNPJ do estabelecimento

Referente ao mês 11/15

1

11/12

2, 3 e 4

14/12

5

15/12

De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65

7,5%

142,80

6

16/12

De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05

15,0%

354,80

7

17/12

De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68

22,5%

636,13

8

18/12

9e0

21/12

Acima de R$ 4.664,68

27,5%

869,36

INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL Segurados, empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos. Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2015. Salário de contribuição (R$)

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até R$ 1.399,12

8%

De R$ 1.399,13 a R$ 2.331,88

9%

De R$ 2.331,89 até R$ 4.663,75

11%

SALÁRIO-FAMÍLIA A PARTIR DE 01/01/2015 Remuneração

Valor da Quota (R$)

Até R$ 725,02

R$ 37,18

De R$ 725,03 até R$ 1.089,72

R$ 26,20

Acima de R$ 1.089,72

Sem direito

A partir de 01.01.2015, conforme Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 09 de Janeiro de 2015, publicada no DOU de 12/01/2015, passa a valer tabela acima, conforme o limite para concessão da quota do SalárioFamília por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos, ou invalidado com qualquer idade. A Previdência Social reembolsa as empresas.

Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 9 de janeiro de 2015, publicada no DOU de 12/01/2015.

Observação. Em virtude de tabelas como a do Imposto de Renda e a da Previdência Social para 2016 só se tornarem públicas no final de dezembro de 2015, estamos publicando as tabelas de 2015 nesta edição de dezembro. No portal do SindilojasRio (www.sindilojasrio.com.br) daremos publicação tão logo as tabelas para o próximo ano sejam conhecidas.

Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015 | 31


Opinião

Opinião do cliente: o poderoso veículo de propaganda Lúcio Ricardo Assessor de imprensa do CDLRio

O

prezado leitor certamente conhece ou já ouviu falar de casos de lojas - grandes, médias e pequenas - que acabaram fechando as suas portas apesar de oferecerem bons produtos a preços justos e atendimento de qualidade, mas que não conseguiram manter e/ou conquistar novos clientes. Quando demoram muito para identificar o erro, quase sempre é tarde demais. Não há mais jeito. Para especialistas e experientes comerciantes a razão do fracasso dessas empresas estava numa palavra de apenas 11 letras, mas que tem uma enorme importância no mundo dos negócios: comunicação. Estudos mostram que a maioria delas se relacionava mal com os seus clientes e pouco se interessava em conhecer o que eles pensavam sobre a empresa e os seus produtos e se queriam algo além do que estava exposto nas vitrines e nas prateleiras. Descobriram tarde demais que existem vários setores de negócios que dependem fundamentalmente da opinião dos clientes para a sua expansão e sua sobrevivência. Por exemplo, uma peça de teatro por melhor que seja não ficará muito tem-

32 | Revista Empresário Lojista | Dezembro 2015

po em cartaz se aquele público que assistiu às primeiras apresentações não sair com uma boa opinião sobre ela. Assim também acontece com um filme. Com uma loja comercial não é diferente: se os consumidores não tiverem uma boa impressão dela, saírem falando mal do atendimento ou do produto adquirido, em pouco tempo, isso refletirá nas vendas. E para que eles se sintam satisfeitos, voltem a comprar, é preciso não apenas manter um bom padrão de qualidade de atendimento e dos produtos oferecidos a um preço justo, mas também se comunicar bem com eles, conhecer os seus desejos. Não podem acreditar que somente a propaganda institucional pode resolver todos os problemas deles. Não é bem assim. Ela não faz tudo. Vejam só: quem vende serviços sabe que nunca pode se considerar realizado com a venda de apenas um produto. Na verdade, a sobrevivência de um negócio depende de vendas repetidas, ou seja, de pessoas que compram mais de uma vez e recomendam a loja para outras pessoas. Por isso, segundo especialistas, cada venda não representa um produto entregue, mas

uma amostra que vai lhes dizer se continuam ou não comprando naquela loja. Pesquisa recente realizada pela Nielsen mostra que mesmo com os comerciais e os anúncios publicitários cada vez mais criativos, o “boca a boca” ainda é o meio de divulgação mais confiável para o cliente. O estudo ressaltou que 92% dos consumidores mundiais declararam que confiam mais nas mídias conquistadas, entre elas a opinião do cliente, acima de todas as outras formas de propaganda. “A história mostra que a mais antiga forma de se comunicar que existe e, que continua sendo a mais eficaz, é a propaganda que é feita de graça, por clientes satisfeitos com o produto que adquiriram. Quando descobrem algo que lhes traz satisfação, sentem um desejo irresistível de contar a outros. Seja um restaurante onde a comida é boa, uma loja de qualidade que vende bons produtos, um bom hotel para se hospedar ou um lugar onde passear.” A verdade é que a opinião do cliente é o veículo de propaganda mais poderoso que se conhece. E o melhor de tudo: é de graça.


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ANO LXXXI N°889 Jan/Fev 2014 PUBLICAÇÃO MENSAL DO SINDILOJAS-RIO E DO CDLRIO

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