Revista O Lojista setembro/outubro 2018

Page 1



Mensagem do Presidente Aldo Gonçalves Presidente do SindilojasRio e do CDLRio

Otimista por natureza – e não poderia ser diferente –, o comércio sonha mais uma vez com um Papai Noel generoso, com farta distribuição de presentes. Esse é o mundo ideal. Com esta esperança, o Natal deveria fazer não apenas a alegria das crianças e das famílias, mas também dos comerciantes. Para estes, o melhor presente viria com o retorno dos investimentos feitos para as festas de fim de ano e, especialmente, na certeza de que valeu a pena investir no treinamento do pessoal, com vistas ao atendimento de qualidade a um consumidor cada vez mais exigente.

de um país influenciam diretamente o mercado, já que o estado geral da economia afeta o comportamento individual do consumidor, ao determinar sua disposição de compra. E como estímulo ao seu comportamento destacam-se os níveis de emprego, salário e a disponibilidade de crédito para consumo, bem como a oferta de produtos. Isso influi na redução ou na expansão do poder de compra das famílias, assim como na disposição de consumir, a partir do otimismo ou do pessimismo, levando as pessoas a fazer ou a adiar as compras.

Afinal, a maior data comemorativa do consumo mundial responde, no Brasil, por um quarto do faturamento do comércio no ano inteiro. Bom para os lojistas, ótimo para a cidade e para o estado, que arrecadam mais impostos, e, também, para os comerciários que ganham mais comissões sobre as vendas.

Na verdade, o bom desempenho da economia propicia o clima de otimismo que viabiliza as compras e encoraja os investimentos. É, portanto, o ambiente econômico que dita o comportamento do consumidor. É a economia em desenvolvimento harmonioso que sustenta os ciclos de produção, emprego, consumo e progresso social. Não se conhece fórmula diferente.

Não custa lembrar que o Natal, que já foi comemorado como o das multiclasses e do presente farto, tornou-se o das lembrancinhas e dos presentinhos. Este ano, diante do cenário político-econômico em que se encontra o Rio de Janeiro, o Papai Noel pode ser ainda menos generoso por culpa do desemprego, da inflação em alta (que corrói o salário e diminui o poder de compra) e dos juros exorbitantes que formam um assustador conjunto de fatores que afugentam e inibem as pessoas de comprarem. Não foi sem razão que, em 2018, todas as datas comemorativas que geralmente dão fôlego ao comércio não atingiram as expectativas, fato constatado por todos os institutos especializados em pesquisas sobre o movimento do comércio. Estudiosos das mais variadas escolas de pensamento afirmam que as circunstâncias econômicas

O fato é que, a pouco mais de três meses do Natal, são poucos aqueles que arriscam um palpite sobre como as vendas se comportarão. Especialistas indicam que o consumidor está comedido e com medo de aumentar o seu endividamento. Outros afirmam que o espírito natalino supera tudo e estimula a compra. Preferimos acreditar nesta assertiva. O Natal que se avizinha é a última data comemorativa do ano e, também, a esperança do setor para melhorar seus resultados que, a exemplo de todas as atividades produtivas, vem passando por uma série de dificuldades causadas pela insistente crise econômica, que afastou o consumidor das lojas. O nosso desejo é que, este ano, o Papai Noel seja mais generoso.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

A esperança de um Papai Noel generoso

1


SUMÁRIO 16

CAPA

PLANEJAR PARA VENCER Em tempos de turbulência, um bom planejamento pode significar a diferença entre fracasso e sucesso. O Lojista ouviu especialistas em gestão, planejamento e finanças para saber quais fatores e aspectos devem ser focados pelo empresário ao desenvolver o seu plano de negócios.

10

ELEIÇÕES 2018

CARTA DOS LOJISTAS DO RIO Além de participar de vários fóruns de debate com os candidatos ao governo do estado do Rio de Janeiro, o SindilojasRio e o CDLRio entregaram a eles a Carta dos Lojistas do Rio, abordando as dificuldades que o comércio enfrenta e ressaltando a importância do diálogo para a construção de soluções em conjunto.

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

4

CURIOSIDADES

28

ARTIGO

14

SAÚDE E BEM-ESTAR

29

PESQUISAS

20

LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

30

SERVIÇOS PARA O LOJISTA

23

O LOJISTA RESPONDE

31

HISTÓRIA DO COMÉRCIO

26

OPINIÃO

32


25

SERVIÇOS PARA O LOJISTA

PIS COFINS

O SindilojasRio, em parceria com a Monteiro e Monteiro Advogados Associados, obteve uma grande vitória para os seus associados. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. O setor Fisco-Tributário do sindicato está atendendo os associados que quiserem saber como obter este benefício.

expediente Diretoria do SindilojasRio

Diretoria do CDLRio

O Lojista:

Presidente Aldo Carlos de Moura Gonçalves Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Vice-Presidente de Produtos e Serviços Salomon Mordokh Dassa Superintendente: Carlos Henrique Martins

Presidente Aldo Carlos de Moura Gonçalves Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magahães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym

Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury CDLRio: Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE nº7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: (21) 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273 Corretor: Santos: (21) 98682-1128

Revisão: Andréa Mury Lúcio Ricardo Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Supervisão Gráfica e capa: Leonardo Lisboa Diagramação: Márcia Rodrigues Eduardo Farias Publicação bimestral do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio

Versão On-line: www.cdlrio.com.br e www.sindlojas-rio.com.br


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Homenagem ao Exército Realizada há 48 anos pelo SindilojasRio e pelo CDLRio, a tradicional homenagem ao Exército brasileiro, uma das mais respeitadas instituições do País, reuniu autoridades militares e civis e lideranças de organizações representativas do comércio, como a Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro – FCDL-RJ no dia 4 de setembro, na sede do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro. Cumprimentando os presentes à solenidade pelo Dia do Soldado (25 de agosto, data de nascimento do Duque de Caxias) e dirigindo-se ao interventor federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro e comandante militar do Leste, general de Exército Walter Souza Braga Netto, o empresário Aldo Gonçalves, presidente do SindilojasRio e do CDLRio, enalteceu a importância da instituição militar para a manutenção da ordem e da democracia no Brasil. Ao comentar a crise pela qual passa o comércio, o dirigente ressaltou a violência, os camelôs ilegais – sendo muitos deles braços do crime

PDV

organizado – e a desordem urbana como os principais fatores que, hoje, prejudicam não apenas o setor, mas toda a população. E destacou a importância da intervenção federal na Segurança Pública do Rio, transmitindo ao general Braga Netto mensagens de apoio de várias entidades representativas de classe. Por sua vez, o comandante militar do Leste estendeu à sua equipe e, demais forças e profissionais envolvidos na intervenção, as manifestações de apoio. Citando alguns dados recentes do Instituto de Segurança Pública – ISP, que registram a diminuição dos roubos de carro, de cargas, de latrocínios e de homicídios dolosos, entre outros, ele afirmou que a intervenção está dando certo e que, até o seu término, em dezembro, novos padrões de conduta no combate ao crime estarão estabelecidos. Após receber uma placa alusiva à data comemorativa, Braga Netto presenteou Aldo Gonçalves com um livro sobre o Exército (foto).

AS COISAS MUDAM PARA FACILITAR SUA VIDA Busque a evolução com os sistemas de vendas e de gestão comercial da LM Informática! Rio de Janeiro Av. Brás de Pina, 1110 Vila da Penha (21) 3301-9200

Região dos Lagos - Cabo Frio Av. Vereador Antônio Ferreira dos santos, 1280, Braga (22) 2645-0410

lminformatica.com.br SAC: 0800 745 1001


O presidente do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, e a presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro - SECRJ, Alexsandra de Carvalho, assinaram, no dia 17 de setembro, a Convenção Coletiva de Reajuste Salarial dos Comerciários do Rio.

• Teto de R$ 4.890,00;

Além dessa convenção, foram assinadas as convenções de Banco de Horas, Tempo Parcial e as que permitem o funcionamento do comércio aos domingos e feriados.

• Garantia do comissionista de R$ 1.303,00;

Outras alterações que foram incluídas nas Convenções Coletivas são as seguintes:

• Piso único de R$ 1.185,00; • Período de experiência de R$ 1.065,00;

• Ajuda de custo de R$ 28,00; • Quebra de Caixa de R$ 54,00; • Lanche aos sábados, domingos e feriados no valor de R$ 22,00; • Auxílio-creche: empresas com até 50 empregados, no valor de R$ 195,00; empresas com mais de 50 empregados, valor de R$ 216,00.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

O reajuste concedido foi de 2,20% e já vale para o próximo salário. A diferença salarial, retroativa a maio de 2018, deverá ser feita até o pagamento da folha do mês de outubro.

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Reajustados os salários dos comerciários do Rio

5


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Rio recebe a ExpoBrasil Feira pela segunda vez

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

O SindilojasRio e o CDLRio participaram, nos dias 10, 11 e 12 de setembro, no Centro de Convenções SulAmérica, da ExpoBrasil Feira. A mostra para lojistas que vem sendo realizada em São Paulo, Recife e Belo Horizonte, foi promovida pela segunda vez no Rio de Janeiro. Dezenas de fornecedores para o comércio de varejo apresentaram, em seus estandes, uma grande variedade de produtos e serviços. Participante do evento, o SindilojasRio ofereceu consultas jurídicas e, também, informações sobre o seu serviço de Medicina Ocupacional. A equipe do SindilojasRio

6

apresentou aos visitantes da feira o seu leque de serviços, com destaque para o atendimento jurídico que é oferecido às empresas lojistas associadas, além de esclarecer os benefícios e vantagens de ser um lojista afiliado a um dos maiores e mais reconhecidos sindicatos empresariais do país. Já o CDLRio ofereceu informações cadastrais e explicou os seus modernos serviços e produtos à comunidade lojista carioca. Na foto, os estandes do CDLRio e do SindilojasRio.

NeuroMarketing para Negócios Este foi o tema da palestra realizada pelo IVAR – Instituto do Varejo, parceiro cultural do SindilojasRio e do CDLRio, em 29 de agosto. O convidado para tratar deste assunto foi Juan Roberto Castro, diretor da empresa dinamarquesa Neurons, que atua na América Latina, com experiência na conceituação de projetos, produtos e serviços. Participaram ainda da apresentação Larissa Colvara e Luiza Alano, representantes da Neurons no Brasil, em Porto Alegre-RS e Blumenau-SC, respectivamente.

A palestra foi fundamentada nos descobrimentos neurocientíficos do comportamento humano e da psicologia de consumo. Juan Castro compartilhou com os presentes o método ADN, uma ferramenta útil e de fácil aplicabilidade, que consiste em despertar nos consumidores a Atenção, o Desejo e a Necessidade do produto ou serviço de uma marca para elevar o seu valor percebido. O método ADN fortalece ainda o modelo de negócios das empresas, focando segmentos de mercados e facilitando a fidelização dos clientes.


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS Foto: Washington Costa/MDIC

MDIC formaliza Fórum de Competitividade do Varejo O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) formalizou, no dia 10 de agosto, o Fórum de Competitividade do Varejo (FCV), grupo de discussão composto por representantes da Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do MDIC e do setor varejista. O ministro Marcos Jorge e o secretário de Comércio e Serviços, Douglas Finardi, assinaram portaria que torna as reuniões periódicas e estabelece o caráter consultivo do FCV, que tem a função de propor ações para melhorar o ambiente de negócios, a competitividade e a produtividade do setor varejista nacional.

rios da Fazenda, do Trabalho e do Desenvolvimento Social. Entre os assuntos debatidos pelo grupo estão os meios de pagamento, a modernização da legislação trabalhista e os desafios trazidos pelo comércio eletrônico. O Fórum de Competitividade do Varejo é integrado por 20 entidades do setor, entre elas a CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo; a CNDL - Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas; e a CACB - Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil.

O ministro explicou que a formalização garante a continuidade dos debates e ações que vêm ocorrendo informalmente desde 2015. No primeiro semestre deste ano, o setor de Comércio e Serviços foi responsável por 73,4% do Valor Adicionado ao PIB. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, o setor é responsável por 67,8% das carteiras assinadas no Brasil. “O setor terciário está no centro do debate sobre produtividade e competitividade, em virtude de sua importância para o setor empresarial e o encadeamento produtivo brasileiro”, disse o ministro do MDIC.

“Ao reunir as principais entidades do comércio do Brasil, o FCV tornou-se um espaço fundamental para a discussão de ideias e a proposição de ações voltadas para o desenvolvimento do setor, ao promover a tão necessária sinergia entre a área empresarial e as distintas esferas de governo, em um momento que o comércio de bens e serviços passa por uma profunda transformação que precisa ser acompanhada de políticas públicas estruturantes de médio e longo prazos”, afirmou Aldo Gonçalves, diretor e representante da CNC no FCV, e presidente do SindilojasRio e do CDLRio. Ele também destacou o empenho do ministro Marcos Jorge de Lima e do secretário de Comércio e Serviços, Douglas Finardi, na condução dos trabalhos do Fórum.

O Fórum conta com o apoio de parceiros eventuais, como o Banco Central, o BNDES e os ministé-

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Grupo lidera a discussão e a construção de políticas públicas e soluções conjuntas para o desenvolvimento do setor

7


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

SindilojasRio conclui mais um ciclo do SEGS O SindilojasRio recebeu, no dia 14 de setembro, a visita das executivas do Secovi Rio - Sindicato da Habitação - para a última etapa do ciclo 2018 do SEGS (Sistema de Excelência em Gestão Sindical), programa da CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, criado para contribuir com a gestão das entidades do sistema. Na ocasião houve a avaliação de consenso, que consiste em uma análise externa das práticas de gestão implementadas pelo SindilojasRio. Esta avaliação foi feita por Giovana Moura, coordenadora de Inteligência Corporativa, e Graziela Santos, coordenadora Financeira, do Secovi Rio. O grupo de trabalho do SindilojasRio no programa foi representado por Igor Monteiro, Paulo Roberto Marques Júnior e Rosangela Vicente, sob a coordenação do assessor da diretoria, Luiz Bravo, e a consultoria de Luciano Santana. O superintenden-

te Carlos Henrique Martins e o gerente de TI, Luiz Roif, também acompanharam a avaliação. Participando ininterruptamente desde 2013 do SEGS, o SindilojasRio concluiu esta etapa do programa SEGS, instituído pela CNC, que se baseia no modelo de maturidade do CMMI - Modelo Integrado de Maturidade em Capacitação para avaliar os processos finalísticos das entidades em cada um dos seis eixos de atuação sindical: Relações Sindicais, Representação, Atuação Legislativa, Comunicação Institucional, Produtos e Serviços e Atuação Gerencial. No próximo mês, o grupo de trabalho do SindilojasRio no SEGS se reunirá para definir o Plano de Ação 2019, no qual irão constar propostas de melhorias para as atuais práticas de gestão, sempre visando ao aprimoramento da representação e da prestação de serviços do SindilojasRio para a comunidade lojista.



ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Eleições 2018

para o governo do Rio de Janeiro

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Nos últimos dois meses, representantes do SindilojasRio e do CDLRio acompanharam e participaram de vários eventos com os candidatos ao governo do estado do Rio de Janeiro, promovidos por diferentes entidades, como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro - Fecomércio-RJ, a Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ e o Polo Saara, entre outras.

10

Na Fecomércio-RJ foi realizada uma série de encontros, mediados pelo jornalista Sidney Rezende, com os candidatos ao Governo do Estado. Empresários e representantes dos sindicatos filiados se reuniram para ouvir as ideias e propostas de Pedro Fernandes (PDT), Tarcísio Motta (PSOL), Wilson Witzel (PSC), Índio da Costa (PSD), Marcelo Trindade (Novo) e Eduardo Paes (DEM) (foto no alto à esq.). Também convidados, Romário (Podemos), Márcia Tiburi (PT) e Garotinho (PRP) cancelaram suas participações. Nesses encontros, o presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florêncio de Queiroz Júnior, entregou um estudo aos candidatos com uma análise e as principais demandas do setor. O SindilojasRio recebeu a visita dos candidatos do PSD ao governo do estado e ao senado, Índio da Costa e Arolde de Oliveira, respectivamente, no dia 21 de setembro. Eles foram recebidos pelo presidente Aldo Gonçalves (foto maior à direita). Já no dia 1º de outubro, o candidato do partido Novo ao governo do estado, Marcelo Trindade, se

Marcelo Trindade recebeu a Carta dos Lojistas do Rio das mãos do vice-presidente do SindilojasRio, Julio Piña Rodrigues e do advogado do CDLRio Alexandre Lima.

reuniu com representantes do SindilojasRio e do CDLRio. Os candidatos apresentaram suas propostas e responderam a perguntas dos lojistas, que foram conduzidas pelo advogado do CDLRio Alexandre Lima. Ambos receberam a Carta dos Lojistas do Rio (leia o conteúdo na íntegra nas págs. 12 e 13), documento que o SindilojasRio e o CDLRio encaminharam a todos os candidatos com as principais dificuldades do setor e o pedido de empenho e diálogo para resolvê-las. A Carta aborda os seguintes temas: Segurança Pública; Comércio Ilegal; Desordem Urbana; Carga Tributária e Burocracia; e Feiras itinerantes. Aldo Gonçalves declarou que a sucessão estadual é marcada pela expectativa de uma mudança positiva que traga novo ânimo à sociedade fluminense, que resgate a autoestima da população e crie condições favoráveis à retomada do desenvolvimento social e econômico do Rio de Janeiro.


11

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

12

CARTA DOS LOJISTAS

Aos candidatos a governador do Estado do Rio de Janeiro A próxima sucessão estadual guarda características singulares que, além de distinguí-la de outros episódios eleitorais, multiplica as responsabilidades do futuro governador para com os milhões de habitantes do nosso estado do Rio de Janeiro, que vive o seu pior momento, com desemprego em alta, violência, exagerada carga tributária e uma burocracia que só atrapalha a quem quer empreender e gerar empregos e renda.

ideário político de cada um, visando às imperiosas correções de rumo que o momento do estado do Rio de Janeiro exige.

Nesse contexto, o ano que está terminando, ainda sob o signo da incerteza, não será de boas lembranças para os setores produtivos nem para a sociedade em geral. Todos têm sofrido as consequências da falta de perspectivas de melhora nas áreas política e econômica em curto e médio prazos.

Com este objetivo, destacamos algumas das questões que tanto afligem o Comércio Varejista e sobre as quais esperamos testemunhar o empenho pessoal do futuro governante deste estado. São elas: Segurança Pública; Comércio Ilegal; Desordem Urbana; Carga Tributária e Burocracia; e Feiras Itinerantes.

O estado do Rio de Janeiro é um dos mais atingidos pela atual situação. Inflação, desemprego, violência e outros males, como o desenfreado crescimento da camelotagem, vêm castigando o Comércio Lojista, ameaçando conquistas recentes e lançando uma sombra sobre o futuro. Esta eleição sinalizará a nossa capacidade de enfrentar esses imensos e desafiadores problemas.

• SEGURANÇA PÚBLICA

O Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, duas das mais tradicionais entidades representativas da nossa cidade e do nosso estado, com 86 e 63 anos de existência, respectivamente, têm uma conhecida história de luta em defesa dos interesses das suas mais de 25 mil empresas lojistas associadas, que abrangem mais de 30 segmentos diferentes do Comércio Varejista carioca e fluminense e, também, dos da sociedade como um todo. Por isso, o SindilojasRio e o CDLRio sentem-se no dever de unir seus esforços aos propósitos daqueles que se dispõem a participar do processo eleitoral em curso, independentemente da biografia ou do

Nosso setor é o maior gerador de empregos e detém expressiva participação no PIB do Rio. Para ampliarmos esta performance de inequívoco alcance social urge derrubar barreiras que impedem o crescimento da nossa economia.

A falta de segurança é uma questão recorrente que afeta o nosso setor, obrigado a fazer vultosas despesas em aparatos particulares de segurança para os seus estabelecimentos. Para se ter ideia, só no primeiro semestre deste ano foram gastos mais de R$ 900 milhões em serviços e equipamentos de segurança. Recursos que poderiam ser investidos na ampliação dos negócios, com a consequente geração de empregos, renda e impostos. Por suas características, o nosso setor é vulnerável ao avanço da criminalidade. Temos endereço fixo, abrimos os nossos estabelecimentos diariamente e em horários conhecidos. Além disso, a ação dos delinquentes afasta o consumidor. O quadro atual de violência urbana alcançou níveis intoleráveis e precisa ser combatido com iniciativas de curto, médio e longo prazos. Sabemos das ações que os partidos e os políticos envolvidos no processo eleitoral em curso pretendem implementar com vistas a solucionar este grave problema. A elas, pedimos acrescentar a presença mais efetiva do policiamento tanto nos corredores comerciais como nas áreas turísticas, que muito têm sofrido com a ação dos delinquentes.


• DESORDEM URBANA Embora seja responsabilidade, prioritariamente, das administrações municipais, a desordem urbana generalizada, tanto na capital como nos demais municípios, precisa ser enfrentada também pelo governo do estado. Hoje, a desordem urbana reflete não apenas a crise financeira e o crescimento do desemprego, mas, também, a ausência do poder público. A ocupação dos espaços públicos por milhares de camelôs ilegais e moradores de rua, além da ação de menores e adultos infratores que cometem furtos e assaltos a pedestres e em lojas, contribuem para agravar a falta de segurança, prejudicando não apenas o comércio, mas toda a população. Os lojistas esperam que o governo do estado e as prefeituras atuem de maneira integrada na implementação de medidas eficazes de acolhimento e de inserção social e profissional da população de rua; na implantação de políticas de saúde pública voltadas à prevenção e ao tratamento do uso de drogas e álcool; e no combate tanto aos infratores quanto às verdadeiras máfias que distribuem mercadorias contrabandeadas e piratas, explorando imensas redes de camelôs ilegais.

• CARGA TRIBUTÁRIA E BUROCRACIA A excessiva carga tributária que recai sobre as empresas desestimula a expansão dos negócios e a abertura de novos empreendimentos. Prejudica a oferta de novos empregos e, também, a arrecadação. Devemos ter em mente a viabilização financeira do estado, mas é de fundamental importância discutir um modelo tributário mais adequado

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Esperamos contar com o apoio efetivo do novo governador para que – junto com as autoridades do Município – possamos criar os Núcleos Comerciais da Cidade (NCC), que são baseados no conceito de condomínios abertos, com segurança, mobiliário urbano e infraestrutura, ficando a gestão dessas áreas a cargo da comunidade comercial de cada localidade, o que trará como consequência a valorização desses espaços e do comércio de rua, a melhoria da segurança e mais eficiência no combate à pirataria e às mercadorias roubadas e de procedência duvidosa. Reclamamos, também, uma vigorosa e permanente atuação na repressão ao comércio ilegal, que contribui para denegrir a imagem do nosso estado e da nossa capital, seja por causa da distribuição e da venda de produtos piratas, contrabandeados ou roubados, seja em função da concorrência desleal e do enfraquecimento do comércio carioca legalmente estabelecido, ressaltando que, hoje, a informalidade gera grandes perdas de ICMS, prejudicando o próprio estado.

à sociedade. Uma política de incentivos fiscais visando a estimular o desenvolvimento do comércio, o firme combate ao comércio informal e outras iniciativas são tópicos deste modelo que precisamos construir em conjunto. Os impostos, taxas e contribuições pesam na gestão financeira das empresas, não apenas pelos valores elevados, mas, também, em função da multiplicidade de leis e das mudanças constantes dos Programas Geradores e sistemas operacionais para o cumprimento das obrigações principais e acessórias dos impostos estaduais, que obrigam aos empresários a atualizar constantemente seus sistemas de gestão contábil-financeira, onerando ainda mais a operação com a contratação de novos serviços, treinamentos de colaboradores e importação de dados, por exemplo. E o excesso de burocracia, principalmente no que se refere aos processos administrativos-tributários, também prejudica as empresas. Gostaríamos de sensibilizar o futuro governador do estado no sentido de que a comunicação entre o fisco e os contribuintes se torne mais transparente e célere, para permitir que estes possam se adequar às exigências, quando necessário, e, também, possam se defender corretamente.

• FEIRAS ITINERANTES As chamadas feirinhas, que acontecem em todo o estado, precisam ser coibidas. Elas causam grande prejuízo ao comércio estabelecido, que gera empregos e recolhe impostos. Apesar dos insistentes pedidos e das inúmeras reclamações dos lojistas perante o poder público, essas feiras seguem sendo realizadas, comercializando todo tipo de produtos, vendendo muito além de artesanato. Ou seja, uma concorrência direta e desleal com o comércio legal. Esperamos que providências sejam tomadas no sentido de proibir essa prática nefasta ao comércio. Temos certeza de que estas questões se avultam entre as preocupações dos postulantes ao governo do estado e apreciaríamos vê-las incluídas na agenda de discussões de cada um dos candidatos, a fim de tornar o nosso diálogo mais abrangente e profícuo. Aproveitamos a oportunidade para ressaltar que as portas do SindilojasRio e do CDLRio estão abertas às propostas para tirar o nosso estado do Rio de Janeiro da grave crise que atravessa. Estaremos aqui, sempre dispostos a oferecer o nosso apoio e o de toda classe lojista que muito nos honra representar. Aldo Carlos de Moura Gonçalves Presidente SindilojasRio e CDLRio Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2018

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

• COMÉRCIO ILEGAL

13


ARTIGO

de recursos bem como são compatíveis com a capacidade de gestão do dono. Especificamente no Brasil há que se afirmar: não é fácil tornar-se empresário de uma MPE. Os problemas enfrentados por essas empresas são inúmeros a começar pelas dificuldades de crescimento em decorrência da conjuntura econômica e da menor escala produtiva, esta delimitada pelo espaço físico e restringida pelo baixo volume financeiro movimentado.

ANTONIO EVERTON JR.* Economista da CNC

Avanços Importantes para as MPE

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

As micro e pequenas empresas (MPE) desempenham papel vital para o desenvolvimento de qualquer economia no mundo. Estudos revelam que elas são responsáveis pela melhora da qualidade do tecido social e pela entrega do produto gerado em qualquer lugar. Nos países, em que o valor gerado pelas MPE corresponde a parcela preponderante do PIB, registra-se forte progresso material por intermédio da melhor distribuição da renda e das condições de vida mais favoráveis.

14

As MPE são empresas mais ágeis, capazes de gerar novas janelas de oportunidades de negócios compatíveis com as necessidades da localidade ou região. Por meio delas, normalmente, se pode gerar desenvolvimento com um nível de investimento relativamente baixo. Por conta disso, as MPEs podem proliferar, o que só ressalta a dimensão do protagonismo econômico desse segmento empresarial. Nesse contexto, as MPE são competentes em fazer a roda do dinheiro da economia movimentar-se por meio da produção e da venda de bens e serviços, da contratação de pessoal e do pagamento de salários, da compra de insumos e do recolhimento de impostos. Além de contribuírem para o crescimento econômico de diferentes modos, em virtude do tamanho menor e da estrutura simples, as condições de produção são mais adequadas, adaptadas à escassez

Portanto, abrir um estabelecimento de pequeno porte não é para qualquer um, pois as barreiras são múltiplas. Aluguéis caros, juros inacessíveis e por vezes impagáveis, baixo volume de garantias a oferecer, carga tributária quase sempre punitiva, mão de obra despreparada e pouco produtiva, e a burocracia que atrapalha formam o conjunto dos impedimentos empresariais para que um negócio não dê certo. Dependendo do ramo da atividade, a burocracia nacional acaba por desviar o foco do negócio, devido ao excesso das exigências que precisam ser cumpridas. São situações que, no dia a dia, conspiram contra qualquer atividade produtiva de menor porte, transformando o empresário em herói; um batalhador, desbravador, aquele que “mata um leão por dia” para que consiga auferir retorno do dinheiro investido, possa ter ganhos, prosperar e, assim, aproveitar a vida. Apesar das dificuldades, em uma época de velozes transformações, onde o capital intelectual encontra (mais) espaços (flexíveis) para poder crescer é nas MPE. Tanto nas MPEs quanto nas médias e grandes empresas, o dinamismo decorrente da aplicação inteligente dos recursos vem produzindo disrupturas no mercado, quebrando paradigmas e estabelecendo novos modelos, de processos e de produção. Contudo, o processo de mudanças nas MPEs pode ser mais fluido e menos traumático porque nestas empresas existe um menor número de níveis hierárquicos e decisórios. Para discutir o tema MPE, numa linguagem simples e direta, apresentamos o livro “MPE – Avanços Importantes para as Micro e Pequenas Empresas”, que traz diferentes abordagens acerca do segmento empresarial. Em sua primeira edição, o livro abrange os seguintes assuntos: Onde estão as MPE; Importância; Estudos e o Papel do Sebrae; O Dispositivo Constitucional Favorecido; Políticas Públicas; Os Empreendedores Individuais; As MPE no Simples Nacional; A importância de remover entraves das MPE; A Lei Complementar Nº 155/2016; O novo Simples Nacional; e A importância


Para que o leitor possa conhecer um pouco desta obra, destacamos, a seguir, um trecho que trata da relativa vulnerabilidade das MPE diante da conjuntura recessiva: “Por serem mais frágeis e sensíveis às oscilações do mercado, a conjuntura econômica lhes impõe situações delicadas, de risco e frequentemente adversas. Nos períodos de crise bem como nos de expansão econômica, ou seja, o tempo todo, as MPE necessitam do auxílio de leis, programas e políticas públicas que aliviem o ônus da necessidade de capital de giro e de investimento produtivo, entre outras coisas. Essas empresas necessitam de taxas de juros menores e custos financeiros diferenciados, e de medidas que facilitem a gestão do negócio por meio da diminuição da burocracia, do número de exigências e das obrigações acessórias perante a órgãos públicos, governo (municipal, estadual e federal) e junto ao fisco.

As MPE necessitam de taxas de juros menores e custos financeiros diferenciados, e de medidas que facilitem a gestão do negócio por meio da diminuição da burocracia, do número de exigências e das obrigações acessórias perante a órgãos públicos, governo (municipal, estadual e federal) e junto ao fisco.

ARTIGO

de inovar sempre. Já na segunda edição, foram acrescentados dois capítulos: um sobre a Secretaria das MPE e outro sobre a participação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) no Fórum Permanente das MPE.

As MPE necessitam de vantagens porque para o seu dono é muito difícil ausentar-se do ambiente produtivo, como também é contraproducente fazê-lo perder tempo deslocando-se nos labirintos das repartições públicas para solucionar problemas administrativos, de gestão e funcionamento.

Elas sofrem diariamente com o peso da conjuntura; juros e burocracia se constituem em freios do crescimento; existem muitas vezes cobranças e mecanismos de controle da parte do Estado Nacional, do sistema tributário, que afetam o desempenho operacional e financeiro da atividade; e, para cumprir com a presença do setor público na vida da MPE, o esforço despendido pode estar além da capacidade empresarial, o que pode comprometer a sobrevivência da empresa.” Se as condições de funcionamento de uma MPE já não são muito convidativas por causa dos custos operacionais, da legislação e do custo de capital, durante a conjuntura recessiva elas se tornam piores porque, muitas vezes, falta competência ao gestor da empresa para tomar as decisões mais acertadas. O tema MPE, a qualquer momento e em qualquer lugar, é empolgante! Pois dá oxigênio ao sistema

econômico, capilarizando bens e serviços nos lugares mais remotos. Aqui ou em qualquer outro país, o tema MPE envolve milhões de pessoas e famílias cujas vidas, bem-estar e qualidade de vida, direta ou indiretamente, dependem da operacionalidade dessas empresas, das condições de funcionamento e das possibilidades de lograr êxito no mercado competitivo e desigual, onde os consumidores assumem cada dia mais exigências e se tornam infiéis diante do volume de oferta de bens e serviços que a comunidade empresarial global tende a produzir e entregar. *Antonio Everton Jr. é economista da CNC desde 1988, possui mestrado em Economia Empresarial (UCAM), MBA em Empreendedorismo e Novos Negócios (FGV), representa a entidade no Fórum Permanente das Micro e Pequenas Empresas e já escreveu quatro livros sobre as MPE pela CNC.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Então, as MPE precisam de tratamento especial, diferenciado, para cumprirem com efetividade o papel relevante que lhes cabe na economia nacional.

15


Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

CAPA

Planejar é essencial

16

Diante do atual quadro econômico do Rio de Janeiro, com altos índices de fechamento de lojas, falta de segurança, proliferação do comércio ilegal e alta carga tributária, o comércio sofre com vendas cada vez mais baixas e diminuição das margens de lucro, e tem que se preparar para um cenário de dificuldades.


LUIZ BARBIERI

Professor da Graduação de Administração e coordenador do MBA em Gestão de Processos do Ibmec-RJ

Para ele, o maior desafio é encontrar formas sustentáveis de crescimento e o planejamento é uma tarefa imprescindível. “Obriga os gestores a deixarem de somente apagar incêndios no dia a dia e pararem para refletir sobre o futuro da empresa, e, essa é a primeira vantagem. Ter uma melhor visão de mercado, inovar em produtos e serviços, diferenciar-se do concorrente, definir novas formas de comercializar e precificar, desenvolver novos canais de vendas, melhorar a eficiência operacional e logística são algumas das outras vantagens que as empresas têm após fazerem seu Planejamento Estratégico”. Luiz Barbieri, professor da Graduação de Administração e coordenador do MBA em Gestão de Processos do Ibmec-RJ, explica que os varejistas devem compreender que todo negócio precisa desenvolver um planejamento a curto, médio e longo prazos, buscando a sustentabilidade do negócio e se questionando sobre onde deseja chegar e qual a razão de existir. “É importante ter a visão e a missão das empresas bem definidas e a partir daí, desenvolver planos de ação e monitorar o seu cumprimento durante o ano”, afirma.

O autoconhecimento do negócio A metodologia recomendada por Luiz Barbieri é a Análise SWOT, considerada uma ferramenta clássica da Administração, que pode ser usada de diversas formas, mas os empreendedores podem empregá-la como uma ferramenta de autoconhecimento do seu negócio e um guia para a definição de um plano de ação. SWOT é uma sigla em inglês dos termos Strengths (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos), Opportunities (oportunidades para o seu negócio) e Threats (ameaças para o seu negócio). Os pontos fortes e fracos, em geral, estão dentro da própria empresa, enquanto as oportunidades e as ameaças, na maioria dos casos, têm origem externa. Seu uso é simples, conforme ilustração ao lado. E se engana quem pensa que este tipo de planejamento é apenas para grandes empresas. Está ao alcance também das micro e pequenas empresas, pois existem diversos sites e materiais que ajudam os gestores a fazerem seu planejamento, afirma Roberto Kanter. “Entretanto, com uma consultoria especializada no assunto, o gestor pode ter um diferencial bem grande no projeto em função da curva de experiência e do leque variado de experiências que a consultoria possui. Muitas vezes o preço nem é tão alto e o custo-benefício é enorme”, completa o professor da FGV.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

ROBERTO KANTER

Professor dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor executivo da Canal Vertical

CAPA

Mais do que nunca é preciso planejar o próximo ano. As empresas precisam estar preparadas para esses novos tempos e ter alternativas para retomar o caminho do crescimento e do sucesso. De acordo com o professor dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor executivo da Canal Vertical, Roberto Kanter, o período entre outubro e fevereiro é o ideal para revisar ou fazer, pela primeira vez, um Planejamento Estratégico, pois os gestores já têm uma visão ampliada do desempenho no ano e podem projetar com mais rigor os objetivos do ano seguinte.

17


CAPA

Planejamento Estratégico Para Kanter, o planejamento estratégico se divide em cinco etapas. O diagnóstico é a primeira e se divide em duas partes, ter uma visão mercadológica, envolvendo tendências de consumo e análise dos concorrentes, e uma visão corporativa, tratando de analisar as forças, fraquezas e diferenciações competitivas da empresa. A segunda etapa é a definição dos objetivos, que devem ser numéricos e estarem atrelados a quatro dimensões temporais: imediata (3 a 6 meses), curto prazo (1 ano), médio prazo (2 a 3 anos) e longo prazo (acima de 3 anos). Ele não recomenda as definições a longo prazo para empresas sem tradição em planejamento. Já a terceira etapa envolve as estratégias e ações táticas, a quarta trata do orçamento para a execução e, finalmente, a quinta e última etapa trata de como serão feitos o controle e a avaliação das ações definidas.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Com relação às ações que devem constar nesse planejamento para 2019, o professor de Finanças Corporativas da Pós-Graduação e MBA do Ibmec-RJ, Haroldo Monteiro, diz que o foco dos varejistas deve ser principalmente o sortimento de produtos, pois considera este item fundamental para o sucesso de qualquer loja. “ Hoje, a capacidade do consumidor em procurar aquilo que lhe atende realmente é muito grande com a internet, portanto os varejistas devem integrar seus estoques para o mundo físico e virtual de forma efetiva, de modo que seja a sua estratégia omnichannel um sucesso. Este trabalho tornará a empresa mais assertiva em suas compras, melhorando o giro de seus estoques e fazendo com que haja um forte reflexo em sua disponibilidade de caixa, destacou.

18

Outro ponto que deve ser considerado é a mudança no perfil dos consumidores, que vem sendo denominada de empoderamento do consumidor. Para Roberto Kanter, o crescimento de lojas virtuais e uso cada vez maior da tecnologia impactam nas decisões de compra do cliente. “A regra aqui é simples: se não pode combater, una-se ao inimigo. O lojista físico ficará cada vez mais dependente em oferecer soluções on e off-line, isto é, melhorar a experiência no ponto de venda e integrar sua loja com uma plataforma web, construindo sua autoridade digital e reforçando suas ações por meio das mídias sociais. O uso do Instagram e uma estratégia de divulgação de produtos por meio de influenciadores digitais é uma tática essencial a todos os varejistas”, afirma. Ainda sobre este tema do uso da tecnologia no varejo, Luiz Barbieri afirma que um dos maiores desafios do setor para 2019 será melhorar as vendas por

HAROLDO MONTEIRO

Professor de Finanças Corporativas da Pós-Graduação e MBA do Ibmec-RJ

meio de ações conjuntas com o Marketing Digital, além de melhorar o atendimento e promover campanhas de fidelização. Sobre investir e/ou ampliar os negócios para 2019 é uma questão que deve ser bem avaliada, pois, muitas vezes, na crise aparecem boas oportunidades, como por exemplo bons pontos comerciais a preços acessíveis que façam sentido dentro de uma viabilidade financeira para a empresa se manter saudável, explica Haroldo Monteiro. Para começar os novos negócios, ele recomenda que seja feito um estudo minucioso da viabilidade e que deve considerar três cenários: ruim, provável e otimista. Se o seu negócio for positivo financeiramente no pior cenário proposto, existe uma grande chance de sucesso, isto considerando uma análise bem conservadora para o mercado atual. O cenário politico é outro fator a ser considerado para 2019. A economia será impactada diretamente pelos vitoriosos. Para Kanter, a possibilidade de ganhar defensores do liberalismo econômico é maior do que aqueles defensores do aumento do papel do estado na economia. Caso esse cenário ocorra, teremos boas perspectivas de recuperação da economia para os próximos anos, com aumento de renda e de consumo. Já para Haroldo Monteiro, os maiores desafios vão depender de quem será o novo Presidente da República. “Caso venha um reformista, a tendência é que o país volte a receber investimentos e volte a crescer. Caso venha um populista sem compromisso com as reformas, teremos mais um período de turbulência com baixo crescimento. Mas, de uma forma geral, 2019 será ainda um ano difícil, com alto índice de desempregados e poucos investimentos.”



PESQUISAS

COMÉRCIO CARIOCA TEVE NOVA QUEDA DE VENDAS EM AGOSTO

Nem o Dia dos Pais, uma das mais importantes datas comemorativas do setor, conseguiu reverter o índice negativo do mês.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

As vendas do comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro registraram queda de 4.3% em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2017, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, CDLRio, que abrange cerca de 500 estabelecimentos comerciais da cidade. É o oitavo mês de resultado negativo (janeiro -3,7%, fevereiro -4,4%, março -3,6%, abril -3,5%, maio -3,2%, junho -4,3% e julho -5,3%). No acumulado dos oito meses do ano (janeiro/agosto) ante o mesmo período do ano passado as vendas recuaram 4,3%.

20

A pesquisa mostra também que todos os produtos do Ramo Duro (bens duráveis) e do Ramo Mole (bens não duráveis) registraram vendas negativas. Os setores que registraram as maiores quedas no faturamento no Ramo Duro (bens duráveis) foram Óticas (-8,9%) Móveis (-7,4%), Joias (-6%) e Eletro-

domésticos (-4,4%). No Ramo Mole, Tecidos (- 7,2%), Calçados (-5%) e Confecções (-3,4%). Segundo Aldo Gonçalves, presidente do SindilojasRio e do CDLRio, o desempenho negativo das vendas do mês de agosto continua refletindo a crise econômica, especialmente do estado do Rio, com desemprego em alta, que tem inibido as compras do consumidor. “Além disso, o Dia dos Pais, uma das grandes datas comemorativas do comércio, foi fraco e não conseguiu reverter o resultado negativo de agosto”, justifica Aldo. Em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, no Ramo Mole (bens não duráveis) as lojas da Zona Norte venderam menos 8%, as do Centro menos 4,5% e as da Zona Sul menos 4%. No Ramo Duro (bens duráveis) as lojas da Zona Norte venderam menos 9%, as do Centro menos 7,3% e as da Zona Sul menos 7,2%.

Termômetro de Vendas VENDAS ACUMULADAS COMPARADAS COM AS DO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR


Comércio carioca registrou a maior inadimplência do ano em setembro A Inadimplência no comércio carioca cresceu 1,4% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado. É o maior índice do ano de acordo com os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio - Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro. As Dívidas Quitadas (índice que mostra o número de consumidores que colocaram em dia seus compromissos atrasados) aumentou 0,7% e as Consultas (item que indica o movimento do comércio) diminuíram 7,1%. Em relação ao mês anterior (agosto) as Consultas, a Inadimplência e as Dívidas Quitadas caíram, respectivamente, 0,6%, 1,3% e 0,2%.

PESQUISAS

SCPC No acumulado dos nove meses do ano (janeiro/setembro), a Inadimplência e as Dívidas Quitadas aumentaram, respectivamente, 1,1% e 0,9% e as Consultas caíram 6,2% em comparação com o mesmo período de 2017. “Normalmente em épocas de grandes datas comemorativas, como por exemplo o Dia das Crianças, os consumidores correm para colocar as suas contas em dia para poder comprar. Mas, dessa vez, o número de consultas caiu 7,1%", o que mostra que o consumidor está freando as compras, apesar de o Dia das Crianças ser uma das datas comemorativas mais importantes para o comércio”, concluiu Aldo Gonçalves.

CONSULTAS

REALIZADAS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

REGISTROS CANCELADOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

REGISTROS INCLUÍDOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

21


PESQUISAS

Cheques

FAÇA PARTE DESTAS PESQUISAS!

Movimento de Cheque Segundo o LIG Cheque, registro de cadastro da entidade, em setembro, em relação ao mesmo período do ano passado, as Consultas e as Dívidas Quitadas caíram, respectivamente, 10,1% e 2,3% e a Inadimplência cresceu 1,2%. Comparando-se setembro com o mês anterior (agosto), as Consul-

tas e as Dívidas Quitadas recuaram 1,3% e 1,2% e a Inadimplência aumentou 1,1%. No acumulado dos nove meses do ano (janeiro/setembro) em relação ao mesmo período do ano passado, as Consultas e as Dívidas Quitadas caíram, respectivamente, 8,3% e 2,6% e a Inadimplência cresceu 1,2%.

Caso sua empresa se interesse em participar de nossas pesquisas, contate o Centro de Estudos do CDLRio: (21) 2506-1234 estudos@cdlrio.com.br

PESQUISA E ANÁLISE Acompanhe o comportamento do comércio do Rio de Janeiro:

www.cdlrio.com.br

CONSULTAS

AO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

REGISTROS INCLUÍDOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

22

CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

REGISTROS CANCELADOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR


SERVIÇOS PARA O LOJISTA

Churrascaria Palace

Uma experiência saborosa de brasilidade

Além da culinária diferenciada e ambiente requintado, de acordo com o proprietário Antônio Saraiva (foto), a Palace tem tradição em proporcionar momentos especiais aos clientes: “Nós temos a preocupação com todos os detalhes para oferecer uma grande experiência aos frequentadores da casa. Além da qualidade do atendimento, temos o cuidado em selecionar a trilha sonora, que é 100% brasileira, em reuniões trimestrais. Cada um dos três períodos do dia – o almoço, a happy hour e o jantar – possui um som ambiente especial”. A equipe é formada por funcionários de longa data, que buscam oferecer o melhor atendimento, com a simpatia reconhecida como mais um dos atrativos da casa. Atualmente são cerca de 85 colaboradores. Todo esse esforço conjunto fez com que a Palace conquistasse diversos prêmios de excelência, como o Água na Boca, recebido em 2018, do jornal O Globo. E a Palace está de cara nova. “Quem tem experiência sabe a importância de novos ares”, afirmou Saraiva. O responsável pela renovação e modernização da casa foi o reconhecido arquiteto Chicô Gouveia. O novo

visual da Palace é uma viagem pela Bossa Nova, pela Art Déco e pela Princesinha do Mar - Copacabana. As novidades começam logo na entrada: um lindo bar dá as boas-vindas aos clientes, acompanhado do tradicional piano. No espaço do buffet, o destaque é o painel com a imagem de uma grande onda do mar que estoura na Praia de Copacabana, bem como, na continuação, as imagens alusivas à Avenida Atlântica. No segundo salão foi criado um espaço mais reservado e acolhedor para atender o público em refeições mais intimistas, com fotos e painéis que também reverenciam o Rio, em especial Copacabana.

Palace atrai mais clientes com o uso de SMS O SMS - Serviço de Mensagem Curta (Short Message Service) é uma forma rápida e eficaz de se comunicar diretamente com milhares de consumidores por meio do telefone celular, direcionando as mensagens para uma base com o perfil do público-alvo da marca. O IVAR-SMS, do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, é utilizado pela Churrascaria Palace desde o início do ano. É empregado durante as promoções das temporadas, tais como: Farra da Lagosta, Festival do Camarão e da Lagosta, Carnes Exóticas, Frutos do Mar e Peixes da Amazônia. “O resultado está sendo muito satisfatório. Sentimos isso devido à fidelidade dos clientes por meio do serviço de SMS”, elogia o proprietário Antônio Saraiva.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

A Churrascaria Palace, fundada há 67 anos em Copacabana, é conhecida internacionalmente pelo seu autêntico estilo carioca e surgiu no período dos Anos Dourados junto com a Bossa Nova. O estilo musical faz parte da trilha sonora do ambiente e também é homenageado com o painel "Santa Ceia da Bossa Nova", exposto no salão da churrascaria. O rodízio da Palace inclui carnes nobres, frutos do mar e peixes. Cortes criados pela casa que se destacam são a Picanha Borboleta, a Paleta de Cordeiro ao Douro e a Costela Prime.

23


SERVIÇOS PARA O LOJISTA

Deixe a Gestão dos Documentos Fiscais da SUA empresa sob controle com Consyste O QUE É CONSYSTE?

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

É uma das mais avançadas e inteligentes ferramentas de Gestão de Documentos Fiscais do país.

24

Criado para ser inovador e eficiente, o Consyste System Portal disponibiliza ao seu usuário diversas soluções em inúmeras variáveis de informações, status e controles sobre a base de documentos fiscais da empresa, desde a conferência fiscal no recebimento de mercadorias e da emissão da NF-e, até a auditoria do Sped Fiscal e recuperação de XMLs faltantes ou inválidos, com agilidade e total confiabilidade nos resultados obtidos, em conformidade com as SEFAZ de todo o país. Ou seja, Consyste significa ter visão total do status dos Documentos Fiscais da empresa de forma descomplicada, integrada e segura, agregando rastreabilidade e tranquilidade fiscal à Gestão. Além de toda inteligência fiscal integrada e fácil usabilidade, o Consyste System Portal disponibiliza inúmeros filtros e gera relatórios (a partir dos dados

obtidos) para que sua empresa obtenha a melhor informação e faça o controle sob medida para suas necessidades de gestão. Milhares de empresas em todo o país, de todos os portes e segmentos, já utilizam Consyste na gestão dos seus documentos fiscais. Confiável, ágil e descomplicado, assim podemos definir essa ferramenta de Gestão Fiscal, indispensável a qualquer empresa que não abre mão do total controle sobre seus documentos fiscais (NF-e e CT-e) e da tranquilidade no atendimento às demandas de fiscalização. O CDLRio é parceiro de negócios do Consyste System e disponibiliza o produto ideal e sob medida para a Gestão de Documentos Fiscais com total segurança para o seu negócio. Agende uma visita com a consultora de negócios do CDLRio, Luciana Ferrante, pelo telefone 21 2506-1271, ou pelo e-mail produtos@cdlrio.com.br


SERVIÇOS PARA O LOJISTA

RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS DO PIS E DA COFINS O SindilojasRio, em parceria com a Monteiro e Monteiro Advogados Associados, conquistou um grande benefício para reduzir a carga tributária das suas empresas lojistas associadas. Por meio da ação coletiva nº 0016457- 26.2009.4. 02.5101, ajuizada em 15/07/2009, o Supremo Tribunal Federal, em repercussão geral, reconheceu a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Além da redução mensal proporcionada com a adesão à ação coletiva, os associados ao SindilojasRio

(Não optantes pelo Simples Nacional) poderão ser restituídos de todos os valores que foram pagos a maior, após o trânsito em julgado da ação coletiva, do período de julho de 2004 até a presente data, devidamente corrigido pela taxa SELIC e proporcionando às empresas economia de recursos para investimentos em outras frentes. Os interessados devem procurar o setor Fisco-Tributário do SindilojasRio pelo e-mail sindilojas.tributario@gmail.com ou pelos telefones 2217-5030 ou 2217-5045

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

PIS COFINS

25


HISTÓRIA DO COMÉRCIO

UM PALETÓ E DUAS CALÇAS: DUCAL ROUPAS Nas décadas de 1950 e 1960, uma rede de lojas masculinas fez grande sucesso: a Ducal Roupas. O seu nome, além de lembrar o título nobre de duque, oferecia uma promoção, o “ducal”: um terno com duas calças. Quem comprava um paletó e uma calça ganhava a segunda calça. A rede de lojas, com várias filiais, tornou-se muito conhecida não só pela promoção, mas também pelo seu sistema de crédito. Referência no segmento de moda masculina, a Ducal vestia brasileiros de norte a sul. Além do Rio de Janeiro, tinha filiais em São Paulo e em Minas Gerais. E fazia parte de um grande grupo empresarial da época, que englobava, além das lojas, indústrias de roupas e eletrônicos (Denison), supermercados (Disco, o primeiro do gênero no Rio), varejo de utilidades domésticas (Decasa), imobiliárias (Daviga), e, também, serviços de banco de dados (Datamec), consultoria jurídica, crédito (Banco Delta e Decred), agência de publicidade (Denison Propaganda) e até galeria de arte (Petit Galerie).

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Os três Josés

26

Todo esse império começou em 1950, quando o jovem José Vasconcelos de Carvalho, então com 30 anos incompletos, juntou o que aprendeu em cursos de especialização em administração nos Estados Unidos à experiência profissional adquirida nas lojas “A Exposição”, de propriedade do seu pai, Lauro de Souza Carvalho. Associou-se, também, aos primos José Cândido e José Luiz Moreira de Souza e abriu uma fábrica de roupas (Cia. Brasileira de Roupas) e a primeira loja da Ducal na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, então capital federal. Para viabilizar o sonho dos três Josés, foram levantados e investidos 22 milhões de cruzeiros. As vendas a crédito em até 24 vezes e a ousada promoção das "Duas Calças" foram as primeiras estra-

tégias de marketing para o crescimento da Ducal. A promoção sugeria que o cliente ficasse com uma calça para o trabalho e outra para o lazer. As roupas da marca eram de boa qualidade, mas não chegavam a ser sofisticadas e a ter cortes impecáveis. “Quem quiser roupa bem cortada, que procure o alfaiate”, dizia Paulo Afonso de Carvalho, irmão de José Vasconcelos, fundador da Ducal.

Publicidade

Na publicidade, a Ducal investiu em modelos e manequins, desconhecidos e famosos, como Pelé que, graças à conquista da Copa do Mundo, em 1958, começava a ser requisitado pelos anunciantes. Pelé foi o primeiro garoto-propaganda famoso da Ducal. Era notório que a marca queria usar o esporte como conceito de comunicação. Outro exemplo foi o patrocínio ao programa esportivo de debates “Ducal nos Esportes”, um tipo de programa que, hoje, chamamos de mesa-redonda. O período próspero da marca acabou na metade dos anos 60. A inflação acabou trazendo grandes prejuízos para a Ducal, por causa do seu crediário em parcelas fixas e sem correção monetária. Foi necessário que a Ducal se unisse à igualmente famosa rede mineira de eletrodomésticos Bemoreira em 1966. A parceria teve sucesso entre o final dos anos 60 e início dos 70. Mas, a inflação continuava prejudicando o sistema de crédito e a marca não acompanhou as mudanças da moda e de comportamento do consumidor. Consequentemente, a Bemoreira-Ducal entrou em decadência. À medida que o grupo saía da mídia, as lojas começaram a ser fechadas uma a uma. A última, localizada no município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, foi desativada em 1986.


A data de comemoração do Dia das Crianças varia de país para país. A ONU - Organização das Nações Unidas declarou o 20 de novembro como o Dia Mundial da Criança, por ser a data da aprovação da Declaração Universal dos Direitos da Criança, em 1959. A Declaração reúne preceitos que são fiscalizados pela UNICEF, organismo da ONU criado com o fim de integrar as crianças na sociedade e zelar pelo seu convívio e interação social, cultural e até financeiro, conforme os casos, dando-lhes condições de sobrevivência até a sua adolescência.

Tempos depois, em meados dos anos 50, a fábrica de brinquedos Estrela e Johnson&Johnson lançaram, com grande sucesso, a “Semana do Bebê Robusto (ou Bebê Johnson)”, que depois se

tornaria a “Semana da Criança”. Lojistas no Brasil começaram a promover a data, vendendo, além de brinquedos, muitos outros artigos para crianças, como roupas e calçados.

HISTÓRIA DO COMÉRCIO

O DIA DA CRIANÇA

Já no Brasil, a data é o 12 de outubro. Em 1923, o Rio de Janeiro sediou o 3º Congresso Sul-Americano da Criança. No ano seguinte, o deputado federal Galdino do Valle Filho elaborou projeto de lei sugerindo a criação do Dia da Criança. Em 5 de novembro de 1924, foi aprovado o decreto nº 4867, instituindo o 12 de outubro como data oficial para a comemoração do Dia da Criança, em alusão à mesma data, mas de 1492, quando Cristóvão Colombo chegou à América, chamada durante séculos de “Continente-Criança”.

Foto: Divulgação

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Antes, em 1925, fora proclamado, em Genebra, o Dia Internacional da Criança durante a Conferência Mundial para o Bem-estar da Criança, sendo celebrado desde então em 1 de junho em vários países.

27


CURIOSIDADES

CURIOSIDADES Sapatos de salto alto

Hoje, são acessórios que realçam a beleza e a sensualidade feminina. No entanto, quando surgiram e durante alguns séculos, os sapatos de salto alto eram símbolo de status, indicavam uma alta posição social, e não tinham relação com gênero.

Biqueiras alongadas

datam do século 12. Também símbolo de status, quanto maior o comprimento das biqueiras, mais rico era considerado quem as usava. No auge dessa moda, os sapatos chegavam a medir 60 centímetros do calcanhar até o fim da biqueira.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

O salto francês Luís XV

28

O salto carretel, largo na ponta e na base e acinturado no meio, na verdade surgiu no reinado do antecessor, Luís XIV, que, segundo registros históricos, tinha baixa estatura e queria parecer mais alto. Apenas homens usam saltos então. No período em que reinou Luís XV, o salto alto passou a ser usado também por mulheres e tornou-se famoso. Até hoje, o estilo Luís XV é referência para estilistas e designers de moda. Já na corte de Luís XVI, os homens usavam sapatos de saltos decorados com cenas bucólicas ou românticas.

No Brasil

os sapatos ganharam importância como acessório de moda com a chegada da corte portuguesa, em 1808. Surgiram várias sapatarias no Rio de Janeiro para atender a alta sociedade local, mas os calçados normalmente vinham da Europa. No final do século 19, o modelo básico do calçado feminino era a botina fechada de camurça, de pelica ou de seda para as mulheres mais abastadas.

Saltos e botas

O salto foi crucial para evitar que homens que montavam a cavalo escorregassem do estribo. Já as botas (booty em inglês) até a altura das coxas, originalmente, eram usadas por piratas e contrabandistas, que escondiam nelas valores roubados – uma prática que deu origem ao termo “bootlegging” (contrabando).

Direito e esquerdo

Os primeiros pés de sapatos “direito” e “esquerdo” foram criados por volta de 1822, por sapateiros norte-americanos, que utilizavam duas formas. Estes sapatos eram chamados de “tortos”.

Decência

No fim do século 19, senhoras não deviam chamar demasiada atenção em público. O vestuário devia ser “decente” e exigia sapatos escuros. Nos anos 30 e 40, sapatos que mostrassem os dedos dos pés eram considerados indecentes.

Salto plataforma

Devido à escassez de aço na Itália na década de 1940, o designer Salvatore Ferragamo começou a experimentar novos materiais e acabou desenvolvendo um dos sapatos altos mais confortáveis do mundo à época.

Sapatos caros

Um dos pares dos icônicos sapatos de rubi da personagem Dorothy, do filme "O Mágico de Oz", foi arrematado, em um leilão, pelo diretor Steven Spielberg e pelo ator Leonardo di Caprio por cerca de US$ 2 milhões e doado à Academia de Artes e Ciências do Cinema.


SAÚDE E BEM-ESTAR

Doação de órgãos

Um gesto nobre que salva vidas

O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto. O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Geralmente, os doadores são pessoas que sofreram acidente que provocou traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica. Se você quiser ser um doador, a atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares uma vez que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação. Um dos membros da família também pode manifestar o desejo de doar os órgãos e tecidos ao médico que atendeu o paciente ou à comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos do hospital. Pode também entrar em contato com a Central de Transplantes, que tomará as providências necessárias. A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra, e todos os cuidados de reconstituição do corpo são obrigatórios pela Lei n° 9.434/1997. Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes, sem qualquer deformidade. Não há necessidade de sepultamentos especiais. O doador poderá ser velado e sepultado normalmente.

Doação em vida O "doador vivo" é considerado uma pessoa em boas condições de saúde – de acordo com avaliação médica – capaz juridicamente e que concorda com a doação. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos podem ser doadores. Não parentes podem ser doadores somente com autorização judicial. O rim, por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins e tanto o doador quanto o transplantado podem levar uma vida perfeitamente normal. A medula óssea pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue. Já no caso do fígado ou do pulmão, podem ser doadas partes destes órgãos.

DISQUE-TRANSPLANTE 155 O Disque-Transplante – 155 – é responsável por receber as notificações de morte encefálica em todo o Rio de Janeiro, agilizando o contato entre os profissionais de saúde e o Programa Estadual de Transplantes (PET). Além disso, é um dos canais de comunicação por meio do qual a população pode esclarecer suas dúvidas sobre transplantes. O Disque-Transplante funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo. Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro Avenida Padre Leonel Franca, 248/1º andar, Gávea, Rio de Janeiro - RJ Tel.: 155 (Estado do Rio de Janeiro) e (021) 2333-7550 (outros estados) Central Nacional de Transplantes Horário: 24 horas por dia, 7 dias por semana. Telefone: 0800 644 6445

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos é celebrado em 27 de setembro. O principal objetivo desta data é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser doador de órgãos. Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam da doação.

29


LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

Obrigações dos Lojistas

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Outubro e Novembro de 2018

30

1/10 1/11

DCT – Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT e apresentá-lo à CEF para efetuar o cadastramento.

4/10 5/11

ISS – Recolhimento do imposto. O prestador deve gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. OBS: os prestadores de serviços devem recolher o ISS no terceiro dia útil de cada mês, conforme o Dec.44.030 de 7/12/17. A nova regulamentação já está sendo aplicada desde à competência dezembro de 2017, que foi paga até o dia 4 de janeiro de 2018.

5/10 7/11

ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior.

5/10 7/11

FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.

5/10 7/11

CAGED – Cadastro de Empregados. Remeter via Internet, por meio do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários ocorridos no mês anterior.

10/10 9/11

IR/FONTE – Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior.

10/10 ICMS - Empresas varejistas e atacadistas 9/11 devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativo ao mês anterior.

15/10 PIS, COFINS, CSLL – Referentes a fatos 14/11 geradores ocorridos na 2ª quinzena de

setembro/outubro 2018. Retenção de contribuições: pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).

20/10 SUPER SIMPLES/SIMPLES NACIONAL – 20/11 Pagamento do DAS referente ao período

de apuração do mês anterior (setembro/ outubro 2018).

20/10 INSS – Recolher a contribuição previ20/11 denciária referente ao mês anterior. 24/10 COFINS – Recolher 3% sobre a receita 25/11 do mês anterior, exceto as empresas tributadas no lucro real.

25/10 COFINS – Recolher 7,6% para empresas 23/11 tributadas no lucro real. 25/10 PIS – Recolher 0,65% sobre as opera23/11 ções do mês anterior. 31/10 PIS, COFINS, CSLL – Referentes a fatos 30/11 geradores ocorridos na 1a quinzena de

outubro/novembro 2018. Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).

31/10 IR/PJ – Empresas devem efetuar o re30/11 colhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

31/10 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – Empresas 30/11 tributadas com base no lucro real, pre-

sumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.


O LOJISTA RESPONDE

Pergunte!

O empregador deve recolher a contribuição social de que trata o art. 1º da Lei Complementar nº 110/01 (10% sobre o montante de todos os depósitos do FGTS) na hipótese de haver rescisão por acordo entre empregado e empregador, disposto no art. 484-A da CLT, com redação dada pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista)? Não. Além das alterações em algumas verbas, conforme estipulado no art. 484-A da CLT, há também a mudança com relação à contribuição social de 10% prevista no art. 1º da LC nº 110/2001. Apesar de a lei não ter trazido qualquer isenção expressa, referente ao seu recolhimento na rescisão em comum acordo, a Caixa Econômica Federal publicou a versão 5 do Manual do Aplicativo da GRRF, com os novos códigos para rescisão em comum acordo, disponível para download no site da Caixa, www. caixa.gov.br. Nesta nova versão, o cálculo da GRRF já acata o que está em vigor atualmente, tanto com relação aos novos códigos quanto com a exclusão do valor de 10% de contribuição social sobre saldo do FGTS, que antes da reforma trabalhista se dava por obrigatória e, agora, não é devida nesta modalidade de rescisão. Quem deve solicitar o pagamento do salário-maternidade da segurada empregada em empresa? O Instituto Nacional do Seguro Social esclarece que o benefício do salário-maternidade, no caso de seguradas empregadas, ou seja, que trabalham em empresas, deve ser pedido diretamente pelo empregador. Isto significa que essas seguradas não precisam pedir o benefício ao INSS. O pagamento do salário-maternidade das gestantes empregadas é realizado diretamente pelas empresas, que são ressarcidas pelo INSS posteriormente. A exceção, isto é, as seguradas que precisam pedir o benefício diretamente ao INSS,

aplica-se aos seguintes casos: Empregada MEI (Microempreendedor Individual); Empregada Doméstica; Empregada que adota criança; e casos de falecimento da segurada empregada que gerem direito a complemento de pagamento ao cônjuge viúvo. Quantos dias o empregado tem direito a se ausentar do serviço para acompanhar filho em consulta médica? Conforme art. 473, inciso XI da CLT, o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, um dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em consulta médica. O empregado, antes de gozar as férias, deve entregar sua CTPS ao empregador? Sim. De acordo com o art. 135, §1º da CLT, o empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. O empregado demitido por justa causa tem direito a receber férias proporcionais? Não. O empregado dispensado por justa causa perde este direito. No entanto, férias vencidas, caso tenha, devem ser pagas normalmente. Até quando o empregador deve pagar ao empregado a primeira parcela do 13º salário? A primeira parcela do 13º salário deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, sendo que o valor da primeira corresponderá à metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior, sendo pago proporcionalmente ao tempo de serviço do empregado prestado ao empregador, considerando-se a fração de 15 dias de trabalho como mês integral. Quantos dias o empregado pode faltar ao serviço em caso de casamento? De acordo com o art. 473 da CLT, o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, por até três dias consecutivos, em virtude de casamento.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Os empresários lojistas, mesmo não sendo associados ao SindilojasRio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias pelo telefone (21)2217-5062, das 9h às 17h, de 2ª a 6ª feira. A advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, responde a algumas perguntas:

31


OPINIÃO

das obrigações sociais, fiscais, trabalhistas e previdenciárias, por parte das empresas e a simplificação de uma série de documentos elaborados pelos empregadores, mensalmente e anualmente, girando em torno de 15 obrigações. Com essa nova tecnologia haverá economia de papel e dinheiro. É a busca da adequação perfeita! Por incrível que pareça, esse sistema não é novo, pois existe há quatro anos, mas só agora, após o amadurecimento das plataformas tecnológicas é que foi liberado para implantação.

VALMIR DE OLIVEIRA

Gerente Administrativo/Financeiro do SindilojasRio

O e-Social chegou para abalar!

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

Todos nós, empregados e empregadores, temos necessidade de conhecer os princípios básicos do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, denominado eSocial, a nova forma de enviar informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias à Receita Federal, Ministério do Trabalho, Previdência Social, Caixa Econômica Federal (gestora do FGTS), para um único banco de dados, via Internet.

32

É o que alguns consultores afirmam: saímos da cultura (improvisação) e ingressamos na legalidade, pois todos os sistemas de gestão de pessoas no Brasil sofrerão alterações operacionais impactantes, em razão das inúmeras informações a serem fornecidas e a parametrização de cada procedimento. As empresas, obrigatoriamente, vão ter que criar sistema de comunicação interna para aumentar a velocidade de integração dos funcionários com o RH e do RH com o Fisco. De outra forma, os objetivos do programa não serão alcançados já que dependem de um fluxo de processamento bastante rápido e eficaz. O grande lance do eSocial é unificar procedimentos, trazendo veracidade e modernidade, garantindo os direitos dos trabalhadores, ampliando o poder de fiscalização precisa do Governo no cumprimento

Inicialmente, foi criado um cronograma para iniciar os trabalhos, ficando estabelecido que as grandes empresas, com faturamento maior que 78 milhões de reais, iniciassem o cadastro em janeiro/2018 ; as demais empresas, em julho/2018 e os órgãos públicos, em janeiro/2019, obedecendo ao seguinte faseamento nas suas datas específicas: Fase 1 - Cadastro do empregador e tabelas; Fase 2 - Informações dos trabalhadores e formas de vínculos; Fase 3 - Envio da folha de pagamento; Fase 4 - Substituição da GFIP e compensação cruzada; Fase 5 - Dados de segurança e saúde do trabalhador. A estrutura das informações deve permanecer inalterada. Porém, com relação aos prazos, no balanço das horas tudo pode mudar. É claro que as grandes e médias empresas prepararão seus núcleos envolvidos neste processo todo para atender as exigências e naquelas que não possuem estrutura para enfrentar esse desafio, o anjo da guarda será o contador, profissional adequado para executar este tipo de trabalho, mas que vai precisar, e muito, do nosso auxílio nas informações individuais. Alguns exemplos: *Casou, mas não alterou o nome na identidade e demais documentos: vai ter que alterar! *Todos os dependentes acima de 12 anos em 2017 e 6 anos em 2018, deverão ter CPF! Ainda nos dependentes, um filho só pode ser dependente do pai ou da mãe! *As contratações de empregados devem ser informadas antes da admissão, com documentação completa e atestado admissional já pronto, sob pena de não ser contratado! * Nas licenças médicas, os atestados a partir de três dias, deverão constar no sistema. Não se poderá emendar férias com afastamentos superiores a 30 dias! É velocidade pura! Dar-se-á muita importância ao CPF e CNPJ para cruzar informações. Não adianta comprar equipamento de proteção (EPI) em lojas não credenciadas pelos órgãos certificadores: problemas à vista e multas também! A missão é essa: todo mundo ligado!


CENTRO DE TREINAMENTO DO SINDILOJASRIO

.>ln I OJaS. R 10 ed·1·

O Centro de Treinamento Presidente Aldo Gonçalves é o espaço destinado a treinamentos, recrutamento e seleção, reuniões e eventos, com toda a infraestrutura necessária à realização dessas atividades. Para seus próximos eventos, consulte-nos e conheça as vantagens de alugar um espaço no Centro de Treinamento do Sindilojas.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2018

atashow - Fllpchart - Quadro branco - lntemet banda larga - Wlfl -Ar condicionado

33 Rua da Qultanda,3 - ,. andar - RJ / CEP: 20011-030 / Tel.: (21) 2217-5005 / e-mall: contatoOlvar-rj.com.br



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.