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ANO LXXXI N°889 Jan/Fev 2014 PUBLICAÇÃO MENSAL DO SINDILOJAS-RIO E DO CDLRIO
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Unidos pela tradição
Mensagem do Presidente
Burocracia
crescente prejudica
lojistas
Aldo Carlos de Moura Gonçalves, Presidente do SindilojasRio e do CDLRio
L
eis redundantes ou prejudiciais aos lojistas têm se multiplicado, nos últimos tempos, afetando o comércio do Rio de Janeiro, setor chave da economia fluminense que já vem acumulando prejuízos diversos. Pesada carga tributária, excesso de feriados, mudanças viárias em áreas como a do Centro e da Zona Sul, que inibem o comércio, são exemplos das dificuldades que os lojistas enfrentam. Enquanto abrir ou fechar um negócio, por exemplo, continua sendo um processo moroso e burocrático, nossos legisladores se esmeram em produzir leis que só pioram este cenário de dificuldades. O mais recente exemplo é a nova lei que obriga os estabelecimentos lojistas a disponibilizarem um Livro de Reclamações aos clientes, sob o pretexto de fornecer ao consumidor fluminense mais um recurso para reclamar de atendimento no varejo. Além de redundante, já que não faltam meios ao consumidor para reclamar seus direitos, trata-se de uma legislação anacrônica, totalmente impensável, em tempos de tecnologia tão avançada. Tanto na capital como no interior do estado, diferentes instituições oficiais atendem o consumidor, como as promotorias de Justiça de Tutela Coletiva do Consumidor e o Sistema Es-
tadual de Defesa do Consumidor, constituído pelo Ministério Público estadual ou federal, Procon/RJ, Procon Carioca, Ordem dos Advogados do Brasil e Comissão de Defesa do Consumidor da ALERJ, além dos próprios Procons carioca e estadual. O consumidor tem, ainda, para reclamar, as seções dos jornais impressos e sites voltados à Defesa do Consumidor. Pesquisas mostram que as reclamações sobre lojas representam baixos índices, o que só reforça uma verdade: os lojistas sabem que é mais simples procurar atender de imediato as reclamações justas. Neste sentido, vale ressaltar que, devido à nova lei, os lojistas poderão ser prejudicados, inclusive, por reclamações falsas, feitas de má-fé, pois não poderão impedir que as mesmas sejam registradas. Diferentemente dos órgãos oficiais, que podem não acatar o registro, quando consideram a reclamação inadequada. A incoerência é tanta que, ao mesmo tempo em que o governo estadual alardeia novas tecnologias, como o aplicativo web “Meu Procon-RJ” – que permite ao consumidor fazer sua reclamação em tempo real, pela internet, utilizando até o celular – sanciona a Lei do Livro de Reclamações, um verdadeiro retrocesso:
as queixas têm que ser registradas em três vias e, como ainda não se encontra à venda nas papelarias, é preciso imprimir a papelada toda, pelo site do órgão, montar o livro e levá-lo para ser autenticado, por meio de carimbo e registro no Procon estadual. Todo mês. Ou seja, o livro já é mais uma despesa desnecessária e, mesmo sendo pouco ou não utilizado, exigirá o cumprimento de toda uma rotina burocrática. É fundamental que nossos legisladores aprofundem suas análises antes de propor leis redundantes ou que provoquem consequências nefastas, que só contribuem para aumentar a burocracia vigente, penalizando ainda mais o comércio lojista. É fundamental que haja maior interação e articulação entre o poder público e as entidades representativas, que têm o direito de manifestar-se sobre projetos de lei que afetarão suas categorias. Com esta perspectiva, o SindilojasRio e o CDLRio estão sempre atentos e prontos a agir, pois acreditamos que o diálogo e o entendimento ainda são a melhor forma de construir políticas públicas que atendam às demandas da população sem ferir, contudo, o desenvolvimento dos setores produtivos. Revista Empresário Lojista
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Sumário VOCÊ CONCORDA?
MENSAGEM DO PRESIDENTE
1 - Burocracia Crescente Prejudica Lojistas
Treinamento
MATÉRIA DE CAPA
para vendedores
3 - Liquidação – Sempre uma Boa Estratégia
ARTIGOS
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18 - A Mediação na Resolução dos Conflitos 22 - Lições da Copa 23 - Perspectivas para o Comércio 25 - Envio de Torpedos (SMS) a Consumidor é Abusivo
COMEMORAÇÕES
NEGOCIAÇÃO
15 - Lojistas do Rio Comemoram o Dia do Comerciante
Negociar:
o verbo mais conjugado
CURIOSIDADES
7 - Curiosidades do Comércio
DIREITOS DOS LOJISTAS
24 - Pergunte! Empresário Lojista Responde 26 - Leis e Decretos 30 - Obrigações dos Lojistas
HOMENAGEM
20 - Conrado Gruenbaum
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OS NÚMEROS DO VAREJO
27 - Termômetro de Vendas
A mediação na
OPINIÃO
resolução dos
32 - Diversidade Sim, Dificuldade Não
conflitos
SINDICALISMO
4 - Reconhecimento aos Colaboradores
VAREJO
14 - Lojas na Tradicional Rua da Carioca vêm Fechando
Presidente do SindilojasRio e do CDLRio Aldo Carlos de Moura Gonçalves
Diretoria do SindilojasRio
Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt Superintendente: Carlos Henrique Martins
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Revista Empresário Lojista
JURÍDICO
Diretoria do CDLRio
Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym
Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira / Carlos Henrique Martins / Andréa Mury
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CDLRio: Ubaldo Pompeu / Abraão Flanzboym / Lúcio Ricardo / Barbara Santiago Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE n° 7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: Luiz Bravo - Telefone: 21 2217-5000 Revisão: Simone Motta Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Projeto Gráfico e Editoração: Márcia Rodrigues / Leandro Teixeira Supervisão Gráfica Criação de Capa: Roberto Tostes - robertotostes@gmail.com Capa - foto: Loja Mercatto Empresário Lojista: Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro - SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio
Versão Online: www.cdlrio.com.br e www.sindilojas-rio.com.br
Matéria de Capa
Liquidação – Sempre uma boa Estratégia
A
s incertezas geradas pelo atual cenário econômico, com desaceleração da produção industrial e, consequentemente, do crescimento, inflação em alta, acesso mais difícil ao crédito e juros altos, maior endividamento das famílias e insegurança em relação à manutenção do emprego, acenderam a luz vermelha não apenas para os consumidores, mas, também, para o comércio de varejo. Não à toa, a confiança dos empresários do varejo atingiu o pior nível nos últimos três anos. No Rio de Janeiro, a situação do comércio varejista não é diferente, apesar de ser um dos setores que mais movimenta a economia do estado. À apreensão gerada pelos rumos da economia se juntam às dificuldades que os lojistas vêm enfrentando nos últimos tempos: problemas que vão das obras que atrapalham o dia a dia da cidade ao excesso de feriados, passando pela falta de profissionais qualificados e pelo aumento dos valores praticados nos aluguéis de espaços comerciais tanto dos shoppings como os de rua. Diante deste quadro, além de procurar fortalecer seus processos de gestão do negócio, o comércio lojista precisa se reinventar a cada dia, para conquistar novos clientes e fidelizar os antigos. No âmbito destas ações estão as liquidações, promoções, queimas de estoque, bazares, realizados em datas especiais, mas também sempre que é necessário esquentar as vendas ou zerar estoques. Independentemente das expressões usadas pelo comércio, o importante é atingir bons resultados. Para discutir este tema, a Revista Empresário Lojista procurou o
professor de Finanças do Ibmec/RJ, Gilberto Braga, e o gerente comercial da rede de lojas de moda feminina Mercatto, Guilherme Cohen. Confira as entrevistas. > Com Gilberto Braga, do Ibmec/RJ: Revista Empresário Lojista (REL): Para que servem as liquidações no varejo? GB – Trata-se de uma ação regular e recorrente em momentos de mudanças de tendências de mercado. Isto pode ser ocasionado pelo fim de uma estação, pelo fim de uma situação específica (Copa do Mundo, Carnaval), ou por datas especiais (Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, Natal etc.). A ação é necessária para vender os estoques que ficaram encalhados, diminuindo os custos de sua manutenção e gerando caixa para o lojista. REL: Existe melhor época para se fazer liquidações? GB – Sempre que ocorre uma mudança de tendência, enquanto os produtos a serem liquidados ainda merecerem a atenção de consumidores, que se motivam a comprá-los devido à redução dos preços. Trata-se do momento ideal entre deixar o produto encalhar e gerar custos maiores (de produção e manutenção no estoque) e vendê-lo por um valor menor, mas que ainda remunere o lojista ou pelo menos que recupere o seu custo. REL: Com uma gestão de estoque mais eficiente, continuaria sendo necessário fazer liquidações ou elas já fazem parte da estratégia de marketing do comércio? GB – Isso vai variar em função de cada
Gilberto Braga, do Ibmec/RJ
cadeia comercial. Há redes de comércio que trabalham com grandes volumes de produção e já planejam uma sobre estratégica para as liquidações, como por exemplo, as lojas de departamento. Em outras lojas, como as de roupas de coleção sofisticadas, a liquidação é voltada para as peças encalhadas. Logo, pode ou não fazer parte do marketing do comércio. > Com Guilherme Cohen, gerente comercial da Mercatto: A Mercatto atua no segmento de moda feminina há 20 anos. Sua primeira loja foi aberta no Rio de Janeiro, em 1994, e, hoje, são mais de 90 lojas espalhadas pelo Brasil, além da loja virtual. REL: Por que fazer liquidação e quais são os aspectos positivos e negativos? GC – A liquidação tem como objetivo principal escoar as sobras de produto que não tiveram boa aceitação duranRevista Empresário Lojista
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Matéria de Capa
te a coleção. Sendo assim, os principais aspectos positivos da liquidação são o escoamento das sobras de produtos e a oportunidade que proporcionamos às nossas clientes de comprar a um preço muito mais acessível. Como pontos negativos, temos a perda de margem, devido as demarcações que fazemos e o vício que as clientes passam a ter em comprar com o preço demarcado. REL: A Mercatto trabalha com um cronograma das liquidações para o ano, ou estas são feitas de acordo com o estoque? GC – Temos um cronograma, porém ele sempre é regido pelo estoque. É o estoque que nos sinaliza quando temos que entrar com a liquidação, qual a duração e, principalmente, qual a intensidade. REL: Existe uma época melhor para fazer liquidação? GC – O melhor momento para entrar com as liquidações é no final das coleções, pois é quando o que resta na loja, de forma geral, não foi bem aceito pelas clientes. Neste momento, o preço é nossa maior ferramenta para escoar estes produtos. REL: Com uma gestão de estoque mais eficiente, as liquidações são necessárias? Ou elas são parte da estratégia de marketing do comércio? GC – Nós sabemos que uma parcela das clientes é “viciada” em liquidações. Por isto, não temos como escapar das liquidações como uma ferramenta de marketing para aumentar as vendas. No entanto, com a gestão mais eficaz do estoque, conseguimos potencializar esta ação, colocando os produtos certos para o momento e, não, produtos que não chegaram antes devido a um atraso de produção, por exemplo. 4
Revista Empresário Lojista
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Cinco fatores de sucesso de uma liquidação Por Alain Winandy
• Periodicidade: Não mais que quatro ao ano (de acordo com as estações), mas o melhor é fazer apenas uma, no máximo duas. Faça o cliente esperar por ela, ter expectativa; • Credibilidade: Boas oportunidades (produtos atrativos). Capriche no preço (não tem por onde correr, liquidação é campanha de preços e, bem agressivos). Faça o fornecedor participar, reserve verba específica para a promoção; • Controle: Controle seus funcionários (afinal, eles já têm vantagens que os clientes não têm, e precisam entender que estas ações servem para fidelizar clientes e garantir vendas futuras). Controle também prestadores de serviço, margens e a flexibilidade de ação das lojas (no mês de liquidação, o planejamento já deve contemplar margem menor ou recuperação da reserva de verba de liquidação). Controle a distribuição das ofertas no período da promoção (para que a liquidação não termine no primeiro momento, frustrando clientes que foram atraídos pela campanha); • Planejamento: Prepare a loja para receber mais clientes e, mesmo assim, atendê-los de forma rápida e confortável (você quer que o cliente novo volte e ainda tem o cliente regular, que pode estar lá independentemente da promoção. Pode parecer incrível, mas existem lojas que não abrem no horário normal, por causa da preparação, e o cliente só fica sabendo disso quando chega ao estabelecimento); • Divulgação: Curta e direta, apenas avisando a chegada do período de liquidação, sem preços (além de você, provavelmente, não ter volume suficiente para um produto atrativo de preço excepcional, a maior atração será a experiência do cliente em suas liquidações anteriores, assim como o boca-a-boca que ela proporcionar). No mais, especificidades de cada ramo de negócios, de cada empresa. Sucesso em sua próxima liquidação! Alain Winandy é consultor de Varejo, com ampla experiência em cargos de gerência e direção, em empresas nacionais e multinacionais. Professor de Pós-Graduação da FGV-BI, da FGV ONLINE, é autor do blog Campanhas de Varejo: http://www.campanhasdevarejo.blogspot.com.br
Sindicalismo
Reconhecimento aos Colaboradores
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s melhores vendedores da campanha de associativismo “O SindilojasRio de chuteiras” foram premiados durante o XIX Encontro de Colaboradores da entidade nos dias 1, 2 e 3 de agosto, no Mara Palace Hotel, em Vassouras. O anúncio foi feito pelo superintendente Carlos Henrique Martins e pelo gerente comercial José Carlos Pereira. A equipe vencedora, formada por An-
dré Demétrio, Angélica Juvêncio, Jéssika Vieira, Jorge Rocha e Paulo Teixeira, realizou 207 negócios no período de 1º de janeiro a 31 de julho. Foram contabilizados como negócios associações ao sindicato e contratos de Segurança e Medicina no Trabalho (PPRA/PCMSO). Já na categoria individual, a agenciadora da sede Angélica Juvêncio foi a grande campeã com 99 negócios realizados. Bruno Pizzani, da Delegacia da Barra da
Tijuca, foi o segundo, com 90; e, Diassagê Gonçalves, da Delegacia da Tijuca, foi a terceira com 89 negócios. As demais colocações ficaram assim: Rudinei Sebastião (4º lugar), Claudir Carlos (5º lugar), André Demétrio (6º lugar), Janaína Garbeloto (7º lugar), Jorge Rocha (8º lugar), Vágner Tavares (9º lugar) e José Luiz (10º lugar). A nova campanha, “Equipe: A engrenagem que move o SindilojasRio” começou no dia 4 de agosto e vai até 31 de dezembro.
Revista Empresário Lojista
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Consumo
Consumidor brasileiro propenso a poupar
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este 2014, o perfil de consumo do brasileiro há de ser moderado, reduzindo-se, assim, os gastos com determinados itens. Tentar planejar melhor as despesas em relação às de 2013 é outra preocupação. É o que afirma o relatório da Consultoria Mintel: “Estilos de vida dos brasileiros 2014: mudanças nos hábitos de consumo”.
Essa situação reflete a alta da inflação, sobretudo na renda, limitando o poder de compra. Assim, os gastos foram para serviços e itens de primeira necessidade, como o consumo de bebidas não alcoólicas, comida em casa e produtos de limpeza doméstica.
Para Sheila Salina, analista da Mintel, “É um amadurecimento do processo de compra. Com o freio no consumo ano passado, foi preciso refletir sobre hábitos de compras. A meta é tentar manter categorias conquistadas, fazendo escolhas mais acertadas”.
Tentar planejar melhor as despesas em relação as de 2013 é outra preocupação
Sheila coordena a pesquisa da Mitel no País, divulgada no final de maio, juntamente com os relatórios da China, Reino Unido e Estados Unidos. O relatório referente ao Brasil informa que em 2013, do total de R$ 3 bilhões gastos pelo consumidor brasileiro, R$ 1,79 bilhão foi para finanças pessoais e moradia, transporte e alimentação em casa, que têm maior peso no orçamento.
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Revista Empresário Lojista
A pesquisa, que ouviu 1.500 pessoas no País, considera que a evolução do consumo entre 2011 e 2013 vai da explosão de compras a reboque da nova classe média ao freio do ano passado. Até 2018, o estudo estima que o consumo cresça em
média 7,2% ao ano, alcançando R$ 4,24 bilhões. Incentivados a quitar dívidas e poupar, os consumidores devem evitar compras por impulsos, privilegiando itens mais acessíveis, que tragam satisfação. Os gastos com extras serão limitados, mas quando ocorrerem serão ditados pela indulgência. São compras justificadas pelo “eu mereço”. Sheila considera que haverá ponderação em tudo. No supermercado, o consumidor pode escolher um pacote de biscoito Premium e um amaciante menos top. As férias serão mais baratas, para destinos próximos. Já deve haver família pensando no day use, isto é, passar apenas um dia em um hotel. A pesquisadora considera que haverá duas categorias de consumidores destacando-se em demanda: pais que têm filhos menores em casa e jovens adultos, de 16 a 34 anos. Os primeiros, na busca por itens de alimentação para o lar e produtos de cuidado doméstico. Já os outros, vestuário e itens de beleza.
Curiosidades
Curiosidades
do comércio
Barbara Santiago Gerente do Centro de Estudos do CDLRio
Promoção Ferramenta de marketing e de comunicação de marketing que tem a função de motivar consumidores e prospectos. Termo genérico em Marketing Direto que engloba todas as ações referentes a um projeto. Uma promoção pode ser tanto o material que faça parte de malas diretas, quanto uma campanha de resposta direta na televisão. Por promoção é preciso entender algo como pacote promocional referente a algum produto ou serviço. Não confundir com promoção de venda ou de imagem desenvolvida por profissionais de agências de promoção.
Liquidação É uma venda retalhista de mercadorias a preços muito reduzidos, levada a cabo por um comércio por vários motivos, tendo em vista uma saída rápida.
Dia dos Pais Segundo a tradição, nos Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho. Em Portugal e na Itália, o Dia dos Pais é comemorado em 19 de Março, seguindo a tradição da Igreja Católica, que neste dia celebra São José.
De acordo com esta definição, a liquidação distingue-se dos saldos, que consistem em reduzir os preços ou em aplicar descontos a determinados artigos. Por isso, quando um comércio anuncia que está em fase de liquidação para marcar o final de uma estação (para acabar com o estoque de Outono-Inverno, por exemplo, de modo a receber a nova coleção), na verdade, está em saldos. Sendo, portanto, este o termo correto.
Oferta É a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores e vendedores desejam em determinado período. Representa um plano ou intenção de produtores ou vendedores, e não a venda efetiva. As variáveis que afetam a oferta de dado bem ou serviço são: quantidade ofertada do bem, preço do bem, preço dos fatores e insumos de produção, preço de outros bens, substitutos na produção, objetivos e metas do empresário.
No Brasil, é comemorado no segundo domingo de Agosto. No país, a divulgação da data é atribuída ao jornalista Roberto Marinho, para incentivar as vendas do comércio e, por conseguinte, a venda de seu jornal. A data escolhida foi o Dia de São Joaquim, sendo festejada pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953.
Outlet:
Dois anos depois, várias entidades da imprensa se juntaram a fim de promover um concurso onde homenageariam três tipos de pais: o pai com maior número de filhos, o pai mais jovem e o pai mais velho. Os vencedores foram um pai com 31 filhos, um pai de 16 anos e um pai com 98 anos.
Pelo fato de promover vendas a varejo, existe a redução dos custos de propaganda, manutenção, o que possibilita vender marcas comerciais famosas, grifes de luxo, a preços mais acessíveis do que geralmente são encontrados.
É a denominação para um mercado de vendas a varejo, no qual os produtores e industriais vendem seus produtos diretamente ao público, e geralmente com um preço inferior ao que é oferecido nas lojas. As lojas são abertas como num shopping, mas geralmente localizam-se nas saídas de grandes cidades ou regiões metropolitanas, por isso, o nome outlet, que em inglês significa saída, passagem, escoadouro e mercado.
No Brasil, um dos primeiros outlets foi aberto em São Paulo no ano de 2009, com o nome de Outlet Premium São Paulo e reúne cerca de 60 lojas e marcas. Revista Empresário Lojista
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Você Concorda?
Você concorda?
Regras para treinamento de vendedores O supervisor e treinador norte-americano Percy H. Whitting estabeleceu algumas regras que devem ser aplicáveis nos treinamentos de vendedores. O leitor depois de ler as regras, concordará ou não com o Percy? Qualquer que seja a sua posição, o leitor pode mandar seu comentário para a revista Empresário Lojista, através do e-mail empresariolojista@sindilojas-rio.com.br 1. Ensine os vendedores a falar o melhor que puderem. 2. Convença-os de que podem melhorar sua personalidade. 3. Ensine-lhes relações humanas, não como uma disciplina à parte, mas como algo ligado a vender. 4. Convença-os de que eles precisam saber cem vezes mais sobre a mercadoria do que é necessário usar numa conversa. 5. Ensine-lhes como fazer um dia inteiro de trabalho, acompanhando-os e demonstrando como vender. 6. Descubra o que seus vendedores precisam saber sobre como resolver os problemas deles e diga-lhes rápido. 7. Mantenha os vendedores interessados no treinamento de vendas, dando-lhes ideias que eles podem usar no dia seguinte para fazer uma venda. 8. Não faça preleções aos vendedores – qualquer outro meio conhecido de dar-lhes informações é melhor. 9. Não dê importância indevida ao treinamento. Ele faz maravilhas – mas não milagres. 10. Não ensine muita coisa de uma só vez. Não deixe nunca transcorrer um período de mais de 20 minutos sem uma interrogação. 8
Revista Empresário Lojista
11. Ajude-os a dominar o medo, através de duas maneiras: 1. Ensinando-lhes tudo o que eles devem saber sobre o seu produto, de tal forma que saibam que nenhum freguês poderá perguntar-lhes algo que não possa responder. Desse modo terá sido removida a causa principal do medo dos vendedores, e 2. Faça-os participar de um curso prático de falar em público. 12. Não pregue. Moral é coisa nobre e todos nós a aprovamos, mas um curso de vendas não é lugar para pregação. 13. Seja claro (tudo que você disser a um vendedor que possa ser compreendido erradamente, será compreendido erradamente). 14. Ensine aos vendedores bons hábitos
de linguagem, como por exemplo, falar corretamente. 15. Nunca responda mesmo sendo uma pergunta, porque você pode, quase sempre, obter respostas da classe. 16. Deixe que os vendedores auxiliem a ensinar. Aprender mais ensinando do que sendo ensinado. 17. Não diga: “Faça isto!” Diga em vez disso: “Vou lhe contar como fulano fez isso”. 18. Ensine os vendedores a serem cordiais, através de uma camaradagem para com eles. 19. Instrua os vendedores não somente nos produtos da organização, mas também em seus princípios e em sua maneira de agir.
Moda
Rio Moda debateu melhorias
nos segmentos de confecções e de vendas
A
s dificuldades enfrentadas para encontrar de costureiras a gerentes de produção foi a tônica dos debates no fórum Rio Moda. O evento, no final de junho, objetivou dar visibilidade da moda na economia do Estado do Rio de Janeiro. Promovido pelo Governo do Estado, pela Dupla Assessoria e Escala Eventos, o encontro reuniu confeccionistas e lojistas de moda do Rio, além de representantes dos governos fluminense e carioca. Outra questão debatida foi em relação à dificuldade de se cumprir os prazos face ao novo calendário da moda, que adiantou muito os pedidos das primeiras coleções. O Código de Vestir do Rio Definir o Código de Vestir do Rio foi considerado fundamental no evento. Tiago Patrick, o criador do site Rio Moda, explicou que o Rio é uma cidade globalizada e de convivência aberta. Para ele, os casais misturam suas estampas. Por sua vez, os gays elegem a Cidade como destino preferido. A praia está presente desde Ipanema até a arte de Santa Teresa. Já para Ricardo Gonzalez, consultor de marketing da Armadillo, a falta de moda no Rio atingiu a maneira de se vestir. Ricardo afirma que: “As pessoas sabem nos dizer o que querem da moda nas redes sociais”, acrescentando haver carência de bons restaurantes e lugares le-
gais para as pessoas se encontrarem, frisando que esses fatos interferem no modo de se vestir.
Um dos segredos do sucesso é personalizar a relação com o consumidor
com o consumidor também deve ser diferente”, ressaltou. Para ele, não se pode evidenciar que a pessoa tem que comprar o tempo todo, e sim, considerar como a presença dele, consumidor, é importante na loja, pois é uma maneira de valorizar a preferência do local de compra.
O consultor de varejo Luiz Alberto Marinho foi um dos expositores da Rio Moda. Seu tema foi “Novos Rumos do Varejo de Moda no Brasil e no Mundo”. Marinho considerou que um dos segredos de sucesso no varejo é saber personalizar a relação com o consumidor. Explicou o que se pode esperar do consumidor moderno. Para ele, o consumidor novo é muito mais exigente, pois tem mais informações e sabe como pesquisar no momento da oferta. Ele já entra na loja com o computador no bolso, isto é, com o smartphone.
A questão da venda através da internet ou diretamente na loja foi analisada pelo palestrante. Disse que a internet se tornou ferramenta para as compras. Todavia, considera que a explosão da web nos últimos anos não inviabilizou a venda presencial nas lojas, segundo suas pesquisas. Para Marinho, há muitas vantagens na loja. O consumidor tem o produto na hora, pode tocar e sentir o produto.
Marinho é da opinião de que a tendência atual obriga as lojas a apostarem no costumer center. É o conceito que coloca o consumidor como centro de tudo. Lembrou que alguém pode argumentar se não foi sempre assim. E a sua resposta: “Não foi sempre assim. No passado, a preocupação central era com a venda. A relação do vendedor
O palestrante considera fundamental que o lojista se prepare para o novo momento do varejo, sabendo que o consumidor está mais exigente, a economia não está favorável, e a competição aumentou muito. Para Marinho: “Ganha hoje quem for relevante e souber personalizar sua relação com o cliente”, destacou.
Revista Empresário Lojista
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Carta à Redação
Cartas à Redação Artigo Eu gostei muito do texto “Vale a pena cumprimentar?” apresentado na revista de julho, último. Concordo que a saudação faz muito bem para quem cumprimenta e para quem é cumprimentado, por isso, vamos nos policiar nas saudações mútuas, seja com quem for e em qualquer ocasião. Então Bom dia, Boa tarde e Boa noite! Márcia Mariano. Centro – Rio de Janeiro
Prezada Márcia. O pessoal da redação também agradece seus elogios.
Maria Motta – Centro
Prezado Editor, Li na edição de junho da Empresário Lojista artigo do presidente Aldo Gonçalves sobre a “Copa do Mundo, o comércio e os efeitos da informalidade”, com o qual concordo em gênero, número e grau. Realmente, em época como essa, a informalidade aumenta absurdamente. Sou testemunha ocular disso. Na porta da minha casa tem uma verdadeira feira que, além de fazer concorrência desleal com os lojistas, promove uma grande balbúrdia, tanto do ponto de vista do barulho, como do ponto de vista da sujeira. Por isso, concordo inteiramente com o presidente do CDLRio, que pede uma atuação firme das autoridades para combater a informalidade, que é o verdadeiro balcão do contrabando. Genésio S. da Silva
Prezada Maria Motta. O pessoal da redação agradece a sua manifestação, principalmente o Valmir. Vamos procurar atendê-la em seu pedido, na medida do possível.
Prezado Editor, Sou contadora e fiquei muito feliz ao ler na edição de junho desta revista a reportagem sobre a homenagem que o Jornal do Commercio, com o apoio do Clube
Textos criativos Como leitora da revista Empresário Lojista, gostaria de enfatizar que os textos do Sr. Valmir de Oliveira, lidos por mim até agora, são de muita criatividade e que nos levam a um aprendizado constante, pois retratam o cotidiano de maneira que sempre deixam uma mensagem de reflexão. Uma leitura leve e que nos faz pensar! Seria possível aumentar a frequência destes textos na revista ou simplesmente criar uma seção dedicada a este tipo de texto, como se fossem mensagens ao leitor, mesmo não sendo este o foco da revista?
de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro e o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro, prestou aos contadores no Dia do Contabilista. Como disse o presidente Aldo Gonçalves: “o evento é o reconhecimento da categoria, que é vital para os pequenos e médios lojistas”. Quero dizer que me senti homenageada. Gigi J. Serrinha Prezado Editor, Quero parabenizar a revista Empresário Lojista pela bela e interessante matéria sobre “Cliente Oculto – um aliado que pode fazer muita diferença”. Sou lojista e já fiz essa experiência, que foi de grande utilidade para o meu negócio. No meu caso, o diagnóstico foi muito bem feito e me permitiu tomar decisões acertadas, eliminando uma série de problemas. A entrevista com o economista Claiton Pacheco mostra justamente a importância dessa ferramenta para o varejo. Samuel T. Gouveia
Os lojistas que desejarem escrever para a Empresário Lojista, sugerindo, criticando ou comentando, poderão enviar suas contribuições para empresariolojista@sindilojas-rio.com.br ou via postal Empresário Lojista, SindilojasRio, Rua da Quitanda, 3, 11º andar, 20.011.030, Rio, RJ.
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Varejo
Cadastro Positivo O Cadastro Positivo é um banco de dados no qual são registrados os compromissos financeiros e de pagamentos relativos às operações de crédito e obrigações de pagamento adimplidas ou em andamento por pessoa física ou jurídica.
Consumidor PF O consumidor cadastrado poderá ser acompanhado pelo seu histórico de pagamentos, e assim ser avaliado de forma mais completa na análise de crédito. Além disso, o Cadastro Positivo poderá possibilitar ao consumidor ter acesso a melhores condições de negociação, prazos, limites e taxas reduzidas. Consumidor PJ Para o consumidor PJ, a grande vantagem oferecida pelo Cadastro Positivo é a possibilidade de registrar todo o seu histórico de pagamentos, incluindo seus compromissos adimplidos ou em andamento. Por meio de uma análise muito mais completa com o Cadastro Positivo, espera-se que o empresário de pequenas e médias empresas possa ter acesso a melhores condições de negociação através de seus parceiros comerciais para a solicitação de linha de crédito ou financiamento. Benefícios O Cadastro Positivo busca um conjunto de possíveis benefícios já em discussão na sociedade brasileira: • Melhores condições de acesso ao crédito; • Maior poder de negociação com empresas e credores; • Reconhecimento de bom pagador e, como consequência, melhores prazos, limites adequados ao perfil do consumidor e taxas diferenciadas; • Contratação de crédito de forma justa e sustentável. As informações positivas contribuem para a visão do comportamento global do cliente, permitindo, assim, uma ideia abrangente de seu histórico creditício.
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21 2506-5533 O Empresarial Gold é um relatório abrangente que permite avaliar potenciais de negócio com maior agilidade e segurança, aumentando a rentabilidade de sua carteira de clientes. Um relatório completo que possui dados cadastrais e comportamento de crédito, detalhados por blocos de informações, além de também fornecer uma análise de probabilidade de risco por meio de um modelo estatístico.
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Benefícios • Proporciona agilidade e segurança nas avaliações de crédito; • Fornece parâmetros para melhor definição de limites de crédito e prazos de pagamento, ajudando a reduzir a inadimplência, fraude e a aumentar a rentabilidade; • Proporciona redução dos custos operacionais no processo de análise de crédito; • Informações comportamentais e segmentadas sem custo adicional para empresas que compartilham dados de seus clientes com a Boa Vista Serviços; • Objetividade na análise de crédito em massa com o Score Empresarial e o Score Atacadistas e Distribuidores. Revista Empresário Lojista 11
Negociação
Negociar:
O verbo mais conjugado pelo homem-social
N
egociar é um dos verbos mais conjugados pelo homem-social. Negocia-se na família, no relacionamento com conhecidos, na empresa. Enfim, estamos sempre negociando. Todavia, esse processo será do conhecimento de todas as pessoas em sociedade? Talvez não. O lojista está sempre negociando. Seja com o fornecedor, seja com o consumidor. Portanto, conhecer a dinâmica do processo de negociar é essencial para o êxito do lojista. Há muitas alternativas de treinamento de negociação. O Instituto de Tecnologia Organizacional da Marcondes & Consultores Associados foi dos primeiros a promover seminários sobre negociação. Há mais de 30 anos seus eventos são baseados na teoria norte-americana de Will Schutz sobre negociação sindical. Com os anos, considerando as mudanças socioculturais, o processo de negociação vem se aprimorando. Odino Marcondes, presidente de empresa e autor do livro “Como Chegar à Excelência em Negociação”, editora Qualitymark, afirma que “os profissionais
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precisam aprender a negociar porque utilizam essa habilidade em praticamente todas as suas atividades”.
As pessoas participam de negociação para ganhar Para muitos, a base da negociação é a confiança. As pessoas acreditam que negociam com quem confiam. Odino Marcondes é contrário a essa opinião. Para ele, “Negocia-se porque não se confia”. Justifica com um exemplo: “Quando um subordinado pede algo ao superior e os dois começam a negociar, o que está pressuposto é que, provavelmente, o subordinado não precise tanto do que está pedindo e de que o chefe não esteja disposto a ceder”. A base é a falta de confiança, no caso. Se houvesse con-
fiança entre os dois, quando o subordinado fizesse o pedido, o chefe aprovaria na hora. Para o consultor, os sentimentos que correspondem a esses comportamentos são: “O primeiro é a importância, isto é, eu incluo alguém a quem dou importância. O outro é o de competência: eu me deixo influenciar por alguém que julgo competente. Por fim, o bem-querer: eu sou aberto com quem eu quero bem”. Pesquisa da Marcondes com seis mil participantes indica que os comportamentos predominantes entre os executivos são a busca do controle do outro, o desejo de ser incluído e que os outros sejam abertos com eles. Para Marcondes, o que a pesquisa identificou explica que muitas negociações chegam ao “ganha-perde”. “É com esse tipo de finalização que um dos lados controla o outro. Isso significa que esse vencedor se sente importante e competente”, afirma o consultor. Alerta que o negociador clássico, que não percebe esses processos subjacentes, tende a cair em armadilha. Isto porque em toda
Negociação
negociação existe uma agenda secreta composta por esses sentimentos”. Nem sempre o que está sendo negociado é tão explícito como parece, ressalta. As pessoas participam de negociação para ganhar. Todavia, adverte Marcondes, isto não quer dizer que a outra parte deva perder. Atingir o estágio do “ganha-ganha”, no entanto, exige novas posturas tanto por parte das empresas quanto dos indivíduos. Sobre essa questão, Marcondes lembra que no aspecto organizacional, além do treinamento dos negociadores, deve haver um conjunto de diretrizes da empresa frente aos conflitos. Isto não significa apenas um código impresso de ética, mas incorporação à vida prática das pessoas, tornando explícitos os valores desejados.
Negociadores devem revelar os seus interesses para que a criatividade possa ter lugar Quanto ao aspecto individual, o consultor acredita nos estilos de negociação que variam conforme a assertividade de cada um. Explica que “Um indivíduo assertivo é capaz de dizer sim ou não quando necessário. Num extremo dessa escala está o agressivo e, no outro, o não assertivo, aquele que se submete e, ao fazê-lo, acaba por negar-se. Quanto mais equilibrada e ética é a pessoa, mais as-
sertiva se apresenta, tornando-se capaz de fazer parcerias e fugir de situações destrutivas, do tipo ganha-perde”. Para Marcondes, a parceria ocorre quando as partes criam alternativas de benefícios mútuos. Apesar de haver quem seja contrário a essa posição, o especialista recomenda que os negociadores devam revelar os seus interesses para que a criatividade possa ter lugar. “Quem tem mais poder é o que tem mais alternativas. Já quem está na posição de “pegar ou largar” tem poder virtualmente nulo”. Concluindo, o consultor afirma que entender esses mecanismos e aprender a lutar com eles é o segredo para uma boa negociação.
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Varejo
Lojas na tradicional Rua da Carioca vêm fechando
Q
Roberto Cury, presidente da Sarca – Sociedade de Amigos da Rua da Carioca, considera que a situação da Carioca é das mais críticas no Rio. A tradicional Rua das lojas de malas e de artigos de couro e de instrumentos musicais, de 60 lojas tem 15 fechadas. Os lojistas não têm condições de suportar o alto valor de reajuste de aluguel. Os novos aluguéis estão sendo propostos pelo Opportunity, que comprou 18 imóveis no logradouro, além de outros 23 em diferentes espaços da Cidade. O antigo proprietário do conjunto de imóveis era a Venerável Ordem Terceira (VOT). O presidente da Sarca disse que a sua entidade, com o apoio do SindilojasRio, vem procurando defender a permanência dos estabelecimentos comerciais tradicionais. Exemplo é a Guitarra de Prata, loja de instrumentos musicais há 127 anos na Carioca. Os seus donos não aceitaram os termos da renegociação do 14 Revista Empresário Lojista
Foto: Roberto Tostes
uem passa pela secular Rua da Carioca, no Centro do Rio, espanta-se com o número de lojas fechadas. Até o final de julho, havia 15 estabelecimentos fechados. Outras ameaçam cerrar as portas. Em toda a Cidade, observam-se lojas fechadas. O motivo é o alto valor de aluguéis que os proprietários estão cobrando. Segundo o Secovi-Rio, o sindicato de habitação, o reajuste do valor de aluguéis de lojas no Centro da Cidade entre 2010 e 2014, foi de 119%. Em Copacabana, no mesmo período, os aluguéis subiram 56%. No Leblon e Ipanema, os aluguéis tiveram uma alta de 22,8%.
Os lojistas não têm condições de suportar o alto valor de reajuste de aluguel
contrato de aluguel, o que os obrigou a cerrar as portas. Felizmente, informa Roberto Cury, o Prefeito Eduardo Paes atendeu ao apelo da Sarca e decretou a desapropriação por interesse histórico de oito imóveis, entre os quais o Bar Luiz e a Guitarra de Prata. A situação, entretanto, ainda permanece indefinida, até que a Prefeitura pague o valor das indenizações. E também os dez restantes estabelecimentos da Carioca aguardam que a Prefeitura lhes faça o mesmo que fez com as outras oito lojas desapropriadas, arrematou o presidente da Sarca.
Comemorações
Lojistas do Rio comemoram o Dia do Comerciante
O
SindilojasRio e o CDLRio, como ocorre há anos, celebraram o Dia do Comerciante. O evento foi no SindilojasRio, no dia 16 de julho. Na oportunidade, a partir das 15 horas, o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, saudou os comerciantes em nome das duas entidades. A seguir, o economista e consultor do CDLRio, Mauro Osorio, falou sobre “As perspectivas do comércio carioca em 2014/2015". A HOMENAGEM Iniciando sua saudação em nome dos lojistas do Rio, o presidente Aldo Gonçalves, do SindilojasRio e do CDLRio, declarou que as duas entidades tinham imensa satisfação em receber todos que ali estavam, naquela data especial, 16 de julho, comemorativa do Dia do Comerciante. A seguir, felicitou e formulou votos de sucesso aos comerciantes do Rio de Janeiro.
Parte da plateia quando do Hino Nacional.
Lembrou que a data foi instituída, em 1953, através de Decreto Federal por iniciativa da Confederação Nacional do Comércio – CNC. Comemora também o nascimento de José da Silva Lisboa, Visconde de Cayru, o inspirador do ato régio de D. João VI que abriu os portos do Brasil Colônia às nações amigas. Foi o decisivo passo inicial para o desenvolvimento das atividades comerciais no país e para nossa independência econômica. Ressaltou ser a homenagem das mais justas, “pois os nossos competentes empresários do comércio, os quais, ao longo de todos os dias do ano, chovendo ou fazendo sol, estão sempre preparados para atender às demandas das necessidades do povo de nossas cidades. Nos núcleos de civilização mais afastados dos grandes
O presidente Aldo Gonçalves, em nome dos lojistas, saudou os colegas comerciantes.
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Comemorações
O economista Mauro Osorio fez a exposição do Dia do Comerciante.
centros, nas mais longínquas paragens, uma das esperanças de melhoria de vida é através do comércio”. Continuando, declarou que “Muito me honra ser presidente do SindilojasRio e do CDLRio, entidades que se constituem nas mais legítimas representantes do comércio de varejo desta cidade, assim como, da mesma forma, também me honra pertencer à Vice-Presidência da ACRJ e ocupar a Presidência do seu Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços. Estas sociedades também devem ser alvos das homenagens deste dia, porque representam, defendem e apoiam todos os interesses do comércio”. CARGA TRIBUTÁRIA Disse que, como líder da classe lojista e também como empresário, comerciante, conhecedor das dificuldades na atividade e empresas, todos os dias, a cada minuto, sabe que os varejistas empregam o esforço de seu trabalho e empenham a inspiração de sua inteligência para que 16 Revista Empresário Lojista
O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha suplementou informações do expositor.
Sr. Fernando Alves Vieira, vice-presidente de Expansão, Desenvolvimento e Associados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, representante do presidente da mesma Associação, Antenor Barros Leite; as sras. Diva Maria de Oliveira Gesualdi, vice-presidente do Sindicont-RJ e conselheira do CRC-RJ, e Vitória Maria Silva, presidente do Conselho Regional de Contabilidade-RJ, e o presidente Aldo Gonçalves.
Comemorações
tenham condições de realizar os seus negócios. Falando sobre a elevadíssima carga tributária, as altas taxas de juros, o excesso de legislação complicada, a desleal concorrência do comércio informal e, às vezes, o afastamento de consumidores em decorrência da desordem urbana, como tem ocorrido principalmente no Centro do Rio, tornam-se cruéis obstáculos que desequilibram o resultado do trabalho dos comerciantes. Ressaltou que o comerciante nunca desanimará de seu labor, porque nunca perderá a fé nos seus clientes e consumidores. No final de sua saudação, lembrou Márcio Kühne, um pensador moderno, contemporâneo, consultor de empresas em gestão comportamental que disse: “Sabedoria é a capacidade de usar o conhecimento na prática.” Concluindo, nós poderíamos dizer: “Os comerciantes são uns sábios”!
BOAS PERSPECTIVAS O economista Mauro Osorio, consultor do CDLRio, em sua palestra apontou que a economia da metrópole carioca, após décadas de decadência, apresenta boas perspectivas, sobretudo em torno da exploração do pré-sal e das potencialidades do Rio nas áreas de turismo, o entretenimento, cultura, esporte, cinema e vídeo. No entanto, segundo ele, existem desafios ainda importantes para o aproveitamento das janelas dessas oportunidades, como, por exemplo, o aprimoramento do planejamento e maiores investimentos em infraestrutura. Isto permitirá a realização de megaeventos na cidade do Rio sem a necessidade de definição de feriados em excesso, pela melhoria da mobilidade na metrópole carioca. Após a palestra, foi servido coquetel, oferecido pelas diretorias do CDLRio e do SindilojasRio.
O vice-presidente Julio Martin Piña Rodrigues, do SindilojasRio, com o diretor jurídico do CDLRio, João Baptista Magalhães, e o superintendente administrativo do CDLRio, Abraão Flanzboym.
O vice-presidente de Finanças do SindilojasRio, Gilberto Motta, com o presidente do Sescon, Lúcio da Cunha Fernando, e o assessor de comunicação social do CDLRio, Lúcio Ricardo.
Os vice-presidentes Pedro Conti e Julio Moysés Ezagui, do SindilojasRio, com os srs. Marcelo Weber, representando o diretor Evandro Peçanha, Álvaro Albuquerque, assessor da Presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae/RJ, que representou o presidente Jésus Mendes Costa, do mencionado Conselho.
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Jurídico
A Mediação na Resolução dos Conflitos Antonio Oliveira Santos
Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
A
nte a lentidão do Poder Judiciário e o valor que as partes envolvidas num litígio atribuem à duração do tempo decorrido, surge como tendência mundial o recurso a formas alternativas aos ritos dos Tribunais, para resolução dos conflitos. No Brasil, com uma legislação moderna, a Arbitragem saiu do limbo em que historicamente se encontrava e passou a ser instrumento de uso frequente, com enorme economia do tempo despendido da solução de controvérsias; em suma, uma “justiça privada”, cujas decisões em instância única são irrecorríveis. Em paralelo com a Arbitragem, também a Mediação está em alta porque em várias circunstâncias antecede à Arbitragem e o ganho de tempo passa a ser maior. A Mediação é um processo no qual as partes elegem um terceiro árbitro, neutro e imparcial, cuja função é convergir para um acordo que resolva o litígio. O poder de decisão que leva a aceitar o acordo é exclusivamente das partes. O Mediador não se pronuncia sobre o “certo” ou “errado”, não trata de culpas ou responsabilidades, nem opina sobre mérito ou a probabilidade de êxito de uma das Partes quanto ao objeto do litígio. O mediador tenta aproximar as Partes na definição dos fatos, eliminar dificuldades de comunicação e guiar o procedimento de tal forma que se evite a confrontação e atitudes de má-fé. No início do processo, o Mediador busca o consenso das Partes com o sentido 18 Revista Empresário Lojista
de que renunciem a outro procedimento para a solução da controvérsia, enquanto prevalece a Mediação. O sigilo faz parte desse consenso e as partes se comprometem a não usar na Arbitragem ou perante os Tribunais o que foi dito na Mediação, caso esta não chegue a bom termo.
A Mediação se desenvolve através de sessões conjuntas entre as partes, permitindo a cada lado expor seus argumentos da forma mais ampla, para definir o que se espera como resultado capaz de levar ao acordo
A Mediação se desenvolve através de sessões conjuntas entre as partes, permitindo a cada lado expor seus argumentos da forma mais ampla, para definir o que se espera como resultado capaz de levar ao acordo. Vários dos requisitos necessários para instituir a Mediação são comuns aos da Arbitragem. Assim, por exemplo, a confiança das partes no mediador, os direitos em disputa serem passíveis de transação e, quando extrajudicial, resultante da autonomia da vontade dos envolvidos
no litígio. A lista de condicionalidades para a mediação judicial é bem maior do que a extrajudicial. Nesse caso, entre os requisitos, pode-se apontar a formação de mediadores pela Escola de Mediação do Ministério da Justiça ou egressos de entidade reconhecida pelo Conselho Nacional de Justiça. E mais, o ajuizamento de uma ação judicial terá obrigatoriamente a Mediação como requisito na fase inicial do processo. Está em curso no Congresso Nacional, o Projeto de Lei 7.169/2014 que visa a regulamentar a Mediação, tanto extrajudicial, como judicial, quando a demanda é interposta perante os Tribunais do Estado. O Projeto de Lei tem como objetivo definir um marco legal para a Mediação, dando ao procedimento maior segurança jurídica, assim como conferir ao processo maiores facilidades, mediante recurso à tecnologia da informação, permitindo que a Mediação seja realizada através de vídeo conferências, comunicações “on-line” e troca de mensagens eletrônicas, em significativa economia de tempo e de custos. À medida que a cultura da Mediação for se arraigando em nosso País haverá, certamente, menor número de longas demandas judiciais e o ganho de tempo na resolução dos conflitos terá impacto positivo sobre a produtividade média da economia nacional. O presente artigo foi publicado inicialmente na edição de 18 de julho de 2014, no Jornal do Commercio.
Direito
Rescisão indireta de contrato de
trabalho por falta de depósitos de FGTS
A
Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) declarou a rescisão indireta do contrato de trabalho entre auxiliar de limpeza e a sua empresa. O Tribunal entendeu que a ausência de recolhimento ou a mora contumaz dos depósitos de FGTS evidenciam atos cuja gravidade revela-se suficiente ao decreto da rescisão indireta contratual, conforme art. 483 da CLT. O juiz de primeiro grau não havia reconhecido a rescisão contratual sob o fundamento de que o atraso quanto a alguns meses não configura falta suficientemente grave a ensejar a declaração de dispensa indireta, “porquanto o levantamento de tais valores não se encontra disponível à obreira“. A obreira, entretanto, contestou a decisão afirmando que a empresa deixou de realizar os depósitos de FGTS de maio a dezembro
A ausência dos depósitos fundiários é o suficiente para o reconhecimento da rescisão direta de 2013 e que o fato de o empregado levantar o saldo do FGTS só na ocasião da rescisão contratual não afasta a relevância da verba, já que as possibilidades de movimentação dos depósitos fundiários não se restringem à extinção do pacto laboral. O relator do processo, desembargador Breno Medeiros, ao analisar os autos, considerou que a ausência dos depósitos
fundiários é o suficiente para o reconhecimento da rescisão direta. “Isso porque a irregularidade dos depósitos do FGTS, além de constituir inequívoco descumprimento de obrigação contratual, compromete a liquidez do direito do empregado ao saque decorrente do exercício, a qualquer tempo, do direito potestativo patronal de rescisão contratual sem justa causa“, explicou o magistrado, citando outros julgados do TST nesse mesmo sentido. Assim, a Segunda Turma declarou rescisão indireta do vínculo contratual empregatício e a obrigação de a empresa pagar aviso-prévio indenizado, além do pagamento de férias proporcionais com adicional de 1/3 mais multa de 40% sobre o FGTS. Fonte: TRT 18ª Região – Colaboração AF Figueiredo
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Homenagem
Conrado M. Gruenbaum
F
aleceu no dia 26 de julho, Conrado M. Gruenbaum. Nascido em 4 de julho de 1923, Conrado foi eleito vice-presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, em 1983, assumindo interinamente a presidência, em maio de 2002, em virtude da licença do presidente Sylvio Cunha. Por dois períodos foi eleito presidente, a partir de 2002, permanecendo no cargo até março de 2007, substituído por eleição pelo empresário Aldo Carlos de Moura Gonçalves.
Conselho de Economia da Entidade. Em 1981, elegeu-se diretor de Programação Externa. Conrado representava o Ponto Frio no CDLRio.
Desde 1975, Conrado participava de reuniões no CDLRio. Em 1976, integrou o
Ingressou em 1968 na Globex Utilidade S.A. (Ponto Frio) na qualidade de diretor
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Conrado, formado em Direito pela Faculdade Nacional de Direito, foi defensor público da 17ª Vara Criminal do Rio. Exerceu a advocacia em diversos escritórios jurídicos. Foi professor substituto assistente da cadeira de Direito Civil da Faculdade Cândido Mendes.
adjunto e chefe do Departamento Jurídico do grupo. Eleito diretor jurídico da Globex, exerceu o mandato até 1980, quando ano depois foi eleito diretor geral da Globex. Em 1999, foi eleito membro do Conselho de Administração da empresa. Sócio benemérito da Associação Comercial do Rio de Janeiro, exerceu a vice-presidência da Fundação Ponto Frio Alfredo Monteverde. Conrado era casado com a Sra. Elsa Gruenbaum, com quem teve seis filhos, netos e bisnetos.
Venha entender que
TI NO VAREJO
by3.com.br
é muito mais do que e-commerce!
rioinfo.com.br O CDLRio está coordenando um painel no Rio Info 2014, no dia 15 de setembro. O tema será TI NO VAREJO. Nosso objetivo é mostrar para os empresários do varejo como a Tecnologia da Informação é importante para o desenvolvimento do negócio, no aspecto comercial, de gestão e principalmente, no aspecto estratégico. Modelos de aplicação de TI para a melhoria de processos, redução de custos e análise de dados serão comentados, sempre com foco no Varejo. Venha participar do painel e entender melhor como a TI pode transformar o seu negócio! Além do painel, teremos um espaço durante todo o evento, onde apresentaremos modelos tecnológicos aplicados ao varejo. Visite o site do evento para maiores detalhes e fale com o CDLRio para solicitar o seu convite.
tinovarejo@cdlrio.com.br
(21) 2506-1215
15, 16 e 17 de setembro de 2014 Hotel Royal Tulip - São Conrado, Rio de Janeiro Revista Empresário Lojista 21
Recursos Humanos
Lições da Copa Valmir de Oliveira
Gerente Administrativo/Financeiro do SindilojasRio
E
sporte coletivo não tem outra opção. Só alcança a vitória quem pensa como equipe. Esse negócio de “grupo unido” ou “o grupo está forte” simplesmente não funciona. As empresas, para obter sucesso, devem seguir os mesmos princípios, sob pena de não seguindo a seta indicativa, ficar dando topada a vida inteira, sem evoluir. Existe diferença entre grupo e equipe? Existe. Alguns estudiosos entendem ser bem sutil. Outros, no entanto, defendem ser uma diferença considerável, em virtude das características específicas. A definição de grupo ou equipe é a mesma, pois, essencialmente, representam um conjunto de pessoas trabalhando juntas em busca de bons resultados. Como se forma um grupo? Voltando aos bancos escolares, normalmente é assim na realização de um trabalho (em grupo): Quem vai dar a capa? Quem vai encadernar? Quem vai digitar? Quem vai fazer? Observa-se a primazia da individualidade e ninguém ajuda ninguém, surgindo por vezes a competição e a desavença. Como se forma uma equipe? Com pessoas que possuam os seguintes requisitos mínimos: espírito coletivo, comprometimento, vontade de fazer, vontade de aprender, vontade de ajudar mutuamente, ideologia única de sucesso. Em qualquer resultado, não há culpados.
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Na vitória, todos vencem. Na derrota, a avaliação é a mesma: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. O melhor slogan para definir uma equipe é o dos Três Mosqueteiros, na obra de Alexandre Dumas: “– Um por todos e todos por um”. Esses personagens incorporaram tão bem essa máxima que o quarto mosqueteiro, D’Artagnan, nem se importava por não ser citado. Não havia necessidade, sem problemas. Afinal, ele fazia parte da equipe e, esse sim, era o objetivo principal que os unia. Nesse aspecto, qual foi o legado da Copa do Mundo? Ganhou a seleção que em todos os momentos enalteceu o espírito de equipe, não deixando brechas para a individualidade ou qualquer tipo de vaidade. Os dirigentes, mais precisamente os líderes, declaravam para quem quisesse ouvir, que a equipe estava preparada para jogar futebol, mas também se preparou até para suportar vaias sem se abalar. Isso é muito mais que um grupo, pois foi feito um investimento para a formação de uma equipe disposta a tudo, literalmente. Não é por outra razão que nas empresas onde predominam os grupos, os líderes só aparecem para dar broncas, de forma rude e tendenciosa, com críticas destrutivas e quase sempre se utilizam do método abominável de dois pesos e
duas medidas. Este processo (que não é o do Kafka) deixa o ambiente pesado e as pessoas começam a se desentender. Lógico, para uns, o céu, a terra e o mar. Para alguns, o rigor da lei. Por favor, assim não dá. Já nas empresas com sentimento de equipe, há transparência, criatividade, troca de experiências, motivação, colaboração, disposição de ajudar uns aos outros, caso seja necessário. O ambiente é outro, muda por completo, dá gosto de ver. É claro que nenhuma convivência é perfeita e, mesmo sendo equipe, haverá conflitos e controvérsias, ocorrências resolvidas rapidamente com a presença dos líderes interagindo sem arrogância e acertando os pontos divergentes na maior tranquilidade. Equipe olha o coletivo. Grupo olha a individualidade. Comparando com o futebol, recebe a bola o jogador mais bem colocado e em condições de fazer o gol. Numa empresa, seja qual for a atividade, as melhores ideias devem ser aproveitadas, os melhores exemplos devem ser seguidos, os melhores resultados devem ser enaltecidos e os melhores feitos devem ser divulgados e aplaudidos. Equipe é simples assim: sem ciúme, sem inveja e sem egoísmo! Contato: valmir.oliveira@sindilojas-rio.com.br
Economia
Perspectivas para o comércio Mauro Osorio
Economista e consultor do CDLRio
O
comércio no Brasil e na cidade do Rio de Janeiro tem apresentado, no decorrer do século XXI, ótimo dinamismo. Isto, principalmente pela ampliação do crédito e pela política de elevação real do salário mínimo. Nos últimos três anos, o crescimento da economia brasileira desacelerou bastante. Por esse motivo, também ocorreu uma desaceleração nas vendas do comércio varejista. Porém, mesmo assim, podemos afirmar que o crescimento das vendas no comércio varejista continuou robusto. No ano de 2013, o comércio varejista no Brasil apresentou um crescimento real de 4,3% e, no estado do Rio de Janeiro, de 5%, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE. Da mesma forma, entre janeiro e abril de 2014, em comparação com o mesmo período em 2013, o crescimento do volume de vendas no Brasil foi de 5%. O Rio de Janeiro, no entanto, apresentou um crescimento de apenas 3%, provavelmente pela forte incidência de feriados. Para o conjunto do ano de 2014, provavelmente ocorrerá alguma desaceleração das vendas no país e alguma aceleração no Rio de Janeiro, tendo em vista que não haverá novos feriados de forma significativa. Dessa forma, tanto para o Brasil quanto para o ERJ, podemos estimar um cresci-
mento de em torno de 4% para as vendas do comércio varejista, apesar das incertezas existentes.
o IPCA nesta análise porque o IPCA de julho não havia sido divulgado até o momento da elaboração do artigo).
Até o final do ano, deverão contribuir para uma desaceleração das vendas: as incertezas geradas pelo ano eleitoral e a falta de maior clareza sobre o cenário econômico em 2015, levando os consumidores a terem uma atitude mais cautelosa.
Também contribuirá positivamente a manutenção de uma baixa taxa de desemprego no Brasil e na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sendo que, no que diz respeito à metrópole carioca, os dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE mostram que, em junho de 2014, a taxa de desemprego foi de apenas 3,2%, contra uma taxa em junho de 2013 de 5,3%.
Provavelmente contribuirá positivamente para as vendas, até o final do ano, a desaceleração inflacionária já em curso, tendo em vista, sobretudo, a boa safra de alimentos este ano, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. De acordo com o índice IGP-M, da Fundação Getulio Vargas, apesar da inflação no Brasil, nos últimos doze meses, ser de 6,24%, recentemente esse índice apresentou, em maio, uma deflação de -0,13%; em junho, de -0,74%; e em julho, de -0,51%. Também de acordo com o IGP-DI, da FGV, verificou-se uma deflação em maio de -0,45% e, em junho, de -0,63% (até o momento da elaboração deste artigo não havia sido divulgado o IGP-DI de julho). Na mesma direção da desaceleração inflacionária, o IPCA-15, calculado pelo IBGE, apresentou, em maio, uma inflação de 0,58%; em junho, de 0,47%; e, em julho, de apenas 0,17% (não usamos
Além disso, a renda média da população ocupada na metrópole carioca apresentou, em junho de 2014, relativamente a junho de 2013, um crescimento real de 6,5%. No entanto, para a continuidade e melhoria do cenário positivo nos próximos anos, a sociedade civil carioca e fluminense deve buscar participar dos debates eleitorais, procurando influir para uma ampliação do planejamento público no ERJ e para a melhoria da infraestrutura, principalmente na RMRJ, permitindo assim melhor mobilidade urbana, que amplie a qualidade de vida, a produtividade dos trabalhadores e impeça que, em 2016, com as Olimpíadas, tenhamos novamente tantos feriados, o que trouxe importantes prejuízos para o comércio, no primeiro semestre deste ano, principalmente o comércio localizado no Centro histórico do Rio. Revista Empresário Lojista 23
Perguntas Jurídicas
PERGUNTE!
Empresário Lojista responde Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao SindilojasRio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 2217-5000, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, e suas respostas.
Quando deve ser realizado o exame médico de retorno ao trabalho? O exame médico de retorno ao trabalho somente será obrigatório quando o empregado ficar afastado da atividade por período igual ou superior a 30 dias, em virtude de: doença ou acidente, de natureza ocupacional, ou parto. Esse exame deve ser realizado, obrigatoriamente, no primeiro dia de volta ao trabalho. Houve aumento no valor do lanche e do jantar aos sábados? Sim. Conforme cláusula 16ª da Convenção Coletiva de Trabalho de reajuste salarial 2014/2015, o empregado que trabalhar após 14h30m receberá a título de lanche o valor de R$ 11,00, e para o trabalho realizado após as 18h30m, o empregado receberá o mesmo valor, porém, a título de jantar. Que direito assiste à mulher grávida, em caso de aborto não criminoso? Comprovando, por meio de atestado médico oficial, que sofreu aborto, ser-lhe-á garantido repouso remunerado de duas semanas, além do retorno à função que ocupava antes de seu afastamento. 24 Revista Empresário Lojista
A lei fixa um prazo para que o empregado apresente o atestado médico ao empregador? Não. A legislação não fixa um prazo para a apresentação de atestados médicos. Assim, poderá a empresa fixá-lo através de negociação com o sindicato, fazendo inserir no documento coletivo de trabalho da categoria profissional respectiva cláusula neste sentido, ou ainda mediante os regulamentos internos da empresa, prevendo inclusive as penalidades a serem aplicadas àqueles que não observarem o prazo determinado. Quais os valores dos novos pisos salariais de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho de reajuste salarial 2014/2015? A cláusula terceira da referida Convenção estipula os seguintes pisos salariais: 1ª faixa: R$ 890,00 – para aqueles cujas funções determinem tarefas pertinentes ao comércio com menor grau de qualificação, tais como empacotador, etiquetador, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de escritório, estoquista, repositor, auxiliar de depósito e outras funções similares; 2ª faixa: R$ 900,00 – para aqueles que desempenham tarefas ligadas ao comércio com maior grau de qualificação, tais como vendedor, balconista, operador de caixa e pessoal de escritório (exceto aqueles da primeira faixa) e outras funções similares; Operador de telemarketing: R$ 905,00 empregados que realizam tarefas pertinentes à venda de telefonia ou similares; O empregador está obrigado a abonar faltas ao serviço em decorrência de cirurgia meramente estética?
Não. Depreende-se da legislação trabalhista e previdenciária, que o empregador só está obrigado a pagar salário se o afastamento do trabalho decorrer de doença ou acidente (acidente do trabalho ou acidente de qualquer natureza), isto é, enfermidade física ou psíquica, conceito no qual não se inclui a cirurgia puramente estética com o objetivo de embelezamento. Não há obrigação legal de o empregador pagar salários dos dias em que a empregada faltou ao serviço para se recuperar de cirurgia meramente estética a que se submeteu. Se o empregador efetuar o pagamento dos salários, será por ato de liberalidade. A suspensão disciplinar acarreta a redução do período de gozo das férias? Sim. A suspensão disciplinar é tida como ausência injustificada ao serviço. Assim, os dias faltosos serão considerados como faltas injustificadas e, irão afetar o direito aos dias de férias do empregado, dentro do período aquisitivo. Existe prazo para que o empregador proceda à comunicação ao empregado para a concessão de férias? Sim. De acordo com o art. 135 da CLT, a concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
Direito
Envio de torpedos (SMS) a consumidor é
abusivo
Alexandre Lima
Advogado do CDLRio
Q
uem nunca recebeu um torpedo (SMS) indesejável? Pois bem, o Superior Tribunal de Justiça considerou abusivo o envio de qualquer mensagem não autorizada pelo consumidor, ao julgar procedente ação proposta pelo procurador Julio Machado Teixeira da Costa, do Ministério Público do Rio de Janeiro, contra a Telemar Norte Leste, leia-se Oi, pela prática de enviar torpedos aos consumidores com veiculação de promoções e campanhas publicitárias.
TIM, Oi e Vivo enviavam torpedos ao consumidor, a fim de veicular promoções e campanhas publicitárias, e se mantinham cadastro dos consumidores que optaram em não receber tais mensagens como regula a Lei Estadual nº 4.863/06.
O pedido foi julgado procedente para condenar a Oi a oferecer aos seus consumidores a opção de receber ou não mensagens de texto, conhecidas como torpedos, sob pena de multa diária equivalente a R$ 10 mil por infração.
No decorrer da investigação, se apurou que apenas a Oi, com o pretexto de cientificar o consumidor acerca das promoções e campanhas publicitárias, enviava para o consumidor mensagens através de torpedos sem que mantivesse cadastros dos consumidores que optavam em não receber tais mensagens, infringindo, portanto, a lei estadual. A Oi sustentava à época que a mencionada lei estadual era inconstitucional e, por isso, não devia ser observada.
A ação, proposta originalmente em 2008, nasceu da instauração de inquérito civil a fim de verificar se as empresas Claro,
A Lei Estadual nº 4.863/06 prevê que as operadoras de telefonia celular facultarão aos seus clientes, por ocasião da
contratação, a opção de receber ou não torpedos referentes a promoções e campanhas publicitárias. Assim, todo o consumidor tem direito a ser questionado previamente se deseja ou não receber torpedos promocionais.
Revista Empresário Lojista 25
Leis e Decretos
Legislações
em vigor
O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado e da Cidade do Rio de Janeiro. Os textos das legislações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio através do telefone 2506-1234.
Ato Declaratório Executivo CODAC nº 21 de 09 de julho de 2014. (DOU de 10.07.2014). PROGRAMA GERADOR DE DECLARAÇÃO – DCTF – Aprova a versão 3.0 do Programa Gerador da Declaração (PGD) de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), Mensal.
Inst. Norm. RFB nº 1.478 de 07 de julho de 2014. (DOU de 08.07.2014). DCTF – Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010, que dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), e aprova o Programa Gerador e as instruções para preenchimento da DCTF na versão “DCTF Mensal 1.8”, e dá outras providências.
Ato Declaratório Executivo CODAC nº 22 de 17 de julho de 2014. (DOU de 21.07.2014). PGD – DCTF – Revoga o Ato Declaratório Executivo Codac nº 21, de 9 de julho de 2014, que aprova a versão 3.0 do Programa Gerador da Declaração (PGD) de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) Mensal.
Lei nº 13.015 de 21 de julho de 2014. (DOU de 22.07.2014). CLT – RECURSOS EM AÇÕES TRABALHISTAS – Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre o processamento de recursos no âmbito da Justiça do Trabalho.
Circ. nº 3.710 de 21 de julho de 2014. (DOU de 22.07.2014). TED – Altera os arts. 3º e 4º da Circular nº 3.115, de 18 de abril de 2002, que tratam da Transferência Eletrônica Disponível (TED).
Med. Prov. nº 651, de 09 de julho de 2014. (DOU de 10.07.2014, rep. em 11.07.2014). DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO – Dispõe sobre os fundos de índice de renda fixa, sob a responsabilidade tributária na integralização de cotas de fundos ou clubes de investimento por meio da entrega de ativos financeiros; sobre a tributação das operações de empréstimos de ativos financeiros; sobre a isenção de imposto sobre a renda na alienação de ações de empresas pequenas e médias; prorroga o prazo de que
FEDERAL
Circ. CAIXA nº 659 de 1º de julho de 2014. (DOU de 03.07.2014). NÚMERO DE INSCRIÇÃO SOCIAL – NIS – Altera os procedimentos pertinentes ao cadastramento de trabalhadores no Cadastro-NIS, estabelecidos pela CIRCULAR CAIXA 574/12, de 02 de março de 2012.
26 Revista Empresário Lojista
trata a Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011; e dá outras providências. Port. MJ nº 1.184, de 1º de julho de 2014 (DOU de 02.07.2014). SISTEMA CONSUMIDOR.GOV.BR – Institui o sistema de solução alternativa de conflitos Consumidor.gov.br. Port. MTE nº 1.129 de 23 de julho de 2014 (DOU de 24.07.2014). CAGED – MOVIMENTAÇÕES DE EMPREGADOS – Aprova instruções para a prestação de informações pelo empregador, relativas a movimentações de empregados. ESTADUAL Lei nº 6.854 de 30 de junho de 2014. (DOE de 01.07.2014). TRANSPARÊNCIA NA COBRANÇA DE DÍVIDAS – Estabelece critérios de transparência para a cobrança de dívidas dos consumidores e dá outras providências. MUNICIPAL Dec. nº 38.881 de 02 de julho de 2014 (DOM de 03.07.2014). ESTACIONAMENTO – VAGA INTELIGENTE – Dispõe sobre os Serviços de Estacionamento Rotativo em vias e logradouros públicos – VAGAS INTELIGENTES DO RIO (VIR), e dá outras providências.
Termômetro de Vendas
Foi o menor índice de crescimento do varejo registrado nos últimos oito anos. Vendas do comércio do Rio cresceram 2,4% em junho.
A
s vendas do comércio lojista do Rio de Janeiro aumentaram 2,4% em junho, em relação ao mesmo mês de 2013. Foi o menor índice de crescimento registrado no varejo carioca nos últimos oito anos: 2006 (+7,1%), 2007 (+5,2%), 2008 (+4,8%), 2009 (+2,5%), 2010 (+7,8%), 2011 (+8,4%), 2012 (+8,7%) e 2013 (+4,6%). Os números são da pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do CDLRio, que ouviu cerca de 500 estabelecimentos comerciais da Cidade. No acumulado do primeiro semestre do ano (janeiro/junho), em relação à igual período de 2013, as vendas aumentaram 5,6%. “O mês de junho, que sempre foi aquecido pelas vendas do Dia dos Namorados, uma das datas fortes do comércio, este ano teve um crescimento baixo, coincidindo com o jogo Brasil X Croácia, que abriu a Copa do Mundo, o que atrapalhou demais. Além disso, o inverno fraco não ajudou as vendas do comércio, também colaborando para este pequeno crescimento de 2,4%, o menor dos últimos oito anos”, justifica Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio.
Segundo a pesquisa, o Ramo Duro (bens duráveis) teve um desempenho melhor do que o Ramo Mole (bens não duráveis): 2,8% contra 0,7%. Os melhores desempenhos no Ramo Mole foram dos setores de Confecção (+ 2,2%), Calçados (+1,1%) e Tecidos (+0.8%); e no Ramo Duro os que mais venderam foram os setores de Eletrodomésticos (+2,9%), Móveis (+2,6%), Joias (+ 1,4%) e Óticas (+ 0,9%). Quanto à forma de pagamento, a compra a prazo, com mais 3,7%, foi a modalida-
de preferida pelos clientes, enquanto a compra à vista registrou mais 1,5%. Em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, a pesquisa mostrou que, em junho, no Ramo Mole, as lojas da Zona Sul venderam mais 7,4%, as da Zona Norte mais 1,3% e as do Centro menos 13,8%. No Ramo Duro, as lojas da Zona Sul faturaram mais 3,6%, as da Zona Norte mais 2,9% e as do Centro mais 0,6%.
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Revista Empresário Lojista 27
Movimento de Cheque Gráficos de Cheque
Movimento
de Cheque
S
egundo o registro de cadastro do LIG Cheque do CDLRio, no acumulado do primeiro semestre desse ano (janeiro/junho), em relação ao mesmo período do ano passado, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 1,3% e 2,6 % e as consultas caíram 5,2%. Em junho, em relação ao mesmo mês de 2013, a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 1,2% e 1,9% e as consultas diminuíram 2,8%. Comparando-se junho com o mês anterior (maio), a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 0,3% e 2,4% e as consultas caíram 2,9%.
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Movimento de SCPC
Gráficos de SCPC
Inadimplência no
comércio
aumentou 1,3% no semestre Em junho, em relação ao mesmo mês de 2013, a inadimplência cresceu 0,9%.
A
inadimplência no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro aumentou 1,3% no primeiro semestre do ano (janeiro/junho) em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Serviço Central de Proteção ao Crédito do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio. Nesses seis meses, as dívidas quitadas e as consultas aumentaram, respectivamente, 4,7% e 0,9%, em relação ao mesmo período de 2013. Em junho desse ano, em relação ao mesmo mês do ano passado, a inadimplência, as dívidas quitadas e as consultas aumentaram, respectivamente, 0,9%, 4,5% e 1,1%. Ao comparar junho com o mês anterior (maio), os registros do CDLRio mostram que a inadimplência e as consultas diminuíram, respectivamente, 2,3% e 4,1% e as dívidas quitadas aumentaram 10,2%.
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Obrigações
Obrigações de Setembro de 2014 1 5
DCT – Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.
FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior. CAGED – Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI ou utilizando um certificado digital válido, padrão ICP Brasil; Informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários, ocorridos no mês anterior. ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior.
10
IR/FONTE – Referente a fatos geradores, ocorridos no mês anterior. ISS – Recolhimento do imposto: o prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: o recolhimento do imposto relativo às NFS-e deve ser realizado até o dia 10 do mês seguinte à emissão. ICMS – Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.
15
PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de AGOSTO/2014 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado – Cofins, PIS/Pasep, CSLL).
19
SUPERSIMPLES / SIMPLES NACIONAL – Pagamento do DAS referente ao período de apuração do mês anterior (AGOSTO/2014). INSS – Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior.* (Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). DCTF – Mensal – Prazo de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, referente ao mês de JULHO/2014.
25
COFINS – Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tributadas no lucro real.* (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). COFINS – Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real.* (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). PIS – Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior.* (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08).
30
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS – Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação. PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 1ª quinzena do mês de SETEMBRO/2014 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL )). IR/PJ – Empresas devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.
30 Revista Empresário Lojista
Obrigações SIMPLES NACIONAL
PERCENTUAIS APLICADOS ANEXO II Indústria
ANEXO III Serviço (I)
ANEXO IV Serviço (II)
ANEXO V Serviço (III)
Até 180.000,00
4,00% 4,50%
6,00%
4,50%
4,00%
Microempresa
5-4
até 31/07/14
De 180.000,01 a 360.000,00
5,47% 5,97%
8,21%
6,54%
4,48%
De 360.000,01 a 540.000,00
6,84% 7,34% 10,26%
7,70%
4,96%
3-2
até 31/08/14
De 540.000,01 a 720.000,00
7,54% 8,04% 11,31%
8,49%
5,44%
1-0
até 30/09/14
De 720.000,01 a 900.000,00
7,60% 8,10% 11,40%
8,97%
5,92%
De 900.000,01 a 1.080.000,00
8,28% 8,78% 12,42%
9,78%
6,40%
ANEXO I Comércio
Final de Placa
Receita Bruta Acumulada nos 12 meses anteriores (R$)
Emquadramento
> Calendário de Vistoria - 2014 Período para o Licenciamento Anual
9-8
até 31/05/14
7-6
até 30/06/14
ATENÇÃO: Os agendamentos nos postos de vistoria são das 7h15 às 18h, de segunda a sábado.
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 8,86% 12,54% 10,26% 6,88%
> GIA / ICMS - 09/2014
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 8,95% 12,68% 10,76% 7,36% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 9,53% 13,55% 11,51% 7,84%
Último número da raiz do CNPJ do estabelecimento
Prazo-limite de entrega referente ao mês 09/14
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 9,62% 13,68% 12,00% 8,32%
1
11/09
Empresa de
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 10,45% 14,93% 12,80% 8,80%
2
12/09
Pequeno Porte
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 10,54% 15,06% 13,25% 9,28%
3, 4 e 5
15/09
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 10,63% 15,20% 13,70% 9,76%
6
16/09
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 10,73% 15,35% 14,15% 10,24%
7
17/09
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 10,82% 15,48% 14,60% 10,72%
8
18/09
9
19/09
0
22/09
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 11,73% 16,85% 15,05% 11,20% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 11,82% 16,98% 15,50% 11,68% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 11,92% 17,13% 15,95% 12,16% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 12,01% 17,27% 16,40% 12,64% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 12,11% 17,42% 16,85% 13,50% Ref.: Lei Complementar nº 139/2011
> Salário-Família a partir de 01/01/14 Remuneração
Valor da Quota - (R$)
Até R$ 682,49
R$ 35,00
> IRRF - Alíquota do Imposto de Renda Retido na Fonte
De R$ 682,50 até R$ 1.025,81
Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir do exercício de 2015, ano-calendário de 2014.
Acima de R$ 1.025,81
Base de cálculo mensal em (R$) Até R$ 1.787,77
Alíquota %
> Calendário de IPTU 2014
Parcela a deduzir do imposto em (R$)
-
Isento
De R$ 1.787,78 até R$ 2.679,29
7,5%
134,08
De R$ 2.679,30 até R$ 3.572,43
15,0%
335,03
De R$ 3.572,44 até R$ 4.463,81
22,5%
602,96
Acima de 4.463,81
27,5%
826,15
Final de Insc.
8ª Cota
0e1
10/09
2e3
10/09
4e5
10/09
6e7
11/09
8e9
11/09
Deduções : R$ 179,71 por dependente; pensão alimentícia; contribuição ao INSS. Aposentado com 65 anos ou mais tem direito a uma dedução extra de R$ 1.566,61 no benefício recebido da previdência.
R$ 24,66 Sem direito
(Portaria nº 19 MPS/MF, de 10-01-2014) > INSS - Segurados, empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos. Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2014. Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)
Salário de contribuição (R$) Até R$ 1.317,07
8%
De R$ 1.317,08 a R$ 2.195,12
9%
De R$ 2.195,13 até R$ 4.390,24
11%
Portaria Interministerial MPS/MF nº 19, de 10 de janeiro de 2014, publicado no DOU de 13/01/2014.
> Pisos salariais dos comerciários do Rio a partir de 1º de maio de 2014 1ª Faixa (empacotador, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de escritório, estoquista, repositor, auxiliar de depósito)
R$890,00
2ª Faixa (vendedor, balconista, operador de caixa e pessoal escritório)
R$900,00
Operador de Telemarketing (telefonia e similar)
R$905,00
Comissionistas (puros e mistos)
R$980,00
Contrato de Experiência (máximo 90 dias)
R$730,00
> Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS) Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2014 Salário de contribuição (R$) 724,00 (valor mínimo)
Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) 5%* 11%**
Salários até R$4.700,00: A partir de 1º de maio de 2014, reajuste de 7,3% sobre os salários de 1º de maio de 2013;
de 724,01 (valor mínimo) até 4.390,24 (valor máximo)
Salários superiores a R$ 4.700,00: Para quem ganha acima deste valor, o excedente será objeto de livre negociação entre empregadores e empregados;
*Alíquota exclusiva do microempreendedor individual e do segurado (a) facultativo que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência. **Plano Simplificado
Para os empregados admitidos após 1º de maio de 2013, o reajuste de salários será proporcional aos meses trabalhados (em duodécimos).
20%
Revista Empresário Lojista 31
Opinião
Diversidade sim, dificuldade não Simone Motta
Revisora da Revista Empresário Lojista
A
Copa do Mundo não nos trouxe a vitória em campo, mas com certeza nos deixou um legado ainda maior. A diversidade de culturas e línguas em nosso país conviveu em grande harmonia em todos os 32 dias do evento. A quantidade de estrangeiros nas ruas, principalmente no bairro de Copacabana, nos fez evidenciar que a língua foi um mero detalhe perante ao poder de comunicação que se estabeleceu em bares, restaurantes e pontos turísticos do Rio de Janeiro. É verdade que muitos comerciantes do Rio investiram em cursos de línguas estrangeiras para os funcionários, evidenciando-se o inglês, para que a comunicação se estabelecesse sem grandes problemas na realização do maior evento esportivo do país. Porém, o que foi visto, na prática, demonstrou que outros itens se tornaram prioridade, mesmo sem o domínio das línguas de nossos visitantes. A cordialidade e a satisfação podiam ser vistas claramente nos rostos dos brasileiros e a alegria dos visitantes demonstrava o quanto deu certo, ou como dizem os brasileiros: “deu liga”. Dificuldade na comunicação? Definitivamente, isso não existiu. E, surpreendentemente, notava-se que os estrangeiros
32 Revista Empresário Lojista
A comunicação é inerente aos seres e é o que faz com que eles vivam em sociedade, interagindo com as diferentes culturas
sim faziam questão de “arranhar” o português; talvez para mostrar que não tinham a intenção de dificultar nada, mas de mostrar o quanto estavam dispostos a facilitar e retribuir a acolhida de nosso país. A “liga” era tamanha que um simples gesto poderia traduzir o que se pretendia dizer. A comunicação é inerente aos seres e é o que faz com que eles vivam em sociedade, interagindo com as diferentes culturas. Porém a linguagem, mesmo dependendo da capacidade humana, pode ser manisfestada de várias formas, ou seja, através de gestos, olhares, músicas, símbolos, entre outras. Isto explica porque se dá a comunicação em meio à diversidade de culturas. E, foi justamente o que aconteceu em nosso país durante esse grande evento. Sendo assim, a língua como código social e com regras estabelecidas se tornou um mero coadjuvante em um espetáculo em que a maior preocupação não seria demonstrar fluência ou domínio da língua estrangeira, mas sim estabelecer a comunicação de maneira diversa e satisfatória. Portanto, em se tratando de habilidade na diversidade, a taça é nossa sim!
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