Mensagem do Presidente
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, relativa a novembro de 2017, trouxe bons números, impulsionados pela Black Friday, e mostrou a recuperação do varejo em 23 das 27 unidades da federação, no acumulado dos últimos 12 meses. Com base nesses dados, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo divulgou uma estimativa de crescimento do comércio varejista em 2017 de 3,9% (ainda sem os números de dezembro). Resultado alentador, diante das graves dificuldades enfrentadas pelos brasileiros no ano que se encerrou e que seguem em pauta. Apesar dos resultados positivos, com o recuo de 20% do volume médio de vendas do varejo entre 2014 e 2016, a recuperação do nível de vendas anterior à crise econômica não deverá ocorrer antes de 2020, conforme avaliação da Divisão Econômica da CNC. No Rio de Janeiro, apesar de um levantamento do Centro de Estudos do CDLRio sobre o Natal de 2017, realizado no início de janeiro, mostrar uma melhora, ao apontar um aumento de 2% nas vendas em relação a 2016, o resultado é, na verdade, preocupante. Basta lembrar que as vendas deste período representam cerca de 30% do faturamento anual de grande parte do varejo e dão fôlego ao setor para enfrentar os três primeiros meses do ano, quando ocorre o desaquecimento de diversos segmentos do comércio, coincidindo com pesados custos fixos tanto para consumidores como para empresas. O comércio continua a ser impactado pela continuada crise financeira do Estado, pelo desemprego, pela escalada da violência e pelo aumento da desordem urbana que tomou conta da capital em níveis alarmantes. E, mesmo assim, resiste. Investe em qualidade e treinamento. Reinventa-se a cada dia.
Aldo Gonçalves Presidente do SindilojasRio e do CDLRio
Nesse contexto, auxiliando desde a abertura do negócio, ainda hoje uma prova de obstáculos, até a adequação às mudanças provocadas pelas novas leis trabalhistas e pela entrada em vigor do eSocial, por exemplo, que exigirão novos modelos de gestão empresarial; e trabalhando pelo desenvolvimento de um comércio forte e moderno, o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio reafirmam sua responsabilidade e seu compromisso com a segurança e a excelência que oferecem às suas quase 25 mil empresas lojistas associadas. Alinhados com outras importantes lideranças do setor, continuamos a cobrar diálogo e comprometimento das autoridades públicas pertinentes no combate ao comércio ilegal e por melhores condições ao ambiente de negócios. Continuamos a atuar nos diferentes níveis de poder pela desburocratização e por uma profunda e urgente reforma tributária. Iniciamos o ano na expectativa de que a prioridade dos poderes constituídos, em consonância com os anseios da sociedade, seja a proposição e a efetiva concretização das urgentes reformas e de ações voltadas a equacionar os graves e sempre relegados problemas em áreas vitais, como Saúde, Educação e Segurança Pública, que, neste despertar de 2018, continuam a comprometer nosso desenvolvimento social e econômico e a afligir a todos os brasileiros. Referências para o comércio do Rio de Janeiro e do Brasil há quase um século, o SindilojasRio e o CDLRio seguem lutando não apenas pelos interesses das categorias do varejo que representam, mas, também, por uma cidade, um estado e um país melhores para viver e empreender.
Revista O Lojista | Janeiro e Fevereiro de 2018
Por um lugar melhor para viver e empreender
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SUMÁRIO 18
CAPA
VOLTA ÀS AULAS 2018 Saiba quais são as novidades e expectativas de lojistas e fabricantes dos segmentos de papelarias, livrarias e artigos escolares para o início do ano letivo.
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MERCADO E TENDÊNCIAS
BLOCOS DE RUA ANIMAM AS VENDAS DO COMÉRCIO CARIOCA Pesquisa do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio demonstra expectativa do comércio carioca de um incremento de 1,5% nas vendas até o fim do carnaval em relação ao ano passado.
ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS
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SAÚDE E BEM-ESTAR
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SINDICALISMO
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CURIOSIDADES E HISTÓRIA DO COMÉRCIO
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DESTAQUE
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OBRIGAÇÕES DOS LOJISTAS
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PESQUISAS
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O LOJISTA RESPONDE
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CAPA
18
OPINIÃO
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DESTAQUE
PREJUÍZO COM OS FERIADOS Comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro pode perder R$ 4,8 bilhões em receitas de vendas no ano. Cada dia parado representa uma perda média de cerca de R$ 405 milhões.
expediente Presidente do SindilojasRio e do CDLRio Aldo Carlos de Moura Gonçalves Diretoria do SindilojasRio Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Superintendente: Carlos Henrique Martins
Diretoria do CDLRio Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magahães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury
CDLRio: Ubaldo Pompeu Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Barbara Santiago Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE nº7.750)
Revisão: Andréa Mury Lúcio Ricardo Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias
Reportagem: Igor Monteiro
Supervisão Gráfica e capa: Leonardo Lisboa
Publicidade: (21) 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273
Diagramação: Márcia Rodrigues Eduardo Farias
Corretores: Santos: (21) 98682-1128 Lucélia Rosáro: (21) 99639-9379
O Lojista: Publicação bimestral do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio
Versão On-line: www.cdlrio.com.br e www.sindlojasrio.com.br
ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS
Recuperação de créditos tributários Em parceria com a Quality Support Serviços Empresariais, o SindilojasRio disponibiliza às empresas associadas o serviço de Diagnóstico Tributário em condições diferenciadas. Após uma análise detalhada das operações empresariais e sem nenhuma despesa inicial para a sua empresa, a parceria identifica oportunidades de redução de custo fiscal e de recuperação de créditos tributários. Em até 20 dias, gera-se o Diagnóstico Tributário que indicará quais oportunidades devem ser analisadas com maior profundidade.
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Isso significa que é possível obter resultados expressivos já no mês seguinte à contratação do serviço. E o mais importante: depois de analisar o Diagnóstico Tributário, a empresa decide qual opção deseja explorar, sem qualquer obrigação em fazê-lo. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail sindilojasrio@qualitysupport. com.br ou pelo telefone (21)2217-5030.
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Revista O Lojista | janeiro e Fevereiro de 2018
DEPOIMENTOS DE CLIENTES SATISFEITOS COM A PARCERIA:
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A Quality presta um serviço diferenciado. A atenção e o cuidado no atendimento e a responsabilidade com a qual tratam as informações de nossa empresa nos conquistaram. Hoje, ela é uma grande parceira e tem nossa total confiança
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Estou muito satisfeito. A Quality presta um ótimo serviço: qualidade e eficiência
Sávio Neves Presidente do Trem do Corcovado
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Edson Gabriel Sócio Star Holding
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As experiências que vivenciei nesta sólida e promissora aliança superaram nossas expectativas tanto pela exatidão e consistência nas informações quanto nas questões técnicas e no atendimento
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Hélio Fagundes CEO Alves & Fagundes Consultoria
ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS
Foto: George Gianni/PSDB
O deputado Otavio Leite foi o relator do projeto
De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, no entanto, o veto deverá ser derrubado no Congresso Nacional na volta do recesso, em fevereiro. Outra alternativa poderá ser o envio de novo projeto ao parlamento.
"As micro e pequenas empresas representam emprego e são vitais para economia brasileira. É bom lembrar que o país está, há três anos seguidos, em aguda crise econômica. Logo, o refinanciamento permitirá aos empreendedores recuperarem a esperança de um futuro melhor. Essas empresas respondem por 27% do produto interno bruto (PIB) nacional e empregam 70% dos trabalhadores na iniciativa privada", afirmou o deputado na ocasião. Tanto ele como Afif Domingos destacaram que é preciso garantir isonomia às micro e pequenas empresas, oferecendo a elas direito ao refinanciamento semelhante ao já concedido às médias e grandes empresas.
Já o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), relator do projeto do Refis para as micro e pequenas empresas, declarou que trabalhará pela derrubada do veto. Ao participar da confraternização de fim de ano do SindilojasRio e do CDLRio, no dia 18 de dezembro passado, o parlamentar havia explicado a importância do Refis para as MPEs. Segundo ele, trata-se de uma medida justa e necessária. Afinal, cerca de 600 mil empresas terão o direito de parcelar suas dívidas e prosseguirem no Simples Nacional. A Receita Federal já havia notificado exclusões. Também poderão ser beneficiadas com este refinanciamento cerca de mil micro e pequenas empresas que já estão inscritas na dívida ativa.
De acordo com o projeto vetado, para aderirem ao programa, as empresas teriam de pagar entrada de 5% do valor da dívida, que poderia ser dividida em até cinco parcelas consecutivas. O restante poderia ser pago de três formas diferentes: uma única parcela com descontos de 90% nos juros e 70% nas multas; ou parcelado em 145 vezes, com abatimento de 80% dos juros de mora e 50% das multas; ou em 175 meses, com 50% de desconto nos juros e 25% nas multas. O valor mínimo das prestações seria de R$ 300,00, exceto para os microempreendedores individuais (MEI), cujo valor seria estipulado pelo Conselho Gestor do Simples Nacional.
O veto integral do presidente da República Michel Temer ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 164/2017, aprovado no fim do ano pelo Congresso, que cria um novo programa de parcelamento de débitos tributários, conhecido como Refis, para micro e pequenas empresas (MPEs) optantes pelo Simples Nacional, pegou de surpresa as quase 600 mil MPEs que precisam refinanciar suas dívidas.
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Em Defesa do Varejo do Rio de Janeiro
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SINDICALISMO
Recolhimento da Contribuição Confederativa As empresas devem recolher até 31 de março, em todo o País, a Contribuição Confederativa de 2018 para os respectivos sindicatos patronais. As empresas enquadradas no SindilojasRio recolherão para este sindicato. Anualmente, uma Assembleia Geral Extraordinária é convocada para tratar dos valores a serem estabelecidos na tabela da Contribuição Confederativa. A de 2018 foi aprovada na Assembleia de 28 de novembro de 2017. Como ocorre nas assembleias que tratam de assuntos de interesse dos lojistas cariocas, e de acordo com o Artigo 16 do Estatuto da entidade, todos os lojistas do Rio podem participar mesmo que suas empresas não sejam associadas ao SindilojasRio. O pagamento da Contribuição de Custeio do Sistema Confederativo de Representação Sindical está previsto na Constituição Federal no inciso IV do artigo 8º da Constituição Federal. Por isso, as empresas têm como obrigação o seu recolhimento anual. O pagamento deve ser feito até 31 de março, de preferência em agência do Banco Santander.
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INVESTIMENTO
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A parcela da Contribuição Confederativa que cabe ao SindilojasRio é totalmente aplicada em benefício das empresas lojistas do Rio. Com esses recursos são mantidos serviços jurídicos (trabalhista, civil e tributário), de marcas, de assistência de despachantes nas áreas municipal, estadual e federal, junto à Previdência Social e à Receita Federal. Os benefícios vão além. As empresas recebem gratuitamente a revista O Lojista e, também, noticiário de interesse dos lojistas por meio do e-mail Notícias Expressas. Na sede e nas delegacias do SindilojasRio são prestados atendimentos relacionados à Medicina Ocupacional. Em parceria com o CDLRio, o SindilojasRio patrocina o IVAR – Instituto do Varejo, entidade promotora de atividades culturais e educacionais para lojistas e comerciários e mantenedora de banco de empregos. O SindilojasRio além de ser prestador de serviços, representa a categoria de lojistas do Rio perante o Sindicato dos Empregados no Comércio e os governos municipal, estadual e federal. As empresas lojistas do Rio podem consultar a Gerência Jurídica, gratuitamente, sobre questões trabalhistas, cíveis e tributárias, Imposto de Renda, Previdência Social e marcas. Feito o recolhimento da Contribuição Confederativa, é realizado o rateio entre sindicatos e federa-
ções. Neste Estado, com a Federação do Comércio do RJ e com a Confederação Nacional do Comércio.
INSTRUÇÕES As guias para o recolhimento da contribuição são enviadas às empresas ou aos seus contabilistas em março. Também poderão ser solicitadas na sede ou nas delegacias de serviços do SindilojasRio, cujos endereços estão na contracapa desta revista. Cópias da guia poderão ser obtidas no portal do SindilojasRio: www.sindilojas-rio.com.br. Esclarecimentos sobre o recolhimento da Contribuição podem ser obtidos pelo telefone 2217-5000 ou nas delegacias de serviços. • Para pagamentos efetuados após 31/3/2018 será aplicada multa de 2%, acrescida de juros de 1% ao mês; • O pagamento da Contribuição Sindical não confere quitação ao pagamento da Contribuição Confederativa; • O valor pago a título de Contribuição Sindical não poderá ser deduzido do valor a ser pago a título de Contribuição Confederativa; • O enquadramento na tabela deverá ser feito por estabelecimento (ponto de venda, matriz, escritório etc.); • Empresas com mais de um objeto social estão obrigadas a recolher a contribuição também para o comércio lojista; • Somente serão consideradas microempresas aquelas registradas no Ministério da Fazenda e no gozo efetivo de suas regalias. • Em relação à tabela de Contribuição de 2018, houve um reajuste de 1,82% na tabela de 2017.
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA 2018 DESCRIÇÃO
Microempresas
VALORES A PAGAR
R$ 148,18 R$ 148,18 Acrescentar R$ 9,96 por empregado
Demais empresas
Contribuição máxima por estabelecimento: R$ 2.917,07 Contribuição máxima por empresa: R$ 47.417,28
SINDICALISMO
SindilojasRio e CDLRio comemoraram seus aniversários comunidade lojista, e o CDLRio, celebrou seus 62 anos no dia 7 de novembro. A dupla festividade foi no CDLRio. Não faltou o bolo de aniversário duplo. Na foto, Aldo Gonçalves, presidente de ambas entidades, dirigiu o ato do
corte do bolo. Convidou como representantes das duas entidades, os mais antigos colaboradores, Adir Carvalho de Barros, gerente financeiro, do CDLRio, e Luiz Bravo, assessor da Diretoria do SindilojasRio.
Lojistas do Rio vão às urnas no dia 19 de fevereiro Os lojistas do Rio, cujas empresas são associadas ao SindilojasRio, estão sendo convocados a votarem no dia 19 de fevereiro, de 10 às 16 horas, na sede sindical, nos colegas que dirigirão a entidade
no período de 23 de março de 2018 a 2022. Apenas uma chapa se candidatou à 31ª Diretoria, de acordo com o edital publicado no jornal Monitor Mercantil de 22 de dezembro, no qual abria inscrição
de chapas no período de 22 de dezembro de 2017 a 2 de janeiro de 2018. Houve, ainda, o prazo de 5 a 8 de janeiro para contestação referente à chapa registrada. Não houve impugnação.
Revista O Lojista | Janeiro e Fevereiro de 2018
No dia 8 de dezembro, diretores e colaboradores do SindilojasRio e do CDLRio participaram da comemoração conjunta de aniversário das duas entidades. O SindilojasRio, festejou, no dia 6 de dezembro, seus 85 anos de serviços à
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EVENTO
NRF 2018 O maior evento mundial do varejo
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Pela 107ª vez, milhares de empresários do comércio estiveram reunidos em Nova Iorque, participando de 14 a 16 de janeiro, da NRF 2018, considerada a monumental reunião do comércio mundial. A representação brasileira foi uma das maiores, dentre os países presentes.
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Integrante do Grupo Gouveia Vieira, Leonardo Koboldt de Araújo, diretor de Retail & Enviromental Design da GAD’, considerada uma das mais importantes consultorias de marca do Brasil, comentou alguns dos momentos que lhe chamaram a atenção, reproduzidos a seguir. Em sua próxima edição, O Lojista trará uma análise dos destaques da NRF 2018, feita pelo vice-presidente do SindilojasRio, Juedir Teixeira, especialista em Marketing e mestre em Gestão Estratégica de Negócios.
Ariana Huffington, fundadora do The Huffington Post e da Thrive Global (plataforma especializada em bem-estar e produtividade), no segundo dia, recomendou às pessoas que desligassem e recarregassem não só seus aparelhos como a elas próprias. Pareceu a Koboldt um comentário bem oportuno em face ao contexto de tanta aceleração e transformação. “Cuide de você tão bem quanto cuida de seu celular”, recomendou. O empoderamento feminino e os temas ligados à diversidade e inclusão também apresentaram abordagens muito interessantes e contemporâneas. Foi o caso do projeto de caráter social e altruísta chamado Charity. Exemplo foi dado pelo palestrante Hamdi Ulukaya, CEO da Chobani. Ele informou como construiu um dos mais notáveis startups de alimentos do mercado. Em continuação, a marca Tommy Hilfiger mostrou uma forma disruptiva de lidar com seus novos públicos e novas gerações. Para ilustrar a palestra, apresentou “Tommy no Rock Circus”, evento que mistura moda, show e comportamento (físico e digital) em uma nova forma de envolvimento com seu público, na atmosfera atualizada da marca. Puro branding experience! O diretor da GAD’ resumiu sua impressão sobre os três dias de evento como uma intensa imersão no universo do varejo, com conteúdos interessantes, temas relativos às marcas, propósitos e experiências dominantes em todas as abordagens em cadeia. A grande ferramenta passa a ser o mobile, que irá permear tudo e todos, em todas as fases do processo – da ideação ao pós-compra – sendo, inclusive, a parte monetária. O tema foi percebido nas abordagens da Apple, com o Apple Pay, e também nas operadoras de cartão, conforme o testemunho do CEO da Visa, Alfred Kelly. Com a transformação do varejo em ritmo acelerado, temos de nos preparar. E até mesmo o delay da chegada das novas tecnologias ao Brasil pode ser usado a nosso favor. “Este ano, a aceleração evolutiva das tecnologias foi muito forte. Novas ferramentas e inte-
EVENTO
Este ano, a aceleração evolutiva das tecnologias foi muito forte. Novas ferramentas e interações, realidade aumentada e virtual, big data e inteligência artificial – muitas vezes transformada em assistentes inteligentes – apresentaram cases e evoluções bastante interessantes. Definitivamente, caiu a ideia de varejo digital e físico. Tudo é varejo! LEONARDO KOBOLDT DE ARAÚJO
Diretor de Retail & Enviromental Design da GAD’
rações, realidade aumentada e virtual, big data e inteligência artificial – muitas vezes transformada em assistentes inteligentes - apresentaram cases e evoluções bastante interessantes. Definitivamente, caiu a ideia de varejo digital e físico. Tudo é varejo!”. Fonte: Meio & Mensagem
Revista O Lojista | Janeiro e Fevereiro de 2018
No primeiro dia do evento, o diretor da GAD’ se surpreendeu com a chegada de um dos palestrantes. Ele entrou de bicicleta no palco principal, ao som de Bob Dylan. A música vinha de sua jaqueta jeans com wearable technology, a chamada tecnologia vestível, desenvolvida em parceria com o Google. O “novidadeiro” foi James Curleigh, CEO da Lewis. O tema de sua palestra foi como manter inovadora uma marca centenária. Ressaltou que “nunca foi tão importante entregar o inesperado para o seu público”.
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DESTAQUE Revista O Lojista | janeiro e Fevereiro de 2018
RESTAURAÇÃO DE IMÓVEIS TOMBADOS DÁ ISENÇÃO DO IPTU
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A nova lei do IPTU no Rio manteve a isenção do imposto para os imóveis restaurados, de acordo com as normas do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. A Sociedade de Amigos da Rua da Carioca e Adjacências – Sarca vem incentivando os proprietários de imóveis no Corredor Carioca, no centro do Rio, a aproveitarem a isenção, reduzindo os seus custos operacionais. Roberto Cury, presidente da Sarca, informa que os interessados em se beneficiar da isenção, devem procurar o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. O seu corpo técnico é competente para apoiar e acompanhar os projetos de recuperação dos imóveis. É certo que a despesa na restauração de imóveis tombados torna-se um autêntico investimento ao considerar a isenção do IPTU.
O arquiteto Raife Pereira Lima, especialista em restauração de imóveis tombados, afirma que é simples o pedido de isenção do IPTU. Muitas vezes, o proprietário pede a isenção, mas esquece de fazer qualquer obra. E, em consequência, perde o benefício. Ele, que vem assessorando obras de restauração nos imóveis tombados, lembra que o Centro Histórico do Rio tem um conjunto arquitetônico de grande valor cultural e histórico. Acredita que se cada um fizer a sua parte, todos saem ganhando. A Prefeitura porque poderá ganhar com o turismo e a população que terá uma cidade mais bonita e livre de prédios abandonados ou invadidos. Por sua vez, os seus proprietários terão uma boa compensação ao promover a restauração de prédios tombados, através da isenção do IPTU.
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Revista O Lojista | Janeiro e Fevereiro de 2018
DESTAQUE
DESTAQUE
VENDA DE PRODUTOS E SERVIÇOS ON-LINE DEVE TRAZER PREÇOS À VISTA DE FORMA DESTACADA Desde dezembro de 2017, o comércio eletrônico deve seguir nova regulamentação referente à forma de divulgar os preços de produtos e serviços nos sites. A Lei 13.543 determina que os preços devem ser colocados à vista no site, mediante divulgação ostensiva, ao lado da imagem do produto ou descrição do serviço, em caracteres facilmente legíveis, com tamanho de fonte não inferior a 12 . Essa exigência foi incluída na Lei 10.962, de 2004, que disciplina as formas de fixação de preço de comerciantes e prestadores de serviços e traz outras obrigações de empresas como
PDV
cobrança de valor menor se houver anúncio de dois preços diferentes. Segundo o Ministério da Justiça, a lei veio para eliminar de vez a prática de sites que colocam produtos sem preço ou com menor destaque, o que já era vedado pelo Código de Defesa do Consumidor. A partir de agora, se o consumidor verificar preços fora do novo padrão estabelecido pela lei, deve acionar órgãos de proteção e defesa como Procon, Ministério Público ou Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. Os sites que estiverem violando as previsões da Lei podem ser multados ou suspensos.
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DESTAQUE
Excesso de feriados faz varejo perder cerca de R$ 4,8 bilhões por ano Com o excesso de feriados em 2018 (dez nacionais, três estaduais e um municipal), dos quais 12 em dias úteis, com possibilidade de prolongamento – o chamado “enforcamento” –, o comércio varejista da cidade do Rio de Janeiro pode perder R$ 4,8 bilhões em receitas de vendas no ano. Cada dia parado representa uma perda média de cerca de R$ 405 milhões. Ao longo do ano, o comércio terá cerca de 30 dias de movimento prejudicado e novembro será o mês com mais feriados: Finados (sexta-feira), Proclamação da República (quinta-feira) e da Consciência Negra (terça-feira). A estimativa é do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio. Segundo o presidente do SindilojasRio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, apesar dos acordos feitos entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Empregados do Comércio permitirem as lojas abrirem, os feriados do ano e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente os de lojas de rua, que são as que mais sofrem, especialmente as do centro da cidade, que
fica completamente deserto. Com os chamados “enforcamentos” há a possibilidade de o cidadão folgar 13 dias, incluindo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana. “Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio. São quase 30 dias (um mês) de vendas depreciadas. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo, que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender e também o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, estimativa do Centro de Estudos do CDLRio mostra que eles podem perder até um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício”, conclui Aldo Golçalves.
PESQUISAS
Números refletem a crise As vendas do comércio na Cidade do Rio de Janeiro registraram queda de 5,8% no acumulado de janeiro/dezembro de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que ouviu cerca de 750 estabelecimentos comerciais. A pesquisa mostra, também, que em dezembro as vendas caíram 0,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o décimo segundo resultado negativo de 2017. O presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, disse que o resultado negativo de 2017 refletiu um ano muito difícil para os brasileiros. “Mais difícil ainda para a população do Rio de Janeiro, que passa por uma crise política e econômica sem precedentes, ao contrário de outros estados que já experimentam alguma recuperação. Todo esse cenário caótico atingiu diretamente o comércio, grande pilar e pulso da
nossa economia, responsável por mais de 20% dos empregos formais do estado”, disse Aldo. Ele lembra que só no primeiro semestre, quase 10 mil estabelecimentos comerciais fecharam suas portas em todo o Estado e que o número segue crescendo. “Na capital, a camelotagem e a desordem urbana desenfreadas tomaram conta dos principais corredores comerciais da cidade, sem a devida ação da prefeitura para coibi-las, afastando os consumidores e prejudicando ainda mais o comércio”, esclarece. “Mesmo assim o comerciante fez a sua parte. Planejou e organizou-se. Comprou tecnicamente produtos desejados com preço e quantidades adequadas. Investiu no treinamento da equipe para vender mais e conquistar novos clientes. Além disso, realizou – e vem realizando - todo o tipo de promoção, liquidação e descontos para estimular os consumidores, mas nada disso foi o suficiente para aumentar as vendas, daí o resultado negativo, que se repetiu mês a mês durante todo o ano”, conclui Aldo.
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Termômetro de Vendas
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VENDAS ACUMULADAS COMPARADAS COM AS DO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR JAN-FEV JAN-MAR JAN-ABR JAN-MAI JAN-JUN JAN-JUL JAN-AGO JAN-SET JAN-OUT JAN-NOV JAN-DEZ
-9,1%
-8,5% -8,7%
-7,9% -7,7%
Centro de Estudos-CDLRio
-7,3% -7,4% -7,6%
-6,7% - 6,5%
-5,8%
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Revista O Lojista | Janeiro e Fevereiro de 2018
PESQUISAS
SCPC Inadimplência no comércio do Rio recuou 0,3% em dezembro No acumulado do ano (janeiro/dezembro) a inadimplência aumentou 1,1% A inadimplência no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro diminuiu 0,3% em dezembro em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio. As consultas (item que indica o movimento do comércio) diminuíram 2,1% e as dívidas quitadas (índice que mostra o número de consumidores que colocaram suas dívidas em dia) cresceram 1,3%.
Na comparação de dezembro com o mês anterior (novembro), as consultas e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 20,6% e 0,8% e a inadimplência diminuiu 0,5%. No acumulado de 2017 (janeiro/dezembro) em comparação ao mesmo período de 2016, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 1,1% e 0,3% e as consultas diminuíram 7,7%.
CONSULTAS
REALIZADAS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR JAN-FEV JAN-MAR JAN-ABR JAN-MAI JAN-JUN
-6,8%
- 7,7%
-8,0%
-7,8%
-7,8%
JAN-JUL JAN-AGO JAN-SET JAN-OUT JAN-NOV JAN-DEZ
-8,0%
-8,1%
-8,3%
-8,3%
-8,2%
-7,7%
NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA
REGISTROS INCLUÍDOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
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+1,6%
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+1,4%
+1,2%
+1,3%
+1,4%
JAN-FEV JAN-MAR JAN-ABR JAN-MAI JAN-JUN
+1,5% +1,5%
+1,4%
+1,3%
+1,2%
+1,1%
JAN-JUL JAN-AGO JAN-SET JAN-OUT JAN-NOV JAN-DEZ
CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS
REGISTROS CANCELADOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR JAN-FEV JAN-MAR JAN-ABR JAN-MAI JAN-JUN
+0,4% +0,1% -0,2%
+0,5%
+0,5%
JAN-JUL JAN-AGO JAN-SET JAN-OUT JAN-NOV JAN-DEZ
+0,7%
+0,6% +0,3%
+0,1%
+0,2%
+0,3%
FAÇA PARTE DESTAS PESQUISAS!
Movimentação - Janeiro a Dezembro de 2017 Segundo o LIG Cheque, registro de cadastro do CDLRio, em dezembro de 2017, em relação ao mesmo mês de 2016, as consultas, a inadimplência e as dívidas quitadas recuaram, respectivamente, 6,3%, 0,2% e 2,4%. Comparando-se dezembro com o mês anterior (novembro), as consul-
tas e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 11,4% e 2,3% e a inadimplência diminuiu 0,3%. No acumulado do ano (janeiro/ dezembro) em relação ao mesmo período de 2016, as consultas e as dívidas quitadas diminuíram, respectivamente, 8,5% e 1,6% e a inadimplência aumentou 0,9%.
Caso sua empresa se interesse em participar de nossas pesquisas, contate o Centro de Estudos do CDLRio:
PESQUISAS
Cheques
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CONSULTAS
AO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR JAN-FEV JAN-MAR JAN-ABR JAN-MAI JAN-JUN JAN-JUL JAN-AGO JAN-SET JAN-OUT JAN-NOV JAN-DEZ
-7,5% -8,1%
-8,3%
-8,0%
-8,0%
-8,1%
-8,2% -8,7%
NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA
-8,7%
-8,7%
-8,5%
REGISTROS INCLUÍDOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR +0,9%
+0,9%
+0,9%
+1,1%
+1,2%
+1,3%
+1,4%
+1,3%
+1,2%
+1,0%
+0,9%
CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS
REGISTROS CANCELADOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR +0,2%
+0,3%
+0,4%
+0,2%
+0,1%
+0,1% -0,1%
-0,4% -1,3% -1,6%
-1,6%
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CAPA
VOLTA ÀS AULAS Lojistas e fabricantes apostam em qualidade, preço e promoções para conquistar consumidores e incrementar vendas
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O início do ano letivo promete movimentar os segmentos de papelarias, livrarias e outros que vendem artigos escolares e afins.
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Novas linhas de produtos, promoções voltadas para o consumidor e até reality show são as apostas de grandes e tradicionais fabricantes, como BIC®, Tilibra, Faber-Castell e outros para incrementar as vendas desse período. No rastro dessas ações promovidas pelas marcas, os lojistas estão com tudo pronto para aproveitarem o período. A expectativa é a de que, com a economia se recuperando, as vendas sejam melhores do que em 2017. Para a rede de papelarias Kalunga, o período representa um crescimento de 30% nas vendas e a expectativa para 2018 é que o desempenho seja 12% maior sobre a campanha de 2017. A Faber-Castell, por exemplo, preparou uma grande ação focada no consumidor: é a promoção “Fantástica Fábrica de Cores”, que levará clientes sorteados
para visitar a fábrica na Alemanha junto com alguns dos youtubers mais badalados do Brasil. Varejistas aumentaram seus estoques de itens da marca, enquanto a Faber-Castell investiu no treinamento de equipes de vendas, que apresentam os produtos e realizam atividades com os consumidores, proporcionando uma experiência de compra diferenciada. Já a Tilibra, que vende de cadernos a mochilas, lançou um reality show em parceria com a MTV, com “os empregos de verão mais divertidos do mundo”. Alguns jovens foram selecionados para passar o mês de janeiro trabalhando em tarefas únicas e divertidas ao lado de youtubers e ídolos. As etapas do reality serão divulgadas na internet e também na programação da MTV Brasil. E a BIC®, que registrou um crescimento em 2017 no período de volta às aulas de 17%, tem a expectativa de manter o mesmo nível de crescimento para 2018, de acordo o gerente do segmento de Papelaria, Felipe Favoretto. E para tanto, a BIC® acaba de ampliar seu portfólio com 10 lançamentos.
CAPA
Para saber mais sobre as expectativas para a volta às aulas de 2018, a revista O Lojista ouviu Isaque Lerbak, empresário do setor, um dos sócios da Livraria Eldorado e diretor da Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro – AEL.
QUAL A EXPECTATIVA DO SEGMENTO DE LIVRARIAS PARA O PERÍODO “VOLTA ÀS AULAS 2018”?
Confiamos que 2018 será bem melhor do que 2017. No final do segundo semestre do ano passado já houve uma melhora do setor varejista de livros em geral, correspondendo a um aumento de 6% do faturamento. E para o período de volta às aulas em 2018, acredito que a concorrência na venda de livros didáticos será menor, já que algumas livrarias e papelarias deixaram de trabalhar com o livro escolar e, também, devido ao fechamento da Casa Cruz, uma das maiores empresas do setor, que tinha cinco lojas no município do Rio.
A venda de livros nas escolas pelas editoras prejudica muito as livrarias e papelarias. É uma concorrência desleal. As editoras oferecem benefícios às escolas que as livrarias e papelarias não têm condições de oferecer, como equipamentos de informática, ar condicionados, bebedouros. Isto fez com que várias, inclusive, parassem de trabalhar com livros escolares. Além disso, essa prática prejudica inclusive os hábitos de leitura dos alunos, pois o período de “Volta às aulas” é, às vezes, o único momento que algumas famílias têm para levar os filhos a uma livraria. Quando essa venda é efetuada na escola, a criança pode crescer sem conhecer a bibliodiversidade e sem dar a devida importância à frequência de uma livraria. Todo início de ano letivo, a AEL faz uma campanha de conscientização junto às editoras e ao público em geral para que seja revertida essa prática.
COMO VÊ A QUESTÃO DA LEITURA ON-LINE HOJE?
Não vejo as plataformas digitais como concorrência. Existem muitos youtubers e blogueiros que incentivam a leitura de livros em papel, inclusive lançando os próprios livros e enchem as Bienais com jovens que já nasceram na era digital. O livro digital ou e- book ainda não cresceu como esperado. O Kindle completou dez anos em 2017 e não desbancou o livro em papel; ocupa hoje só cerca de 3% em mercados como o nosso e da França, onde os índices de leitura são bem altos. Nos Estados Unidos, o livro digital atingiu um patamar de cerca de 20% do mercado, mas há uma queda acentuada no interesse.
Isaque Lerbak Sócio da Livraria Eldorado e diretor da Associação Estadual de Livrarias do RJ – AEL
QUAIS AÇÕES AS LIVRARIAS TÊM FEITO ATUALMENTE NO MERCADO?
O que temos feito é melhorar a diversidade de obras nas livrarias e aprimorar o atendimento ao cliente, além de usar as novas tecnologias de gestão para administrar nossos negócios. Buscamos também fortalecer os laços com a comunidade para incentivar a compra no comércio local.
COMO A AEL – ASSOCIAÇÃO ESTADUAL DE LIVRARIAS TEM ATUADO EM PROL DOS SEUS ASSOCIADOS?
Hoje a principal briga da AEL é pela aprovação da Lei do Preço Fixo, que regulamenta os descontos nos preços dos livros. Desta forma, os livros novos só poderiam ter 10% de desconto até um ano depois de lançados. Isso evitaria os descontos abusivos de empresas que usam o livro apenas como chamariz para vender outros produtos e inclusive acabam o desvalorizando. O projeto dessa lei está tramitando no Congresso e uma lei similar já existe em vários países como Argentina, Alemanha e França. No âmbito local buscamos a isenção de IPTU para as livrarias da mesma forma como acontece com as editoras que já recebem este benefício.
HÁ QUANTO TEMPO ESTÁ NO MERCADO COM A ELDORADO E COMO FOI A SUA TRAJETÓRIA NO COMÉRCIO ATÉ AQUI?
Estou no mercado há 34 anos. Comecei trabalhando na livraria da Editora Melhoramentos, na Tijuca,
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QUAL É O MAIOR PROBLEMA, HOJE, NA VENDA DOS LIVROS DIDÁTICOS?
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CAPA
e fui aprendendo no dia a dia. Ocupei várias funções dentro da empresa até que, em 1998, surgiu a oportunidade de entrar como sócio na Livraria Eldorado, também na Tijuca. Hoje, além da Eldorado, temos o sebo Caverna do Saber e a livraria Copabooks em Copacabana.
COMO SURGIU O SEBO A CAVERNA DO SABER DENTRO DA ELDORADO?
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A ideia foi minha e do outro sócio, Jovaldo. Mas o nome foi dado por mim porque fica no subsolo da loja. Era um depósito onde guardávamos qualquer coisa e quando ia lá dizia: "vou na caverna". Depois vimos que na loja havia muitos livros que poderiam estar com preço mais baixo. Mas, se baixássemos na própria livraria iríamos criar conflito. Por isso veio a Caverna do Saber, não com livros fora de catálogo, mas com livros que estavam envelhecidos. Começamos como ponta de estoque e depois passamos a comprar livros usados. O sebo tem uma função
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social também, o mesmo livro que está na loja pode ser encontrado ali por dez reais. Se não é possível pagar o preço de um novo você não vai deixar de ler. Na volta às aulas o pessoal de faculdade fica lá embaixo garimpando o que vai precisar. Quanto mais sebos a cidade tiver, menos o conhecimento fica retido em bibliotecas particulares.
A CRISE NA UERJ AFETOU A ELDORADO?
Bastante! As pessoas não têm a dimensão de como a UERJ movimenta a economia dos bairros próximos: Vila Isabel, Grajaú, Tijuca. Nossas vendas de livros universitários caíram absurdamente. Em torno da UERJ nenhuma livraria sobreviveu, nem as de Medicina que funcionavam para atender ao Hospital Pedro Ernesto. Se nem os botequins ficaram, imagine as livrarias. Todos dependiam dos alunos da UERJ. Nós conseguimos nos equilibrar com o livro escolar, que continua sendo nosso carro-chefe.
VENDA DE LIVROS CRESCEU NO ANO PASSADO Divulgado em janeiro, o balanço anual do “Painel das Vendas de Livros no Brasil”, que coleta semanalmente os dados do “caixa” das livrarias físicas e virtuais, além de varejistas colaboradores, mostra que o ano de 2017 foi positivo para o mercado livreiro.
– Houve uma propensão macroeconômica e uma inflação mais baixa, que fez com que a receita fosse melhor que nos anos anteriores, explicou o gestor.. Os números mostram uma recuperação em relação a 2016. Naquele ano, com uma inflação em 6,29%, o volume havia ficado em -10,84% e, o valor, em -3,9%. O resultado de 2017 mostra ainda um sinal de solidez, já que o aumento das vendas não foi impulsionado por nenhum fenômeno atípico. Em 2015, por exemplo, quando o faturamento chegou a 3,43%, o mercado teve o impacto da febre dos livros de colorir, que mascarou os problemas de um ano não tão bom assim. Importante lembrar, porém, que o último período de 2017 foi essencial no cálculo – especialmente a semana de Natal, com crescimento de 16% em faturamento em comparação à mesma semana de 2016.
CAPA
Houve crescimento sólido, regular e bem distribuído entre os gêneros de livro A melhor notícia de 2017 é que não houve nenhum grande acontecimento, e, ainda assim, os números foram positivos. Ou seja, o mercado se mostrou não dependente de fenômenos atípicos e arrebatadores, avaliou Ismael Borges, da Bookscan Brasil.
CRESCIMENTO SÓLIDO, REGULAR E BEM DISTRIBUÍDO ENTRE OS GÊNEROS DE LIVRO
Entre as estratégias de 2016 que começaram a dar frutos em 2017, vale destacar a aposta em autores nacionais. Sem dinheiro para arrematar bestsellers estrangeiros em leilões, as editoras se voltaram para livros brasileiros. E, ao contrário do ano anterior, desta vez não foram apenas os youtubers que se destacaram. O levantamento do Painel, inclusive, mostra um aumento da procura por ISBN (registro de títulos) diferentes (17,8%), sinal de uma maior diversidade no mercado, com as vendas se espalhando por diversos gêneros. Entre os que tiveram alta em 2017 estão literatura brasileira, religião e desenvolvimento pessoal. Já em queda estão culinária, literatura estrangeira e livros para concurso público.
Fonte: O Globo
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De acordo com a pesquisa, realizada pela Nielsen Bookscan Brasil em parceria o com Sindicato Nacional dos Editores de Livros, ao longo do ano passado, as vendas de livros tiveram um aumento de 4,55% em volume (o equivalente a 1,8 milhão de exemplares) e incremento de 6,15% em faturamento, o que corresponde a cerca de R$ 100 milhões. Desde que o levantamento começou a ser feito, em 2013, é o primeiro balanço anual com resultados positivos, acima da inflação (que ficou em 2,94%), segundo Ismael Borges, gestor da Bookscan Brasil.
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SERVIÇOS PARA O LOJISTA
Novo procedimento para formalizar termos de abertura das lojas aos domingos e feriados
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Agora o SindilojasRio disponibiliza a emissão dos termos para abertura das lojas aos domingos e feriados em nossa Central do Associado. Não haverá mais a possibilidade de buscar o formulário em nossa sede ou nas delegacias de serviços. O acesso será feito pelo nosso site - www.sindilojasrio.com. br – menu Central do Associado, posteriomente clicando em Central do Contribuinte.
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Para o primeiro acesso, o login e a senha são o CNPJ da empresa (apenas números). Após o primeiro acesso recomenda-se a troca da senha. Caso já tenha acessado a Central, basta entrar com sua senha normalmente. Se a esqueceu, clique em “Esqueceu sua senha?”, e receberá em seu e-mail cadastrado o procedimento para alterá-la. Clique no menu localizado à esquerda da página Abertura Domingos e Feriados. Insira o número de funcionários que irão constar no tipo do termo desejado: domingos ou feriados. Escolhida a segunda opção, selecione o feriado. Inclua os dados de cada funcionário que irá trabalhar no dia escolhido: nome completo, CPF, data de
nascimento, CTPS e o horário de entrada e saída. Todos esses dados são obrigatórios. Ao final, clique no botão “Imprimir”. É obrigatória a impressão, disponibilizada nesta área, das cláusulas da convenção coletiva no verso de cada termo. Com o termo impresso em três vias, o representante da empresa deverá recolher as assinaturas dos funcionários constantes no termo, dirigir-se à sede do SindilojasRio ou a uma das delegacias de serviços para homologar (carimbar) o termo. Cumpridas estas etapas, é necessário homologar junto ao Sindicato dos Comerciários. Este foi o procedimento já realizado para o feriado de 20 de janeiro – São Sebastião e para a renovação dos acordos de domingo. As empresas associadas ao SindilojasRio, em dia com todas as suas contribuições, permanecem isentas do pagamento da taxa patronal. Mais informações pelo telefone 2217-5037 ou 2217-5055.
SERVIÇOS PARA O LOJISTA
Economize tempo e recursos no seu dia a dia! Oferecemos a opção certa de Certificado Digital para você ou seu negócio O CDLRio firmou nova parceria em certificação digital com a Certisign e a Certifique Online garantindo atendimento diferenciado para associados da entidade e para o público em geral. Com a instalação de um Posto de Atendimento na Sede do CDLRio, na Rua Primeiro de Março, 13, Centro, os clientes serão atendidos em horários agendados, sem fila ou atrasos, com a emissão do certificado na mesma hora, pronto para o uso. Os certificados digitais têm a garantia da Certisign, maior Autoridade Certificadora da América Latina e a qualidade dos serviços Certifique Online, líder em certificação digital no Estado do Rio de Janeiro.
Cada vez mais pessoas e empresas têm experimentado os benefícios da tecnologia do certificado digital - um componente de inovação que aumenta o grau de confiança e transparência das transações eletrônicas. O atendimento ocorrerá na própria sede do CDLRio, de segunda a sexta- feira, das 8h30min às 17h30min, com intervalo entre 12h as 13h. Muito em breve, os clientes poderão adquirir seus certificados e agendar diretamente no site do CDLRio, de forma simples, direta e rápida. Certificado Digital pronto para uso é aqui!
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CDLRio, Certisign e Certifique Online firmam parceria em Certificação Digital
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MERCADO E TENDÊNCIAS Revista O Lojista | janeiro e Fevereiro de 2018
BLOCOS DE RUA ANIMAM AS VENDAS DO COMÉRCIO CARIOCA
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Os lojistas estão animados com o aquecimento do movimento nas lojas especializadas em produtos para o carnaval, principalmente pelo grande número de foliões dos blocos de rua que não exigem fantasias padronizadas. A expectativa do comércio carioca é de um incremento de 1,5% nas vendas até o fim do carnaval em relação ao ano passado. É o que mostra a pesquisa do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que ouviu 400 lojistas da cidade do Rio de Janeiro entre os dias 12 e 21 de janeiro para conhecer a expectativa de venda de produtos para o carnaval. Segundo os lojistas, adereços e fantasias, tecidos, bermudas, shorts, camisetas, linha de praia (biquini, maiô, chapéus e saídas de praia) são os produtos que deverão ser mais vendidos. O preço médio das compras será em torno de R$ 130,00 e os clientes devem utilizar o cartão de crédito parcelado como forma de pagamento, seguido de cartão de loja, dinheiro, cartão de débito, cheque e crediário.
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, as vendas de produtos para o carnaval devem contribuir para o total das vendas no mês de janeiro (pois o evento ocorre no início de fevereiro). “O lojista está animado e o que tem colaborado significativamente para o aumento das vendas de produtos são os blocos de rua, que não exigem fantasias padronizadas”, avaliou o dirigente. Outro aspecto apontado por ele é que quando o carnaval cai no início do mês, normalmente as vendas não reagem bem, porque o consumidor já vem comprometido com as despesas do fim do ano, início das aulas e impostos. A pesquisa mostra também que os lojistas estão apostando na promoção, pagamento facilitado, descontos e kit promocionais como forma de estimular as vendas.
MERCADO E TENDÊNCIAS
SIGLAS ME OU EPP NÃO SERÃO MAIS ACRESCENTADAS AO NOME DA EMPRESA As empresas enquadradas como Micro Empresas - ME ou Empresa de Pequeno Porte - EPP não podem acrescentar as partículas ME ou EPP ao nome empresarial desde o dia 1º de janeiro de 2018, devido à revogação do art.72 da Lei Complementar nº123, realizada pela Lei Complementar nº155/2016. A medida passou a valer nos casos de enquadramento e reenquadramento, e também, nos casos de alteração de nome. A Receita Federal do Brasil irá ainda retirar a partícula ME/EPP de todas as empresas de seu cadastro. Fonte: Fenacon
PEDIDOS DE FALÊNCIA CAEM 18,2% NO PAÍS EM 2017 Os pedidos de falência caíram 18,2% no acumulado de 2017 em relação a 2016. Já as falências decretadas subiram 2,9% no ano passado, enquanto os pedidos de recuperação judicial em andamento tiveram queda de 23,7% e os já deferidos, de 18,9%, conforme dados coletados pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Fonte: Boa Vista SCPC
INTENÇÃO DE CONSUMO AUMENTA 9,7% EM JANEIRO A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 83,6 pontos em janeiro de 2018, um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado e de 2,3% em relação a dezembro de 2016. No entanto, o resultado abaixo dos 100 pontos ainda indica uma recuperação lenta do otimismo das famílias.
IMPLANTAÇÃO DO ESOCIAL PARA EMPRESAS QUE FATURAM ACIMA DE R$ 78 MI COMEÇOU Desde o dia 8 de janeiro, as empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões em 2016 já estão obrigadas a utilizar o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Por meio desse sistema, os empregadores se comunicam com o governo, de forma unificada, de todas as informações relativas aos empregados. Esse grupo representa 13,7 mil empresas no país e cerca de 15 milhões de trabalhadores. Para as demais empresas privadas do País, incluindo micros e pequenas empresas e MEIs que possuam empregados, a utilização será obrigatória a partir de julho de 2018.
SAÚDE E BEM-ESTAR
Dormir faz bem!
Sono é fundamental para a saúde
A qualidade do sono é tão importante quanto a qualidade da alimentação. O sono melhora o equilíbrio físico, mental e emocional. Fortalece o sistema imunológico, previne doenças e ajuda no bom funcionamento do cérebro. Dormir mal ou pouco aumenta o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas. Não existe qualidade de vida sem qualidade do sono. Mais de 80 distúrbios relacionados ao sono, como o ronco, a apneia e a insônia, por exemplo, podem afetar a qualidade de vida, resultando em problemas de saúde e, também, contribuindo para acidentes. Esses distúrbios são diagnosticados e tratados por uma variedade de especialistas médicos, que encaminham os potenciais portadores a um laboratório especializado, o laboratório do sono, para a realização da polissonografia. O SUS oferece tratamento para casos relacionados aos distúrbios do sono em 79 estabelecimentos que possuem serviços especializados em neurologia e neurocirurgia.
ALGUNS HÁBITOS PODEM FAVORECER UM SONO MAIS TRANQUILO: • Evite assistir à televisão, mexer no celular, comer e ler livros na cama; • Durma em ambiente adequado. O quarto deve ser um local tranquilo, com pouca iluminação, temperatura agradável, com uma decoração simples, sem grandes estímulos. • Evite ingerir bebidas com cafeína (café, chás, chocolate e refrigerantes) ou alcoólicas à noite. • Faça refeições leves, para facilitar a digestão e não sobrecarregar o organismo na hora de dormir. • Pratique exercícios, no máximo até três horas antes de dormir, principalmente atividades aeróbicas, como caminhadas, corridas, bicicletas, entre outras, se for sedentário ou ainda estiver iniciando o seu condicionamento físico. Já para quem pratica atividades físicas, o horário do treino não é problema. Fazer exercício aumenta a quantidade de hormônios e neurotransmissores no organismo e auxilia todo o processo de recuperação e melhoria da qualidade do sono. Além de propiciar a possibilidade de perder peso (massa corporal), reduz alguns distúrbios do sono. • Procure criar o hábito de ir dormir sempre no mesmo horário. As rotinas durante a semana levam a um melhor sono reparador. • Respeite o seu tempo mínimo de horas para dormir. Achar que dormir é perda de tempo é um grande erro. Dormir pouco prejudica a memória e acelera o envelhecimento das células do organismo. • Não leve problemas para a cama. Contas a pagar, conflitos familiares ou no trabalho não devem preocupá-lo antes do sono. Depois de uma noite bem dormida é mais fácil encarar as adversidades. • Não faça uso de medicamentos para dormir sem orientação médica. Fontes: Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz Instituto do Sono de Pelotas/RS
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Todo mundo já ouviu que é importante dormir oito horas por dia, pelo menos, para ter boa saúde. Oito horas ou algumas horas a mais ou a menos, o que importa é conhecer seu relógio biológico e respeitá-lo, dormindo o suficiente para restaurar as energias depois de cada dia. Atualmente, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a insônia é um distúrbio que afeta 40% dos brasileiros. Se você faz parte dessas estatísticas, está na hora de tentar dormir melhor.
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HISTÓRIA E CURIOSIDADES DO COMÉRCIO
CURIOSIDADES Carnaval
O que motivou a oficialização do carnaval carioca foi o histórico desfile do Salgueiro com o samba-enredo Chica da Silva. O primeiro desfile de escolas de samba organizado no Rio de Janeiro aconteceu em 1932. Contou com 19 escolas de samba — cada uma poderia apresentar até três sambas — e a campeã foi a Mangueira. Entrudo pode ser definido como uma série de jogos e brincadeiras populares, assim como os bonecos gigantes feitos de madeira e tecido, que faziam parte destas brincadeiras carnavalescas portuguesas no período final da Idade Média (por volta do século XV). Na cidade de Arraias (interior de Tocantins) ainda existe a tradição do Entrudo. Muito bem organizado e baseado no respeito, conta com a participação de adultos, jovens e até idosos. A guerra de água é um dos pontos mais tradicionais desta interessante festa popular que ocorre no período do carnaval.
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Páscoa
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A figura do coelho está simbolicamente relacionada à Páscoa, pois este animal representa a fertilidade. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e de melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas. Påskekrimmen - Na Noruega há uma tradição de ler, assistir e ouvir histórias sobre crimes misteriosos e investigações durante o feriado de Páscoa. Todo o país parece que está vivendo um suspense: anunciantes, rádios e estações de TV produzem misteriosas histórias de assassinatos e até mesmo a empresa de leite participa, imprimindo as histórias nas caixas de leite. Poucas coisas representam tão bem a Páscoa como uma amigável batalha d’água! Isso é o que os poloneses pensam quando eles celebram o Śmigus Dyngus (na segunda-feira após a Páscoa) jogando litros de água uns nos outros. Antigamente, essa tradição envolvia apenas homens solteiros implicando com mulheres solteiras, porém hoje em dia virou uma grande batalha d’água com todo mundo contra todo mundo.
HISTÓRIA E CURIOSIDADES DO COMÉRCIO
SEARS
Marco do varejo no Rio Em 1949, quando a Sears foi inaugurada na Praia de Botafogo, esquina com a Rua Alfredo Gomes, no Rio, houve um choque de modernidade no Rio, em relação ao comércio lojista. Isto, porque a Sears carioca foi um conceito de loja de departamentos que já existia nos Estados Unidos desde o século XIX com a Bloomingdale de Nova Iorque.
para crianças. No fundo da loja, a seção de roupas para homens.
O prédio foi construído com planta norte-americana. Oito andares, sendo três de diferentes segmentos do varejo. No último andar, o famoso restaurante-churrascaria "A Camponesa". Entre as novidades servidas, destacaram-se os famosos pãezinhos de queijo. Infelizmente, fechou por volta de 1980.
No 3º andar, as seções de discos, som/TV, tapetes, decoração e móveis. A partir dos anos 80, ficavam os computadores (CP 500, TK 2000 e outros). No fundo do andar, a seção de móveis, considerada na época, o maior espaço em lojas do Rio.
No 1º andar, as seções de vestuário, perfumaria e acessórios. Na entrada da Praia de Botafogo, moda feminina. Teve uma das primeiras escadas rolantes em lojas, motivo de atração para a criançada. Do lado da Rua Alfredo Gomes, a seção de roupas
Além da escada rolante, uma novidade no ano 1949, havia outras que atraiam os consumidores: a máquina que permitia ver os pés dentro de sapatos, como raios X, e show de Roy Rodgers e de Dale Evans, com “hot-dogs”, pipoca e Coca-Cola grátis. A forte concorrente da Sears foi a Mesbla S.A, certamente a primeira cadeia de lojas de departamentos no Brasil. Iniciou suas atividades em 1912, como filial de uma firma francesa, e teve sua falência decretada em 1999. Retornou em 2010 através do comércio virtual, mas cessou suas atividades definitivamente tempos depois. A história da Mesbla estará na próxima edição de O Lojista.
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Os 4º, 5º, 6º e 7º andares foram reservados para a administração da empresa. No 5º andar, além de refeitório, havia consultórios odontológico e médico para os empregados. Um andar, o 7º, só para estoque. Diariamente, caminhões verdes entravam de marcha a ré na garagem da Rua Alfredo Gomes para descarregar mercadorias.
Já no 2º andar, as seções de automotiva, esporte/ camping, utilidades domésticas. A de brinquedos tinha uma parede ocupada por bonecas. Cozinhas planejadas ficavam no fundo do andar.
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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS
Obrigações dos Lojistas Fevereiro e Março de 2018
1/02 1/03
5/02 5/03
DCT - Imediatamente após admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT e apresentar à CEF, para efetuar o cadastramento. ISS – Recolhimento do imposto, o prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: Os prestadores de serviços devem recolher o ISS no terceiro dia útil de cada mês, conforme Dec. nº 44.030 de 07/12/17. A nova regulamentação já está sendo aplicada desde à competência dezembro de 2017, que foi paga até o dia 4 de janeiro de 2018.
7/02 7/03
ICMS - Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados no anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente ao mês anterior.
7/02 7/03
FGTS - Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.
12/02 12/03
CAGED - Cadastro de Empregados. Remeter via internet, pelo programa ACI, informando admissões, desligamentos e transferências ocorridos no mês anterior.
Revista O Lojista | janeiro e Fevereiro de 2018
12/02 IR/FONTE - Referente a fatos geradores 12/03 ocorridos no mês anterior.
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12/02 ICMS: Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tribu12/03 to relativo ao mês anterior.
15/02 15/03
PIS, COFINS, CSLL - Referente a fatos geradores da 2ª quinzena do mês de janeiro/fevereiro de 2018. Retenção de contribuições: pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).
20/02 Super Simples/Simples Nacional 20/03 Pagamento do DAS do mês anterior janeiro/fevereiro de 2018).
23/02 INSS - Recolher contribuição previ23/03 denciária do mês anterior. (Prorrogado o prazo para o dia 20 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).
23/02 COFINS - Recolher 3% sobre a receita do 23/03 mês anterior, exceto empresas tributadas no lucro real. (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).
23/02 COFINS - Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real. (Prorrogado o 23/03
prazo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08). PIS - Recolher 0,65% sobre as opera-
23/02 ções do mês anterior. (Prorrogado o pra23/03
zo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).
28/02 PIS, COFINS, CSLL: relativos a fatos 31/03 geradores da 1ª quinzena dos mês de
janeiro/fevereiro de 2018 (retenção de contribuições: pagamentos de PJ a PJ de direito privado).
28/02 IR/PJ - Empresas devem recolher o tributo 31/03 incidente sobre a apuração do mês anterior. Contribuição Social - Empresas tribu-
28/02 tadas com base no lucro real, presu31/03 mido ou arbitrado, devem recolher o tributo incidente sobre a apuração do mês anterior.
O LOJISTA RESPONDE
Pergunte! Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao SINDILOJAS-RIO, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 2217-5062, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, e suas respostas.
O EMPREGADO DEMITIDO POR JUSTA CAUSA TEM DIREITO A RECEBER FÉRIAS PROPORCIONAIS?
– Sim. A Lei Estadual nº 5.243/08 instituiu, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a 3ª feira de carnaval como feriado estadual.
– Não. O empregado dispensado por justa causa perde este direito. No entanto, férias vencidas, caso tenha, devem ser pagas normalmente.
QUAL O VALOR DO SALÁRIO-FAMÍLIA PARA 2018?
OS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS PODEM FUNCIONAR NA 4ª FEIRA DE CINZAS?
– A Portaria nº 15 do Ministério da Fazenda, de 16/1/18, com efeitos desde 1/1/2018, alterou o valor da quota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer idade, para: I. R$ 45,00 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 877,67 (oitocentos e setenta e sete reais e sessenta e sete centavos); II. R$ 31,71 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 877,67 (oitocentos e setenta e sete reais e sessenta e sete centavos) e igual ou inferior a R$ 1.319,18 (um mil trezentos e dezenove reais e dezoito centavos).
HOUVE AUMENTO NO VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL?
– Sim. O Decreto nº 9.255/17 do Presidente Michel Temer estabeleceu que desde 1º de janeiro de 2018, o salário mínimo passou a ser de R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais).
– Conforme cláusula décima quinta da Convenção Coletiva para trabalho aos domingos, as empresas que trabalharem em um ou mais domingos poderão funcionar na 4ª feira de Cinzas após às 12 horas.
QUAL A JORNADA DE TRABALHO PERMITIDA NOS FERIADOS?
– Conforme a Convenção Coletiva para Trabalho nos Feriados, a jornada de trabalho permitida é de turmas e turnos de trabalho até 6 horas, vedada toda e qualquer prorrogação.
O LOJISTA PODE ABRIR SEU ESTABELECIMENTO NA 2ª FEIRA (12/01/18) DE CARNAVAL? ?
– Sim. Conforme cláusula 15ª da Convenção Coletiva para trabalho aos domingos e em virtude da não realização da Maratona de Vendas, prevista na cláusula 38ª da CCT de Reajuste Salarial 2017/2018, o trabalho na 2ª feira de carnaval será normal.
Revista O Lojista | Janeiro e Fevereiro de 2018
A 3ª FEIRA DE CARNAVAL É CONSIDERADA FERIADO ESTADUAL?
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OPINIÃO
novo canal de venda disponível para uma boa parte das empresas.
UBALDO POMPEU
Outro ponto muito trabalhado por quem pensa em inovação diz respeito aos processos de retenção de clientes. Hoje, existem ferramentas que são simples de serem implementadas pelo comércio e que visam a construção de um banco de dados de clientes. Esse banco de dados consiste em conhecer o seu público em aspectos demográficos e psicográficos, possibilitando que a loja desenvolva uma série de políticas de aproximação com os seus clientes, como um relacionamento de qualidade e programas de fidelidade e recompensa. Atualmente, o CDLRio possui um programa de fidelidade digital disponível para uso de seus associados. Essa iniciativa tem o poder de estreitar relações entre a loja com o seu público e gerar uma estabilidade com o seu público-alvo, além de um aumento nas suas vendas. O nome desse produto é CDLMais.
Superintendente Operacional do CDLRio
VAREJO – SEU NOME É INOVAÇÃO
Revista O Lojista | janeiro e Fevereiro de 2018
O comércio é uma terra de experimentos. Sempre lemos aqui e ali sobre alguma iniciativa criando novidades, seja nos processos de gestão, seja no relacionamento com o consumidor, seja nos processos de pagamento, enfim, um batalhão de pessoas se debruça sobre inovações para o comércio.
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Assistimos algumas dessas inovações serem absorvidas pelo comércio e passarem a fazer parte do seu dia a dia, enquanto outras são descartadas. E é o próprio mercado que vai fazendo essa seleção do que serve e do que não serve. Do que é aplicável e o que não é aplicável. Podemos citar alguns exemplos sobre como a forma de fazer comércio vai mudando ao longo do tempo por conta das inovações. Há tempos atrás vender pela Internet era um processo complexo. Hoje, através do conceito de “marketplace”, uma empresa pequena consegue usar esse canal de venda e realizar suas vendas através da Internet de uma forma muito mais tranquila. Olhando para as redes sociais, hoje elas funcionam como uma grande ferramenta de marketing e de interação entre o comércio e os seus clientes e passam a funcionar também dentro do conceito de marketplace. Então, dessa forma, o “marketplace” é uma inovação que possibilita a abertura de um
Nos processos de inovações, que podemos observar no mercado é a capacidade que eles possuem de despertar novas melhorias nos processos existentes. Vamos destacar um deles. Todos concordamos que o processo de escolher um produto em uma loja não deixa de ser um prazer. Pode ser uma loja física ou uma loja virtual, o processo da escolha não é um momento estressante. O chato é o processo de pagar. E em geral, o processo de pagar em uma loja virtual é muito mais simples do que em uma loja física, onde esse processo é demorado. As pessoas que ficam imaginando o que pode ser melhorado no comércio, certamente têm trabalhado muito para remover esse momento não agradável na experiência de compra em uma loja física. Neste exato momento, estamos assistindo uma nova inovação nessa área. A Amazon acaba de abrir uma loja nos EUA sem caixa. Você simplesmente pega os produtos que deseja comprar, coloca na sua bolsa e sai da loja, satisfeito com sua compra. Como assim? Para você acessar a loja, precisa ter um aplicativo da Amazon em seu celular que identifica você como cliente. Ao entrar na loja, você passa o seu celular pela catraca. A partir dalí, sensores e câmeras habilitadas com visão computacional são responsáveis por registrar tudo aquilo que você pega ou devolve da prateleira. E o seu gasto será lançado no seu cartão de crédito, automaticamente, quando você sair da loja. Essa “mágica” chama-se “Amazon Go”. Quem trabalha no comércio sabe que é necessário acompanhar todas essas inovações, olhar as que são aplicáveis ao seu negócio e ver o que os seus concorrentes estão fazendo. Uma das boas coisas de se trabalhar no comércio é justamente saber que sempre você poderá propiciar uma experiência melhor para os seus clientes. As inovações estão aí para confirmar!
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Revista O Lojista | Janeiro e Fevereiro de 2018
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