Revista O Lojista março/abril 2018

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Mensagem do Presidente Gastos bilionários com segurança, sucessivas quedas nas vendas, fechamento de milhares de estabelecimentos comerciais e, consequentemente, diminuição drástica de vagas de trabalho formal compõem o cenário atual do comércio varejista do Rio de Janeiro, refletindo o aprofundamento da crise que o estado atravessa. O ano de 2018 mal começou e os resultados do comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro continuam negativos. Recente pesquisa do Centro de Estudos do CDLRio, realizada com cerca de 750 estabelecimentos comerciais, revela que, no acumulado dos meses de janeiro e fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017, as vendas tiveram queda de 4%. Outra pesquisa mostra o gasto crescente com segurança: em um ano, entre abril de 2016 e abril de 2017, o comércio varejista do Rio gastou R$ 1,2 Bi em equipamentos, pessoal e meios de vigilância. Recursos preciosos que as empresas poderiam ter investido no incremento ou expansão de seus negócios e na qualificação e no treinamento de seus funcionários. Somam-se a esse quadro a carga tributária excessiva e os prejuízos causados pelo comércio ilegal, que age livremente em toda a cidade do Rio de Janeiro e, também, em outros municípios, vendendo produtos piratas, contrabandeados e roubados. Motivos não faltam para explicar o fechamento em todo o estado, só em dezembro de 2017, de cerca de 2.500 lojas. Um aumento de 43,2% em relação ao mesmo mês de 2016. Ao fechar portas, o comércio – setor que representa cerca de 10% do PIB fluminense e responde por quase um milhão de postos de trabalho no estado – deixa de gerar empregos e renda, afetando também a produção industrial e provocando queda na arrecadação de impostos.

Um círculo vicioso que afeta toda a sociedade e precisa ser rompido. Diante da escalada vertiginosa da violência e do consequente aumento da insegurança no Rio de Janeiro, que ultrapassaram todos os limites, tornou-se prioritária uma rápida e firme resposta do Poder Público e, também, da sociedade, pois este quadro de caos, de degradação social e econômica, só será revertido com a união de esforços e o comprometimento real com a mudança. Neste sentido, o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, entidades que juntas representam mais de 25 mil empresas lojistas, abrangendo mais de 30 mil estabelecimentos comerciais, apoiam, desde a primeira hora, a intervenção federal na área de segurança pública do estado, e destacam a feliz escolha do experiente e respeitado general Walter Souza Braga Netto para comandar esta árdua missão. Sabemos que não é possível resolver a grave situação que enfrentamos em um prazo muito curto de tempo. Mas, acreditamos que a intervenção federal na segurança pública do estado é a alternativa capaz de nos devolver a paz e de abrir caminho para a reconstrução do Rio de Janeiro. Reconstrução que só ocorrerá com a conscientização e mobilização de todos, por meio de ações concretas das diferentes esferas governamentais, e com o apoio das instituições representativas da sociedade e da população. Imbuídos da imensa responsabilidade que temos, como vozes relevantes do comércio, nós, do SindilojasRio e do CDLRio, seguimos lutando, diariamente, não apenas na defesa dos legítimos interesses do setor, mas, também, por toda a sociedade fluminense.

Revista O Lojista | Março e Abril de 2018

Pacto pelo Rio

Aldo Gonçalves Presidente do SindilojasRio e do CDLRio

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SUMÁRIO 5

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR O CDLRio e o SindilojasRio realizaram, em parceria com o Procon Estadual, mais um mutirão para resolver problemas entre empresas e consumidores. Em um dia, foram atendidas quase 1.300 pessoas.

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ARTIGO

COMÉRCIO É DIÁLOGO O sucesso de empresas e profissionais depende, cada vez mais, da comunicação. E o comércio não foge à regra, como destaca o jornalista Gustavo Gomes de Matos em seu artigo.

ARTIGO

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HISTÓRIA DO COMÉRCIO

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PESQUISAS

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SAÚDE E BEM-ESTAR

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SERVIÇOS PARA O LOJISTA

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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

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MERCADO & TENDÊNCIAS

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O LOJISTA RESPONDE

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SINDICALISMO

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OPINIÃO

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MARKETING DIGITAL

Marketing Digital Em um mundo altamente conectado, a interatividade entre empresas, marcas e seus clientes, tornou-se uma das ferramentas mais importantes para o sucesso dos negócios. Nesta edição, O Lojista traz informações e dicas sobre como o marketing digital pode fazer diferença no dia a dia do varejo

expediente Diretoria do SindilojasRio

Diretoria do CDLRio

Presidente Aldo Carlos de Moura Gonçalves Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Superintendente: Carlos Henrique Martins Vice-Presidente de Produtos e Serviços Salomon Mordokh Dassa

Presidente Aldo Carlos de Moura Gonçalves Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magahães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym

O Lojista: Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury CDLRio: Ubaldo Pompeu Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Barbara Santiago Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE nº7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: (21) 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273 Corretor: Santos: (21) 98682-1128

Revisão: Andréa Mury Lúcio Ricardo Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Supervisão Gráfica e capa: Leonardo Lisboa Diagramação: Márcia Rodrigues Eduardo Farias

Versão On-line: www.cdlrio.com.br e www.sindlojasrio.com.br

Publicação bimestral do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Rio comemora 453 anos

Dom Orani e Apolinho cortam o bolo, ao lado do presidente da Sarca, Roberto Cury, e convidados

Revista O Lojista | Março e Abril de 2018

A festa de aniversário do Rio de Janeiro, um dos eventos mais tradicionais da Cidade, realizada há quase 30 anos pela Sarca – Sociedade dos Amigos da Rua da Carioca e Adjacências, no Largo da Carioca, no dia 1º de março, foi marcada pela alegria e por muita emoção. Com o apoio do SindilojasRio, do CDLRio e da prefeitura do Rio, o evento celebrou os 453 anos de fundação da cidade.

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Organizada pelo presidente da Sarca e vice-presidente de Relações Institucionais do SindilojasRio, o empresário Roberto Cury, a comemoração contou com a participação da Confraria do Garoto e foi animada pela Charanga do Clube de Regatas do Flamengo, que está completando 75 anos.

ção, somos chamados a sermos instrumentos de paz, a fazermos a diferença, a nossa parte, em meio a tantas dificuldades e problemas na segurança. O presente que podemos dar à cidade é o compromisso com a construção de uma sociedade melhor, mais humana, com gestos de paz e de fraternidade.”

Acompanhando a imagem peregrina de São Sebastião, santo padroeiro da cidade, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani Tempesta rezou a oração do Pai Nosso junto com o público que aguardava o momento dos parabéns e o corte do bolo, que teve, este ano, cinco metros de comprimento.

O radialista e jornalista esportivo Washington Rodrigues, o Apolinho, que está completando 56 anos de carreira, foi homenageado com o troféu “O mais carioca”.

Depois da benção à cidade, Dom Orani conclamou os cariocas a serem os protagonistas de uma cidade melhor: “Todos nós, cariocas de nascimento e ado-

Recordando que o evento é realizado desde 1990, Roberto Cury ressaltou que é preciso celebrar a data, mesmo com dificuldades. “A festa de aniversário do Rio representa um ato de alegria e amor à cidade, tão importante neste momento difícil que atravessamos”, afirmou.


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Dia MUNDIAL do Consumidor Quase 1.300 pessoas aproveitaram mutirão para resolver problemas e renegociar dívidas

O presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, e o presidente do Procon-RJ, José Geraldo Machado Júnior, acompanharam as consultas durante a manhã (foto). Gonçalves destacou a importância da

DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR O Dia Mundial do Consumidor teve origem em um discurso feito, em 15 de março de 1962, pelo então presidente John Kennedy ao Congresso americano. Na ocasião, ele destacou a importância da proteção aos direitos dos consumidores: “Por definição, a palavra consumidor diz respeito a todos nós. Ela estabelece um grupo econômico amplo que afeta e é afetado por quase toda decisão econômica pública ou privada. E que, estranhamente, é o

parceria, que permite a criação de condições favoráveis para que o consumidor em débito negocie diretamente com o credor. “É uma ação salutar tanto para as instituições como para o consumidor. O que é bom para a sociedade é bom para o comércio”, afirmou o dirigente, que lembrou, ainda, que a inadimplência no comércio da cidade do Rio de Janeiro subiu 0,8% em fevereiro passado, em comparação ao mesmo mês de 2017, de acordo com dados do SCPC. Foram realizados 1.276 atendimentos. O SCPC atendeu 922 consumidores e 354 atendimentos foram feitos pelo Procon Estadual e empresas participantes do mutirão. Na ocasião, 207 acordos foram firmados entre consumidores e empresas.

único grupo importante cujas opiniões raramente são consideradas”. Na mensagem foram ressaltados quatro pontos básicos de garantia aos consumidores: o do direito à segurança ou proteção contra a comercialização de produtos perigosos à saúde e à vida; o do direito à informação, incluindo os aspectos gerais da propaganda e o da obrigatoriedade do fornecimento de informações sobre os produtos e sua utilização; o do direito à opção, no combate aos monopólios e

oligopólios e na defesa da concorrência e da competitividade como fatores favoráveis ao consumidor; e o do direito a ser ouvido na elaboração das políticas públicas que sejam de seu interesse. No Brasil, a Constituição Federal elevou a defesa do consumidor à categoria de direito fundamental e política básica das relações econômicas. O Código de Defesa do Consumidor, promulgado há mais de 20 anos, em 1990, já promoveu muitos avanços.

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No Dia Mundial do Consumidor – 15 de março – o SindilojasRio, o CDLRio e a Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), realizaram, em parceria com o Procon Estadual, o mutirão Fique em Dia. O evento, que ocorreu no Largo da Carioca, no Centro do Rio, é realizado desde 2014 e foi criado com o objetivo de facilitar a aproximação entre empresas do varejo, concessionárias de serviços públicos e consumidores, visando à renegociação de dívidas e à solução de problemas.

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foto: Roque de Sá/Agência Senado

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Congresso derruba veto ao Refis das MPEs Cerca de 600 mil micro e pequenas empresas deverão ser beneficiadas O Congresso derrubou, no último dia 3 de abril, o veto integral do presidente da República Michel Temer ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 164/2017, aprovado no fim do ano, que cria um novo programa de parcelamento de débitos tributários, conhecido como Refis, para micro e pequenas empresas (MPEs) optantes pelo Simples Nacional. Com a derrubada do veto, cerca de 600 mil empresas cadastradas no Simples Nacional deverão ser beneficiadas. Juntas, essas empresas devem, aproximadamente, R$ 21 bilhões em impostos, de acordo com o Sebrae, que estimou a renúncia fiscal em R$ 7 bilhões em 15 anos. O presidente do Sebrae, Afif Domingos, explicou que a promulgação da nova lei pelo governo deverá ocorrer em maio. A regulamentação deverá acontecer em um prazo de 60 a 90 dias. Assim, a primeira das cinco parcelas referentes aos 5% da dívida integral só começará a ser paga pelas empresas em agosto. Já o relator do projeto do Refis para as micro e pequenas empresas, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), declarou que o Refis para as MPEs é uma medida justa e necessária. Em dezembro, durante reunião no CDLRio, ele

já havia destacado a importância do programa. "As micro e pequenas empresas representam emprego e são vitais para economia brasileira. É bom lembrar que o país está, há três anos seguidos, em aguda crise econômica. Logo, o refinanciamento permitirá aos empreendedores recuperarem a esperança de um futuro melhor. Essas empresas respondem por 27% do produto interno bruto (PIB) nacional e empregam 70% dos trabalhadores na iniciativa privada", afirmou o deputado, na ocasião. Para aderirem ao programa, as empresas têm que pagar entrada de 5% do valor da dívida, que pode ser dividida em até cinco parcelas consecutivas. O restante poderá ser pago de três formas diferentes: uma única parcela com descontos de 90% nos juros e 70% nas multas; ou parcelado em 145 vezes, com abatimento de 80% dos juros de mora e 50% das multas; ou em 175 meses, com 50% de desconto nos juros e 25% nas multas. O valor mínimo das prestações é de R$ 300,00, exceto para os microempreendedores individuais (MEI), cujo valor será estipulado pelo Conselho Gestor do Simples Nacional.


ARTIGO

O novo sabor da Páscoa

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ALDO GONÇALVES

presidente do SindilojasRio e do CDLRio

Efeito e causa dessa realidade, o comércio passou a investir forte na Páscoa. O resultado é que ao lado da tradicional troca de ovos de chocolate e caixas de bombons, a temporada passou a incorporar a venda de outros produtos. Ampliou-se o alcance comercial da afetuosa data a ponto de trazer-nos quase a um novo Dia dos Namorados. Essa saudável mudança se deu em razão de dois fatores: a Páscoa nos remete à infância e nos desperta o romantismo que todos temos guardado em algum domínio das nossas emoções. Por isso, a cada ano os lojistas estão multiplicando o foco das suas promoções não apenas para as crianças, mas também para os adultos, os casais e, principalmente, os namorados. Ao chocolate, somam-se hoje os jogos eletrônicos, os bichos de pelúcia, o vestuário, os calçados e bolsas, a papelaria, a perfumaria e cosméticos, as joias e bi-

juterias, os eletrodomésticos, utensílios para o lar, a telefonia celular e toda a correnteza produtiva que encontra na Páscoa um novo e poderoso afluente. Pesquisas recentes do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio) confirmam a expectativa otimista dos lojistas que veem as vendas aumentarem a cada Páscoa. No ano passado, as pesquisas detectaram um avanço nos negócios tanto no Ramo Mole (bens não duráveis) quanto no Ramo Duro (bens duráveis), apesar do fraco desempenho das vendas nos dois primeiros meses do ano. Do ponto de vista social, principalmente quando o desemprego cresceu, também se nota a oportunidade que o comércio oferece na contratação de temporários para a Páscoa, uma das datas comemorativas que mais gera empregos, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. A verdade é que nessas datas – e fora delas – o comércio lojista vem fazendo o dever de casa, com promoções, facilidades de pagamento e todos os estímulos possíveis para conquistar o consumidor. Por tudo isso, e pelas características genéticas de propulsor vital do crescimento econômico, do desenvolvimento social e da criação de emprego e renda em sua forma mais democrática, o comércio precisa ser avaliado em sua verdadeira ordem de grandeza. *Artigo publicado no jornal Monitor Mercantil de 23/3/2018.

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Otimista e criativo por natureza – e não poderia ser diferente – o comerciante está sempre atento às novidades do mercado, à procura de novas oportunidades para estimular as vendas e continuar ajudando a girar a roda da produtividade. Em sua busca permanente pela inovação, que gera emprego e renda, o comércio varejista está fazendo da Páscoa um novo nicho de mercado, com amplas possibilidades de negócio. É hoje a mais importante data do calendário para as lojas que vendem chocolate. Ganhou um novo sabor.

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PESQUISAS

Primeiros meses do ano registram queda nas vendas de 4%

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O comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro vendeu menos 4% no acumulado dos meses de janeiro e fevereiro de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017. Em fevereiro passado, as vendas caíram 4,4% em relação ao mesmo mês de 2017, sendo o segundo resultado negativo do ano pois, em janeiro, a queda foi de 3,7%. Já comparando fevereiro com o mês anterior (janeiro), as vendas caíram 9,2%.

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ses do ano são realizados pagamentos de impostos como IPVA e IPTU e, ainda, de matrícula escolar.

Os dados são da pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que abrange cerca de 750 estabelecimentos comerciais do Rio.

A pesquisa mostra que todos os setores do Ramo Mole (bens não duráveis) e do Ramo Duro (bens duráveis) apresentaram resultados negativos em fevereiro. Os segmentos do Ramo Mole que registraram as maiores quedas no faturamento foram os seguintes: Tecidos (-7,7%); Calçados (-5%); e Confecções (-3,7%). Já no Ramo Duro, houve queda nos seguintes setores: Joias (-8,1%); Óticas (-5,8%); Eletrodomésticos (-4,6%); e Móveis (-2,1%). A venda à vista, com menos 5,1%, e a venda a prazo, com menos 3,9%, foram as formas de pagamento preferidas pelos consumidores.

O resultado negativo refletiu, mais uma vez, a crise econômica, especialmente a do Estado do Rio de Janeiro, que vem afetando as atividades produtivas, principalmente o comércio. Vale ressaltar que, normalmente, fevereiro é um mês fraco em termos de vendas, mais curto (este ano teve 28 dias, com apenas 23 dias úteis de vendas) e é período de férias, quando muita gente viaja. Além disso, nos dois primeiros me-

Também o faturamento das lojas, conforme a localização dos estabelecimentos, foram negativos. No Ramo Mole (bens não duráveis), as lojas da Zona Sul venderam menos 5,3%; as da Zona Norte e do Centro, ambas, registraram menos 3,1%. No Ramo Duro (bens duráveis), as lojas do Centro, da Zona Norte e da Zona Sul tiveram queda nas vendas de 6,9%, 4,7% e 3,2%, respectivamente.

Termômetro de Vendas VENDAS ACUMULADAS COMPARADAS COM AS DO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR


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PESQUISAS

SCPC Inadimplência no comércio carioca cresceu 0,8% em fevereiro Foi o menor índice para o mês desde 2016 A inadimplência no comércio lojista do Rio aumentou 0,8% em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2017, segundo os registros do SCPC do CDLRio. É o menor crescimento para fevereiro desde 2016.

tos em dia, aumentaram 1,7%. Já as consultas, item que indica o movimento do comércio, diminuíram 4,8% em fevereiro deste ano, em comparação ao mesmo mês de 2017.

As dívidas quitadas, item que mostra o número de consumidores que colocaram seus débi-

Em relação ao mês anterior (janeiro), a inadimplência aumentou 4% e as consultas e as dívidas

quitadas diminuíram, respectivamente, 5,9% e 18,4%. No acumulado dos dois primeiros meses do ano (janeiro/fevereiro), em comparação ao mesmo período de 2017, a inadimplência cresceu 0,6% (menor índice desde de 2011), as consultas recuaram 5,3% e as dívidas quitadas cresceram 0,2%.

CONSULTAS

REALIZADAS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

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REGISTROS INCLUÍDOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

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CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

REGISTROS CANCELADOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR


FAÇA PARTE DESTAS PESQUISAS!

Movimentação - Janeiro a Dezembro de 2017 O LIG Cheque, registro de cadastro do CDLRio, mostra que, em fevereiro, em comparação ao mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 0,5% da inadimplência. Já as consultas e as dívidas quitadas diminuíram 6,2% e 1,4% respectivamente. Em relação ao mês anterior (janeiro), a inadimplência aumen-

tou 1% e as consultas e as dívidas quitadas caíram, respectivamente, 7,5% e 14,2%. No acumulado dos dois primeiros meses do ano (janeiro/fevereiro), em comparação ao mesmo período de 2017, as consultas e as dívidas quitadas recuaram, respectivamente, 6,6% e 4,1%, e a inadimplência cresceu 0,6%.

Caso sua empresa se interesse em participar de nossas pesquisas, contate o Centro de Estudos do CDLRio:

PESQUISAS

Cheques

(21) 2506-1234 estudos@cdlrio.com.br

PESQUISA E ANÁLISE Acompanhe o comportamento do comércio do Rio de Janeiro:

www.cdlrio.com.br

CONSULTAS

AO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

REGISTROS CANCELADOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

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REGISTROS INCLUÍDOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

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CAPA

MARKETING DIGITAL AO ALCANCE DE TODOS

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Um relatório sobre economia digital, divulgado no fim de 2017 pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês), colocou o Brasil em quarto lugar no ranking mundial de usuários de internet. Com 120 milhões de pessoas conectadas, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos (242 milhões), Índia (333 milhões) e China (705 milhões). Assim, não é à toa que, hoje, seja comum ouvir que um negócio, para ganhar visibilidade e ampliar seus resultados, precisa estar na internet.

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Os brasileiros gastam 650 horas por mês em redes sociais, mais tempo do que em portais de notícias e de entretenimento, com 290 horas, de acordo com a consultoria comScore. Nos últimos dados divulgados, o WhatsApp tem 120 milhões de usuários no Brasil, o Facebook tem 100 milhões e o Instagram 50 milhões. Diante deste panorama, a sua loja ou a sua marca precisam estar presentes nas mídias sociais, porque é onde os seus clientes também estão. Com o auxílio de profissionais de comunicação, pesquisa e conhecimento sobre o mercado do seu negócio, o lojista pode obter resultados positivos com o uso do marketing digital, levando consumidores para a sua loja física e/ou virtual.

A utilização bem-sucedida do marketing digital apoia-se em cinco pilares: possuir uma rede de conteúdo, blog ou site; produzir e oferecer conteúdo relevante para o público-alvo da marca; presença nas redes sociais; campanhas (e-mail marketing, newsletter e SMS); e, anúncios pagos. Além dessas ações, uma importante estratégia de marketing digital é a automatização dos processos de relacionamento com os clientes, oferecendo as informações necessárias para que avancem até o momento da compra (física ou virtual). De acordo com a Forrester Research, empresas que investem


OL: COMO SURGIU A IDEIA DE CRIAR A OFFLY? QUAL A PROPOSTA DE TRABALHO E OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS?

Já segundo a empresa Resultados Digitais, a automação de Marketing significa entender e agir de forma personalizada e escalável com as pessoas que interagem com a sua empresa nos diferentes canais on-line. É entender exatamente o interesse do cliente e o estágio da compra, fornecendo a ele todas as informações de que precisa de maneira automatizada.

MN: Foi justamente por conhecer muito bem este segmento do varejo que surgiu a ideia de resolver um problema crônico e atual dos lojistas: estar presente no mundo digital. O dono de loja já sabe que o perfil do consumidor mudou, eles estão conectados e iniciam a jornada da compra muito antes de entrarem na loja física. A questão é que, diante de tantos conceitos – Mídias Sociais, SEO, E-mail-Marketing, Omnichannel, Big Data, Dashboards e outros – o empresário varejista sente-se incapaz de decidir por qual dos caminhos seguir ou, até mesmo, por onde começar. A proposta da Offly é entregar de forma fácil, segura e a um custo acessível, soluções tecnológicas que permitam que este empresário possa introduzir o seu negócio no mundo do marketing digital. Na verdade estamos diante de uma quebra total de paradigmas no que tange, não só ao comportamento do consumidor, mas, sobretudo das relações que precisam ser estabelecidas ou melhoradas entre as empresas, lojas e marcas com os seus respectivos clientes. A palavra que costumo atribuir a esta nova relação é engajamento. A proposta da Offly é elevar esta relação a níveis que sejam capazes de trazer maior resultado ao empresário varejista e, ao mesmo tempo, propiciar a satisfação e o engajamento do cliente.

OL: QUAL A IMPORTÂNCIA, HOJE, DO MARKETING DIGITAL PARA CONQUISTAR BONS RESULTADOS?

MN: Dentre as diversas vantagens do marketing digital, podemos citar a interatividade. Com ela, a comunicação passa a ser bilateral: a empresa se comunica com os clientes e eles respondem diretamente à sua marca, por meio de mensagens em redes sociais ou e-mails enviados diretamente para o SAC. Essa interatividade se tornou uma ferramenta muito importante para os negócios, principalmente porque com ela é possível adquirir informações em primeira mão a respeito do que os clientes realmente querem e esperam da sua empresa. Outra grande vantagem do marketing digital são as métricas. Elas permitem que todas as ações que estão sendo colocadas em prática sejam monitoradas em tempo real, entendendo quantas visitas cada uma delas trouxe, o desempenho das campanhas, a quantidade de cliques que cada anúncio recebeu, etc.

OL: QUAIS AS MELHORES ESTRATÉGIAS E FERRAMENTAS PARA TER SUCESSO COM O MARKETING DIGITAL? COMO FIDELIZAR OS ATUAIS CLIENTES E BUSCAR NOVOS?

MN: São inúmeras as ferramentas e técnicas, mas a estratégia precisa estar aderente ao tamanho do negócio, da equipe, do orçamento e, principalmente, das metas. Posso citar algumas como SEO (Search Engine Optimization), e-mail marketing, anúncios, redes sociais, blog (Inbound Marketing), concursos on-line e marketplace. Atrair novos clientes assim como fidelizá-los, ou mesmo surpreendê-los, dependerá de como será aplicada a estratégia junto com as ferramentas mais adequadas para o seu plano de ação.

SUA LOJA DE CARA NOVA O SindilojasRio firmou uma parceria com a plataforma Offly que tem como objetivo oferecer diversas maneiras para que a sua loja esteja presente nos principais canais de comunicação digital da atualidade. Mesmo que sua loja ainda não possua um site, as ferramentas disponibilizadas pela Offly vão ajudá-lo a atrair visitantes para suas campanhas promocionais, contribuindo para transformá-los em clientes, aumentando as vendas e ampliando a visibilidade de sua empresa no mundo digital. Para marcar o início desta parceria, os 100 primeiros lojistas associados do SindilojasRio que entrarem em contato com a Offly poderão experimentar a plataforma, gratuitamente, por 90 dias. Para obter mais informações, acesse: offly.com.br ou entre em contato pelo e-mail comercial@offly.com.br. Quem preferir, pode ligar para o celular (21) 99336-6953.

Revista O Lojista | Março e Abril de 2018

Para saber mais sobre as possibilidades de atuação neste campo, a revista O Lojista ouviu Marcelo Nascimento, que trabalha na área de Tecnologia da Informação há 27 anos e, há mais de 18, desenvolve projetos sob o cunho da inovação. Atualmente na 2R Datatel, empresa de Tecnologia associada ao SindilojasRio, junto com a Daggatt Tecnologia, ele está à frente do desenvolvimento e implementação de soluções inovadoras para o mercado nos mais diversos segmentos, como o Varejo.

CAPA

em automação de Marketing têm, em média, 50% mais vendas com um custo 33% menor.

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CAPA

milhares de pessoas ao mesmo tempo, com mensagens personalizadas, por meio do envio do SMS, e direcionar para uma base com o perfil de sua loja.

EMÍLIA CASINI

Proprietária da loja Maria Mulher

Revista O Lojista | Março e Abril de 2018

SMS Marketing faz parte da estratégia de comunicação

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O Serviço de Mensagem Curta (SMS) é uma forma de comunicação rápida e instantânea com o consumidor. É importante estar na tela de celulares e dispositivos móveis do seu público. Por isso, esta ferramenta também deve fazer parte da estratégia de marketing digital das empresas. Emília Casini, proprietária da loja Maria Mulher, no Park Shopping Campo Grande, considera vantajoso o lojista poder entrar em contato com o cliente de forma rápida, direta e eficaz, além de falar com

“O retorno foi excelente. Após os primeiros disparos, há cerca de um ano, continuo usando o IVAR-SMS. Recomendo o sistema aos lojistas, pois é uma ferramenta que facilita e ajuda a captar mais clientes, além de tornar mais próximos os que já são consumidores fiéis da marca”, afirma a empresária. Por meio do informativo Notícias Expressas do SindilojasRio, Emília tomou conhecimento dos serviços oferecidos pelo IVAR – Instituto do Varejo. Manteve contato com o CDLRio - Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro e agendou uma apresentação do serviço IVAR-SMS. “Foi no momento certo, pois percebi que as pessoas, hoje, ficam 24 horas conectadas, e não reparam tanto, como antes, no que está ao seu redor. Estão atentas ao que está na tela do celular. Minha marca também precisava estar presente nesse formato de comunicação on-line.” A loja de Emília Casini, inaugurada em 2012, chamava-se “Maria Antonieta”, em homenagem à sua mãe, uma mulher guerreira e batalhadora. Antes de tornar-se empresária, ela foi gerente de vendas durante 27 anos. Aposentou-se, mas não parou, e optou pelo que realmente gosta: vender. Em princípio, seu intuito era vender moda jovem feminina. Mas, com o tempo, o negócio foi amadurecendo e o estilo da Maria Antonieta foi se modificando. “Senti a necessidade de mudar, também, o nome da loja, pois queria que as clientes se identificassem com a marca, que atualmente está com o foco em uma mulher mais madura, que é mãe e, mesmo aposentada, mantém a vaidade em primeiro plano.” Para a lojista, “Maria Mulher” foi criada para uma mulher que está em sintonia com o mundo de hoje e para que todas as mulheres que frequentam a loja se sintam bem representadas. Emília utilizou o IVAR-SMS para comunicar a mudança da marca aos seus clientes. Um dos pontos que a lojista considera mais importantes para qualquer atividade é ter paixão por aquilo que se faz. “Você tem que se sentir feliz! E passar essa energia para o cliente. É muito importante ter um bom atendimento ao cliente, independentemente do que ele busca. Quero que minha loja seja lembrada pelo consumidor como algo que lhe fez bem e que agregou valor. O cliente deve sair mais feliz do que quando entrou na loja.” Outra grande vantagem do SMS é que não é preciso um grande investimento para a utilização deste serviço, pois é incomparavelmente mais barato que uma ligação telefônica normal, além ser mais seguro e eficaz.


CAPA

Como planejar a presença da sua marca nas mídias sociais As mídias sociais fazem parte de um bom planejamento de marketing digital. É fundamental pensar estrategicamente na presença da sua marca para construir relacionamento com o seu público, proporcionar experiência e transmitir conteúdo. Mas, cuidado, as redes não são um grande balcão de anúncios de produtos e serviços. É preciso disponibilizar informações relevantes para clientes e leads (possíveis clientes). Inicialmente faça um diagnóstico, coletando dados e informações sobre o seu negócio, analise o cenário atual e a presença digital de marcas de sucesso, principalmente do mesmo ramo. Veja o que estão fazendo de bom ou de ruim. Conheça seu consumidor, pense nas suas necessidades e desejos, e perceba como ele se comporta nas redes sociais. Desta forma, poderá escolher melhor as ferramentas a serem utilizadas de acordo com o seu público-alvo. Todos os conteúdos que podem ser disponibilizados nas mídias sociais, como textos, imagens, áudios e vídeos, são importantes e requerem muita atenção. Publique conteúdo relevante. Por exemplo, se o seu negócio é uma loja de acessórios femininos, ofereça dicas de moda e comportamento ou sobre viagens, para empresas que vendem malas, e por aí vai. As boas práticas apontam que é melhor dedicar cerca de 80% do seu conteúdo à informação e 20% apenas à publicidade. Defina os temas que serão tratados e tenha um cronograma de publicações nas diferentes mídias, com periodicidade e horários definidos.

PDV

IGOR MONTEIRO

Jornalista, especializado em Planejamento Estratégico para Mídias Sociais

Aproveite as redes sociais para direcionar seus clientes e leads para o seu site e/ou blog e, também, para a sua loja virtual. Defina os seus indicadores de desempenho, pois é essencial acompanhar o andamento e o resultado do trabalho. Mensure o número de fãs/seguidores e o seu engajamento nas mídias sociais, observando a quantidade de interações nas suas páginas (número de curtidas, comentários e compartilhamentos). E, é claro, avalie o retorno sobre o investimento. Monitore suas redes sociais, interaja com seus usuários, não os deixe sem resposta e esteja preparado. Porque a exposição nas redes pode gerar críticas e reclamações, e sua empresa precisa estar pronta para reagir em momentos de feedback negativo e aproveitar os positivos. Não importa o tamanho da sua empresa para atuar nas mídias sociais. Não pense que é apenas para as grandes empresas. Pelo contrário, sendo um pequeno ou médio negócio, você pode explorar nichos de mercado e ter um relacionamento mais próximo com o seu cliente. Busque o melhor posicionamento nas mídias sociais, atraia e envolva seu público consumidor, conecte-se e tenha sucesso no mundo digital e no real.

AS COISAS MUDAM PARA FACILITAR SUA VIDA Busque a evolução com os sistemas de vendas e de gestão comercial da LM Informática! Rio de Janeiro Av. Brás de Pina, 1110 Vila da Penha (21) 3301-9200

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SERVIÇOS PARA O LOJISTA

SindilojasRio – Referência para o Varejo Com a sua experiência e representatividade, como o mais antigo e um dos maiores sindicatos empresariais do país; profissionais altamente qualificados; e importantes parcerias com renomadas instituições e empresas, o SindilojasRio é referência para as empresas lojistas já estabelecidas e, também, para os novos empreendedores do varejo do Rio de Janeiro que buscam orientação especializada para o desenvolvimento de seus negócios.

Revista O Lojista | Março e Abril de 2018

Da abertura da empresa e o registro de marcas até o assessoramento jurídico e voltado à gestão do negócio, passando pela representação dos interesses do setor, no SindilojasRio o empresário lojista de qualquer porte tem à sua disposição uma ampla rede de serviços que contribuem para o sucesso dos seus negócios.

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MARCA – UM BEM VALIOSO A marca, elo de ligação entre a sua empresa e o cliente, que irá identificar o seu produto ou serviço em qualquer ponto do planeta, deve representar o conjunto de valores pensado por você para dar identidade ao seu negócio. É um bem intangível tão valioso que, às vezes, chega a valer mais que a empresa propriamente dita. O Núcleo de Marcas do SindilojasRio oferece às empresas associadas, sem a cobrança de honorá-

rios, assessoria em Marcas junto ao INPI, desde a busca prévia de anterioridade – primeira etapa, em que se busca na base de dados do õrgão a existência de registros anteriores, idênticos ou que possam apresentar eventual oposição de terceiros – até a concessão do registro com a emissão do certificado, além de acompanhamento nas renovações. Para obter mais informações e tirar dúvidas, fale com o Núcleo de Marcas do SindilojasRio: (21) 2217-5000, ramal 252.

GESTÃO SOB MEDIDA Desde o fim do ano passado, em parceria com o Sebrae/RJ, o SindilojasRio está oferecendo consultorias gratuitas a lojistas associados ou não ao sindicato, com foco em gestão. Durante o atendimento, feito por um orientador de Negócios do Sebrae/RJ, é traçado um perfil da empresa, avaliando suas necessidades e possíveis soluções em diferentes áreas relacionadas ao empreendimento. O atendimento do orientador de negócios do Sebrae/RJ é realizado às quintas-feiras, tem uma hora de duração e pode ser agendado entre 9h e 16h, na sede do SindilojasRio, no Centro (Rua da Quitanda, 3/ 9º andar), pelo telefone 2217-5005, ou na delegacia de serviços do sindicato de Madureira (Rua Maria Freitas, 129/ Sala 301), entre 9h30min e 17h30min, pelos telefones 2489-8066 ou 2489-4600.


SERVIÇOS PARA O LOJISTA

Portal do CDLRio atinge mais de 500 mil visualizações em de 2017 Desenvolvido e atualizado diariamente pela própria entidade, o portal foi criado para atender à crescente demanda dos lojistas por informações e serviços para todo o ciclo do crédito, além de dados do comportamento da economia brasileira, segmentados por região e mais especificamente sobre o comércio do Rio de Janeiro. O portal do CDLRio facilita o acesso dos lojistas a todos os serviços e produtos oferecidos pela entidade, atendendo com muito mais riqueza de detalhes às demandas dos seus associados, oferecendo informações atualizadas para aqueles que buscam soluções para os seus negócios e precisam contratar serviços e produtos de forma rápida, dirigida e confiável. O CDLRio é uma das mais tradicionais e representativas entidades do varejo brasileiro, dispondo de um grande portfólio de serviços inteligentes e produtos inovadores para dar mais segurança na análise de crédito e gestão de negócios em todas as suas etapas. Nossos clientes

contam com acesso ao maior e melhor banco de dados sobre informações comerciais do País, proporcionando cobertura de âmbito nacional. Fundado no ano de 1955, o principal objetivo do CDLRio foi a criação do Serviço Central de Proteção ao Crédito - SPC, que revolucionou o sistema de crédito no País. Desde 2010 participa do grupo de acionistas controladores da Boa Vista SCPC, bureau de crédito e administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito - SCPC. A Boa Vista SCPC atua em uma rede de mais de duas mil entidades de classe e distribuidores em todas as regiões do Brasil, oferecendo uma grande variedade de serviços e produtos para o comércio, além de apoio ao consumidor, como a Consulta ao CPF gratuita e o Cadastro Positivo. O CDLRio, em parceria com a Boa Vista SCPC, oferece produtos de ponta para atender ao mercado de informações de Pessoa Física e/ou Pessoa Jurídica, tais como: a família ACERTA; o ACERTA Cadastral; as ferramentas de Gerenciamento de Carteira, Blue Box e de prospecção de Clientes; Informações para Auto; Cerficado Digital; e Gestão e Controle de NF-e e CT-e.

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O portal de negócios do CDLRio, Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – www.cdlrio.com.br – teve em 2017 mais de 500 mil visualizações.

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MERCADO E TENDÊNCIAS

Lojas podem abrir nos feriados de abril e de 1º de maio O comércio no Rio poderá funcionar nos feriados de 21 e 23 de abril, Tiradentes e São Jorge, respectivamente, e 1º de maio – Dia do Trabalhador. Os lojistas devem aderir à Convenção Coletiva de Trabalho que permite o trabalho nos feriados, firmada pelo SindilojasRio e pelo Sindicato dos Comerciários (SECRJ). É indispensável o Termo devidamente homologado junto aos dois sindicatos, que deverá ser emitido no site www.sindilojas-rio. com.br, no menu Central do Associado. Associados ao SindilojasRio (Ouro e Diamante) que fizerem a adesão, estando em dia com as mensalidades sociais e apresentando comprovantes de pagamento das contribuições sindical e confederativa de 2018 e assistencial/negocial de 2017, estarão isentos da taxa devida ao SindilojasRio.

Acordos e Convenções Coletivas se sobrepõem ao piso regional Uma liminar concedida pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), em 26 de março passado, determinou que o governo do estado só pode estabelecer um piso regional quando não há acordo coletivo, convenção ou lei federal fixando o valor mínimo que uma categoria profissional deve receber. Segundo o desembargador Claudio Brandão de Oliveira, o governo estadual invade a competência da União ao legislar sobre o tema. Dessa forma, o aumento de 5% aprovado pela Alerj sobre os pisos salariais vale, somente, para os que não têm acordos, convenções ou leis federais que tratem do assunto. Vale ressaltar que a decisão tem caráter liminar, pois o julgamento da ação ainda não terminou.

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Proibida a cobrança de inadimplentes por telefones de terceiros

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As empresas não podem realizar cobranças de dívidas de inadimplentes por meio de contatos de terceiros, mesmo que o cliente tenha fornecido o número. É o que determina a Lei 7.868/18, publicada no Diário Oficial do Executivo, em 2 de março passado. De acordo com o texto, que altera a Lei 6.854/14, será considerada indevida a ligação de cobrança feita para um contato diferente do consumidor inadimplente, mesmo que o número conste como referência no contrato. E as ligações para cobrança só podem ser realizadas em dias úteis, entre 9h e 19h. Em caso de descumprimento, o infrator estará sujeito às sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC).


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MERCADO E TENDÊNCIAS

DIA DAS MÃES NO FACEBOOK E NO INSTAGRAM

No próximo dia 13 de maio, muitas pessoas ao redor do mundo celebrarão o Dia das Mães. E muitas dessas comemorações serão realizadas no Facebook e no Instagram. Em 2017, o Brasil foi o segundo país que mais compartilhou o amor na data, segundo levantamento do Facebook. De olho no Dia das Mães, considerada a data mais importante para o comércio depois do Natal e a mais importante do primeiro semestre do ano, o Facebook para Empresas divulgou dados (imagem) que mostram como a presença on-line pode ser decisiva para o varejo. Entre as hasthags mais usadas, o Facebook também divulgou as principais: #diadasmães, #felizdiadasmães, #happymothersday, #mothersday, #maedemenina, #maedemenino e #amordemãe apareceram com mais frequência. Fonte: Facebook para empresas, com dados do Ebit, do Global Webindex e Facebook Data.

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GOOGLE TAMBÉM DESTACA DIA DAS MÃES COMO CHANCE PARA TURBINAR NEGÓCIOS

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A internet vem mudando o comportamento do consumidor e o modo de fazer negócios. Em transmissão exclusiva para agências afiliadas ao Google, via You Tube, tendo o Dia das Mães como tema, a especialista de Produto do Google Brasil, Keiko Mori, destacou que “a jornada de compra está mais complexa, não linear e um pouco caótica”. “O consumidor realiza diversas microinterações on-line durante o dia. As visitas às lojas físicas têm diminuído, mas as vendas estão aumentando. A diferença é que o comprador chega na loja mais informado. Por exemplo, 79% dos consumidores pesquisam on-line antes de comprar eletroeletrônicos, mas, 94% das vendas ainda são feitas nas lojas físicas, explica a especialista, frisando que, hoje, 137 milhões de brasileiros acessam a internet, dos quais 111 milhões o fazem via celular (81%). Já Victor Brotto, líder de Inteligência de Mercado do Google, lembrou que 72% da população brasileira comemora a data. O Brasil tem 67 milhões de mães e 71% delas estão conectadas, afirmou. Segundo Brotto, o pico das buscas ocorre uma semana antes. E não são só as mães e madrastas que recebem presentes: apesar de serem 88% das presenteadas, elas dividem a atenção (e os presentes) dos compradores com as esposas (17%), avós (15%), sogras (14%) e filhas (5%). Fonte: Vega Web, agência afiliada ao programa de parceria do Google


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SINDICALISMO

Lojistas do Rio elegeram a 31ª Diretoria do SindilojasRio

A Comissão da Mesa de Votação foi formada pelo presidente Jorge Carlos Pereira e as mesárias Cintia Costa da Silva Santana e Dorvina Lúcia de Almeida do Carmo

A Comissão da Mesa de Apuração de Votos foi integrada por Katia Maria Bento de Souza, presidente, e pelos mesários Isabel dos Santos e Rafael Alvares Zitgrich Soares

Os lojistas do Rio, cujas empresas são associadas ao SindilojasRio, votaram no dia 19 de fevereiro, nos colegas que dirigirão a Entidade no período de 23 de março de 2018 a 23 de março de 2022. Apenas uma chapa se candidatou à 31ª Diretoria, de acordo com o edital publicado no jornal Monitor Mercantil de 22 de dezembro, no qual abria inscrição de chapas no período de 22 de dezembro de 2017 a 2 de janeiro de 2018. Houve, ainda, o prazo de 5 a 8 de janeiro para contestação referente à chapa registrada. Não houve impugnação.

A Comissão Eleitoral da 31ª Diretoria do SindilojasRio, aprovada pela Diretoria da Entidade, em reunião de 13 de dezembro último, foi constituída pelo professor e administrador de empresa, Abraão Flanzboym, presidente; pelo advogado Alexandre de Oliveira Venâncio de Lima, 1º secretário, e pelo jornalista Lucio Ricardo Marques da Silva, 2º secretário.

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A ÚNICA CHAPA REGISTRADA, DENOMINADA DE “GESTÃO COM QUALIDADE”, É COMPOSTA PELOS LOJISTAS:

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DIRETORIA: Aldo Carlos de Moura Gonçalves, Presidente; Julio Martin Piña Rodrigues, Vice-Presidente; Roberto Curi, Vice-Presidente de Relações Institucionais; Ruvin Masluch, Vice-Presidente de Administração; Gilberto de Araújo Motta, Vice-Presidente de Finanças; Julio Moisés Ezagui, Vice-Presidente de Patrimônio; Juedir Viana Teixeira, Vice-Presidente de Marketing; Pedro Eugenio Moreira Conti, Vice-Presidente de Associativismo, e Salomon Mordokh Dassa, Vice-Presidente de Produtos e Serviços. SUPLENTES DA DIRETORIA: Ricardo Beildeck, Roberto Maurício Rocha, Ronaldo Darzi, Júlio Dahis, Claudio Maurício Zyngier, Maria Del Carmen Vazquez Vergara, José Rodrigues de Sousa, Marcelo Campos de Almeida e Emilia Aparecida Casini. CONSELHO FISCAL: Antonio da Costa Almeida, Clene Sales Vasques e Henrique André Real Barboza.

SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL: Lai Fang Peng, Joel Georges Elias Mansour e Hamilton Garcia Ferreira. REPRESENTANTES JUNTO À FECOMÉRCIO/RJ: Aldo Carlos de Moura Gonçalves e Julio Martin Piña Rodrigues. SUPLENTES: Roberto Curi e Gilberto de Araújo Motta. A votação foi no dia 19 de fevereiro, no auditório do SindilojasRio, na Rua da Quitanda, 3, 10º andar, de 10 às 16 horas. Votaram as empresas associadas em dia com suas contribuições associativas. O processo eleitoral no SindilojasRio foi orientado pelas Normas Eleitorais, aprovadas em Assembleia Geral Extraordinária. A 31ª Diretoria do SindilojasRio eleita foi empossada em 23 de março de 2018. O mandato irá até 23 de março de 2022.


ARTIGO

exercício do diálogo. Aprender a dialogar é desenvolver a arte da convivência. O profissional comunicativo é capaz de estabelecer ampla rede de relacionamentos e de articulação para novos negócios e soluções. Sua competência em saber dialogar, expressar opiniões e ideias, e estabelecer relacionamentos produtivos favorece a superação de conflitos, a busca de entendimentos e a capacidade de integrar pessoas e equipes em torno de objetivos e metas.

GUSTAVO GOMES DE MATOS

Diretor da FGM Consultoria e autor de livros

COMÉRCIO É DIÁLOGO

A competência comportamental em comunicação não tem nada a ver com a capacidade de eloquência ou retórica, mas sim com a habilidade de se relacionar bem e transmitir suas ideias com clareza, espontaneidade e simplicidade. Eis algumas indicações básicas: • Saber ouvir os outros e a si mesmo; • Falar com concisão e clareza; • Saber fazer silêncio (interior e exterior);

Cada vez mais, empresas e profissionais bem-sucedidos vêm consolidando o sucesso em suas atuações por meio da qualidade na comunicação e nos relacionamentos que conseguem desenvolver e manter com seus públicos de interesse. Comércio e comunicação fazem parte de nossa vida cotidiana. Da mesma forma que nos comunicamos constantemente – mesmo calados –, dificilmente conseguimos passar um dia sem que entremos em um estabelecimento comercial. Seja para comprar alguma coisa em uma loja – física ou eletrônica –, ou para solicitar uma prestação de serviço, a comunicação eficaz será nossa principal ferramenta. Vivemos tempos difíceis. O setor lojista do comércio no Rio de Janeiro sofre com as consequências da instabilidade política, social e econômica e, ainda, com a total deterioração da segurança pública. É nesse momento, exatamente, que precisamos manifestar nossas opiniões e pontos de vista para incentivar o debate em busca de soluções práticas e viáveis, a serem identificadas pelo

• Saber dar, receber e provocar feedback ; • Ter atitude de abertura ao diálogo e intercâmbio de ideias; • Conviver produtivamente com as diversidades. Aprender a refletir, e a pensar coletivamente, é um exercício que pode ser desenvolvido internamente pelas empresas, por meio de Encontros de Diálogo. Independentemente do número de pessoas, essa dinâmica pode ser realizada em lojas de grande a pequeno porte, até mesmo, entre o dono e o seu único funcionário. Significa promover pequenas pausas para pensar juntos. Com certeza, a sociedade representada e integrada por ideais e valores comuns poderá reverter o cenário de crise e impasses em um panorama de prosperidade, com a cooperação e corresponsabilização de todos pelo bem comum. Gustavo Gomes de Matos é diretor da FGM Consultoria e autor dos livros “Comunicação Empresarial Sem Complicação” e “Comunicação Aberta – Desenvolvendo a Cultura do Diálogo”, ambos pela Editora Manole.

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As palavras ‘comércio’ e ‘comunicação’ têm em comum muito mais do que letras iniciais. Dentre as atividades econômicas, o comércio é a que mais destaca o relacionamento – interpessoal ou virtual – como função básica para se alcançar os melhores resultados.

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HISTÓRIA DO COMÉRCIO

MESBLA A Mesbla S.A foi uma cadeia de lojas de departamentos brasileira que iniciou suas atividades no Rio, em 1912, como filial de firma francesa.Teve falência decretada em 1999. Ensaiou o seu retorno em 2010, mas, logo depois, encerrou suas atividades.

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Filial da firma Mestre & Blatgé, com sede em Paris e especializada no comércio de máquinas e equipamentos, instalou-se no Rio, em 1912. Começou a operar na Rua da Assembleia, 83. Quatro anos depois, sua administração foi entregue ao francês Louis La Saigne, subgerente da filial em Buenos Aires. Em 1924, La Saigne transformou o estabelecimento carioca numa firma autônoma, com o nome de Sociedade Anônima Brasileira Estabelecimentos Mestre et Blatgé que, em 1939, passou a se denominar Mesbla.

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Com a morte de La Saigne, foram eleitos presidente e vice-presidente dois de seus mais antigos funcionários, respectivamente, Silvano Santos Cardoso e Henrique de Botton. No ano seguinte, a Mesbla, já como empresa brasileira, tinha mais de oito mil funcionários operando em 13 filiais, lojas de varejo e agências de venda no Pais. Após a morte de Silvano em 1968, Henrique assumiu a presidência, e, depois de sua morte, o filho André ocupou a presidência. Ambos comandaram a expansão e o declínio da empresa até os anos 1980. Na década de 1950, a empresa tinha lojas nas principais capitais do País e em algumas cidades do interior. Nos anos 1980, a Mesbla contava com 180 pontos de venda e empregava 28 mil pessoas. Suas lojas de grande porte, com áreas raramente inferiores a três mil metros quadrados, eram pontos de referência nas cidades onde se fazia presente. Por quase três décadas, a Mesbla reinou praticamente sozinha no mercado de varejo, por ser a única empresa do gênero de abrangência nacional. Os funcionários orgulhavam-se em afirmar que a Mesbla só não vendia caixões funerários, que são para os mortos; para os vivos tinham todas as mercadorias, desde botões até automóveis, lanchas e aviões.

REFORMULAÇÃO Entretanto, a expansão da Mesbla se fez com estratégias de mercado que logo se mostraram ultrapassadas. Quando decidiu incrementar a venda de vestuário e roupas de cama e mesa, os artigos eram expostos junto às máquinas e aos equipamentos, mercadorias tradicionais da empresa. Também as compras da empresa junto a fornecedores apresentavam falhas. Por exemplo, tão logo o Brasil reatou relações diplomáticas com a União Soviética, a Mesbla importou daquele país grande quantidade de máquinas fotográficas e câmeras de filmar de baixa qualidade. Como as importações não tiveram continuidade, a Mesbla se viu em dificuldades para prestar assistência técnica dos produtos vendidos. A luz vermelha acendeu em 1981, quando a Mesbla passou do primeiro para o terceiro lugar entre as maiores empresas de varejo do Brasil e começou a enfrentar uma concorrência mais forte. Uma consultoria mercadológica foi contratada, e as lojas da Mesbla passaram por completa reformulação. Além das lojas de departamentos, tinha estabelecimentos para venda de móveis, automóveis, lanchas, além de uma financeira. Atuou ainda no comércio internacional através de empresa subsidiária, com filial em Nova York. Dentre os vários negócios milionários realizados pela Mesbla Comércio Internacional, mereceu destaque até no jornal The New York Time, a venda de 60 mil caminhões à China, no valor de 900 milhões de dólares. Em 1986 foi escolhida como a melhor empresa do Brasil pela revista Exame.


O advento do Plano Real, com o fim da inflação alta, mostrou as fragilidades da Mesbla, e a empresa passou a enfrentar constantes prejuízos, que tentou resolver com fechamento de lojas e dispensa de empregados. Para agravar, enfrentou a concorrência de lojas de departamento e hipermercados estrangeiros, com facilidade de obter capitais no exterior a juros mais baixos. As empresas estrangeiras conquistaram a clientela de melhor poder aquisitivo, sempre atenta a novidades, com uma maior variedade de mercadorias e facilidades de crediário, em especial com a criação de cartões de crédito próprios. Quando a Mesbla tentou se igualar aos concorrentes, criando marcas exclusivas de roupa e seu próprio cartão de crédito, já era tarde. Em 1994 já havia fechado várias lojas e reduzido seu quadro para 4,5 mil funcionários, sem conseguir estancar os prejuízos.

HISTÓRIA DO COMÉRCIO

PROBLEMAS Apesar dessas mudanças de estratégia, alguns problemas persistiram. A Mesbla tinha 40 diretores, o que tornava as decisões lentas. A diretoria, acreditando que o País caminhava para uma hiperinflação, começou a estocar mercadorias em excesso e passou a contar basicamente com recursos gerados por sua financeira.

O FIM Em 1997, com dívidas superiores a um bilhão de reais, pediu concordata. No mesmo ano, o controle acionário da Mesbla foi adquirido pelo empresário Ricardo Mansur, que arrematou 51% das ações por 600 milhões de reais, a serem pagos em 10 anos, além de assumir a dívida fiscal de 350 milhões de reais da concordatária. Nove meses antes havia comprado as lojas do Mappin, tradicional empresa de varejo paulista. Tinha intenção de fazer a fusão das duas empresas, torná-las rentáveis e revendê-las com lucro. Na tentativa de salvar a Mesbla e o Mappin, Mansur colocou à frente das empresas o executivo João Paulo Amaral. Mas João Paulo logo se deu conta de que estava diante de uma daquelas missões tidas como impossíveis. A falta de dinheiro no caixa era mais grave do que se pensava, os atrasos de pagamento de fornecedores, crônicos. Em seguida, começou uma série de pedidos de falência, além de ameaças de despejo em todos os shoppings onde as lojas exibiam suas marcas. Diante de tantos problemas, Mansur se desinteressou da sorte da Mesbla e do Mappin. Voou para Londres e não voltou mais ao Brasil. A falência de ambas as empresas foi decretada em julho de 1999, e a última loja da Mesbla a fechar suas portas foi a filial de Niterói, em 24 de agosto de 1999. Em 2009, chegou a ser anunciada a volta da Mesbla: uma empresa de comércio eletrônico negociou a compra dos direitos de uso do nome com Mansur e pretendia inaugurar um site voltado ao público feminino em março de 2010, com lançamento oficial em maio do mesmo ano. No entanto, a ideia não foi adiante. A Mesbla terminou!

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André De Botton foi consagrado como rei do varejo. Seu nome fazia parte do quarteto que formava a nobreza empresarial dos anos 1970 e 1980, completada por Octavio Lacombe, do Grupo Paranapanema; Olavo Monteiro de Carvalho, do Monteiro Aranha, e Augusto Trajano, da Caemi.

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CURIOSIDADES

CURIOSIDADES Dia da Mentira

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Há muitas explicações para o 1º de abril ter se transformado no Dia da Mentira. No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado no 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez a 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

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Coisas "inofensivas" que matam mais do que você imagina ÁGUA

Quem imaginaria que a água poderia ser prejudicial à saúde? Assim como tudo em excesso, a água quando ingerida de forma abusiva em um curto espaço de tempo, pode trazer complicações para a vida. Se uma pessoa adulta beber 3,7 litros de água de uma só vez, ela começará a passar mal instantaneamente.

PEQUENOS ARRANHÕES

Algumas pessoas tendem a ter um processo cicatrizante mais avançado do que outras. Isso faz com que elas confiem em seus corpos quando machucam, sabendo que vão se curar logo. Porém, um pequeno arranhão quando não é bem cuidado, pode desencadear uma sepse (síndrome de resposta inflamatória sistêmica ou SIRS) e essas pequenas inflamações podem matar facilmente uma pessoa, quando passadas para a corrente sanguínea.

CAIR DA CAMA

Acredite você ou não, mais pessoas morrem caindo da cama do que em montanhas russas. Parte das mortes no brinquedo envolve os trabalhadores, outra é causada por ataques das pessoas que estão presentes no brinquedo. Mas tenha certeza, você provavelmente não será morto na próxima vez que entrar em um carrinho de montanha-russa. É muito mais provável você morrer ao cair da cama. Os hospitais acreditam que os pacientes teimosos tentam sair das camas e caem, sofrendo alguns danos, inclusive traumatismo craniano.

AS ONDAS

Muitas pessoas gostam de ir à praia, mesmo tendo alguns medos. Alguns banhistas temem um ataque mortal de tubarão, uma queimadura de água-viva ou coisa do tipo. Porém, as ondas do mar matam mais pessoas anualmente do que um ataque de tubarões. As pessoas que são vítimas geralmente são arrastadas da costa mais rápido do que um nadador olímpico consegue nadar.

Dia das Mães

A história da criação do Dia das Mães começa nos Estados Unidos, em maio de 1905, em uma pequena cidade do estado da Virgínia Ocidental. Foi lá que a filha de pastores Anna Jarvis e algumas amigas começaram um movimento para instituir um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. Mas Anna não foi a primeira a sugerir a criação do Dia das Mães. Antes dela, em 1872, a escritora Julia Ward Howe chegou a organizar em Boston um encontro de mães dedicado à paz. No Brasil e nos Estados Unidos o Dia das Mães é a segunda melhor data do comércio, depois do Natal.


SAÚDE E BEM-ESTAR

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PARA O VAREJO

No varejo, com frequência, as normas de Saúde e Segurança do Trabalho - SST são realizadas com falhas, podendo causar sérios prejuízos. Podem ser exame médicos a menos, equipamentos de segurança disponíveis mas não sendo usados. Com a implantação do eSocial, o empregador tem que prestar

informações, no módulo SST, sobre o ambiente de trabalho, suas atividades, riscos e equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários, além dos exames médicos específicos. Essas informações são inseridas no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Dados errados ou fora do prazo podem resultar em impostos e contribuições a serem pagos, além de multas. O SindilojasRio presta serviços na área de Segurança e Medicina Ocupacional e elabora o PPRA, PCMSO e o Atestado de Saúde Ocupacional (Aso), atendendo às Normas Regulamentadoras (NRs) básicas exigidas para todas as empresas que possuem funcionários contratados no regime CLT. Para mais informações, o lojista pode ligar para o Núcleo PCMSO do SindilojasRio, pelo telefone 22175000, ramal 278.

ERROS MAIS COMUNS COMETIDOS PELO VAREJO EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO • Realizar exame médico sem PCMSO. Primeiro é preciso elaborar o PCMSO da empresa e, a partir daí, seguir as diretrizes; • Falta de abertura da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT), que deve ser feita em até 24h; • Colaboradores sem treinamento em primeiros socorros; • Falta de elaboração do PPRA “É o básico. É preciso prever tudo o que pode acontecer”; • Falta de fornecimento, fiscalização e orientação do uso de EPIs com registro; • Falta de treinamento de brigadistas e evacuação. É necessário ter colaborador capacitado e que saiba reagir; • Extintores vencidos e falta de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Fonte: Sindivarejista de Campinas, SP

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O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2003, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. De acordo com a OIT, anualmente, cerca de 270 milhões de trabalhadores são vítimas de acidentes de trabalho em todo o mundo. No Brasil, são 1,3 milhão de casos, que têm como principais causas o descumprimento de normas básicas de proteção aos trabalhadores e as más condições nos ambientes e processos de trabalho.

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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

Obrigações dos Lojistas Abril e Maio de 2018 2/04 2/05

4/04 4/05

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6/04 7/05

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DCT - Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento. ISS – Recolhimento do imposto: o prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: Os prestadores de serviços devem recolher o ISS no terceiro dia útil de cada mês, conforme Dec. nº 44.030 de 07/12/17. A nova regulamentação já está sendo aplicada desde à competência dezembro de 2017, que foi paga até o dia 4 de janeiro de 2018. ICMS - Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados no anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente ao mês anterior. FGTS - Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior. CAGED - Cadastro de Empregados. Remeter via internet, pelo programa ACI, informando admissões, desligamentos e transferências ocorridos no mês anterior. IR/FONTE - Referente a fatos geradores

10/04 ocorridos no mês anterior. 10/05 10/04 10/05

ICMS: Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo relativo ao mês anterior. PIS, COFINS, CSLL - Referente a fa-

13/04 tos geradores da 2ª quinzena do mês 15/05

de janeiro/fevereiro de 2018. Retenção de contribuições: pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).

20/04 Super Simples/Simples Nacional 18/05 Pagamento do DAS do mês anterior janeiro/fevereiro de 2018).

INSS - Recolher contribuição previ-

20/04 denciária do mês anterior. (Prorroga18/05

do o prazo para o dia 20 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).

25/04 COFINS - Recolher 3% sobre a recei25/05 ta do mês anterior, exceto empresas tributadas no lucro real. (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).

25/04 COFINS - Recolher 7,6% para empre25/05 sas tributadas no lucro real. (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08). PIS - Recolher 0,65% sobre as opera-

25/04 ções do mês anterior. (Prorrogado o 25/05

prazo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08). PIS, COFINS, CSLL: relativos a fatos

30/04 geradores da 1ª quinzena dos mês de 30/05

janeiro/fevereiro de 2018 (retenção de contribuições: pagamentos de PJ a PJ de direito privado). IR/PJ - Empresas devem recolher o

30/04 tributo incidente sobre a apuração do 30/05 mês anterior.

Contribuição Social - Empresas tri-

30/04 butadas com base no lucro real, pre30/05

sumido ou arbitrado, devem recolher o tributo incidente sobre a apuração do mês anterior.


O LOJISTA RESPONDE

Pergunte! Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao Sindilojas-Rio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 22175062, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, e suas respostas.

O EMPREGADO QUE FIZER ACORDO COM O EMPREGADOR, EXTINGUINDO O CONTRATO DE TRABALHO NOS MOLDES DO ART. 484 A DA CLT (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.467/17), FARÁ JUS AO SEGURO-DESEMPREGO?

EXISTE CARÊNCIA PARA A CONCESSÃO DO SALÁRIO-FAMÍLIA?

O EMPREGADO PODE INICIAR SUAS FÉRIAS NO PERÍODO DE DOIS DIAS QUE ANTECEDE FERIADO?

Não. Não há carência para conceder esse benefício, ou seja, o direito ao recebimento surge a partir da admissão do empregado. O segurado tem direito a tantas cotas quantos forem os filhos menores de 14 anos ou inválidos, desde que comprovado com a documentação necessária.

Não. De acordo com o art. 134, § 3º da CLT (redação dada pela Lei nº 13.467/17), é vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

Sim. Conforme art. 58 – A, § 6º da CLT (com redação dada pela Lei nº 13.467/17), é facultado ao empregado converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.

EXISTE UMA DISTÂNCIA MÍNIMA PARA QUE SEJA OBRIGATÓRIO O FORNECIMENTO DO VALETRANSPORTE PELO EMPREGADOR? Não existe determinação legal de distância mínima para que seja obrigatório o fornecimento do vale-transporte. Ou seja, se o empregado se utiliza de transporte coletivo, por mínima que seja a distância, o empregador é obrigado a fornecê-lo.

A EMPRESA ESTÁ OBRIGADA A EFETUAR O RECOLHIMENTO DO FGTS EM CASO DE LICENÇA POR ACIDENTE DE TRABALHO? Sim. O empregador está obrigado a continuar a efetuar os recolhimentos do FGTS no caso de licença por acidente do trabalho, como prevê o parágrafo 5º do art. 15 da Lei 8.036/90.

O EMPREGADO QUE TRABALHAR NO FERIADO DO DIA DO TRABALHO, 1º DE MAIO, TERÁ DIREITO A QUANTAS FOLGAS? Duas. Conforme cláusula décima terceira da Convenção Coletiva para trabalho nos feriados, em relação ao feriado de 1º de maio, além da folga remunerada em até 30 dias a contar do feriado trabalhado, fica assegurada ao empregado, outra folga, a ser gozada, preferencialmente, no dia do aniversário do empregado e, não sendo possível a concessão no mencionado dia, esta deverá ser gozada em até 90 dias a contar do feriado efetivamente trabalhado.

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O EMPREGADO CONTRATADO SOB REGIME DE TEMPO PARCIAL PODE CONVERTER UM TERÇO DO PERÍODO DE FÉRIAS A QUE TIVER DIREITO EM ABONO PECUNIÁRIO?

Não. A extinção do contrato de trabalho por acordo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.

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OPINIÃO

tem trazido melhorias para o setor, mas que poderiam ser bem maiores não fosse a falta de instituições de ensino preparadas para atender às exigências do mercado. Estudos da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostram que 13 milhões de pessoas na área industrial não estão preparadas para cargos com plena qualidade. Imagino que, no comércio, esse número seja, no mínimo, o dobro, ou seja, acima de 25 milhões.

ABRAÃO FLANZBOYM

Superintendente Administrativo do CDLRio

Educação:

a melhor e mais poderosa arma de venda

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Ícone entre os líderes mundiais e um dos principais e mais ferrenhos defensores da educação de qualidade como um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento de qualquer país, Nelson Mandela afirmava que “a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo”.

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Não há outro caminho para se alcançar uma qualidade de vida melhor ou para se inserir no mercado de trabalho cada vez mais competitivo do que por meio da educação, da boa formação. Bem preparado, o cidadão terá muito mais chance de superar as dificuldades e se sair melhor no momento de concorrer a uma vaga, seja ela qual for. A educação é a base tudo. Sem educação não há progresso nem desenvolvimento. Assim, deveria ser uma máxima obrigatória, em todos os setores, eleger a educação como fator propulsor para dar um salto de qualidade no rumo da profissionalização, incorporando conhecimentos técnicos, estratégias de marketing, de gestão e qualidade de atendimento. No varejo, temos observado a preocupação das empresas com o treinamento do pessoal, o que

Nós, do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, temos uma visão muito clara e objetiva da importância da capacitação de pessoas como grande diferencial das empresas varejistas. Conscientes desse novo cenário, altamente competitivo, temos acompanhado o grande esforço de muitas empresas brasileiras para se inserir no mercado globalizado, melhorando cada vez mais a formação dos seus colaboradores. Pesquisa realizada em 2017, para identificar as principais causas que levam uma empresa a perder clientes, aponta os motivos: 2% dos clientes morrem, 3% mudam de endereço, 9% mudam os seus hábitos de compras ou acham o preço alto, 10% ficam insatisfeitos com o produto e 68% ficam insatisfeitos com as atitudes no atendimento. Apesar do preocupante alto índice de desemprego atual, que cresce assustadoramente a cada mês, motivado pela situação econômica adversa que o país atravessa e que tem levado centenas de empresas a fecharem suas portas, quando aparecem vagas para serem preenchidas, o empresário acaba tendo dificuldade de selecionar um empregado, pois esbarra na falta de preparo, de capacitação, que é o grande diferencial. Concluímos que há um grande índice de desempregados habilitados, mas também de inabilitados, pois o comércio carece de mão de obra qualificada, cuja demanda deixa muito a desejar. O comércio deixou de ser emprego trampolim, que servia apenas como ponte para outras profissões, sendo a realidade de hoje completamente diferente. Pela importância social e econômica que representa no cenário nacional, como gerador de emprego e renda, o varejo precisa cada vez mais de instituições de ensino para o aprimoramento da formação e qualificação.


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