Revista O Lojista novembro/dezembro 2018

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Mensagem do Presidente ALDO GONÇALVES

O ano de 2018 será marcado como um dos mais turbulentos da história do Rio de Janeiro. A crise política, econômica e moral que o estado atravessa, nos últimos anos, continua a prejudicar todos os serviços públicos essenciais à qualidade de vida da população – Saúde, Educação, Transportes, Segurança Pública e outros. Todo o setor produtivo sofreu perdas enormes, levando à retração nos investimentos, ao encerramento de inúmeros negócios e à demissão em massa. No Rio de Janeiro será preciso um grande esforço concentrado, pautado pelo diálogo entre as diferentes esferas do poder público e a iniciativa privada, por meio de suas entidades representativas, para reverter a atual conjuntura, criando as condições necessárias para que o estado volte a atrair recursos, a gerar empregos e renda. Para atrair investimentos e visitantes, o Rio de Janeiro precisará se reinventar. Nesse sentido, o setor do comércio de bens e serviços desempenha um papel vital e, assim sendo, precisa ser ouvido e atendido em suas necessidades e reivindicações. Depois de muita luta para aprovar a nova legislação trabalhista, no fim de 2017, com avanços positivos já inequívocos, seguimos batalhando pelas reformas tributária e da Previdência, além de combater o comércio ilegal, que tanto prejudica o comércio formal que gera empregos, renda e impostos. O SindilojasRio e o CDLRio – que juntos representam mais de 22 mil empresas lojistas de todos os portes – têm trabalhado incansavelmente pelos interesses e demandas do comércio do Rio de Janeiro assim como de sua população. Afinal, como costumamos ressaltar, “o que é bom para o comércio, é bom para a sociedade; assim como o inverso: o que é bom para a sociedade é bom para o comércio”.

Ao completar 86 anos, no dia 6 de dezembro, o SindilojasRio, marco da história sindical do país, segue atuando pelo fortalecimento e pela união entre as entidades representativas do comércio, promovendo debates e propondo ações conjuntas em torno dos temas relevantes para o setor, a cidade e o estado do Rio de Janeiro. Nesse contexto, o Clube de Diretores Lojistas (CDLRio), que completou 63 anos de existência em novembro, mantendo suas características de pioneirismo, é outra importante força a favor do desenvolvimento do Rio de Janeiro. Às vésperas do Natal, estamos todos trabalhando a pleno vapor. Mesmo com as grandes dificuldades enfrentadas, os lojistas do Rio de Janeiro estão apostando em promoções, em belas decorações para os seus estabelecimentos e no treinamento de suas equipes, para conquistar os consumidores. E confiantes que as mudanças prometidas no cenário político e econômico serão concretizadas, promovendo um novo ciclo virtuoso de crescimento. Em 2019, o SindilojasRio e o CDLRio seguirão firmes em sua missão, visando a ampliar e fortalecer ainda mais a nossa representatividade e a contribuir para o sucesso de suas empresas lojistas associadas. Ao presidente da República e ao governador do Rio de Janeiro eleitos, assim como aos nossos parlamentares, desejamos coragem e muito sucesso, e reafirmamos nosso compromisso em alinhar forças a favor das mudanças que devolvam ao Brasil seu protagonismo no cenário mundial e, ao Rio de Janeiro, seu papel de destaque perante as outras unidades da Federação. Feliz Natal e que 2019 seja o ano da virada!

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Hora da Virada

Presidente do SindilojasRio e do CDLRio e Diretor da CNC

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SUMÁRIO 9

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS Em parceria com a Monteiro e Monteiro Advogados Associados, o SindilojasRio conquistou mais um importante benefício para reduzir a carga tributária de suas empresas lojistas associadas, referente ao cálculo do PIS e da COFINS, e à alíquota de ICMS nas contas de energia e telefonia

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HISTÓRIA DO COMÉRCIO

SARCA 40 ANOS Os 40 anos da Sarca marcam uma história de luta em defesa do comércio da Rua da Carioca e do Centro do Rio.

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

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CURIOSIDADES

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MERCADO E TENDÊNCIAS

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SAÚDE E BEM-ESTAR

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PESQUISAS

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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

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SERVIÇOS PARA O LOJISTA

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O LOJISTA RESPONDE

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ARTIGO

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OPINIÃO

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CAPA

FRANQUIAS

A chance de um caminho mais seguro para o sucesso Como modelo de negócio, uma franquia pode oferecer muitas vantagens para quem quer empreender no comércio. No entanto, pesquisar e planejar muito são condições básicas para o sucesso. Para saber mais sobre o setor, a revista O Lojista ouviu Eliane Bernardino, presidente da ABF Rio.

expediente Diretoria do SindilojasRio

Diretoria do CDLRio

O Lojista:

Presidente Aldo Carlos de Moura Gonçalves Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Vice-Presidente de Produtos e Serviços Salomon Mordokh Dassa Gerente Geral: José Belém

Presidente Aldo Carlos de Moura Gonçalves Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magahães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym

Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira José Belém Andréa Mury CDLRio: Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE nº7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: (21) 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273 Corretor: Santos: (21) 98682-1128

Revisão: Andréa Mury Lúcio Ricardo Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Supervisão Gráfica e capa: Leonardo Lisboa Diagramação: Márcia Rodrigues Eduardo Farias Publicação bimestral do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio

Versão On-line: www.cdlrio.com.br e www.sindlojas-rio.com.br


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

As vozes do Comércio Lojista do Rio de Janeiro Ao completarem 86 e 63 anos, respectivamente, o SindilojasRio e o CDLRio reafirmam seu compromisso com a defesa do comércio e de suas mais de 22 mil empresas lojistas associadas.

86 ANOS DE LUTA E CONQUISTAS Fundado no dia 6 de dezembro de 1932, o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro, o SindilojasRio, chega aos 86 anos com os mesmos valores, ideais e determinação que motivaram a sua criação. Uma das mais antigas entidades representativas do País e reconhecido nacionalmente por sua atuação em prol do comércio, o SindilojasRio é um dos maiores sindicatos do Brasil, com mais de 10 mil empresas lojistas associadas. Do microempreendedor às grandes redes varejistas são mais de 30 mil estabelecimentos, só no município

do Rio de Janeiro, que abrangem mais de 30 segmentos diferentes do comércio. Pautado pelos mesmos valores que o norteiam desde a sua fundação, o SindilojasRio está empenhado em construir caminhos que promovam o desenvolvimento do setor e, assim, a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade. Nesse sentido, o SindilojasRio atua e participa de diferentes frentes e fóruns com o objetivo de fortalecer a relação entre o comércio, a sociedade civil organizada e as diferentes esferas dos poderes legislativo,

judiciário e executivo, buscando solucionar os entraves que impedem, não apenas o comércio, mas todo o estado do Rio de Janeiro de voltar a crescer. Após a defesa da reforma da legislação trabalhista, aprovada em 2017, o SindilojasRio segue engajado, também, nas reformas tributária e previdenciária, e na promoção da educação profissionalizante, além de continuar a trabalhar e cobrar, sem descanso, por soluções efetivas para os graves problemas que prejudicam o varejo do Rio, como o comércio ilegal, a pirataria, a desordem urbana e a falta de segurança pública.

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PIONEIRISMO E INOVAÇÃO A SERVIÇO DOS LOJISTAS

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No dia 7 de novembro de 1955, um grupo de empresários visionários e empreendedores, todos diretores e associados do SindilojasRio, fundou o Serviço de Proteção ao Crédito – SPC, que deu origem ao Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, o CDLRio. De lá para cá, são 63 anos de uma trajetória repleta de iniciativas pioneiras, conquistas e ações de

apoio aos principais episódios da economia brasileira. Além de dar acesso ao maior e melhor banco de dados sobre informações comerciais do País aos seus quase 40 mil estabelecimentos comerciais associados, o CDLRio oferece um vasto portfólio de serviços inteligentes e produtos

inovadores que proporcionam maior segurança na análise de crédito e na gestão dos negócios em todas as suas etapas. Os estudos e pesquisas econômicas do seu Centro de Estudos são referência para o setor, assim como sua vocação como fórum de debates em torno de temas de interesse da cidade e do estado do Rio de Janeiro.

1993, celebra-se o Dia do Lojista, no dia 6 de dezembro, data da fundação do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município

do Rio de Janeiro, o SindilojasRio. O Dia do Lojista foi instituído pela Lei municipal nº 1974 de 21 de maio de 1993.

DIA DO LOJISTA O comércio lojista tem papel fundamental na economia da cidade do Rio de Janeiro. Para marcar sua importância, desde


Compromisso com o desenvolvimento do Brasil A nova Diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reafirmou seu compromisso, com os empresários representados pela entidade, pelo desenvolvimento do País e pelas reformas necessárias para garantir segurança jurídica e estímulo ao empreendedorismo, durante a cerimônia de posse realizada em Brasília, no dia 28 de novembro. O presidente da República, Michel Temer, participou do evento que reuniu empresários, lideranças sindicais, parlamentares e outras autoridades na capital federal.

gestão”, afirmou o novo presidente da CNC. Tadros também defendeu a atuação das instituições que compõem o chamado Sistema S. “Os críticos desconhecem as realizações do Sistema, que é privado. O que se torna indispensável é fortalecê-lo e ampliá-lo, dotando o País de segurança jurídica”, disse o empresário amazonense. “Não podemos continuar com esse gap de sete anos entre a educação profissional do Brasil e a das nações desenvolvidas. Temos de incentivar a melhoria e a modernização da educação e também a criatividade de nosso povo, sempre tolhida”, concluiu. Nascido em Manaus, José Roberto Tadros, presidente da CNC, 72 anos, é formado em Direito pela Universidade do Amazonas e atua como empresário do setor terciário desde 1974. É autor e coautor de vários livros e membro da Academia Amazonense de Letras, do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e da Academia de Ciências, Artes e Letras do Amazonas.

lhorando o caixa das empresas, possibilitando novos empregos, investimentos e impostos, o que caracteriza um ciclo de crescimento”, apontou, ressaltando ainda que as reformas tributária e da Previdência são essenciais para o empresariado. “Continuidade, modernização e foco em educação são algumas das palavras que balizarão a nova

Durante a cerimônia de posse da nova Diretoria da Confederação, o presidente Michel Temer recebeu o Grão Colar da Ordem do Mérito Comercial da CNC. Acompanhado do ministro Marcos Jorge de Lima, do MDIC, Temer enfatizou a importância da atividade do comércio para o desenvolvimento econômico. A nova Diretoria da CNC foi eleita por ampla maioria do colégio votante, o que denotou o apoio e a união da maioria das federações que integram o Sistema Comércio. Presidente do SindilojasRio e do CDLRio, o empresário Aldo Gonçalves integra a nova diretoria da CNC, cujo mandato vai até novembro de 2022. Fonte: CNC

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Ao abrir o encontro, o presidente eleito da CNC, José Roberto Tadros, destacou a atuação do empresário Antonio Oliveira Santos nas gestões anteriores e, também, as conquistas do governo Temer, como o crescimento do PIB, a implementação da reforma trabalhista e a queda da taxa de juros. O novo presidente da CNC comentou os avanços já obtidos com a reforma trabalhista, citando estudo da Confederação segundo o qual as mudanças instituídas pela Lei nº 13.467/18 geraram uma economia, até agosto, de R$ 748,7 milhões em indenizações trabalhistas para as empresas do comércio. “Até o fim do ano, essa redução de gastos pode chegar a R$ 1 bilhão, me-

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Fotos: CNC/Christina Bocayuva

A nova diretoria da CNC

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ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Homenagem à Aeronáutica O SindilojasRio e o CDLRio realizaram, no dia 7 de novembro, a tradicional comemoração ao Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (alusivo à data de 23 de outubro de 1906, quando Santos Dumont fez o primeiro voo bem-sucedido, com o 14-Bis, em Paris). A homenagem, realizada em conjunto pelas duas entidades há 48 anos, coincidiu com o aniversário de 63 anos de fundação do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio, o primeiro do País, que, hoje, reúne mais de 12 mil empresas lojistas.

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Em sua saudação, o presidente do SindilojasRio e do CDLRio, Aldo

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Gonçalves, destacou a importância da Força Aérea Brasileira na defesa do território brasileiro e, também, para o desenvolvimento do país. Já o comandante da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, Brigadeiro-do-Ar Flávio Luiz de Oliveira Pinto, ressaltou características comuns a comerciantes e militares, como “a resiliência, persistindo sempre na luta”. Ele também lembrou ações marcantes da FAB e o reconhecimento internacional na área de tecnologia aeronáutica. O diretor de Administração de Pessoal da Aeronáutica, Major-Brigadeiro-do-Ar Mauro Martins

Machado, representando o diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Jeferson Domingues de Freitas, e o presidente Aldo Gonçalves trocaram placas alusivas à comemoração (foto). Além de outras autoridades militares, como o diretor de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, General de Divisão Riyuso Ikeda, estiveram presentes à homenagem diretores do Procon-RJ, da Caixa Econômica Federal e da Associação Comercial do Rio de Janeiro, entre outros.

Conselho Comunitário de Segurança se reúne no SindilojasRio O Conselho Comunitário de Segurança do Centro Histórico e da Lapa reuniu-se, no dia 25 de outubro, na sede do SindilojasRio. Durante a reunião foi eleita a nova diretoria do Conselho. O vice-presidente de Relações Institucionais do SindilojasRio, Roberto Cury, que representa o sindicato no Conselho, alertou para o agravamento da desordem urba-

na que tomou conta das principais áreas comerciais da cidade, em particular no Centro. Ele ressaltou que, às vésperas do Natal e do réveillon, momento em que o comércio lojista tem a expectativa de reverter um ano de resultados ruins, a desordem urbana afasta os consumidores das ruas e arranha ainda mais a imagem do Rio perante os turistas, consequente-

mente causando graves prejuízos ao setor. “Menos lojas significam mais comerciários desempregados e menos impostos recolhidos, o que prejudica não apenas o comércio lojista, mas toda a população”, frisou Cury. Os representantes da Guarda Municipal, presentes à reunião, afirmaram que haverá reforço na ação de combate à camelotagem.


Para voltar a gerar empregos e renda, o Rio de Janeiro precisa criar melhores condições para fortalecer e desenvolver a cadeia produtiva local, e atrair investimentos e visitantes. Com essa perspectiva, a Segurança Pública e a resolução dos problemas relacionados à ordem urbana foram apontadas como prioridades na reunião de diretoria do SindilojasRio, de 22 de novembro, na sede da entidade, que contou com a presença do senador eleito Arolde de Oliveira (PSC) e do presidente do Polo Saara, Eduardo Blumberg (foto). Deputado federal por nove mandatos, ex-secretário municipal de

Transporte do Município do Rio de Janeiro e ex-secretário estadual de Trabalho e Renda, o senador eleito do Rio, Arolde de Oliveira, comentou a conjuntura atual do estado e as perspectivas de mudanças com a posse dos novos governantes. O empresário Eduardo Blumberg, presidente do Polo Saara, que reúne cerca de 900 lojas de comércio popular no coração do Centro do Rio, destacou a parceria com o SindilojasRio. E aproveitou a ocasião para lembrar uma reivindicação dos comerciantes do polo: que a estação do metrô Presidente Vargas passe a se chamar estação Saara, para facilitar o

acesso tanto de moradores como de visitantes.

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

A revitalização do Rio de Janeiro Ao agradecer as presenças do senador eleito Arolde de Oliveira e do presidente do Polo Saara, Eduardo Blumberg, o presidente do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, destacou que a integração entre as diferentes esferas de governo – municipal, estadual e federal – será determinante para a retomada do desenvolvimento do Rio de Janeiro. E frisou o compromisso das entidades representativas do comércio em contribuirem para a construção conjunta de caminhos visando à recuperação do Rio.

Gestão Sindical Teve início, no dia 17 de outubro, a série de seminários do Programa de Desenvolvimento para Dirigentes Sindicais (ProSind), realizado pela Fecomércio-RJ, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC. Na ocasião, dirigentes e gestores sindicais de todo o estado debateram com o sociólogo José Pastore, professor da USP e um dos maiores especialistas do país em Relações do Trabalho. Ele comentou a estrutura sindical brasileira e destacou que os sindicatos patronais precisam estar aptos a enfrentar

as mudanças em curso, em função da nova legislação trabalhista e de novas tecnologias. “Os sindicatos e empresas devem estar bem informados para saber usar a nova lei, que abre um espaço extraordinário para a negociação. É fundamental para o sindicato patronal ter protagonismo, ajudando as empresas a efetuarem essas negociações, com trocas que gerem ganho de produtividade. Será necessário organizar, planejar e executar muito trabalho, mas, com certeza, o Brasil ficará melhor partindo

por este caminho”, afirmou Pastore. Também participaram do seminário de abertura a advogada da Divisão Sindical da CNC, Lidiane Nogueira, e o vice-presidente da Fecomércio-SP, Ivo Dall’Acqua Júnior, especializado em relações trabalhistas, que comentaram o papel dos sindicatos e responderam perguntas dos participantes. Nos seminários seguintes, em novembro, foram abordados temas como inovação, novas legislações fiscais, enquadramento sindical, contribuições e incremento em ofertas e serviços.

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Mudanças exigem sindicatos fortes e comprometidos com a qualidade e a autossustentabilidade

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ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Da esquerda para a direita: Bruno Linhares e Livia Chianca, diretor e gerente de Operações da CertifiqueOnline; José Belém e José Carlos Pereira, gerentes Geral e Comercial do SindilojasRio, respectivamente. E, sentada, Joyce Coutinho, agente de Registro da Certifique.

Certificação Digital no SindilojasRio tem novo espaço Credenciada pela rede Certisign – maior autoridade em certificação digital da América Latina – a CertifiqueOnline, especializada e líder do setor, ampliou sua parceria com o SindilojasRio e agora tem um espaço exclusivo na sede do sindicato (Rua da Quitanda, nº 3/ 9º andar, Centro), para proporcionar um atendimento diferenciado às empresas lojistas associadas ao sindicato e, também, ao público em geral. Assim, além das delegacias de serviços do SindilojasRio da

Barra da Tijuca, Copacabana, Campo Grande e Madureira, o serviço de certificação digital é oferecido também no Centro, lembrando que os atendimentos são previamente agendados e os certificados são emitidos na mesma hora. Ao participar da inauguração do novo espaço, em novembro, o sócio-diretor da CertifiqueOnline, Bruno Linhares, declarou que a parceira com o SindilojasRio, além de oferecer qualidade e segurança,

agora propicia ainda mais comodidade e praticidade aos clientes. O certificado digital, documento eletrônico que identifica pessoas, empresas, sistemas e equipamentos no mundo digital, tem como função garantir maior segurança nas transações eletrônicas e oferecer validade jurídica a transações realizadas via web. Seu uso é incentivado por obrigatoriedades definidas por entidades como a Receita Federal do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

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Mutirão Limpa Nome

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Mais uma chance para renegociar dívidas antes do Natal Com o apoio do Serviço Central de Proteção ao Crédito – SCPC do CDLRio, o Procon Estadual promoveu, durante toda a primeira quinzena de novembro, em sua sede, o mutirão Limpa Nome, para a renegociação de dívidas com os bancos Bradesco, Itaú, Santander e Caixa Econômica Federal, com descontos de até 70% em juros e mora. Durante o mutirão, além de consultar sua situação no SCPC, os consumidores

puderam negociar, diretamente com representantes dos bancos, os débitos referentes a cheque especial, cartão de crédito e empréstimo pessoal, com exceção de financiamentos de veículos e casa própria. O objetivo do mutirão foi oferecer aos consumidores a oportunidade de solucionar suas dívidas e outros problemas relacionados ao crédito antes da Black Friday, que ocorreu no dia 23 de novembro, e do Natal.

Desde que teve início em 2014, a parceria entre o Procon-RJ e o CDLRio, com o apoio do SindilojasRio, já beneficiou milhares de consumidores, prestando orientações sobre educação financeira e por meio dos vários mutirões realizados no Largo da Carioca e, agora, na sede do órgão estadual, para a renegociação de dívidas e a solução de problemas com empresas do varejo, concessionárias de serviço público e bancos.


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

Recuperação de créditos tributários

O Supremo Tribunal Federal, em repercussão geral e encerrando uma disputa judicial de quase 10 anos, reconheceu a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, considerando que o imposto estadual não integra o conceito de receita ou faturamento. Com esta decisão do STF, o SindilojasRio, em parceria com a Monteiro e Monteiro Advogados Associados, conquistou um grande benefício para reduzir a carga tributária de suas empresas lojistas associadas, por meio da ação coletiva nº 0016457-26.2009.4.02.5101, ajuizada em 15/07/2009. Além de terem direito a recolher o PIS e a Cofins sem a inclusão da parcela rela-

tiva ao ICMS em sua base de cálculo, uma importante redução mensal proporcionada com a adesão à ação coletiva, os associados ao SindilojasRio (não optantes pelo Simples Nacional) poderão ser restituídos de todos os valores que foram pagos a maior, após o trânsito em julgado desta ação, do período de julho de 2004 até a presente data, devidamente corrigidos pela taxa SELIC. Em outra ação coletiva, de ICMS Seletividade, as empresas lojistas associadas ao sindicato obtiveram o direito à redução da alíquota de ICMS nas contas de energia e telefonia, que será de 22% e não mais de até 32% (em alguns casos), além de poderem ser restituídas de todos os valores pagos indevidamente, corrigidos, de fevereiro de 2007 até o momento. Para saber mais sobre estes benefícios, os associados ao SindilojasRio devem procurar o setor Fisco-Tributário da entidade, pelo e-mail: sindilojas.tributario@gmail.com ou pelos telefones 2217-5030 ou 2217-5045.

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O SindilojasRio, promoveu, no dia 13 de novembro, uma palestra com o gerente jurídico do escritório Monteiro e Monteiro Advogados Associados, Augusto Brederodes, e o representante da CloudGed, empresa especializada na gestão eletrônica de documentos e informações, Oséas Guerra (foto), que explicaram o trabalho realizado visando à recuperação de créditos pagos indevidamente e como as empresas lojistas associadas ao SindilojasRio podem ser beneficiadas.

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MERCADO E TENDÊNCIAS

Comércio eletrônico faturou R$ 3,9 bi durante período da Black Friday As vendas da Black Friday no comércio eletrônico totalizaram R$3,92 bilhões, uma alta de 24% em 2018. O faturamento corresponde a todo o período da Black Friday (23/11) – que começou na véspera do evento e terminou na segunda-feira (26/11), com a chamada Cyber Monday.

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Na Black Friday, mais de 2,4 milhões de consumidores compraram on-line, um crescimento de 9% em relação a 2017, enquanto o tíquete médio foi de R$ 608, um aumento de 8% em comparação ao ano passado. Só na Cyber Monday, as vendas totalizaram R$372 milhões, uma alta de 20,7% ante os R$308 milhões vendidos em 2017 no mesmo

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dia, com tíquete médio de R$ 494, um aumento de 15,7%. Os dados são da Ebit|Nielsen, referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro. Nas vendas da sexta-feira(23/11), predominaram os produtos de tíquete médio mais elevado, como smartphones, itens de linha branca e TVs. No período promocional, entre as categorias que se destacaram estão informática, perfumaria e cosméticos, brinquedos e games, casa e decoração, e automóveis e veículos. De acordo com Ana Szasz, líder comercial para Ebit|Nielsen, o ritmo de vendas foi constante durante o dia e aumentou muito à noite, quando

o consumidor também aproveitou para fazer compras. “Isso resultou em aumento de 40% nas vendas, em comparação a 2017", explicou ela, acrescentando que o mobile teve um papel importante para a conversão em compras, com advento forte das redes sociais que mostraram ao consumidor as promoções de diversos varejistas em tempo real. A líder comercial da Ebit|Nielsen também destacou que os varejistas demonstraram estar bem estocados e estruturados para suportar o tráfego extra da data, assim como mantiveram esforço em tecnologia e em publicidade para prolongar o período, ao identificar a oportunidade de manter o ritmo de vendas.

Natal promete impulsionar indústria do brinquedo Depois da Black Friday, quando brinquedos e games estiveram entre os itens mais procurados e vendidos, projeções indicam que, no Natal, os resultados serão ainda melhores para fabricantes e varejistas do setor. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), com o Natal, a indústria deverá crescer em torno de 8%. Ainda segundo a Abrinq, os preços dos brinquedos estão estag-

nados e mais de 60% das ofertas estão na faixa de R$ 50,00. A expectativa é que haja aumento do consumo per capita.

gos e as linhas de reprodução do mundo real (jogos de panelas, kits mecânicos, por exemplo) ficaram empatados, com 9,1% cada.

Entre os brinquedos mais vendidos no ano passado, os principais foram bonecas e bonecos, com 18,9%, seguidos pelos veículos (carrinhos, motos, pistas), com 15,5%. Os esportivos (patins, triciclos, bicicletas) ficaram em terceiro lugar, com 13,5%, e os jo-

Para o Natal de 2018, pesquisa feita pelo Google apontou a preferência das crianças: bonecas e bonecos, blocos de montar, personagens de programas infantis (desenhos e séries), armas de lançar dardos, animais de pelúcias e dinossauros.


MERCADO E TENDÊNCIAS

Veste Rio A 6ª edição do Veste Rio, evento já reconhecido como a principal plataforma de moda do País, movimentou o Porto do Rio, entre os dias 17 e 21 de outubro. Cerca de 25 mil pessoas lotaram o outlet e curtiram a programação cultural e as opções gastronômicas no Pier Mauá, durante os quatro dias do evento. As principais tendências do Outono-Inverno 2019 foram

apresentadas por 74 marcas para cerca de 1.500 compradores do Brasil e do exterior, no Salão de Negócios. O público também aproveitou os descontos de até 80% de quase 100 marcas que participaram do outlet. Através do ingresso solidário, o Mesa Brasil Sesc arrecadou mais de três toneladas de alimentos que foram doadas para ONGs que integram o programa.

Apresentado pela Fecomércio-RJ e realizado pela Revista Ela, do jornal O Globo, em parceria com a revista Vogue Brasil, o Veste Rio também promoveu palestras, talks shows sobre empreendorismo de moda e oficinas sobre upcycling, customização de acessórios, criação e produção de jóias em prata, consultoria de imagem, fotografia e maquiagem para o réveillon.

13º salário injetará R$ 8,8 bilhões na economia do Rio de Janeiro Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) estima que o pagamento do 13º salário injetará cerca de R$ 8,81 bilhões na economia do estado, já considerando as deduções de imposto de renda. De acordo

com o levantamento, a primeira parcela do benefício renderá aos trabalhadores R$ 4,76 bilhões. Já a segunda parcela, a ser depositada até o dia 20 de dezembro, injetará mais R$ 4,05 bilhões na economia do Rio de Janeiro. O salário médio pago aos trabalha-

dores que recebem o 13º salário é de R$ 2.240. No total, cerca de 3,9 milhões de trabalhadores formais receberão o benefício em todo o estado. O levantamento leva em conta dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Trimestral), do IBGE.


PESQUISAS

Vendas do Comércio do Rio recuaram 4,5% em Outubro

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Pesquisa do Centro de Estudos do CDLRio também mostra que no acumulado de janeiro/outubro as vendas diminuíram 4,6%.

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As vendas do comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro caíram 4,5% em outubro em comparação com o mesmo mês de 2017. Foi o décimo mês de vendas negativas. Os dados são da pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que abrange cerca de 500 estabelecimentos comerciais da cidade. No acumulado de janeiro/outubro, as vendas diminuíram 4,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.

do Ramo Mole; e Óticas (-8,15%), Móveis (-7,6%), Jóias (-6,8%) e Eletrodomésticos (-4,5%), no Ramo Duro. A modalidade de pagamento mais usada foi a prazo, com menos 4,6%, seguida da venda à vista, com menos 4,5%.

A pesquisa mostra que os indicadores negativos do mês de outubro foram puxados pela queda de 4,3% nas vendas do Ramo Mole (Confecções e Moda Infantil, Tecidos e Calçados), e de 4,6% do Ramo Duro (Eletrodomésticos, Jóias, Móveis e Óticas). Todos os segmentos apresentaram resultados negativos: Tecidos (-6,8%), Calçados (-5,4%) e Confecções(-4,4%),

Em relação às vendas, conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, no Ramo Mole (bens não duráveis) as lojas do Centro venderam menos 6,8%, as da Zona Norte menos 6% e as da Zona Sul menos 1,2%. No Ramo Duro (bens duráveis), as lojas do Centro faturaram menos 7%, as da Zona Norte menos 5% e as da Zona Sul menos 3%.

Termômetro de Vendas

Segundo o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, o resultado de outubro espelha o momento de dificuldade econômica pelo qual passa o estado do Rio de Janeiro, que inibiu os consumidores e influenciaram as compras.


Inadimplência no comércio carioca cresceu 1% em outubro A inadimplência no comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro cresceu 1% em outubro, em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio - Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro. As dívidas quitadas (ítem que mostra o número de consumidores que colocaram suas contas em dia) aumentaram 0,9% e as consultas (dado que indica

PESQUISAS

SCPC o movimento do comércio), diminuíram 5,4%, também em relação a outubro de 2017. No acumulado dos dez meses do ano (janeiro/outubro), em comparação com o mesmo período do ano passado, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram 1% e 0,9% e as consultas diminuíram 6,1%. Em relação ao mês anterior (setembro) as consultas, a inadimplência e as dívidas quitadas, cresceram 0,7%, 0,6% e 0,9%.

CONSULTAS

REALIZADAS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

REGISTROS CANCELADOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

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REGISTROS INCLUÍDOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

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PESQUISAS

Cheques

FAÇA PARTE DESTAS PESQUISAS!

Movimento de Cheque Segundo o registro de cadastro do LIG Cheque do CDLRio, em outubro, em relação ao mesmo mês de 2017, a inadimplência cresceu 1,3% e as consultas e as dívidas quitadas diminuíram, respectivamente, 9,5% e 1,8%. No acumulado dos dez meses do ano (janeiro/outubro) em relação ao mesmo período do

ano passado, a inadimplência aumentou 1,2% e as consultas e as dívidas quitadas recuaram, respectivamente, 8,4% e 2,6%. Em relação ao mês anterior (setembro), as consultas e as dívidas quitadas, cresceram, respectivamente, 0,6% e 0,2%, e a inadimplência caiu 0,4%.

Caso sua empresa se interesse em participar de nossas pesquisas, contate o Centro de Estudos do CDLRio: (21) 2506-1234 estudos@cdlrio.com.br

PESQUISA E ANÁLISE Acompanhe o comportamento do comércio do Rio de Janeiro:

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CONSULTAS

AO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

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REGISTROS INCLUÍDOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

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Números mostram a crise Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, os números do SCPC mostram que o comércio continua enfrentando dificuldades, agravadas no Rio de Janeiro pela crise do estado, que continua afastando o consumidor das compras. “Prova disso é que todas as grandes datas comemorativas do setor - Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos

Namorados e Dia da Criança –, não atingiram as expectativas do varejo e registraram resultados quase negativos. Resta agora o Natal, cujas vendas representam mais de 30% do faturamento em todo ano, dependendo do segmento. É nele que o comércio está apostando e espera o crescimento de 1,5%”, concluiu Aldo Gonçalves.


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CAPA

Franquias

O sonho do próprio negócio

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Montar um negócio investindo em ideias próprias ou optar por uma franquia? Esta costuma ser a dúvida de muitos empreendedores, tanto daqueles que já atuam no comércio e desejam apostar em novos segmentos, como dos que sonham com o próprio negócio.

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Para quem não quer partir do zero, a franquia é um modelo de negócio interessante, pois permite utilizar uma marca já consolidada, testada e padronizada, diminuindo assim riscos e problemas de gestão. Neste caso, o primeiro passo é buscar conhecimento sobre o ramo no qual se pensa atuar, pesquisando, pesando prós e contras, se capacitando se for o caso. Para garantir o sucesso, não basta simplesmente escolher uma franquia lucrativa ou considerada “top”. É preciso analisar todos os aspectos do negócio, para verificar se há compatibilidade com o perfil do empreendedor e se atende aos objetivos definidos por ele. Afinal, decidir por um tipo de franquia com o qual se tenha mais afinidade aumentará, com certeza, as chances de sucesso. Criada há 31 anos, a Associação Brasileira de Franchising – ABF tem mais de 1.000 associados, entre

franqueadores, franqueados e colaboradores. Com sede em São Paulo, a ABF é representada também pela Seccional no Rio de Janeiro e tem o apoio de regionais no interior paulista, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Além de atuar em conjunto com parceiros como a Apex Brasil, o Sebrae e bancos nacionais, no âmbito internacional é uma das fundadoras do WFC (World Franchise Council), entidade que reúne as mais importantes associações no mundo, bem como da FIAF (Federação Ibero-Americana de Franquias). É, também, integrante da IFA (International Franchise Association) e do Firae (Forum for International Retail Association Executives), e membro-correspondente da Federação Europeia de Franchising. Com foco no desenvolvimento do sistema no país, a ABF promove e participa de inúmeros eventos e ações, como conferências, seminários, cursos e encontros de formação técnica sobre o Franchising. No fim de setembro, a ABF realizou, no Riocentro, a 12ª edição da Expo Franchising ABF Rio, a segunda maior feira de franquias do Brasil – atrás apenas de São Paulo – e uma das dez maiores do mundo.


CAPA OL - Na contramão da crise, o mercado de franquias segue promissor e apresenta crescimento, tendo registrado aumento nominal de 8,4% no segundo trimestre deste ano, segundo a ABF. Quais são os principais fatores que favorecem este crescimento? Eliane Bernardino - Esse resultado expressivo no trimestre se deve à manutenção das vendas, mas, especialmente, a uma retomada do ritmo de expansão e ao empenho das redes em diversificar formatos e produtos. O Dia dos Namorados e o Dia das Mães foram bons para as redes de franquias e, nos dias de jogos da Copa do Mundo, ramos como os de padarias e bares tiveram maior demanda, ao contrário de outros, como o de vestuário, que observaram queda. Mas, no geral, o desempenho do setor foi positivo no trimestre pesquisado. Como o mercado em geral, as redes ligadas ao varejo mais tradicional, que dependem da distribuição de produtos, também sentiram um pouco mais o impacto da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio. Mas, a própria dinâmica do setor – que, em momentos como esse, consegue manter o provimento de produtos ou matérias-primas para as suas operações por atuar em rede – fez com que esse im-

OL - Algum segmento merece destaque hoje? Qual é a expectativa para o próximo ano? Eliane Bernardino - Com base nos dados do 1º trimestre de 2018, a ABF revisa suas projeções para o fechamento do ano: o crescimento do setor deve ficar entre 7% e 8% em termos de faturamento, 3% em número de unidades, 3% em volume de empregos diretos, e o número de redes franqueadoras deve ser estável. OL - Qual o balanço da 12ª edição da Expo Franchising ABF Rio 2018? Quais são as principais novidades? Eliane Bernardino - A Expo Franchising ABF Rio é o termômetro e o reflexo do mercado brasileiro. As marcas cresceram, se popularizaram e uma feira como esta, que é um salão de negócios, atrai empresários de todo o país. Além da oportunidade de os visitantes terem contato direto com gestores de mais de uma centena de marcas expositoras – evidentemente, a principal atração do evento – tivemos dois espaços de capacitação e palestras técnicas especializadas, com mais de 20 sessões ministradas por renomados expoentes do sistema. Outro destaque foi o Espaço Portugal, com a presença de marcas e de representantes da Associação Portuguesa de Franchising (APF), em busca de interessados para instalarem negócios naquele país.

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Para saber mais sobre o setor de franchising e as tendências para 2019 no país, a revista O Lojista (OL) entrevistou Eliane Bernardino, presidente da ABF Rio.

pacto fosse menos intenso. Mesmo com a paralisação e a queda dos índices de confiança empresarial e do consumidor em junho, os níveis ficaram acima dos registrados no 2º trimestre do ano passado. E o setor de franquias foi favorecido pelo aumento da oferta de crédito para as empresas nos meses de abril a junho deste ano.

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CAPA

OL – Uma pesquisa da Praxis Business aponta que empresas veteranas representam, hoje, menos da metade do mercado de franchising, enquanto as novatas triplicaram a sua participação, indicando uma clara renovação no setor. A que se deve isso? Eliane Bernardino - Muitas empresas, percebendo o sucesso do modelo de franquias, com todas as suas vantagens, decidem ingressar no sistema. Com isso, a base de marcas que operam no sistema aumenta e, nesse contexto de novos entrantes, parece-nos natural que a presença das veteranas diminua, na proporção do total. OL – A pesquisa mostra que existe demanda por capacitação do setor em áreas como atendimento e vendas, gestão de equipe, produtos e serviços da marca, etc. O que pode melhorar e como o treinamento pode alavancar uma rede? Eliane Bernardino - Cada vez mais, as redes franqueadoras buscam reforçar o próprio branding e a competitividade. Ações de lançamentos de produtos e de comunicação publicitária são importantes, mas é preciso entregar, dia após dia, a promessa da marca, nos mínimos detalhes da jornada de compra e da experiência do cliente, dentro e fora do ponto de venda. Muitas empresas são fortes no planejamento, mas o risco de cometer erros na execução é imenso. É preciso investir continuamente em capacitação e no engajamento da equipe, pois sem isso, não há como alcançar a excelência. E quando falamos em capacitação, não nos referimos a um simples treinamento, mas a uma cultura de educação, tanto nos processos quanto na cultura. Ter uma liderança com foco em gestão de pessoas e proporcionar um ambiente estimulante de trabalho, com contínua capacitação e acompanhamento, tem papel relevante na busca pelo sucesso. Além disso, é preciso saber atrair e manter os colaboradores com o perfil adequado para a operação.

OL - Quais os principais desafios do mercado de Franquias para os próximos anos? Eliane Bernardino - Entendo que é acompanhar as grandes transformações tecnológicas e culturais que acontecem no mercado e manter o sistema forte, ético e que traga sucesso a todas as partes envolvidas. OL - Os franqueadores investem cada vez mais em inovação, em ferramentas como big data, inteligência artificial e realidade virtual? Eliane Bernardino - Alguns franqueadores investem em tecnologia e já têm iniciativas concretas nessas áreas. Algumas marcas de perfumes, por exemplo, têm usado inteligência artificial na composição de novas fragrâncias. Lançamentos imobiliários usam realidade virtual para mostrar imóveis ambientados para interessados de outras cidades ou depois que o apartamento modelo decorado é desmontado. OL - Quais são os serviços que a ABF Rio oferece aos lojistas que já são franqueados ou a empreendedores que pensam em ingressar no sistema ? Eliane Bernardino - A ABF Rio oferece cursos e palestras para que o empreendedor possa conhecer profundamente o sistema, gerencial e juridicamente, a fim de que possa fazer uma avalição sobre o tipo de negócio ao qual pretende se dedicar. Temos como objetivo a formação e o constante aprimoramento dos profissionais que atuam no setor. Além de cursos como “Entendendo o Franchising” e o Programa de Capacitação em Franchising, promovemos, mensalmente, o evento Café com Franquia, reunindo empreendedores, franqueadores e franqueados, que apresenta palestras voltadas à discussão de temas que afetam a gestão dos negócios de franchising. Além disso, enfatizamos tecnicamente os cursos, com profissionais mais capacitados e atualizados com o mercado, que abordam questões pertinentes do dia a dia do sistema.


Em 2019, a cidade do Rio de Janeiro terá 14 feriados. Para os comerciários haverá mais um feriado, em 21 de outubro, Dia do Comerciário. Novembro será o mês com mais feriados. Não haverá feriados, no entanto, nos meses de fevereiro, julho e agosto. O carnaval será em março: sábado, 2, domingo, 3 e 2ª feira, 4, que não contam como feriados. Mas, a 3ªfeira, 5 de março, é feriado estadual.

Na 4ª feira de cinzas, 6 de março, bancos e grande parte do comércio só abrem a partir das 12 horas. Quanto a possíveis enforcamentos de dias de trabalho que antecedem ou são seguintes a feriados que caem terça ou quinta-feira, teremos, em 2019, uma situação: em 22 de abril, véspera do feriado de 23 de abril. No ano que vem, dois feriados caem no domingo: 20 de janeiro e 21 de abril.

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

1o

3ª feira, Dia da confraternização Universal, feriado nacional.

NÃO HÁ FERIADO

5

3ª feira de carnaval, feriado estadual.

20

Domingo, Dia de São Sebastião, padroeiro da Cidade, feriado municipal.

6

4ª feira de Cinzas (até às 12 horas), feriado nacional.

ABRIL

MAIO

JUNHO

19

6ª feira, Paixão de Cristo, feriado nacional.

1o

20

21

Domingo de Páscoa e Dia de Tiradentes, feriados nacionais.

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3ª feira, Dia de São Jorge, feriado estadual.

4ª feira, Dia do Trabalho, feriado nacional.

5ª feira, Dia de Corpus Christi, feriado nacional.

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

NÃO HÁ FERIADO

NÃO HÁ FERIADO

7

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2

Sábado, Dia de Finados, feriado nacional.

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15

6ª feira, Dia da Proclamação da República, feriado nacional.

20

4ª feira, Dia da Consciência Negra, feriado nacional.

12

Sábado, Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, feriado nacional.

21

2ª feira, Dia do Comerciário no Rio, Terceira 2ª feira do mês.

PDV

FERIADOS DE 2019

Feriados do Rio em 2019

Sábado, Dia da Independência do Brasil, feriado nacional.

4ª feira, Natal, feriado nacional.

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SERVIÇOS PARA O LOJISTA

Acerte nas vendas e reduza seu índice de fraudes e inadimplência!

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Na hora de vender a prazo, sempre existe incerteza: “Devo aprovar a venda?” e “Qual deve ser o valor da parcela?”. Para que os nossos clientes não fiquem em dúvida na hora de vender, o CDLRio | Boa Vista SCPC desenvolveu o ACERTA COMPLETO, uma solução que faz a análise de risco dos consumidores apresentando uma recomendação “Aprova / Não Aprova” e a Sugestão de Limite de Parcela.

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A recomendação é baseada em uma robusta política de crédito desenvolvida pela Boa Vista SCPC, a partir da sua completa base de dados, referente ao crédito solicitado pelo consumidor. A recomendação de aprovação, ou não, do crédito é apresentada de forma simples. Dessa forma, os nossos clientes terão mais facilidade para vender, pois perderão menos tempo com a análise de risco de crédito, que será feita pela solução entregue pelo CDLRio | Boa Vista SCPC. A Sugestão de Limite de Parcela, permite conceder o limite de crédito mais adequado à renda disponível e ao perfil de risco dos consumidores. Assim, os

nossos clientes que utilizam essa solução poderão rentabilizar a carteira que apresenta menor risco de crédito e reduzir o risco da carteira com maior risco. Os benefícios que o relatório Acerta Completo traz para os nossos clientes são: a velocidade na venda, a adequação do limite de parcela ao risco do cliente, os dados completos para análises detalhadas. Nosso diferencial é a solução analítica apresentada no relatório sem cobrança adicional, que possibilita uma visão integrada do indivíduo a partir de uma avaliação completa e detalhada das informações individuais e de mercado, além do comportamento histórico. Essa é considerada a solução mais completa do portfólio de Pessoa Física, pois integra todas as visões e informações necessárias para uma tomada de decisão assertiva. Quer saber mais sobre essa funcionalidade? Agende uma visita com um de nossos consultores e conheça mais sobre essa funcionalidade. Contatenos pelo telefone 21 2506-1215 ou encaminhe um e-mail para comercial@cdlrio.com.br


As empresas e instituições que admitem empregados estão obrigadas a elaborar, implementar, controlar e monitorar as NRs 7 e 9: o PCMSO e o PPRA. Lembrando que ambas são duas normas básicas, pois, dependendo da atividade, do risco e do número de funcionários, as empresas estão sujeitas a cumprir outras NRs. O PCMSO tem caráter preventivo, faz o diagnóstico precoce das doenças relacionadas ao trabalho. A atividade é realizada por um médico-coordenador, que também orienta médicos-examinadores para a execução do ASO – Atestado de Saúde Ocupacional dos seguintes tipos: admissional, demissional, periódico, mudança de função e de retorno ao trabalho. Segundo a função, além do exame clínico, podem ser necessários exames complementares, como de sangue, urina, audiometria, entre outros. Além de informar sobre as datas de vencimento do ASO de cada trabalhador cadastrado na Medicina Ocupacional, o SindilojasRio oferece às empresas cinco pontos de atendimento, com horários agendados previamente: na sede, no Centro do Rio, e nas delegacias de serviços de Copacabana, Barra da Tijuca, Madureira e Campo Grande (saiba mais em www.sindilojas-rio.com.br). O médico-examinador também pode ir às empresas, que devem ter local adequado ao atendimento dos exames periódicos.

Já o PPRA visa antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os riscos dos agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho. Anualmente, as empresas são visitadas por um engenheiro e técnicos de segurança do trabalho para a elaboração do documento-base. O PPRA possui a Demonstração Ambiental (PPRA-DA), que atende as exigências previstas nos decretos, ordens de serviço e instruções normativas do Ministério da Previdência Social e do INSS. Ao fazer o PPRA-DA com o SindilojasRio, as empresas são desobrigadas de elaborar o LTCAT – Laudo Técnico das Condições do Ambiente de trabalho, desonerando-as de mais uma obrigação. Além do PPRA e do PCMSO, o SindilojasRio elabora o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário, que empresas e instituições devem fazer, de forma individualizada, dos empregados expostos a agentes nocivos à saúde ou à integridade física, para fins de aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para a concessão do benefício, seja pela eficácia dos equipamentos de proteção (EPI) ou por não ser caracterizada a existência dos riscos. O cuidado com a saúde dos trabalhadores contribui para melhorar a produtividade e ajuda a evitar futuras ações trabalhistas. Além disso, o descumprimento das Normas Regulamentadoras (NRs) pode acarretar multas e indenizações. Vale destacar ainda que todas as despesas, incluindo exames médicos e complementares, são de responsabilidade do empregador, que pode ter que comprovar esse custeio para fins de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. Por tudo isso, o SindilojasRio é a melhor escolha, quando o assunto é Segurança do Trabalho e Medicina Ocupacional!

Revista O Lojista | Novembro e Dezembro de 2018

Há mais de 20 anos, o SindilojasRio é referência em qualidade, praticidade e melhor preço na prestação de serviços na área de Segurança e Medicina do Trabalho às empresas lojistas, para atender as Normas Regulamentadoras (NRs) 7 e 9, de acordo com a Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego. Com o eSocial em vigor, todas as empresas deverão fornecer informações extraídas do PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional e do PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

SERVIÇOS PARA O LOJISTA

Segurança do Trabalho e Medicina Ocupacional

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ARTIGO

tomar; se vale a pena investir em uma nova loja, se é melhor expandir por meio do sistema de franquia ou mesmo fechar alguma unidade. Grande parte das empresas tem estrutura familiar e outras perguntas surgem, tais como quem conduzirá a nova etapa, o novo desafio e quem dará continuidade ao negócio. Será que vale a pena participar de convenções para se atualizar, trocar ideias e cartões, conhecer novas técnicas e estratégias e fazer benchmark (referenciar e adaptar o que outros negócios têm de bom)? O investimento é alto: taxas de inscrição caras, transporte, alimentação, estadia, etc.

PAULO BERTONE*

Consultoria empresarial: MITOS E VERDADES

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Muito antes da atual crise, sempre procurei analisar os verdadeiros motivos do fechamento de lojas e restaurantes, a partir de informações e estatísticas sobre o ciclo de vida desses negócios. Segundo matéria da revista Exame, constatou-se que, nos últimos anos, um terço das empresas de pequeno e médio portes fechou em dois anos. Sempre com as mesmas justificativas: “os clientes não entenderam meus produtos”; “gastamos dinheiro no projeto e faltou para o capital de giro”; “minha equipe de garçons era fraca e não sabia servir ao cliente”; e muitas outras.

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Com o agravamento da crise, profissionais foram demitidos, levantaram o fundo de garantia e decidiram empreender. Mas, agora, o que fazer? Investir em uma franquia pode ser uma alternativa. A maioria opta de acordo com a emoção ou alguma afinidade com o produto/serviço. Esquece de consultar franqueados já existentes para saber como funciona a supervisão, as compras e o relacionamento com o franqueador. Assina contrato sem conhecer as leis do sistema de franquias e seja lá o que Deus quiser. Observando a situação de insegurança, devido ao longo período de recessão, deparamo-nos constantemente com empresários do varejo de micro, pequeno e médio portes que não sabem qual rumo

Nesses eventos sobre o varejo são apresentados cases mirabolantes: da startup de e-commerce com 18 meses de vida e aporte de 1 milhão de dólares de um investidor-anjo, com previsão de lucro a partir do terceiro ano e já considerada sucesso; ou da rede varejista de eletrodomésticos que inaugurou há seis meses novo conceito de loja – com omnichannel, realidade virtual, inteligência artificial, reconhecimento facial e até robozinho que saúda os clientes – e abriu mais 10 lojas em um ano. E o palestrante afirma que, em futuro muito próximo, todas as lojas adotarão modelos semelhantes no Brasil. Surge a dúvida: será que isso ocorrerá mesmo sem equipes treinadas, sem logística adequada, sistemas de informática e internet eficientes? Conclusão: o empreendedor perde tempo e dinheiro, aprende pouco e ainda sai frustrado. Outra reflexão: será que todo mundo começa com milhões ou começa pequeno? Muitos negócios começaram enxutos e, hoje, são exemplos de sucesso, como Spoleto, Rei do Matte, Cacau Show, Sonho dos Pés, Farm e tantos outros. Com essas perspectivas em mente, contratar uma empresa de consultoria pode ser mais interessante e eficaz. No entanto, o segmento varejista de micro, pequeno e médio portes costuma ser avesso ao serviço de consultoria, acreditando que é caro, que dificilmente alguém de fora poderá auxiliar, e que a dedicação ao cliente, principalmente se for um pequeno empreendimento, não será suficiente. Há 40 anos, aprendi a regra de ouro: para identificar o que a maioria das empresas espera e precisa, a boa consultoria deve colocar-se no lugar dos seus clientes para poder sentir e compreender o que eles pensam e querem, suas inseguranças, expectativas e esperanças. Pensando nisso, para quebrar paradigmas e desmistificar este serviço para o varejo, nasceu a consultoria No Tamanho Certo, a partir de um trabalho construído em conjunto com o IVAR - Instituto do Varejo do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Ja-


Com a chancela das duas entidades mais tradicionais e respeitadas do setor, a Tamanho Certo desenvolveu um modelo de consultoria dentro da realidade e das possibilidades das micro, pequenas e médias empresas. Uma consultoria que fala a mesma língua do cliente, é objetiva e entende a realidade do mercado, suas características e peculiaridades, para oferecer ferramentas que auxiliem gestores ou proprietários de empresas na tomada de decisões estratégicas que irão impactar resultados atuais e futuros de seus negócios. Nesse sentido, a consultoria No Tamanho Certo tem como foco definir as melhores alternativas de ação em um ambiente repleto de incertezas, riscos, competição e possibilidades desconhecidas, representando uma oportunidade singular de revisão dos processos empresariais, da capacitação das pessoas e da implementação de ferramentas que melhorem a execução de atividades operacionais e de gestão. E, no âmbito dessas ações, para gerar resultados de curto, médio e longo prazos, a consultoria propicia estratégias de integração entre os diferentes setores da empresa-cliente, com o objetivo de criar harmonia e comprometimento, encontrar soluções e, também, identificar oportunidades inexploradas. Nosso desafio é oferecer a solução completa para a sua gestão, nas seguintes áreas:

"Para identificar o que a maioria das empresas espera e precisa, a boa consultoria deve colocar-se no lugar dos seus clientes para poder sentir e compreender o que eles pensam e querem, suas inseguranças, expectativas e esperanças"

ARTIGO

neiro – CDLRio, e do Sindicato dos Lojistas do Município do Rio de Janeiro - SindilojasRio.

• Varejo (1): abertura de novo negócio, pesquisas, pontos comerciais, implantação, estruturação, lançamento e acompanhamento; • Varejo (2): desenvolvimento, implantação, operação, integração e otimização de canais (omnichannel);

• Franquias (2): pesquisa de mercado, formatação, estruturação, implantação, venda, supervisão e expansão; • Marketing: vendas, planejamento comercial (vendas, margens e estoques), operações; • Endomarketing: diagnóstico, planejamento, implantação, acompanhamento e mensuração de resultados; • Pessoas: treinamento, qualificação e potencialização de colaboradores; • Educação corporativa: palestras, cursos especiais e treinamentos.

E adianto a resposta à pergunta que você, amigo empreendedor, quer fazer - quanto custa a consultoria No Tamanho Certo: nosso diferencial é adequar o valor do serviço ao tamanho certo do seu orçamento. Queremos mostrar o real significado da consultoria No Tamanho Certo, na hora certa, para o cliente certo e pelo preço certo. Fale conosco pelos telefones (21) 2506-1289 ou, se preferir, envie-nos um e-mail para contato@ivar-rj.com.br *Paulo Bertone: Professor, empresário, consultor, conferencista e autor de livros.

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• Franquias (1): orientação de compra de franquias existentes no mercado;

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Fotos: Dabney

HISTÓRIA DO COMÉRCIO

O presidente da Sarca Roberto Cury e a festa de 87 anos do Cristo Redentor

Sarca

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Uma história de 40 anos em defesa da Rua da Carioca: entidade foi criada para evitar a demolição de lojas

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A mais carioca das ruas do Rio, a Carioca esteve sob a ameaça de ter todos os prédios do seu lado esquerdo demolidos. A maior parte do lado ímpar pertencia à Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. A Ordem e a Prefeitura do Rio planejavam demolir os prédios para criar um bosque, através do qual haveria um acesso direto à Igreja e ao seu museu, situados ao lado do Santuário e Convento de Santo Antônio. Os empresários lojistas que alugavam os prédios começaram a se mobilizar para evitar não apenas o despejo de dezenas de lojas, mas, principalmente, para impedir a agressão ao patrimônio histórico da cidade, com a demolição de prédios centenários que formam um conjunto arquitetônico único. A primeira providência das lideranças dos lojistas da Carioca foi procurar o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro, o SindilojasRio, na época, presidido pelo empresário Mozart Amaral. Em nome do sindicato, Mozart Amaral declarou que a entidade daria pleno apoio aos lojistas e à causa do comércio da Rua da Carioca. O SindilojasRio encontrou apoio à campanha em defesa da Rua da Carioca na Câmara Municipal do

No aniversário do monumento, a Sarca lembrou os 110 anos de Cartola (11 de outubro) e homenageou a Velha Guarda da Mangueira, entregando um troféu ao compositor Nelson Sargento, de 94 anos.

Rio de Janeiro, por meio do vereador Moacyr Bastos. Na ocasião, os comerciantes prejudicados com o projeto elaboraram, com o auxílio de técnicos do SindilojasRio, um memorial sobre o caso, destinado ao parlamento municipal, que foi recebido por Moacyr Bastos. De imediato, o vereador elaborou o projeto de lei 188/77, “que declarava de interesse histórico, para efeito de tombamento, o conjunto urbano integrado por todos os imóveis existentes na Rua da Carioca, bem como as árvores e os pas-


HISTÓRIA DO COMÉRCIO Nos 453 anos do Rio, um dos homenageados foi o jornalista esportivo Washington Rodrigues, o Apolinho, que completou 56 anos de carreira.

Lojas fechadas na Rua da Carioca: crise e o aumento dos valores de aluguel inviabilizaram a continuidade de muitos negócios.

seios que a compõem”. O plenário da Câmara de Vereadores aprovou o projeto por unanimidade. Entretanto, no dia 12 de julho de 1968, o então prefeito Marcos Tamoyo vetou o projeto e este veto foi mantido pelos vereadores. Em compensação, o mesmo prefeito assinou um decreto preservando as ruas da Carioca, do Verde, Sete de Setembro e Uruguaiana.

Branco e da Rua da Carioca (300 anos). Houve anos em que a Sarca distribuía doces às crianças, no Dia de São Cosme e São Damião, e, no Dia de Santo Antônio, oferecia à comunidade pães bentos e sopa.

COMEMORAÇÕES Em seus 40 anos de existência, a Sarca promoveu dezenas de comemorações. Uma das mais importantes e tradicionais, realizada anualmente e que integra o calendário do Rio, é o aniversário de fundação da Cidade do Rio de Janeiro, em 1º de março. A celebração dos 450 anos do Rio, em 2015, teve um bolo de 450 metros, considerado o maior bolo de aniversário já feito no país. Outra comemoração realizada pela Sarca acontece no dia 12 de outubro, todos os anos, para lembrar a inauguração do monumento do Cristo Redentor, no Corcovado. Em outros tempos, durante o período natalino, por muitos anos promoveu a chegada festiva do Papai Noel, no Largo da Carioca. Em suas atividades, a Sarca sempre homenageia personalidades e momentos importantes da história e da cultura brasileiras. Entre as comemorações mais marcantes destacam-se as dos centenários de nascimento do compositor Villa Lobos, do jurista Sobral Pinto, do Bar Luiz, da Confeitaria Colombo, da Independência do Brasil (150 anos), da Avenida Rio

A história da Rua da Carioca remonta ao ano de 1697, quando era um caminho ao pé do morro de Santo Antônio, que atravessava o “areal”. As casas ficavam do lado direito (lado par), de frente para a cerca do convento. Em 1741, o convento cedeu uma faixa de terra do morro para a Ordem Terceira construir seu hospital, na esquina do Largo da Carioca. As primeiras casas foram construídas por um índio apelidado “piolho”, que deu o primeiro nome à rua. Em 1848, recebeu a atual denominação porque ficava no caminho para o Chafariz da Carioca. Nas reformas do prefeito Pereira Passos, no início do século XX, o Hospital da Ordem Terceira foi demolido para alargar a rua. Do lado ímpar há um conjunto de edifícios neoclássicos do tempo do segundo reinado e, do lado par, de arquitetura eclética. Destacam-se a estrutura art nouveau do Cinema Íris, o Cinema Ideal – com sua cúpula metálica, que se abria mecanicamente durante as sessões – e o Bar Luiz, restaurante centenário de grande tradição na vida carioca. Fonte: Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – Inepac

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O principal fruto colhido na campanha de preservação da Rua da Carioca foi a constituição, em 1978, da Sociedade de Amigos da Rua da Carioca e Adjacências, a Sarca. A partir daí, a entidade tornou-se a principal voz dos lojistas da região. Depois de muito esforço, a Sarca conseguiu, em 30 de junho de 1983, que o Conselho Estadual de Tombamento do Rio de Janeiro aprovasse a preservação do conjunto arquitetônico da Rua da Carioca.

Atual vice-presidente de Relações Institucionais do SindilojasRio, o empresário lojista Roberto Cury participa da Sarca desde a sua fundação. Inicialmente, como tesoureiro e, hoje, como presidente da entidade. Entre outras campanhas, à frente da Sarca, ele se empenhou pela manutenção do 13º Batalhão da Polícia Militar na Praça Tiradentes, que acabou sendo extinto. O prédio continua vazio, para a tristeza dos cariocas, principalmente para os que residem ou têm lojas no Centro. Mas, o presidente da Sarca mantém o otimismo, apostando em dias melhores para a Rua da Carioca e para o Rio.

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CURIOSIDADES

A História das Meias século 16, com o surgimento das primeiras máquinas de costura, as meias se popularizaram. Em 1589, o inglês William Lee inventou a primeira máquina de fazer meias. A ideia, contudo, não fez muito sucesso. Não demorou muito para que, na França, fosse criada a primeira fábrica de meias do mundo, em 1656. No início do século XVIII havia 32 fábricas de meias só em Berlim.

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Foto / divulgação: DuPont Brasil

Já no começo do século 20, as meias eram grossas e escuras. Elas não apareciam, uma vez que os vestidos eram compridos, encobrindo as meias. Mas, nos anos 20, as saias subiram e o acessório passou a ser valorizado, sendo aperfeiçoado e ganhando destaque no vestuário feminino. As meias de seda eram muito caras e pouco duráveis, além de faltar-lhes a elasticidade. Em 1935 surge a primeira fibra sintética, o náilon, o que possibilitou substituir a seda pela nova fibra na fabricação de meias, barateando-as, inclusive porque a sua produção podia ser feita em grande quantidade.

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As meias de nylon foram lançadas na Feira Mundial de Nova York, em 27 de outubro em 1938.

Desde o início da civilização, os homens e mulheres protegiam os pés. No começo, com sapatos simples, feitos de couro. As meias que cobrem o pé inteiro surgiram no século 10 a.C. Os modelos que separam o dedão do pé surgiram no Egito, entre 300 a 500 a.C. e eram feitos para usar com sandálias.

cos a usavam, pois eram acessórios de luxo. As primeiras meias foram usadas por mulheres gregas por volta de 600 a.C., segundo Marcelo Duarte em seu “Livro das Invenções”. As “sykhos”, como eram conhecidas, se assemelhavam à sandália, que cobria os dedos e o calcanhar.

Os gregos e romanos sabiam da existência das meias, mas pou-

Mesmo na Idade Média só os ricos usavam meias. A partir do

A nova descoberta foi um sucesso no mundo feminino. Filas imensas se formaram diante das lojas com clientes desejando adquirir pares das novas meias. Na década de 50 foi a vez do lançamento das meias-calças, também de náilon. Nos anos de 60 e 70, as meias-calças ganharam ainda mais destaque na moda feminina. Confeccionadas com fibras sintéticas e sendo de textura leve e macia, as meias-calças modelavam e protegiam as pernas da mulher. As mudanças na fabricação de meias, especialmente femininas, variaram em modelos e cores.


SAÚDE E BEM-ESTAR

Dezembro Laranja

O câncer da pele é o tipo da doença mais comum no Brasil, com 176 mil novos casos ao ano. Em 2018, o tema da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele é “Se exponha mas não se queime”, que procura despertar a atenção da população ao fazer um trocadilho entre a exposição solar e a exposição nas redes sociais. As recomendações básicas da SBD incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 10h às 16h); usar chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. A Sociedade Brasileira de Dermatologia também orienta para o uso diário de protetor solar com fator de proteção de no mínimo 30, que deve ser reaplicado a intervalos de duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água.

CASOS NO BRASIL De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é de 165.580 mil novos casos de câncer da pele não melanoma. Um dado novo desse período é que, em relação à última estimativa do Inca (2016/2017), a doença acometerá mais homens (85.170 mil) do que mulheres (80.410 mil). Outra notícia é sobre a estimativa de

novas ocorrências de câncer da pele não melanoma ter diminuído em 10 mil casos de um biênio para o outro.

MELANOMA Dentre os tipos de cânceres da pele, o melanoma é o menos frequente, mas é o que tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele e procurar logo um dermatologista caso note qualquer lesão suspeita. Para saber mais, acesse: www.sbd.org.br/dezembroLaranja

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Para alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce ao câncer da pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove, desde 2014, o movimento batizado como Dezembro Laranja, realizando ações que ocorrem durante todo o mês de dezembro, como a iluminação de monumentos – no Rio, o Cristo Redentor ficou laranja na noite de 1º de dezembro – e iniciativas de conscientização em praias e parques com distribuição de filtro solar, entre outras.

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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

Convenções Coletivas de Trabalho

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As mais recentes convenções coletivas de trabalho firmadas entre o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro - SindilojasRio e o Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro - SEC-RJ – Reajuste Salarial, Banco de Horas, Domingos, Feriados e Tempo Parcial – todas registradas no Ministério do Trabalho e Emprego,

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estão disponíveis para consulta e download no portal do SindilojasRio. Para acessar o conteúdo das convenções coletivas de trabalho, basta utilizar o seguinte link: www.sindilojas-rio.com.br/associado/ convencoes_coletivas


Para os empregadores e agentes do comércio organizados em firmas ou empresas e para as entidades ou instituições com capital arbitrado (item III alterado pela Lei nº 7.047 de 1º de dezembro de 1982 e §§ 3º, 4º e 5º do art. 580 da CLT).

LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

Tabela para Cálculo da Contribuição Sindical vigente a partir de 1º de janeiro de 2019

NOTAS: 1. A Assembleia Geral Extraordinária do SindilojasRio, no dia 22 de novembro de 2018, considerando os artigos 578 e 579 da Lei 13.467/2027 (Reforma da Legislação Trabalhista), aprovou a cobrança da Contribuição Sindical, deliberando reajustar os valores da tabela para o cálculo da Contribuição Sindical de 2019, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que serão praticados em 2019 pelo IGP-M de 8,89%, fixando a contribuição mínima em R$ 234,15 (duzentos e trinta e quatro reais e quinze centavos), o que equivale a R$ 19,51 (dezenove reais e cinquenta e um centavos) mensais.

3. As firmas ou empresas com capital social superior a R$ 312.200.000,01, poderão recolher a Contribuição Sindical máxima de R$ 110.206,60, na forma do disposto no no art. 578, 580 § 3º e 587 da CLT, com a relação dada pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017;

2. As firmas ou empresas e as entidades ou instituições, cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 29.268,75, poderão recolher a Contribuição Sindical mínima de R$ 234,15, de acordo com o disposto no art. 578, 580 § 3º e 587 da CLT, com a relação dada pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017;

5. Data de recolhimento: 31 de janeiro de 2019. Para os que venham a estabelecer-se após janeiro de 2019, a Contribuição Sindical poderá ser recolhida na ocasião em que requeiram às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade.

LINHA

CLASSE DE CAPITAL SOCIAL (R$)

ALÍQUOTA

PARCELA A ADICIONAR (R$)

1

de 0,01 a 29.268,75

Contribuição Mínima

234,15

2

de 29.268,76 a 58.537,50

0,80%

-

3

de 58.537,51 a 585.375,00

0,20%

351,22

4

de 585.375,01 a 58.537.500,00

0,10%

936,60

5

de 58.537.500,01 a 312.200.000,00

0,02%

47.766,60

6

de 312.200.000,01 em diante

Contribuição Mínima

110.206,60

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4. Base de cálculo conforme art. 21 da Lei nº 8.178, de 1º de março de 1991 e atualizada de acordo com o art. 2º da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, observada a Resolução CNC/SICOMÉRCIO Nº 033/2018;

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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

Obrigações dos Lojistas Dezembro de 2018 3/12

5/12

5/12

7/12

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7/12

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DCT - Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento. ISS – Recolhimento do imposto. O prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: os prestadores de serviços devem recolher o ISS no terceiro dia útil de cada mês, conforme Dec. nº 44.030 de 7/12/17. ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Dec. nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior. FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior. CAGED – Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI ou utilizando um certificado digital válido padrão ICP Brasil; informar sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários ocorridos no mês anterior. IR/FONTE – Referente a fatos geradores

10/12 ocorridos no mês anterior.

ICMS - Empresas varejistas e atacadistas

10/12 devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos gera-

14/12 dores ocorridos na 2ª quinzena do mês

de novembro/2018 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).

SUPER SIMPLES / SIMPLES NACIONAL – Pagamen-

20/12 to do DAS referente ao período de apuração do mês anterior (novembro/2018).

INSS - Recolher a contribuição previdenci-

20/12 ária referente ao mês anterior. .

COFINS - Recolher 3% sobre a receita do

24/12 mês anterior, exceto as empresas tributadas no lucro real. COFINS - Recolher 7,6% para empresas tri24/12 butadas no lucro real.

PIS - recolher 0,65% sobre as operações

24/12 do mês anterior.

PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos gerado-

28/12 res ocorridos na 1ª quinzena do mês de

dezembro/2017 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL). IR/PJ - Empresas devem efetuar o recolhi-

28/12 mento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - Empresas tributadas

28/12 com base no lucro real, presumido ou ar-

bitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

OBRIGAÇÕES DE JANEIRO

Em virtude do Calendário de Obrigações de janeiro de 2019 ter itens ainda não divulgados, essas informações serão disponibilizadas nos primeiros dias de 2019 no portal: www. sindilojas-rio.com.br


O LOJISTA RESPONDE

O Lojista responde

Com a reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017, quais são as novas definições para equiparação salarial? A partir da reforma trabalhista, a equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, desde que fique comprovado, entre o empregado reclamante e o paradigma direto, a identidade de funções, a mesma perfeição técnica, e ainda: • Se a diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a 4 anos; e • Se a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. O empregado contratado por prazo determinado, caso sofra acidente de trabalho, terá direito à estabilidade provisória prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91? Sim. A corroborar com o disposto na norma previdenciária, o Tribunal Superior do Trabalho incluiu o inciso III na Súmula 378, ratificando o direito à estabilidade provisória mesmo nos contratos firmados a títulos precários (contrato determinado), conforme abaixo: "Súmula 378 do TST: ...III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91. (Inclusão dada pela Resolução TST 185 de 14.09.2012)". Com a assinatura da Convenção Coletiva de Reajuste Salarial 2018/2019 entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Comerciários, qual é o valor do piso salarial da categoria dos empregados no comércio do município do Rio de Janeiro? Conforme a cláusula terceira da referida Convenção, fica garantido aos empregados que percebem

salário fixo, cujas funções determinem tarefas pertinentes ao comércio de varejo; pessoal de escritório e operador de telemarketing, com tarefas pertinentes à venda por meio de telefonia ou similares, o piso salarial de R$ 1.185,00. O referido aumento retroage a 1º de maio de 2018. Houve aumento no valor do lanche pago aos sábados, domingos e feriados? Sim. O valor do lanche pago pelo trabalho aos sábados, domingos e feriados passou para R$ 22,00 a partir de outubro de 2018. Cumpre esclarecer que o lanche de sábado será pago pelo trabalho realizado após as 14h30min e sendo realizado após as 18h30min, será pago jantar no mesmo valor. Até que horas as empresas deverão encerrar o expediente nos dias 24 e 31 de dezembro? O expediente nos dias 24 e 31 de dezembro será encerrado no máximo até as 18 horas, para os empregados participarem com seus familiares dos festejos de fim de ano, conforme a cláusula décima primeira da Convenção Coletiva para trabalho aos domingos. O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, é considerado feriado municipal ou estadual? A Lei nº 4007/02 instituiu como feriado estadual a data do aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, Dia Nacional da Consciência Negra. A empresa está obrigada a pagar o valor de R$ 54,00 a título de quebra de caixa para todos os empregados que exercem a função de caixa? Não. O parágrafo primeiro da cláusula vigésima primeira da Convenção Coletiva de Reajuste Salarial 2018/2019 estabelece que se as empresas não descontarem as faltas ocorridas no caixa estão isentas do referido pagamento.

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Os empresários lojistas, mesmo não sendo associados ao SindilojasRio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias pelo telefone (21)2217-5062, das 9h às 17h, de 2ª a 6ª feira. As perguntas mais recorrentes são respondidas, aqui, pela advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio:

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OPINIÃO

Recentemente, implantaram-se no Brasil a Reforma Trabalhista e o e-Social. A primeira revolucionou o relacionamento entre patrões e empregados, tornando o diálogo muito mais flexível. O segundo, essencialmente técnico, veio para uniformizar direitos e deveres trabalhistas e sociais, compactados em um único banco de dados, na forma digital.

VALMIR DE OLIVEIRA

Gerente Administrativo e Financeiro do SindilojasRio

Revolução no RH:

A busca da empresa humanizada! Dia desses, um amigo me pediu para comentar, por meio de artigo, a verdadeira revolução que houve e está havendo no RH de todas as empresas, em virtude de tantas mudanças vivenciadas nas últimas décadas.

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A tarefa não é das mais fáceis, pois envolve revolução e evolução em termos de moral, ética, comprometimento, sustentabilidade e responsabilidade social que permeiam o século XXI.

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O RH é uma evolução do inesquecível Departamento Pessoal, cuja atividade-fim era recrutar pessoas, contratar, pagar salários e acessórios, descontar atrasos, faltas injustificadas e demitir. Ainda nos deparamos com esses procedimentos, porém dentro de outra configuração, uma vez que o DP se incorporou ao RH de forma abrangente, na gestão de pessoas, enfrentando as vicissitudes da vida. Por exemplo, rescindir um contrato de trabalho nos dias atuais é tranquilo? Não. Já foi menos complicado quando a oferta de empregos era menor que a procura. Os papéis se inverteram. Qualquer demissão passa por análise criteriosa, avaliando os pontos positivos e negativos, levando-se em conta não só a pessoa, mas também o momento da empresa. Por isso, surgiram os programas de demissões voluntárias ou consensuais (PDV, PDC), com entrevista de saída, bem expositiva, evitando-se qualquer interpretação equivocada que possa enveredar para o caminho da inimizade.

Vejam quantas mudanças ocorreram ao longo do tempo, interferindo de forma definitiva em todos os procedimentos na gestão de pessoas. Convivemos com desafios diários e o RH é parte integrante. É preciso humanizar as empresas com ações sensatas e responsáveis, suavizando as apreensões que aparecem de uma hora para outra. Querem ver? A publicidade é insaciável: compre, compre, compre, mesmo não havendo necessidade! É a busca da maximização dos lucros a qualquer preço, sem pensar nas consequências. Nessas empresas as metas são ferozes e os funcionários trabalharão de forma exaustiva e, certamente, virão o desgaste físico e a insatisfação, afetando o ambiente corporativo. Uma empresa humanizada se diferencia das outras por ter uma gestão voltada não só para o lucro, mas também para o conforto dos seus colaboradores, buscando oferecer um bom ambiente de trabalho e um leque de benefícios atraente, garantindo o bem-estar e a satisfação de todos. Esses simples cuidados aumentam a produtividade. E se houver uma política de sustentabilidade envolvendo o meio ambiente, com adoção de programas de qualidade, melhor ainda. Outra mudança fundamental que chegou com a evolução nas relações trabalhistas foi o tratamento entre patrão e empregado. Qualquer atitude mais agressiva que o superior tome em relação ao seu subordinado será considerada bullying, constrangimento ou assédio. Cuidado redobrado ao chamar a atenção de alguém. Nos anos 60, um sucesso do nosso Rei, dizia assim: Eu sei que tenho um jeito meio estúpido de ser, mas é assim que eu sou! Lembram? Pois é, atualmente não pode! Isso não nos pertence mais! É hora de rever conceitos! Feliz Natal com esperanças renovadas! E 2019, como será? Bons ventos o tragam!


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CENTRO DE TREINAMENTO DO SINDILOJASRIO

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