Revista O Lojista setembro/outubro 2017

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Mensagem do Presidente Já enfrentando há tempos as graves dificuldades resultantes da penúria financeira do estado do Rio de Janeiro, que não chega ao fim, e da crise política que impede o País de realizar reformas estruturais urgentes e avançar, retomando o caminho do crescimento e do pleno emprego, o comércio da cidade do Rio de Janeiro tornou-se refém, também, do descaso da prefeitura com o setor, de fundamental importância para a nossa combalida economia, por sua mais do que reconhecida capacidade de gerar empregos formais e renda. A imprensa tem noticiado, quase diariamente, o fechamento de inúmeros estabelecimentos comerciais, relacionando o fato com os gastos cada vez mais altos com segurança e impostos e, também, com a multiplicação de ambulantes ilegais por toda a cidade. Nesse sentido, são recorrentes e crescentes as reclamações que chegam ao SindilojasRio e ao CDLRio, como obstrução dos acessos às lojas e calçadas, venda de produtos roubados e falsos, desordem urbana, que favorece a atuação de marginais, e sujeira, além do aumento da população de rua. Reclamações que são imediatamente levadas ao conhecimento dos órgãos municipais responsáveis por coibir estas situações. Mas, inadmissivelmente, apesar dos fatos e da forte atuação do SindilojasRio e do CDLRio que, desde o início do ano, têm procurado construir um canal de diálogo com a prefeitura, a atual gestão municipal nada tem feito para solucionar esses problemas que estão prejudicando milhares de lojistas cariocas e, consequentemente, toda a população. Além de ignorar os apelos do comércio formal e seguir fazendo vista grossa à atuação dos camelôs ilegais, a prefeitura pretende distribuir milhares de novas licenças para ambulantes, sob o falso argumento da criação de empregos. Ao menosprezar os prejuízos causados ao comércio legal, esquece-se o prefeito que os reflexos chegarão também aos serviços públicos municipais, uma vez que cairá a arrecadação de impostos. Ao

insistir no discurso populista, de que é preciso ampliar o número de ambulantes para gerar empregos, esquece-se o prefeito que, para continuar existindo apesar de tantas dificuldades, o comércio se verá obrigado a demitir trabalhadores. O mesmo ocorrerá na indústria, pois a proliferação de camelôs, que vendem produtos roubados, contrabandeados ou piratas, afeta toda a cadeia produtiva, da indústria ao consumidor final que paga mais caro, passando pelo comércio. Já estivemos reunidos com o prefeito e secretários de Ordem Pública e de Fazenda sem obtermos o efetivo comprometimento da prefeitura em realizar ações que coíbam a camelotagem. Enviamos ofícios, solicitando o Cadastro dos Ambulantes da Prefeitura, com base na Lei n° 12.527/11 que garante o acesso à informação do conteúdo dos cadastros públicos, que ficaram sem resposta. Como se tudo isso não bastasse, a prefeitura também decidiu aumentar impostos. Apesar da grande mobilização que reuniu, além do SindilojasRio e do CDLRio, outras nove entidades organizadas da sociedade civil contra o aumento, a prefeitura conseguiu aprovar, às pressas e na base da velha política do “toma lá, dá cá”, a Lei n° 268/17 que aumenta o IPTU, o ITBI e a Taxa de Lixo já no ano que vem. A única audiência pública sobre a lei, que recebeu mais de 100 emendas e foi considerada um verdadeiro absurdo, só foi realizada depois de muita pressão. Agora, nossas entidades analisam que medidas podem vir a ser tomadas. O momento grave que vivemos exige muita responsabilidade dos governantes. Exige ação, transparência e diálogo, como não nos cansamos de repetir. O SindilojasRio e o CDLRio, que hoje representam mais de 30 mil lojistas, abrangendo mais de 30 segmentos diferentes do comércio, continuarão buscando este diálogo e continuarão propondo soluções para o enfrentamento dos problemas. Pautados pelo respeito e pela responsabilidade que sempre os caracterizaram.

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O comércio do Rio pede socorro!

Aldo Gonçalves Presidente do SindilojasRio e do CDLRio

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SUMÁRIO 9

ARTIGO

A capital brasileira da informalidade Em artigo exclusivo para o jornal O Globo, que a revista reproduz, o presidente do SindilojasRio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, traça um panorama da situação caótica que o comércio do Rio enfrenta, diante da ação de ambulantes ilegais, e cobra medidas urgentes à prefeitura. 10

DESTAQUE

MAIS IMPOSTOS Apesar da grande mobilização contrária e do alerta sobre os danos que serão causados à população, a prefeitura do Rio aprovou a lei que aumenta o IPTU e outros impostos. Agora, estudam-se quais medidas podem ser tomadas contra o absurdo aumento.

ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS

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CURIOSIDADES E HISTÓRIA DO COMÉRCIO

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ARTIGO

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OBRIGAÇÕES DOS LOJISTAS

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DESTAQUE

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O LOJISTA RESPONDE

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PESQUISAS

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SAÚDE E BEM-ESTAR

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MERCADO E TENDÊNCIAS

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OPINIÃO

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ESPECIAL

ESPECIAL DE NATAL Do planejamento à decoração de vitrines, passando pelo recrutamento e treinamento de equipes. A Revista O Lojista ouviu especialistas do Varejo que contam como se preparar para vender mais na melhor data para o comércio.

expediente Presidente do SindilojasRio e do CDLRio Aldo Carlos de Moura Gonçalves Diretoria do SindilojasRio Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Superintendente: Carlos Henrique Martins

Diretoria do CDLRio Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magahães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury

CDLRio: Ubaldo Pompeu Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Barbara Santiago Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE nº7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: (21) 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273 Corretores: Santos: (21) 98682-1128 Lucélia Rosáro: (21) 99639-9379

Revisão: Andréa Mury Lúcio Ricardo Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Supervisão Gráfica e capa: Leonardo Lisboa Diagramação: Márcia Rodrigues Eduardo Farias O Lojista: Publicação bimestral do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio

Versão On-line: www.cdlrio.com.br e www.sindlojasrio.com.br


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homenagem ao Exército

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O Exército brasileiro foi homenageado pelo SindilojasRio e pelo CDLRio, com um almoço comemorativo pelo Dia do Soldado (25 de agosto, data de nascimento do Duque de Caxias). O evento, realizado desde 1970, reuniu autoridades militares e civis, empresários do comércio, diretores e parceiros das duas entidades, no dia 22 de setembro, na sede do CDLRio.

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Dirigindo-se ao comandante militar do Leste, general de Exército Walter Souza Braga Netto, ao cumprimentar os presentes à solenidade, o empresário Aldo Gonçalves, presidente do SindilojasRio e do CDLRio, enalteceu a importância da instituição militar para a manutenção da ordem e da democracia no Brasil. Ao comentar a grave situação que o Rio de Janeiro atravessa, ele destacou que a participação do Exército no combate à violência, traz esperança à população e a certeza de dias melhores. Em nome do Exército, o general Braga Netto recebeu uma placa alusiva ao evento (foto), e retribuiu o gesto ofertando livros, um sobre a Amazônia e outro sobre a história do Colégio Militar. A mesa de honra foi composta pelo ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, que re-

presentou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira; pelos presidente e vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargadores Milton Fernandes de Souza e Celso Ferreira Filho, respectivamente; pelo ex-comandante do Exército, general Enzo Martins Peri; pelo chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, general Mauro Cesar Lourena Cid; pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Militar, general de Exército Sérgio Ernesto Alves Conforto; pelo diretor de Comunicação e Educação Corporativo do Comitê Olímpico Brasileiro, general de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira; pelo comandante do I Distrito Naval, vice-almirante Claudio Portugal de Viveiros; e pelo vice-presidente do SindilojasRio, empresário Julio Martin Pina Rodrigues, além do comandante militar do Leste, general de Exército Walter Souza Braga Netto, e do presidente Aldo Gonçalves. Também prestigiaram o evento o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Arnaldo Barcellos Neto, e o presidente do Procon-RJ, José Geraldo Machado Júnior, entre outros.


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Mercadoria roubada: quem compra, faz vítimas SindilojasRio e CDLRio aderem à campanha #NãoCompreViolência Para conscientizar a população fluminense sobre o papel de cada cidadão no combate ao roubo de cargas, crime que virou uma verdadeira epidemia no estado, o SindilojasRio e o CDLRio aderiram à campanha #NãoCompreViolência lançada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em parceria com o Disque-Denúncia, e coordenada pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro.

objetivo, que é acabar com esse tipo de crime". O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de países mais perigosos para transporte de cargas em todo o mundo e o Rio é o recordista nacional, segundo dados da Firjan, o que contribui para afastar investimentos. Em 2016, de acordo com a Federação de Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga), o delito causou prejuízo de R$ 1 bilhão ao estado.

O roubo de cargas alimenta o crime, encarece o preço dos produtos e causa desabastecimento.

O roubo de cargas contribui para agravar a crise econômica fluminense, já que aumenta o preço dos produtos e pode levar ao desabastecimento, causando efeito cascata em diversos setores: diminui a arrecadação de impostos para investimentos públicos em serviços como saúde, segurança e educação; e aumenta a fila de desempregados. Esse crime financia diretamente o crime organizado e o tráfico de drogas e armas. Segundo investigações dos órgãos de segurança pública, o delito garante dinheiro rápido para os traficantes comprarem armas e munição, acirrando a violência.

– As pessoas precisam compreender que, ao comprarem uma mercadoria roubada, também estão praticando um crime previsto no Código Penal (art. 180), com pena de um a quatro anos de prisão, além de alimentarem a violência da qual todos são vítimas, disse o presidente em exercício da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), lembrando que “enquanto não engajarmos a ponta do processo, que é quem compra o produto roubado, não se atingirá o


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REAJUSTADOS OS SALÁRIOS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO Após 432 horas de reuniões de negociação entre representantes do SindilojasRio e do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro (SECRJ), que incluíram a participação da Superintendência Regional do Estado do Rio de Janeiro do Ministério do Trabalho e Emprego e do Tribunal Regional do Trabalho, os presidentes de ambos as entidades, Aldo Gonçalves e Márcio Ayer, respectivamente, assinaram, em 1º de setembro, a Convenção Coletiva do Reajuste Salarial dos Comerciários do Rio - 2017/2018. Também foram assinadas as convenções que permitem o funcionamento do comércio aos domingos e feriados, de Banco de Horas e de Tempo Parcial. O processo das convenções foi iniciado com a Assembleia Geral Extraordinária dos lojistas no dia 26 de abril passado. O reajuste salarial concedido foi de 4%, valendo a partir de maio. A diferença salarial, retroativa a maio de 2017, deverá ser paga até outubro próximo.

As principais alterações incluídas na Convenção Coletiva de Reajuste Salarial são as seguintes: Teto de salário de R$ 4.890,00; piso único de R$ 1.150,00; período de experiência de R$ 1.034,00; queda de caixa de R$ 52,00; lanche aos sábados, domingos e feriados no valor de R$ 18,00, válido a partir de setembro de 2017; auxilio-creche: empresas com até 50 empregados, R$ 190,00, e empresas com mais de 50 empregados, R$ 210,00. Conheça o inteiro teor das convenções coletivas aprovadas - Reajuste Salarial; Trabalho nos Domingos e Feriados; Tempo Parcial; e Banco de Horas – acessando: goo.gl/Sy914n

34º CONGRESSO NACIONAL DE SINDICATOS EMPRESARIAIS SERÁ EM BONITO De 24 a 26 de maio de 2018, diretores de sindicatos do comércio, de serviços e de turismo estarão reunidos em Bonito, no Mato Grosso do Sul. Presidentes de entidades que já promoveram o encontro reuniram-se, no dia 29 de setembro, em Campo Grande, capital do estado, para a elaboração da programa-

ção técnica do 34º Congresso de Sindicatos de Empresários do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O SindilojasRio, realizador do primeiro evento, em 1985, esteve representado por seu presidente, Aldo Gonçalves, também representante dos sindicatos do Sudeste na comissão técnica do 34º Congresso.


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SUA EMPRESA NO FACEBOOK

A gestora de Negócios Digitais do Sebrae-RJ, Raquel Abrantes, abriu o evento afirmando que é necessário conhecer o perfil do seu cliente, se posicionar no mercado e pensar no nicho que deseja alcançar. - No que posso ser diferente? questionou a palestrante. Em seguida, apresentou dados do Facebook: 1,7 bilhões de usuários ativos mensais; oito em cada dez brasileiros conectados; 80% dos usuários acessam via celular; 2,1 milhões de pequenas empresas possuem páginas ativas; 70% dos usuários ativos estão conectados a pelo menos uma página de negócio; seus anúncios custam 35% menos que em outras mídias online, e, 800 milhões de pessoas estão no Facebook Messenger. Além disso, 950 milhões de pessoas estão no WhatsApp e 400 milhões de pessoas no Instagram, empresas compradas pelo Facebook. A expositora informou sobre a diferenciação de perfis pessoais e páginas empresariais. E deu dicas

práticas para converter em Fanpage, páginas empresariais, para aqueles que ainda usam perfis pessoais no seu negócio. “As Fanpages possuem muitas vantagens: fãs ilimitados, visibilidade para o Google, anúncios e ofertas, check-in, customização do seu negócio e relatórios gerenciais sobre a página. E a utilização de perfis para vendas é proibida pela política do Facebook, correndo o risco de ser bloqueado pela ferramenta”, afirmou. Ela apresentou também cases de sucesso com pequenos negócios que aumentaram suas vendas através do trabalho realizado no Facebook, como a empresa Mega Lanches, localizada na Rocinha, que aumentou suas entregas em 70%. Mostrou os recursos disponíveis da ferramenta que permitem avaliar os resultados da página e conhecer melhor o seu público. Além da importância do atendimento aos clientes, que precisa ser eficiente, rápido e prático, mas requer monitoramento e definição de papéis e responsabilidades de quem atuará nesta função. Por fim, Raquel Abrantes falou sobre as diferentes formas de se anunciar no Facebook e obter resultados: “Os investimentos são acessíveis e o empresário é quem define o quanto e quando gastar. Possibilitam segmentação (localização, sexo, idade, interesses), criam vínculo do seu potencial cliente por meio das interações na Fanpage, e têm variedades de formatos de anúncios e relatórios gerenciais, em tempo real”.

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Este foi o tema da palestra oferecida pelo SindilojasRio, em parceria com Sebrae-RJ, no dia 13 de setembro, em seu auditório, para lojistas e empreendedores que buscam estar presentes nessa mídia social para construir relacionamento da sua marca, proporcionar experiências e transmitir conteúdo relevante para o seu público, além, é claro, de atrair consumidores para suas lojas física e/ou virtual.

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Reforma Trabalhista em foco

Empresas devem se preparar para se adaptarem mais rapidamente à mudança Para ajudar às suas empresas associadas a se prepararem para as mudanças das leis trabalhistas, que entram em vigor a partir de novembro, o SindilojasRio vem promovendo várias discussões sobre o tema.

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No dia 5 de setembro, a advogada Carolina Tupinambá, especialista em Direito do Trabalho, apresentou a palestra “Oportunidades múltiplas de redução de custos e encargos trabalhistas”. Ao abrir o encontro, que reuniu lojistas e executivos das áreas jurídica e de Recursos Humanos, entre outros participantes, o presidente do sindicato Aldo Gonçalves disse que a reforma trabalhista representa um avanço para o País. Agradecendo a presença da vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ), a desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, que participou do encontro, ele declarou que o SindilojasRio está empenhado em contribuir para que as mudanças que chegam com a reforma trabalhista sejam bem assimiladas e possam trazer segurança ao empresariado, abrindo novas oportunidades de trabalho no comércio.

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Mestre e Doutora em Direito Processual pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pós-Doutoranda em Democracia e Direitos Humanos – Direito, Política, História e Comunicação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e membro da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e do Instituto Brasileiro de Direito Processual, entre outros títulos, a Dra Carolina Tupinambá citou a teoria evolucionista de Charles Darwin – segundo a qual não são os mais fortes que sobrevivem e, sim, os mais adaptados – para destacar os pontos mais importantes da reforma, como os modelos mais livres e plurais de contratação, explicando questões referentes à jornada, à remuneração e à gestão de passivos trabalhistas, entre outras.

“Os direitos trabalhistas não morreram, mas estão sendo remodelados”, frisou a palestrante, que respondeu a várias perguntas no fim de sua exposição. O texto que promove a reforma trabalhista, após o PLC n° 38/2017 ser aprovado pelo Congresso, foi sancionado em 13 de julho passado pelo presidente da República. Foram alterados mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), promovendo uma ampla e necessária modernização das relações trabalhistas. Mantendo direitos conquistados pelos trabalhadores, como FGTS, 13° salário e licença-maternidade, entre outros, a lei abre um leque de novas possibilidades, com as mudanças aprovadas.

PARTICIPE DO PRÓXIMO ENCONTRO No próximo dia 24 de outubro, às 9h30min, no auditório da sede do SindilojasRio (Rua da Quitanda, nº 3 / 10º andar, Centro), o advogado Rodrigo Tostes Malta, autor dos livros “O Preposto e a Justiça do Trabalho” e “Direito do Trabalho Resumido” (em parceria com Christovão Piragibe Tostes Malta), fará uma palestra sobre o assunto, abordando aspectos relativos ao que pode ou não ser negociado e aos impactos que ocorrerão no cotidiano das empresas, comentando a reforma no contexto da atual crise econômica. O evento, gratuito, é voltado ao empresariado lojista do Rio de Janeiro, sendo aberto a associados e não associados do SindilojasRio. Para se inscrever e obter mais informações basta ligar para os tels.: (21)2217-5005 ou 2506-1260.


AARTIGO

A capital brasileira da informalidade ALDO GONÇALVES

Presidente do SindilojasRio e do CDLRio e diretor da CNC Publicado em 12 de setembro de 2017, no jornal O Globo.

Esse indiscriminado crescimento, que causa prejuízos às lojas de até 50%, mostra que a cidade quer retomar o incômodo e desconfortável título de “capital brasileira da informalidade”, que havia deixado para trás em passado recente. O fato é que, indiferente às consequências danosas ao comércio formal, que já suporta uma série de impostos que oneram seus custos e minam seus investimentos, a prefeitura, sob pretexto do desemprego, ameaça legalizar a informalidade, criando, inclusive, um modelo de banca para os camelôs. Ao mesmo tempo, anuncia a liberação de mais de quatro mil licenças, além de permitir, via decreto, a criação de feiras ambulantes. Como ficam os lojistas, que pagam impostos e empregam milhares de pessoas, diante dessa concorrência desleal? Não é segredo que a informalidade é o grande balcão de negócios utilizado pelo contrabando e pela pirataria, sem falar no grande número de assaltos aos caminhões de carga de empresas que ocorrem diariamente, cujos danos vão além dos prejuízos tributário, econômico e financeiro. Contaminam a cadeia produtiva e criam profundas feridas sociais. Por culpa disso, segundo pesquisas de vários institutos, milhões de postos de trabalho deixam de ser gerados, justamente quando o estado aspira a aumentar o número de oportunidades de emprego com a consequente geração de renda.

É preciso uma resposta firme das autoridades para combater a informalidade. Nos pequenos tabuleiros que inundam as grandes cidades, desfilam frutos da pirataria, do contrabando e do roubo de carga. São produtos que não têm garantia e oferecem riscos à integridade física. É uma concorrência desleal, que prejudica significativamente o comércio formal, que emprega, paga impostos e aluguel. A situação é grave. Os setores produtivos estão sufocados. No caso do comércio varejista, só na capital, as vendas caíram 7,7% no primeiro semestre do ano, repetindo mês a mês resultados negativos. Os consumidores botaram o pé no freio e desapareceram, apesar do esforço do empresário lojista com ações promocionais para trazer os clientes de volta. Para se ter uma ideia do cenário crítico, somente em junho mais de 900 estabelecimentos comerciais fecharam na cidade, 149% a mais do que no mesmo mês do ano passado. No semestre — janeiro a junho — foram mais de 4.150, 76% a mais do que no mesmo período de 2016. Em todo o estado, esses números cresceram assustadoramente: em junho, foram extintas mais de duas mil empresas, 100% a mais em relação ao mesmo mês de 2016, enquanto no primeiro semestre foram mais de 9.700 estabelecimentos, 55% a mais do que no mesmo período do ano passado. É preciso que a prefeitura reconsidere definitivamente a intenção de estimular a informalidade para que o comércio possa continuar ajudando a girar a roda da produtividade, estimulando o ciclo virtuoso do crescimento. É necessário olhar para o setor com outra perspectiva, com outra ordem de grandeza. Afinal, o comércio também é feito por pessoas.

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Um dos principais pilares da economia da cidade e do estado do Rio, responsável pela geração de milhares de empregos e, consequentemente, renda, o comércio carioca vê aumentar desregradamente a camelotagem, que cresce assustadoramente a olhos vistos, como têm mostrado reportagens do O GLOBO. Além disso, a capital já vem sofrendo com a dramática situação pela qual passa o estado.

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DESTAQUE

Em plena crise, prefeitura do Rio aumenta impostos Prefeito ignorou clamor da sociedade e alerta feito pelos setores produtivos de que aumento provocará mais inadimplência e desemprego

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Aumentar impostos no momento em que o Rio de Janeiro vive a pior crise de sua história, com milhares de pessoas desempregadas e famílias endividadas é uma decisão equivocada, que prejudica a população e, também, os setores produtivos.

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Mesmo assim, contrariando as expectativas de que prevaleceria o bom senso, o prefeito Marcelo Crivella sancionou, no dia 28 de setembro, a tempo de valer para o ano que vem, a Lei 6.250/17 que aumenta o IPTU, o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e a Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo (TCDL). A alíquota do ITBI passa de 2% para 3%. Assim que a prefeitura enviou à Câmara Municipal do Rio (CMRJ) a proposta de aumento dos impostos, no fim de junho, às vésperas do recesso parlamentar, tentando aprová-lo às pressas, o SindilojasRio, o CDLRio e mais nove entidades empresariais sindicais e privadas, de diferentes segmentos econômicos – comércio de bens e serviços, habitação, turismo, alimentação, construção e contábil, entre outros – se uniram em uma grande mobilização, que ganhou espaço na imprensa e nas redes sociais. Uma carta conjunta das entidades, repudian-

do o projeto e cobrando maior e mais transparente discussão sobre os aumentos, foi entregue ao presidente da CMRJ e a cada um dos vereadores. Uma única audiência pública foi realizada, com o plenário e as galerias lotados por manifestantes contra o aumento do IPTU, no dia 28 de agosto, depois de muita pressão dos sindicatos e organizações empresariais. Os dirigentes dessas entidades também estiveram reunidos com o presidente da CMRJ, vereador Jorge Felippe, para apresentar estudos que mostravam distorções e problemas no projeto de lei do Executivo e tentar buscar alternativas ao aumento. Nessas ocasiões, os empresários destacaram que o aumento dos impostos, principalmente do IPTU, poderá aumentar a inadimplência não apenas das famílias, mas, também, das empresas, levando à queda da arrecadação. Eles também alertaram que o aumento de impostos poderá desencadear demissões em todos os setores. Para o presidente do SindilojasRio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, é importante criar condições favoráveis à


DESTAQUE atração de investimentos e ao fortalecimento das atividades econômicas. Elencando todas as dificuldades que o comércio enfrenta, hoje, como a falta de segurança, a concorrência com ambulantes ilegais e a alta carga tributária, ele afirmou que, não havendo melhora do cenário econômico e aumentando os custos operacionais, as empresas acabarão obrigadas a enxugar suas despesas, inclusive reduzindo suas equipes.

Aprovado o aumento, apesar de toda mobilização contrária à proposta, agora as entidades empresariais – SindilojasRio, CDLRio, ACRJ, Secovi Rio, SindRio, Sescon-RJ, Sindicont-Rio, ACCERJ, Unipec-RJ, CRC-RJ e Fedcont – estudam quais os efeitos que os aumentos causarão aos seus respectivos segmentos e quais medidas podem vir a ser tomadas, se for o caso, contra a nova lei do IPTU.

A favor do aumento do IPTU e demais impostos, votaram os vereadores: Alexandre Isquierdo; Bispo Inaldo; Bispo João Mendes; Celio Lupparelli; Cláudio Castro; Dr. Carlos Eduardo; Dr. João Ricardo; Dr. Jorge Manaia; Eliseu Kessler; Fernando William; Ítalo Ciba; Jair da Mendes Gomes; Marcelo Arar; Marcelo Sicilliano; Paulo Messina; Prof. Adalmir; Rafael Aloisio Freitas; Renato Moura; Rogério Rocal; Rosa Fernandes; Tânia Bastos; Thiago K. Ribeiro; Val do Ceasa; Vera Lins; Jones Moura; William Coelho; Jairinho; e Zico. Contra o aumento, votaram os seguintes vereadores: Carlos Bolsonaro; Carlos Caiado; Cesar Maia; Chiquinho Brazão; David Miranda; Felipe Michel; Junior da Lucinha; Leandro Lyra; Leonel Brizola Neto; Luciana Novaes; Luiz Carlos Ramos Filho; Marielle Franco; Ottoni de Paula; Paulo Pinheiro; Reimont; Renato Cinco; Tarcísio Motta; Teresa Bergher; e Verônica Costa.


PESQUISAS

Vendas do comércio do Rio recuaram 6,2% em agosto O desempenho negativo das vendas de agosto continua refletindo a crise econômica especialmente do estado do Rio, com o desemprego em alta, que tem inibido as

compras do consumidor. Mesmo o Dia dos Pais, uma das grandes datas comemorativas do comércio, foi fraco e não conseguiu reverter o resultado negativo de agosto.

Termômetro de Vendas VENDAS ACUMULADAS COMPARADAS COM AS DO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR JAN-FEV

JAN-MAR

-8,5%

JAN-ABR

-8,7%

JAN-MAI

JAN-JUN

-7,9%

-7,7%

JAN-JUL

JAN-AGO

-7,3%

-7,4%

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-9,1% CentroREGISTRA de Estudos-CDLRio COMÉRCIO QUEDA NO ACUMULADO DE JANEIRO/AGOSTO

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As vendas do comércio lojista do Rio de Janeiro registraram queda de 7,4% no acumulado dos oito meses do ano (janeiro/agosto), em comparação com o mesmo período de 2016, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do CDLRio, que abrange cerca de 750 estabelecimentos comerciais da cidade. Em agosto, as vendas também recuaram 6,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em comparação ao mês anterior (julho) houve um aumento de 0,2%. A pesquisa mostra ainda que, em agosto, todos os produtos do Ramo Duro (bens duráveis) registraram vendas negativas e, no Ramo Mole (bens não durá-

veis), apenas calçados tiveram desempenho positivo em 0,7%. Os setores que registraram as maiores quedas no faturamento no Ramo Duro foram joias (-10,7%), óticas (-7,5%), eletrodomésticos (-6,9%) e móveis (-6,4%). No Ramo Mole, tecidos e confecções registraram quedas de 5,1% e 3,2% respectivamente. Em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, no Ramo Mole, as lojas da Zona Sul venderam menos 3,6%, as da Zona Norte menos 3,2% e as do Centro menos 2,9%. No Ramo Duro, as lojas da Zona Norte venderam menos 8,3%, as do Centro menos 6,1% e as da Zona Sul menos 2,7%.


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PESQUISAS

SCPC Inadimplência no comércio aumentou 1,6 % em agosto Foi o menor índice para o mês dos últimos dois anos A inadimplência no comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro cresceu 1,6% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi o menor índice para o mês desde 2015, de acordo com o SCPC - Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio. As dividas quitadas (item que mostra o número de consumidores que colocaram suas contas em dia) recuaram 0,1% e as consultas (que medem o movimento do comércio) também caíram 8,9%.

No acumulado do ano (janeiro/agosto) em relação ao mesmo período de 2016, as dívidas quitadas e a inadimplência cresceram, respectivamente, 0,6% e 1,5%, e as consultas caíram 8,1%. Ao comparar agosto com o mês anterior (julho), os registros do CDLRio mostram que as dívidas quitadas, a inadimplência e as consultas aumentaram, respectivamente, 1,9%, 2% e 0,9%.

CONSULTAS

REALIZADAS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR JAN-FEV

JAN-MAR

JAN-ABR

JAN-MAI

JAN-JUN

JAN-JUL

JAN-AGO

-8,0%

-7,8%

-7,8%

-8,0%

-8,1%

-6,8% - 7,7%

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

REGISTROS INCLUÍDOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR +1,6% +1,5% +1,5% +1,4% +1,4% +1,3% +1,2%

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JAN-FEV

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JAN-MAR

JAN-ABR

JAN-MAI

JAN-JUN

JAN-JUL

JAN-AGO

CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

REGISTROS CANCELADOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

JAN-FEV

JAN-MAR

+0,1% -0,2%

JAN-ABR

+0,4%

JAN-MAI

JAN-JUN

+0,5%

+0,5%

JAN-JUL

JAN-AGO

+0,7%

+0,6%


FAÇA PARTE DESTAS PESQUISAS!

Movimentação - Janeiro a Agosto de 2017 Segundo o registro de cadastro do LigCheque do CDLRio, em agosto em relação ao mesmo mês de 2016, as consultas e as dívidas quitadas diminuíram, respectivamente, 9,1% e 1,3% e a Inadimplência cresceu 1,9%. Comparando-se agosto com o mês anterior (julho), as consul-

tas e as dívidas quitadas caíram, respectivamente, 6,4% e 0,9% e a inadimplência aumentou 3,1%. No acumulado do ano (janeiro/ agosto) em relação ao mesmo período do ano passado, a inadimplência cresceu 1,4% e as consultas e as dívidas quitadas recuaram, respectivamente, 8,2% e 0,1%.

Caso sua empresa se interesse em participar de nossas pesquisas, contate o Centro de Estudos do CDLRio:

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CONSULTAS

AO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR JAN-FEV

JAN-MAR

JAN-ABR

JAN-MAI

JAN-JUN

-8,0%

-8,0%

JAN-JUL

JAN-AGO

-7,5% -8,1%

-8,3%

-8,1%

-8,2%

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA +0,9%

+0,9%

+0,9%

JAN-FEV

JAN-MAR

JAN-ABR

+1,1%

+1,2%

+1,3%

+1,4%

JAN-MAI

JAN-JUN

JAN-JUL

JAN-AGO

CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

REGISTROS CANCELADOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

+0,2%

JAN-FEV

+0,3%

JAN-MAR

+0,4%

JAN-ABR

+0,2%

JAN-MAI

+0,1%

+0,1%

JAN-JUN

JAN-JUL

-0,1%

JAN-AGO

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

REGISTROS INCLUÍDOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR

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ESPECIAL DE NATAL

Natal - A data mais aguardada pelo Comércio

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

Quem planeja com antecedência, sai na frente dos concorrentes

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O Natal é considerado pelo comércio varejista como a melhor época do ano para as vendas. Em tempos de incerteza econômica, com o consumo retraído e mais limitado, levará vantagem o lojista que estiver mais bem preparado para aproveitar o momento. Isto significa ter começado a se planejar para as vendas do fim de ano com antecedência, realizando pesquisas, cuidando de todos os aspectos do negócio, da gestão dos produtos e do estoque à contratação e treinamento dos funcionários, passando pela decoração das lojas e pelas ações de promoção e de marketing.


Haroldo Monteiro diz, também, que é preciso tentar sempre manter o sortimento mais adequado ao consumidor da marca. Porém, este fator exige investimento em sistemas e pessoal especializado. “Para as empresas que possuem um e-commerce bem montado, informações de padrões de consumo podem ser obtidas por meio do mapeamento de suas preferências no site da empresa ou nas mídias sociais”, explica ele. Ainda que seja um período de vendas mais fortes, hoje o varejista deve aproveitar para liquidar produtos que não estão girando há algum tempo. Ou, ainda, tentar “botar pra fora" aquele estoque antigo, dando destaque à promoção desses produtos. Outro ponto é acompanhar a venda dos produtos novos e fazer promoções progressivas neste período, até um pouco antes do Natal, pois, após a data, o varejista acabará tendo que dar descontos agressivos para aqueles produtos que não foram vendidos. Portanto, é melhor dar pequenos descontos nos produtos que não estão girando e, assim, aumentar suas vendas, do que esperar até o fim do período de Natal para fazer liquidações com grandes descontos, frisou.

HAROLDO MONTEIRO

Ibmec/RJ

"É preciso ter cautela na hora de planejar o estoque para o Natal. O varejista deve focar mais nos seus produtos campeões de vendas, buscando manter o mesmo nível de estoques do último Natal, com um pequeno acréscimo que, dependendo do produto, pode variar entre 2% e 5%”

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

Monteiro ressalta que o lojista deve ter em mente que o planejamento do sortimento de produtos é vital para a rentabilidade da empresa. Em tempos de incerteza, o varejista deve focar mais no giro do estoque e trabalhar com o mínimo necessário para não perder vendas. Caso seja uma cadeia de lojas, deve-se concentrar boa parte dos produtos no estoque central, enviando as mercadorias para as lojas na medida em que forem sendo vendidas. Não apostar em um grande aumento de vendas, no momento, parece ser a estratégia mais correta.

ESPECIAL DE NATAL

De acordo com Haroldo Monteiro, coordenador da Pós-Graduação de Gestão Estratégica no Varejo pelo Ibmec/RJ, é uma tarefa difícil, mas não impossível, fazer o planejamento para o Natal com o atual momento da economia no País, pois não há sinais muito fortes de recuperação. “É preciso ter cautela na hora de planejar o estoque para o Natal. O varejista deve focar mais nos seus produtos campeões de vendas, buscando manter o mesmo nível de estoques do último Natal, com um pequeno acréscimo que, dependendo do produto, pode variar entre 2% e 5%”.

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ESPECIAL DE NATAL Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

Vitrines Natalinas

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Um dos aspectos mais importantes do planejamento das vendas natalinas a ser considerado são as vitrines. A revista O Lojista entrevistou Marta Kasznar, consultora empresarial e professora com formação em Arquitetura, Estilo e Design. Especializada em Varejo pela FGV, com mestrado em Ciência da Informação pelo IBICT/UFRJ e doutorado em Engenharia de Produção pela UFRJ/COPPE, é participante assídua do maior evento de varejo do mundo, o Big Show da National Retail Federation (NRF), realizado anualmente em Nova Iorque (EUA). Marta possui um acervo fotográfico dos melhores exemplos de vitrines do varejo americano.


OL - COMO PREPARAR UMA VITRINE QUE VALORIZE OS SÍMBOLOS DA DATA, CHAME A ATENÇÃO E DESTAQUE OS PRODUTOS? POR QUANTO TEMPO USÁ-LA? – As velas de Natal podem enfeitar uma mesa posta em uma loja de presentes e de utilidades do lar, por exemplo. A luz emanada das velas simboliza a luz de Jesus Cristo que ilumina os caminhos da vida. Hoje em dia, temos velas cujas chamas não são de fogo de verdade e, portanto, não oferecem perigo. A chama pode ficar acesa por meio de uma minúscula lâmpada. Já um arranjo de velas pode decorar e criar um ambiente muito aconchegante, além de chamar a atenção dos consumidores. Quando se trata de produtos como joias e bijuterias, pode ser conveniente utilizar um presépio miniatura para apresentar a coleção. É preciso elevar o chão da vitrine à altura do olhar, reduzí-la de tamanho e expor estrategicamente as peças pelo estábulo, entre os pastores, nas mãos dos três Reis Magos e até no lugar da estrela guia. Os enfeites e a decoração da vitrine, em qualquer data comercial e festiva, nunca podem ser mais chamativos e mais importantes do que os produtos. Eles devem ser coadjuvantes, ou seja, ajudam a vender e chamar atenção do produto exposto. A vitrine natalina pode ser iniciada em meados de outubro e ser trocada nos primeiros dias de janeiro.

OL - EXISTE ALGUMA FÓRMULA QUE POSSA SER USADA? – Não existe uma fórmula a ser seguida. Um ótimo resultado alcançado em uma vitrine pode não dar certo em uma outra loja porque os negócios, o público-alvo e as dimensões do espaço da vitrine são diferentes. O que pode se levar em conta para criar a vitrine natalina é que as cores usadas, tradicionalmente, são o vermelho, o verde e o

ESPECIAL DE NATAL

– É total, a começar pela teoria das cores quentes e frias. Umas atraem, enquanto outras afastam. As combinações entre si podem dar a sensação de que as cores vibram e se aproximam. A iluminação correta intensifica os efeitos com as cores. A comunicação deve ser muito simples e objetiva. As vitrines podem proporcionar forte incremento nas vendas, se forem adequadamente apresentadas e trabalhadas.

branco com um toque de metálicos (prata, bronze e ouro), que são sinônimos de glamour e magia. Atrelados a temas religiosos, as cores têm também seus significados. O vermelho é a cor do sangue de Jesus, cor mais quente e estimulante; o verde representa esperança; o branco remete a alegria, paz, união. Já o dourado e o prateado significam a luz solar e o brilho das estrelas. Há possibilidades de se conseguir efeito visual tão bonito quanto, saindo das cores clássicas para algo mais moderno, como algumas combinações do tipo: prata com branco, tons de vermelho e dourado, azul, branco e dourado, entre outras variações.

OL – PODE NOS CONTAR UM CASE DE SUCESSO EM VITRINES DE NATAL? – O que determina o sucesso de uma vitrine de Natal é a magia de uma decoração feérica. Adultos deixam-se levar pelas instalações fantásticas, de fantasia, dos presentes, dos ambientes impactantes e cintilantes e sonham como se voltassem a ser crianças. Há algum tempo, fiz parte de um grupo de jurados para votar a melhor vitrine natalina de um shopping center. O primeiro lugar foi escolhido unanimemente. A vitrine panorâmica retratava a estrela guiando os três Reis Magos. Bastou um tecido de fundo azul escuro recoberto de cristais, que deixava entrever suavemente luzes piscando, ambientando um céu estrelado e, no alto, na extremidade direita, a estrela guia magnífica apontava para a porta de entrada da loja. Um visual criativo, barato e vencedor!

OL –QUAL MENSAGEM DEIXARIA AOS LOJISTAS QUE VÃO PREPARAR SUAS VITRINES NESTE FIM DE ANO? – Nem sempre o material mais caro acarretará em vitrine vendedora. Sou a favor de ideias criativas, que possam reciclar e reaproveitar materiais, assim como fazem no carnaval. Apoio a vitrine sustentável. O Natal é tempo de amor, é tempo de embrulhar presentes, é a época da união das famílias. A comemoração é o momento propício para comunicar “esperança”. Nesse sentido, os sinos podem vir a badalar por meio das imagens e chamar os consumidores cariocas para ter fé e esperança. Desejo que todos os varejistas do Rio possam driblar a crise com vitrines que tragam mensagens político-humorísticas, lembrando que vale a pena festejar mais um Natal!

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

O LOJISTA - QUAL A IMPORTÂNCIA DAS VITRINES PARA ATRAIR OS CONSUMIDORES NESTA ÉPOCA DO ANO?

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ESPECIAL DE NATAL

"A participação dos líderes deve ser total no planejamento, no treinamento e no cumprimento de todas as etapas de preparo para o fim de ano" MONICA SIMAS

Consultora de RH

Temporários para o Natal

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

Uma equipe bem selecionada e treinada pode fazer toda a diferença

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O planejamento de Recrutamento e Seleção para o fim de ano inicia-se com a divulgação das vagas por meio de anúncios atraentes em setembro e outubro. Com essa antecedência é possível elaborar treinamentos criteriosos e tomar providências referentes a documentações, em novembro, para que as equipes estejam efetivamente prontas para um atendimento de qualidade em dezembro. Esta seria a agenda ideal para a realização do trabalho necessário. Os anúncios podem ser feitos pelo site da empresa, nas mídias sociais, nas vitrines dos PDVs e/ou em locais onde acessam ou transitam as pessoas que possuem o perfil da marca, como universidades, escolas, academias, shoppings etc. Nesse período, quando o mercado dá início aos seus planos de divulgação para o fim de ano, é importante estar alinhado a este

movimento para ter acesso a bons candidatos. Pode parecer muita antecedência, mas não é. Um bom recrutamento favorece uma seleção assertiva, a ser complementada por um treinamento bem laborado, que propiciará as habilidades necessárias ao profissional para que ele seja bem-sucedido em suas tarefas e metas, beneficiando a empresa em que atua. É importante que seja definida e, ao mesmo tempo, abrangente, a descrição do perfil ideal para a vaga. Devem ser citadas competências técnicas e comportamentais para a função. Dentre as competências técnicas estão o nível de escolaridade, experiência exigida, boa comunicação oral e escrita, idiomas, bom raciocínio lógico para contas necessárias a uma negociação e outras. Já as competências comportamentais são referentes ao “como fazer”: relacionamento interpessoal, iniciativa, empatia e tantas outras habilidades essenciais para lidar com pessoas no varejo. Apesar de não serem divulgadas, sendo acordadas só internamente, outras características precisam ser avaliadas de acordo com a necessidade da empresa, como, por exemplo, sexo, idade, local de moradia e outras particularidades. Vale ressaltar que a marca precisa ter um cuidado especial para que as escolhas estejam alinhadas com o negócio e não tenham conotação discriminatória. Em geral, são analisados pontos de aderência dos candidatos com o perfil dos clientes, a proximidade do local de trabalho e outras variáveis, que buscam proporcionar melhores condições de trabalho e de relacionamento com os consumidores.


Um bom recurso para superar o pouco tempo é entregar o treinamento a profissionais especializados, o que permitirá maior nível de assimilação. Devem ser trabalhados temas que levem ao conhecimento sobre os processos a serem cumpridos, com o “molho” do desenvolvimento do comportamento ideal nas diferentes situações que os colaboradores irão vivenciar no dia a dia. Em geral, as pessoas que querem atuar no fim de ano têm um ritmo que nada tem a ver com questões teóricas e pouco dinâmicas. Por isso, um treinamento que use vivências e jogos de aprendizagem lúdica poderá contribuir para uma assimilação rápida e efetiva dos conceitos abordados. A participação dos líderes deve ser total no planejamento, no treinamento e no cumprimento de todas as etapas de preparo para o fim de ano. Os líderes podem contribuir muito acompanhando o treinamento aplicado. Uma atuação especializada em Educação Corporativa, com o conhecimento da andragogia e de técnicas práticas vivenciais, pode ser um excelente investimento para esta época tão importante para o varejo. O líder também pode, inclusive, ser treinado, para que possa adquirir ferramentas que permitam que atue como verdadeiro treinador ou líder-coach, que é quem vai saber desenvolver, de forma individualizada, cada talento de sua equipe, fazendo uso de alguns recursos e técnicas da metodologia de Coaching. Além das tarefas relacionadas ao planejamento, organização e controle dos processos internos de trabalho, um dos principais atributos dos líderes reside no desafio de desenvolver seus colaboradores, em busca do melhor resultado.

ESPECIAL DE NATAL

"O treinamento deve ir além da abordagem dos processos internos da empresa, enfatizando o propósito da marca" No fim de ano, a velocidade das ações deve ser proporcional à velocidade dos acontecimentos. Com esta perspectiva, programas e planos, tanto de seleção como de treinamento, se forem personalizados para as empresas, na medida de suas necessidades e seguindo a cultura e o propósito da marca, darão condições às empresas de colher efeitos mais assertivos sobre as pessoas e resultados positivos para os negócios. Por fim, vale reforçar que as empresas são feitas de pessoas e, por isso, o investimento na profissionalização e no desenvolvimento de quem “vende a sua marca” é um dos mais rentáveis e inteligentes do planeta! Como diz um velho amigo meu, “não há produto que resista a um mau atendimento”. E eu complemento dizendo que não há marca que sobreviva sem clientes satisfeitos com ela. Portanto, qualidade nos processos de seleção e treinamento são excelentes princípios para colher “boas cifras” neste fim de ano! Sucesso e boas vendas!

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O treinamento deve ir além da abordagem dos processos internos da empresa, enfatizando o propósito da marca. Estar alinhado com a missão, visão, valores e filosofia de atendimento é fundamental para que os novos colaboradores possam transmitir aos clientes mais sobre a empresa, em vez de simplesmente vender seus produtos e/ou atender suas necessidades. O colaborador deve ser como um defensor dos princípios e propostas da marca. Aproveitar o momento de maior fluxo nas lojas é uma estratégia que pode virar um “tiro no pé”, se a equipe não estiver preparada para encantar os clientes. Os treinamentos mais eficazes são os que abordam temas técnicos e, também, os comportamentais, de forma que não deixe dúvidas sobre o papel de cada um na empresa.

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MERCADO E TENDÊNCIAS

Comércio do Rio prevê a contratação de 10 mil temporários O comércio lojista do Rio de Janeiro prevê a contratação de 10 mil funcionários temporários para o período das festas de fim de ano e para o verão, segundo pesquisa divulgada no dia 31 de agosto, pelo CDLRio. Realizada entre os dias 21 e 25 de agosto, a pesquisa ouviu 500 empresas dos setores de confecção e moda infantil, calçados, joias e bijuterias, óticas, eletroeletrônicos, papelarias, móveis e brinquedos. As contratações previstas representam uma retração de 16% no número de trabalhadores temporários admitidos no mesmo período do ano passado,

que totalizou 12 mil. O presidente do SindilojasRio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, explicou que a expectativa é menor porque o comércio ainda vive um período difícil, especialmente no Rio de Janeiro, onde “a situação está pior do que no restante do Brasil”. Além do desemprego, o dirigente lembrou a situação dos funcionários públicos fluminenses que estão com salários atrasados e não receberam ainda o décimo terceiro de 2016, o que afeta de modo significativo o comércio. “A isso se somam mais fatores negativos, como a desordem urbana causada pelo comércio ilegal nas ruas, a violência e a insegurança”, frisou.

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Primeiro emprego

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De acordo com a pesquisa, 36% das empresas entrevistadas pretendem contratar temporários para o fim de ano e o verão; 50% estão indecisos; 10% não contratarão e 4% pensam em pagar horas extras aos empregados efetivos, caso seja necessário. As contratações devem começar em outubro para 5% dos consultados; em novembro, para 61% das empresas; e, em dezembro, para 34%. Do total das vagas temporárias, 60% são para primeiro emprego, com faixa etária entre 18 e 35 anos. “As pessoas, quando querem começar a trabalhar, vão procurar emprego no comércio, porque as exigências de experiência e qualificação são menores. Para a grande maioria, o comércio significa a oportunidade do primeiro emprego”, lembrou o presidente das entidades. Dos 500 empresários entrevistados, 19% manifestaram a intenção de efetivar os empregados temporários após o período de festas, contra 38% que não têm essa intenção. Para o restante (43%), a efetivação dos temporários dependerá do movimento das vendas e dos indicadores de recuperação da economia.


Desde o dia 17 de setembro, estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, além de aeroportos, terminais ferroviários, hidroviários, metroviários e rodoviários são obrigados a disponibilizar para o consumidor um exemplar do Estatuto do Idoso (Lei nº 7.630/2017), no estado do Rio de Janeiro. Mais informações podem ser obtidas no Núcleo Fisco-Tributário do SindilojasRio pelo telefone (21)2217-5030 ou pelo e-mail: sindilojas.tributario@gmail.com

FGTS INCREMENTOU VENDAS DO COMÉRCIO Pesquisa da FGV, feita após o fim do período para saques das contas inativas do FGTS, revelou que o montante de recursos direcionado ao comércio foi o triplo do previsto inicialmente. Do total de pessoas que tiveram acesso às suas contas inativas do FGTS, 27,8% gastaram parte do dinheiro no comércio. Em março, apenas 9,8% dos entrevistados haviam declarado que tinham intenção de fazer compras.

Fonte: O Globo

MENOS CHEQUES No Brasil, a porcentagem de pagamentos no comércio com cheques caiu de 14%, do total registrado em 2008, para apenas 3% em 2016, segundo o Banco Central. Já cartões de crédito e de débito responderam, em 2016, por 20% e 23% das transações, respectivamente.

Fonte: SCPC – CDLRio

PIRATARIA DÁ PREJUÍZO DE R$ 49 BI AO PAÍS O Fundo Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) estima que o Brasil deixa de arrecadar cerca de R$ 49 bilhões por ano, por causa da pirataria. O Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etica) pretende atrair as maiores cidades do país, em especial onde o comércio ilegal é mais forte, para participarem da campanha contra a pirataria, cobrando, também, a integração e atuação conjunta dos órgãos municipais, estaduais e federais no combate a esse crime.

Fonte: Etica

MERCADO E TENDÊNCIAS

ESTATUTO DO IDOSO DEVE ESTAR DISPONÍVEL PARA O CONSUMIDOR


SERVIÇOS PARA O LOJISTA

SindilojasRio orienta empresas na regularização de débitos para evitar exclusão do Simples As micro e pequenas empresas devem ter atenção para não serem excluídas de ofício do regime tributário simplificado e diferenciado favorecido pelo Simples Nacional por motivo de inadimplência. Desde 12 de setembro, podem ser consultados, no Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN), os Atos Declaratórios Executivos (ADE) que notificaram os optantes pelo Simples Nacional de seus débitos previdenciários e não previdenciários com a Receita Federal (RFB) e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Foram notificados 556.138 devedores, que respondem por dívidas no total de R$ 22,7 bilhões.

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É importante ressaltar que, tendo o contribuinte acessado ou não seu domicílio eletrônico, para efeito de contagem do prazo de 30 dias, a notificação será considerada válida no dia 27 de outubro de 2017. Assim, a partir desta data, conta o prazo de 30 dias para apresentar recurso. A pessoa jurídica que não regularizar a totalidade de seus débitos, neste

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prazo, estará excluída do Simples Nacional a partir 1º de janeiro de 2018. O teor do ADE de exclusão pode ser acessado pelo portal do Simples Nacional ou pelo Atendimento Virtual (e-CAC), no site da Receita Federal, mediante certificado digital ou código de acesso. O prazo para consulta é de 45 dias a partir de sua disponibilização no DTE-SN, e a ciência por esta plataforma é considerada pessoal para todos os efeitos legais. A pessoa jurídica que regularizar seus débitos à vista, em parcelas, ou por compensação, dentro do prazo, terá a exclusão do Simples Nacional automaticamente tornada sem efeito. Ou seja, continuará no Simples Nacional, não havendo necessidade de comparecer às unidades da RFB para adotar qualquer procedimento adicional. Para mais informações, fale com o Núcleo Fisco-Tributário do SindilojasRio pelo telefone(21) 2217-5030 ou envie um e-mail para: sindilojas.tributario@gmail.com

Consultas gratuitas sobre gestão de empresas O SindilojasRio firmou nova parceria com o Sebrae-RJ: um orientador de negócios da instituição estará disponível para consultas sobre questões referentes à gestão das empresas, às quintas-feiras, das 9h às 16h, na sede do sindicato (R. Quitanda, nº 3/9º andar, Centro) e, também, na unidade do Sindilojas em Madureira (Rua Maria Freitas, 129/sala 301). As consultas, gratuitas e abertas a empresas associadas ou não ao SindilojasRio, podem ser marcadas pelos tels.: 2217-5005 /2506-1260 (Centro) ou 2489-8066/ 2489-4600 (Madureira). No atendimento, o orientador do Sebrae-RJ traçará um perfil do empresário, avaliando suas necessidades e possíveis soluções para o negócio, como as oferecidas pelo SebraeTec nas áreas de Design, Produtividade, Propriedade intelectual, Qualidade, Inovação, Sustentabilidade e Serviços Digitais. Caso desejem, os empresários também podem contratar treinamentos on-line em diversas áreas e outras consultorias em Gestão com foco em: Plano de Negócios, Marketing e Vendas, Financeiro e Estratégia e Pessoas.


SERVIÇOS PARA O LOJISTA

VOCÊ SABIA QUE ESTAMOS PRESENTES

NAS REDES SOCIAIS?

O uso das redes sociais no mundo cooperativo foi absorvido por pessoas em todo o mundo e hoje já faz parte da rotina diária delas. Marcas e empresas também interagem com seus clientes, trazendo possibilidades muito mais positivas, tais como: • Compartilhamento da visão da empresa; • Personalização da mensagem e interação direta com o cliente; • Segmentação do público-alvo; • Maior conhecimento sobre cada um dos seus clientes; • Interatividade com canais para vendas; • Criação de um ambiente controlado pela marca; • Diivulgação da empresa on-line a baixo custo.

As redes sociais criaram uma nova forma de exploração das dinâmicas de relacionamento entre a empresa e o cliente, permitindo que se comuniquem de forma ágil, rápida e eficaz. O CDLRio publica diariamente informativos e conteúdos relevantes sobre seus produtos, dicas, economia, capacitação profissional e outros assuntos voltados para o mercado e para os seus associados. Hoje, o CDLRio está disponível nas seguintes redes sociais: Facebook, Twitter, G+, YouTube e nosso Blog. Acompanhe nossas redes sociais e fique por dentro de nossas divulgações diárias.

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Dê uma olhadinha em nossas publicações diárias!

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HISTÓRIA E CURIOSIDADES DO COMÉRCIO

CURIOSIDADES Comemoração do Dia do Comerciário

Por iniciativa do SindilojasRio e com o apoio do CDLRio, por meio de uma Convenção Coletiva de Trabalho em 1976, o “Dia do Comerciário” passou a ser feriado para o comércio na terceira segunda-feira de outubro, substituindo o original que era em 30 de outubro. No ano seguinte, foi promulgada a Lei Estadual nº 160, de 29/09/77, oficializando a mudança para todo o estado do Rio. A data comemorativa continua sendo 30 de outubro, tendo sido estabelecido apenas o dia reservado ao feriado.

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Dia das Crianças

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O Dia das Crianças é comemorado em diversos países em momentos variados. O Dia Universal das Crianças, celebrado em 20 de novembro, foi instituído pela ONU para marcar a aprovação, em 1959, da Declaração Universal dos Direitos da Criança. No Brasil, comemoramos no dia 12 de outubro. Esta data foi decretada em 1920 e oficializada em 1924. No entanto, a tradição dos presentes no Dia das Crianças surgiu anos depois, na década de 1960, quando duas grandes empresas lançaram uma promoção conhecida como a “Semana do Bebê Robusto”.

Outubro Rosa

A primeira iniciativa vista no Brasil em relação ao Outubro Rosa foi a iluminação em rosa do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, em outubro de 2002. Essa iniciativa foi de um grupo de mulheres sensibilizadas com a causa do câncer de mama, com o apoio de uma conceituada empresa europeia de cosméticos.


HISTÓRIA E CURIOSIDADES DO COMÉRCIO

CASA SLOPER - CONHECIDA PELA BELEZA DE SUAS VENDEDORAS

Na propaganda da loja havia sempre a orientação de sua localização: “No centro da cidade, pegue a Rua Gonçalves Dias, dobre a Ouvidor à esquerda, saia na Uruguaiana e se depare com a Sloper”.

Foi pioneira na seção de maquiagem em lojas. As clientes sentavam-se em frente ao balcão e a atendente, com acuidade, criava uma cor personalizada de pó de arroz para cada cútis. Seu elevador quase transparente era uma verdadeira atração, pois parecia uma espécie de nave espacial, subindo e descendo. Em consequência, nos seus tempos áureos, era a desejada viagem de crianças e adultos.

Os berloques dourados da loja eram tão objetos de desejo de senhoras e senhoritas elegantes, que inspiraram os versos finais de “Transparentes. Feito bijuterias da Sloper da Alma”, canção de João Bosco. A música foi tema da novela “O Astro”, exibida de 1977 a 1978. Janete Clair foi a autora, tendo por ator principal Francisco Cuoco, que viveu o papel de um “vidente de araque”.

Ocorreu um fato que poderia ter se transformado numa grande tragédia na filial da Tijuca. Logo no início do uso de cartão de crédito, a loja tinha uma funcionária encarregada de proceder o pagamento com a maquininha do cartão. Uma das primeiras clientes ao apresentar o seu cartão à caixa, esta, ao vê-lo, começou a gritar: “Socorro! ” Socorro! ”. Sem saber que se tratava do nome da empregada encarregada dos pagamentos com o cartão, quem estava junto à caixa, começou a gritar e correr para a saída da loja...

Presentes adquiridos na Casa Sloper significavam bom gosto do presenteador. Além de acessórios, o magazine vendia cosméticos, vestuários femininos, masculinos e infantis, roupas de cama e mesa, brinquedos, cristais e objetos de decoração.

A Casa Sloper se estabeleceu na década de 50 na Rua Uruguaiana com a Rua do Ouvidor. Tinha filiais em Copacabana, Tijuca e Méier, além de Petrópolis, no estado do Rio, e em diversas capitais do País.

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A loja de departamentos Casa Sloper, na época, magazine nos moldes europeus, caracterizavase pelo ambiente fino e perfumado e por suas balconistas. Mesmo que de origem humilde, estavam sempre bem penteadas e com uniformes impecáveis. Dizem que muitas meninas que iam à loja carioca acompanhadas das mães, tinham, como projeto de vida, ser vendedoras da Sloper.

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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS

Obrigações dos Lojistas Outubro e Novembro de 2017 2/10 1/11

DCT - Imediatamente após admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT e apresentar à CEF, para efetuar o cadastramento.

5/10 6/11

ICMS - Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados no anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente ao mês anterior.

6/10 7/11

FGTS - Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.

6/10 7/11

CAGED - Cadastro de Empregados. Remeter via internet, pelo programa ACI, informando admissões, desligamentos e transferências ocorridos no mês anterior.

10/10 IR/FONTE - Referente a fatos geradores 10/11 ocorridos no mês anterior. 10/10 ISS - O prestador deve gerar no sistema documento de arrecadação relativo às 10/11 NFS-e emitidas. O recolhimento do imposto das NFS-e deve ocorrer até o dia 10 do mês seguinte à emissão.

10/10 ICMS: Empresas varejistas e atacadistas 10/11 devem efetuar o recolhimento do tribu-

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

to relativo ao mês anterior.

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13/10 PIS, COFINS, CSLL - Referente a fa14/11 tos geradores da 2ª quinzena do mês

(setembro/outubro– 2017). Retenção de contribuições: pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL). Super Simples/Simples Nacional -

19/10 Pagamento do DAS do mês anterior 17/11 (setembro/outubro 2017).

19/10 INSS - Recolher contribuição previ17/11 denciária do mês anterior. (Prorrogado o prazo para o dia 20 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).

20/10 DCTF Mensal- Instituído para atender 21/11 as inovações da Instrução Normativa RFB nº 1.599, de 11/12/2015, como a exigência da declaração para empresas do Simples Nacional que estão sujeitas ao pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). COFINS - Recolher 3% sobre a receita do

25/10 mês anterior, exceto empresas tributadas 24/11

no lucro real. (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).

25/10 COFINS - Recolher 7,6% para empresas 25/11 tributadas no lucro real. (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).

25/10 PIS - Recolher 0,65% sobre as opera25/11 ções do mês anterior. (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela MP nº 447, DOU em 17/11/08).

Contribuição Sindical dos Emprega-

31/10 dos - Efetuar o desconto do salário dos 30/11 empregados admitidos em débito com a obrigação, para recolhimento a favor do sindicato profissional.

31/10 PIS, COFINS, CSLL: relativos a fatos 30/11 geradores da 1ª quinzena do mês de

outubro/novembro - 2017 (retenção de contribuições: pagamentos de PJ a PJ de direito privado).

31/10 IR/PJ - Empresas devem recolher o tributo incidente sobre a apuração do mês anterior. 30/11 Contribuição Social - Empresas tributa-

31/10 das com base no lucro real, presumido ou 30/11

arbitrado, devem recolher o tributo incidente sobre a apuração do mês anterior.


O LOJISTA RESPONDE

Pergunte!

ATÉ QUANDO O EMPREGADO PODE SOLICITAR A CONVERSÃO DE 1/3 DE SUAS FÉRIAS EM ABONO PECUNIÁRIO? – O empregado que desejar converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário deverá requerê-lo ao empregador, por escrito, até 15 dias antes do término do período aquisitivo. OS INTERVALOS DE DESCANSO SÃO COMPUTADOS NA JORNADA DE TRABALHO? – Não. De acordo com o § 2º do art. 71 da CLT, os períodos de descanso, sejam eles de 1 hora ou 15 minutos, não são computados na duração do trabalho.

O EMPREGADOR PODE ABRIR SEU ESTABELECIMENTO NO DIA DO COMERCIÁRIO, ISTO É, NA TERCEIRA SEGUNDAFEIRA DE OUTUBRO? – Não. Conforme cláusula 39ª da Convenção Coletiva de Trabalho de 2017, é proibido o trabalho do comerciário neste dia bem como o funcionamento dos estabelecimentos comerciais do Rio de Janeiro, garantidos os salários dos empregados para todos os efeitos legais, inclusive o repouso semanal remunerado.

A PARTIR DE QUANDO COMEÇA A CONTAR A ESTABILIDADE PROVISÓRIA DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO? – A estabilidade provisória de 12 meses, prevista

no art. 118 da Lei 8.213/91, tem seu início após a cessação do benefício, ou seja, quando do recebimento de alta médica.

O EMPREGADOR ESTÁ OBRIGADO A FORNECER ALIMENTAÇÃO AO EMPREGADO? – Não. A alimentação, diferentemente do vale-transporte, não é uma obrigação legal imposta ao empregador, ou seja, não há lei que estabeleça que o empregador deva fornecer refeição ao empregado, devendo, contudo, ser verificada a convenção coletiva de trabalho de cada categoria.

A EMPRESA PODE APLICAR A PENALIDADE DE SUSPENSÃO DISCIPLINAR AO EMPREGADO NO CURSO DO AVISO PRÉVIO TRABALHADO? – Sim. A legislação vigente não contém dispositivo que impossibilite o empregador de aplicar suspensão disciplinar ao empregado que comete ato faltoso durante o cumprimento do aviso prévio, mesmo porque esse período integra o tempo de serviço do empregado. Assim, é lícito ao empregador suspender o empregado que cometeu ato impróprio que justifique a aplicação dessa penalidade durante a vigência do aviso prévio.

COMO FICAM AS FÉRIAS DE UM EMPREGADO COM MENOS DE 12 MESES DE SERVIÇO QUANDO A EMPRESA CONCEDER FÉRIAS COLETIVAS A TODOS OS EMPREGADOS? – Aos empregados contratados há menos de 12 meses, ou seja, que não completaram ainda o período aquisitivo de forma integral, estes gozarão, na oportunidade, férias proporcionais ao período trabalhado. Para estes empregados, o período aquisitivo de férias deverá ser alterado, iniciando o novo período na data do início das férias coletivas.

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

O SindilojasRio oferece às empresas lojistas associadas e, também, às não associadas, consultas jurídicas gratuitas, que podem ser feitas de 2ª a 6ª feira, das 9h às 17h, pelo telefone (21)2217-5062. E, a cada edição, O Lojista esclarece dúvidas enviadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio.

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SAÚDE E BEM-ESTAR Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

Licenciamento Sanitário e Saúde do Trabalhador no Comércio

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A subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses –SUBVISA/SMS-Rio realizou palestra no dia 15 de agosto, no SindilojasRio, destinada aos empresários e contadores, com orientações técnicas sobre o licenciamento sanitário e ações para controle e prevenção de riscos à saúde do trabalhador. O superintendente de Educação, Informação e Inovação da Vigilância Sanitária, Flávio Graça, falou sobre o sistema de informação do órgão – SISVISA e a desburocratização para a obtenção do licenciamento sanitário. Por meio do site carioca digital é possível requisitar, acompanhar, emitir a licença on-line e verificar as exigências, caso existam.

A incompatibilidade de informações, principalmente com relação à seleção das atividades econômicas e ao pagamento da TIS – Taxa de Inspeção Sanitária, é a maior causa de indeferimento dos pedidos, informou Flávio Graça. Ressaltou, também, que o órgão está empenhado em realizar ações educativas no ato das fiscalizações e por


Cláudia D´Oliveira, coordenadora da Vigilância em Saúde do Trabalhador, e Elaine Marinho, gerente de Epidemiologia, Informação e Capacitação, explicaram que a partir de 2010, a saúde do trabalhador do Rio foi incorporada à SUBVISA. Em função disso, as questões relacionadas à saúde do trabalhador também são verificadas nas visitas aos estabelecimentos. Cláudia falou sobre os mecanismos de prevenção dos riscos de acidentes de trabalho, tais como: uso adequado de EPI; sinalização em áreas de desnível; iluminação e climatização adequadas; e, não utilização de material impróprio ao trabalho, além da importância da CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho. Já Elaine Marinho abordou as legislações pertinentes à saúde do trabalhador, tais como as normas regulamentadoras que tratam sobre Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais, Ergonomia, Proteção Contra Incêndio e Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Elas citaram exemplos negativos encontrados em inspeções no comércio que devem ser evitados pelos empresários. O principal problema é a altura da área de estoque ou jirau abaixo do permitido em lei, principalmente nos shopping centers. Outros problemas constatados são: instalações elétricas inadequadas com exposição de fiações, paredes infiltradas, pisos danificados, iluminação e exaustão precárias, desconforto térmico e área de circulação obstruída com mercadorias.

PDV

SAÚDE E BEM-ESTAR

meio de palestras em entidades para propagar o conhecimento, oferecendo assessoramento técnico. Flávio falou também sobre a ação de falsos fiscais e treinamento. “Estamos criando um roteiro de fiscalização, capacitando os técnicos responsáveis pelas visitas aos estabelecimentos e queremos transparência total. Eles terão colete, carteira de identificação, ações padronizadas e as fotos no site da Vigilância Sanitária com seus respectivos números de matrículas”, afirmou.

“Vigilância no shopping”

Esta operação começou em maio e está inspecionando estabelecimentos de alimentos, farmácias, óticas, climatização de ambientes, banheiros, água de consumo, acondicionamento e descarte do lixo, bem como as condições de trabalho dos funcionários dos shoppings e dos estabelecimentos que comercializam produtos e serviços. Os técnicos da Vigilância Sanitária estão interditando parcialmente (estoque) ou integralmente algumas lojas e/ou aplicando multas de acordo com as irregularidades encontradas. Já foram inspecionados os shoppings: Ilha Plaza, West Shopping, Shopping da Gávea, RioSul, Botafogo Praia Shopping, Novo Leblon e Millenium. A operação continuará em todos os grandes centros comerciais do Rio. Mais informações podem ser obtidas no o Núcleo Fisco-Tributário do SindilojasRio pelo telefone 2217-5030.

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OPINIÃO

e o fechamento de estabelecimentos comerciais, trazendo para todos a ansiedade e a incerteza.

VALMIR DE OLIVEIRA

Gerente Financeiro e de Recursos Humanos do SindilojasRio

SÍNDROME DE BURNOUT

Revista O Lojista | Setembro e Outubro de 2017

Em tese, essa era a síndrome do esgotamento profissional há uns cinco anos, mas muita coisa mudou e ela se expandiu. Esse estado de tensão emocional plena atingia mais os profissionais da Educação (professores), Saúde, Assistência Social, Recursos Humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada (trabalho/casa).

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E os sintomas, quais são? Sensação de esgotamento físico e emocional, agressividade, isolamento, mudança brusca de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima. Esse transtorno está presente nos tempos difíceis pelos quais passamos, paralisando nossas forças, sentimentos e interferindo na alegria e na vontade de viver. Na verdade, a Síndrome de Burnout, antes envolvendo determinadas profissões, transformou-se em fenômeno de massa. Nos últimos anos, a crise econômica afetou o Brasil e fez com que o mercado de trabalho mudasse literalmente com a intensificação do desemprego

E as indagações vieram com força total: Como se processará a reforma trabalhista nos seus desdobramentos? Quando o nosso País retornará ao crescimento? Como manter lojas abertas? Como administrar a empregabilidade? Como será a reforma previdenciária? O que esperar da reforma política? O que fazer para diminuir a violência urbana? Enfim, como será o amanhã? Eis o ambiente propício para a síndrome se instalar: os problemas parecem ser insolucionáveis e tudo é sombrio. Mas, não podemos nos abater. Vamos ter que nos mexer, pois, por mais fundo que seja o buraco no qual estejamos, não havendo terra por cima, dá para lutar! Não esperemos nada de ninguém: arregacemos as mangas em busca da criatividade, caso contrário, todo dia será um dia ruim, em virtude da nossa exaustão, por estarmos no limite da descrença! O profissional que trata dessa síndrome é o psicólogo. Porém, antes de procurarmos ajuda médica, reformulemos a maneira como estamos olhando a vida, a família e o trabalho. Encontremos um valor naquilo que fazemos! Não nos isolemos, não nos depreciemos, façamos mais amigos e procuremos nos dedicar ao conhecimento, buscando saber mais! Este é o momento da união entre capital e trabalho, fortalecendo ambos os lados. De outra forma, iremos ladeira abaixo. Há muito por fazer, há muito por criar e há muito que caminhar! Nada é impossível, só demora um pouco mais. E essa dificuldade momentânea não interferirá na nossa vontade de buscar soluções adequadas, pois como diz o provérbio: “- Não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe!” Dias melhores teremos! contato: valmir.oliveira@sindilojas-rio.com.br




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