Intervenção arquitetônica na Boa Vista no Recife

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INTERVENÇÃO NA BOA VISTA

UNICAP ATELIER DE PROJETO 8 PROFA. LOURDINHA NÓBREGA PROF. NILSON ANDRADE

MERCADO DA BOA VISTA

POLICLÍNICA GOUVEIA DE BARROS

A área estudada pertence a Zona Especial de Preservação do patrimônio Histórico e cultural 8 (ZEPH 8). As ZEPH procuram protejer e preservar « as áreas formadas por sítios, ruínas e conjuntos antigos de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística». Os nossos lotes de intervenção pertencem a SPR 1. A LEGISLAÇÃO RECONHECE

A

I M P O R TÂ N C I A

DE

MANTER

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA ÁREA.

UZ

NÃO

CR NT A

GO

NI

A

RUA SÃO GONÇALO

RU

A

E

PLANO

ESPECIFICO

DE

MAPA DE CHEIOS COM PARCELAMENTO DO SOLO 1:5000

ADIÇÃO DE VOLUME A POSTERIORI NO FUNDO DO LOTE

PÁTIOS INTERNOS

CARACTERÍSTICAS DE IMPLANTAÇÃO NA ÁREA DE ESTUDO

VOLUME

e portanto seguindo a metodologia de Andrade Junior (2016) DEVEM SER CONSONANTES EM TERMOS DE IMPLANTAÇÃO, VOLUME E ESCALA. SITIO

Através

PREEXISTÊNCIA

DA

é possível

reinterpretá-las e propor uma volumetria consonante

APRESENTAÇÃO

Em relação aos usos de modo geral existe uma GRANDE DIVERSIDADE DE USOS sendo

das

E S P E C I F I C I D A D E S VOLUMÉTRICAS

Os fluxos da área são intenso, tanto de pedestres como de veículos, mas possui poucos espaços de permanências para pedestres portanto pode se concluir que é predominantemente uma ÁREA DE PASSAGEM, esse FLUXO INTENSO também pode ser explicado pela grande quantidade de equipamentos geradores de fluxos como os centros educacionais ( EREM Oliveira Lima, Colégio Salesiano, FACIPE, etc.) ou ainda a Conde da Boa Vista, ou o IMIP entre outros. Dentro da área também existe equipamentos que geram tráfegos como o Mercado da Boa Vista, as igrejas ou a Clinica Gouveia de Barros

E S T R AT É G I A S DE IMPLANTAÇÃO DA CIDADE TRADICIONAL COMO DESCRITO NA ACIMA PODESE PROPOR UMA IMPLANTAÇÃO QUE RESPEITA ESSA MORFOLOGIA PREEXISTENTE E PORTANTO CONSONANTE COM SEU ENTORNO.

No entanto

INTERVENÇÃO

com o entorno, que

predominantemente habitação e comércios nos térreos. O térreo ativo é bastante comum na área de estudo. Existe também uma FORTE DEMANDA POR HABITAÇÃO como pode ser interpretado através da torres habitacionais que aparecerem na ultima década, algumas podendo chegar a 22 pavimentos, descaracterizando a área histórica. Por outro lado a densidade habitacional, para o bairro da Boa Vista é de 81,5 pessoas por hectares construído (fonte: IBGE.) ou seja com uma DENSIDADE POPULACIONAL ABAIXO DO RECOMENDADO por Jan Gelh com uma media que deveria estar em torno de 250 pessoas/ hectares, portanto deve-se contemplar a oferta de novos espaços de moradia.

RETOMA A LÓGICA EXISTENTE

ALINHAMENTO DOS VOLUMES COM OS LOTES

SOBRADO

CASA DE PORTA

ÁREA DE ESTUDO

O novo volume incorpora e reinterprete todos as características identificadas no entorno e representada

E JANELA TIPOLOGIAS PREDOMINANTES NA

as tipologias predominantes. SEM COPIAR LITERALMENTE

ao lado. RELAÇÃO VERTICAL COM A

VOLUME CONSONANTE

ESCALA HUMANA

ESCALA 3

Em termo de escala foram SEREM

RESPEITADOS

para propor

EIXOS

PREDOMINANTES

VISÍVEIS

NAS

E

PAVIMENTOS

OS

FA C H A D A S

1

76%

desenhados pelas cor nijas e marquises. A partir dessas

PAVIMENTO

PORCENTAGEM DOS GABARITOS

observações pode se ver que o

PREDOMINANTES

novo objeto respeita a

MAPA DE LEGISLAÇÃO

2

18%

uma escala consonante; OS GABARITOS

PAVIMENTOS

4%

identificados DOIS ASPECTOS A

A área de estudo esta localizada na ZEIS 8 sendo que uma parte dela é SPR, os limites da SPR são muito visíveis quando se analisa as tipologias das edificações demonstrando que A LEGISLAÇÃO DA ZEPH NÃO GARANTE O MANTIMENTO DAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS do bairro nem propõe uma transição suave entre as duas.

MAPA DE LOTES

1:250

A PARTIR DAS DIFERENTES

AS

IGREJA SÃO GONÇALO

A área de estudo possui CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS QUE REFLETE A ÉPOCA DE ASSENTAMENTOS (final do século XIX, inicio do século XX). Os lotes são estreitos e perpendiculares às vias (fig 1), Os edifícios seguem esse padrão de alinhamentos e tem suas implantações nos limites dos lotes, criando uma interface muito compacta e continua.

CONSONANTE

DIVISAS FRONTAIS E LATERAIS DO LOTE

QUE AS NOVAS EDIFICAÇÕES DEVEM CONDIZER COM O

CONVENTO DA GLÓRIA

IMPLANTAÇÃO

IMPLANTAÇÃO NAS

para a área de estudo. Os requisitos especiais na Lei de Uso e Ocupação do Solo para a SPR 1 são os itens a seguir: a) Análise especial para cada caso a critério do órgão competente, objetivando a restauração, manutenção do imóvel e/ou sua compatibilização com a feição do conjunto integrante do sítio, sendo permitida a demolição dos imóveis cujas características não condizem com o sítio, ficando o parecer final a critério da CCU; u) ZEPH selecionada com proposta de Plano Específico; No item a) vemos que é possível demolir as edificações atuais do nosso terreno pois « não condizem com o sitio ». O ITEM A) TAMBÉM IMPLICA

SA

V. D

EXISTE

IMPLANTAÇÃO

ARQUITETÔNICA

DA

A

1/4

LEGISLAÇÃO

IGREJA DA SANTA CRUZ

RU

ENORA LE MELINER

FACHADAS

preexistência e portanto é ZEPH 8

EIXOS VISÍVEIS NAS

consonante.

ESCALA CONSONANTE

SPR 1 IEP

CORTE PERSPECTIVADO COM AS PRINCIPAIS LINHAS DE ESCALA

METODOLOGIA IMPLANTAÇÃO

A intervenção arquitetônica a seguir foi elaborada seguindo a metodologia desenvolvida por ANDRADE JUNIOR, Nivaldo Vieira de. Metamorfose

IMPLANTAÇÃO

VISTA AÉREA MOSTRANDO A IMPLANTAÇÃO E O VOLUME DA INTERVENÇÃO

A implantação predominante na área de estudo é COLADA ÀS DIVISAS DE LOTE sendo nas laterais como nas frontais,

Arquitetônica: intervenções projetuais

portanto é preciso preservar essa característica morfológica. Por outro lado AS EDIFICAÇÕES ENTREMEDIANEIRAS OFERECEM

contemporâneas sobre o patrimônio A implantação é a LOCALIZAÇÃO DO NOVO OBJETO NO TERRENO. Quando ele segue a lógica urbana é CONSONANTE, e quando não segue é DISSONANTE.

edificado » (2016). Nessa dissertação o autor identifica

-

Modificação interna de edificações preexistentes;

VOLUME

-

Modificação externa de edificações preexistentes

-

CONSTRUÇÃO DE NOVA EDIFICAÇÃO EM CONTEXTO

POUCAS ESTRATÉGIAS DE VENTILAÇÃO

por isso é preciso ventilar os espaços através de pátios internos como pode ser visto no

Mercado da Boa Vista ou no Convento nossa Senhora da Glória. O PÁTIO INTERNO, além de permitir a ventilação, RESGATA

3 NÍVEIS DE INTERVENÇÃO sendo:

UM POUCO DA IDEIA DO MERCADO DA

BOA VISTA QUE ORGANIZA SEUS ESPAÇOS COMERCIAIS AO REDOR DO PÁTIO CENTRAL, sendo

ideal para conectar os diverso espaços comerciais do térreo. É muito comum também a ocorrência de JARDINS NO FUNDO do lote permitindo ventilar as edificações.

VOLUME

PREEXISTENTES

O volume proposto retoma essas características com UM VOLUME QUE SE DIVIDE EM DOIS PARA CONSERVAR O SENTIDO

A partir dessa classificação o autor estabelece O volume é a FORMA GERAL DO EDIFÍCIO. O objeto pode repetir as volumetrias do entorno, nesse caso será CONSONANTE, ou pode introduzir um volume diferente e estar em DISSONÂNCIA.

ESCALA

A escala se refere a PROPORÇÃO DO OBJETO. Quando a proporção condiz com a preexistência é CONSONANTE, mas quando contrasta é DISSONANTE.

RITMO

DOS ALINHAMENTOS DE LOTE

critérios de analise para os dois últimos níveis de

terreno. Esses dois volume se separam visualmente através de RECORTES NAS FACHADAS E VARIAÇÃO DE GABARITO PERMITINDO

intervenção, permitindo ANALISAR E COMPARAR AS

MANTAR A PROPORÇÃO VERTICAL DA FACHADA.

INTERVENÇÕES LEVANDO EM CONTA SUA RELAÇÃO COM A PREEXISTÊNCIA.

-

como contrabalancear a horizontalidade que poderia decorrer da ocupação uniforme do As COBERTAS INCLINADAS REINTERPRETAM OS ELEMENTOS EXISTENTES variando a

inclinação de um volume para o outro no sentido do loteamento para tornar essa particularidade mais visível.

São 6 critérios:

IMPLANTAÇÃO VOLUMETRIA

ESCALA

ESCALA RITMO DENSIDADE OU MASSA

Como ja foi dito antes o gabarito predominante é

CORES E TEXTURAS

COM

A

P R E E X I ST Ê N C I A

E

DEVE-SE

A N A L I SA R

térreo no entanto as necessidades do programa tornam

COROAMENTO

TODOS ESSES CRITÉRIOS DEVEM SER COMPARADO A

obrigatório criar outros pavimentos. Na área existe uma

ABERTURAS

grande variedade de gabarito indo do térreo a até 22

CONSONÂNCIA OU A DISSONÂNCIA DO TAL CRITÉRIO COM O QUE OCORRE NA PREEXISTÊNCIA.

pavimentos. NA PARTE MAIS ANTIGA DA ÁREA A VARIAÇÃO

PEITORIL

Em outros termos é consonante aquele que segue a

DE GABARITO ESTAGNA ENTRE TÉRREO E

lógica do entorno; e em oposição é dissonante aquele

portanto foi escolhido relacionar o novo volume a esses

MOMENTOS DAS FACHADAS

que se opõe a lógica existente, podendo ser de

edifícios. Foram traçadas LINHAS DE FORÇAS PARA FORMAR

maneira mais ou menos literal (copia - reinterpretação

OS DIFERENTES PAVIMENTOS E A ALTURA DAS ABERTURAS

- esquematização etc.).

retomando os momentos das fachadas presente na

Andrade Junior também ressalta a

Linhas de pavimento

subjetividade dos critérios e de modo mais geral na O ritmo trata da FREQUÊNCIA DE REPETIÇÃO DE ELEMENTOS ARQUITETÔNICO, como janelas, cornijas, proporções de aberturas ou fachadas. Quando a frequência é mantida é CONSONANTE, quando difere é DISSONANTE.

DENSIDADE OU MASSA

A densidade é o PESO APARENTE DO NOVO OBJETO. Quando a densidade reflete a preexistência é CONSONANTE e quando difere é DISSONANTE.

analise dos objetos arquitetônicos, tornando

Linhas de aberturas

preexistência.

VISTA DA ESQUINA COM OS EIXOS DE ESCALA COROAMENTO DO MAIOR SOBRADO

necessário justificar as posições e podendo acrescentar outros critérios de analise.

COROAMENTO

MÉDIA DAS CORNIJAS

TEXTURAS OU CORES

As TEXTURAS OU CORES DO NOVO OBJETO podem ser CONSONANTES se lembram a preexistência ou DISSONANTES se opõe-se a preexistência.

3 PAVIMENTOS

MÉDIA DO COROAMENTO

MÉDIA DOS MAIORES SOBRADOS

MÉDIA DAS JANELAS


INTERVENÇÃO NA BOA VISTA

UNICAP ATELIER DE PROJETO 8 PROFA. LOURDINHA NÓBREGA PROF. NILSON ANDRADE

ENORA LE MELINER 2/4

SKYLINE DA RUA SÃO GONÇALO E DA SANTA CRUZ 1:300

RUA VISCONDE DE

GOIÂNIA

SKYLINE DA RUA VISCONDE DE GOIÂNIA E DA GLORIA 1:300

RUA SÃO

GONÇALO

RITMO

PROPORÇÃO DE CHEIOS E VAZIOS NA PREEXISTÊNCIA

25,2 %

O ritmo da área é muito fracionado, AS FACHADAS ORGANIZAM SEUS CHEIOS E VAZIOS DE MANEIRA INTERMITENTE,

CHEIOS VAZIOS

1 1 1 1 1 1 1 1 1

pois as aberturas NÃO SE ORGANIZAM SIMETRICAMENTE nas

PROPORÇÃO DE CHEIOS E VAZIOS NO NOVO VOLUME

lógica aparente mas permitem ENFATIZAR A VERTICALIDADE da relação com a escala humana. No entanto AS ESQUADRIAS

27,8 %

RETOMAM O FORMATO RETANGULAR VERTICAL DO ENTORNO

e

estruturam os vãos. Foram acrescido recortes nas fachadas

CHEIOS VAZIOS

as aberturas.

COMPOSIÇÃO TÍPICA DAS FACHADAS

TEXTURAS muita heterogeneidade. Em termo de texturas no entanto há uma PREDOMINÂNCIA

É

DE PAREDES REBOCADAS E PINTADAS,

por isso foi adotado esse padrão para o novo volume.

PA R E C E M

No novo volume a

Para contrabalancear a forte PRESENÇA DE

proporção de vazios é um

VIDRO

pouco maior que na

PREEXISTÊNCIA

O

EXISTEM

PLANOS

SENSAÇÃO

DE

CONTÍNUOS

APARÊNCIA

MAIS

ROBUSTA .

revestidas por telhas de arenito vermelho para conservar a CONSONÂNCIA COM A

DA

GAS

HAB 1 HAB 7 LOJA 3

A

A’

VISTA DO TERRAÇO

PREEXISTÊNCIA.

BWC LOJA 1

CORREIO

VISTA DA RUA VISCONDE DE GOIÂNIA

LOJA 2

LIXO

B

PREEXISTÊNCIA.

foi adotado esquadrias de

com telha cerâmica tradicional e as outras cobertas com laje plana deverão ser

PERMANECE A

ROBUSTEZ

NA

volume procurou conservar a característica cor alaranjada e propus uma parte da coberta

POIS

tanto de cheios como de vazio, no entanto

M U I TA

local são as COBERTAS, PREDOMINANTEMENTE REVESTIDAS POR TELHAS CERÂMICAS, o novo

FORMATO DE ABERTURA DIFERE ENTORNO

OCORRE

O ultimo aspecto muito relevante da identidade do UMA

chega a ser dissonante. No

DO

NÃO

madeira e DETALHES EM GRANITO PARA DAR

preexistência no entanto não skyline é possível ver que

QUE

MEDIDORES

OBJETOS

PLANTA TÉRREO 1:150

B’

As cores no sitio estudado apresentam

e três quarto cheios portanto A

BASTANTE

VISCONDE DE GOIÂNIA 1:300 VISTA DA RUA DA SANTA CRUZ

e vazios é de um quarto vazio

ROBUSTOS.

RITMO DA FACHADA PARA A RUA

EIXO CENTRAL DE SIMETRIA

A proporção de cheios

ELES

SÃO GONÇALO 1:300

ALTURA DOS PEITORIS

DENSIDADE

GRANDE,

RITMO DA FACHADA PARA A RUA

INICIO DO COROAMENTO ALTURA MÁXIMA DAS PORTAS E JANELAS

reinterpretando as cornijas existentes e dando mais presenças

72,2 %

DOS

3

PROPORÇÃO DE CHEIOS E VAZIOS

O RITMO DAS FACHADAS DA INTERVENÇÃO É DISSONANTE fachadas. Os vãos de abertura são dispostos nas fachadas sem

DENSIDADE

1

o

que se traduz na RARA OCORRÊNCIA DE PLANOS CONTÍNUOS.

74,8 %

3

PLANTA PRIMEIRO ANDAR 1:150

2% HAB 6

HAB 5

CORTE AA’ 1:150

CORTE BB’ 1:150

2%

HAB 4

HAB 3

HAB 2

8%

VISTA DO PÁTIO INTERNO 36%

36%

PLANTA SEGUNDO ANDAR 1:150

GAS

HAB 1

MEDIDORES

LOJA 3

HAB 7

VISTA DA ESQUINA

SALA DE ESTAR DA HABITAÇÃO 7

CORREIO

BWC LOJA 1

LOJA 2

LIXO

SALA DE ESTAR DA HABITAÇÃO 5

PLANTA DE COBERTA 1:150

2%

2%

8%

HAB 6 36%

VISTA DA RUA SÃO GONÇALO

QUARTO DA HABITAÇÃO 6

36% HAB 5

SALA DE ESTAR DA HABITAÇÃO 1 HAB 2

HAB 3

HAB 4


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