ENS - Carta Mensal 1963-4 - Abril

Page 1


Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora

ABRIL

1963

Editorial Para Deus Para a sua biblioteca Casame nto e Co ncíli o Rumos de um catol icismo evan g é lico Um dever de sentar-se extensivo à famíl ia? Abdicação do pai Correspondência Ca rreg a i os fa rdos uns dos out ro<; Façam a Carta Mensal Oração para a reunião de maio O que vai pelas Equipes Bilhete do Ce ntro Diret or Atra vés do mu ndo ( Itá lia ) ( Il ha Mau ríc ia I V ida Deus chamou a sí do Movimento Cale ndá rio.

Publicaçã o me nsa l das Eq u ipes de Nossa Se nho ra Ca sal Respo nsá vel: Grac inha e Antcnia D ' Eiboux Re da çã o e ex pedição: . t' Ru à Pora g uaçú, 258 (338 5ão Pa u lo 1O - SP

s2-

Com a p rovaçao ecl és iástica


EDITOR IA L

PARA DEUS

crise.

Após alguns anos de vida de equipe, surge muitas ve:zes uma De chofre , ou gradualmente. Por que?

-

Variam os casos.

E, nem sempre as ra:zões aparentes sõo as mais verdadeiras. Atribuir-se-á a crise a conflitos de temperamentos, a diversidade de cultura ou de educação, aos métodos ou à disciplina do Movimento. Se escavássemos em maior profundidade, verificaríamos tratar-se de um conflito de intenções. Por intenções, entendo o termo , o fim que se propõe o sujeito ao reali:zar um ato. Olhando de perto, veremos que , muitas vê:zes, os equ·ipistas não comparecem à reunião mensal animados pela mesma intenção. Assim sencío, como esperar que essa disparidade de intenções não redunde em tensão e conflito? Por vê:zes, os casais entram para as Equipes sem que lhes tenham dad~ a conhecer as reais finalidades do Movimento, tais como as define a primeira parte dos Estatutos. Os que os convidaram , ou arrastaram , não lhes apresentaram a ra:zão de ser exata das Equipes de Nossa Senhora , sob pretexto de não os desenc:orajar. Mas, deixemos de lado o assunto da entrada para o Movimento e voltemos às equipes em crise, para constatar que, ~eja em consequência de orientação precária logo de início, seja devido a uma mudança posterior de orientação, os equipistas não têm , todos, a mesma intenção.


A intenção, na realidade, é o que menos aparece e , por isso , se lhe presta, em geral , pouca atenção. No entanto, é ela, nada mais , nada menos, que o essencial. Exemplifiquemos: dois homens visitam, com a mesma regularidade e o mesmo empenho e, dirse-ia, com a mesma dedicação , suas velhas avós enfêrmas. No entanto , não fôra pela P'Oipuda herança em perspectiva , o primeiro de h,J muito teria esquecido a avó. ao passo que o outro é levado por autêntica afeição. Qu'" diversidade de intenções, no fundo de cada coração, em certas equipes! Há quem compareça mais ou menos arrastado pelo cônjuge , para lhe ser agradável. Aquêle casal, recém-chegado à cidade está satisfeito por p·oder, assim , conhecer gente , fa:r:er amigos. Outro decidiu-se , ",porque , afinal , uma ou outra coisa é preciso que se faça". E frequente , também , o caso do casal que procura a equipe atraído pela esp-erança de ali encontrar certo ar:rimo para sua vida conjugal. E, talve:r: até, em certas cidades , seja de bom tom fa:r:er parte das Equipes. Há ainda os que nem sequer intenção têm: comparecem para não quebrar a rotina , para não desgostar os companheiros com sua retirada. Ora , a meu ver , nenhum dêsses motivos justifica a presença do casal numa equipe. Alguns não são maus, mas nenhum dêles· Ç o verdadeiro, aquêle que satisfa:r: a ra:r:õo de ser do Movimento. Não é de estranhar que um ou outro dêsses motivos acompanhe o verdadeiro, mas nenhum dêles deveria ser o motivo determinante. A única intenção real , correspondente à finalidade das Equipes, é a vontade de melhor conhecer a Deus, melhor amá-lo , melhor servi-lo. Vai-se às Equipes para Deus e nelas se permanece para Deus. O motivo da entrada , o motivo da permanência , é religioso , isto é , relaciona-se com Deus. Isto posto, de que maneira podem os equipistas pretender aceitar os Estatutos refiro-me à primeira parte se tal não é o motivo que os anima? Bem sei que, com o correr do tempo , 2


os motivos vêío perdendo o vigor primitivo, chegando mesmo e ser recobertos e afogados pelo joio dos motivos secundários ou falsos. Tanto assim que o casal, ou o indivíduo, tendo entrado para a equipe movido por intenção verdadeira , pode vir a encontrarse nda sustentado unicamente por razão secundária ou não válida. Por isso, é preciso verificar com frequência , nas reuniões mensa is,o fim para o qual está orientada a marcha de cada qual dos e quipistas. Isto é missão do Re~ponsável , ou do Conselheiro espiritual , a quem compete relembrar a razão de ser das Equipes, p rincipalmente na "reunião- balanço", e antes da renovação anu a l do engaja mento, uma vez que é êste , precisamente , um dos principais significados do engajamento. Depois, no decorrer do ano , volte m ma is vê zes à leitura , senão da primeira parte dos Estatutos na íntegra , ao menos de algumas das frases que definem os gran· des e ixos· espirituais do Movimento. Como esperar que uma equipe onde haja dissemelhança de inte nções reflitam nas várias razões acima enumeradas não venha a p ar~ar por crise grave? Tal equipe abriga fôrças ou fraquezas divergentes, opostas, incompatíveis. O menor acontecime nto bastará para desencadear tensões , para fazer afrontaremse seus membros , para precipitar, enfim , a crise latente, inevitável. De ordinário, atribuir-se-á a razões falsas êsse estado de crise : te mperam e ntos difíceis , faltas de caridad :!, divergência de g ôstos , qu a ndo. de fato , a causa real , a raiz do mal está na disparidade das intenções. E então, todo remédio será simplesme nte paliativo, até mesmo os esforços de caridade fraterna , se não se cogitar em converter as próprias intenções, ou então, em deixar a equipe. A lealdade exige que os membros de um Movimento nele ingressem e ne le permaneçam unicamente no caso de suas intenções corresponde rem de fato ao ideal proposto pelo Movimento. Fortes, santificantes, irradiantes, haviam d e ser as noss.:~s Equipes, se todos os seus membros nelas entrassem e nelas se mantivessem exclusivamente PARA DEUS. Henri Caffarel 3


PARA A SUA BIBLIOTECA M A R IAGE

ET

CONCI LE

(Casamento

e

Concilio )

n. 0 esp·e cial de "L'Anneau d'Or' julho-agosto 1 962 Ed. du Feu Nouveau

A revista "L'Anneau d'Or" publicou um número especial com o título ac!ma. :.;; um docum-nto importante, constituído pelas respo~tas ao inquérito "Os Casais e o Concílio", lançado em 1961 e no qual tomaram parte todas as equipes do mundo, inclusive as do Brasil. " C&samento e Concílio " é pois a síntese das respostas de 6. 000 casais católicos que expõem o que esperam do Concílio no domínio do casamento. As respostas n ·cebidas pela direção das Equipes de Nossa Senhora, representam 6. 000 pág:nas, procedentes de casais das mais variadas idades, profissões e nac·onalidades. 16 países participaram do inquérito e contam-se entre os casais, professores de Universidades e operários, engenheiros e agricultores ... :.;; um relatório fiel e empolgante deste inquérito que o "Anneau d'Or" apresenta. A redação da revista teve o maior cuidado em não se substituir aos casais: são eles mesmos que têm a palavra. Quando o inquérito foi lançado, podia-se receiar que a consulta feita aos casais tivesse como resultado a coleta de uma poeira de f-Ugestões e aspiraçõEs d esencontradas. Na realidade, destacam-se com nitidez desejos e anceios comun.s à grande maioria dos casais consultados. Pode-se legitimamente concluir que estas 6. 000 respostas traduzem as aspl·· 4


rações da massa dos casais verdadeiramente cristãos através do mundo todo. Evidenciam elas uma mentalidade de cristãos adultos, feita de respeito c de fidelidade para com a hierarquia, como também de franqueza sem complexos. Os casais não hesitam fm expor todo o seu pensamento. O número da revista abre-se com um artigo do Revmo. Pe. Caffarel: visão sintética do im en so esfôrço que se impõe a toda a. Igreja, sacerdotes e fi Eis, para salvar o casamento cristão das ameaças que o assaltam e elevá-lo ao nível de santidade para o qual D~ us o convida. Uma reno1Xlção do casamento para uma renovação àa Igreja: é o sopro ãe esperança que anima estas páginas.

"RUMOS DE UM CATOLICISMO EVANGÉLICO" Ren é

Cirault

Ed . Duas Cidades

Fundamentado em fatos vivos, conversas, entrevistas e confidências, o autor procura mostrar o que é a "evangelização" . Ao longo de todo o livro, tudo é apresentado e interpretado em relação, não a uma doutrina. abstrata, mas ao EYa.ngelho: Boa Nova que se revela aos que descobrem ou redescobrem a vida cristã. A ciência histórica ou teológica, subjacente em cada página escrita por R. GIRAULT, longe de tornar seu livro pesado e de leitura difícil, consegue, pelo contrário, apresentar um texto que se lê com entusiasmo e interêsse. Por isso "RUMOS DE UM CATOLICISMO EVANGÉLICO", é um livro naturalmente indicado para todos que, na ação apostólica, desejam viver cs fatos e os acontecimentos na plenitude católica. 5

\


UM DEVER DE SENTAR-SE EXTENSIVO A FAMÍLIA?

Por vêzes, nas Equipes, ouve-se falar em "dever de sentar familiar", ou em "dever de sentar-se com os filhos" . O assunto chegou mesmo a ser abordado em Carta Mensal de há alguns anos, tendo certas equipes respondido a inquérito a respeito. Se volta agora à baila, é por termos recebido sugestões e relatos de experiências dignas de nota. Para começar, que vem a ser "dever de sentar familiar"? Trata-se de substituir por nôvo devar o habitual dever de sentarse conjugal, ou de acrecentar a êle outro "dever"? Nõo, por certo Trata-se, isto sim, de iniciativa interessantíssima. Se alguns casais julgam conveniente ter, ocasionalmente, com os filhos em idade de participar, um encontro para discutir, sob o olhar de Deus, assunto concernente à vida da família, nõo há de ser para substituir um dever de ~entar-se normal. Pelo contrário, os que adotam o recurso, assinalam que a idéia lhes veio justamente pelo dever de sentar-se. Apresentamos aqui, sem comentários, primeiro as reflexões, depois as experiências de alguns amigos, reservando-nos o direito de dirigir a vocês umas tantas perguntas.

em teoria "E' inconcebível, escreve um casal, imaginar que possa haver um dever de sentar-se para os esposos e que o mesmo não se d~, entre pois a fi lhos!

6


Em nossa família,

recorremos co dever de sentar-se com os

filhos, em determinadas ocasiões.

Poro criar harmonia no famí-

lia, uma participação de todos os filhos reunidos é prático excelente o que os filhos dão o devido va lor. Sugerimos um lanche de domingo à noite, tendo como fundo sonoro, um bomo disco de músico agradável: meio eficaz no distensão de uma atmosfera carregado e no obtensão de trocos de idéias proveitosos. De que se vai trotar nesses encontros?

Pode-se sugerir me-

lhanos a serem introduzidas poro o bom andamento do "co lmeia fcmilicr "; podem-se planejar e orientar as férias; podem-se ouvir

os sugestões dos filhos poro o celebração dos festas li túrgicos, ou trazer a idéia de auxiliar algum necessitado. . .

E' preciso qL.-c se

deixe aos filhos certo liberdade de iniciativa, que lhes permito dorem o melhor de si. Sejamos, no entanto, os diri gentes do jôgo; como 1ais mantenhamo-nos, tendo o cuidado de permiti r ao ma is jovem, ou ao mais tímido, que se exprimo sem reservas, levando os mais velhos a colaborar nas conc lusões o que se poderia chegar.

Os filhos sen tir-se-ão desta f ormo e ngren agens úteis e tomarão consciência

de seu

papel

e

"Parece-nos sobremaneira

da

comunicade

aceitável

uma

familiar como tal". reunião

da

família

tôda o fim de examinar em• conjunto, sempre sob o ol har de Deus, questões relacionados com o ambiente do lar, suas relações com o ex t e ri or, 'sua oração, a tecimentos familiares.

atitude de pais

e

filhos fac e aos acon-

Podem-se examinar em conjunto questões

como seja m : os f érias; os fazeres, particularmente o descanso do

domingo; o trabalho; o orgonixoçõo do estilo de vida no lar ; os Devem ser eliminados, é óbvio, asst,;•ntos o respeito dos quais êste ou oquêle filho posso ter dificuldades pesatividades exteriores. . .

soais e tema ve r-se descoberto diante de todos".

Citaremos mais uma resposta por exprimir ela pont.o de vista diverso dos demais. Não lhes parecem desco nce rtantes as pos ições tomadas po r êste casal? ""Pensamos, antes de mais nado, que, no plano divino, a au-

toridade foi conferido a os pois.

Pensamos, igualmente, que, por

7

I


ser a família uma comu nidade, isso não o levo o ser uma democracia .

Seria esquecer a vala natural e x istente entre duas gera-

ções a querer que pai s e filhos t o mem d ec isões em conj u nto.

Ao pai e à mãe compe te conhecer os f ilhos, sua s reações, suas necessidades, se us dese jos. A oraçã o e m comum , a troca de idé ias à s refe ições d evem bastar, d esd e qL:e permitam a participaçã o de t od os na vi d a familiar. ma is dade

11

Julgam os q ue pret en der in st itu ir algo d 9

o rgan iza do" só d a nos traria à simpli ci dade e à espontane i-

das re laçõe s familiar es.

Parece -n os, a dema is, que um deve r de sentar-se fam•iliar exig ir ia q ue o estad o m ental e esp iritual de t od os os filh os presentes

fos5e, ·re is ou men os, análogo e que ti vessem t odos o mes mo níve l. Ora , isso, o menos que se ti vessem diversos gêmeos, ou quíntupl os de uma vez , é de t odo imposs ível! Aquil o que os esposos consegue m , g ra ça s a o Sa cramento d o Matrimôn io, nã o o con seguem crianças ou adolescente s, cujas preocupações diferem , seg L.:·ndo a ida de e o ev o luçã o de códa um . Não t entarem os, por ce rto, ex per iên ci a ol g um':l d essa espéci e, p o r con siderarmos que

seu

mai o r p eri go está n o ri dícul o a que

nos ex poria e por ju lgarmos q ue, co m e la, poríamos em ri sco n ossa

autor idade".

N a prát ica " Tentam os a expe ri ência d o d ever d .o sentar-se fam i liar. p o i s d o ora çã o d a n o ite, maio re s.

De-

os pequenos já na cama , reuni m os os

A cred itávam os que seria c o isa rá p ido; na realidade, le-

v amos qua se duas ho ra s reunidos ! As crian ç a s presentes tinham 14, 13 e 11 an os.

Nós a s tínha -

m os preve nido, logo a o iniciarem-se a s féria s da Semana Santo , pedindo-lhe s que reflet issem n o que teriam a dizer a respe it o da n osso maneira d e v iver em famíl ia : o q l.;e lhes agradava e o que lhes desagradava e quai s as sugest ões que g os tariam de fazer? A

data t inha sid o de antemão fi x ada para o meado das féria s.


Foram os seguintes os assuntos abordados: nossa atltudê de pais (o que provocou o primeiro observação :

"vocês nos pedem coisas que vocês próprios nem sempre fazem!"; relações com os outros: famílias, amigos; relações entre irmãos e irmãs, entre grandes e pequenos. Hol.'ve resultados? E' difícil dizê-lo, tendo feito uma único A verdade é que o restante das férias foi morovilhçso, mos dur:>u tão pouco! As cnonços solicitaram nôvo de·ter

experiência.

de ::;entor-se familiar no inic •o dos férias maiores (nossos dois m:Jis

velhos são

internos, não havendo, portanto,

marcar dato mais próximo).

possibilidade de se

Trotaremos da oração familiar, prin-

cipalmente quanto à fo rma que lhe daremos do.;·ronte êsse período de fér ias. Parece-nos boa medido associar os filhos ao andamento do família, fozer-lhes tomar, cada qual, seu lugar próprio no comunidade, fazer- lhes descobrir suo responsabilidade • pessoal no seio dessa Co'l1unidode. Parece-nos, também, que os laços familiares, de pais o filhos, de irmão o irmão, devam sair fortalecidos dessa prática e o educação mútuo facilitado. Tôdo o atmosfera familiar ganhará em profundidade, em claridade, em irradiação. E é éste, sobretudo, um meio de se fa:ter uma revisão, a fim de verificar em conjunto se a "nossa ~' família caminha na direção de Deus . Dizemos "nossa" família, porque não é só a de "papai e mamãe", mas de "papai, m'Jmãe e os filhos". Mas devem::>s estar alertas, a fim de não nos valermos dessa ocasião para justificar nossa atitude de pai'li , p::~ro impor nossos pontos de visto: isso, talvez, deva ser feito, mas em outros momentos. Devemos oq~,.;. j favorecer a abertura das crianças, suas intervenções; devemos escutá-los, auxiliá-los o descartar c que é minúcia para trator do que realmente importa". "Realizamos três reuniões do tipo "dever de sentar-se familiar" e temos o f1rme intenção de continuar. Alicís, os próprios crion-

9


ças o pediram, achando pouco uma vez por mês. Desejam, também, que os a ssuntos sejam ind icados com antecedência . A primeiro reuniã o não tinha sido anunc iado, embora tivesse

sido decidida entre nós, marido e mulhe r. Te mos o hábito de ler em família t odos os domingos à noite e, em certo domingo, depois do

lei tura , perguntei, "a ssim ,

por

perg untar",

se alguem

t inha , por ventura, idéias quanto à oração familiar e m t e mpo de qt..:<lr esmo, que estava às portos. A conversa foi das ma is an imada s e colhemos sugestões à far ta . Como a s criança s t ;vessem g ostado demais dessa nossa conversa, perguntamos se não que ria m outra no g ênero, referente a o m ês de Ma rio e à s dua s próxi ma-; f esta s familiare s: a crisma do te rceiro e o Primeira Comunhão da segunda . Por fim, nosso ter ceira reun iã o teve por f inal idade a o

mesmo te mpo a preparaçã o da festa de Pe ntecostes e o objeto mesm o dês te nosso testemunho : Deve mos ou não instituir, ma is ou m enos regularmente, uma espécie de dever de sentar-se famil ia r? Sem guardar- lhe o nome, a s criança s, com o de início di ssemos,

apanharam admiràve lmente o sentido da coisa e desejam encontros bastante frequentes fi xados a tempo e pre parados. Di sseram

I

que os en contros procedentes os aju daram o v iver me lhor, cada

qual de pe r s i, os tempos lit úrg icos e a s festas fam iliares e a t omar consciê ncia dos esforços dos outros a quem pod íamos aj udar, tam bém, pela oraçã o. Os me nin os que dormem no mesmo quarto (5, 1O e 13 anos) decidiram , na reun iã o, ofe recer daqui por d iante em conjunto seu dia a Deus, pela manhã . Isto nos parece ser uma prova de que, entre êles, está- se desenvolvendo um espíri t o fraterno" .

"Somos os dois tremendamente ocupados e temos se is f ilhos, sendo que o mais velho está com 11 anos. Ausentamo-nos frequentemente e damo-nos conta de que, por fim , só nos restam uns poucos momentos livres para estarmos com os crianças . Pen samos que era absolutamente

necessário reparar êsse inconveniente tão

grave, se q~..:.izéssemos conservar o confiança de nossos f ilhos . E foi a ssim que reso lvem os recorrer ao dever de sentar-se, a o menos com os dois ma is velhos ( 11 e 9 an os). 10


o

que vai p e 1as equipes Abril

1963

Caros amigos Estamos ainda no início das nossas atividades do ano. Quando vocês recebere m esta carta, os Responsáveis de suas equipes estarão chegando, de volta do "Dia de Estudos" . Na pessoa deles·. tôdas as equipes do Brasil se uniram numa grande assembléia cristã, para procurar juntas qual a vontade de Deus sôbre · o nosso Movimento. O Dia de Estudos dos responsáveis de equipe, é portanto noCaqe portanto, neste momento a pergunta que lhes vamos fazer e p.1ra a qual pedimos a sua reflexão séria: Vocês acredit11m no

vo pcnto de partida para nova etapa e para novas real izações .

.\~ovimento?

Poderá lhes parecer estranha esta pergunta. Quantas vezes temos citado na Carta Mensal, os testemunhos que recebemos de numerosos ::osais que nos vem dizer o seu entusiasmo pelas Equipes e os benefícios recebidos. . . Mas, por outro lado, certos indícios parecem nos mostrar que hó casais que não acreditam bastante no Movimento.


Eis alguns exemplos: De quase todos os "Setores" ouvimos queixas sôbre a dificuldade enorme que têm os seus responsáveis em conseguir a colaboração de casais para os cargos de alguma responsab ilidade. São por demais numerosos aqueles que recusam ser Pilotos, Ligações e até mesmo responsáveis de suas equipes! Néo há dúvida que eles afirmam a sua persuasão sôbre a importância do Movimento. Mas como poderá o Movimento viver, se não encontrar casais convictos e atuantes para as diferentes responsa bilidades? Nos retiros não se encontram quase, casais que não pe rtencem às Equ ipes. Os equipistas não têm então, nem mesmo a idéia de convidar alguns de seus am igos? Em várias grandes cidades onde já existem equipes, parece que a expansão delas te m o seu ritmo em decrescimo . Significaria isto que os equipistas já esgotaram todos os recursos para tornar conhecidos ao redor deles paroquianos, amigos o que são as Equipes e o que elas podem, para ajuda r no progresso da vida cristã? Numerosos são aqueles que descobriram as Equipes quase por acaso, ou que nelas entraram já tarde, porque não tinham ouvia0 falar nc Movimento. Cada um de nós não teria, sob este aspecto, uma responsabilidade perante os casais que podem precisar dele? E' certamente normal que estejamos empolgados pelo Movimento ao qual pertencemos, sob reserva, evidentemente, de não o manifestarmos intempestivamente! Talvez não alimentemos suficientemente em vocês c sadio orgulho pelas Equipes? Talvez descuidemos de fazer apêlo à sua dedicação, à sua generosidade, à sua oração? Talvez não lhes façamos conhecer suficientemente a irradiação do Movimento através do mundo, os écos que desperta fóra de seus quadros? (leiam a êste respeito, o texto .publicado numa revista portuguesa destinada ao clero e que transcrevemos logo abaixo deste bilhete). Vocês não têm certamente idéia das dificuldades que têm os Jl


Res~onsóveis de Setor, nós mesmos também , para assegurar a manutenção dos quadros dirigentes do Movimento, indispensáveis para o seu desenvolvimento e para a sua irradiação apostólica . Fazemos porta nto apêlo à dedica ção, à competência, à oração dos casais. Que cada qual se interes~e vivamente pelo Movimento e se disponha a serví-lo, ou, melhor ainda, se disponha a traba lhar, no Movimento, para o rein o de Deus, da forma que lhe é proposta e que lhe pode convir.

Ao redor de vocês, são num erosos os casais que cornpreend<?ram: Responsáveis, Pilotos, Li gações. . . Em cargos de maior re ~­ ponsabi lid ade, Reg ion ais, responsáveis por serviços diversos ou comissões, tradutores, etc. . . Acrescentemos a eles, os 350 casai~ que oferecem uma hora de oração noturna por mês, pelas nossa~ grandeo, intenções. Todos estes casai's acreditam no Movimento, mas se riam necessários muitos outros! E' preciso ter consciência que ca be ao Movimento uma missão importante. Trabalhar por ele é um verdade iro trabalho apos· tólico, dentre todos os outros que se oferecem à nossa dedi cação. O Movimento é uma "equipe de eq uipes". No deco rre r deste ano, sejam também equipistas do Movimento, para que possa vi ver, expandir-se, corresponder à m1ssao que lhe cabe. Contamos com vocês e pedimos c rê r na nossa fraternal amizade.

O Centro- Diretor

"Em virtude de sua significação extraordinária dentro da Igreja, em virtude do alcance de sua ação, queremos citar, dentre os vários movimentos de casais, e sem diminuir os outros, as Equipes de Nossa Senhora e o Movimento Familiar Cristão. As primeiras nasceram na França, no fim da segunda guerra mundial. Encontramos na sua origem, ao lado de certo número de casais , o Rvmo. Pe. Henri Caffarel. Desde seu início, as Equipes de Nossa Senhora se firmaram 111


como ~ólido e fecundo laboratório de espiritualidade conjugal. Numa época em que a simples expressão "esl)'iritualidade do casamento" era considerada in~ólita e em que as linhas mestras dessa espiritualidade eram muito menos nítidas do que hoje, a missão histórica das Equipes de Nossa Senhora. dentro da Igreja, parece ter sido particularmente a seguinte: desvendar aos cristãos casados o ideal de santidade do casamento, o caminho especial que Deus lhes indica pelo matrimônio. Tal espiritualidade não ficou confinada, entretanto, no interior das Equil)'es de Nossa Senhora. A revista "I'Anneau d'Or", que hoje se encontra no seu centésimo número, e que se publica desde os primórdios das Equipes, constitui um meio de difusão das riquezas da espiritualidade conjugal. Ràp·idame nte, as Equipes de No:.sl Senhora expandiram-se pelo mundo todo e se fi rmaram como um dos movimentos de casais de maior significação dentro da Igreja".

( Extra ído de um artigo intitulado: "O Movimento Familiar Cristão aprese ntado aos sacerdotes", in LUMEN , Revista portuguesa do Clero, 1962 )

IV


ATRAW:S DO MUNDO

Começamos hoje um rápido roteiro através do mundo . Em vez de lhes transmitir re la tór ios ou noticias de um pa 's ou de um Setor, vamos êste ano, de modo ma is sistemático, apresentar-lhes as eq uipes de um ou dois países . Seguiremos de modo geral, o esque ma seguinte : rápido hi stórico , desen vo lvim ento, encontros ou reuniões importantes dos últimos meses, problemas maiores que se apresentam. Êste conhecimento das equipes de um país, será como que uma janela aberta sôbre a cristandade que o ha bita. Vamos partir hoje para a Ilha Maur ícia, passando ràpi dê.mcnte pela Itália .

Na Itália A primeira equipe Pouco depois era a vez mente uma da outra . mais 1 em fo rmação .

ital1a na nasceu em Roma no a no de 1960. de Turim , mas formaram-se independenteRoma conta atualmente com 3 equipes e Turim possui 3 equipes e 2 em fo rmação.

Até há pouco, um casal de ligação de Paris, assegurava a animação dessas equipes todas , mas a partir de agora, um casal loca l assumirá êste encargo. Como surgiram estas equipes? Em Roma, isto se deve à perseverante tenacidade de Margharita e Huberto Radaeli. Conheciam o Movimento há perto de 1O anos e ne le quedam ingressa r. As piravam a torná - lo conhecido por outros casais, convictos que lhes poderia ser de utilidade

v


Em Turim, já existia , há vonos anos, um grupo de casais bastante numeroso. Após muitas hesitações e depois de terem adotado quase todos os nossos métodos, decidiram aderir inteiramente ao Movimento. Foi o ponto de partida das 2 primeiras equipes As de número 3 e 4 t1veram o seu mício em seguida a um recolhimento de casais. As equipes de Roma e Paris estão portanto na fase inicial e enfrentam agora problemas que em nada se diferenciam dos que se apresentam a todas as equipes de 1gual idade, em outros paísf:! s da Europa latina. Observamos já muitas vezes que é no momento em que as =quipes passam para a fase da organização local (eclosão de equi · pes numerosas, primeiros Setores, etc ... ) é então que os pro blemas particulares a um país podem vir à tona . Nas equipes italianas não há por enquanto outras reali zações ou iniciativas além do lançamento recente de novas equipes e a organização de retiros e recolhimentos. Vemos nelas, inegavelmente , provas de vitalidade animadoras. Na Ilha Maurícia

Remonta a 1954 a implantação do Movimento na Ilha Mau rícia . Durante mais de três anos, a primeira equipe fundada por iniciativa de um jovem Vigário geral, Monsenhor Margeot manteve-se pràticamente isolada. Mas Já em 1957 , Maurícia contava com 5 equipes. O relatório de setembro do ano findo , menciona 19 equipes. Um Setor se acha instalado desde 1958, pensando-se na criação de um segundo, dentro em breve. Abramos aqui um parêntese, para apresentar em poucas linhas e fisionomias da Ilha. Situada no Oceano Indico, cobre uma superfície de 1865 m2, sendo que as distâncias Norte-Sul e LesteOeste vão pouco além de 50 km. A ilha acha-se superpovoada, contando atualmente 650.000 habitantes, verificando-se um ritVI


dades soc121S, culturais, artísticas, etc. . . "Enfiamos· a carapuça", acentuando entretanto que os Assistentes devem sempre sugerir, propor e pedir, mas sem nunca fazer pressão. E' preciso que os casais, por sí mesmos, cheguem a compreender que é esta uma obrigação de cristãos. Grande simplicidade, franqueza, simpatia e compreen5ão, procura de soluções em comum, preocupação de incrementar o espírito do Movimento ... tais foram os traços dominantes dessa reunião. Conforme nos disse o Assistente do Se:or, não sem uma ponta de ironia: "E' certamente a primeira vez em Maurícia que 18 padres aceitam de tõo boa vontede, rl"ceber conselhos e orientações de um punhado de leigos" ! O problema número um de Maurícia , acha-se intimamente ligado ao que acaba de ser exposto : o número insuficiente de padres par2 assumir a assistência de todas as equipes que irão surgir. Eis como o Responsável de Setor apresenta o problema . O grande problema que dentro em breve poderá preocupar o Setor é a falta de assistentes. A começar pelo nosso assistente de Setor que. além de suas funções como vigário de uma grande paróquia e de Vigário Geral da diocése, é também assistente de quatro equipes! Procuramos em vão como poderíamos aliviá-lo deste encargo realmente pesado e que não lhe deixa tempo suficiente para se dedicar ao trabalhú do Setor. Por várias vezes ele nos expôs o s&u pensamento: está convencido que devemos nos preparar para uma soluçõo que dispe nse as equipes de terem um assistente efetivo. E' uma eventu<~lidade que nos causa apreensão, mas não há dúvida nenhuma que devemos nos preparar para ela. A êste respeito, pensamos se não seria o caso de incluir nas várias séries de ternas de estudo, um estudo dos conhecimentos religiosos propriamente ditos: teologia, dogma, moral. apologética, para apenas citar al~uns dos numerosos asVIII


mo rápido de crescimento. Contam-se 200 .000 católicos, 300.000 adeptos do hinduísmo. 1OO .C OO mussulman0s , budistas, protestantes. Uma característica das equipes de Maurícia é o encontro, no seio de Movimento, de casais das origens as mais diversas : franceses (radicados há 300 <:1nos l , africanos , indianos, chineses . Acrescente mos que a ilha é uma possessão mglesa. Além de Encontro Diocesano que agrupou o ano passado, ao redor do b1spo, a maioria dos casais do Movimento, a reunião talvez mais importante - porque a primeira no gênero - foi a Reunião dos Assistentes, da qual damos a seguir um relatório. Tivemos em dezembro último uma reunião para a qual tínhamos convocado todos os Assistentes de equipe, como também outros padres interessados no Movimento. Esta reuniéo que contou também com a presença dos casais de ligação, foi um sucesso, sob todos os pontos de vista . Durante duas horas, houve troca de idéias, sêbre o papel do sacerdote nos vários momentos da reunião, bem como testemunhos interessantes dos Assistente~ sôbre o Movimento e as dificuldades que encontram nas suas equipes. Depois do jantar, muito alegre e animado, são os Assistentes que fazem uma nova troca de idéias sôbre os engajamentos dos casllis na sociedade e na Igreja. Um Assistente disse, ClT' dado momento, que êle indagava a sí mesmo se tinha o direito de consagrar tanto tempo a alguns casais privilegiados, quando tinha tantos outros batis<1dos para os quais ele erA mais necessono. Calorosa réplica dos casais: nós podemos ajudar o padre na sua tarefa missionária, contanto que êle aceite em nos formar a esta tarefa. Os Assistentes voltam :J carga e nos colocam na contin;Jência de responder com maior diligência aos apêlos da sociedade e da Igreja. Eles nos censuram pelo fato de não praticarmos sufic ientemente uma política d0 presença e de recusar muitas vêzes a nossa participação aos trabalhos dos comités oficiais, dos agrupamentos de ju\entude, corno também às diversas ativiVIl


dades socrzrs, culturais, artísticas, etc. . . "Enfiamos· a carapuça", acentuando entretanto que os Assistentes devem sempre sugerir, propor e pedir, mas sem nunca fazer pressão. E' preciso que os casais, por sí mesmos, cheguem a compreender que é esta uma obrigação de cristãos. Grande simplicidade, franqueza, simpatia e compreen5ão, procura de soluções em comum, preocupação de incrementar o espírito do Movimento ... tais foram os traços dom;nantes dessa reunião. Conforme nos disse o Assistente do Se:or, não sem uma ponta de ironia: "E' certamente a primeira vez em Maurícia que 18 padres aceitam de tão boa vontzde, r'=ceber conselhos e orientações de um punhado de leigos"! O problema número um de Maurícia, acha-se intimamente ligado ao que acaba de ser exposto : o número insuficiente de padres par2 assumir a assistência de todas as equipes que irão surgir. Ers como o Responsável de Setor apresenta o problema. O grande problema que dentro em breve poderá preocupar o Setor é a falta de assistentes. A começar pelo nosso assistente de Setor que , além de suas funções como vigário de uma grande paróquia e de Vigário Geral da diocése, é também assistente de quatro equipes! Procuramos em vão corno poderíamos aliviá-lo deste encargo realmente pesado e que não lhe deixa tempo suficiente para se dedicar ao trabalhv do Setor. Por várias vezes ele nos expôs o se:u pensamento: está convencido que devemos nos preparar para uma soluçõo que dispense as equipes de terem um assistente efetivo. E' uma eventu~lidade que nos causa apreensão, mas não há dúvida nenhuma que devemos nos preparar para ela. A êste respeito, pensamos se não seria o caso de incluir nas várias séries de temas de estudo, um estudo dos conhecimentos religiosos pràpriamente ditos: teologia, dogma, moral, apologética, para apenas citar ai!;Juns dos numerosos asVIII


suntos que poderiam ser aprofundados de maneira mais sistemática. Não há dúvida que tudo isto pode ser estudado nos livros, mas haveria certamente grande vantagem em fazê-lo em· equ1pe. Tanto mais que um tema bem apresentado seria um guia de grande valor e facilitaria enormemente a pesquisa para pessoas que, como nós, não são es.pecialistas. O tema sôbre o Mistério da Igreja é um <)Xemplo evidente e o sucesso com que foi acolhido evidencia o desejo que muitos têm de adquirir uma formação doutrinó' i2 rnais sólida. Há ainda os temas sôbre São Paulo e sôbre Nossa Senhora. Não se trataria, evidentemente, de transformar as nossas equipes em círculos de tstudos. Mas sim de encorajar casais católicos a adqurirem uma bagagem intelectual que os capacitasse a 1efutar o erro, pelo melhor conhecimento da verdade. Isto é tanto mais necessário, se levarmos em conta que em países como o nosso a massa da populnção é pagã e, portanto, as Equipes podem vir a representar o papel importante de vanguardeiros, como prescrevem os Estatutos. Elas têm, sem dúvida, as grandes armas do Cristo : a oração, a caridade, o exemplo . Mas o Cristo tinha também o conhecimento profundo das Esc r i turas e tinha ainda o recurso da palavra, não só para confundir os seus adversários, como também para esclarecer os seus discípulos. Não deveriam as E.N .S. procurar nos fortalecer mais neste domínio. Sob condição, é evidente, de fazermos nós mesmos os esforços necessários para levar os membros das Equipes a estudar mais seriamente os temas. Em Maurícia, outros Movimentos atacaram o problema de frente, e, dada a falta de assistentes, formam leigos na tarefa de substituir o padre no desenrolar de suas reun1oes. Também nós, deveríamos organizar cursos de formação pa· ra r.ertos elementos escolhidos.

IX


VIDA DO MOVIMENTO

Foram as segu intes as equipes que fizeCompromisso ram o seu compromisso: Espanha: Barcelona B 7 França: Epinal 1, Paris 57 e 61, Remiremont 2, Estrasburgo 1, Sceaux 1, Trouville 1, Aix 6, Clamart 5, Clermont- Ferrand 4, Forbach 2, Lille 13, Lorient 1, Meaux 1, Saint-Dié 1, Saint-Amand-les- Eaux 1, Viuvas 5, Eq . por Corres · pendência 13. Admissão - Foi aprovado o pedido de admissão das seguintes equipes: Alemanha: Bottrop 3, Lorrach 1 Bélgica: Liége A 19 Brasil: ltú 1, Jacarei 1, Jundiaí 1, Marilia 3 , São Carlos 4, Taubaté 2 Canadá: Montreal 13 e 17 Espanha: Barcelona 44 e 45 França: Annecy 6, Autun 1 , Alençon 3, Bordeus 16, Bourg-la-Reine 4, Cernay 1, Châteaudun 1, Clermont-Ferrand 7, Evreux 2 , Grenoble 17, Hyere 1, lsigny 2, Marl y- le-Roi 1, Mulhouse 1 3, Paris 83 e 84, Rethel 1, Rouen 14, Saint-Marcellin 1, Eq . por Correspondência 24 . Inglaterra: Woodchester 1. Itália: Turim 3. Marrocos: Rabat 1. Portugal: Porto 11, 12, 13 e 14 . As equipes brasileiras que se filiaram, foram as seguintes: Eq. N.S. da Candelária Assistente: Frei Thiago Balvers O. Carm. C. Resp.: Mar ina e Adhemãr Albertini

ltú I -

Jacareí I Eq. N.S. Imaculada Conceição Assistente : Pii . Sebastião Faria C. Riisp. : Maria de Lourdes e Fernando Geraldo Mazzeo X


Jundiaí I Eq. N.S. do Desterro Ass istente : Pe . Tomás Moliani Sal vat . C. Resp . : Terezinha e Ronaldo da Sil veira Wimme Marília 3 Eq. N.S. do Carmo Assistente : Pe . Gervasio Labbé s .v . C. Resp.: Eunice e Flavio Vil laça Guimarães •

São Carlos 4 Eq. N.S. Ap;l!fecida Assistente : Pe. Mario Chizzotti Filho C. Resp. : Apa recida e Mario Duarte de Souza Taubaté 2 Eq. N.S. Aparecida Assistente : Pe . Pedro Lopes C. .Resp . : Aparecida e J oão Roberto Sant' Anna d e Mowra

DEUS CH AMOU A Sf Jean Lefebvre, da Equi pe Aubigny 2 , França .

Dada a grande dificuldade encontrada pela Tesoura ria para o recebimento das contribuicões das Equipes, solicitamos, enc:arecidamente, a flneza de emitirem cheque visado, pagável em São Paulo, en1 nome das EQUIPES DE NOSSA SENHORA Agradecemos XI


CALENDÁRIO

Abril

5-7 21

Em São Pau lo Em São Paul o

Reti ro em Baruerí. Comemoração da

Pá~coa .

21

26- 28 Ma io J unho

17-19 11

Julho

26-28

Agôsto Setembro Outubro

16-18

Novembro

13-15

18-20 25 - 27 31 1-3

14- 11 15

Dezem bro

22-24 8 -

Em Cam p inas Co memo ração ela Páscoa . Em Campi nas Ret iro na Cháca ra São J oaq u im Pregado r : Rvmo. Pe . Mari o Z ucc heto. Em São Paulo Retiro em Barue rí. Em São Pa u lo Dia de Recolhimento para noivos. Em Campinas Retiro na Chácara São Joaquim Pregado r Cônego Pedro Branco Ribeiro. Em São Paulo Retiro em Baruerí. Em São Paulo Retiro em Baruerí. Em São Paulo Retiro em Baruerí. Em Campinas - Retiro na Chácara São Joaquim Pregado r : Rvmo. Pe. Esta nislau O. Lima . Em São Paulo Retiro de 3 dias em Va linhos. Em Sã o Paulo Retiro de 3 dias ern Va linhos. Em Campinas - Pe regrinação das Equi pes do Setor. Em São Paulo Ret iro em Baruerí. Em J ahú Dia de Recolhimento no Colégio São Norberto .

Pedimos ao R. de Setor e de Equipes de Coordenação que enviem para a Sec retaria (R . Paraguaçú, 258 São Paulo ) a re lação das ati vidades programadas para êste ano. XII


No realidade, nossos encontros foram realizados cinco ou seis vêzes num ano e meio, o que é muito pouco e está longe de corresponder ao prazo que, de início, fixáramos. Todos os impedimentos de tempo, de data são aqui, aliás, os mesmos que dif i-

cultam o dever de sentar-se dos pais, com a agravante de que é impossível farê-las de itar tarde, tratando-se de crianças pequenas .

Se bem que não tenham t ôdas sido um êxito absoluto, após as exper iênci a s feita s, pensamos que de vemos perseverar a qualquer custo e manter essas trocas de idéias. A cada vez, surjj'reende mo-nos com o clima de disten são, de franqu eza em que transcorreu a reuniã o (de 3,4 de h ora a 1 h ora ). Logo de iníci o, reza mos por algum tempo. Procu ramos, em nossa s orações pessoais , mostrar-nos tais qua is somos; confiamos a Deus diante de nossos filh os n ossas dificuldades e nossa s alegrias, impl orand o au xí li o poro

nosso m issã o de pa is. Depois, pedimos às crianças que nos digam tudo o que quiserem, esforçando-nos para dar o maior atenção ao que dizem . Se, apesar de nossos encorajamentos, o troco não deslancho , então passamos a interrogá-los o respeito de a ssuntos di .. versos: seus companheiros de colégio; seu trabalho; e a nosso caso? há nela bastante alegr ia e bom humor? ql.óe fazer poro au mentá-los? ... e então dei x am os ql.óe se ex pandam. Certo dia, um dêles desandou a chorar quando lhe perguntamos

como andavam a s coisas no colégio. Confessou-nos que, havia um mês, passava os recreios encostado a uma árvore, porque ninguém quena b r in ca r com êle . Consol amos a mágoa que êle acabava de

nos confiar e do qual , por fim, se libertava e procuramos, com êle a causa da desd ' ta .

Éle a cabou a dmiti ndo ser mau jQ9ador: não

a ce ita va a derroto, não sa bi a perder. De outra feita, quando n os falavam a respeito da confissão,

ao lhes pe rguntarmos se tinham tomado resoluções, nL.;m ou noutro ponto, e se podiamos ajudá-lo, um dê les disse: "Eu vou me esfo rçar para não roubar mais". -

"Ah, é?" -

"E', sim: uma vez ou outra eu roubo 1 O o u

20 crúzeiros e compro balas para mim e também

reporto com

11


um am1go que muitas vêzes me dá lanche; eu acho que devo retribuir de alguma maneiro ". Nós lhe dissem os que nos pedisse o necessário, quando preci sasse presentear os amigos e, paro não tentá-lo, eu lhe prometi

que dali por diante não voltaria a deixar dinheiro espalhado pelos Por ocasião do último dever de sentar-se, convocamos só o mais velho, porque o mais novo tivera, no reunião precedente, uma atitude coçoista. Quando lhe demos a palavra, êle hesitou, durante uns bons cinco minutos, confiando-nos que não sabia como nos dizer uma coisa importante, que não tinha coragem. . . Por 11 fim, acabou largando a confidência: EU queria que vocês me tratas se m mais como gente grande 11 • móveis.

Tudo isto são fotos mínimos, pouca coi sa; no entanto, pensamos qt..:e, à medida que as crianças f orem crescendo, irão tendo problemas mais graves o nos apresentar. E é preciso que nos encontrem disponíveis , ao menos de temp os em tempos, e que pozsamos ter com êles trocos realizadas em clima de calmo, de compreensão, e sob os olhares de Deus 11 •

A família é uma comunidade cristã. Tem interêsses, desejos , dores e alegrias comuns; tem uma vida que lhe é própria e que é preciso alimentar e orientar no sentido dos ensinamentos de Cristo. Será êste um papel reservado aos pais, excluindo qualquer interven ção dos filhos , ou podem os filhos participar dêle em certa medida? Em caso pos itivo, como fazê-los tomar parte na reflexão a respeito da vida familiar; a partir de que idade; tratando de que assuntos;. e em que ritmo? Quais os perigos a evitar e os benefícios que é razoável esperar? Que atitude de alma tal prática exige dos pais e dos filhos? Aqui vão as perguntas que dirigimos a vocês. Enviem-nos sua resposta, incluindo suas reações diante dos testemunhos citados e suas experiências próprias.

12


ABDICAÇÃO

DO

PAI

Se freqüentemente inserimos na Carta Mensal, curtos trechos extraido deste ou daquele livro, é raro que publiquemos nas suas páginas um artigo transcrito de outra revista, ainda que fosse de "I'Anneau d'Or". No entanto, parece-nos útil fazê-lo hoje, .para abordar de maneira mais profunda, o problema do que se pode chamar a abdicação do pai . E' um assunto de extrema importância . Gostadamos que tc dos os casais das Equipes adquirissem sôbre a paternidade, a idéia grande e justa que correspcnde ao pensamento de Deus sôbre esta realidade profunda e, tendo-a adquirido, se tornassem seus apóstolos. (A esse respeito, recomendamos insistente ·· mente a leitura de um número especial de "I'Anneau d'Or", um pouco antigo, mas sempre reeditado: "Le Pére"). Citaremos primeiramente uma longa passagem do n. 0 1 03 de " I'Anneau d'Or", jan . 62, pedindo-lhes que reflitam particularmente sôbre a questão que aí propusemos: "Os grupos de casais não correm mais ou menos o risco de favorecer um certo "matriarcado" moderno '? Gostaríamos de conhecer as suas reações sôbre êste assunto e t3mbém o que pensam os casais das Equipes, sôbre a instituição do Dia das Mães. Um trecho de editorial transcrito de "I'Anneau d'Or" e um curto texto de Sto. Agostinho, far-nos-ão refletir ainda s:)bre o p3pei apostólico do pai em relação a seus filhos. "O mundo moderno - assim sintetizam os o mundo oc :dental de hoje caracteriza-se, segundo os psicólogos, por uma obdicaçr.o c.io po i.

lima análise dos psicólogos mostrou que o pai não representa mais hoje, nas famílias americanas, ou anglo-saxônios, ou germâ-

nico.s e talvez brevemente nas francesas, êste elemento que nor13


malmente se " spe r:> que êle seja, elemento de estabilidade, a utoridade, viri lidade feliz . O "di a das mães" é bem representati vo da abd ica ção do pai e do "novo matriarcado", nas noções q L:-e e stão na vanguarda do m undo moderno. O dia das mães di fund iu-se em rm.Jitos países e pode-se dizer q ue "venceu".

Lançaram depois o " D ia dos Pais"

porém êle não "pegc.u". O pa i

é cada vez mais "aque le que ga nha o dinhe iro " .

Al ém

de dirigir cada vez menos o seu lar, so fre muitas vêzes o autori-

dade incontesta da de sua mulher. plicar sem

dúvida

Este comportan1ento pode ex-

m uitas imagens de mteriores, de sketchcs ou

filmes que vêm da Amér ic.o, como os de James Deon por exern-

rlo.

Da í resu lta c abandono de sua s funções, não só de pai, como

ce espôso. Us filhos, liaando-se a suas mães, não se mode lam ma is por um homem que tem todos os caracteres da virilidade . As fi lhas, fixcndo set...-;:; pais, não ma is encontram nele êc;te e spet o viril que tem uma fun ~ão tão important e na sua formação, no seu d2sen-

vo lvimento e na sua educação. Daí decorrem tôda a espécie de consequências revo lta dos moços, frustados numa fun ção natura! de prc.,teçã o que e les não exe rcem mais, mascul inização de tantas moças, homosexual idade às vez'es, etc. . . que não deixa m de se refletir no domínio re ligioso A atitude em relaçã o a Deus Pai, é em parte determinada, no plane psico lógico pe la ati tude em relaç~o a o pai . Assi m també m, a at i t~.;de em re lação à mãe eJ em relação a Nossa Sen hora. Ve mos em certos me ios, ou uma h ipe rdulia exagerada do cu lto à Virgem e o sentimentalismo invadindo tôda a religião, ou então uma intolerância e um culto medíocre a Nossa Senhora. Eis aí alguns a spectos da fen ômeno moderno da abdicação do pai".

E' preciso então que o pai retome consciência de sua missão no seio do lat, da sua participação necessá ria na educação dos filhos, no plano humano como no religic-so. E' preciso também que a mãe aceite êste plano e a fun ção que P. le lhe condiciona, função complementar e não supletiva ou l4


de substitu ição. O correspondente do " I' Anneau d 'Or" s ugere aos C<?.Zdis c ristãos est~ dupla tomada de consciência: 'Os grupos de cosa is na o se arri scam c fav orecer mais ou me-

nos um' certo arra stam

11

matriarcodo" moderno? Às vêzes são as esposas que

se us maridos poro êste

ou

aquele grupo, que os per-

~u a dem

do vetor desses agrupamentos e os levam a a ceita r os regras dessas a ssociações . Afinal de contos, tal vez tt,.;do isso seja muito normal ; e sem dúvida

estava sendo

irônico aquele que, a o f alar destes grupos

de casais se referia à "desforra da3 mulheres '~. Mas o que não ~ norma~ é que o h om em acompanhe simp lesmente, ou aceite Qen 11

tiln·~ ente".

Se ria

necessá ri o que

êle tomasse a

iniciativa

ou a o

menos qui:tesse pessoa lmente sua aàesõo a êste grupo.

Por outro lado, os a ssuntos do lar aí são tratados de moneira urn tanto exc lu siva, de tal modo que a s mulheres dominam e os homens se sen tem

pessoa lmente m enos at ingidos

e

interessados.

Ta lvez seja esta a solução: que cada grupo seja p lan ejado, concebido, organizado, di rigido por L.;·m ou ma is casais cujos moridos teme ssem uma part2 ativa nos trabalhos.

E' preci so t om-

bén' que o homem tome consciência de seu pape l e o cumpra; que ú

mulher o aceite e não procure suplantá- lo na sua função e, se

a contecer que . ê le abdique de sua s atribuições, que a esposa, em

lugar de substituí- lo, procure antes estimulá-lo, para que êle retorne o se<;. lugar e se desempenhe de sua missão. Não f oi o homem, nem o mulher que se deram a si mesmos

a s atr,b uições que lhes cabe m.

Foi Deus quem lh' as deu.

O sexo

que cada qual receb eu a o nascer é como o sacramento da primeira intenção de Deus sôbre ca da um de nós".

A abdicação do chefe da família , quer atínja as relações entre esposos ou as do pai com se us filho s, agrava-se muito quando a abdicação é de ambos os cô njuges . E isto é também flagrante hoje em dia . Se a mã e deve sempre suprir o pai em sua função essencial , ela acaba també m por capitular e então nos deparamos com a falência da autoridade dos pais, cujos filhos são as prime iras vítimas: 15


E' verdade t a mbém, como já foi dito, que assistimos no família o urna dupia abdicação do pai e da mãe . Acon tece, se bem que C0'11

m enos frequência , que o pa i e o mãe se nivelam de tal sorte

com seus filh os que

estes se tornam prematuramente a dL;·Itos, sem

terern tid o infância su ficientem•ent e long o, nem t erem c onhecido verdadeiros adultos que pudessem copiar a o c orrer d o temp o,

c não ser :10 escola que supre assi m, bem ou mal, a funçã o necessá ria dos pois. Vemos portantc que não é só o amor "paterno" ou materno" 11

que está em jogo, mas também o amor "fi lio1 11 e m esmo o amor frcter·ncl , nos lares onde os filhos não se si tuam como filhos em• relação a um m esmo princípio natural. Espera-se que os M ovimen t os de casais trcgam uma resp e; sta

sã e "quilibrada a ~s ta abdicação d > pa i" .

• N a medida de vossas possibilidades, sêde ministros do Senhor , vivendo segundo a justiça , fa:z:endo esmola, pregando seu Mome e sua doutrina a todos aquele s que pudere m vos ouvir. Que todo pai de fa m ília reconheça que seu nome mesmo o obriga a t estemunhar aos s e u~ uma afeição paternal. Que para Jesus Cristo e para a vida ete rna êl e os advirta , os instrua , os encora je, os corrija , empregando alternadame nte a doçura e a severidade. As sim , e m sua casa , ê le cumprirá de um certo modo, uma fun ção sacerdotal e episcopal. Sa nto Agost inho

• Sê de da que les qu e ·procuram a De us , alimentai assiduame nte a vossa fé com a Pala vra de De us , "guardai a Palavra" como se disse da Virg e m Ma ria " que ela conservava todas estas coisas, medita ndo - as no seu cora ção" e não tardareis em vos tornardes vive nte s e "o Espírito Santo vos conduzira em toda a ve rdade" . A aleg_rja de conhecer, fará de vós apóstolos. Apóstolos de vossos filhos primeiramente. Pais cristãos, observareis o mandamento que Deus já der;~ 16


aos judeus: "Amarás Javé , teu Deus, de todo o teu coração, de tôda ·a tua alma , com tôdas as tuas torças. Que estas palavras que hoje te dou, fiquem gravadas em teu coração! Tú as repetirás a teus filhos e delas lhes falarás, quer sentado em tua casa, quer andando pelos caminhos, deitado ou de pé. E as atarás à tua mão como um sinal, e elas estarão como um frontal deante dos teus o!hos. E as escreverás sôbre o limiar e sôbre as portas de tua casa . . . E quando teu filho amanhã te perguntar: "Que querem dizer estas leis, e cerimônias, e ordenações que o Senhor Javé nos prescreveu"? tu responderás a teu filho: "Era mos escravos de Faraó no Egito e Javé tirou-nos do Egito com mão poderosa. E à E tirou nossa vista operou grandes e es·P'antosos prodígios . . nos de ló, para nos fazer entrar na posse da terra, P'<! la qual tinha jurado a nossos pais. E Javé nos ordenou que observássemos to das estas leis, a fim de sermos sempre felizes e viver como nô-lo cl)ncedeu até o presente" ( Deut. , 6). Todo pai - e tôda mãe deve ser um profeta , no sentido bíblico da palavra, · isto é, um homem que escuta Deus, que fala de Deus elt)J nome d'e Deus, que proclama os altos feitos do amor divino • . . . Não afirmeis que jó .o fizestes uma vez por todas e que já ensinastes a vossos filhos que Deus é bom e que Êle nos convida a participar de sua eterna felicidade. E' ao longo da vida que a fé no amor inf·inito de Deus é ~·osta à prova1! Porque esse mundo no qual estamos imersos, lança a cada instante um desmentido novo à nossa confiança em um Deus bom . Assim tam bém , a fé é uma reconquista cotidiana. E esta reconquista vossos filhos não a podem fazer sozinhos: cabe-vos proteger, defender , alimentar a sua fé, falando-lhes de Deus, seu Pai, e ajudando-os a penetrar melhor o grande desígnio do Senhor sôbre o mundo. E digo bem , falar-lhes de Deus e não somente do dever, e n ão somente pregar-lh es a obed iência , a f~aqueza , o esfôrço , a pureza . . . E' muito diferente sabermo-nos filhos de Deus, convidados a entrar na sua intimida de já neste mundo , chamados a glorificá-lo por toda a nossa vida , do que reduzir a religião do Cristo à prática de virtudes mora is. Henri Caffarel 17


CORRESPON D~NC IA

CARREGAI OS FARDOS UNS DOS OUTROS Um casal nos confia as reflexões abaixo. E' uma "co-parti cipação", já não mais no âmbito da equipe , mas sim do Movimento. Ficaremos agradecidos àque les que , se·g uindo-l hes o exemplo, se dispuzerem a pôr em comum as suas experiências . Conhecer os sofrimentos, a s preocupações , os problemas uns dos outros, nos ajudará a praticar se mpre me lhor o grande conse lho de São Paulo : "Carregai os fard os un s dos outros ... " Casais sem filhos '' A ma ior prova cã o para n ós é sermos u m ca sal sem filhos. n os tar de, já a bsorv idos e m oldados po r n ost;a s prof issões A sp ir àvamos a vin d a ráp ida de um f i lho, p o is parecia - nos q ue sõm en t e m o t ivo d e a leg ri a mos também um fato r de equilíbrio d ade. Com o esta cr ianç a n os t e r ia ajudado a fund ir n ossa s

Casa modife re n t es . seria não e de un iv idas, nós

que

som·~ s um pouco "so lte irões" ! Há se is an os q ue o e speramos, t od os os meses . . . E t od os os meses vê m os cnomentos de desâni mo, ma s tam bém o momento do a band ono a Deus, po r vêz.•es difíci l. D i fícil o f iat que é preciso repet ir cada vez . Ca da . vez é mais penoso pronun ciá- lo e no en tanto, sõmente e ntão é

que , c om meu mari do -

poi s que ê le m e aj u da -

podemos reen contrar

a p az . T e m os q L:e lu tar contra d ua s t entações: é f ác il deixar-se levar pe lo e g o i ~ m o a c1ois, rr.oa s q ua ndo se reag e é fácil tamb ém cada um mergu lhar em atividades que faz em esquecer o n ossa ex pec tativa , mos q ue n os afastam u m do ou tro . A a mizade p ro fun d o de n ossos compan h eiros de eq uipe f o i poro n ós dois U:.!. o~ o i o . A princípio, est es ca sa is tã o r icos d e filhos, apesar de t oda a d el ica deza , n os magoa vam até rr. esm o pela sua simples presenç a. Depo is, pouco o po u co, graç a s às sua s ora ções e à suo am iza de reso lvem os corr. eça r a cura d e n osso pe zor , c em segui da passom Js a n os con sid erar n ão c om o d oentes incu rá veis, mas como u m ca sal normal. N ós n os a m amos real e pro fundamente, mas a inda p erguntam os o n ós m.esm os, m uito s vêzes, qual é o sent ido da n ossa vi da a d ois, o que qu ís o Senho r d e nós, a o n os dormJs um a o outro. Sentimos p or ém que n o s devem os m ui ta s vêze s vo ltar para Êle, pe la ora çã o, pela c omunhão, p ois sa bem os que nosso amor , que não en contra nenhum pro longamento visíve l, sõmente n ' ~le p oderá en contr<Jr com qLOe suprir o laço tão bel o d os fi lhos, laço que tonto nos falto !

18


FAÇAM A CARTA MENSAL Aquêles que t êm o encargo da redação da Carta Mensal pedem a sua colaboração. Você bem sabe e pode constatar cada mês que ela é feita pràticamente de testemunhos, de cartas, de experiêncicts que vêm das equipes ... llias ternos dificuldades em coletar êste material e, é evidente que · só podemos dar aquilo que recebemos. No decorre·r de conversas, em reuniões do Movimento, ouvimos falar frequentement e em experiências e iniciativas interessantes, promovidas por equipes. No entanto o Centro as ignora completamente. . . Seriam as eq1tipes nada mais do que um rebanho mudo, ou murrnurador, qtte segtte o seu guia, sem ousar tomar iniciativas ? Que alegria, termos a prova em contrário . Vejamos, com efeito, apenas alguns exemplos que nos vêm de momento à l embrança: Na cidade X ., os equipistas assumem pela 3.a vez a direção da "Campanha pela Cristianização do Natal", P'I'Omovida pela Diocese. Tôdas as associações, religiosas, comerciai-s ou civis, são dinamizadas. Resultados sttrpreenuentes. E m outra cidade, o Snr. Bispo local, promove uma "Semana da Família" e confia aos equipistas a sua organização. Noutra ainda, ttrna "Semana das Vocaçõ es" promovida pela Diocese, conta com a colaboração ativa e eficiente dos equipistas, tanto na organização como nas conferências realizadas. E m Y , as equipes organizaram há mctis de um ano, ttma missa mensal de casais, cada vez numa paróquia diferente, com sermão sôbre o casamento. Em Z , na catedral local, as equipes promovem mensalmente uma " Hora Santa" para casais, com orações apropriadas. · 19


- Nas férias, mn casal rer.a1·a que, na cidade de veraneio em que se encontra, há outros casctis de eqttipe. Entra em contato com êles e promovem uma Tettnião •:Le equipe. São 6 ott 8 casais, de equipes diferentes, quase todos desconhecidos uns dos outros. A reunião - reunião de equipe "1nes1no" - é um sucesso. Na co-participação, cada um se apresentct, contct ct sua vida e ct de sua equipe. Surprêsrt geral ante o ambiente de frat ernidade e abertura que .~e criou ràpidamente. Quem nos conta isto é um casal que não acreditava na possibilidade de uma reunião destas e achava que seria inteirnmente artificial . .. Mãos à obra, portanto. O que v ocês sabem, o que vocês fazem, o que acharem de interêsse geral, relatem-no. Falem também de suas leituras, inrliqnem livros que deveríamos Tecomendar aqtâ, páginas mm·cantes que v ocês leram, relacionadas com a vida de equipe, com o casnmento, a meditação . . . ou qttalquer otttro asstmto que possa interessar as equipes. Convidamos vocês ct partilharem suas riquezas, a fim de que possamos redistribuí-las . ..

A REDAÇÃO ···

P.S. - No n. 0 de março da O.M., anunciamos a reestruturação dos quadros dirigentes do Movimento no Brasil. A Carta Mensal ficou sob a direta responsabilidade da Secretaria. Portanto, todo o material destinado a êste nosso boletim, deverá ser enviado à " Secretaria das Equipes de Nossa Senhora" - Rua Paraguaçú, 258 - São Paulo,. 10. Pedimos anotar no alto dos texto.:;: "Para a Carta Mensal".


ORAÇÃO PARA A REUNIÃO DE MA'IO O Se nhor, e nviado do Pai , deu inteiro cumprimento vonta de do Pai . Ele é o gra nde obediente . Meditação

.J

Texto para a o ração pessoal J o. 17, 4

"Eu te glorifiquei na t e rra; t e rminei a obra que me deste a realizar". Ora ção litúrgica Aco lhamos a Palavra de Deus U o . 7 , 16 e 8 , 25-29 ) "Respondeu-lhes Jesus : Minha doutrina não é minha , mas daquele que me enviou". "Jesus lhes disse ainda: Quando tiverdes levantado o Filho do hom e m então conhecereis quem Eu sou e que nada faço de mim mesmo; mas do modo como o Pai me ensinou assim falo. Aquêle que me enviou está comigo ; não me deixou só, porque faço sempre o que é do seu agrado". OREMOS -

Coleta do 3 . 0 domingo de pois da Páscoa

O' Deus, que com a luz de vossa verdad e esclareceis os que estão em êrro, para que possam voltar ao caminho da justiça , concedei a todos os que professam a fé cristã , que rep-udiem tudo o que se opõe à santidade d.êste Nome e sigam tudo o que lhe é favorável. Nos vô-lo pedimos, Pai, por Jesus Cristo vosso Filho , que convosco vive e reina , na unidade do Esp írito Santo, por todos os séculos dos séculos, Am é m .

'


pot? \U\\A

espi~lhJ~hdAde

COr\j\J9~1

e f~mlii~R

CENTRO DIRETOR . Secr. Geral . 20, Rue des Apennins . PARIS XVII BRASIL . Secretariado . Ruo Paraguaçú , 258 . SÃO PAULO 1 O


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.