"Sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito" (Mt 5,48)
Ser Sacerdote Conselheiro nas ENS enriqueceu muito
COMEMORATIVAS E as nossas crianças? Como andam?
sociais – Dia das Crianças
Carta de um SCE
O Fardo se tornou leve
A Eucaristia socorro a nossa fé
“A Eucaristia como fonte de amor na vida conjugal
A importância do casamento na Igreja .............................................................................................
A Ajuda mútua nos momentos difíceis
Nossa fé não deu lugar para o desespero
PARTILHA E PCE
Asumir nosso dever de santificação
A missa acabou e agora?
CORREIO DA ERI
Carta de Turim 2024 da Equipe Responsável Internacional para os Equipistas de todo o mundo
DATAS DO MOVIMENTO
Dia Nacional de Oração pela Causa de Canonização do Pe. Caffarel
REFLEXÃO EM FAMÍLIA
Equipista rocha ou equipista areia?
N O T Í C I A S
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ACESSE CARTA MENSAL SONORA: no 561 edição outubro/novembro 2024
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro na “Lei de Imprensa” N° 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil – CR Super-Região Brasil Rose e Rubens; Equipe Editorial: Responsáveis: CR Carta Mensal Mirna e Sildson; Conselheiro Espiritual: SCE Carta Mensal: Pe Antonio C. Torres; Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb.17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais – Tefé, 192 - Perdizes, São Paulo/SP - Fone 11 97574-9718 – e-mail: novabandeira@novabandeira.com – Responsável: Ivahy Barcellos; Revisão: Jussara Lopes; Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. Rejowski; Imagens: (Freeimagens/Pxhere/Unsplash/CanStockPhoto/Canva). Tiragem desta edição: 25.850 exemplares. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS – Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3° Conj. 36, CEP: 01310-905, São Paulo/SP ou através de e-mail: cartamensal@ens.org.br a/c Mirna e Sildson.
IMPORTANTE: consultar instruções antes de enviar o material – pedimos que acessem as instruções na aba/acesso Carta Mensal do site das Equipes de Nossa Senhora (www.ens.org.br).
Caríssimos Casais Equipistas e Conselheiros Espirituais, paz e bem!
Nesta edição, mostraremos o Encontro do Colégio Nacional das ENS. Importante momento de transitoriedade, com novos casais responsáveis pelas Províncias Norte e Sul III e de novos Casais Regionais de todas as Províncias da Super Região Brasil.
Paola e Gustavo, Nilian e Cleber, respectivos Casais Responsáveis das Províncias Nordeste I e Leste I, nos lembram que o Movimento das ENS, nos meses de outubro e novembro, tem em sua trajetória o momento do discernimento e da avaliação do ano Equipista. Momento do discernimento para a escolha do novo CRE, rogamos a Deus que a escolha seja feita sob a presença e luz do Espírito Santo. E ainda a reunião de Balanço, momento de profunda revisão da caminhada de cada um de nós, o que pode e deve ser mudado, que tipo de ajuda mútua precisaremos para realizar tais mudanças e, acima de tudo, o balanço deve avaliar também a saúde das nossas equipes.
Em outubro celebraremos a padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Pe. Felipe Costa Silva convida a nos colocarmos debaixo do manto sagrado da Querida Mãe. Em novembro, Pe. Marcos Ribeiro Silvestre, nos fala sobre a Solenidade de Cristo Rei do Universo, o Reinado de Cristo, é princípio e fim de toda a caminhada cristã. Em novembro, temos a festa de todos os
Santos e também rezaremos pelos nossos falecidos.
Os testemunhos nos levarão a uma profunda reflexão, chamamos atenção para dois testemunhos dos irmãos do Sul, Equipistas que vivenciaram a tragédia das enchentes. Muitos dos nossos irmãos perderam tudo e ainda levarão um tempo para reconstruir suas casas, suas famílias, e curar os corações pelas perdas de entes queridos. Mas ainda há espaço para ajuda mútua, é comum nós católicos, na época de Natal, prepararmos cestas com alimentos, presentes e roupas e/ou escolher uma cartinha para presentear crianças com brinquedos, roupas e calçados. Que tal, nossas equipes se unirem e prepararem algumas cestas e enviarem aos Equipistas da Província Sul III, que poderão distribuir às famílias afetadas? Rezem e, caso sintam no coração a necessidade de realizar a Ajuda Mútua de Natal, busquem os contatos dos nossos irmãos do Sul com nossos respectivos CRS/CRR/CRP. Uma noite de Natal, alimentados pelo Amor dos irmãos, será uma celebração magnífica do real e verdadeiro sentido do Natal, doação. Fiquem com Deus, fiquem bem.
Mirna e Sildson CR Carta Mensal
Comemorações de devoção, memória e esperança ...
Queridos equipistas, com essa carta os alcançaremos vivendo momentos fortes de nossa fé cristã que nos permitem refletir a nossa luta diária pela santidade, a esperança na ressureição, a viver com propósito, amor e devoção, confiantes na promessa de que, em Cristo, todos somos chamados a uma vida plena e eterna.
A devoção a Nossa Senhora nos convida a confiarmos na sua intercessão, na sua proteção, seguirmos seu exemplo de humildade, de fé e de serviço no nosso dia a dia. Em Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, encontramos esperança e proteção.
Por isso convido vocês a renovar, mais do que nunca, esse voto de confiança na Virgem Maria. Pe Henri Caffarel - O Carisma Fundador, pag. 29
Reconhecendo a soberania de Jesus Cristo sobre todo o universo, precisamos refletir sobre nossa lealdade, nosso compromisso com os ensinamentos de Jesus, se realmente nós cristãos vivemos de acordo com os valores do Evangelho, lembrando da carta de São Paulo aos Filipenses 2,9-11: “Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome, para que, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua confesse: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai”.
Com a crença na vida eterna e na misericórdia divina, lembramos daqueles que hoje não se encontram mais entre nós, no nosso dia a dia, mas que nos deixaram um legado de fé e de amor e da importância de uma vida em preparação ao encontro com Deus, como
encontramos em Rm 2, 7: “Aos que, perseverando na prática do bem, buscam a glória, a honra e a incorruptibilidade, Deus dará a vida eterna”.
Lembrar que todos somos chamados a ser santos, buscando neles os testemunhos e exemplos de vida de fé, perseverança e amor, a inspiração para continuarmos a nossa busca por santidade, como vocação, pois somos chamados a viver de acordo com a vontade e com a graça de Deus.
Devemos viver esses momentos fortes da nossa fé, a soberania de Cristo, a memória dos falecidos e a vocação à santidade, como um chamado profundo para nos transformar e assim alcançarmos uma comunhão de fiéis cristãos que buscam continuamente a comunhão com Deus.
Que a nossa reunião de balanço ocorra à luz do Evangelho, com espírito de cristãos e nos leve a uma reflexão sobre o caminho percorrido, progressos e desafios e um compromisso com o próximo ano.
Sob a proteção de nossa Mãe Maria, que ao longo de sua vida, teve a perfeita obediência a Deus, possamos perseverar na fé, na busca da santidade, sabendo que ela está sempre presente para nos apoiar em nossas necessidades e interceder por nós junto a Deus. Abraços fraternos.
Rose e Rubens CR SRB
Reflexões sobre o silêncio
Olá, queridos Casais e Conselheiros Espirituais das Equipes de Nossa Senhora, espero que todos estejam bem.
Rezando e refletindo um pouco em nossa caminhada, vi a necessidade de refletir sobre o silêncio, principalmente em nossas celebrações e até mesmo em nossos Retiros. Fazer silêncio não pode nunca ser comparado àquele incômodo vazio que se estabelece no ambiente quando se faz silêncio de maneira forçada. O silêncio na liturgia revela particulares atitudes interiores que nascem de uma riqueza interior: a viva consciência de nos encontrarmos na presença de Deus, que revela a nós a sua face e a sua salvação. Fazer silêncio é reconhecer que somos criaturas necessitadas da presença do divino. Além disso, o silêncio faz emergir a intensidade da súplica do coração humano, para que Deus venha.
De fato, o silêncio é o ambiente normal em que se vive e se desenvolve a comunhão com Deus: sua função é colocar-nos na comunhão divina e na atitude correta para que Deus mesmo possa manifestar-nos a sua face.
Deus habita o silêncio porque a vitalidade interior é “silêncio”. Nosso silêncio sublinha a urgência do nosso coração de habitar em Deus. Por isso, meus irmãos, precisamos fazer silêncio, para escutar a Deus, pois vivemos em um mundo de muito barulho. E isso vamos trazendo nas nossas missas mensais, temos dificuldades para fazer silêncio em nossos Retiros. Aqui faço um pedido para que todos possam refletir como estamos nos preparando para nossas celebrações eucarísticas e até mesmo para nossos Retiros.
O Papa Bento XVI, na audiência geral, na Praça de São Pedro
quarta-feira, dia 7 de março de 2012, nos disse: “O silêncio é capaz de escavar um espaço interior no nosso íntimo, para ali fazer habitar Deus, para que a sua Palavra permaneça em nós, a fim de que o amor por Ele se arraigue na nossa mente e no nosso coração, e anime a nossa vida. Portanto, a primeira direção é voltar a aprender o silêncio, a abertura à Escuta, que nos abre ao próximo, à Palavra de Deus. Porém, há uma segunda importante relação do silêncio com a oração. Com efeito, não há apenas o nosso silêncio para nos dispor à escuta da Palavra de Deus; muitas vezes, na nossa oração, encontramo-nos diante do silêncio de Deus, experimentamos quase um sentido de abandono, parece-nos que Deus não ouve e não responde. Mas este silêncio de Deus, como aconteceu também para Jesus, não marca a sua ausência. O cristão sabe bem que o Senhor está presente e escuta, mesmo na escuridão da dor, da rejeição e da solidão. Jesus garante aos discípulos e a cada um de nós que Deus conhece bem as nossas necessidades, em qualquer momento da nossa vida.”
Que o silêncio não se torne uma dor ou um sentimento de abandono. Rogo a Deus, que Ele se manifeste a todos que conseguirem obter o silêncio, preenchendo os corações com muito amor, confiança, fé e nos fazendo companhia. Nossos corações precisam de Ti Senhor, nossa alma precisa de Ti Senhor, vinde em nosso auxílio, socorrei-nos sem demora.
Pe. Toninho
Encontro do Colégio Nacional das ENS
Aconteceu entre os dias 30 de agosto a 1º de setembro de 2024, o Encontro do Colégio Nacional das Equipes de Nossa Senhora, no Mosteiro de Itaici, Indaiatuba–SP.
Com a participação de 88 Casais Equipistas e 60 Conselheiros Espirituais, iniciamos o Encontro com a Missa celebrada pelo Padre Toninho - SCE SRB e ao final da missa, tivemos a cerimônia de posse dos novos Casais Responsáveis de Província e de Região e seus respectivos Sacerdotes Conselheiros Espirituais.
Acontecimento muito especial e significativo na vida das Equipes de Nossa Senhora, que deve ser vivido em verdadeiro espírito de oração e de unidade. Os novos responsáveis buscam motivar e guiar-nos no caminho da fé e do amor. Eles são escolhidos por Deus e são chamados para servir o seu povo. Por isso, pedimos a luz do Espírito Santo sobre todos os responsáveis, que Deus lhes conceda a ciência, sabedoria e discernimento nesse novo caminhar.
Da mesma forma, iniciamos as atividades do sábado alimentados pela Celebração Eucarística e, ao longo do dia, todos receberam diretrizes para o ano de 2025, apresentados o Tema e o Lema que nortearão nossa caminhada no ano de 2025.
Os grupos de reflexão se reuniram em 15 salas de reuniões, onde Casais Equipistas e Conselheiros Espirituais puderam dividir experiências, trocar ideias e compartilhar entendimentos
sobre o conteúdo apresentado nos três dias de Encontro. Os grupos de reflexão reforçam o entendimento dos assuntos abordados.
No domingo, a Celebração Eucarística foi presidida pelo SCE SRB, Padre Toninho, e a celebração de envio, onde todos os responsáveis renovaram o ardor missionário sob as bençãos de Nossa Senhora Aparecida.
Neste Encontro recebemos as orientações sobre o Tema de Estudo que será vivenciado por todos nós Equipistas. E com entusiasmo somos convidados a levar aos nossos irmãos essas orientações para que os ajudem a crescer na espiritualidade, no serviço aos irmãos e no testemunho do amor de Deus. Com a orientação específica de 2025 “Chamados a viver em comunhão com Cristo” e nutridos pela Palavra e pela Eucaristia, testemunhemos a Boa Nova com o nosso servir.
Que na vivência do tema 2025, possamos compreender melhor e ter a certeza que o caminho é o de “procurar
Aquele que está vivo”. Que Maria, nossa Mãe, a sua fé e as suas atitudes de docilidade e abandono sejam o exemplo que nos levem a esta compreensão. Fiquem com Deus, fiquem bem.
Mirna e Sildson CR Carta Mensal
Agradecimentos
Pedimos a Deus que abençoe a vida da Flor e Celso, Padre Levi e seus familiares. Por toda a caminhada à frente da Província Sul III, que souberam conduzir e manter Regiões, Setores e Equipes no caminho do Senhor. Especificamente mostraram muita Fé e muita Força, ao passarem por
momentos difíceis que assolaram suas Regiões e Setores, como COVID-19 e as enchentes que afetaram as cidades do Sul do país. Sabemos que estiveram sempre sob a ação do Espírito Santo de Deus, mantendo a fé de seus Equipistas, dando força aos que necessitaram, mas sempre mantendo a alegria no servir.
Pedimos a todos os Equipistasque os coloquem em suas orações diárias. Flor e Celso e Padre Levi que, dia após dia, tenham a certeza do amor de Deus sobre suas vidas. Que Deus os abençoe e deixamos aqui o nosso muito obrigado.
Boas Vindas
Somos Marli e Orlando, casados a 31 anos, pais do Eduardo e da Carolina, participamos a 31 anos da ENS do Trabalho, Canoas/RS, Região RS III.
Após 5 anos vividos intensamente como Casal Formador do EEN da Província, recebemos o chamado de
Rose e Rubens, para sermos CRP Sul III. Convidamos o padre Laudenor Teloken para SCEP, que deu um sim generoso e aceitou seguir conosco. Assumimos a missão dia 30 de agosto deste ano, rogando a Deus: “Tornai fecundo, ó Senhor, o nosso trabalho.” (Sl89) Sentimos que “não é em seu próprio nome que os responsáveis do Movimento nos chamam; é o Senhor, através deles. E não é porque merecemos, mas porque o Senhor assim o quis.” (A Responsabilidade ENS pag. 7) Pedimos ao Espírito Santo para que nos ilumine e nos conduza, como instrumentos nas mãos de Deus
Marli e Orlando CRP Sul III
Rose e Rubens CR SRB
Agradecimentos
Pedimos a Deus que abençoe a vida da Edna e Sebastião, Padre Lucivaldo e seus familiares. Por toda a caminhada à frente da Província Norte, que souberam conduzir e manter Regiões, Setores e Equipes no caminho do Senhor. Como dizem os jovens, esforçados ao nível hard, pois cada reunião, formação, exigiram muitas vezes 2, 3, 4 dias de viagens, destinando tempos em voos, em trajetos com barcos e veículos terrestres para alcançar seus Equipistas. Edna e Sebastião são o exemplo claro de evangelizadores e comprometidos com a Palavra de Deus, de ir aonde o povo está, é sinônimo da palavra compromisso, resumindo, de levar a Palavra de Deus onde
Boas Vindas
Somos Concinha e Gláucio, temos 46 anos de casados e há 14 anos caminhamos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Somos os pais de Glaucia, Ana Clara e Bernardo, avós da Laura e sogros da Jéssica, que também é como uma filha para nós. Nossa equipe de base é a Equipe 2D/Manaus, N. S. de Fátima. Moramos em Manaus, capital do estado do Amazonas.
Depois de encerrarmos nossa missão como CRR Norte I, em 2023, neste ano de 2024 recebemos o chamado de Deus para animarmos a Provincia Norte, como CRP. Isso nos levou a pensar: “Senhor, nós não somos dignos dessa responsabilidade”. Pedimos um tempo para discernirmos, e intensificamos nossas orações colocando-nos nas mãos de Deus.
Depois desses momentos de intimidade com Ele, decidimos responder: “Senhor,
encontram os Equipistas. A palavra deve alcançar a todos, independente da distância, uniram os Equipistas num só coração, no Sagrado Coração de Jesus. Pedimos a todos os Equipistas que os coloquem em suas orações diárias. Edna e Sebastião e Padre Lucivaldo que, dia após dia, tenham a certeza do amor de Deus sobre suas vidas. Que Deus os abençoe e deixamos aqui o nosso muito obrigado.
chamaste-nos e aqui estamos para fazer a tua vontade.
Rose e Rubens CR SRB
Nos apresentamos como seus instrumentos, pedindo muita sabedoria e humildade para realizarmos as Tuas obras nesta missão”.
Convidamos o padre Mário Missiato, SCE de nossa equipe de base, para nos acompanhar nesta caminhada à frente da Provincia Norte, e ele nos deu seu “sim” com muito amor.
Pedimos a intercessão de Nossa Senhora de Fátima, junto a seu Filho Jesus, para que sejamos conduzidos por Ele durante o exercício de nossa missão. Amém!
Concinha e Glaucio CRP Norte
Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã.
"sentar-se à mesa de Jesus significa ser transformado e salvo por Ele." Papa Francisco
Durante este ano, a cada capítulo, fomos convidados a este banquete, o banquete da vida! Chamados a viver este santo sacramento, nossa fonte de vida para missão. Fomos despertando para tantas realidades, tão antigas e tão novas, e a Eucaristia foi ganhando um novo significado em nossas vidas. O que procurais? “estais me procurando, não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados” Jo. 6, 26. A Eucaristia é o alimento que sacia a nossa fome mais íntima, que nos faz sentir perto de Deus, que nos traz a plenitude completa, o alimento perfeito, Jesus, naquele pão e naquele vinho.
Jesus nos convida a comermos com Ele, a sentarmos a mesa do Seu banquete, ali Se oferece a nós, toma Seu próprio corpo e nos dá por amor. Dá graças, pede a Deus Pai que abençoe o alimento que será fonte de vida. Depois o parte, e o distribui! Ali está Jesus inteiro, em cada parte. Ele se faz alimento para nós, vem preencher os nossos vazios, acalentar nossas fraquezas, sustentar nossas aflições, celebrar nossa vida, e nos dizer: “Estarei contigo até o fim dos tempos!” Mt. 28,20. Após recebê-Lo, preenchidos pelo Seu amor, precisamos ser
transformados, e nos transformarmos em alimento para os irmãos. E como olharmos, nós cônjuges, um para o outro e não enxergarmos, no nosso matrimônio, uma continua e presente entrega mútua de amor? Pe. Caffarel nos disse: “Marido e mulher, vós que comeis a carne de Cristo, que bebeis o seu sangue, que viveis na vossa alma e no vosso corpo a vida de Cristo, que habitais nele, e Ele em vós, como não havíeis de vos amar um ao outro com um amor completamente diferente do dos outros homens, com um amor ressuscitado?
“(Matrimônio e Eucaristia - L'Anneau d'Or, n° 117-118, Maio-Agosto 1964). Já pensamos que o sacramento que nos uniu é uma doação de amor diária? Sejamos sedentos pela Eucaristia, para que não fiquemos a beira do caminho, mas fortalecidos pelo amor divino, o nosso amor humano possa nos ajudar a caminharmos juntos, sendo sustento um para o outro, na nossa vida conjugal, familiar e na comunidade que vivemos. Todos somos convidados a este banquete, o banquete da vida!
“Quando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos e disse: tenho desejado ardentemente comer convosco esta ceia pascal.” Lc 22, 14-15
Não deixemos Jesus esperando por nós na Eucaristia, Ele nos aguarda!
Paola e Gustavo CRP Nordeste I
Eleição do CRE, fruto da resposta do Espírito Santo às nossas orações
Desde a pilotagem, o casal piloto nos instruiu que a escolha do CRE deveria ser feita na missa, no momento do ofertório, pedindo ao Espírito Santo que nos iluminasse para que escolhêssemos não sob a ótica humana, mas segundo a vontade de Deus. O olhar humano considera características e habilidades humanas, mas não é assim que a ótica de Deus funciona, basta examinar as Sagradas Escrituras para identificar os “chamados” de Deus: Davi foi o último dos filhos de Jessé a ser apresentado ao profeta Samuel, mas foi a Davi que Deus escolheu para ser ungido Rei de Israel; O profeta Amós, segundo suas próprias palavras, afirmou: “- Não sou profeta, nem filho de profeta” Am 7, 14, no entanto foi a ele que Deus determinou que falasse ao seu povo, Israel – e Amós obedeceu. Assim, dada a importância do CRE em sua missão no ano de seu serviço, a escolha do casal não pode ser feita por eleição simples, rodízio, ou sob critérios e condições humanas, mas antes fruto de uma resposta do Espírito Santo às nossas orações. É importante lembrar a função do Casal Responsável de Equipe: “A sua função consiste em animar e dar vida à equipe, encorajando e reforçando os esforços de seus membros em relação a esta pequena comunidade a fim de que a ajuda mútua seja efetiva e cada um se sinta verdadeiramente aceito, reconhecido e amado.” Guia das Equipes de Nossa Senhora, págs. 60 e 61. É esperado que o CRE vele para que todos participem ativamente na Reunião Mensal da Equipe e das reuniões de amizade. Outra atribuição não menos importante é a de vincular sua equipe ao setor e animar os casais
a participarem dos eventos e formações. Para auxiliar no discernimento, os casais devem se questionar, lembrando das características do CRE: Vivem o matrimônio como sinal de unidade? Participam das atividades em casal? Estão sempre juntos e decidem sobre as coisas importantes em suas vidas? São um casal de oração? Vivem a Eucaristia com fidelidade e compromisso? É um casal que ama o movimento? Que procura conhecer os documentos e se mostra fiel às orientações? No dia da reunião para escolha do CRE, os casais entregam suas indicações ao SCE que apura e informa somente o nome do casal escolhido, nada mais. Que Deus nos envie a Luz do Espírito Santo para nos orientar no discernimento para indicação dos novos casais responsáveis de equipe que irão servir no ano de 2025 e que os casais estejam com seus corações abertos ao chamado a servir os irmãos equipistas. Que assim seja!
Nilian e Cleber CRP Leste I
Sacramentum Caritatis: Eucaristia vivida
Caríssimos Casais Equipistas!
Eucaristia, mistério vivenciado, é a 3ª parte da encíclica SCa (nn. 70-93), inspirada em Jo 6,57: “Assim como... Eu vivo pelo Pai... aquele que me come viverá por mim”. A Eucaristia é o culto espiritual por excelência, inspiração para a vida terrena e certeza de vida plena (cf. Jo 6,51). A vida eucarística já é vida eterna, através da mudança que gera em nossa vida. Comungando a Eucaristia, tornamo-nos participantes da vida divina, pois não é o alimento eucarístico que se transforma em nós, mas somos nós que misteriosamente somos mudados por ele. A Eucaristia é fonte e ápice da existência tanto pessoal quanto eclesial, origem e realização do culto novo.
Comungantes do Corpo Eucarístico, somos Corpo Místico e fazemo-nos oblação associada à de Jesus: “Peço-vos, irmãos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. Tal é o culto espiritual que lhe deveis prestar” (Rm 12,1). Este culto engloba todos os aspectos da existência, transfigurando-a toda “para glória de Deus” (1Cor 10,31), sabendo que “a glória de Deus é o homem vivo; e a vida do homem é a visão de Deus” (Santo Irineu).
Isso requer o novo dia, o Domingo, simultaneamente, dies Domini, dies Ecclesiae, dies hominis (SCa 72-75): Dia do Senhor, dia da Igreja, nosso dia; dia de repouso e celebração, festa e gratidão. Daí emerge a espiritualidade, capaz de inspirar a vida cotidiana que acolhe o bem e rejeita o mal: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para saberdes discernir, segundo a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe é agradável, o que é perfeito” (Rm 12,2). A vivência eucarística leva a “avaliar tudo e conservar o que for bom” (1Ts 5,21). Em Cristo, todos os cristãos (SCa 79-81) formam uma “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido por Deus para anunciar os louvores d'Aquele que os chamou das trevas à sua luz admirável” (1Pd 2,9). Eis a base da autêntica moralidade eclesial e social que faz da sadia e divina Eucaristia antídoto e superação das humanas e injustas carestias.
Da Eucaristia celebrada e comungada brota a Eucaristia anunciada (homilias e formações, retiros e orientações) e testemunhada (atuação nas atividades eclesiais e realidades sociais). Como e com Maria, primeiro e melhor tabernáculo eucarístico, coloquemos Cristo em primeiro lugar, para que tudo esteja no lugar certo.
Pe. Mariano Weizenmann SCE na Província Sul III
A Solenidade de Cristo Rei
Sabemos que Cristo é Rei do Universo e firmemente o professamos em toda a vida da Igreja. Contudo, a Igreja lutou muito para chegar ao pleno reconhecimento desta verdade, visto que, os hereges - liderados por Ário (256-336 d.C.) - não reconheciam a divindade de Jesus. A fim de vencer tais heresias, a Igreja define, a partir das discussões do Concílio de Nicéia (325d.C.), a divindade de Cristo, quando vai dizer que Ele é “Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro”, conforme professamos no Símbolo Niceno-Constantinopolitano. No ano de 1925, ou seja, mil e seiscentos anos depois das discussões de Nicéia, o Papa Pio XI proclamou a Festa Litúrgica de Cristo Rei, justificando tal festa com o que vai expressar em sua Encíclica
‘Quas primas’: “visto que as festas têm maior eficácia do que qualquer documento do magistério eclesiástico, por captar a atenção de todos, não só uma vez, mas o ano inteiro, atingem não só o espírito, mas também os corações”! Inicialmente, a festa foi localizada no calendário litúrgico ao último domingo do mês de Outubro, um domingo antes da Solenidade de Todos os Santos. Entretanto, com a Reforma de 1969, passa a ser celebrada no último domingo do Tempo Comum. A nova localização da festa parece ser coerente com a ideia de que todos nós caminhamos rumo a meta de reconhecer a realeza de Cristo e reinar com Ele.
Ela vai coroar toda a vida pública de Jesus, conforme é intenção do Tempo Comum, na caminhada do Ano Litúrgico. Numa consideração possível, localizada ao fim de um Ano Litúrgico e um domingo antes de um novo, podemos também entender que o Reinado de Cristo, é princípio e fim de toda a caminhada cristã. A própria liturgia nos ajuda a perceber onde o Reinado de Cristo se manifesta, com os textos dos Evangelhos selecionados a cada ano celebrado. Assim, notamos que tal realeza pode ser vista: no seu ato de julgar-nos, não a partir de princípios genéricos, mas tendo como base a caridade feita a Ele na pessoa daquele que sofre (cf. Mt 25, 31-46); no diálogo com Pilatos, no qual deseja que ele entenda que seu Reinado não é deste mundo, mas está para além (cf. Jo 18, 33b-37); ou, ainda, no alto da cruz, quando, diante da zombaria da multidão que questiona o seu Reinado, vai fazer com que um dos ladrões que foram crucificados ao seu lado seja salvo e acolhido no Paraíso por reconhecer a injustiça dos homens e pedir lugar no seu Reino (cf. Lc 23,35-43). Em todo tempo e lugar... Viva Cristo Rei!
Pe Marcos Ribeiro Silvestre
SCEP Leste I
Tornemo-nos cristãos "eucarísticos"1
Amados irmãos:
Em a “Palavra do Papa” enfatizamos na última Carta a importância da presença cristã no “século”, testemunhando a alegria da fé e compartilhando com as famílias fragilizadas o novo horizonte de esperança que nasce do encontro vivo com o Cristo Ressuscitado. Esta nova reflexão terá como foco temas da ação pastoral do Papa tratados no contexto da esperança cristã que decorre da Eucaristia, mistério da fé que constrói o povo de Deus na atualidade e o orienta a cada dia para o retorno glorioso do Cristo. Recentemente encontramos na Internet uma mensagem sobre a taxa de natalidade dos EUA. Esta despertou nossa atenção por se tratar de assunto recorrente aos temas da catequese do nosso Pontífice.
“Em 2023 a taxa de natalidade dos EUA atingiu o seu menor valor histórico: 1,6 nascimentos para cada mulheres. Esta taxa é bem inferior à mínima necessária para manter a população, que é de 2,1 nascimentos para cada mil mulheres.1”
Em 10/05/2024, o Papa lançou o artigo “Filhos que nascem são esperança num mundo egoísta”, no qual tratava desse assunto e da sua presença na 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade. O evento, promovido pelo Fórum das Associações Familiares, busca sensibilizar a sociedade sobre os problemas decorrentes do declínio da natalidade no mundo. Em sua abertura, o Papa afirmou que os filhos são dons que recebemos e o número de nascimentos é o primeiro indicador da esperança de um povo; sem crianças e jovens, um país perde seu desejo de futuro.
As últimas décadas apontam uma queda expressiva do número de nascimentos em vários países do mundo. A Europa, em particular, está se tornando um
continente cansado e resignado, que desaprendeu a saborear a verdadeira beleza da vida, diz o Papa.
Ao denunciar o egoísmo presente no coração de tantas pessoas, ele sublinha que o problema maior não é o nº de pessoas no mundo, mas o tipo de mundo que estamos construindo. Por isso, alerta-nos para a necessidade urgente de políticas eficazes, voltadas para o futuro e, dirigindo-se aos jovens, disse:
- Sei que para muitos de vocês o futuro pode parecer inquietante e que, entre a desnatalidade, as guerras, as pandemias e as mudanças climáticas, não é fácil manter viva a esperança. Mas não desistam, tenham fé, nós construiremos o futuro juntos e, nesse ‘juntos’, encontramos primeiramente o Senhor.”
Essa reflexão aponta-nos um impasse que enfrentamos como sociedade acerca do futuro:
- Ou vivemos para nós mesmos na lógica da posse, do consumo, do egoísmo enterrando os nossos sonhos e os sonhos de milhões de irmãos que creram como Pedro - Senhor, tu tens palavras de vida eterna (Cf. Jo 6,68);
- Ou, como nos aponta o Papa, acolhemos a lógica do amor que impulsiona a nossa vida, na certeza-esperança de que a íntima comunhão com Jesus é que nos levará a nos doarmos a exemplo dEle.
Que o sopro do Espírito Santo nos encoraje a abrirmos os corações ao apelo do Papa para nos tornarmos cristãos “eucarísticos”.
Graça e Roberto
ENS das Graças - POA Província Sul III
1 Extraído da mensagem do Papa Francisco no Angelus de 02/06/2024: Contra a lógica do egoísmo tornemo-nos cristãos “eucarísticos” (e.https://exame.com <mundo)
Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
12/outubro
Um dos momentos mais marcantes na vida dos primeiros discípulos de Jesus foi sem dúvida o episódio da primeira pesca milagrosa (cf. Lc 5, 1-11). Depois de tanto esforço sem êxito, Pedro lança novamente as redes em atenção à palavra de Jesus e acaba por recolher um número abundante de peixes. Aquela foi a ocasião da conversão daqueles primeiros discípulos.
Muitos séculos depois, precisamente no ano de 1717, também no contexto de uma pesca, algo extraordinário aconteceu: com as redes dos pescadores Domingos Alves Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, foi pescada nas águas do Rio Paraíba do Sul primeiro o corpo e depois a cabeça de uma imagem, que logo foi reconhecida como sendo da Mãe de Deus. Aqueles três homens acolheram imediatamente o fato como um sinal divino. Afinal, junto com aquela “Senhora Aparecida” veio uma enorme abundância de peixes. A casa de Felipe Pedroso tornou-se uma pequena capela para a imagem aparecida nas águas do rio. Muitas eram as orações do povo simples diante da imagem, como também muitos foram os sinais miraculosos realizados através dela.
Nossa Senhora Aparecida, como passou a ser chamada, encontrou no coração dos filhos desta Terra de Santa Cruz a sua morada. Ela tornou-se o verdadeiro tesouro do povo brasileiro, que anualmente, no 12 de outubro, a venera com grande amor e devoção. Ela, apresentou-se como consolo e amparo desta
nação brasileira, e assim foi solenemente proclamada Rainha e Padroeira do Brasil em 16 de julho de 1930 pelo Papa Pio XI.
A Virgem Maria ocupa um lugar especialíssimo na obra salvífica de Deus. Ela é a socia Christi, isto é, sua privilegiada colaboradora, que a todos diz: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Como equipistas sabemos bem que nosso movimento tem em Maria sua profunda inspiração. Não é à toa que diariamente entoamos o Magnificat, fazendo nossas as palavras dela, que também são Palavra de Deus.
Neste dia tão solene, nos colocamos mais uma vez debaixo de sua maternal proteção. Consagramos a Ela todos os casais equipistas e todas as nossas famílias. Em suas mãos entregamos as alegrias e as dores do nosso movimento sabendo que Ela nunca desampara aqueles que invocam seu auxílio. Rogamos aos Senhor que nas “redes de Aparecida” sejam pescados para o Reino de Deus muitos homens e mulheres, que como Maria aprendam a dizer “eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim conforme tua palavra” (Lc 1,38).
Ó Virgem Mãe Aparecida, rogai por nós que recorremos a vós!
Pe. Felipe Costa Silva
SCER Ceará III
Província Nordeste I
"Sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito" (Mt 5,48)
O dia de Todos os Santos é celebrado em 1º de novembro e dos fiéis defuntos no dia 2 de novembro. Neste ano, a Igreja celebrará os fiéis defuntos no dia 2 e a solenidade de todos os Santos no domingo, dia 3. A Igreja sabiamente transfere essa solenidade para o domingo para que todos os fiéis participem mais ativamente da celebração. Ao celebrar os fiéis defuntos, a Igreja faz memória de homens e mulheres que, com o sinal da fé, partiram na esperança da ressurreição. Desde sempre, a Igreja honrou a memória dos fiéis defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, principalmente o sacrifício eucarístico, para que purificados, cheguem à visão beatífica de Deus. Pelo Batismo fomos configurados a Cristo e incorporados à Igreja, que é santa por natureza. O Catecismo da Igreja Católica diz: “todas as obras da Igreja tendem como seu fim à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus. É na Igreja que está depositada a plenitude dos meios de salvação”. (CIC 824). É nela que adquirimos a santidade pela graça de Deus. Todos são chamados à santidade: “Sede perfeitos, como vosso Pai do céu é perfeito”. Incorporados a Cristo pelo Batismo, os fiéis são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. A solenidade de Todos os Santos indica o chamado que o Cristo Ressuscitado faz a cada pessoa para o seguir e ser santo, à
imagem de Deus, aquela imagem que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar no amor e para o amor. A Igreja celebra a solenidade de todos os santos para expressar a íntima união com Cristo aqueles que foram glorificados no céu em razão dos méritos que alcançaram enquanto peregrinavam neste mundo. Desta forma, acreditamos também que um dia poderemos fazer parte da multidão incontável que se prostra diante do Cordeiro. A comunhão dos Santos indica a participação de todos os membros da Igreja na fé, nos sacramentos, nos carismas e outros dons espirituais. Designa ainda a comunhão entre as pessoas santas, isto é, entre os que, pela graça, estão unidos a Cristo, morto e ressuscitado. É importante ressaltar que a solenidade de Todos os Santos é um dia santo e de preceito, isto é, todos os cristãos católicos devem participar da santa missa neste dia. E mais, por determinação da CNBB e autorização da Santa Sé, esta solenidade é celebrada no domingo seguinte, caso o dia 1º não caia no domingo.
Frei Joelmi F. Gomes SCEP Nordeste I
Ser Sacerdote Conselheiro nas ENS enriqueceu muito meu sacerdócio
O Movimento das Equipes de Nossa Senhora, desde suas origens, teve como objetivo gerar amizade, proximidade e colaboração pastoral entre sacerdotes e casais. Desde quando recebi meu primeiro convite para ser conselheiro espiritual, no ano de 2018, pude perceber pela maneira como fui abordado, que havia de certo algo diferente, transcendente e espiritual. A dinâmica das reuniões e preparatórias, as noites de oração e demais eventos, me proporcionavam entender melhor dentro da espiritualidade conjugal, meu papel como sacerdote e conselheiro espiritual dentro do Movimento. Os anos se passaram e mesmo assim parece que foi ontem, os olhos brilhantes dos casais que esperançosos se encaminham para um mergulho neste oceano de bençãos que são as equipes. As reuniões e as partilhas que alí são feitas enriquecendo cada um que participa. Os laços de amizade que nascem e se perpetuam na mística do amor. Ser sacerdote conselheiro espiritual enriqueceu muito meu ministério. A rica possibilidade de poder através do ministério ordenado levar Jesus aos casais através da benção e do aconselhamento. Testemunho, no meu primeiro ano como conselheiro espiritual, um casal em especial, que me partilhou quantas vezes preparados para se divorciar mudavam de idéia após as reuniões. Meditei no quanto era frutuosa esta experiência. Alguns casais, neste anos, deixaram o
Movimento, mas quando os encontro pelas estradas da vida, sempre me perguntam sobre. Pode-se sair do Movimento mas ele não sai do casal. Deixa marcas eternas. Minhas orações a todos os equipistas, a todos os que serão e já o são. Rezo pela fidelidade e perseverança daqueles que Deus chamou a serem líderes dentro do Movimento. Paz e Bem.
Pe. Charles Fernando Gomes SCES Rio de Janeiro D Província Leste I
Carta de um SCE
Junto com a graça de ser um Sacerdote tenho também a de ser um Sacerdote Conselheiro Espiritual das ENS.
Servindo ao Movimento da ENS nos santificamos grandemente, nos momentos em que nossa função se faz necessária, seja nas reuniões, seja nas conversas e nos momentos em que somos chamados a dar opiniões ou conselhos.
Neste ano em que o tema das reuniões nos fala da Eucaristia, mais então somos chamados e conclamamos que a Eucaristia é o essencial da vida do cristão.
E somos nós sacerdotes, que por nossas mãos tornamos Jesus Cristo presente no mundo e nas vidas de todos que querem a realização da santidade em suas vidas.
Há 40 anos servindo como mediador entre Deus e os Equipistas de Nossa Senhora, me coloco na vida de muitos casais de várias Equipes em que acompanho ou acompanhei no Pará, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Testemunho com muita alegria as bênçãos e graças recebidas neste tempo de Conselheiro Espiritual, muito me enriqueceu como Padre e muito mais como SCE, sendo de grande importância em meu ministério sacerdotal.
Já recomendei muitos sacerdotes o serviço de apoio a tantos casais que precisam de uma orientação espiritual para sua vida conjugal, pois sei que o convite feito de sacerdote para sacerdote tem um peso diferente.
Nestes 40 anos de serviço ao Movimento das ENS, com diversas Equipes tive a oportunidade de me tornar mais Sacerdote e mais prestativo para as Famílias Equipistas dos estados onde trabalhei.
No Pará de 1984 a 2014, em São Paulo de 2014 a 2018 e no Rio de Janeiro até o presente momento, e nunca fiquei afastado do Movimento, pois sempre que chegava a uma nova cidade, logo arrumava uma equipe para ser conselheiro.
Pelo amor às Equipes de Nossa Senhora peço a Virgem Maria, nossa Mãe Santíssima, protetora de todos nós, a benção para todos os equipistas do nosso amado Movimento.
Pe. Wagner Fernandes SCE Região Rio I Província Leste I
Dia das Crianças
Preservar a pureza das Crianças é um dever de todo cristão. É uma alegria festejar o Dia das Crianças, nós que temos dois filhos, Rebeca de 3 anos e Tomás de 6 meses, comemoramos também celebrando Nossa Senhora Aparecida, indo à missa e celebrando com eles esse dia com brincadeiras e muita alegria. Celebrar a infância, a inocência e a pureza de uma criança é algo que não se pode deixar de lado. É maravilhoso ouvir suas risadas, ver seus rostinhos felizes por saberem que são amados. A infância é um momento especial, de encantamento único e deve ser cheio de AMOR! Em um mundo onde tantos valores e virtudes estão sendo esquecidos, a inocência das crianças está sendo atacada com desenhos maliciosos, filmes que confundem e músicas que sexualizam. É triste ver crianças sendo expostas a conteúdos inapropriados, é lamentável ver a inocência delas indo embora cedo demais. Não vemos mais criança brincando como antigamente. É urgente a presença dos responsáveis e a atenção aos conteúdos disponibilizados para as crianças na Internet por meio do celular, que hoje em dia é praticamente um novo brinquedo. Adultos muito ocupados deixam crianças sendo criadas pelas telas e isso é um perigo. Cristo disse: “Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus” (Mt 19,14). Por isso o dia das crianças deve ser celebrado, para reavivar sua pureza, para que o
Reino dos céus aconteça já aqui no meio de nós. Devemos preservar as crianças de todo mal, levando-as para a igreja, devemos acostumar nossas crianças a estarem na presença de Deus e rodeadas de pessoas que também buscam estar na presença Dele. Para essa missão todos fomos chamados, não só quem é pai e mãe, mas TODOS QUE SÃO CRISTÃOS. Não deixemos que as mentiras desse mundo confundam nossas crianças. Rezemos neste dia com elas por todas aquelas que não tem o que comemorar, pois já não tem mais infância por terem que trabalhar tão cedo, por aquelas que foram abandonadas, por aquelas que estão enfermas, por aquelas que foram tiradas da presença dos seus pais, e também não podemos nos esquecer daquelas que já no ventre materno foram impedidas de nascer e por tantas outras situações terríveis que existem neste mundo. Que Nossa Senhora Aparecida interceda pelas nossas Crianças e que Deus faça os corações dos homens sensíveis como os das crianças e nos dê a graça de viver no reino dos céus. Amém!
Feliz dia das crianças, da pureza e da alegria!
Mércia e Ronaldo ENS Desatadora dos Nós Rio de Janeiro/RJ Província Leste I
E as nossas crianças? Como andam?
Queridos Irmãos Equipistas, Graça e Paz por parte do nosso Senhor Jesus Cristo. O dia das crianças vem se aproximando e com ele vem o questionamento de como anda a vida cristã de nossas crianças? No Evangelho de São Mateus 19, 14, Jesus diz “Deixai as crianças virem a mim e não as impeçais, pois o Reino dos Céus pertence aos que se assemelham a elas”. Quando nos aprofundamos e refletimos sobre essa passagem, levantamos dois pontos a serem discutidos. O primeiro é a frase “Não as impeçais”. Por vezes, nos comportamos como aqueles apóstolos que, dentro de suas limitações e envolvidos pela sua vontade, se dispuseram a impedir, mesmo que sem intenção, que a benção de Jesus chegasse a uma criança, e assim que a graça de Deus não se manifestasse nela. Muitas vezes, pela má formação, informação e de referência dentro do seu próprio lar, as crianças são impedidas de progredir espiritualmente. Com isso, temos que ter a consciência de que somos chamados a colaborar para que o Reino de Deus se expanda sobre todos, principalmente entre os mais inocentes. Outro ponto que refletimos foi na frase “Que se assemelham a elas”. Desde o início, Jesus quis nos ensinar a vivermos na dinâmica da Infância Espiritual. Devemos nos abandonar verdadeiramente a confiança e a esperança cega, nos lançando em seus braços de Pai, sem medo e questionamentos,
sabendo que este irá nos segurar e sustentar para todo e sempre. Dessa forma, temos que ter a consciência de que nós, enquanto responsáveis, trilharemos e encaminharemos essas crianças para o caminho do Bem, ensinando que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6a). Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, intercessora das crianças, rogai por nós!
Camila e Dannilo ENS das Graças
Rio de Janeiro/RJ
Província Leste I
Não acreditávamos da necessidade do matrimônio na Igreja
Sempre nos emocionamos, aqui nas Cartas Mensais, com os testemunhos de irmãos que, passando por problemas de saúde física, encontram na Sagrada Eucaristia, força, fé e determinação para prosseguirem em sua jornada. Porém, nosso testemunho da Eucaristia em nossa vida conjugal é de cura espiritual. Quando entramos para o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, há vinte anos atrás, meu esposo Ronaldo, não havia feito sua primeira comunhão, apesar de termos casado na Igreja. Víamos todos os casais, comungando juntos e faltava para nós a melhor refeição, a partilha perfeita: “Pois a minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo 6, 55-56) Então, nosso Conselheiro Espiritual na época, Pe. Denivaldo dos Santos, SDV, observando aquilo, um dia indagou porque todos se aproximavam da Eucaristia, menos meu esposo. Contamos a ele o motivo e logo se imbuiu da missão de resolver o problema. Tínhamos um diácono na nossa Equipe que se prontificou a dar toda a catequese a Ronaldo e em dia e hora marcada, com a presença de toda a Equipe e nossos filhos como coroinhas, foi realizada a Primeira Eucaristia do Ronaldo. Que alegria, que momento de amor, pois o Espírito Santo se fez presente na Celebração e na vida do meu esposo. Antes disso, íamos
as Missas, mas faltava o principal e depois dessa ajuda mútua de nosso Conselheiro, com sua atenção e acolhimento, meu esposo passou a participar assiduamente das Celebrações, com mais fervor e nossa vida conjugal recebeu “sal e luz”, dando uma transformação espiritual na vida e na caminhada de meu esposo na Igreja e no Movimento. Que Nossa Senhora, mãe intercessora, sempre ilumine aqueles que ainda não tiveram essa cura e os faça perceber que sem o alimento perfeito, a Eucaristia, nossas vidas não atingirão a “graça eterna”.
e Ronaldo ENS de Lourdes
Rio de Janeiro/RJ Província Leste I
Valeria
O Fardo se tornou leve
A Eucaristia, fonte de missão é o nosso tema de estudo em 2024. Apresentamos o testemunho de um casal irmão que enfrenta com fé uma questão familiar, buscando na Eucaristia respostas às suas preces e discernimento para as decisões necessárias. “Falar da eucaristia não é distanciar-se da vida real, mas encará-la em toda a sua radicalidade” (pg 11). Essa frase resume o testemunho. A filha desse casal revelou aos pais que sente atração pelo mesmo sexo, o que causou dor e sofrimento familiar e foi difícil aceitar essa realidade. No esforço da caminhada pela santidade, foi na Eucaristia diária, onde experimentaram a festa do ágape de Deus, que eles inicialmente encontraram forças para superar o primeiro impacto, com equilíbrio, e acolher com ousadia um fato tão inesperado. Buscar a Eucaristia como prioridade diária nos interpela e nos dota de um olhar amoroso, como é o olhar de Deus ao se doar como pão eucarístico e assim nos alimentarmos para alimentar o outro com o mesmo amor. Todos os dias iam à missa, e sabiam que seria na Eucaristia que encontrariam forças e respostas às suas perguntas, pois é o próprio Deus quem se dá a nós e nos capacita com palavras e condutas assertivas. Diariamente apresentavam junto ao sacrifício do Cordeiro, cada desafio e preocupação a serem superados. Tudo isto foi se adequando e aos poucos o fardo se tornou leve. Uma das graças alcançadas foi a entrega das preocupações ao Senhor
que retirou do coração dos pais a inquietude, conferindo a paz necessária para seguir a dinâmica familiar com serenidade e não se sentirem julgados pelos irmãos de fé ou pelos parentes. A Eucaristia diária proporcionou a graça da fé e da confiança nos desígnios de Deus e a certeza de que Deus ama sua filha muito mais que eles. Da vivência diária da Eucaristia sobreveio a paz.
Socorro e Henrique
CRR Ceará IV
Província Nordeste II
A Eucaristia, socorro a nossa fé
Olá querido irmão equipista. Que alegria podermos vivenciar neste ano um tema de estudo riquíssimo que é a Eucaristia, fonte de missão. Em nossa missão atual de Casal Responsável de Setor, temos ouvido vários relatos de casais que, a partir do estudo do Tema do Ano, tem vivido uma experiência totalmente nova e mais profunda com a Eucaristia, sobretudo na Santa Missa. Uma verdadeira redescoberta do Valor imensurável do Santíssimo Sacramento do Altar. Mas o Senhor conhece nossas fraquezas, nossa pequenez e limitação para compreender os mistérios da fé, e sempre pedimos ao Senhor: Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé (Lc. 17, 5). Diante da grandiosidade da presença real do Senhor na Sagrada Eucaristia, somos por vezes tentados a duvidar e não raramente, fraquejamos na fé. E com a fé enfraquecida, não damos o devido valor à Missa. Porém, nosso Deus, rico em amor e misericórdia nos socorre em nossa falta de fé, por exemplo, através dos milagres eucarísticos. E aqui entra nosso testemunho, pois por graça de Deus, vimos um milagre eucarístico diante de nós. Em 2013 tivemos a graça de fazer uma peregrinação pela Terra Santa, uma benção de Deus. Nosso grupo era de 30 peregrinos, e todos os dias o Sacerdote que era o Diretor Espiritual celebrava a Santa Missa para nós nos mais diversos locais sagrados. Como a Missa era
só para nosso grupo, as particulas eram contadas para que ao final da Missa, não houvesse sobra de partículas consagradas. Em um desses dias, celebramos a Santa Missa na Basílica da Agonia, local este onde o Senhor fez sua oração antes de ser entregue para viver sua paixão, morte e ressurreição. No momento da comunhão, além de nosso grupo de peregrinos, inesperadamente em torno de 70 pessoas a mais entraram na fila da comunhão. E a sagrada comunhão foi dada a todos, sem haver o fracionamento das partículas, ou seja, as hóstias consagradas se multiplicaram verdadeiramente, de forma física. Contemplamos verdadeiramente a realização de um Milagre Eucarístico diante de nossos olhos. O Senhor em seu infinito amor sempre nos socorrendo em nossa falta de fé. Que A Eucaristia reacenda em nós a fé, e faça de cada um de nós, pessoas verdadeiramente de vida de oração e missionários, como nos ensina padre Caffarel na Carta Mensal de novembro de 1952: “a Eucaristia numa alma que não ora é semente em terra não lavrada, não pode produzir frutos.” Juntos somos mais!
Val e Alexandre CRS Pindamonhangaba A Província Sul I
“A Eucaristia como fonte de amor na vida conjugal
A Eucaristia como fonte de amor na vida Conjugal Sabendo que a Eucaristia é um dom por excelência da Igreja, sendo do próprio Cristo, seu alento espiritual é o precedente mais valioso que a Igreja pode ter no curso de todo o trajeto da história. A Eucaristia é a ação de Graça e somos Graça de Deus porque Cristo está presente, dessa forma, a Eucaristia é o cerne da vida cristã, a existência de Cristo é legítima e efetiva, Ela nos revigora, é o advento da vida cristã, é o intimo da harmonia clerical. Na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, São João Paulo II mostra a necessidade de como o amor entre os cônjuges precisa ser alimentado pela Eucaristia, já
que a Eucaristia é a principal motivação do caminho cristão, portanto, a importância de ir a Jesus sempre que precisar se encher desse amor como forma de aperfeiçoamento do nosso matrimônio. Da mesma forma que Cristo e a Igreja são uma só carne, é importante vermos que a Eucaristia tem a ver com o matrimônio entre Cristo e sua esposa, que é a Igreja, portanto a Eucaristia e o matrimônio estão ligados, através da Eucaristia. Fomos convidados a viver uma experiência íntima com Cristo que nos levou a uma reflexão, um legítimo exame de consciência sob a nossa fé, ao qual nos conduziu a um casal mais benévolo, mais disponível para seguir Cristo, com um olhar mais piedoso e sem dúvidas, transformados pelas Graças de Deus. Esta Graça de Deus nos levou a enxergar a necessidade de sermos um casal missionário. Se na Eucaristia vivemos o grande mistério em que o esposo, Jesus Cristo entrega seu corpo pela esposa, a Igreja, concluímos que no Sacramento do matrimônio toda a entrega e desapego faz uma analogia à Cruz, pois é uma entrega total de amor, daí o fato da eucaristia ser o sinal do amor, da entrega completa.
Elizeuda e Fábio
ENS de Lourdes
Caicó/RN
Província Nordeste I
A importância do casamento na Igreja
No início da nossa relação conjugal não acreditávamos da necessidade do casamento na Igreja.
Tínhamos o casamento civil e duas proles de tenra idade, mas não o matrimônio. Embora, os amigos e parentes alertavam-nos da importância de se casar na Igreja, eu sempre debochava. Quando minha esposa apresentou a filha caçula ao pároco para o Sacramento do Batismo, ele nos orientou que deveríamos regularizar a situação conjugal na Igreja. Todavia, com minhas ideias egoístas, discordava completamente dele, com ironia. Batizamos nossa filha, mas em desobediência não concretizamos o matrimônio. Existe uma
Paróquia em Parada de Lucas - RJ, denominada São Sebastião, No altar tem a Cruz de Cristo e atrás dela um desenho da figura de círculo de cor branca, quase do tamanho da Cruz. Não atentava para o significado deste círculo. Certo dia, participando da Santa Missa, num determinado momento o sacerdote pediu para fecharmos nossos olhos, quando, então, ao abri-los, meus olhos avistaram a Cruz e instantaneamente vi o círculo envolvido com o corpo do Cristo. Neste momento meu coração disparou e compreendi que o círculo é a hóstia consagrada e que ela, de fato, é o corpo de Cristo. Não restava mais dúvidas, precisávamos casar. Diante desta revelação, realizamos o nosso matrimonio. Foi uma celebração muito simples, mas a presença do Espírito Santo foi tão forte que, as
lágrimas percorreram nossas faces. Logo após, fomos convidados a ingressar no Movimento das ENS, pois sem sacramento do matrimônio não poderíamos participar. Neste sentido, a Eucaristia é vital para nossas vidas, razão pela qual sempre que possível, visitamos o Senhor no Sacrário para adorá-Lo, bem como não faltamos as missas dominicais. A Eucaristia é o nosso tesouro.
Lucimar e Adilson, ENS de Lourdes Rio de Janeiro/RJ
Província Leste I
A Ajuda mútua nos momentos difíceis
No dia 4 de maio fomos impactados com algo totalmente inesperado, intenso e desnorteante. Nossa família, abandonava a casa e por algumas semanas até a nossa cidade. Algo difícil de acreditar, compreender e processar estava acontecendo: nosso bairro, assim como várias partes de Porto Alegre e cidades vizinhas, estava sendo pouco a pouco tomado pela água. Estávamos com nossos vizinhos e irmãos de Equipe, incrédulos de que pouco a pouco a água chegava em nosso condomínio, em nossa alameda, adentrando a nossa casa. Na primeira oportunidade que tivemos, fomos resgatados por um caminhão do Exército Brasileiro, com apoio de voluntários, e levados para um lugar seguro e após isso para casa de parentes. Naquele momento, em um turbilhão de emoções e pensamentos, uma certeza Maria colocava em nosso coração: nosso tesouro estava conosco, nossa família. As semanas seguintes eram de tentar colocar a cabeça no lugar, criar alguma rotina, orar e ir à missa, agradecer pela nossa vida, e dos demais, e pedir pela descida da água. Muito carinho, muita oração, muito apoio de nossos irmãos de Equipe, amigos, parentes, outros casais das ENS, de pessoas que nem conhecíamos. As águas baixaram e veio a angústia de retornar ao lar. O que encontraríamos? O primeiro dia, o mais difícil, Deus foi serenando nosso coração ao mesmo tempo que enviava seus anjos,
de carne e osso, que não nos deixaram sozinhos em nenhum momento. Apoiando, lavando, tirando lixo, superando o cansaço, o cheiro insuportável de esgoto, apontando alternativas, mostrando a luz. E assim fomos por algumas semanas, até que tudo o que os quase 1m 10cm de água que entraram em nossas casas haviam levado e estragado estivesse removido e assim a reconstrução iniciasse. Não só em nossos lares, também tentávamos ajudar os vizinhos, pessoas amigas a ter esperança, força e muitas vezes as necessidades mais imediatas supridas. Acompanhávamos toda a mobilização das ENS no Brasil orando, ligando, ajudando. Recebemos a Equipe em nossa casa, onde pudemos tomar um café, compartilhar momentos e rezar juntos. Todos ainda incrédulos de tudo que acontecia. Gratos e louvando a Deus pela ajuda concreta recebida das ENS, que apoiou esse momento. Hoje mais fortes, mais confiantes em Deus e Sua providência, amados pela Mãe Santíssima através de todos que oraram, que se sensibilizaram, que ajudaram como puderam. Muito obrigado, e que Deus abençoe a cada um de vocês, suas famílias, suas Equipes, e juntos possamos ser mais e melhores.
Ana Paula e André ENS Mãe de Deus
Porto Alegre/RS Província Sul III
Nossa fé não deu lugar para o desespero
Em maio deste ano fomos surpreendidos em nosso Estado pela maior enchente da história. Cremos que é precisamente nestas horas que somos chamados a dar testemunho D’aquele que nos dá força, pois é N’ele em quem colocamos toda nossa confiança! Isto não significa que não houve medo, tristeza, dor ou lágrimas, mas nossa fé não deu espaço para o desespero. As águas destruíram metade de nossa cidade. Arrasou a nossa empresa, e a casa de muitos amigos. Nos sentimos impotente diante de tantas necessidades e pedidos de ajuda, dentro e fora de nossa casa. Confrontados por nossas limitações, algo ficou muito claro em nossos corações: com Deus é difícil, mas sem Ele... é impossível!! Em nenhum momento estivemos sozinhos, pois Maria nos carregou no colo e fomos amparados em todas as necessidades. “Acaso não estou eu aqui, que sou tua Mãe?”, disse Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira de nossa equipe. Sentimos sua presença materna no abraço que as ENS nos deram: sensíveis às nossas
necessidades, não pouparam carinho e esforços para auxiliar com doações a todos os equipistas atingidos. Muito obrigado por nos ajudar a seguir em frente.
Carine e Samuel ENS de Guadalupe
Canoas/RS Província Sul III
Assumir nosso dever de santificação
Transformação em três Letras - PCE
A vida de um casal equipista é buscar o crescimento espiritual e expressar em nossas atitudes, no dia a dia, o amor de Cristo que habita em nós. Este processo de busca da santidade deve ser permanente, pois sabemos que a conversão é um esforço diário. Os Pontos Concretos de Esforço realizados com frequência, geram mudanças de atitudes e a cada partilha, deixamos gradualmente de ser superficiais, incentivando e ajudando na dificuldade do outro, sendo sinal de esperança e testemunho para com o próximo. Não podemos esquecer da responsabilidade que Jesus no Sermão da Montanha nos delegou “Vós sois o sal da terra. ( ) Vós sois a luz do
mundo” (Mt5, 13a-14a). Na partilha, Deus fala, olha, estimula, ajuda, corrige, através dos membros da Equipe. Por isso, temos de assumir o nosso dever de santificação, não só dentro da nossa Equipe, mas na nossa Comunidade Paroquial, no local de trabalho e no âmbito familiar. É na vivência dos Pontos Concretos de Esforço que assumimos os dons que vem de Deus e colocamos a serviço do outro, progredindo em nossa união matrimonial.
e Wladimir ENS de Fátima Província Leste I
Rosemary
A missa acabou e agora?
Depois de 28 anos caminhando com as ENS, tivemos a oportunidade de participar do nosso primeiro Encontro Internacional Torino 2024. Ouvíamos falar maravilhas, que valeria a pena ir, mas que deveríamos ir com o espírito peregrino. A nossa caminhada ao longo desses anos foi nos ensinando muitas coisas, dentre elas, ter coerência entre fé e vida, sobretudo no “ir” e no “estar lá”, isto é, no fazer a “experiência da comunhão” a exemplo de Maria nas Bodas de Caná: “eles não têm mais vinho”. Nesse Encontro, percebíamos que a alegria estava no ar, vimos muitos encontros e abraços entre Casais e Conselheiros. A nossa mística se fazia presente por parte de voluntários, de organizadores, palestrantes e nos testemunhos, além dos relatos que ouvíamos sobre as equipes mistas, as quais foram realizadas em diferentes locais pela cidade de Turim, dentre os oito mil peregrinos. E assim trouxemos para partilhar dois testemunhos:
1. das meditações que lá ouvíamos, destacamos Marina Marcolini, que nos falava com o coração ardente sobre os discípulos de Emaús. E, como casal equipista, nós percebíamos que juntos, estávamos fazendo essa experiência pelo caminho feito por aqueles dois discípulos, quando em certo ponto da meditação ouvimos: “Jesus não se impõe; o que Ele explicou nas Escrituras e a experiência eucarística vivida em conjunto os transformou e os pôs em movimento... e escolher uma missão significa escolher
a própria identidade”. O mesmo ocorre ao final da celebração eucarística: a “Missa acabou” e agora?
2. na Cascina Verne, onde nós ficamos hospedados junto com outros onze casais italianos, ardia os nossos corações, pois esse nosso convívio nos levou a conhecer casais alegres e verdadeiros em seus testemunhos de conjugalidade e abertos ao acolhimento. A cada uma das refeições e reuniões mistas a nossa amizade se fortalecia e ali rezávamos juntos à noite:
“L'anima mia magnifica il Signore e il mio spirito esulta in Dio mio salvatore“.
“A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.
O Senhor fez e faz maravilhas em nós. Santo é o Seu nome.
Claudia e Ramiro Dias
ENS de Lourdes Caçapava/SP
Província Sul I
Carta de Turim 2024 da Equipe Responsável
Internacional para os Equipistas de todo o mundo
Queridos casais e conselheiros espirituais das Equipes de Nossa Senhora: Chegamos ao fim deste XIII Encontro Internacional, no qual fomos animados a voltar para casa com o coração ardente, desejosos de sermos mensageiros da esperança e instrumentos missionários do amor de Deus. Como diz Jesus no relato de Mateus: “A boca fala daquilo de que o coração está cheio”. (Mt 12:34)
A celebração desse encontro de fé não foi um evento fortuito ou isolado no caminho que compartilhamos. Desde Fátima 2018, quando foi elaborado um roteiro para o sexênio 2018-2024 sob o lema “Não tenham medo, saiamos!”, temos vivido anualmente um itinerário que procurou despertar o sentido inato de missão que nos acompanha desde o nosso Batismo. Ao longo desses seis anos, esse sentido de missão se desenvolveu em todos nós, não como uma condição adquirida pela mera transmissão de uma ideia, mas como consequência do próprio encontro com Cristo. Ser instrumentos do amor misericordioso de Deus, como nos foi proposto, implica uma comunhão íntima com o Senhor que alcança sua plenitude na Eucaristia, tal como experimentamos no encontro que estamos concluindo hoje.
Como observa Henry J. M. Nouwen em seu livro “Não nos ardia o coração”, uma bela meditação sobre a vida eucarística, “Deus deseja a comunhão: uma unidade que é vital e viva, uma intimidade que provém de ambas as partes, um vínculo que é verdadeiramente recíproco. Não se trata de algo forçado ou voluntarista, mas de uma comunhão oferecida e recebida
livremente. Deus chega até onde for necessário para tornar possível essa comunhão”. [...]
Com nosso coração cheio de alegria por tudo o que foi vivido, chegamos ao momento de transmitir-lhes o discernimento realizado para orientar a vida do Movimento nos próximos anos.
Chamados a viver em comunhão
É fácil compreender que toda evangelização se vive a partir de uma experiência de Encontro. E é nesse Encontro que deve ser despertada uma atitude de acolhida. Acolhemos o Senhor que tem esse profundo desejo de nos encontrar. E também acolhemos as pessoas que encontramos, desde as mais próximas até as mais distantes, nas mais diversas situações. Olhamos, escutamos, falamos uns aos outros, abrimos nossos corações para que possamos começar a falar, agir e servir. Essas duas palavras:
Encontro e Acolhida fazem parte do significado que queremos dar à orientação geral para os próximos seis anos: Chamados a viver em comunhão.
A orientação geral que quer animar a vida das Equipes de Nossa Senhora nos próximos seis anos: Chamados a viver em comunhão, está inserida no processo atual que vive a Igreja. Nossa realidade está enraizada nela e queremos viver como parte dessa mesma história. Uma igreja que busca na Sinodalidade um processo de comunhão, que nós, como Equipes, temos praticado desde a nossa fundação. Como nos recordava o Papa Francisco na Audiência de 4 de maio
passado, a corresponsabilidade entre cônjuges e sacerdotes é uma das valiosas contribuições de nosso Movimento. Nossa sintonia com a Igreja é fortalecida pelo reconhecimento do dom que recebemos, convencidos de que temos muito a contribuir.
Portanto, é essencial que, para viver a comunhão, estejamos plenamente conscientes de nosso carisma, uma vez que reconhecer a especificidade de nosso Movimento é o que nos mantém unidos. O carisma é uma realidade que está acima das diferenças culturais, das adaptações, das inculturações. Devemos reconhecer claramente quem somoscasais chamados a viver a santidade do nosso Sacramento junto com os sacerdotes que nos acompanham em nosso caminho - e nossa maneira de fazer isso é nas pequenas comunidades que são as equipes. E fazemos isso conscientes dessa identidade, mas não no sentido de acreditar que possuímos a perfeição moral, o que nos deixaria orgulhosos, mas chamados a viver na perfeição do amor, como nos lembrava o Padre Caffarel. Fortalecidos por esse modo de ser cristãos, reconhecendo desde nossa realidade outras situações, nós nos comprometemos a colaborar, a ajudar, a servir... sem nos confundirmos ou nos diluirmos, porque não podemos trair nosso carisma, que é um dom do Espírito.
Somos chamados para um encontro, chamados por Deus, para aceitar um dom, que é a comunhão. Não é algo que fazemos, é algo que recebemos gratuitamente de Deus, como tudo em nossa vida. E depois desse encontro com Cristo, respondemos a partir de nossa própria realidade, para nos convertermos em missionários de seu Reino. E nossa maneira
de entender a comunhão na Igreja e no mundo em que vivemos, essa união dos crentes com Cristo, é fortalecida em nossa comunidade, que é a das Equipes de Nossa Senhora.
Essa orientação tem múltiplas referências no Evangelho e, especialmente, nos textos apostólicos das Cartas. Ouvimos fortemente o chamado à comunhão na carta de São Paulo aos Filipenses: “Portanto, pelo conforto que há em Cristo, pela consolação que há no Amor, pela comunhão no Espírito, por toda ternura e compaixão, levai à plenitude a minha alegria, pondo-vos acordes no mesmo sentimento, no mesmo amor, numa só alma, num só pensamento” (Fp 2:1-2). Ele nos fala de uma Igreja em crescimento que precisa estar enraizada em Cristo, para viver em comunidade e expandir-se com atração no serviço ao mundo.
Também a encontramos nos textos fundamentais do Movimento. O complemento à Carta Fundacional de 1976, que descreve pela primeira vez que devemos viver em sintonia com as orientações do Movimento, propôs como orientação permanente o Mandamento do amor que Jesus Cristo veio nos trazer: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento, com todas as tuas forças... e ao teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12,30-31).
Longe de ser uma proposta egocêntrica, a comunhão é reconhecida na Igreja como um dos sinais de identidade do discípulo missionário. É por meio da comunhão que a Igreja é constituída. Reconhecemos e caminhamos como uma família na fé e na comunhão e, acolhendo esse dom, somos testemunhas no mundo. Assim, propomos algumas orientações que podem
ser desenvolvidas nos próximos anos, com alguns acentos particulares, dependendo do que for vivido na Igreja e dos resultados do Sínodo. As três primeiras orientações seriam:
• Chamados a viver em comunhão com Cristo: será acompanhada pelo novo tema de estudo, “No Caminho de Emaús”. Reconhecemos Cristo caminhando ao nosso lado e, nutridos por sua Palavra e por sua presença no Pão e no Vinho, saímos para testemunhar e servir.
• Chamados a viver em comunhão com nosso cônjuge: a partir da antropologia do amor humano, “O amor é muito mais do que o amor” nos ajudará a entender nosso amor feito Sacramento e vivido como uma vocação.
• Chamados a viver em comunhão como família, com o ensinamento da vida das famílias da Bíblia, e a partir de suas atitudes, aprofundaremos o espírito de viver como famílias acolhedoras, não apenas interiormente, mas também exteriormente, assumindo e atualizando o acolhimento, uma das dez obrigações originais da Carta Fundacional.
É prematuro estabelecer agora as ênfases e as orientações para os anos seguintes, pois devemos estar atentos para responder aos sinais dos tempos e às diretrizes da Igreja em um mundo em transformação. Iremos descobrir como viver a comunhão também na equipe, com o Movimento, com a Igreja e no mundo.
Padre Caffarel disse em palavras dirigidas aos membros da Equipe Responsável Internacional em 1981: “Não há verdadeira renovação se não formos fiéis ao carisma original. A renovação do Movimento só
pode ser alcançada por meio do aprofundamento do Carisma, que é um dom do Espírito e, como tal, não pode ser manipulado. Para renovar o Movimento é necessário unir-se ao crescimento interno desse carisma. Não é necessário procurar em outro lugar. É como se, depois de encontrar uma fonte com água abundante, quando nos parece que ela está começando a secar, fôssemos procurar água em outro lugar. O que temos de fazer é ir fundo, aonde o veio de água certamente será encontrado”.
Estamos, portanto, convencidos de que essa intuição do Espírito Santo continua a estar presente e que, sendo dóceis a ela, devemos renovar nossa fidelidade, construindo com ímpeto a partir da rica história de nosso Movimento. Fiéis ao dom recebido e, ao mesmo tempo, atualizando-o sem distorcê-lo neste momento histórico para a Igreja, propomos viver em profundidade a proposta que as Equipes nos oferecem, reconhecendo humildemente que as Equipes de Nossa Senhora são obras de Deus e que é Ele quem as guia.
Com essa certeza, diante de vocês e diante Dele, e com o coração ardente, nós nos comprometemos a ser fiéis à missão que nos foi confiada, para o bem das Equipes e da Igreja.
Que nossa Mãe do Céu e Padroeira do Movimento nos acompanhe nesse caminho.
Vamos com o coração ardente!
Que assim seja, Clarita e Edgardo Bernal Fandiño Responsáveis Internacionais 2018-2024
Mercedes e Alberto Pérez Bueno Responsáveis Internacionais 2024-2030
Tivemos a imensa alegria de nos unirmos em oração no dia 18/09/2024, quando fazemos memória do aniversário de 28 anos de morte do Pe. Caffarel.
Foi um momento de profunda espiritualidade e de renovação da nossa fé e missão como Equipistas.
A participação de cada um, foi um verdadeiro testemunho da força do nosso Movimento.
Unidos em uma só voz, pedimos a Deus pela canonização de Padre Caffarel, cujo legado continua a inspirar a Espiritualidade Conjugal e o fortalecimento do sacramento do matrimônio em nossas vidas.
As orações, meditações, intenções e celebrações compartilhadas mostraram o quanto nossa família Equipista está engajada e comprometida com essa causa tão especial.
O carisma do Padre Caffarel, que sempre colocou o casal no centro da vida cristã, permanece vivo em nossos corações, e foi tocante perceber o quanto esse espírito continua a florescer entre nós.
Este Dia de Oração também foi uma oportunidade para refletirmos sobre o chamado que recebemos como casais cristãos: de sermos luz no mundo, guiados pelo amor de Cristo e pelo exemplo de entrega e serviço que o Padre Caffarel tão bem nos ensinou. Mais do que pedir por sua canonização,
também fomos convidados a renovar nosso compromisso com a vivência do amor conjugal, com a oração em casal e com o serviço à comunidade.
Que este espírito de oração continue a nos acompanhar em nossa caminhada, inspirando-nos a sermos testemunhas vivas do Evangelho, assim como o Padre Caffarel nos mostrou em vida.
Agradecemos de coração a todos que se envolveram e participaram deste momento tão especial. Que sigamos em oração, com fé e esperança, confiando sempre na sua intercessão.
“Basta que existam alguns milhares, algumas centenas de milhares de pequenos lares de oração em nosso mundo e o semblante do planeta terá mudado.” 1 Com carinho e orações.
Katia e Alexandre CR Causa de Canonização Pe. Caffarel
1 Pe. Henri Caffarel Centelhas de sua Mensagem, pág. 91.
Equipista rocha ou equipista areia?
O substantivo casamento deriva da palavra latina casa e significa cabana. Toda palavra deve tributo à sua etimologia. Desse modo, casa e casamento significam construção ou edifício. O processo de construção de uma casa é longo, pois envolve tempo, dedicação e gastos. É preciso um alicerce sólido para que a casa permaneça inabalável diante das intempéries e tempestades. Também um casamento demanda empenho, atenção e cuidado para que o casal se mantenha fortalecido diante das ventanias e infortúnios da vida. O alicerce da construção da vida conjugal é Cristo, a pedra angular. Padre Henri Caffarel sublinhava: “Que Deus seja em vossas casas o primeiro a ser buscado, o primeiro a ser amado, o primeiro a ser servido” (Pe. Caffarel, 1945).
No ano 1945, Henri Caffarel leu esta passagem do evangelho de São Lucas e se inspirou nela para escrever sobre um “Dever Desconhecido”: “Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la?” (Lc 14,28). Ele acrescentou: “Cristo, no capítulo 14 de São Lucas, convida os seus ouvintes à prática do Dever de Sentar-se.”
Jesus profere uma parábola de dois construtores, duas casas e de uma forte chuva que se lança contra as casas construídas. O homem sensato construiu sua casa sobre a rocha e o insensato sobre a areia. As duas casas foram sujeitas às mesmas tempestades e
intempéries e submetidas às mesmas condições. Não havia diferenças entre ambas, exceto no alicerce. Embora a diferença entre as duas casas não fosse visível, havia uma diferença essencial, pois o detalhe mais importante de uma casa é o alicerce; parece insignificante por não estar à vista. No entanto, é a parte mais importante da edificação. “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do qual foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Cor 3,11). As ventanias são inevitáveis. Por isso, a necessidade de bons alicerces. O construtor insensato representa aqueles casais que sempre estão com pressa. Querem fazer tudo imediatamente. Não são capazes de esperar.
São impacientes. Não dedicam tempo aos seus empreendimentos. Vivem sempre interessados em atalhos e resultados imediatos. O homem insensato não tem tempo para ouvir instruções. Não dá atenção às regras que governam a construção de uma casa. Não percebe que há alguns princípios de engenharia que precisam ser observados.
Ao falar sobre o Dever de Sentar-se, Padre Henri Caffarel sugere que o casal regularmente consulte o “Mestre de Obra” (Cristo): “Mas será que desde que iniciaram este projeto, não terão negligenciado demais o ato de se sentarem para examinar conjuntamente o projeto realizado, reencontrar o ideal entrevisto, consultar
o Mestre de Obra?” Consoante Padre Caffarel, o Dever de Sentar-se não deve ser realizado como se fosse um fardo, mas como um encontro entre pessoas que se amam: “Para prevenir a rotina, há um outro meio do qual quero falar-vos um pouco mais detalhadamente. Abri a vossa agenda e tal como marcaríeis nela um concerto ou uma visita a amigos, agendai um encontro convosco mesmos.”
Analisando as duas casas, percebe-se a diferença entre um equipista sensato e um equipista insensato. Ambos têm determinadas características em comum. Os dois tipos de equipistas fazem parte da mesma Equipe. Sentam-se juntos e escutam o mesmo Evangelho. Externamente ambos são tão parecidos um com o outro quanto são parecidos entre si aqueles dois construtores e suas casas. Qual é a caraterística do equipista meramente nominal? Querer usufruir da Equipe sem responsabilidade! Sempre dá desculpas diante dos PCEs. O seu “eu” acha-se no centro da sua vida. Enquanto o perfil do equipista sensato consiste em “fazer a vontade do Pai que está nos céus” ao priorizar a vivências dos PCEs. E você, onde se encontra? Sobre a rocha ou sobre a areia?
Pe. Antonio C. Torres
SCE Carta Mensal
Poema embasado na literatura do Movimento
Ainda cedo foi à procura de Cristo, e encontrou a resposta como previsto. Ser sacerdote não foi obra do destino, e, sim a vontade do Pai num sopro Divino.
Após receber o dom e a graça da missão, buscou persistentemente a inspiração. Procurado por quatro casais, desejosos de encontrar algo a mais, humildemente aceitou o papel, – “procuremos juntos – disse o Padre Caffarel”. Com inteligência e sem demora, fundou as Equipes de Nossa Senhora.
“Para a época e para a igreja, uma revolução, hoje, um dom de Deus, em plena missão.” Fundou a revista L’ Anneau d’ Or, que difundia o Movimento e o amor, despertando a Espiritualidade Conjugal; logo ganhou conceituação internacional.
O Movimento se organiza, surgem os “Estatutos”, contendo os pontos essenciais e seus atributos. A ideia frutificou e se espalhou rapidamente, inserindo-se em países do oriente e do ocidente. Após longos anos à frente do Movimento, deixa-o em boas mãos para prosseguimento. Em Troussures cria um “centro intercessor”, reafirmando ao mundo seu talento precursor. Por fim, a vida do profeta se encerra, o grão maduro foi lançado à terra, num ato de restrita intimidade, e a alma ascendeu à eternidade. Além dos movimentos que fundou, um legado de obras escritas nos deixou, Agradando a Deus a quem deu o coração, Amou e serviu com obediência e paixão.