Tema do ano Capítulo 5: Ele lhes Deu... ................................................................................................
Tema do ano Capítulo 6: Tu santificarás os dias de festa...
FINANÇAS
“Não se perturbe o vosso coração”
IGREJA CATÓLICA
Sacramentum Caritatis: a Celebração Eucarística
Viva Santo Antônio e São Pedro
Viva São João
PALAVRA DO PAPA
Não deixemos que nos roubem a esperança!
DATAS DO MOVIMENTO Celebrar a vida!
A importância de celebrarmos o casamento
SCE e sua importância na vida das ENS
Dever de Sentar-se: caminho que nos leva à santidade
Partilha dos PCEs: equilíbrio entre aceitação e exigência
– O pão da vida do Casal
Partilhar os PCEs é assimilar novas atitudes de vida
A Eucaristia fonte de proteção para momentos difíceis..........................................................
A Eucaristia nos renova e nos devolve a esperança
Cristo Eucarístico em nossas vidas
O tempo e a importancia dos primeiros equipistas
Um estalo recíproco e nos lançamos um nos braços do outro...
A serviço dos casais que buscam o Sacramento do Matrimônio
EQUIPISTAS E A CM
CM 346 – "O Homem no Espelho"
CM 534 – "Dom da Fortaleza"
CM 557 – "Os nossos primeiros passos" ............................................................................................
As CNSE atingem a maioridade
ACESSE CARTA MENSAL SONORA:
559 edição junho/julho 2024 N O T Í C I A S
Está sendo publicado somente na CM DIGITAL acesse pelo site ens.org.br CM 558
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro na “Lei de Imprensa” N° 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil – CR Super-Região Brasil Rose e Rubens; Equipe Editorial: Responsáveis: CR Carta Mensal Mirna e Sildson; Conselheiro Espiritual: SCE Carta Mensal: Pe Antonio C. Torres; Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb.17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais – Tefé, 192 - Perdizes, São Paulo/SP - Fone 11 97574-9718 – e-mail: novabandeira@novabandeira.com – Responsável: Ivahy Barcellos; Revisão: Jussara Lopes; Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. Rejowski; Imagens: (Freeimagens/Pxhere/Unsplash/CanStockPhoto/Canva). Tiragem desta edição: 25.850 exemplares. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS – Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3° Conj. 36, CEP: 01310-905, São Paulo/SP ou através de e-mail: cartamensal@ens.org.br a/c Mirna e Sildson.
IMPORTANTE: consultar instruções antes de enviar o material – pedimos que acessem as instruções na aba/acesso Carta Mensal do site das Equipes de Nossa Senhora (www.ens.org.br).
Caríssimos irmãos equipistas, paz e bem!
Nesta edição a capa traz a foto oficial do Encontro Nacional de Novos Responsáveis (ENNR), tema muito bem explanado pelo CR SRB Rose e Rubens que também comentam a importância do próximo Encontro Internacional das ENS, em Turim, em julho.
Junho é o mês tradicional das Festas Juninas, com a celebração de 4 grandes santos de nossa Igreja (Santo Antônio, São João e São Pedro e São Paulo), como abordado pelo SCE SRB Pe. Toninho e também pelo Pe. Lucivaldo Silva SCEP Norte e Pe. Vanzella SCEP Sul I.
Os CRPs Norte e Sul I trazem os capítulos 5 (Ele lhes deu…) e 6 (Tu santificarás os dias de festa…) do tema do ano. Edna e Sebastião frisam: “Quando comungamos, nossas incertezas, egoísmos, orgulho e medos devem desaparecer”. E Marilda e Marcos iniciam dizendo: “Em um mundo cada vez mais acelerado, o ócio, outrora um refúgio para o descanso, para a união familiar, para o encontro fraterno e solidariedade, parece ter se tornado um bem raro ou até mesmo extinto”. São dois textos que merecem nossa atenção.
Padre Mariano aborda a segunda parte da Sacramentum Caritatis que nos fala sobre a Celebração Eucarística. Pitada do que encontraremos: “Não se assiste à liturgia eucarística como espectadores, mas dela se participa consciente, ativa e piedosamente”.
O Balanço anual de 2023 é apresentado pelo nosso Casal Financeiro Erica e Laor que frisam: “Com a graça de Deus, 2023 foi um ano de plena retomada das atividades do Movimento das Equipes de
Nossa Senhora em todas as Províncias”. Desde já agradecemos cada equipista que, através da contribuição, proporciona os frutos que vemos nas ENS por todo o Brasil.
A CM celebra também o matrimônio do Casal Nancy e Pedro Moncau e o nascimento do Padre Henri Caffarel.
“Não deixemos que nos roubem a esperança”, com esse título, Graça e Roberto nos apresentam a Palavra do Papa.
O tema “Conselheiro na Carta” traz a lembrança da irmã Márcia Lopes Assis, onde conheceu as ENS e como iniciou sua caminhada como Acompanhante Espiritual, e o Pe. Anderson Luiz reforça a importância do Conselheiro na vida das ENS.
A CNSE convida os viúvos e viúvas que participem da comunidade e diversos casais equipistas trazem testemunho de vida e a importância dos PCEs em suas vidas.
Finalizando na Meditação em Equipe, mais um aprendizado, temos a Palavra do SCE Carta Mensal, Pe. Antonio Torres, que nos fala sobre o Pai-Nosso, oração ensinada por Jesus aos apóstolos. “Se o Pai-Nosso não for recitado com o duplo sentimento de filiação e de fraternidade, não faz sentido recitá-lo”. Ao ler o texto, todos poderão entender melhor tal afirmação.
Abençoada leitura a todos.
Fiquem com Deus, fiquem bem.
Mirna e Sildson CR Carta Mensal
Celebrar a unidade do Movimento e Turim!
Queridos equipistas, a Paz!
Metade do ano já se foi e muitos planos foram vencidos e outros tantos planos ainda a serem realizados na família do Movimento das Equipes de Nossa Senhora.
Vivemos com os 160 casais que estiveram em Itaici no mês de abril a experiência da unidade do Movimento, através do ENNR (Encontro Nacional de Novos Responsáveis), onde pudemos sentir o amor que move aqueles que se colocam em missão para levar aos irmãos equipistas as orientações, a pedagogia do Movimento, experimentar também ricos momentos de troca de experiências, evangelização, reconhecer a sede de aprendizado na condução dos que são confiados na missão assumida e dentre os muitos relatos recebidos a “percepção da grandeza do Movimento”, o “comprometimento com o aprendizado recebido para chegar às equipes de base”, “a alegria vivida na missão como um grande estímulo”, “o aprendizado, oração e muita espiritualidade”.
Fez-nos lembrar o Evangelho de João 15, 1-8 sobre a Videira e trazendo para o Movimento a necessidade de permanecermos em unidade, possibilitando que a seiva do Movimento chegue a todos, reforçando a vivência em nossas equipes de base do Carisma e da Mística do Movimento.
Sejamos nós equipistas os ramos que dão frutos, nos colocando em missão, fazendo a nossa parte e sempre lembrando que contamos com a graça de Deus, “pois sem mim, nada podeis fazer” (João 15, 5).
E de 15 a 20 de julho, viveremos o Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora em Turim, seguindo com os 2.200 equipistas brasileiros que lá estarão unidos a todos que fisicamente não poderão estar, mas serão levados nos corações e unidos em oração através também das iniciativas de comunicação pela Super-Região Brasil.
Somos chamados a dar a conhecer as orientações para o nosso Movimento para os próximos seis anos e a nova Equipe Responsável Internacional e poder acolher e vivenciar essa unidade do Movimento.
Aos casais que já se dedicaram às atividades que requerem ações do Brasil e ainda continuarão até a realização do encontro, nosso muito obrigado e Deus os recompense por tanta dedicação. “Tudo o que fizerdes, fazei-o de coração, como para o Senhor e não para seres humanos, sabendo que do Senhor recebereis em recompensa a herança. Ao Cristo e Senhor é que estais servindo.” (Colossenses 3, 23-24).
Queridos equipistas, sigamos firmes na fé em Jesus Cristo, semeando onde fomos chamados e nos deixando conduzir pela ação do Espírito Santo!
Fraterno abraço.
Rose e Rubens CR SRB
Santos modelos para nossa vida
Olá, queridos casais e Conselheiros, que a paz do Senhor Jesus esteja com todos!
No texto que vimos nas edições anteriores da CM, o ano litúrgico inicia-se sempre no 1° Domingo do Advento até a festa de Cristo Rei. Neste ano, já vivenciamos o tempo do Advento, o tempo do Natal e vivenciamos também o tempo quaresmal e o tempo pascal, tendo na liturgia o ponto central do mistério pascal: a paixão, morte e ressurreição de Jesus, e chegamos à festa de Pentecostes, a vinda do Espírito Santo aos apóstolos e assim iniciamos a vida da Igreja.
Após a festa de Pentecostes somos nós, os cristãos, quem assumimos a missão de evangelizar anunciando Jesus Cristo como o Senhor da nossa vida. Vivendo este mistério na nossa vida, que é o mistério pascal, todo batizado deve se parecer como Jesus, tendo os mesmos sentimentos no agir e no falar em todos os ambientes em que convivemos. Vivendo assim, todos nós batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo devemos ser santos como nosso Pai é Santo.
Na história da Igreja vemos a presença dos Santos, como Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo; vemos que eles viveram no seu tempo e na sua realidade os ensinamentos de Jesus. Viveram com radicalidade os
ensinamentos de Jesus, colocando em prática o Evangelho. Hoje, somos nós cristãos batizados que devemos ser santos, ser santos na família. Vivendo o Sacramento do Matrimônio, vivendo na Igreja, assumindo trabalhos pastorais e principalmente na sociedade e no mundo. Estamos vivendo uma realidade de crise econômica, política, social e existencial e é nesta realidade que nós cristãos devemos ser Sinal da Santidade e com o nosso testemunho ser sal e luz no mundo. Para isto acontecer, cada cristão deve ter uma intimidade profunda com a divina pessoa de Jesus, pois o Cristianismo não é uma ideia, mas uma pessoa (Cristo), e para termos força de testemunhá-lo, devemos estar sempre em oração, ouvindo e rezando a Palavra, alimentados pelos sacramentos, principalmente pela Eucaristia. Deus conta com cada um de nós para torná-Lo presente neste mundo.
Queridos irmãos, estejamos sempre unidos em Jesus Cristo para evangelizar com entusiasmo e alegria. Deus abençoe a todos, um abraço fraterno.
Pe. Toninho SCE SRB
“Eu vivo, mas já não sou eu: é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” Gl 2,20.
O amor é a resposta de Cristo a todas as nossas incertezas. Foi assim para Paulo, que sentiu esse amor de entrega de Jesus. Pe. Caffarel nos diz: “Fiquei a saber que era amado e que amava”. Deixar-se amar por Cristo é o que nos transforma e nutre nossas vidas e faz brotar o desejo de santidade em nós. O amor de Cristo pregado na Cruz, que se manifesta diariamente na Eucaristia, amor gratuito que se renova a cada Missa, durante a consagração, presente nos sacrários do mundo todo, amor vivo e eficaz, que alimenta, ensina e permite vivermos a nossa vocação.
“Poderia a Igreja realizar a própria vocação sem cultivar uma constante relação com a Eucaristia, sem se nutrir deste alimento que santifica, sem se fundamentar sobre este alicerce indispensável à sua ação missionária? Para evangelizar o mundo, necessita-se de apóstolos ‘peritos’ na celebração, adoração e contemplação da Eucaristia”. (Mensagem de São João Paulo II, 19 de abril de 2004, pela ocasião do Dia Missionário Mundial).
Poderíamos nós, casais equipistas, realizar nossa própria vocação sem uma profunda e constante relação com a Eucaristia? Para entendermos o Cristo Eucarístico, é preciso olhar para Jesus Crucificado. Olhar para a cruz é mergulhar na imensidão de seu amor, de um Deus que se fez homem e se deixou crucificar por amor, amor que o fez entregar-se gratuitamente. Os santos
Tema do ano
Capítulo
5: Ele lhes Deu...
sentiram esse amor, um amor transbordante que transformou suas incertezas em certezas, suas perguntas em respostas. Amor tão grande que bastou para suas vidas, a ponto de levarem uma vida distribuindo esse amor: São João Paulo II, Santa Madre Teresa de Calcutá, São Francisco de Assis. O amor recebido do Cristo foi tão grande que não sobrou espaço para mais nada, vaidades e desejos tornaram-se desnecessários.
Quando comungamos, nossas incertezas, egoísmos, orgulho e medos devem desaparecer. Não deve haver espaços em nossos corações se não for para o amor do Cristo presente na Eucaristia. Ao comungarmos, trazemos conosco o Jesus, não para ficar guardado bem escondido em nossos corações. Ao final da Santa Missa, somos enviados a levar o amor de Jesus Cristo a nossos irmãos. Aos casais desanimados, resistentes à pedagogia do Movimento, pensando em sair do Movimento, nossa resposta deve ser o Amor do Cristo presente na Eucaristia, não com exemplos filosóficos, mas com um testemunho fiel de uma vida eucarística para podermos “eucaristizar” não só o outro, mas a nós também. Que nos deixemos ser cotidianamente amados por Cristo e, amados por Ele, sejamos multiplicadores desse Amor.
Magnificat!
Edna e Sebastião CRP Norte
Tema do ano Capítulo 6:
Tu santificarás os dias de festa...
Em um mundo cada vez mais acelerado, o ócio, outrora um refúgio para o descanso, para a união familiar, para o encontro fraterno e solidariedade, parece ter se tornado um bem raro ou até mesmo extinto. A busca desenfreada por ocupação nos impulsiona para shoppings, passeios caros e outras atividades que prometem diversão instantânea, mas que, no fundo, apenas alimentam um vazio cada vez maior. O consumo, antes ferramenta para suprir necessidades básicas, se transformou em um falso Deus que nos promete felicidade e plenitude. Somos bombardeados por mensagens que nos convencem de que comprar o produto mais novo, viajar para o destino mais exótico ou frequentar os lugares mais badalados nos trarão a realização que tanto buscamos. Mas, em meio a essa busca incessante por “mais”, perdemos de vista as coisas que realmente importam: a conexão genuína com as pessoas que amamos, a valorização dos momentos simples e a busca por um significado mais profundo na vida.
A convivência familiar, outrora fonte de alegria e aconchego, cede espaço para o individualismo e para a busca por experiências superficiais. O ócio não pode ser visto como algo vazio porque a existência não suporta o vácuo. Ele deve abrir espaço para a contemplação e é justamente por isso que Deus nos deu o mandamento de santificar o descanso e, é claro, a maior fonte de santificação que temos é a Eucaristia. Diante disso, no capítulo 6 do tema de estudo desse ano, “Tu santificarás os dias de festa ”, somos convidados
a refletir sobre a importância do domingo como dia para celebrarmos a Deus e vivermos em comunhão com Ele e com o próximo.
Vemos no texto que o domingo é um dia para recordarmos a criação, a ressurreição de Jesus e o dom do Espírito Santo. É um dia de celebrarmos a Eucaristia, celebrando a presença viva de Cristo em nossas vidas e com isso nos fortalecemos para vivermos como cristãos. No domingo, temos a principal celebração eucarística. Embora essa celebração aconteça diariamente, desde os primórdios, o domingo é reconhecido como o dia principal, marcando a ressurreição de Jesus – o fundamento de nossa fé e um ponto crucial da história. É neste dia que nos reunimos para celebrar esse mistério central de nossa fé. É urgente que retomemos o valor do ócio, do descanso, da conexão autêntica com o próximo e principalmente com Deus. Que abramos mão da falsa promessa do consumo e busquemos a felicidade nas coisas simples da vida: um abraço sincero, uma conversa profunda, um momento de contemplação da natureza. Somente assim poderemos resgatar a essência da convivência fraterna e redescobrir o verdadeiro sentido da vida que nos leva ao nosso caminho de santidade.
Marilda e Marcos CRP Sul I
“Não se perturbe o vosso coração”
Queridos equipistas, a Paz!
“Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim”. (Jo 14,1)
Este versículo tem nos acompanhado desde 2019 quando assumimos a missão de Casal Responsável do Setor Valinhos/SP, depois Casal Responsável Região SP Centro I, e agora como Casal Apoio da Super-Região Brasil como Casal Tesoureiro. Cada vez mais estas palavras fazem sentido para nós, elas nos sustentam, nos amparam e nos fortalecem; pois a cada nova missão a responsabilidade e o serviço aos irmãos equipistas são maiores e desafiadores, porém ainda mais gratificantes e recompensadores, pois tudo é feito para honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo a quem servimos em primeiro lugar.
Desde agosto de 2023, temos vivido uma experiência única, de crescimento e aprendizado diário. Em meio à transição e passagem do bastão de nossos queridos antecessores Lourdes e Sobral para nós, a vida do Movimento continuou acontecendo a pleno vapor, nas demandas diárias, nos eventos, nas formações, nos colegiados e, além disso, as inscrições para o XIII Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora – Turim 2024 acontecendo.
Temos procurado realizar este serviço com muita responsabilidade,
dedicação, amor e zelo para com a administração do patrimônio que pertence a todos nós equipistas, com um olhar atento às despesas, procurando reduzir custos, análise dos contratos dos prestadores de serviços e acompanhamento das contribuições, com a valiosa ajuda da equipe do Secretariado e da equipe da Super-Região Brasil.
Nas próximas páginas desta Carta Mensal, divulgamos o balanço das contas de 2023 e o parecer da auditoria.
Com a graça de Deus, 2023 foi um ano de plena retomada das atividades em todas as Províncias.
Abraços fraternos e fiquem com Deus.
Erica e Laor CR Tesouraria
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2023
Equipes de Nossa Senhora
Com a graça de Deus e a contribuição de cada casal equipista, a Super-Região Brasil apresenta as Demonstrações Financeiras do exercício de 2023, para conhecimento de todos os equipistas, com a Demonstração de Resultados do Exercício, o Balanço Patrimonial e respectivas Notas Explicativas e o Parecer dos Auditores Independentes.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO 2023 (em
1. Receitas
Em 2023 registrou-se um crescimento de 8,85% nas receitas em relação a 2022, da qual destacamos os seguintes pontos:
• Aumento de 6,57% na contribuição estatutária;
• Aumento de 5,42% na receita da venda de livros;
• Aumento de 24,66% dos rendimentos de aplicações financeiras.
Em 2023, as contribuições representaram 73% da receita total.
2. Despesas
As despesas cresceram 32,93% em relação a 2022, em decorrência da plena retomada das atividades em todo país, com impacto direto sobre:
• Aumento nos valores dispendidos para encontros, formação e colegiado, decorrentes de maior quantidade de eventos e da alta de preços dos locais de realização;
• Aumento significativo nos valores de passagens aéreas e estadias, referentes ao deslocamento de casais em missão para os locais dos eventos, para formações, colegiados e expansão;
• Aumento nas despesas com impressão de Carta Mensal e publicações diversas, tendo em vista o forte impacto da alta da inflação sobre os preços de papel e impressão;
• Registrou-se em 2023 um aumento nas despesas bancárias em relação a 2022, em parte influenciado pela emissão dos boletos das inscrições para o XIII Encontro Internacional de Turim.
3. Composição das Despesas
As despesas do movimento são
direcionadas à sustentação de atividades que visam a formação cristã, a capacitação para a missão, a motivação de todos os equipistas para bem viver o carisma e a expansão do Movimento em níveis local, regional, nacional e internacional.
4. Resultados Financeiros
Em 2023, as receitas foram superiores às despesas, gerando um superavit que se destina às atividades de formação e capacitação para os equipistas em 2024 e nos exercícios seguintes.
No gráfico comparativo de receitas e despesas de 2018 a 2023 podemos observar:
• As despesas em 2018 a 2019 foram superiores às receitas;
• O declínio das despesas durante 2020 e 2021, decorrentes da pandemia;
• O acentuado aumento das despesas em 2022 e 2023, demonstrando a retomada das formações e expansão em todas as partes do país.
5. Doações
A conta de doações registra os valores do Projeto Vocacional, os valores enviados para a Causa de Canonização do Padre Caffarel e a contribuição anual do Brasil para a ERI, que é destinada à expansão das ENS a outros países. O aumento apresentado nesta conta é devido ao envio de duas remessas para a ERI, sendo uma remessa referente ao ano de 2022 e a antecipação da remessa referente a 2023 que poderia ser enviada em 2024.
6. Encontro
Internacional Turim 2024
A maior parte do crescimento do Ativo Circulante e Passivo apresentado em 2023 é devido ao recebimento das parcelas referentes às inscrições dos equipistas brasileiros para o XIII Encontro Internacional de Turim (Itália), o que foi enviado à ERI no início de 2024.
Encontros, formações, colegiado 21%
Outras despesas 7%
Despesas bancárias 2%
Impostos 1%
Salários e encargos 5%
9.000.000
8.000.000
7.000.000
6.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
Impressos e publicações 12%
Correios 7%
Deslocamentos 4%
Serviços de terceiros 3%
Doações 13%
Passagens aéreas e estadias 25%
Receitas × Despesas
0 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Receitas Despesas
Relatório do auditor independente sobre as Demonstrações Contábeis
Aos Administradores das Equipes de Nossa Senhora
Opinião
Examinamos as demonstrações contábeis da Equipes de Nossa Senhora, levantado em 31 de dezembro de 2023, e as respectivas Demonstrações de Superavit e/ou Déficit, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas, para o exercício findo acima mencionado. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente em todos os aspectos relevantes a posição patrimonial e financeira das Equipes de Nossa Senhora, em 31 de dezembro de 2023, e foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades do Terceiro Setor.
DCA Auditores Independentes S/S CRC/GO Nº 000757/0 Página 3 do relatório de 18/04/2024
Sacramentum Caritatis: a Celebração Eucarística
Estimados casais das ENS e famílias!
A segunda parte da SCa apresenta a Eucaristia enquanto mistério celebrado (nn. 34–69).
A inspiração bíblica é a afirmação de Jesus: é o Pai que nos dá o verdadeiro Pão do céu ( Jo 6,32). O mistério da fé é celebrado, uma vez que lex orandi, lex credendi; acreditamos o que rezamos e celebramos. A Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã (LG 11), deve ser celebrada com esmero e beleza, combinando a ars celebrandi e a actuosa participatio: arte e participação ativa de todos os fiéis vão juntas (SCa 35 e 38).
Na Eucaristia está Christus totus in capite et in corpore , isto é, o Cristo total, cabeça e corpo. Além de oferecer-se a si mesmo, Jesus também nos faz comungar a Igreja, uma vez que cabeça e membros perfazem o Corpo Total. A nobreza da celebração não admite arbitrariedade, mas exige absoluta fidelidade ao Senhor, uma vez que “ninguém pode por fundamento diferente do que foi posto, isto é, Jesus Cristo” (1Cor 3,11). Isso inclui respeito aos livros litúrgicos, às orientações da autoridade eclesial, ao canto adequado, à postura respeitosa e ao decoro de toda assembleia litúrgica.
Não se assiste à liturgia eucarística como espectador, mas dela se participa consciente, ativa e piedosamente. A SCa 56–63 orienta sobre a participação dos cristãos não católicos, a participação
pelos meios de comunicação, dos enfermos, presos e migrantes, as grandes celebrações e as de pequenos grupos. Outro tema muito caro a Papa Bento é a catequese mistagógica e a reverência à Eucaristia (nn. 64–65). A genuína celebração deve levar os fiéis a oferecerem a própria vida, junto ao sacrifício eucarístico. As disposições interiores precisam concordar com os gestos e palavras, para não cair no ritualismo. A melhor catequese sobre a Eucaristia é a própria Eucaristia bem celebrada.
O itinerário mistagógico, segundo Bento, consta de três elementos:
a) Os ritos expressam os acontecimentos salvíficos, sendo Cristo crucificado e ressuscitado o centro recapitulador de tudo;
b) É necessário entender os sinais e os símbolos contidos nos ritos, a saber que a mistagogia desperta e educa a sensibilidade dos fiéis para a linguagem dos sinais e dos gestos que, unidos à palavra, constituem o rito;
c) A finalidade da educação litúrgica é formar o fiel para uma fé adulta, capaz de testemunhar no próprio ambiente a esperança cristã que o anima, razão pela qual os ritos devem ser inspiração para a cotidiana realidade da vida cristã.
Pe. Mariano Weizenmann Província Sul III
Viva Santo Antônio e São Pedro
Pela história bíblica, o apóstolo Pedro vem primeiro, mas pelo calendário litúrgico, Santo Antônio aparece antes. Falaremos aqui destes dois santos, recordando sua importância na religiosidade eclesial e popular.
Santo Antônio (1195–1231) foi sacerdote e doutor da Igreja. Seu nome originário era Fernando de Bulhões e Taveira, nascido em Lisboa, Portugal.
Entrou para o convento de Santo Antônio de Coimbra, onde recebeu o nome de Antônio, morrendo aos 36 anos em Pádua, Itália.
Encantou-se pelo ideal franciscano quando viu os corpos dos cinco primeiros mártires franciscanos de Marrocos. Em 1221, viu São Francisco e começa a segui-lo, levando uma vida simples, abnegada, sendo grande pregador.
Sua vida guarda muitos sinais de belíssimos sermões e milagres e aqui recordamos dois: certa vez, como as pessoas não queriam escutar sua pregação, foi meditar à beira-mar e os peixes teriam se reunido para escutar sua pregação.
Outro milagre famoso é a aparição do Menino Jesus durante uma de suas orações e, por isso, na sua iconografia está presente a imagem do Menino nos seus braços. Sua canonização ocorreu um ano após a sua morte.
Simão Pedro (Lc 5, 1-3) foi pescador e
apóstolo de Cristo. Nasceu em Betsaida, Galileia (Jo 1,44), e era irmão de André, que o levou para conhecer Jesus.
É uma das testemunhas do Sepulcro vazio, na Ressurreição.
Conhecemos sua negação na caminhada de Cristo para o calvário, mas também o encontro com o Ressuscitado, que o chama a ter consciência do verdadeiro amor.
Foi martirizado na época de Nero, crucificado de cabeça para baixo, por não se sentir digno de morrer da mesma forma que Jesus.
Alguns fatos da sua vida são relatados no livro dos Atos dos Apóstolos e são dedicadas a ele duas cartas apostólicas no Novo Testamento.
É considerado o primeiro papa da nossa Igreja porque recebe as chaves do Reino dos Céus (Mt 16, 19).
Na religiosidade popular, é o guardião da porta do céu porque tem as chaves, e em momentos de chuva, se roga a Pedro para que continue ou pare.
Diz-se que quando chove é porque São Pedro resolveu arrumar o céu e que está lavando o chão para alguma festa… Que o exemplo destes Santos, que amadureceram na fé, inspire os casais equipistas a viverem uma fé madura e despertados a dizer seu sim ao serviço, custe o que custar. Que eles continuem dominando o coração e a fé de nossas famílias, buscando dar testemunho diante de tantos obstáculos. Que eles derramem muitas graças sobre nós.
Padre Lucivaldo Silva SCEP Província Norte
Viva São João
Com alegria, estamos chegando no mês de junho, mês das tradicionais festas juninas e entre os homenageados desta tradição encontramos São João Batista. Este grande santo nos deixou uma página maravilhosa na história da salvação. Basta a memória de alguns elementos de sua vida que se tornaram fonte inspiradora do nosso agir na obra evangelizadora da Igreja. Podemos lembrar de quando ele estava batizando no rio Jordão e muitas pessoas que vinham ser batizadas queriam saber dele o necessário para uma vida segundo a vontade de Deus e ele respondia de acordo com as necessidades de cada um. Ele dizia às multidões: “Quem tem duas túnicas, dê uma ao que não tem; e quem tem o que comer, faça o mesmo”. Dizia aos cobradores de impostos: “Não exijais mais do que vos foi ordenado”. Dizia aos soldados: “Não pratiqueis violência nem defraudeis a ninguém, e contentai-vos com o vosso soldo”. Exortava a todos: “Raça de víboras! Quem vos ensinou a fugir da ira iminente? Fazei, pois, uma conversão realmente frutuosa e não comeceis a dizer: Temos Abraão por pai. Pois vos digo: Deus tem poder para destas pedras suscitar filhos a Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores. E toda árvore que não der fruto bom será cortada e lançada ao fogo”. Assim, João exortava o povo à conversão e mostrava caminhos para que isso acontecesse, de modo que todos podiam encontrar elementos concretos para uma mudança de vida. Mas sabemos que João Batista não só mostrou Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, mas também o batizou nas águas do Jordão. A sua vida foi uma entrega ao serviço do Messias que vinha e ele cumpriu fielmente a sua missão. Exemplo para nós.
Mas agora cabe uma pergunta: em relação ao Carisma do nosso Movimento, ou
seja, à Espiritualidade Conjugal, João tem alguma coisa para contribuir conosco? A resposta é sim. Lembremo-nos do seu martírio. Qual a causa? João havia denunciado a irregularidade da união conjugal de Herodes com Herodíades, mulher de seu irmão Filipe. João disse a Herodes: “Não te é lícito ter como esposa a mulher de teu irmão”. Ele foi preso por causa disso e Herodíades, que o odiava por isso, exigiu a sua cabeça numa bandeja e ele foi decapitado. Morreu porque se recusou a ser conivente com a desvalorização da vida conjugal. Nós, que somos membros do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, devemos ter esse fato como um iluminativo para as nossas vidas. Não devemos nos preocupar apenas com a nossa vivência da Espiritualidade Conjugal, que deve ser um modelo para o mundo, mas devemos promover esta espiritualidade também, denunciando tudo o que quer diminuí-la ou destruí-la.
Neste sentido, São João Batista é um modelo a ser seguido por todos os equipistas. Neste mês de junho, ao celebrarmos São João Batista, tenhamos em mente que ele é um exemplo para as Equipes de Nossa Senhora.
Pe. José Adalberto Vanzella SCEP Sul I
Não
deixemos
que nos roubem a esperança!
Amados irmãos das ENS:
Encerramos o nosso primeiro artigo enviado à Carta Mensal com dois preciosos conselhos do Papa Francisco: “coloquem a Eucaristia no centro das suas vidas” e “olhem a celebração eucarística não como uma obrigação ritual, mas como um encontro com Jesus ressuscitado”.
Agora, os convidamos a olhar com zelo apostólico a um apelo que ele nos faz na Exortação “A Alegria do Evangelho” (AE): “Não deixemos que nos roubem a esperança!”1 O apelo mostra dezenas de situações que devemos olhar sem pessimismo e sem medo, pois são sinais de que há sede de Deus no mundo e que, como tais, devem ser evangelizados. Vejam o exemplo:
“Em alguns lugares se produziu uma 'desertificação’ espiritual, fruto do projeto de sociedades que querem construir sem Deus ou que destroem as suas raízes cristãs. ... Noutros países, a resistência violenta ao cristianismo obriga os cristãos a viverem sua fé às escondidas no país que amam” (AE, 86).
Tais desafios não devem limitar nem a nossa entrega, nem o nosso ardor, afirma o Papa, pois a alegria do Evangelho é tal que ninguém nos poderá tirá-la (cf. Jo, 16,22).
A concepção acima muda o dinamismo da nossa ação missionária. O próprio Papa convida a Igreja a redescobrir os fundamentos da fé cristã. Ele mesmo lança o desafio aos cristãos para “renovar o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele” (AE 3).
Por outro lado, somos chamados a fazer o nosso caminho com o olhar
voltado para o rosto de Cristo, que é amor e vida sem fim.
A Eucaristia nos leva ao ápice da ação salvífica de Deus. Nela, Cristo se oferece ao Pai e se doa pela humanidade e, ao tornar-se “pão partido”, derrama toda a sua misericórdia e amor sobre nós. A fé na presença real de Jesus ressuscitado na “fração do pão”, que hoje nos mantém unidos, une os cristãos há vinte séculos. A mesma fé une-se à esperança, pois Cristo é esperado também para levar a termo o seu Reino.
Possa a nossa participação viva na Eucaristia despertar-nos, como deseja o Papa Francisco, para o compromisso missionário de tornar visível ao mundo, com o nosso testemunho, a generosidade divina expressa e celebrada na Eucaristia. Por isso:
“Não deixemos que nos roubem a esperança!”, pois é nela que fomos salvos (cf. Rm 8,24).
Porto Alegre/RS Província Sul III
Graça e Roberto ENS Graças
Celebrar a vida!
O que significa celebrar a vida? Muitas vezes nos deparamos com muitas dificuldades e desafios a serem superados em nossos dias, não é mesmo? Mas, apesar de todas essas “provações”, sempre gostamos de comemorar nosso aniversário! A data em que nascemos sempre é muito especial, pois nos recorda que recebemos de Deus o dom mais precioso: a VIDA! E quando nos tornamos especiais para alguém, essa data passa a ser ainda muito mais significativa, pois, além de celebrar a nossa existência, também traz à memória das pessoas as marcas positivas e a diferença que fizemos em suas vidas.
A celebração da vida de alguém muito especial, principalmente para nós, equipistas de Nossa Senhora! No dia 30 de julho de 1903, nascia, em Lyon, na França, o nosso amado fundador, Henri Caffarel, o homem que Deus escolhera para ajudá-Lo em uma parte muito importante de Seu projeto para a humanidade: a FAMÍLIA!
Esse homem foi alguém que, arrebatado por Deus, teve a inspiração de tornar a família um pequeno pedaço de Seu Reino, pela santificação do Matrimônio.
Aos 20 anos, ouviu atentamente o chamado ao sacerdócio e entregou-se totalmente a esse projeto e, como sacerdote, teve a possibilidade de ajudar os casais
a entender a grandeza do sacramento que Deus lhes concedia: o Matrimônio! Chamado “O profeta do nosso tempo”, ainda hoje, por meio de suas obras, nos faz entender a Palavra de Cristo: “Vem e segue-me”, tendo nos dado os PCEs como caminho para segui-Lo, tornando assim possível o crescimento de nossa Espiritualidade Conjugal! Além disso, ainda se lembrou das viúvas de sua época dando-lhes o conforto na dor da perda de seus maridos na guerra, formando o “Groupement Spirtuel des Veuves” (Agrupamento Espiritual das Viúvas).
Como podemos ver, esse homem, inventivo e espiritual, tornou-se um “apóstolo” de Cristo, trazendo à vida daqueles que precisavam de conforto e de fé um alívio, uma esperança e uma renovação para que jamais deixassem de segui-Lo! Desta forma, não há como não celebrarmos essa data abençoada, em que recordamos a vida deste Servo de Deus, que nos proporciona, ainda hoje, o mesmo encontro com Cristo, tão intenso e verdadeiro, como ele mesmo provou!
Demos graças a Deus por sua vida dedicada à Espiritualidade Conjugal e familiar! A ti, Padre Henri Caffarel, nosso querido fundador, o nosso muito obrigado! Sua bênção, hoje e sempre! Feliz aniversário!
Dominique e Geraldo Damiani ENS do Divino Amor Província Sul I
A importância de celebrarmos o casamento
Era 27 de junho de 1936, São Paulo. Dois santos jovens, com muita piedade, celebraram seu matrimônio: Nancy Cajado e Pedro Moncau Jr. Um abençoado casamento, alicerçado em extraordinária confiança no Senhor. Não há como ler essa linda história no livro “O sentido de uma vida”, escrito por D. Nancy sobre seu amado, e não se emocionar! Um casamento que frutificou imensamente, inclusive com a criação, no Brasil, das Equipes de Nossa Senhora. Graças a eles, hoje estamos escrevendo este artigo e vocês lendo, nesta Carta Mensal! Celebrar sua união acompanhou os Moncau, desde antes do casamento. Morando em cidades diferentes, Dr. Pedro escrevia amorosas e profundas cartas a sua namorada, Nancy. Vejamos alguns trechos do livro citado. Em fevereiro de 1932, namorando há seis meses: “Como será boa, Nancy, esta nossa vida em comum, em que apoiados um no outro, e os olhos fitos em Deus, procuraremos, na paz e na harmonia das nossas consciências, edificar longos dias de uma felicidade suave e calma” (pág. 37).
Impressiona, nestes escritos, a convicção daqueles dois jovens em formarem um lar cristão, celebrando a vida em Deus. Em outra carta, de junho de 1933, ele refletia sobre o relacionamento deles como casal: “Precisamos juntar nossas mãos, não somente como até aqui o temos feito, para sentir o prazer de um afeto grande e sincero, mas para sentir o apoio mútuo que nos devemos, a fim de cumprirmos a missão que nos couber .” […] Com esta disposição, no dia do nosso enlace, pousaremos as mãos sobre a estola e sobre a mão do sacerdote, para dele receber a bênção de Deus” (pág. 41).
Que santos desejos! Em diversas cartas, o Dr. Pedro agradece por ela pensar como ele.
Vivendo assim um amor intenso e santo, não surpreende o que ele escreveu, em 27/06/1958, celebrando os 22 anos do casamento: “Quantas graças recebidas! A começar pela grande graça de uma compreensão mútua, de um esforço sempre vivido a dois, da harmonização de nosso caráter” (pág. 45). E nos 25 anos, em 1961, ele escreveu, em oração a Deus: “Eu vos agradeço por ter-se mantido intacto o afeto inicial e terdes afastado de nossos passos os grandes obstáculos que a tantos outros fizeram vacilar o amor […] Eu vos agradeço as graças do sacramento de nossa união. União que não se quebrou um só instante” (pág. 46).
Celebrando os 88 anos desta santa união, peçamos a D. Nancy e ao Dr. Pedro que roguem ao Senhor para que os casais equipistas saibam buscar Deus em seu matrimônio e que Ele derrame bênçãos sobre todos nós.
Rita e Fernando ENS de Guadalupe Belém/PA Província Norte
Seguindo juntos na busca da santidade
“A nossa alegria não nasce do fato de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma pessoa: Jesus”. (Papa Francisco)
Tive a graça de conhecer as Equipes de Jovens de Nossa Senhora na pandemia (2020), quando residia na grande São Paulo. Eram os “Lourdinhos”: jovens encantadores que tinham seus sonhos e alegrias, mas também enfrentavam duros desafios na caminhada. Aprendi muito com eles. Estávamos sempre unidos, reunindo-nos virtualmente. Eles sempre me agradeciam por estar com eles, mas de fato eles nem imaginavam o quanto me fizeram bem, o quanto me motivaram.
Tudo que vivemos nos aproximou e nos ensinou que ao céu vamos juntos, de mãos dadas e que ninguém pode soltar a mão de ninguém.
Em 2022, ao chegar a Juruti, que surpresa ao ser convidada para acompanhar uma equipe de casais das ENS, a ENS da Saúde — um verdadeiro presente de Deus em minha caminhada pessoal: estava no meu ano jubilar de consagração, 25 anos de união esponsal com Jesus, avaliando minha trajetória e revendo e atualizando meu projeto de vida, e surge a oportunidade de participar no aprofundamento na Espiritualidade Conjugal e busca da santidade desses
equipistas que tanto vieram agregar à minha história.
Trabalhar com os casais é igualmente encantador: ouvir Partilhas sobre Regra de Vida, Dever de Sentar-se, Escuta da Palavra e tantos outros aspectos me faz notar que para os casais equipistas a oração é essencial, a busca de santidade é uma estrela a guiar os passos de cada casal, e o Movimento, ah!, o Movimento é uma segunda família, é casa acolhedora onde cada um não tem medo de ser quem é, não tem receio de se revelar, pois encontrará a porta aberta e o abraço acolhedor. Quanta maturidade percebo em nossos casais! Quanta clareza sobre o chamado à santidade! Quanta identificação e sentido de pertença ao Movimento. Eles são felizes por encontrarem um tesouro de inigualável valor e dele não abrem mão! E nossos viúvos, ah!, nossos viúvos, sou apaixonada por eles, como podem manter o vigor e o engajamento nas ENS sem a presença física do cônjuge? De fato, entenderam de Padre Caffarel ao dizer que o amor não é uma sorte grande caída do céu, mas uma conquista cotidiana¹. Gratidão ao Movimento por me proporcionar tantas lindas experiências de crescimento na minha própria caminhada e vocação. Seguimos juntos na busca da Santidade, motivando-nos mutuamente, cada um em sua vocação específica, mas todos para Deus.
Ir. Marcia Lopes Assis
AE ENS da SaúdeJuruti/PA
Província Norte
O SCE e sua importância na vida das ENS
Toda vocação tem sua origem em Deus. É o Senhor quem escolhe e chama em Jesus Cristo (Jo 6,44). Como nos recorda Dom Bosco: “Deus nos colocou nesse mundo para os outros”, a vida deve ser uma doação total ao serviço. Nessa perspectiva, encontramos uma ligação íntima entre vocação e missão, a vida é inseparável da Palavra de Deus.
Dentre tantas vocações, podemos destacar de modo particular a vocação sacerdotal. Deus chama homens no meio do povo para preparar e formar para retornar ao povo como “servidor”. Os presbíteros são consagrados por Deus para serem mestres da Palavra, ministros dos sacramentos e guia da comunidade.
Quis Deus, em sua infinita Bondade, suscitar um Carisma na vida da Igreja através do Pe. Henri Caffarel. Um Movimento cuja espiritualidade pudesse auxiliar os casais com o sacramento do Matrimônio a alcançar a santidade. O sacerdote e mais alguns casais deram início ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora.
O Movimento coloca lado a lado a Vocação Sacerdotal e a Vocação Matrimonial numa relação de complementariedade. Sacerdote e casais têm muito a contribuírem mutuamente. O padre, além de orientar e ensinar as Escrituras e a doutrina da Igreja, recebe de cada casal: oração, apoio e presença familiar.
O SCE encontra na equipe de base um importante sustento para
continuar fiel à sua vocação. A solidão dá espaço para a riqueza da presença laical, que muito contribui para a santificação do padre. Isto é, cada equipe cuida, protege, motiva a perseverança do Conselheiro Espiritual e principalmente propicia que sacerdote e casais vivam a pequena e fecunda ecclesia.
“Vamos ver agora as pequenas igrejas, que são as Equipes de Nossa Senhora. Temos a certeza de que não são uma reunião qualquer, mas uma ecclesia, porque Jesus Cristo disse: ‘Se dois de vós se reunirem sobre a Terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles’ (Mt 18,19). Assim, temos a promessa da presença de Cristo no meio de nós. Quando Ele está lá, o Pai está lá também. É isso o que fazemos em nossas equipes.” (Pe. Caffarel, discurso a casais do Brasil em setembro de 1972).
Peçamos à Virgem Maria que continue a interceder pelo Carisma das ENS, para que os Sacramentos do Matrimônio e Ordem continuem, a partir da Espiritualidade do Movimento, a realizar a missão confiada pelo próprio Deus em favor das famílias.
Pe. Anderson Luiz de Sousa SCE ENS do Rosário Lorena/SP Província Sul I
Dever de Sentar-se: caminho que nos leva à santidade
Fazer parte das Equipes de Nossa Senhora é estar a um passo para chegarmos à santidade, mas isso depende de cada casal; por isso, após passar pelos estudos que nos preparam e esclarecem sobre a Mística do Movimento, passamos a conhecer as condições que nos levam a melhorar cada dia mais.
Os PCEs (Pontos Concretos de Esforço) são as ferramentas que nós, equipistas, temos para usar diariamente na construção do caminho que nos leva à santidade conjugal. Sabemos o quanto é difícil mantermos a disciplina, mas também sabemos da importância de mantê-la, pois os benefícios que recebemos através de bênçãos são grandiosos.
O Dever de Sentar-se é um dos PCEs mais fortes que vivenciamos. De início, foi como o engatinhar de uma criança, tivemos a timidez de olhar nos olhos, a dúvida do que falar para o outro, o medo de ferir, o cuidado com as palavras. Mas nesse processo recebemos as orientações dos nossos irmãos de equipe que, com suas experiências, souberam nos guiar com maestria, daí foi o pontapé inicial.
Em todos os nossos momentos para realizar o Dever de Sentar-se, nos preparamos cuidadosamente, começando pelo local reservado que transmita paz e nos proporcione
um bem-estar. Iniciamos com orações pedindo iluminação e direcionamento para haver um bom diálogo. Após o momento de oração, falamos sobre as coisas boas que o nosso cônjuge tem feito, por isso sempre começamos pelos elogios, reconhecer o que o outro tem feito de bom pelo relacionamento, pela família, é importante ser colocado, é quando mostramos a importância que temos um para o outro. Da mesma forma temos o respeito em saber ouvir o que o outro tem para falar sobre nós, atitudes que nem sempre foram boas, e que às vezes não conseguimos perceber, porém, mediante o olhar do cônjuge, este momento nos faz refletir e cuidar para que atitudes não engrandecedoras possam ser policiadas, para não virem a se repetir. Não é fácil ouvir quando estamos errados, mas é necessário reconhecer e melhorar, mantendo a harmonia e o respeito entre o casal.
Assim, com os corações aliviados, cheios do Espírito, com entendimento e agradecidos, fazemos nossa oração para fechar o nosso momento, fortalecidos para a missão.
Selma e Izaque ENS do Perpétuo
Socorro - Santarém/PA Província Norte
Partilha dos PCEs: equilíbrio entre aceitação e exigência
No livro "A Mística dos Pontos Concretos de Esforço, aprendemos que os Pontos Concretos de Esforço", são atitudes a despertar e não “coisas” a cumprir. São atitudes de vida para transformar a vida. Em nossas reuniões, colocamos nossas vidas em comum, mas o momento da Partilha quer ir mais longe. Partilhar como foi a prática dos PCEs do mês, se foram realizados ou não, não é o bastante, devemos fazer uma verdadeira Partilha de vida. A Partilha nos ajuda a revelar a verdade e mostrar nossas fraquezas para podermos encontrar a ajuda de que precisamos. Permitimos que nos conheçam um pouco mais, revelamos nossas fraquezas, nossas covardias. O amor nos incentiva a acolher a impaciência e a exigência fraterna. Isso pode ser, por vezes, doloroso e difícil, por isso exercitamos a coragem e a humildade. Unidos e acolhidos pela nossa equipe, nasce em nós a esperança de que precisamos para nos desenvolver e nos tornarmos um pouquinho melhor a cada oportunidade. Não se julga a Partilha do outro, pois o amor é paciente, mas este mesmo amor que nos incentiva a acolher a ajuda do outro, não nos deixa calar e incentiva a acolher a insegurança e a dificuldade dos nossos irmãos, e nos ajuda a enxergar as atitudes que vão nos levar juntos para o progresso e a fortaleza. Na prática da Partilha,
experimentamos o encontro e a comunhão com Deus e com nossos irmãos. Escutamos com o coração, respeitamos e avançamos ao encontro do outro para juntos crescermos, agirmos, caminharmos para Deus. Animados, buscamos o equilíbrio entre a aceitação e a exigência, e gradualmente chegamos mais longe. A confusão entre a Partilha e a Coparticipação é bastante comum, e de fato as duas palavras podem nos fazer equivocar, mas devemos nos apoiar nos ensinamentos do Movimento. Na Coparticipação colocamos em comum nossa vida familiar, profissional, na nossa paróquia, nossas conquistas, nossas tristezas e nossas alegrias. Na Partilha, tratamos dos Pontos Concretos de Esforço. A ajuda do Sacerdote Conselheiro Espiritual ou do Acompanhante Espiritual é essencial para percorrermos este caminho de progresso. Nossa experiência na Partilha e na prática dos Pontos Concretos de Esforço é a realidade daqueles que buscam a Espiritualidade Conjugal através da comunidade das Equipes de Nossa Senhora, é buscar a conversão, a transformação gradual, na dinâmica da oração e da comunhão.
Deise e Emerson CRS
Guaratinguetá/SP
Província Sul I
PCE – O pão da vida do casal
Antes de ingressarmos nas Equipes de Nossa Senhora, tivemos a oportunidade de participar de vários movimentos da Igreja, inclusive que trabalhavam a família. Após o terceiro convite, resolvemos ingressar no Movimento.
Começamos nossa caminhada nas formações iniciais e, à medida que a Mística e a Pedagogia das Equipes de Nossa Senhora nos eram apresentadas, nos encantávamos por toda aquela organização e preocupação com a vida cotidiana do casal. Antes, não havíamos experimentado nada igual.
Já compreendíamos sermos responsáveis pela santificação um do outro, mas ainda não conhecíamos os Pontos Concretos de Esforço. Nosso Casal Piloto nos lançou um desafio: participar do Retiro e Partilhar com a equipe como foi a experiência. E que experiência! Conhecer os PCEs por imersão. Participamos do Retiro famintos, em busca do pão do céu que Deus nos enviou através do pregador, Padre Danival.
Realizamos nosso primeiro Dever de Sentar-se após linda pregação e orientação. Ali compreendemos que os PCEs são muito mais do que o esforço do casal, na realidade se constituem no alimento que nutre a vida conjugal do equipista, são pontos de transformação do casal cristão.
Foi ali que compreendemos, ainda no início de nossa caminhada nas ENS, o quanto padre Henri Caffarel foi inspirado pelo Espírito Santo ao propor um roteiro tão perfeito de santificação conjugal.
A Escuta da Palavra nos lança uma proposta de transformação de vida, onde ouvimos a Palavra de Deus e refletimos sobre nossas vidas, assim como na Meditação. A partir daí, unidos em casal e diante da presença de Deus, paramos para fazer nossa Oração Conjugal, momento de colocar nossos anseios, preocupações cotidianas, gratidão, tudo no colo do Pai que nos acalenta e acolhe.
Depois somos convidados por Cristo a um diálogo a três, realizando o Dever de Sentar-se, onde nos expomos um ao outro e apresentamos tudo a Jesus que nos acompanha nesta conversa. Ao final, pudemos refletir sobre nós mesmos e extrair pontos onde poderíamos ser melhores em todos os âmbitos de nossas vidas, seja como casal, seja como indivíduo e daí estipular uma Regra de Vida, tudo isso no Retiro Anual. Após esta experiência com os Pontos Concretos de Esforço, vivida em um final de semana durante o Retiro Anual, entendemos havermos tomado a decisão certa em participar das Equipes de Nossa Senhora, pois encontramos aquilo que tanto procurávamos em outros movimentos, aquilo que nos sacia e nos dá força.
Dorinha e Ademar
CRS A Manaus/AM Província Norte
Partilhar os PCEs é assimilar novas atitudes de vida
Este é o momento da reunião mensal em que os casais testemunham a vivência da “regra” do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, o modo de assimilar novas atitudes de vida, o compromisso de buscar a santidade a dois de modo a transformar o Matrimônio sempre para melhor, o de ser uma só carne. Quanta riqueza quando os casais partilham, com sinceridade, o esforço dispensado a cada dia, durante todo o mês, de viver os PCEs. Estamos no Movimento há mais de trinta anos e a cada reunião mensal percebemos como crescemos, como pessoa e como casal, na vida conjugal e familiar. A gente percebe também, e temos certeza que você que está lendo este artigo vai concordar conosco, a mudança nas atitudes de nossos filhos, sim, porque as graças que o Senhor derrama sobre os casais atinge toda a família, transformando simples casas em lares cristãos, onde habitam a alegria, a paz, o companheirismo e a ternura. Algumas vezes, percebemos em nós uma certa fraqueza neste esforço de viver algum “Ponto” e então recorremos à oração do santo terço, juntos, de modo a reanimar esta prática tão eficaz para nossa santificação. O Padre Henri Caffarel dizia: “... a única intenção real, correspondente à finalidade das equipes, é a vontade de melhor conhecer a Deus, melhor amá-Lo, melhor servi-Lo. Vai-se às equipes para Deus e nelas se permanece para
Deus...” Assim, como conhecer a Deus e Sua vontade para nós, se não há esforço na Escuta da Palavra, na Meditação, na Oração Conjugal e demais Pontos? Eis porque, reconhecendo nossas fraquezas, devemos nos esforçar no cumprir e viver esta regra dos PCE, regra tão bem inspirada por nosso fundador. O momento da Partilha na reunião mensal, assim como a coparticipação, são momentos que permitem exercer a entreajuda entre os casais. As equipes de base se fortalecem em sua comunhão fraterna e tornam-se verdadeiras comunidades de fé quando a Partilha é bem participada e vivida pelos casais. Oxalá todos descobrissem, neste viver e partilhar, as graças que o Senhor quer derramar sobre cada casal, cada equipe, nas reuniões formais a cada mês... O Senhor sabe de nossas fraquezas, de nossas dificuldades, mas está sempre nos esperando, a cada mês, a cada reunião mensal, para soprar sobre nós seus dons, talentos e Seu Espírito. Que possamos ser fiéis neste compromisso de viver os PCE e “partilhar” com alegria as mudanças para melhorar na vida pessoal, na vida conjugal e na família.
Carminha e Rubinho ENS das Graças Mogi das Cruzes/SP Província Sul I
A Eucaristia fonte de proteção para momentos difíceis
Gostaríamos de compartilhar o amor de Deus, manifestado na vida de nossa família.
Há alguns anos, vivenciamos um episódio através da força que vem da Eucaristia. Nosso filho Bruno trilhava um caminho que nos causava grande angústia: entregava suas noites para festas e excessos, afastando-se dos valores ensinados por nós. Em uma manhã de domingo, após uma dessas noites, veio em casa para pegar dinheiro. Estava com pessoas desconhecidas, fato que nos deixou aflitos. Não sabíamos o que fazer, então decidimos que o melhor lugar para estarmos era servindo na Celebração Eucarística.
Nossas aflições eram grandes, a ponto de Benedito não conter as lágrimas. Clamamos pela vida de nosso filho a Jesus Eucarístico. Enquanto nos entregávamos à oração, desconhecíamos o perigo iminente que nosso filho passava. Somente quando voltamos para casa, Bruno compartilhou o terror que vivenciara: sua vida estava em perigo. Ele contou com detalhes e seu relato arrepiante nos mostrou como nossas preces foram atendidas de maneira milagrosa: as pessoas desconhecidas, na realidade, o estavam ameaçando e, em um momento de dispersão de seus agressores, Bruno conseguiu escapar e se esconder. Enquanto vivíamos o ápice de nossa apreensão durante
a Celebração Eucarística, era como se pudéssemos sentir a agonia que nosso filho enfrentava.
Acreditamos firmemente que nossas súplicas pela vida de nosso filho diante do pão e do vinho, que se tornaram o Corpo e Sangue de Cristo, foram ouvidas, e o Senhor enviou anjos para interceder em seu socorro. O reencontro com Bruno em casa foi marcado por lágrimas de gratidão e um profundo arrependimento por seus erros passados. Aquela experiência traumática foi um ponto de virada em sua vida, impulsionando-o a buscar sua conversão.
Ele dedicou-se aos estudos, concluiu a faculdade e hoje construiu uma família, trilhando caminhos da retidão e da fé.
Este testemunho ilustra como a Eucaristia não apenas fortaleceu nossa jornada de fé, mas também se revelou como uma fonte de proteção e orientação em momentos difíceis. Através dela, experimentamos a promessa do Senhor, que nos diz que, quando cuidamos de suas coisas, Ele cuida das nossas, capacitando-nos a enfrentar os desafios com coragem e esperança.
Arlete e Benedito ENS do Bom Conselho - Manaus/AM Província Norte
A Eucaristia nos renova e nos devolve a esperança
Em 2015, após um período doente, uma certa tristeza invadiu meu coração, tristeza essa que não me deixava fazer coisas simples… como tomar banho, aguardando o resultado de um exame para saber de fato minha patologia. Foram dias angustiantes… mesmo com toda a angústia, nunca perdemos a fé, sempre com nossas orações em casal e em família, mas faltava algo ainda, para que toda a angústia e medo fossem vencidos. Por conta da enfermidade, não estávamos indo à Santa Missa, mas em um certo domingo, meu marido conversou comigo para irmos bem cedo à Missa — assim não pegaríamos o sereno da noite nem o calor da manhã… então fomos à Santa Missa! Foi um momento de muita emoção e, na hora da consagração, enquanto eu chorava e consagrava a Deus nossas vidas, meu esposo pedia por minha saúde.
Comungamos e naquele momento rezamos ajoelhados e de mãos dadas,
e eu senti uma grande emoção que não consigo mensurar em palavras. Ao sair da igreja, saí renovada e cheia de esperança, independentemente dos resultados, tinha alegria novamente e certeza de que Deus estava cuidando de tudo. Daquele dia em diante, tudo mudou, voltei a ser a pessoa alegre que sempre fui — para nós, a Eucaristia sempre foi fundamental em nossas vidas, mas naquele momento vivenciamos ainda mais esse encontro com Deus, encontro esse que tanto nos emociona e fortalece.
Veio o resultado dos exames, fiz meu tratamento e hoje estou curada, graças a Deus. Passamos pelo vale, mas ao nos alimentarmos do Corpo e Sangue de Jesus, conseguimos vencer!
Rejane e Cláudio
ENS de Guadalupe Castanhal/PA
Província Norte
Cristo Eucarístico em nossas vidas
Queridos casais equipistas, é com imensa alegria que compartilhamos a profunda importância de Cristo Eucarístico em nossas vidas. Sempre que nos deparamos com decisões cruciais, buscamos primeiramente a Eucaristia, unindo-nos a Cristo para discernir o caminho correto.
A primeira exigência para alcançar a santidade, como nos ensinou o Padre Caffarel, é cultivar um relacionamento vivo e dinâmico com Cristo, não apenas com o Cristo do passado, mas com o Cristo que vive e age hoje em nossas vidas (cf. “Nas Encruzilhadas do Amor”, pág. 26). É fundamental
“as leis da gravidade nem sempre têm a última palavra diante das energias do Cristo Ressuscitado”
experimentar o poder transformador de sua presença ativa em nosso dia a dia, pois, como ele nos lembra, “as leis da gravidade nem sempre têm a última palavra diante das energias do Cristo Ressuscitado” (“Nas Encruzilhadas do Amor”, pág. 8). “Pois bem, amar é respirar, inspirar e expirar, dar e receber. O amor morre asfixiado
“quanto mais viva for a fé eucarística no Povo de Deus, tanto mais profunda será sua participação na vida da Igreja, através de sua adesão consciente à missão que Cristo confiou aos seus discípulos”
Papa Bento XVI
quando este ritmo não é respeitado” (“Nas Encruzilhadas do Amor”, pág. 80). Na Eucaristia, podemos experimentar o Cristo Ressuscitado e é o que buscamos fazer.
Recentemente, durante a celebração da Páscoa, experimentamos uma paz interior avassaladora ao nos aproximarmos do Cristo Eucarístico. Guiados por essa serenidade, nos encaminhamos para receber a comunhão, com corações transbordando de alegria. Fomos recebidos por uma Ministra da Comunhão cujo sorriso irradiava serenidade, e nesse momento sentimos a presença de Cristo sorrindo para nós, transformando todo nosso ser. A alegria da Ressurreição de Cristo ardia em nossos corações.
Em nossa jornada como casal cristão equipista, compartilhamos a vivência na fé através da participação em missas, adorações, formações, retiros e, especialmente, na mesa da Eucaristia, onde encontramos fortalecimento para nossa união e amor. Atualmente, na missão que
abraçamos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, somos impulsionados pelo poder da Eucaristia a trilhar o caminho da verdade em Cristo. Após recebermos a comunhão, nos tornamos verdadeiros tabernáculos vivos, com a missão de levar o Cristo Vivo a todos ao nosso redor.
Como disse o Santo Padre, o Papa Bento XVI, “quanto mais viva for a fé eucarística no Povo de Deus, tanto mais profunda será sua participação na vida da Igreja, através de sua adesão consciente à missão que Cristo confiou aos seus discípulos”. Assim, ao buscarmos a Santa Eucaristia, nos tornamos mais efetivamente a presença de Deus na vida um do outro, buscando servir com alegria a Deus, ao próximo e à nossa missão com muita alegria.
Província Sul I
Gorete e Bino
CRR SP Leste II
O tempo e a importancia dos primeiros equipistas
Queridos casais da ENS de Pindamonhangaba e demais cidades deste imenso Brasil. Não poderíamos deixar de homenagear três pessoas que se dedicaram com amor incondicional à manutenção, ao crescimento e ao fortalecimento das ENS aqui em nossa cidade, seja com depoimentos, em reuniões mistas e de base, em viagens (encontros internacionais) e muito amor a Nossa Senhora.
Era uma vez... Bem, assim começam muitas histórias, mas não vamos tão longe, foi lá em 1967 que teve início a nossa Eq. 01 – ENS do Bom Sucesso, e ainda se fazem presentes o casal Heloisa e Jose Roberto H. de Melo e a viúva Maria Adelaide Manso Leite. O casal afastado desde out./2020 por problemas de saúde (ele), e a Adelaide, agora com 89 anos, reuniu forças para continuar na equipe até 8/01/2024, quando ela nos ligou dizendo que já não tem mais “forças” para continuar.
Agora a equipe é 01B Nossa Senhora do Bom Sucesso e todos que fazem parte dela são eternamente
gratos a estas três pessoas “eméritas”, as quais continuam em nossos corações e nas nossas orações.
Foram quase 60 anos de muitas graças contemplando as maravilhas de Deus, através de nossa Mãe Santíssima, com certeza muitos tropeços, muitas felicidades, muitos desafios… mas sem nunca deixar o cansaço dominar, pois a missão sempre esteve presente naqueles corações.
O tempo passa e a cada ano vimos o quão importante foram os primeiros equipistas em nossa cidade, deixando seu legado, suas marcantes presenças, seus carismas e acima de tudo o amor sem igual à equipe de base.
A eles nosso amor, nosso carinho e nosso pedido a Deus que Jesus os abrace e Nossa Senhora interceda, dando-lhes proteção e caminho suave.
Silvia e Virgílio ENS do Bom Sucesso - Pindamonhangaba/SP Província Sul I
Um estalo recíproco e nos lançamos um nos braços do outro...
Quando nos casamos, nós, Rita e Fernando, nunca ouvíramos falar das ENS, mas já tínhamos duas certezas: nos amávamos muito e aquele compromisso era para sempre!
Hoje, 50 anos e seis meses depois, contemplamos o matrimônio de D. Nancy e Dr. Pedro como inspiração e segurança. Damos graças a Deus por nos ter lançado um nos braços do outro (em um “estalo” recíproco em 11/12/1971), por nos ter unido em namoro (23/12), àquela altura tão diferentes um do outro. E pelo matrimônio, dois anos depois (22/12/1973). É muita graça para dois pecadores!
Em 2004 o Senhor nos chamou às ENS, por meio de um querido amigo de décadas, o Côn. José Maria Albuquerque, hoje vivendo junto ao Pai. Ele intercede por nós, temos certeza e o sentimos.
Celebramos esses fatos conjugais todos os dias 11, 22 e 23 de cada mês, invariavelmente! Um dá parabéns ao outro – “disputamos” quem o faz primeiro... e tantas vezes um parabeniza o outro, ao menos com um beijinho, ao longo do dia... Sem nunca nos termos cansado disto! É sempre a mesma emoção. No aniversário anual do casamento a festa é maior, com missa e uma saída (exceto na pandemia...). E, nos primeiros 30 anos, nem sabíamos da Espiritualidade Conjugal!
Louvado seja Deus que lança seu olhar a estes servos inúteis.
Rita e Fernando ENS de Guadalupe, Belém/PA Província Norte
A serviço dos casais que buscam o Sacramento do Matrimônio
Somos Cris e Betão, casados há quase 30 anos e equipistas há 24 anos, graças a Deus!
Há cerca de 15 anos recebemos de Deus a missão de preparar noivos para o Matrimônio. Não o curso habitual, que geralmente dura um final de semana, mas um curso que se estenderia por um ano, por meio de encontros mensais em nossa casa. Este projeto foi idealizado pelo Padre Afonso Pastore, fundador do ECC. Ele enfatizava a necessidade de uma formação fundamentada no acolhimento e no acompanhamento desses jovens casais. Baseados nesse convite e impulsionados pela afirmação do Padre Henri Caffarel, “Para amar como Ele [Jesus], é necessário que uns se ponham a serviço dos outros”(“Centelhas de sua Mensagem”, pág. 102), assim o fizemos!
Podemos afirmar que ser equipista e ter recebido toda a riqueza do nosso Movimento foi fundamental para nos capacitar para uma formação de noivos consistente, contribuindo para que jovens casais assumam o Sacramento do Matrimônio de maneira consciente, sabendo que o casamento é um caminho para alcançar a santidade.
Diálogo, sexualidade, finanças, filhos, sacramentos, planejamento familiar são assuntos que abordamos durante
o curso, alicerçados sempre na doutrina da Igreja. Esses temas vão formando e motivando os casais a receberem com alegria o Sacramento do Matrimônio. É incrível ver como esses jovens casais, no decorrer do curso, compreendem que a Igreja e os sacramentos são fortes aliados na construção do amor maior que brota do coração de Cristo.
Toda formação é pautada no diálogo conjugal. É maravilhoso ver jovens casais experimentando, antes mesmo de receberem o Sacramento do Matrimônio, os benefícios de um diálogo verdadeiro, em clima de oração, pelas graças do Espírito Santo e pela intercessão de Nossa Senhora.
Recebemos inúmeros testemunhos de como o diálogo tem melhorado suas vidas, mais do que isso, percebemos a transformação de suas relações durante o curso! Quanto esse apostolado tem nutrido nosso casamento! A cada reunião, somos levados a olhar para nossa relação como casal e a resgatar o sentido do namoro em nossas vidas. Deus é formidável, por utilizar do nosso “sim” para derramar Suas graças em nossas vidas. Por tudo isso, nós nos alegramos e louvamos a Deus, pois Ele faz em nós maravilhas e Santo é o seu nome!
Cris e Betão CRR SP Capital II
Província Sul I
CM 346 – “O Homem no Espelho”
Na CM 346 de julho de 1999, pág. 26, há um poema de Dale Wimbrow, uma colaboração de Jussara e Daniel, da Eq. 2, Setor Santarém/PA.
Em “O Homem no Espelho” o autor nos convida a realizarmos uma reflexão profunda. Um confronto verdadeiro.
Um convite a um repensar, que para nós deve ser diário, pois a cada novo dia somos conduzidos por Deus ao que denominaremos aqui como sendo a oportunidade de reiniciarmos do zero.
Deus nos oportuniza recomeçar a cada novo sopro de vida que se manifesta em nós, quando abrimos os nossos olhos, a cada novo dia. Temos aqui a oportunidade de prosseguirmos na caminhada. É de fundamental importância nos olharmos no espelho e sermos
coerentes com nossos valores e princípios. Sermos leais conosco e assim seremos também com aqueles que estão à nossa volta. Um abraço carinhoso a todos.
Patrícia e Helder CRR Norte IV Província Norte
CM 534 – “Dom da Fortaleza”
Era um tempo de incertezas da Covid-19. Na CM 534, junho/julho de 2020 (pág. 25), Pe. Hélio Cordeiro nos mostrou o ganho desse tempo difícil, que vinha do Espírito Santo e nos sustentava com o dom da Fortaleza, “é também a virtude de quem cumpre com fidelidade o seu dever”. A força da oração nos
O casal Flor e Celso, CRP Sul III, nos inspirou com o texto A Primeira Reunião de Equipe, na CM 557, de fevereiro/março de 2024 (pág. 13). Seu amor à missão nos trouxe muitas recordações. A presença das Equipes de Nossa Senhora em Porto Velho, capital de Rondônia, é recente. O Setor foi criado em outubro de 2023. Temos oito equipes atualmente. Casais vindos de Manaus nos apresentaram o Movimento no final de 2018 e estiveram conosco na Experiência Comunitária e na Pilotagem para as três primeiras equipes. A pandemia não foi empecilho na nossa perseverança. O CRR da Região Norte I, Rejane e Hudson, mora em Manaus e nos visita regularmente, mas é presença virtual ativa no nosso cotidiano. O Padre Leandro Machado é nosso SCE do Setor. fazia seguir em frente. Não podíamos parar, a Oração Conjugal e pessoal nos fortalecia, alimentando as nossas almas, unindo a nossa fidelidade matrimonial no amor de Deus, que nos sustentou, num tempo em que a única certeza era a graça e o amor de Deus. “Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que a força manifesta todo o seu poder” (2Cor 12,9). Diante do cenário
da pandemia, nos sentíamos fortes e seguimos, tomando posse da Fortaleza do Espírito! Em nós e nas nossas vidas.
Ivani e Milton ENS das GraçasBelém/PA
Província Norte
CM 557 – “Os nossos primeiros passos”
Benvinda e Nonato
CRS Porto Velho/RO
Província Norte
As CNSE atingem a maioridade
O sonho acalentado por Dona Nancy Cajado Moncau durante oito anos tornou-se realidade quando ela, juntamente com sua equipe fundadora, lançou o Movimento das Comunidades Nossa Senhora da Esperança em São Paulo, sob as bênçãos e aprovação do nosso Cardeal Dom Odílio Scherer. Missionária intrépida e incansável, depois de sua longa atuação nas ENS, ao lado de seu marido Dr. Pedro Moncau, Dona Nancy, já viúva, dedicou-se ao novo Movimento. Ele foi a seiva que a alimentou nos últimos anos de sua vida. O 1º e 2º grupos, lançados na cidade de São Paulo, foram coordenados por ela. Da capital, surgiram grupos no Rio de Janeiro, no interior paulista… e foram se espalhando, se espalhando…
estruturado. Hoje, contamos com mais de 300 grupos espalhados pelo Brasil, seguindo os rastros das ENS.
Esse ano, com muita alegria e gratidão, comemoramos os 21 anos das Comunidades Nossa Senhora da Esperança.
É um privilégio pertencer e trabalhar nesse Movimento religioso Mariano. Nele, sentimo-nos abençoados por Deus e amparados pelo olhar de Nossa Senhora da Esperança que zela pelas viúvas, viúvos, solteiros, desquitados e divorciados acolhidos amorosamente na Igreja de Jesus Cristo.
Dona Nancy sempre contou com a força do Espírito Santo e a ajuda imprescindível das ENS, na expansão e implantação das novas comunidades. Quando ela se foi, entregou as comunidades àqueles discípulos da primeira hora que a auxiliaram a escrever os primeiros rascunhos de seu projeto e transformá-los num Movimento
Aos viúvos e viúvas das ENS, fazemos um apelo muito especial: venham participar e colaborar com as CNSE. “A messe é grande, mas os operários são poucos.” A experiência de vocês será de grande valia para nós. Precisamos de braços para o trabalho na vinha do Senhor. Vocês, viúvas e viúvos, serão acolhidos por uma comunidade cheia de fé, esperança e amor fraterno. Nossa Senhora da Esperança os receberá com todo o seu amor maternal.
Maria Célia CNSE
O Pai-Nosso
“Senhor, ensina-nos a orar”. Foi em resposta a esse pedido que o Senhor confiou aos seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental: o Pai-Nosso. O Papa Francisco inaugurou o “Ano da Oração”, em preparação para o Jubileu de 2025, no dia 21 de janeiro de 2024, por ocasião do Quinto Domingo da Palavra de Deus. Ele espera que 2024 ajude todos a “redescobrir o grande valor e a absoluta necessidade da oração”. O Papa pediu que aprofundássemos a oração do Pai-Nosso. Etimologicamente, o vocábulo oração provém de orare (oris = boca) que significa “falar”. Em um primeiro momento, rezar significa falar com Deus. Mas num verdadeiro diálogo há silêncios. Para que a oração não
seja um monólogo e se transforme em um diálogo é preciso uma atitude silenciosa. Rezar consiste também em silenciar para escutar o que o outro fala. Durante a oração, quando eu falo, Deus cala, e quando eu calo, Deus fala. A oração é um diálogo entre duas pessoas que falam, escutam e respondem.
Segundo o escritor eclesiástico Tertuliano 160-240, “a oração dominical (o Pai-Nosso) é verdadeiramente o resumo de todo o Evangelho”. O termo dominical tem origem no latim dominicalis, que significa “relativo ao Senhor”. A palavra deriva do latim dominus, que significa “senhor”. Desse modo, o Pai-Nosso é uma oração ensinada e legada pelo Senhor Jesus. Ele é o mestre
da nossa oração. Por ser Deus e homem, Jesus conhece as nossas necessidades humanas.
As comunidades cristãs primitivas rezavam o Pai-Nosso três vezes por dia (Didaqué 8,2-3). A Oração Dominical é a oração da Igreja por excelência. Faz parte integrante das “Horas” principais do Ofício Divino: Vésperas e Laudes. Recita-se o Pai-Nosso em cada Eucaristia celebrada.
A oração do Pai-Nosso é iniciada com uma invocação, e não com uma petição: “Pai-Nosso que estais nos céus”. A primeira palavra da Oração do Senhor (Pai) é uma bênção de adoração, antes de ser uma súplica. A palavra Pai nos remete a uma criança nos braços do pai e da mãe. Ali a criança se sente amada, segura e protegida. Abbá (papaizinho) é a primeira palavra aramaica que uma criança pronuncia. Alguns santos quando rezavam o Pai-Nosso interrompiam a oração na palavra Pai e ficavam extasiados por se sentirem filhos de um Deus que é Pai. Santa Teresa do Menino Jesus, por exemplo, ficava extasiada ao chamar Deus de Pai e achava impossível continuar rezando. Ao chamar Deus de Pai, tomo consciência da minha condição de filho. Estou fazendo a mesma oração que Jesus dirigia ao Pai. O Pai-Nosso é o resumo de todo o Evangelho e a palavra Pai é o resumo do Pai-Nosso, o ápice da revelação cristã.
Se a palavra “Pai” nos fala do amor de Deus, a palavra “nosso” nos fala do
Se a palavra “Pai” nos fala do amor de Deus, a palavra “nosso” nos fala do amor ao próximo. Quando eu digo Pai-Nosso estou me irmanando com todos, inclusive com meus inimigos.
amor ao próximo. Quando eu digo Pai-Nosso estou me irmanando com todos, inclusive com meus inimigos. Evaristo Martín Nieto dizia que o Pai-Nosso é a oração dos filhos e dos irmãos. Não podemos chamar Deus de Pai se não chamarmos irmãos e irmãs a todos os homens e mulheres do mundo, cristãos e não-cristãos, crentes e ateus, santos e criminosos, ricos e pobres, aqueles que nos amam e aqueles que nos odeiam, aqueles que nos elogiam e aqueles que nos criticam. Sentir-se irmãos dos outros é amá-los. Somente a partir do amor podemos recitar o Pai-Nosso.
Se o Pai-Nosso não for recitado com o duplo sentimento de filiação e de fraternidade, não faz sentido recitá-lo, porque “o Pai nos reconhecerá como filhos se tivermos como irmãos todos os outros que Ele tem como filhos” (Luis Vives).
Pe. Antonio C. Torres SCE Carta Mensal
02 fevereiro 2024
ORDENAÇÃO PRESBITERIAL
Diácono Rodrigo Cardoso
SCE ENS Mãe das Famílias
São José do Rio Preto – SP
Província SUL II
JUBILEU DE PRATA PRESBITERIAL
23 maio 2024
Pe. Sílvio Teixeira
SCE ENS Aparecida
Abaetetuba – PA
Província Norte
06 julho 2024
BODAS de OURO
Maria e Orozimbo (Bimbo)
ENS da Saúde – Jaú - SP – Província Sul II
01 maio 2024
Nilda e José Marino
ENS Mãe das Famílias – São José do Rio
Preto – SP – Província Sul II
28 março 2024
BODAS DE PRATA
15 maio 2024
26 junho 2024
Joelma e Jardel
ENS Imaculada Conceição
Presidente Dutra-MA
Província Nordeste I
Clara e Paulo
ENS do Carmo
Tucuruí – PA
Província Norte
Dalmira e Alzinei
ENS de Fátima
Belém - PA
Província Norte
60 ANOS DE MATRIMÔNIO
25 abril 2024
Elvira e Ildebrando
ENS Rainha da Paz
Sorocaba – SP
Província SUL I
VOLTA AO PAI
Pe. Philipe Villeneuve Oliveira Rego 02/04/2024
ENS Aparecida, Mossoró - CE
Província Nordeste I
Pe. Lodovico Bonomi 14/04/2024
ENS Mãe da Consolação, São José do Rio Preto – SP
Provincia SUL II
Antonio Vale Mourão 04/04/2024
ENS de Fátima, Govenador Archer - MA
Província Nordeste I
Angelina do Carlos 21/03/2024
ENS do Perpétuo Socorro, Itacoatiara - AM
Província Norte
Graça do Cesar 24/03/2024
ENS do Amor, Manaus - AM
Província Norte
Maria José do Manoel 07/04/2024
ENS de Belém, Belém - PA
Província Norte
Francisco José Costa Barreto 03/05/2024
ENS de Fátima, Fortaleza - CE
Província Nordeste I
12 de junho,
Dia dos Namorados
Dia dos Namorados, momento de celebrarmos e revermos o nosso dia a dia em casal.
É certo que o namoro é o princípio da formação de um casal, é a construção dos alicerces que nos leva ao Sacramento do Matrimônio. Tempo de conhecimento pessoal e fortalecimento dos sentimentos que nasceram de um primeiro e singelo olhar.
Manter-se enamorados, é manter a chama viva do amor. E é nesse amor, que buscamos entender que o estar enamorados-namorar significa viver momentos que refletem: o carinho entre o casal; o respeito de momentos pessoais e individuais entre os cônjuges; o tocar, o abraçar e o beijar que são formas de transmissão física desse sentimento; acolher, escutar, ser paciente, dar risadas juntos, chorar juntos, sentir a segurança que o outro lhe atribui, sentir o que o cônjuge está sentindo, simplesmente estar ao lado – juntos. Tudo isso, vivido juntos, alimenta e fortalece o amor dos eternos namorados.
E aqui vai um convite especial para
o dia 12 de junho ou para ser feito durante o mês de junho, para quem ainda não fez ou para aqueles que já fizeram recentemente, que possam repetir. Que tal visitar o local do primeiro encontro, do primeiro beijo, mesmo que no lugar esteja um novo arranha-céu na cidade, ou a praça que perdeu seu coreto, ou no restaurante, ou no cinema, ou mesmo na escola? Se puder visitar e caminhar pelo local, façam, se não existir mais o local, passe de veículo na frente e demonstre ao seu cônjuge a importância desse local na sua vida, dessa lembrança dos eternos namorados.
E aí qual é a sua primeira lembrança, que tal relembrar em sua próxima reunião de equipe?