Jubileu de Diamante das Equipes de Nossa Senhora no Brasil
Páginas 2 e 8
LANÇAMENTO
Selo comemorativo para marcar esta data
Página 10
Índice
EDITORIAL 1
SUPER-REGIÃO BRASIL
Comemorar o Jubileu, 75 anos de Equipes de Nossa Senhora no Brasil. 2
O dever de revisar nossa caminhada 3
Nada é por acaso, tudo é providência 4
Batismo do Senhor: os céus se abrem para nós! 5
Um lar de buscadores de Deus 6
Jesus é a nossa Luz: Festa da Apresentação do Senhor Jesus 7 75 anos das Equipes de Nossa Senhora no Brasil 8
Um selo para marcar os 75 anos do Movimento no Brasil 10
IGREJA CATÓLICA
Epifania do Senhor 12
Sacerdotes, conselheiros e casais, peregrinos da Esperança. 13 O CONSELHEIRO NA CARTA
O amor de Cristo nos uniu
TEMA DE ESTUDO 2024
Enfim, chegou o tão esperado Encontro!
A Eucaristia na vida dos casais
Saber Eucarístico
A importância da Eucaristia 17
Experiências inovadoras nas ENS 19
O amor e ajuda Mútua.................................................................................................................................20
Casal Responsável de Equipe, um casal escolhido por Deus 21
Crescer em uma família enraizada na fé e no serviço ao próximo foi uma das maiores bênçãos da minha vida
EQUIPISTAS E A CM
CM 01 – Editorial "Triunfo da Caridade"
CM 560 – (págs. 20 e 21) "A gratidão e a alegria de ser SCE ou AE de uma ENS” 23
PARTILHA E PCE
Retiro: um tempo de graça.
Retiro de 48 horas não dá!.........................................................................................................................25
Sentar-se: um dever em tempo
Nosso Dever de Sentar-se: um gesto de amor..............................................................................27
O pPoder da Oração Conjugal
Oração Conjugal, testemunhando nosso milagre
Os efeitos dos PCEs
Nasci no Movimento das Equipes de Nossa Senhora
A importância de comparecimento do equipista na missa mensal
REFLEXÕES EM FAMÍLIA
Os três alteres do casal
Está sendo publicado somente na CM DIGITAL acesse pelo site ens.org.br CM 563
ACESSE CARTA MENSAL SONORA: no 563 edição Janeiro/Fevereiro 2025 N O T Í C I A S
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro na “Lei de Imprensa” N° 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil – CR Super-Região Brasil Rose e Rubens; Equipe Editorial: Responsáveis: CR Carta Mensal Mirna e Sildson; Conselheiro Espiritual: SCE Carta Mensal: Pe. Antonio C. Torres; Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb.17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais – Rua Tefé, 192 - Perdizes, São Paulo/SP - Fone 11 97574-9718 – e-mail: novabandeira@novabandeira.com – Responsável: Ivahy Barcellos; Revisão: Jussara Lopes; Diagramação, Preparação e Tratamento de imagem: Douglas D. Rejowski; Imagens: (Freeimagens/Pxhere/Unsplash/CanStockPhoto/Canva). Tiragem desta edição: 25.700 exemplares. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS – Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3° Conj. 36, CEP: 01310-905, São Paulo/SP ou através de e-mail: cartamensal@ens.org.br a/c Mirna e Sildson.
IMPORTANTE: consultar instruções antes de enviar o material – pedimos que acessem as instruções na aba/acesso Carta Mensal do site das Equipes de Nossa Senhora (www.ens.org.br).
Queridos equipistas, paz e bem!
Nesta Carta também ajustamos os fascículos ao calendário civil, vinculado ao calendário litúrgico e do Movimento. Buscaremos com isso também reduzir o tempo de entrega dos correios, principalmente no final de ano quando as correspondências sobrecarregam o sistema.
Iniciamos o ano de 2025, certos de que será um ano de muitas graças sobre todos nós!
Em 13 de maio celebraremos o Jubileu de Diamante das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, 75 anos de muitas graças alcançadas pelas famílias equipistas. Ano de agradecermos o Padre Desmarais, que apresentou as equipes do Padre Caffarel
ao Casal Nancy e Pedro Moncau Jr., e aí inicia-se a troca de correspondências entre o casal e nosso querido Padre Caffarel, onde Padre Caffarel disponibilizou todos os documentos e arquivos do Movimento ao casal e este, com a graça e inspiração do Espírito Santo inicia a primeira Equipe de Nossa Senhora no Brasil.
Em todos esses anos, o Movimento cresceu em estrutura e fortalecimento dos equipistas na fé, tendo nos conselheiros e acompanhantes espirituais a Luz de Cristo, indicando, ajustando e sinalizando o caminhar na verdade e na esperança. O conselheiro atua como gonzo que se movimenta e nos mantém ao redor do eixo que é Jesus. Caminhemos juntos.
Mirna e Sildson
CR Carta Mensal
Comemorar o Jubileu, 75 anos de Equipes de Nossa Senhora no Brasil
Com grande alegria e gratidão, somos todos convidados a celebrar os 75 anos das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Este jubileu é um marco significativo na história do Movimento, que tem sido uma fonte de evangelização, inspiração e apoio ao longo de décadas para inúmeros casais e conselheiros espirituais que buscam viver à luz do Evangelho. Primeiramente, expressamos nosso profundo agradecimento a todos que fizeram parte dessa jornada. Cada casal, cada Conselheiro Espiritual, cada equipista que dedicou seu tempo e esforço para fortalecer e expandir o Movimento com muito amor, zelo, desbravando esse Brasil todo em meio às dificuldades, mas com responsabilidade, fidelidade, mantendo a unidade do Movimento. São para nós exemplos de fé, generosidade e inspiração e merecem nosso reconhecimento e agradecimento. Temos certeza de que as graças de Deus alcançaram a todos.
Em especial, rendemos graças ao casal Nancy e Pedro Moncau, cuja visão e dedicação trouxeram as Equipes de Nossa Senhora para o Brasil. Sem a coragem e o compromisso deles, não estaríamos celebrando este momento histórico.
Comemorar o Jubileu de 75 anos é reconhecer a importância do Movimento no dia a dia daqueles que buscam na vivência de valores cristãos um crescimento espiritual, apoio mútuo e fortalecimento do matrimônio com a orientação dos Conselheiros Espirituais e uma comunidade de fé e, para além das fronteiras dos lares, contribuir para as comunidades e sociedade promovendo valores como amor, respeito e
compromisso.
Padre Henri Caffarel destacava que o amor conjugal é um caminho para a santidade e uma expressão viva do amor de Deus e isso guia nosso Movimento. Na origem da Espiritualidade Conjugal há um apelo de Cristo: Para nós esposos, a nossa vocação é irmos juntos para Cristo, um e outro, um com o outro, um pelo outro. Pe. Henri Caffarel, Espiritualidade Conjugal, pág. 38.
Os frutos colhidos ao longo desses 75 anos são inúmeros, casais mais unidos, famílias mais fortes. O Movimento continua a ser uma fonte de renovação e esperança, adaptando-se aos novos tempos sem perder a essência de sua missão.
Neste jubileu, renovamos nosso compromisso com os princípios que guiaram as Equipes de Nossa Senhora desde o início. Que possamos continuar a caminhar juntos, fortalecendo nossos laços e espalhando a mensagem de amor e fé que tem sido a marca do Movimento.
A todos que fizeram e fazem parte dessa história, nosso mais sincero agradecimento.
Que os próximos anos sejam tão frutíferos e abençoados quanto os que celebramos hoje.
Nossa Mãe Maria, patrona de todas as Equipes, rogai por todos nós, amém!
Rose e Rubens CR SRB
O dever de revisar nossa caminhada
Olá, queridos casais e conselheiros, espero que todos estejam bem e continuo em oração por todos vocês. Estamos iniciando um novo ano, e será um ano de muitas alegrias e de agradecimento a nosso querido Deus, nosso Senhor Jesus Cristo. A Ele, toda glória e louvor. Neste ano, vamos agradecer e preencher os nossos corações com toda a esperança e paz. Para que isso aconteça, vamos refletir mais profundamente sobre a palavra de Deus. E os Pontos Concretos de Esforços nos ajudarão muito. Que cada casal realize os pontos concretos como se fosse o início de uma jornada, pois precisamos revisar como estamos agindo e o que tem nos ajudado. Quanto tempo você está no Movimento? Independentemente do tempo, você deve estar mais santo na vivência do Sacramento do Matrimônio e na vivência do Movimento. Queridos casais, jamais devemos ser casais medíocres, ou seja, todos devemos revisar nossa caminhada. Não devemos nos esquecer do verdadeiro sentido de estarmos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Quando celebrarmos o jubileu da esperança, será o tempo de nos tornarmos mais santos. Amados irmãos, estamos vivendo um momento de crise nos vários aspectos da vida humana, mas nós, cristãos, não podemos perder a esperança. E quem nos dá essa certeza é Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fala por meio da Palavra e da Meditação, e nos leva ao
Dever de Sentar-se e rezar juntos –ou seja, o casal. Pois, rezando juntos, teremos mais força para lutar contra o mal e a certeza da vitória. Meus irmãos, não podemos desanimar, mas devemos contar com a força que vem de Deus, que nos leva a nos sentirmos como irmãos. Vamos vencer as dificuldades e os problemas e seremos vitoriosos, pois quem confia em Deus será sempre vitorioso. Queridos irmãos, não vamos perder a esperança e tenhamos coragem, pois vamos superar tudo e, no final, teremos a vitória. Deus os abençoe. Minhas orações e um grande abraço a todos. Fiquem com Deus. Louvado seja Jesus Cristo.
Pe. Toninho SCE SRB
Nada é por acaso, tudo é providência
“Tudo é providência divina”, ensinou São Tomás de Aquino. Deus age silenciosamente na história, guiando as pessoas em direção ao bem maior. Foi nesse contexto que nasceu o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, inspirado para valorizar o matrimônio como um caminho de santidade. Gosto de pensar que Deus, percebendo o desejo dos casais em viver seu casamento de forma santa, inspirou o Padre Henri Caffarel e alguns casais a buscarem juntos uma espiritualidade conjugal que os unisse mais a Ele.
Em 1938, em Paris, o jovem Pe. Caffarel conheceu uma senhora, jovem, casada que queria orientação sobre como viver espiritualmente o matrimônio. Ele sugeriu que o marido também participasse, e o casal, entusiasmado, trouxe amigos para formar um pequeno grupo que buscava entender o matrimônio pela fé. Em 25 de fevereiro de 1939, esse grupo se reuniu na casa de um deles, sem saber que estavam dando início às Equipes de Nossa Senhora.
Na primeira reunião oficial, estavam presentes o Pe. Caffarel e quatro casais (Pierre e Rozenn de Montjamon, Gérard e Madeleine d’Heilly, Michel e Ginette Huet, Frédéric e Marie-Françoise da Chapelle), formando o “Grupo Nossa Senhora de Todas as Alegrias”. Ali, começaram a buscar juntos o olhar de Deus sobre o matrimônio, fortalecendo a fé e o vínculo conjugal. Sem um plano definido, iniciaram essa caminhada espiritual, inspirados nas palavras de Jesus: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei presente”.
Desde o primeiro encontro, Pe. Caffarel ensinava que o matrimônio é uma graça a ser vivida e compartilhada, não guardada. Ele incentivava os casais a verem o amor conjugal como caminho para a santidade, em união com Cristo. Sua visão mostrava que o amor humano e o amor divino não se excluem, mas se completam: o amor conjugal orienta-se ao amor de Cristo, e Cristo santifica o matrimônio, conduzindo o casal à presença de Deus.
Aquela primeira reunião em Paris, lembrada anualmente no dia 25 de fevereiro, marcou o começo de um Movimento que hoje está em mais de 90 países. O que começou com um pequeno grupo cresceu como um rio que ganha força ao longo do caminho, inspirando casais a viverem seu amor como testemunho de fé e como caminho para Deus.
Que permaneçamos firmes neste caminho que por eles foi iniciado, pois o caminho que escolhemos é seguro e repleto de graça. Com o auxílio e a proteção de Nossa Senhora, podemos alcançar a santidade e, caminhando em equipe, apoiando-nos mutuamente, sermos um testemunho fiel do amor de Cristo e assim mostrarmos ao mundo que o matrimônio vale a pena.
Marilda e Marcos
CR Província Sul I
Batismo do Senhor: os céus se abrem para nós!
Após as celebrações de Natal e da Epifania do Senhor, a Igreja nos propõe celebrar essa outra magnífica festa de Jesus, o dia do seu Batizado, que, em 2025, celebra-se no dia 12 de janeiro. Jesus foi batizado por seu primo São João Batista nas águas do rio Jordão, a cerca de seus 30 anos, sendo admiravelmente declarado Filho Amado de Deus, dando início, publicamente, à obra de seu ministério. O Senhor desejou ser batizado, diz Santo Agostinho, “para proclamar com a sua humildade o que para nós era uma necessidade”. Jesus é batizado em água pura e cristalina, e em um ato de fé, seu Batismo se realiza simbolizando uma Vida Nova, enchendo o coração de esperança para um novo começo, uma nova ação. No Batismo do Senhor, as águas são santificadas, o homem é purificado e toda a criação se alegra.
Às margens do rio Jordão, Jesus foi ungido com o Espírito Santo como o Messias, o Cristo, aquele que santifica o caminho da humanidade.
Batismo, data de nascimento espiritual! Uma nova vida floresce, gloriosa aos olhos dos céus!
O Batismo para os cristãos pode ser considerado uma “porta” que conduz à santidade porque faz deles participantes da vida de Deus. No Batismo, um ser é consagrado, é abençoado com graças celestiais. Ao receber o sacramento do Batismo, recebe-se o mais belo presente: o dom da fé, o dom do Senhor. Pelo Batismo, recebem-se as graças sobrenaturais que Cristo pode nos oferecer, iniciando uma jornada espiritual, que fortalece a
alma e traz a redenção. A partir do Batismo, nós estamos mergulhados na vida do Filho, assumindo as características que lhes são próprias, as graças de Cristo na nossa vida. Deus nos faz seus filhos na filiação do Filho. O Batismo é Deus que entra em nós, purifica, cura o nosso coração, faz de nós seus filhos para sempre, seu povo, sua família, herdeiros do Paraíso (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1279). E Deus torna-se íntimo de nós e nunca nos abandona.
Celebremos o Batismo do Senhor praticando as boas obras em favor do dom de Deus derramado em nossas vidas, através desse sublime sacramento, que nós também recebemos, como graça e responsabilidade. Renovemos a alegria de sermos seus filhos!
Que o Batismo seja sempre um momento sagrado, de fé, amor e profunda gratidão! Uma bênção que transcende o tempo e nos guia para a eterna salvação.
Lu e Marcelo CR Província Leste II
Um lar de buscadores de Deus
Um dos eventos mais importantes do Tempo Litúrgico do Natal é a comemoração da Epifania do Senhor, a manifestação de Jesus ao mundo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O texto bíblico que nos mostra isso é o da visita dos Reis Magos a Jesus, quando lhe oferecem incenso porque o reconhecem como Deus, e mirra porque o reconhecem como homem.
Esta Epifania continua acontecendo na história, principalmente através da missão da Igreja e do testemunho dos santos e santas que assumiram o seu Batismo e mostraram Jesus presente e atuante na história. A santidade dessas pessoas nos faz parafrasear o Evangelho, pois assim como quem vê Jesus, vê o Pai, quem vê esses santos e santas, vê o próprio Cristo, pois suas vidas manifestam a face do Senhor.
Para nós, membros do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que ao buscarmos a fidelidade à graça batismal na vivência do Sacramento do matrimônio procuramos assumir e aprofundar a espiritualidade conjugal, nos tornarmos manifestação de Jesus, isto é, fazer com que a Epifania de Jesus aconteça hoje, é um elemento essencial da nossa
vocação, da nossa espiritualidade e do carisma do nosso Movimento.
O Padre Caffarel nos ensina que “um lar de buscadores de Deus é, em um mundo que não acredita mais em Deus, que não acredita mais no amor, uma teofania: uma manifestação de Deus como foi para Moisés aquela sarça do deserto que ardia sem se consumir” (Discurso em 15/5/1970 em Roma). Que maravilha podermos dizer que a nossa vida conjugal é uma Epifania, pois manifestamos ao mundo o amor de Cristo por nós e a sua união com a sua esposa, que é a Igreja. No mesmo discurso, o Padre Caffarel também nos diz: “É do seu amor conjugal, do fato de serem casais, que o mundo ateu, sem o suspeitar, espera um testemunho essencial” .
O mundo espera o nosso testemunho e temos consciência disso. Por isso, mais do que nunca percebamos a importância do nosso Movimento e da nossa fidelidade a ele para que a Epifania do Senhor não seja simplesmente um fato do passado ou uma festa litúrgica que comemoramos no Tempo do Natal, mas uma atualização constante através do testemunho de vida de todos os casais que assumem o carisma do Movimento das Equipes de Nossa Senhora.
Padre Adalberto Vanzella
SCE Província Sul I
Jesus é a nossa Luz: Festa da Apresentação do Senhor Jesus
Nossa Igreja celebra, anualmente, no dia 02 de fevereiro, a Festa da Apresentação do Menino Jesus no Templo. Essa celebração faz memória ao dia em que o Menino Jesus, ao completar 40 dias de vida, foi levado ao Templo de Jerusalém por Maria e José, e apresentado aos sacerdotes e consagrado a Deus, conforme os preceitos da religião judaica. Ao chegarem ao Templo, José, Maria e o menino Jesus foram recebidos pelo profeta Simeão e pela profetisa Ana. Simeão aguardava a consolação de Israel, era um homem muito piedoso e dizia que não morreria sem antes ver o Messias que viria da parte de Deus. Ao ver o menino Jesus, Simeão O pegou nos braços e disse: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar o teu servo partir em paz. Porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos, luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel” (Lc 2,32). Por essas palavras proferidas por Simeão, neste dia são dadas bênçãos às velas, gerando uma verdadeira festa das luzes nas paróquias, pois o Menino Jesus é a luz que veio para iluminar as trevas do pecado. Razão pela qual também Nossa Senhora passou a ser venerada, neste dia, sob os títulos de Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora Candelária ou Nossa Senhora da Luz. Simeão e Ana reconheceram em Jesus o Messias esperado e profetizaram o sofrimento e a glória que viriam para ele e para a família. Portanto, Simeão e Ana veem no Messias aquele que restauraria o povo de Israel e, por meio de
Jesus o povo de Israel veria a salvação que viria da parte de Deus. Por meio do sofrimento (morte de cruz) e da glória (ressurreição), todo o povo de Israel seria contemplado pela salvação de Deus. Papa Francisco, em sua homilia, na celebração desta festa, em 2024, afirma que “faz-nos bem contemplar estes dois anciãos, pacientes na expectativa, vigilantes no espírito e perseverantes na oração. O seu coração manteve-se desperto, como uma tocha sempre acesa. São de idade avançada, mas têm a juventude do coração; não se deixam desgastar pelos dias, porque, na expectativa, os seus olhos permanecem voltados para Deus (cf. Sal 145, 15)”.
Nós, enquanto equipistas, não podemos negligenciar na busca diária pelo Senhor, precisamos ser perseverantes no cultivo da vida interior, permanecendo coerentes com o modo de vida do Evangelho, e, assim, estaremos com Jesus, luz e esperança da nossa vida.
Pe. Daniel Santini Rodrigues SCE Província Leste II
75 anos das Equipes de Nossa Senhora no Brasil
Nas comemorações do Jubileu de 75 anos das equipes no Brasil, recordamos com alegria no coração os primeiros momentos vividos por nossos queridos Nancy e Pedro Moncau por ocasião dos primeiros passos para iniciação das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Reproduzimos, a seguir, extraído do livro Equipes de Nossa Senhora no Brasil - 70 Anos de Caminhada, trecho dessa maravilhosa história que continua a crescer com a graça de Deus e a proteção de Nossa Senhora.
O Brasil recebe as Equipes de Nossa Senhora
(...) Em sua busca, Pedro Moncau conheceu em 1948 a publicação
L’Anneau d’Or , lançada na França em 1945, pelo Padre Henri Caffarel, com temas sobre espiritualidade conjugal e familiar. Moncau ficou muito interessado pelo conteúdo que refletia um sólido Movimento de formação da instituição familiar. A revista, publicada por 20 anos, alcançou centenas de leitores em todo mundo.
Em setembro de 1949, o padre dominicano Marcel Marie Desmarais, a convite do Centro Dom Gastão, fez várias palestras em diferentes entidades, inclusive para casais da Congregação Mariana. Sua visita ao Brasil foi noticiada pela imprensa. O jornal Correio Paulistano publicou um
artigo sobre a série de conferências subordinadas ao título Sansão e Dalila em 1949, realizadas na cidade de São Paulo e Santos.
No encontro com os casais do Centro Dom Gastão, o Padre Desmarais, falou sobre a experiência dos casais orientados pelo Padre Caffarel, o que ajudou Pedro Moncau a confirmar suas impressões obtidas a partir da revista L’Anneau d’Or . Animados com as novas possibilidades e inspirados pelo Espírito Santo, os casais presentes tiveram interesse em buscar mais informações
sobre o Movimento das Equipes de Nossa Senhora.
O médico Pedro Moncau, fluente na língua francesa, decidiu então escrever ao Padre Caffarel, em carta datada de 30 de novembro de 1949. Nela expressava o desejo de conhecer o programa e a dinâmica das reuniões, certo de que a finalidade do Movimento vinha ao encontro dos anseios dos casais brasileiros quanto ao tema da espiritualidade conjugal.
Logo veio a resposta do Padre Caffarel, redigida em 15 de dezembro, em que ficava clara sua satisfação pelo interesse manifestado em terras tão distantes da França. Segundo ele,
Pedro Moncau receberia em breve toda a documentação referente aos grupos de casais, em material a ser enviado pelo secretario-geral, Gerard d’Heilly. Ao final colocou-se à disposição e salientou que aguardava o retorno com as considerações do brasileiro sobre o Movimento.
“Uma das minhas principais preocupações é estabelecer laços com todos que nos quatro cantos do mundo, trabalham no mesmo sentido. [...] Penso que o duplo esforço dos grupos de casais e das pesquisas sobre a espiritualidade conjugal e familiar é um dos sinais de nosso tempo e uma grande esperança (Padre Caffarel)”.
Foi motivo de grande emoção para Pedro Moncau receber o Estatuto, as edições da Carta Mensal e o primeiro número do boletim Lares de Cristandade, publicação editada por um grupo de casais que haviam sido do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, e que acabou tendo curta duração. Em contato com o material ele percebeu que ali estariam as respostas que ele, sua esposa Nancy e os outros casais do Centro Dom Gastão precisavam e buscavam para viver em plenitude o matrimônio cristão.
O contato de Pedro Moncau com os documentos enviados da França permitiu entender a importância do Estatuto para que os fundamentos do Movimento fossem respeitados e a unidade das equipes garantida. A própria origem das Equipes de Nossa Senhora era fonte de inspiração aos brasileiros.
Livro dos 70 Anos das ENS no Brasil
Um selo para marcar os 75 anos do Movimento no Brasil
Ao completar os 75 anos de chegada do Movimento em nosso país, a Super-Região Brasil lança um selo comemorativo que vai nos acompanhar ao longo deste ano, de forma que marque todas as nossas atividades, nos lembrando a inspiração inicial, revelada por Pedro Moncau: “É exatamente isso que há muito tempo procurávamos”.
Comemorar é uma forma de valorizar a origem, é ação de graças e, pensando assim, a Super-Região Brasil não poderia deixar de celebrar os 75 anos da chegada das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Para marcar este Jubileu de Diamante, desenvolvemos uma arte, um selo comemorativo! Mais do que um trabalho gráfico, este selo é um tributo ao compromisso de milhares de casais e conselheiros espirituais ao longo das décadas, em nosso país. Processo criativo - A ideia central para o desenvolvimento do selo partiu da própria identidade visual do Movimento, as cores e as formas que compõem sua logomarca. Nos apoiamos nos arcos, que representam as alianças matrimoniais, símbolo maior da missão das equipes: sustentar e fortalecer o Sacramento do Matrimônio. O resultado é fruto de um processo criativo que buscou valorizar não apenas os elementos visuais, mas também o significado por trás de cada escolha. O uso das alianças para compor o número 75 demonstra como o carisma das Equipes está no cerne de cada detalhe, trazendo um design que é simples e impactante, mas também carregado de profundidade.
1950 marca a chegada das Equipes de Nossa Senhora ao Brasil, após o casal Nancy e Pedro Moncau se corresponderem com o Padre Henri Caffarel, em Paris.
A Super-Região Brasil tem a intenção de usar esta arte como uma marca, em suas publicações, edições e eventos ao longo do ano de 2025. Você também é convidado a usar nas atividades da sua equipe, Setor, Região e Província. Ele demonstra o orgulho de ser equipista e o amor pela história do Movimento.
Ao apresentar o selo comemorativo aos membros das Equipes de Nossa Senhora, a mensagem é clara: celebrar 75 anos de história é, acima de tudo, renovar o compromisso com os valores que sustentam o Movimento. Este selo se torna, assim, um símbolo de gratidão e esperança, convidando todos a olharem para o futuro com a mesma fé e confiança na ação do Espírito Santo que tanto agiu ao longo dessas décadas.
O selo também dialoga com a história: as cartas do Brasil para a França e vice-versa. A data de 13 de maio de
Erica e Wilson CR Comunicação
Epifania do Senhor
O termo Epifania significa manifestação de Deus. Na tradição cristã, costumamos lembrar três grandes manifestações de Deus: a estrela que guia ao presépio (manifestação aos Magos), o Batismo de Jesus no Jordão e a água transformada em vinho nas bodas de Caná. Esta solenidade que celebramos no ciclo do Natal tem sua origem no episódio narrado no capítulo segundo do Evangelho de Mateus, a visita dos Magos a Jesus. Jesus é a luz grandiosa que atrai todos os povos da terra. Assim, de muitos modos somos impulsionados a contemplar essa cena, tomando consciência de que Deus se manifesta e se revela a todos de maneira indistinta. O presépio é o lugar onde a humanidade, representada pelos magos, contempla a grandeza de Deus. No prefácio da Epifania do Senhor, a Igreja nos convida a contemplar e celebrar a vida da graça, revelada e manifesta em nossa carne mortal. Eis o mistério de nossa salvação: Deus se fez homem e habitou a nossa condição humana, para comunicar a vida divina, a nossa redenção. Em sentido bíblico e em consonância com a tradição judaica, podemos colher dois sinais apresentados no Evangelho de Mateus. A ESTRELA, conforme lemos Nm 24, 17, mostra que o nascimento de um personagem importante era acompanhado pela aparição de uma nova estrela. Catequeticamente, Mateus apresenta Jesus como Deus manifesto a nós. Estar atento a esse sinal e saber interpretá-lo é pôr-se a caminho com o coração aberto, decididamente, para encontrar aquele que nos traz a salvação. Os MAGOS simbolizam
a humanidade, convidada a interpretar o sinal, a colocar-se a caminho, sabendo servir-se de quem conhece as escrituras para chegar até Deus, a luz verdadeira que oferece a salvação. A Epifania não é apenas celebrar um acontecimento, é, sim, um convite sempre vivo e atual a descobrir quem é Deus e a alegria de vê-lo presente em tudo, e sobretudo, na realidade da vida conjugal e familiar. Buscar a santificação, como propõe a pedagogia do Movimento, é sermos capazes de desenvolver em nós a sabedoria dos Magos, sermos homens e mulheres de sinais, sermos capazes de olhar para o céu e descobrir os muitos sinais da manifestação de Deus em nossa vida cotidiana e desinstalando-nos, para, sem medo e com coragem, empreender o caminho em busca do Cristo, Deus revelado que cotidianamente se manifesta a nós no presépio que é a nossa vida. Que não apenas levemos a Deus o que temos, ouro, incenso e mirra, mas acolhamos a salvação, dom inestimável que Ele veio oferecer!
Pe. Adalberto A. de Jesus
SCE Região MS I Província Centro-Oeste
Sacerdotes, conselheiros e casais, peregrinos da Esperança.
Estamos vivendo a graça do Ano Jubilar, que se apresenta como um convite à peregrinação. O tema “Peregrinos de Esperança” nos convida a caminhar juntos, como Igreja, rumo à comunhão plena com Deus. Nesse contexto, a relação entre os sacerdotes conselheiros espirituais e os casais equipistas ganha um significado ainda mais profundo: trata-se de uma caminhada espiritual de unidade que fortalece a jornada de esperança e santidade. De um lado, o sacerdote, como Conselheiro Espiritual de uma equipe, é chamado a exercer um papel único nas Equipes de Nossa Senhora. Ele não apenas anima a vivência da espiritualidade conjugal, mas também ilumina os desafios da caminhada trazendo as luzes que brotam da sabedoria da Palavra de Deus. Por outro lado, os casais equipistas, em sua vocação matrimonial, oferecem ao sacerdote um testemunho vivo de amor fecundo e fidelidade, inspirando-o em sua própria vocação. Essa relação mútua, baseada no diálogo e na confiança, reflete a beleza do Povo de Deus que caminha unido.
Assim, o Ano Jubilar nos recorda que somos todos peregrinos, impulsionados pela esperança que brota de Cristo ressuscitado. Uma peregrinação que não é apenas um deslocar-se fisicamente, mas um processo interior de conversão e renovação. Tanto os casais quanto os sacerdotes são chamados a vivenciar essa peregrinação juntos, reconhecendo que suas vocações se complementam no serviço à Igreja e ao mundo. Como sabemos, o conselheiro e o acompanhante
espirituais são irmãos que partilham da mesma fé e dos mesmos desafios, enquanto ajudam a sua equipe com discernimento e caridade, para que se mantenham fiéis ao carisma.
Neste caminho, a esperança é o fio condutor. O sacerdote renova sua entrega ao ministério, enriquecido pelo testemunho dos casais que vivem, muitas vezes em meio a desafios, a alegria do amor. Os casais, por sua vez, encontram no sacerdote o apoio para perseverar na construção de uma espiritualidade conjugal que reflete o amor de Cristo por sua Igreja, e juntos, peregrinam na direção de um futuro onde o Reino de Deus se torna cada vez mais visível por meio do testemunho feliz de suas vocações.
Que o Jubileu de 2025 seja uma oportunidade para reafirmarmos a beleza dessas vocações que caminham unidas em nosso Movimento, fazendo de cada equipe um verdadeiro testemunho de esperança e comunhão. Sacerdotes, conselheiros, acompanhantes e casais equipistas: peregrinos da Esperança, juntos na mesma missão!
Maciel Alves Bueno
Frei
SCER SP Capital III
Província Sul I
O amor de Cristo nos uniu
Minha caminhada como Conselheiro Espiritual, juntamente aos irmãos e irmãs das ENS, tem me animado na fé, orientando-me à luz da Palavra de Deus na vivência fecunda do amor presbiteral. Diante dos encontros, reflexões e partilhas do movimento das Equipes de Nossa Senhora, é possível perceber o quanto a vida do Conselheiro Espiritual está entrelaçada com os membros desse importante <ovimento. Trata-se de uma jornada que fortalece minha vocação e a oportunidade de ser presença viva, levando o amor de Cristo. A experiência vivenciada pelo Conselheiro Espiritual junto às ENS é a manifestação do amor de Cristo que fortalece, anima e une todos os membros, concretizando aquilo que o Padre Henri Caffarel sempre motivou: “Façamos o caminho juntos”. Por meio da experiência comunitária realizada, somos impelidos a anunciar o Reino de Deus, testemunhando a sua misericórdia, ternura e bondade. É importante recordar aquilo que proclamamos na Santa Missa: “O amor de Cristo nos uniu”; é este amor que nos congrega e nos torna verdadeiros irmãos e irmãs na fé. Diante disso, são necessários a escuta, o diálogo e a abertura do coração. Sendo assim, como membros atuantes das ENS, é importante ter um coração cheio de amor, que vibra e se alegra em cada encontro, isto é, mediante um esforço contínuo e com o apoio do Conselheiro Espiritual, torna-se possível trilhar um caminho de unidade, comunhão e compaixão entre todos, “tendo sempre em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus” (Fl 2, 5). É o testemunho coerente e vibrante que
experimentamos com os equipistas que nos ajuda a levar o amor de Cristo aos nossos irmãos e irmãs. A experiência do amor de Cristo que une as ENS e o Conselheiro Espiritual deve ser um amor generoso, sincero e fraterno, que ama até o fim e que se concretiza no gesto perene do serviço e da generosidade de coração. O Papa Francisco, na sua nova Encíclica Dilexit nos (Amou-nos), nos diz: “Só o seu amor tornará possível uma nova humanidade.” Que o coração de todos os membros das ENS possam se espelhar no coração manso e humilde de Jesus Cristo, superando os desafios cotidianos. E estando sob a proteção da Bem-aventurada Virgem Maria e inspirados por seu exemplo, cultivemos uma vida de oração mais profunda, transformando os nossos corações, permanecendo fiéis no caminho do discipulado, e sempre atentos aos ensinamentos de Jesus Cristo.
Pe. Vanderlan Gomes ENS da Conceição Região Minas II
Província Leste II
Enfim, chegou o tão esperado Encontro!
A alegria tomou conta do nosso coração, que bateu muito forte, desejando abraçar cada um que encontrávamos, acreditando que estavam vivendo e buscando as mesmas coisas que nós. Estamos falando da nossa Reunião de Equipe, esta alegria de poder abraçar cada irmão equipista, matar a saudade, saber que estamos juntos de novo, porque o Senhor nos reuniu e nos quer assim, fraternos, caminhando juntos!
E neste ano, em especial, vivemos no Capítulo 7 - Convidados ao Banquete, do Tema de Estudo 2024, fazendo uma Celebração Eucarística na qual, com a ajuda do SCE, cada momento da reunião se encaixava: a Coparticipação antecedendo o momento de revisão de vida e pedido de perdão; a Meditação da Palavra e o Estudo do Tema antecedendo a homilia sobre os Discípulos de Emaús; a Partilha, como oferta de vida, antecedendo o ofertório, e finalmente, após a Comunhão, as orações e a refeição.
O Cristo, que tanto nos motivou a participar presencialmente ou a distância do ENCONTRO INTERNACIONAL, é o mesmo presente em cada um dos acontecimentos que vivemos na vida cotidiana em nossos setores. O Espírito que soprou no ENCONTRO é o mesmo que nos une e nos reúne em um só coração, uma só alma e sopra em cada momento que dizemos SIM: às nossas reuniões de equipe, às formações, à cada missa mensal, às nossas reuniões do Colegiado, e Maria nos conduz pelas mãos a mais um ENCONTRO, onde as diferenças são desfeitas, onde o amor se renova!
E só conseguimos caminhar, apesar das pedras do caminho, apesar das nossas limitações e fraquezas, porque Cristo nos permite reconhecê-lo e faz arder nossos corações no partir do Pão, na Escuta de Sua Palavra e na Partilha de vida com os irmãos de equipe.
Cada vez que deixamos nossa casa e nos dirigimos a um chamado das ENS, estamos vivendo um ENCONTRO INTERNACIONAL, pois, nestes momentos, em algum lugar do mundo, alguém está rezando conosco!
Que seja esse o sentimento que nos leva a um grande e feliz ENCONTRO!
E para tudo acontecer é preciso muito trabalho e despojamento. Abramos nossos braços e corações para assumir o serviço a que somos chamados. Sejamos, com Maria, construtores de caminhos que levam a Jesus, sem medo!
A responsabilidade em qualquer instância do Movimento tem o mesmo compromisso de animar, formar e informar, zelar pelo carisma e mística, ajudar a manter acesa a chama que faz arder os corações. E nenhuma responsabilidade teria sentido, se não fosse trabalhar pelo Reino de Deus. E, se conseguimos agradar a Deus junto de nossos irmãos, isto nos faz iguais. Saiamos, firmes e corajosos ao ENCONTRO!
Lourdes e Augusto ENS das Graças Campinas/SP Província Sul I
A Eucaristia na vida dos casais
Desde o início de nossa jornada juntos, a Eucaristia esteve presente, guiando-nos e transformando nossas vidas. Quando nos conhecemos, havia em nossos corações um desejo profundo de unir nossas vidas em matrimônio, confiando em Deus, para construir uma família abençoada. A Eucaristia nos dava força e esperança, renovando nosso compromisso de seguir o caminho traçado por Ele. A confiança em Deus nos sustentou durante os oito longos anos de espera pelos filhos. A cada comunhão, nossa fé se renovava e encontrávamos consolo na presença real de Cristo na Eucaristia. A certeza de que Ele estava ao nosso lado nos deu a paciência para esperar pelo momento certo, conforme Sua vontade. Finalmente, a vinda do nosso primeiro filho, que adotamos, foi um momento de grande alegria e realização. A Eucaristia, como fonte de amor e comunhão, nos ajudou a acolher este filho que Deus nos confiou com todo o amor de nossos corações. Sentíamos a presença de Deus em nosso lar e a cada Celebração Eucarística reforçava nosso compromisso de sermos pais dedicados e amorosos. Dois anos depois, fomos abençoados com a vinda de mais três filhos de forma natural. Cada um deles trouxe novas alegrias e nos ensinou ainda mais a confiar na providência de Deus. Em cada missa, agradecíamos a Deus pelas bênçãos recebidas e
buscávamos inspiração na Sagrada Família de Nazaré, para educar nossos filhos nos caminhos da fé. Participamos da Santa Missa em família, compartilhando a fé e ensinando aos nossos filhos o valor do sacrifício de Cristo. Quando enfrentamos desafios, seja na educação dos filhos ou nas dificuldades do dia a dia, encontramos na Eucaristia a força para seguir em frente.
A presença real de Cristo nos alimenta para enfrentar as adversidades com fé e esperança. Em nossa vida de casal, a Eucaristia é um pilar fundamental, é através dela que encontramos a graça para amar e servir no amor conjugal. A Eucaristia nos une em um laço espiritual, fortalece nosso matrimônio e nos ajuda a crescermos na fé. Em cada missa, somos chamados a nos doar mais plenamente, a amar profundamente e a servir generosamente. A Eucaristia nos lembra que somos parte de algo maior, uma comunidade de fé unida pelo amor de Cristo. Que possamos encontrar na Eucaristia a força para viver nossa vocação de casal e família cristã, testemunhando ao mundo o amor de Deus através de nossas vidas.
Marília e William ENS do Divino Amor Anápolis/GO
Província Centro-Oeste
Saber Eucarístico
Em 2024, o Movimento das Equipes de Nossa Senhora nos apresentou um tema que brota do mais profundo encontro com a SANTA EUCARISTIA, nos levando a conhecer a verdade mais íntima de nossos corações, para acontecer em nós e através de nós, a libertação que nos leva ao verdadeiro encontro com “AQUELE QUE É”. Como casal equipista tivemos um crescimento que nos dá a capacidade de tomar decisões e rever valores. Valores de um saber EUCARÍSTICO, que nos ajuda a festejar a gratuidade de um Deus que é AMOR. Um encontro fecundo que dá calor ao Espírito. Este ano foi nos dada a oportunidade de percorrermos um caminho
de educação pessoal na SABEDORIA EUCARÍSTICA. Uma intimidade consciente que nos leva a participar da “VIDA TRINITÁRIA”. São saberes de iluminação que nos levam para um estado de contemplação na esperança de um dia ver DEUS sorrir, pela satisfação de termos acreditado nas palavras de seu filho: “ISTO É MEU CORPO, ESTE É O MEU SANGUE DERRAMADO POR VÓS”.
Isabel e Joacir CRS B – Bauru/SP Província Sul II
A importância da Eucaristia
“Cristo permanece vivo e verdadeiro no meio de nós para alimentar com o seu Corpo e o seu Sangue aqueles que creem.”
Nós das ENS, neste ano de 2024, estudamos e nos aprofundamos no maior e mais excelso mistério que a Igreja possui, o da Eucaristia. Sabemos que todos os sacramentos são importantes, mas neste a pequenez da matéria que lhe serve de veículo, água, azeite, pão, vinho, encerra uma grandeza inefável de vida divina.
Cada sacramento é canal de graça, mas é precisamente pelo
sacramento da Eucaristia que entramos num contato mais íntimo com Cristo. Neste, recebemos a graça e o autor da graça. É nela que se cumprem à letra as últimas palavras de Jesus: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28, 20). Algumas práticas acessíveis que se relacionam com este sacramento e nos aproximam mais de Cristo são: as visitas ao Santíssimo, as comunhões espirituais e as ações de graça.
O beato Carlo Acutis, que em breve se tornará santo, passou sua infância e adolescência nutrindo-se
praticamente todos os dias com a Eucaristia, e dizia ser esta a sua “estrada para o céu”. Ele participava com fervor da Santa Missa e passava horas diante do Santíssimo. Rezava diariamente o Rosário e nutria uma afetuosa devoção a Maria, dedicando-lhe os seus sacrifícios.
Padre Caffarel nos adverte que, assim como Cristo fez a oferta do seu corpo e do seu sangue na Eucaristia, nós, como casal, temos que praticar a nossa própria doação interior na pequena comunidade conjugal. Oferecermo-nos um ao outro a Deus e os nossos filhos a Deus.
“(...) O sacramento do Matrimônio une o homem e a mulher; mas, no momento em que sua união for privada do Corpo de Cristo, ela permanecerá sem sangue, sem resistência, sem vitalidade. Por outro lado, se ela recorrer à Eucaristia, ela encontrará coesão, juventude do amor, dinamismo de crescimento, desenvolvimento, santidade, ela se tornará comunidade de amor, comunhão da vida.
Sônia e Sandro ENS de Fátima Vinhedo/SP
Província Sul I
João Paulo II, Bula Incarnationis Mysterium, 1998, n. 11.
Livro Tema 2024. A Eucaristia Fonte de Missão. José Manuel Iglesias, Vida Eucarística. SP: Quadrante, 2005.
Nicola Gori, Eucaristia, minha estrada para o Céu: Biografia de Carlo Acutis. SP: Cultor de Livros, 2020.
Henri Caffarel, Casamento e Eucaristia, L’Anneau d’Or – Casamento, o caminho para Deus, número especial 111-112, maio-agosto de 1963, extratos [...] O casal oferece a Eucaristia.
Henri Caffarel, Casamento e Eucaristia, L’Anneau d’Or – Casamento, caminho para Deus, número especial 117-118, maio-agosto 1964, p. 242-265.
Experiências inovadoras nas ENS
Em um mundo onde a inovação predomina, esquecemos que o verdadeiro avanço na vida cristã muitas vezes está em voltar às origens. Redescobrir práticas que fortalecem a fé e os laços comunitários é um caminho autêntico para o crescimento espiritual. A iniciativa do Terço mensal, adotada por um Setor da nossa Região, mostra como uma prática tradicional pode transformar. A organização do Terço é rotativa entre as equipes, promovendo a participação de todos, incluindo jovens e crianças, filhos dos equipistas, reforçando a oração em família. Além de revitalizar o Setor, essa prática inspirou outros Setores a buscarem soluções semelhantes, mostrando que a verdadeira inovação surge da busca por Deus e da unidade. Nas Equipes de Nossa Senhora, inovar não é apenas criar algo novo, mas deixar que o Espírito Santo inspire nossa missão. A ânsia por novidades pode nos afastar da essência da espiritualidade do Movimento. Em 1962, numa conferência no Brasil, Padre Caffarel alertou sobre o perigo de reduzir a perfeição cristã ao simples cumprimento de obrigações, levando alguns a se sentirem “justos”. Sem propor inovações, afirmou que o antídoto está nos próprios Estatutos, onde a palavra “querem” aparece várias vezes, expressando o desejo de buscar constantemente a perfeição. “Querem” traduz a decisão de
seguir adiante, combatendo o conformismo e impulsionando o crescimento espiritual. Devemos ser casais que “querem”! A maior novidade em nossas vidas é a conversão. Transformar-se à imagem de Cristo é a mais profunda inovação. O Terço mensal desafia a ideia de que inovar envolve grandes projetos. Inovar pode ser redescobrir práticas antigas com poder transformador. Como dizia Padre Caffarel, a oração é o ato vital do cristão. O Terço comunitário fortalece os laços entre casais e equipes, criando uma rede de apoio espiritual. Sua simplicidade o torna acessível a todos, promovendo pertencimento e propósito comum. Desde o início do Terço mensal, aumentou a participação nas atividades do Setor e da Região. Casais antes menos engajados agora estão mais conectados. O Terço revitalizou a vida espiritual das equipes e motivou outros Setores a adotarem essa prática. As ENS mostram que é possível inovar sem perder suas raízes. Essas experiências ressaltam a riqueza da pedagogia do Movimento e a importância da ajuda mútua. Que Nossa Senhora continue a nos guiar nesse caminho de renovação e fidelidade.
Carla e Claudio CRR BSB I Província Centro-Oeste
O amor e ajuda mútua
A vida é repleta de momentos que nos impulsionam a buscar nossos sonhos e enfrentar desafios. Recentemente, tivemos a oportunidade de viver uma experiência transformadora em Parintins, no Amazonas, que não só nos aproximou de nosso sonho de sermos pais, como também nos proporcionou a solidariedade e a fraternidade dos casais das Equipes de Nossa Senhora.
O desejo de nos tornarmos uma família foi algo que carregamos em nossos corações por mais de nove anos. Em setembro de 2024, essa vontade, que parecia distante, ressurgiu com força ao recebermos a notícia de que nossa filha estava a caminho. No entanto, ela estava em Parintins, a aproximadamente 3.200 km de Catanduva. Apesar das dúvidas e medos que surgiram, sentíamos que era o momento certo para avançar. Havia uma sensação inexplicável que nos garantia que precisávamos ir, mesmo sem saber o que nos aguardava.
No entanto, ao descobrirmos que em Parintins também havia casais das Equipes de Nossa Senhora, encontraríamos o apoio que nos trouxe segurança e paz. Saber que estaríamos entre irmãos de caminhada foi um alento que renovou nossa coragem e nos fez perceber que não estaríamos sozinhos nessa jornada.
Durante os dias que ficamos lá, fomos acolhidos de braços abertos, com gestos de carinho e amizade que fortaleceram nossa fé. Em cada sorriso e em cada palavra de incentivo, vivenciamos
“Em cada sorriso e em cada palavra de incentivo, vivenciamos a Ajuda Mútua, um dos pilares fundamentais do Movimento. Esse amor que nos envolveu é mais do que uma diretriz; é a manifestação viva do Evangelho que une cada casal, tornando-nos verdadeiramente uma família.”
a Ajuda Mútua, um dos pilares fundamentais do Movimento. Esse amor que nos envolveu é mais do que uma diretriz; é a manifestação viva do Evangelho que une cada casal, tornando-nos verdadeiramente uma família.
Voltamos para casa com os corações aquecidos e gratos por essa experiência única. Guardaremos para sempre a acolhida que recebemos e a certeza de que Deus nos guiou até aqui por meio de cada casal que conhecemos. Esperamos que nosso testemunho toque o coração de outros casais, fortalecendo nossa unidade e nossa missão de refletir o amor de Cristo no mundo.
Como Maria nos ensinou, repetimos com alegria: “O Poderoso fez em mim maravilhas, e santo é o Seu nome”.
Giani e Guilherme ENS de Guadalupe Catanduva/SP Província Sul II
Casal Responsável de Equipe, um casal escolhido por Deus
Uma das grandes riquezas presentes na dinâmica das Equipes de Nossa Senhora é a transitoriedade para todas as missões de responsabilidade. Por ela, vivemos a graça de anualmente nos deixar levar pelos dons do Espirito e escolher, pelo discernimento, um casal para ser responsável pela equipe.
Neste ano, o casal escolhido é convidado a amar mais.
Ser Casal Responsável de Equipe é exatamente a realização da Palavra de Deus em nossas vidas quando lemos: “Eu vos darei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com inteligência e sabedoria. (Jeremias 3,15).
Portanto, caríssimos irmãos, a Missão do Casal Responsável de Equipe nunca pode ser confundido com uma tarefa administrativa quando se exige o preenchimento de relatórios, elaboração de calendários e outras responsabilidades próprias da Missão de CRE. Mas, de uma forma totalmente querida e orientada por Deus, o CRE se torna um pastor das ovelhas daquela equipe. O CRE é convidado então a cuidar com zelo, atenção, dedicação e entrega de cada ovelha representada na figura de cada casal. Acompanhar de perto, para que as ovelhas sintam o cheiro do pastor. Se fazer presente, identificar aquilo que se torna aflição para cada casal naquele ano. Tornar-se parte do cotidiano de cada casal através de
um acompanhamento pessoal e totalmente contextualizado. São Francisco de Assis nos ensina que é dando que se recebe. Por isso, ouvimos através de inúmeros testemunhos o quanto um casal cresce espiritualmente no exercício da Missão de CRE. E é este contexto que o CRE precisa estar atento com seus ouvidos e coração para escutar com caridade aquilo que cada casal apresenta com anseio e dificuldades. O CRE deve ser o sustentáculo da equipe com inteligência e sabedoria provenientes do Espírito Santo. Só assim ele será capaz de adequar a equipe às reais necessidades de cada casal.
“Se alguém aceita um serviço, que veja nisso um chamado de Deus.” (1Pd 4,11). Este chamado deve ser o fogo que aquece nossos corações diariamente, certos de que estamos a serviço de Deus em prol da nossa santificação e da santificação de cada casal de nossa equipe.
Que por intercessão de Nossa Senhora, nos tornemos dóceis aos dons do Espírito no exercício de nossa missão como CRE e consigamos assim conduzir cada ovelha aos braços de Deus Pai. Amém!!!
Auricélia e João Cunha ENS do Carmo São Luís/MA
Crescer em uma família enraizada na fé e no serviço ao próximo foi uma
das maiores bênçãos da minha vida
“Desde a infância, meus pais, participantes dedicados das Equipes de Nossa Senhora, nos ensinaram o valor de uma convivência baseada no amor, na compreensão e na harmonia. Lembro-me com carinho dos momentos em família, sentados à mesa, fazendo o Dever de Sentar-se nos fins de semana, discutindo não as diferenças, mas as belezas de cada pequena vitória e os aprendizados de cada desafio. A prática constante do
diálogo nos ensinou que o respeito e a escuta atenta são as verdadeiras chaves para uma convivência pacífica e amorosa.
O envolvimento dos meus pais no trabalho voluntário não era apenas uma atividade, mas uma demonstração viva de fé em ação. Voluntariar-se para auxiliar os outros nos mostrou que a verdadeira alegria vem de servir, e que cada ato de bondade tem o poder de transformar o mundo ao nosso redor.
Esses valores nos acompanharam por toda a vida, guiando nossas ações e decisões, e criando um forte tecido familiar que nos sustenta mesmo nos momentos mais difíceis. Hoje, ao refletir sobre isso, sinto uma profunda gratidão e desejo compartilhar essa mensagem.
As fundações de fé e serviço são um legado que podemos oferecer às nossas famílias.
Que cada família possa encontrar em si a capacidade de cultivar o amor, o respeito e a dedicação ao próximo. Pois, na simplicidade desses valores, reside a verdadeira essência de uma vida plena e significativa.”
Espero que este depoimento inspire outras famílias a abraçar valores que promovam a unidade e a compaixão.
Vera e Clóvis ENS de Fátima Província Sul I
CM 01 – Editorial “Triunfo da Caridade”
Temos a felicidade de termos em mãos a primeira Carta Mensal, onde em seu editorial, “Triunfo da Caridade”, Pe. Caffarel nos coloca a necessidade de a Caridade Fraterna ser desenvolvida nas equipes. Dizia ele que quando o casal se exercita no auxílio mútuo e no amor fraterno, pouco a pouco o seu coração se engrandece. Fala que construir uma Igreja é importante, porque dia e noite Cristo Eucarístico terá nela sua morada, e onde se encontra o amor fraterno,
aí está Deus. E ainda acrescentou: “Onde há cristãos que se amam, aí está a Igreja”. O amor fraterno é de uma fecundidade excepcional. Uma comunidade fraterna é uma mensagem de Deus aos homens. E termina dizendo: “Seja isto, pois, a vossa grande preocupação: fazer da vossa equipe um” TRIUNFO DA CARIDADE”.
Norma e Luiz Henrique ENS do Perpétuo Socorro Pederneiras/SP Província Sul II
CM 560 – (págs. 20 e 21) “A gratidão e a alegria de ser SCE ou AE de uma ENS”
A referida edição nos presenteou com dois testemunhos comoventes, na voz de um SCE e uma AE. Ao ler sobre a alegria e gratidão que encontram em suas missões, como orientadores de casais em busca de um crescimento espiritual mais profundo, nos sentimos muito tocados. Ambos demonstram sua gratidão ao chamado de pertença ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora e à alegria que esta missão lhes trouxe enquanto orientadores de
casais em caminho de crescimento de sua espiritualidade conjugal, fortalecendo em suas vocações e missão da Igreja. Partilham que ao acompanhar e ser acompanhado em uma equipe do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, recebem também o acolhimento de suas fragilidades e a prática dos PCES os incentivam para testemunhar que não é um fardo, mas um compromisso que fortalece nosso dia a dia.
Magali e Luis A. Nadai CRS - A Araçatuba/SP Província Sul II
Retiro: um tempo de graça
Somos Vania e Eugênio, temos 17 anos de equipe e desde que nos tornamos equipistas sempre priorizamos fazer um Retiro por ano. Em abril deste ano, tivemos a oportunidade de participar de um Retiro do nosso Setor, que foi orientado pelo Pe. Edinaldo, SCE da equipe 78D da nossa Região Brasília III. Para nos proporcionar momentos especiais, o pregador propôs um caminho onde pudéssemos mergulhar na espiritualidade eucarística, percebendo a sua presença na história até chegarmos aos dias atuais. Durante o Retiro, fomos provocados a meditar sobre a “Eucaristia no Antigo Testamento”, a “Eucaristia na economia da salvação”, conhecemos detalhes do “Rito Pascal”, a “Eucaristia no Novo Testamento”, a “Eucaristia Fonte de Missão” e um paralelo entre “Maria e a Eucaristia”. Cada um desses momentos era seguido por um deserto em casal onde exercitávamos a escuta, a meditação e partilhávamos sobre o que havíamos experimentado. Na noite do sábado vivenciamos um Sêder Pascal (Ceia Judaica), onde visitamos cada uma das leituras que relatam a passagem da escravidão para a liberdade do povo judeu, nos alimentamos com: ervas amargas, para lembrar a amargura que experimentaram no Egito; salmoura, que recordava as lágrimas que foram derramadas pelo povo de Deus; uma mistura doce de nozes, vinho e maçã, para lembrarmos da cor dos tijolos que os judeus escravos
fabricaram no Egito; pães ázimos que naquela ocasião foram feitos às pressas, por não terem tempo para fermentação; e o cordeiro. Esse momento foi muito especial e pudemos fazer um paralelo com a instituição da Eucaristia. E para encerrar esse momento, foi-nos proposto uma vigília durante toda a noite, onde um casal por vez permanecia em adoração ao Santíssimo Sacramento por cerca de 30 minutos. Foi uma experiência maravilhosa, só nós dois e o Senhor, onde adorarmos, louvamos e colocamos em comum os nossos agradecimentos e súplicas a Jesus sacramentado. Somos muito gratos a Deus, pois fomos surpreendidos pelo seu amor que foi se manifestando a nós em cada detalhe que havia sido preparado. Agradecemos a Deus a oportunidade de pertencer ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, pela graça de poder fazer o Retiro e colher os frutos desse PCE que contribui muito para o nosso diálogo e vida de oração, além de ser um momento propício para exercitar os PCEs que negligenciamos muitas vezes na correria do dia a dia.
Vania e Eugênio CRR Brasília III
Província Centro-Oeste
Retiro de 48 horas não dá!
Este ano o Movimento tem batido na tecla da necessidade de que os retiros tenham o tempo mínimo de 48 horas. Não são poucos casais que nos dizem que Retiro de 48 horas não dá! A vida é muito corrida, duas noites dormindo na casa de Retiro se torna muito caro, com quem vou deixar meus filhos, temos outros compromissos e tantos outros motivos que são inteiramente pertinentes ao tempo que vivemos!
Este ano tivemos a grata oportunidade de participar do Retiro em Jundiaí/SP, com a carga horária de 48 horas. Confesso que Cris e eu estávamos naqueles momentos faíscas, sabe como é, né? Um bem irritado com o outro, sem paciência, respostas duras, etc. Mas fomos obedientes ao que o Movimento nos propõe e, mesmo sem vontade de participar, decidimos ir!
O Retiro foi maravilhoso! E o que teve de tão especial? Nada de especial e nada de novo.
O padre nos falou do caminho de santidade, falou que só no amor de Deus conseguiremos amar nosso cônjuge, que se conhecer perante os valores que Deus nos apresenta é a matéria-prima para olhar para o outro com a mesma misericórdia com que Ele olha para nós, e que a oração é a possibilidade de buscar em Deus aquilo que preciso para bem viver a vida, alguma novidade?
A novidade está em que tudo isso foi falado dentro de um Retiro. Deus fala sempre com a gente, mas não temos tempo para Ele, e no Retiro Deus encontra em nós um coração aberto a ouvi-Lo. É certo que a desintoxicação vai
acontecendo enquanto vamos mergulhando no mistério do Retiro. Estar presente lá é um grande desafio. Hoje somos muito mais expostos a barulhos e informações do que éramos há 20, 40, 60 anos, e o Retiro é este lugar que nos viabiliza fazer estes encontros com o Sagrado.
Na segunda-feira após o Retiro a nossa Oração Conjugal ao acordar teve um tempero muito especial. Pudemos rezar de uma maneira dialógica com Nosso Senhor, assim como nos propôs o Padre Cezar. Foi uma delícia sentirmos a presença Dele em nosso quarto, o que nos levou às lágrimas de fato. A oração é a entrada do castelo para alcançarmos as moradas mais profundas, como dizia Santa Tereza, e precisamos fazer este exercício, pois vale a pena. As nossas faíscas se tornaram luzes e nós dois conseguimos olhar para as nossas misérias, e em Deus nos propusemos a recomeçar, e faremos isso quantas vezes forem necessárias! Uma coisa é fato: 48 horas de Retiro não dá mesmo. É muito pouco. O barulho é grande. As obrigações que nos impusemos demandam muito de nós.
Quando sair a próxima agenda de retiros, priorize esta data, pois se 48 horas a cada 365 dias é pouco, quanto mais 48 horas a cada 730 dias.
O Retiro é anual e do jeito que a gente vive loucamente deveria ser de uma semana e não de 48 horas!
Cris e Betão CRR SP Capital II
Província Sul I
Sentar-se: um dever em tempo
Queridos irmãos, diante do advento da inteligência artificial, ficamos curiosos em saber o que é Dever de Sentar para o ChatGPT. E tivemos a seguinte definição: “Dever Sentar-se pode se referir a uma obrigação de permanecer em um lugar ou significa a importância de estar presente e focado”. Pe. Caffarel enfatiza a importância de “sentar-se” como um ato de escuta e reflexão. Para ele, esse momento permite que os casais se conectem, reflitam sobre a vida a dois e aprofundem o relacionamento com Deus. Vejam como é interessante refletir sobre o Dever de Sentar-se sob estas duas óticas e como elas se relacionam. Entendemos que para a realização de um bom diálogo a três, ou seja, casal e o Espírito Santo, é preciso permanecer por um tempo em um lugar, presente e focado (ChatGPT) e conectado com Deus (Pe. Caffarel). Nosso testemunho sobre a vivência deste PCE é sobre um Dever de Sentar-se que fizemos no Retiro das ENS em 2024. Sabiamente, o SCE propôs que fôssemos para o quarto para realizá-lo. Ele ofereceu ferramentas para que sentíssemos, de forma concreta, a presença de Deus em nosso meio. Este “sentar-se” foi tratado como um convite à contemplação, conseguimos compartilhar as preocupações, alegrias e desafios, fortalecendo a nossa união e a espiritualidade do nosso matrimônio. Conversamos sobre os desafios que temos em nossas
vidas profissionais que, porventura, vão ao encontro da nossa missão como CRR, e também nos trazem questões sobre como estamos vivenciando nossa Igreja doméstica na educação e convívio com nossas filhas. Entretanto, este “dever”, que naquele momento especial tornou-se “prazer de sentar-se”, nos ajudou a rever nossa missão como cristão, como pai/mãe e como trabalhadores, pois entendemos que, nestas funções, estamos a serviço de Deus. Conseguimos ficar mais tranquilos e agir com leveza em todas estas frentes que o Senhor nos deu como graça. Enxergar isso foi graças à prática deste Dever de Sentar-se. Que bom que o Pe. Caffarel nos deixou essa ferramenta de grande auxílio. Percebemos que muitos cônjuges não vivenciam o Dever de Sentar-se, com isso, acreditamos que se este PCE não é encarado como um prazer, que ele seja visto, assim como traz o ChatGPT, ou seja, como uma obrigação de permanecer em um lugar para conversar sobre a relação conjugal, mas na presença de Deus, pois fará maravilhas e mostrará o caminho que nos leva à harmonia no lar e à Santidade conjugal.
Tati e Silvinho
CRR Minas I
Província Leste II
Nosso Dever de Sentar-se: um gesto de amor
Desde que iniciamos nas Equipes de Nossa Senhora há doze anos, o Ponto Concreto de Esforço que mais nos impulsiona é o Dever de Sentar-se. Como casal, tínhamos uma caminhada cristã relativamente sólida: rezar juntos, ler e meditar a Palavra diariamente já eram parte de nossa rotina. Tínhamos uma boa comunicação para as coisas do dia a dia. Entretanto, o diálogo profundo, muitas vezes, era infrutífero; isso quando não terminava em discussões que não levavam a lugar nenhum. Ao sermos apresentados aos PCEs durante a Pilotagem de nossa equipe, vimos a oportunidade de melhorar essa dificuldade de nosso matrimônio. E nos esforçamos muito para realizá-lo da forma que o próprio Padre Caffarel idealizou, dedicando fielmente e mensalmente um tempo para nos encontrar e conversar sob o olhar do Senhor. Seguimos o que o Movimento nos orientava, para progredirmos, em casal, rumo à santidade conjugal. No início, foi muito difícil: chegamos a duvidar se conseguiríamos finalizar um momento desse. Ninguém gosta de ser contrariado, nem de ouvir sobre suas qualidades desagradáveis, e muito menos, de perceber que machuca o seu cônjuge. Falar o que está incomodando de forma que incentive positivamente o outro também exige maturidade. Aos poucos, com muito esforço e dedicação, fomos evoluindo, juntos, sem um se impor
sobre o outro, sem um anular a personalidade do outro. Hoje, nosso Dever de Sentar-se acontece sob o clima de um encontro romântico previamente marcado. Primeiramente, nos deixamos ser preenchidos pelo Santo Espírito de Deus, abrimos nossos corações, com sinceridade, alegria e serenidade, dispostos a acolher as palavras que o cônjuge vem nos trazer, como se fossem as descobertas do início do relacionamento. Nos proporcionamos um ambiente orante e calmo, sem interrupções. Iniciamos sempre enaltecendo as conquistas e pontos positivos para depois abordarmos as dificuldades, que são parte da vida familiar. E o que consideramos mais importante: tudo é para nos enriquecer e não motivo de brigas. Ao final, agradecidos por este tempo tão rico e inundados por tantas graças, tiramos dele nossas regras, que norteiam a forma de conduzirmos nosso casamento, nossa família, nossos projetos, nossas missões, enfim, nossa vida. Para nós, o Dever de Sentar-se tornou-se nosso maior gesto de amor um para com o outro.
Andréa e Fernando ENS do Perpétuo Socorro – Itumbiara/GO Província Centro-Oeste
O poder da Oração Conjugal
Somos Kelly e Mário Hugo, casados há 19 anos e privilegiados por fazer parte do Movimento das ENS também há 19 anos. Fomos agraciados com a oportunidade de construir o nosso matrimônio à luz da Palavra de Deus através das orientações oferecidas pelo Movimento das ENS, da sua pedagogia e principalmente da vivência dos PCEs. Hoje queremos destacar a importância da Oração Conjugal em nossas vidas.
Nessa jornada de 19 anos trilhamos um caminho de gradualidade no cumprimento dos PCEs, de perseverança e de muitas graças alcançadas. A maior delas, com certeza, foi o nascimento da nossa filha.
Nos casamos e logo em seguida já queríamos filhos, mas a nossa vontade não parecia ser a vontade de Deus naquele momento. Realizávamos nossas orações, nossos pedidos, mas reconhecemos que tentávamos conseguir o nosso sonho buscando muito mais em nós mesmos, nos médicos e nas suas capacidades. Foram 10 anos incansáveis de vários tratamentos, dentre eles três FIV (fertilização in vitro), porém todas as tentativas sem sucesso.
Nos sentimos fracassados, e muito afetados psicologicamente com cada resultado negativo que recebíamos na expectativa da tão sonhada gravidez.
Foi quando desistimos e nos entregamos à vontade de Deus. Através da nossa Oração Conjugal diária, perseverante e muito fervorosa, a bênção
aconteceu. Desistimos de lutar com as nossas forças, aceitamos que a nossa família seríamos somente nós dois e Deus. Mas a partir daquele momento, de forma inconsciente, permitimos que Deus agisse nas nossas vidas. Deixamos de lado a autossuficiência e nos colocamos totalmente diante da vontade Dele. Hoje temos a Clara com 9 anos. Uma menina linda, dócil, muito abençoada e que nos enche de orgulho e alegria!
Louvado seja Deus por tamanha graça recebida através da força da oração. Não nos permitimos fraquejar na nossa Oração Conjugal porque foi através dela que o Senhor fez e faz maravilhas em nossa família!
Kelly e Mário Hugo
CRR Minas VI
Província Leste II
Oração Conjugal, testemunhando nosso milagre
Estamos nas Equipes de Nossa Senhora há 22 anos, e durante esse tempo temos experimentado uma profunda transformação em nossa vida conjugal e espiritual. Ao longo desse tempo, vivemos momentos de aprendizado, desafios, crescimento e, sobretudo, uma caminhada de fé, sempre guiados pelos PCEs e pelo Espírito Santo. Apesar da nossa caminhada de fé, também temos nossos desafios. Meu esposo foi diagnosticado com um tumor que comprimia seu esôfago. Logo que recebemos a notícia, nos vimos diante de uma grande provação, mas confiantes no SENHOR e na poderosa intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, da qual fazemos parte. Meu esposo fez todos os exames e logo em seguida foi marcada a cirurgia para retirada do tumor. Confiantes na intercessão da mãe, permanecemos firmes na oração. No dia da cirurgia, infelizmente
o médico não conseguiu fazer a retirada devido ao local, então ele resolveu que ia fazer novos exames para fazer uma nova cirurgia em outro momento. Nesse período intensificamos ainda mais nossas orações, iniciando nosso rosário da madrugada, e pedíamos com toda nossa fé que Nossa Senhora de Guadalupe passasse à frente de toda essa situação. No dia da consulta, acordamos às 4h da manhã, fizemos nosso rosário e no final sempre rezava uma oração de Nossa Senhora de Guadalupe sobre os enfermos, e nós clamamos à Virgem Maria que passasse à frente. E quando chegamos ao médico, o nosso milagre estava lá, o médico olhou os exames e disse: você não tem nada, pode seguir sua vida. Esse período de enfermidade fortaleceu nossa união e renovou a nossa fé. As orações e o apoio da nossa equipe e de todos os equipistas do setor foram fundamentais. Hoje testemunhamos a graça de Deus em nossa vida e a importância das Equipes de Nossa Senhora em nossa trajetória, pois foi essa caminhada que nos deu alicerce para enfrentar os desafios da vida.
Rosinha e Márcio
ENS de Guadalupe Assis/SP Província Sul II
Os efeitos dos PCEs
O Movimento das Equipes de Nossa Senhora tem uma pedagogia que ajuda os casais a progredirem na fé e na espiritualidade, e os Pontos Concretos de Esforço são alicerces dessa pedagogia, práticas essenciais para o crescimento espiritual dos casais. Eles foram estabelecidos para ajudar os casais a viverem uma espiritualidade conjugal mais profunda e significativa. Vamos explorar cada um desses pontos e sua importância. 1. Escuta da Palavra: A leitura e a meditação diária das Escrituras são fundamentais para fortalecer a fé e a comunhão com Deus. Este hábito diário permite que os casais se conectem com a Palavra de Deus e encontrem orientação para suas vidas. 2. Meditação: A meditação é um momento de reflexão profunda que ajuda os casais a internalizarem os ensinamentos bíblicos e a aplicá-los em suas vidas diárias. Este tempo de silêncio e introspecção é crucial para o crescimento espiritual. 3. Oração Conjugal: A oração em conjunto fortalece a união do casal e cria um espaço para que ambos compartilhem suas preocupações, alegrias e agradecimentos a Deus. Este ato de fé conjunta é um pilar da espiritualidade conjugal. 4. Dever de Sentar-se: Este ponto enfatiza a importância do diálogo aberto e honesto entre os cônjuges. Reservar um tempo regular para conversar sobre a vida, os desafios e as bênçãos ajuda a fortalecer o relacionamento e a resolver conflitos de maneira saudável. 5. Regra de Vida: Estabelecer uma Regra de Vida significa definir
objetivos espirituais e pessoais que o casal deseja alcançar. Revisar esses objetivos mensalmente ajuda a manter o foco e a motivação para crescer juntos na fé. 6. Retiro Anual: Participar de um Retiro anual oferece aos casais a oportunidade de se afastarem das distrações do dia a dia e se concentrarem em sua relação com Deus e entre si. Este tempo de renovação espiritual é vital para a revitalização da fé e do compromisso conjugal. Os Pontos Concretos de Esforço são mais do que simples práticas; são caminhos que conduzem os casais a uma vida de maior intimidade com Deus e entre si. Ao incorporá-los em suas rotinas diárias, os casais podem experimentar uma transformação profunda em suas vidas espirituais e conjugais.
Cris e Marcos
ENS de Lourdes
Sertãozinho/SP
Província Sul II
Nasci no Movimento das
Equipes de Nossa
Filha de pais equipistas, sabia que algo diferente acontecia em nossa casa, seja pelas visitas frequentes do padre, seja pela oração do Magnificat ouvida através da porta do quarto todas as noites, ou pelo Dever de Sentar-se em família vivido por muitas vezes no decorrer da vida. A convivência com casais e famílias que também viviam a mesma harmonia e um jeito peculiar de enfrentar as dificuldades impostas pela vida me fizeram acreditar que viver o Movimento era o melhor a se fazer para ter um matrimônio feliz e santo. E foi assim que, após sete anos de namoro, ainda na preparação do casamento, manifestamos o desejo de também ser equipistas e aprender como buscar a santidade, nos apoiando um no outro e em casais que buscavam a mesma vida que nós. Após três meses de casados, iniciamos a Experiência Comunitária, que logo se transformou na Equipe Nossa Senhora Rosa Mística. Estamos há 33 anos vivendo e experimentando tudo o que o Movimento nos oferece, através da inspiração do Padre Caffarel e do testemunho de tantos casais que fazem parte de nossa vida e da nossa história.
Descobrimos rapidamente que o que sustenta e dá vida ao Movimento são os Pontos Concretos de Esforço, instrumentos valiosos que nos ajudam a viver a vocação matrimonial de forma plena e significativa, promovendo não apenas o crescimento individual, mas também a edificação de famílias que refletem os valores do Evangelho.
Senhora
O momento da Partilha na reunião de equipe deve ser vivido com seriedade e compromisso, ajuda mútua e caridade. O Casal Responsável e o Sacerdote Conselheiro Espiritual têm um papel importante na Partilha quando, através da sensibilidade e à luz do Evangelho, dá sentido a cada um dos PCE, aproximando-nos das atitudes de vida que devemos desenvolver. Não se trata apenas de esforço em cumprir os PCE, mas sobretudo em descobrir e partilhar as atitudes de vida que eles despertam em nós durante o mês.
O Papa Francisco nos anima a viver a vida em comunidade e fala, particularmente, sobre a ENS: “Portanto, encorajo, em primeiro lugar, todos os casais a pôr em prática e a viver em profundidade, com constância e perseverança, a espiritualidade que as ENS seguem. Considero que os PCEs propostos são deveras ajuda eficaz que permite que os casais progridam com confiança na vida conjugal pelo caminho do Evangelho”.
Pedimos as bênçãos de Deus para que através da Partilha verdadeira e da vivência dos PCEs também possamos inspirar e testemunhar o Seu amor por nós.
Luciane e Beto ENS da Rosa Mística
Louveira/SP Província Sul I
A importância de comparecimento do equipista na missa mensal
Neste mês, gostaria de refletir sobre a importância da participação fiel de todos nós, equipistas, nas missas mensais. Essas celebrações são momentos privilegiados de união com Cristo, que fortalece nossas famílias e nosso Movimento. Mas além de serem instantes de oração e renovação espiritual, as missas mensais são também uma oportunidade valiosa para divulgar o carisma e os valores das Equipes de Nossa Senhora em nossas comunidades paroquiais.
Nosso fundador, Padre Henri Caffarel, nos lembra da centralidade da Eucaristia na vida do casal cristão, dizendo: “O sacramento do matrimônio tem sua fonte e sua culminância na Eucaristia. A comunhão com Cristo une o homem e a mulher em uma vida comum que transborda do amor de Deus.”1 Esse ensinamento nos faz compreender que nossa vivência como equipistas está profundamente enraizada na comunhão e no amor que recebemos de Cristo, especialmente na Eucaristia. Ao participar das missas mensais, reafirmamos essa conexão essencial e oferecemos nosso testemunho de vida cristã matrimonial para as pessoas ao nosso redor.
É fundamental que façamos de nossa presença nas missas uma extensão de nosso compromisso com o Movimento. Quando participamos dessas celebrações nas paróquias, mostramos a força do carisma das Equipes de Nossa Senhora e oferecemos ao nosso entorno um exemplo concreto de famílias que buscam viver o Evangelho no dia a dia. Nossa presença testemunha que é possível cultivar o amor conjugal com a graça de Deus, e que a vida em casal pode ser um caminho de santidade. Portanto, queridos equipistas, façamos da nossa participação nas missas mensais um ato de fé, de amor e de missão. Juntos podemos irradiar o espírito de comunhão e o propósito das Equipes de Nossa Senhora, fortalecendo nossas famílias e inspirando outras a buscar essa caminhada de fé em comunidade.
Zélia e José Roberto ENS da Luz – Vinhedo/SP Província Sul I
1 Segunda Parte - A Celebração do Mistério Cristão. Segunda Seção Os Sete Sacramentos da Igreja –Capítulo 3º – Os Sacramentos ao Serviço da Comunhão.
14 outubro 2024
JUBILEU DE OURO DAS EQUIPES
BODAS DE OURO
Eq. N.S. do Lar
Guaratinguetá-SP
Província Sul I
8 fevereiro 2025
Graça e Giotto
Eq. N.S. do Amparo
Porto Alegre-RS
Província Sul III
BODAS DE PRATA
25 março 2025
Eliana e Ray
Eq. N.S. Esperança - Santarém – PA
Província Norte
22 janeiro 2025
Rubya e Júlio
Eq. N.S. da Amazônia - Manaus – AM
Província Norte
Os três altares do casal
A vida do casal é marcada por três altares: o altar da oração (oratório), o altar da convivência (mesa) e o altar da entrega (leito matrimonial). No altar da oração, o casal constrói o vínculo com Jesus Cristo. No altar da convivência, constrói o vínculo através do diálogo sobre todas as coisas da vida em comum. No altar da entrega, o casal constrói o vínculo partilhando o amor e o prazer através do relacionamento sexual. O oratório, a mesa e o leito conjugal correspondem respectivamente à oração, ao diálogo e à vida sexual. Ao cuidar desses três altares, o casal gradualmente descobre o amor de Cristo.
Os cônjuges “criam” o sinal da presença de Deus quando rezam juntos, dialogam e estão corporalmente juntos. Segundo o Padre Henri Caffarel, “a união do homem e da mulher, imagem e sacramento da união de Cristo com a Igreja, é um sinal, um símbolo... um feixe de símbolo de extrema riqueza. O marido é a imagem de Cristo, e a esposa, a da Igreja, o pai representa a paternidade divina, e a mãe, a maternidade fecunda da Igreja: os filhos representam a comunidade familiar”. Trata-se de uma “verdadeira floresta de símbolos”.
O amor de dois batizados não é apenas um símbolo, mas uma “derivação e efusão do amor divino”, escreveu Henri Caffarel.
Os Pontos Concretos de Esforço fundamentam a vida do casal sobre os três altares (oração, diálogo e sexualidade). A Oração Conjugal é uma epiclese (invocação do Espírito Santo). Tem poder de realizar. Trata-se de uma oração sacramental. Por meio da oração, a vida conjugal se torna um culto prestado a Deus. O diálogo entre o casal é facilitado pelo Dever de Sentar-se. Padre Caffarel é enfático quanto a esse Ponto Concreto de Esforço: “Tomem a sua agenda e, assim como vocês marcariam qualquer compromisso, marquem um encontro com vocês mesmos. E que fique bem claro que estas duas ou três horas são sagradas, e que por nada neste mundo vocês desmarcarão esse encontro, assim como não desmarcariam uma reunião ou um jantar com amigos”. O amor terreno do homem e da mulher torna-se a língua do sacramento do matrimônio (São João Paulo II). Os cônjuges celebram o seu sacramento, ou seja, sua vida com Cristo, também durante o ato sexual.
Pe. Antonio C. Torres
SCE Carta Mensal
“Ancorados em Cristo, cruzamos o limiar deste templo santo e entramos no tempo da misericórdia e do perdão, para que a cada homem e a cada mulher seja aberto o caminho da esperança que não desilude.”
Com esta oração, o Papa Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro, inaugurando o 28º jubileu da história da Igreja Católica.
A abertura da Porta Santa foi precedida por um momento de preparação, com a proclamação das profecias bíblicas do nascimento do Salvador.
Ao abrir-se a porta, o Santo Padre em silêncio deteve-se em oração, enquanto soavam os sinos da Basílica. O Pontífice foi o primeiro a atravessá-la, seguido por ministros, 54 representantes do povo de Deus provenientes dos cinco continentes e alguns concelebrantes, que se dirigiram ao Altar da Confissão para dar prosseguimento à celebração eucarística enquanto se entoava o hino do jubileu, intitulado “Peregrinos de Esperança”.
Depois da leitura da calenda, a imagem do Menino Jesus foi desvendada e, após as flores oferecidas por algumas crianças, incensada. Vatican News - dez./2024
