SUPLEMENTO à Carta Mensal das Equipes Nos~a
de
Senhora
JULHO - NOVEMBRO 1968
UMA PALAVRA DA
E.C.I.R .
Caro5 amigos O · Conccílio Vaticano li veio certamente avivar no leigo a consciência de sua dignidade e, paralelamente, de sua respon sabilidade dentro da Ig reja. Integrante do Povo de Deus, rece' , .p eu tambm êle a missão de, sob a orientação e autoridade da hierarquia, participar da obra salvífica iniciada per Cristo.
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Dentro dêsse povo, Deus chama alguns para exercerem à 1msooo particular de apascentar e aumentar o seu povo, ensmando do, santificando e Órdenando. Constituem êles, em conjunto, o Cplégio Episcopal, sucessor .do Colégio Apostólico e exercem o seu munus com a colaboração estreita dos presbíteros ( sacerdotes) e d:óconos . Investidos de maiores responsabilidades, êstes filhos escolhidos que o Senhor chama para o seu ministério, têm dire ito
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a graçAs especiais e tecébtm de fato uma assistência mais estreita do ~spíritel S&nto. Dentro do Colégio Apostólico, Cristo escolheu a Pedro, a quem "o Senhor colocou como pedra e guarda-chaves da Igreja e o constituiu Pastor de todo o Seu rebanho" (l.G. 22). :: o sucessor de Pedro, o Romano Pontífice, "em virtude de seu 11'\unus de Vigátio de Cristo, possui na Igreja poder pleno, suçremo e universal" (L.G.22). A autoridade de que se acha assim investida a hierarquia da Igreja, constituida pelo Papa e Bispos sucessores de Pedro e dos Apóstolos - decorre da proclamação feita pelo próprio Cristo, momentos antes de sua Ascenção: "Eis que estou convosco todos os d1as até a consumação do mundo" (Mar. 28, 20), e da afirmação feita a Pedro em Cesaréia de Filipe: "Tu és Pedro e sôbre esta pedra ed1ficarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino do~ Céus e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mat 16, 18-19). Daí o respeitQ que o leigo deve tet pela hierarquia e o acatamento que a hierarquia deve !nerecet, mormente em se tratando do Vigdrio de Cnsto. Daí deverem os leigos aceitar "prontsmente, em obediência cristã, o qwe os Pastores sagrados, enquanto representantes de Cristo, determinam na Igreja" ( L.G. 38). E acrescenta a L. Gentium: "Sigam nisso o exemplo de Cristo que por sua obediência até a morte, abriu a todos os homens o abençoado caminho da libetdélde dos filhos dé Deus" ( L.G. 38 l . "Esta rePgiosa submissâo da vontade e da inteligência deve de modo particular ser prestada com relação ao autêntico Magistério do ~omzno Pontífícé mesmel quando nõo fala "ex-cathedra 7'
ll.G.251.
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-0Nos dia~ de hoje ãs pAiavrás "submiss.So, obédiêHda", soam
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mal aos ouv;dos de muitos, Sob pretexto de maturidade, SQÓ ltlui~ tos os que se julgam no direito de discutir as determinições (lue partem de qualquer autoridade, nd direito de dlsto~dot ê dé se rebelar. Há sem dúvida uma distorção no verdadeiro sentido destas po ldvros. "Obedécer é llbantfonát, el'l'l plelia libetdat!l!, a nossà vóhtade à vontade de outrb". ~sté outro só pade ser, éh'l rigot, o próp rio Deus, pois só ~le tem o direito de instar uma vohtáde livre. mas por ~le criada. Só se pode portanto falar de obediência em reloçã a Deus, ou de um homem outênticamente investido pelo próprio Deus, de uma parcela dessa autoridade divina. Ora, esta delegação de autoridade se encontra realizada em gróo máximo na Igreja , por lntétt'tlédio do Ctisto. Nao podemos faiM em obediên ~ ia sem ptimeiràfnente falat do ftlistétio dê Cristo I! dê sua IQte)a" (Voillaume, Fermento h3 Mass.a). A obediência do cristi:ío em relação à autoridade hierór quica, tem por isso as suas ra~zes no mistério de Cristo e de swa Igre ja. " ~ dizer, desde logo, que só pode ser misteriosa, inc;om ,preensível e mesmo chocante para aquêles que não crêem no mistério de Cristo e para nós mesmos, por vêzes, sempre que nos de ixamos levar sob outro ponto de vista que não o da fé (Voillaume ) .
A obediAncla do cristão tl!m pois as suas rllízes na fé. '"Quem a vós ouve, a mim ouve e quem vos rejeita a mim rejeita,
e quem me rejeit~. tej41ta aquêll! que tl'\e éhviou" ( Luc. 10 ,16) . A fé hos ajudará a dl~tir'll1llfr elitte b éxercicio dá ai.Jtori .. dade diviha dehtro da Igreja e à autoHdade 5implesrtlente hurtlana. A fé nos ajudará à récbmecer que a asslstêncià do Espttlto Sahto ihtervem de maneira éxtraordlnórià quando lealmenté' a autoddi!de tem por objetivb conduzir' os seus frmàos, i!travé~ de sua pr6priél vontade, á uma I.Jniao mais estreita com a vohhlde dé Cristo.
Por vezes mesmo, Só cõm e!ta vl~ôo dé fé serô po~slvef leva t o t risto a umA :!dtlõ4~ fllilll las det!ltrnll'laçlíés dil iutOridll-
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de hierárquica, não por temor, mas por desejo de unir a própr' a vontade à Vontade do Senhor, uma ·vez que esfa Vontade é o objetivo comum daquêle que ordena e Claqú~le que obedece. Assim, a renúncia aos próprios pontos de vista, a aceitação dos desprendi mentos ou das cruzes que isso .possa acarretar, não serão a consequência de uma submissão cega e -humilhante, mas a aceitação de uma autoridad!l divina outorgada à Igreja pelo próprio Cristo. "Tu és Pedro . .. . ". "Quem · vos ouve a mim ouve . . . 11 •
-0Caros am igos. Nos dias que ~errem, em que tantos membros do povo de Deus têm dificuldade angustiosa em se submeter à s di retri zes de Sua Santidade, na Encíclica "Humanae Vitae", mult ipliquemos as nossas orações, não só por êles, mas também e particularmente , por aquêle que, no exercício do Magisté rio Supremo da Ig re ja, assi5tido pdrtanto pelo Espírito Santo, "depois de prudentes refl exões e assíduas orações", houve por bem apresentar uma resposta à grave guestão da .regulação dos nascimentos . Muito fra~ernalmente A
E.C . I.R.
A nova oração- das equipes A última Carta Mensal publiêou o "Bilhete do Centro Diretor" no qual se comunicava a mudança da Oração das Equ i pes que, a partir de outubro pass.ou a ser o "MAGNIFICAT". Uma falha na tiragem do suplemento- privou muitos de l;lOSsos .equipistas das "folbas .amarelas". iPUblica:nos pois, novamente. . não .só a letra do Magnif-ica:t como, também o texto a seguir que. nos dá o sentido pr.ofundo do Cantico da Maria. Repetimos o final do "Bilhete": ''Alegra -nos o pensamento que, a partir de agora, nós e vocês, todos nós unidos na mesma prece, estaremos engrandecendo o Senhor, e:n união de- orações com a Igreja, em união de ~ sentün entos com Nossa ·senhora".
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O MAGNIFICAT ou CANTICO DE MARIA
O texto que damos a seguir, extraido do livro do Pe. Bernard o.p. "Le mystere de Jésus" esclarece para nós a riqueza do Magnificat. Nado de admirar que Maria seja levedo a traduzir em termos de profecia, os pensamentos que, desde a Anunciação, ela sempre alimentou em seu coração. Vêmo-la como que habitada pela inspir>-çãp. O Espírito Santo cumulo a todo momento o seu íntimo. Elo não clama, não se exalta . Diz as coisas calmamente. Conta Deus na paz. ~ também natual que sua insp·iração tenho um.J feição bfbl ico. () seu cântico não é rebuscado, não tem originalidade;' nem mesmo possui a brilho da poesia, nem a sombra literária. ~ ppenas o espelho de uma elmo . Se é uma reminiscência do cântico de Ana mãe de Samuel, isto se verifica apenas na sequência ger>..: l dJs idéias; porquanto no transcurso das frases, outras orações bíblicas são tom- das de empréstimo. Ana pronuncia um cântico nitidamente messiânico e nêste ponto Mario a imita. Mas há entre as duas, uma grande diferença: uma reza e fula em nome de uma esterilidade a::rregoda de um fruto tardio; o outra em nome da virg;ndade em flôr que trás em sí um fruto precoce; os situações não se prestam à comparação.
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Este hino lembro certamente Os incidentes do Visitação e Lucas tem razão em norrá-lo nêste lugar. Entretanto, por todos os I· dos êle os ultrapassa e supero . Mario o dedica o Deu~ poro cantar o mistério que nela Deus realizou . Maria celebra o mistério como uma filha de Israel pode fazê-lo, fervoroso paro com seu povo, mais fervoros::J ainda p - ro com Deus.
C-inco estrofes de extensão desigual
~ possível d istinguir no Magnificat, como que cinco estrofes de extensão desigual de igual fervor. A primeira exprim e a alegria do coração. A segundo prediz o louvor das gerações VIndouras . A te r~ eir::J santifico o Nome e é penspmos nós, o ponto culminante de todo o hino. A quarta a celebração do Reino, do Reino messiânico. A quinto, finalmente, é em favor do povo: ela conta c fidelidade de Deus à prornes!iQ feito o seu servidor Abrão .
A humilde Virgem Mario , poro dizer a Deu51 a alegira de seu çoroçõç, menciono duas vêzes o seu coração e d1.1as ve:zes o seu Deus. Elo canto "Minha alma" e "Meu espírito". Sua alma celebro o MogesP: de do Senhor : o Senhor é Javé . MoiSI intimamente, setl espírito estremece de alegria em tEioím, que se constituiu, diz ela, meu Socorro, "meu Salvador" . Ela se exprime com humildade profunda . A alegria de que se acho possuído vem do fato de ter o Senhor Deu ~ dignado paus-r os olhos no tpequene:z de sua serva . Esta primeira estrofe é a mais pessoal, mais cheia de lirismo. lnciada com o verbo da magnanimidade. encerra-se com o substantivo d? humildade. Na segunda estrofe, Maria nado mais fo:z do que retornar, donde-lhe maior amplitude e estendendo-o a tôd::~s as gerações vlndouf-s, a bençõo lançada por Isabel . Aqui ainda, é ao Senhor que ela tem o cuidado de tudo referir. Penetrada de venerpção poro com ~le, não mais repete as nomes, para só invocar os atriVI
butos que o caracterizam: o Poderoso,o Miseircordioso, o Santo Daí, a magnífica .-: rreb::Jtamento da terceira estrofe, quando Maria, à maneira dos profetas, se deixa extasiar ante a Santidade do Nome divino, do próp.rio Deus. Proclamar aSGim que Deus é Santc-, é evoc r a sua Elevação incomensurável, sua Perfeição infinita. Entretanto, esta Grandeza divina digna-se debruçar-se sôbr~ nós. Ass.im como celebrou o Nome, Mario exalta o Reino . Reino de Misericórdia para os que veneram e :;e submetem; de Força invencível contra os que se ensaberbesem. Maria não antevê nenhuma revolução social ou política. A mãe do Messias canto apenas as bens messiânicas, tal como as recebe das profetas e dos salmos, tal como vão amadurecer em seu coração e na de seu Filha e frutificar em bem:JVentl.r:rnças. O Reina vem, é a desabrochar espiritual das humilde:., a paz das bons, o alegria daquêles que são como Maria. Pensamentos paralelas inspir · m o cântico de Ana; estendeu mesma o Reino me$siônico .cté os confins do terra. Maria, a êste respeito, é mais Israelita . Sua última estrofe é tôda dedicada a Israel. é entretanto muito profunda . Maria cosidera como vivos seu antepassado Abn hão e tôdos1 as seus Pais, a quem o Senhor dignou-se falar no decorrer dos séculos. Quando acolhe Israel seu servidor, como o faz agoro por uma obra tão extraordinário e para fins tão salutares, a Senhor tem sempre ante os olhos seus velhos amigos dos tempos antigos, particularmente Abraão, o pai dos crentes de outr6ra e de hoje. Foram êles perpetuamente uma mesma posteridade na mesma e no mesma aliança divina. Maria reconhece a sí mesma como descendente direta dêstes verd.- deiros crentes. Entrelaç:~ ass im o presente ao piOssoda. Proclama a fidelidade de seu Deus, a continuidade de sua abra . Tem ela o sentimento de que a Promess -: está prestes a ser cumprida. crenç:~
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MAGNIFICAT O CANTICO DA VIRGEM
Ant. Ver.
O Senhor fêz em mim maravilhas, santo é seu Nome! A minh'olmo engrandece o Se'nhor exulto meu espírito em Deus meu Salvador! Pôs os olhos na humildade de sua serva: doravonte tôdo o terra contará os meus louvores. O Senhor fêz em mim maravilhas, Santo é Seu N'ome. Seu amor poro sempre se e! tendr sôbre oquêles que o temem. Demonstrando o poder de seu braço disperso os soberbos. Abate os poderosos de seus tronos, e eleva os humildes. Sacio de be·ns os famintos, despede os ricos sem nado. Acolhe Israel seu sevidor, fiel a seu amor E à p·rome·ssa que fêz aos nossos pois, em favor de Abraã-o e de seus filhos para sempre. Glória ao Pai, oo Filho e ao Santo Espírito, desde agora e para sempre pelos séculos. AMÉM.
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At ~ n dendo ao apêlo feito pela C . Mensal a os nossos ~INes, recebemos de Jund iaí a súmula que transcrevemos abaixo. Renovamos o nosso o pêlo. Como poderão vrr pelos testemunhos o seguir, o nosso BoiNim pode realmente ser o veículo de notfclos e Iniciativas que, além de manter os equlplstos Informados sôbre "o que vai pelos equipes", pode ainda despe·tor poro novos formos de atividades apostólicas.
SETOR DE JUNDIAI (S. P.) Precisamente há 6 anos filiava-se ao Movimento a primeira equipe deste Setor. Desde então, graças ao entusiasmo e zêlo apostólicos dos primeiros equipistas, as Equipes vem se expandindo com segurança, contando atualment com 14 equipes, às quais pertencem cerca de 86 casais.
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Os equipistas de Jundiaí, vivendo a mística e as regras do Mov imento, não se esqueceram dos apêlos de João XXIII e Paulo VI , e têm levado a outros casais as riquezas que descobriram nas Equ:pes de Nossa Senhora . Ass im estão êles integrados prllfundamente nos Cursos de Preparação ao Casamento, apostolado êste desenvolvido com :ntensidade no ano passado. quando mais de 300 casais de noivos frequentaram as palestras dadas pelos eq uipistas que, por sua vez, tem-se preparado em "cursinhos'· dados por companheiros mais experimentados no assunto. Nêste ano 7 curso:; já foram ministrados, a 171 casais de noivos, os quais, segundo informes que temos a respeito, são bem organizados, contando com todo o material necessário, inclusive do's oroje tores de slides, tudo conseguido com esfôrço e dedicação, atrav és de rifa realizada pelos equipistas. O Setor de Jundiaí, entretanto, considera de 11ão menor importância um apostolado singular e de grande alcance cristão
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e social. Trata-se de visitas feitas a casais que se encontram em vias de se desquitarem e que são indicados pela promotoria local Atualmente e5tão sendo visitados 42 casais e os equipistas reconhecem que esta difusão de espiritualidade conjugal muito os beneficia também pois, à vista das dificuldades alheias, voltam-se agradeci_ dos a Deus pela sua própria felicidade e convencidos de que só poderão mantê-la na medida em que lutarem para que outros casais tambÉm sejam felizes . Na realização dêste apostolado os equipistas de Jundiaí já estão alcançando resultados positivos, pois têm encontrado bôa receptividade dos casais desajustados que se admiram ao se defrontarem com desconhecias que {::Or êles se interessam, já se constatando mesmo situações em que a sugestão dada pelo casal visitante foi acejta . O gr<~nde segrêdo dêste apostolado, segundo os nosso~ companhf!iros de Jundiaí, é "ouvir", colocando o casal desajustado em dever de sentilr-s~. No momento, o~ equipistas de Jundiaí estão se preparando em encontros semanais com o Snr. Bispo Diocesano, para acompanhá -lo nas visitas pastorais, quando manterão contato cem famílias, jovens e operários, com o que esperam poder dar um testemunho c:fe vivência cristã .
S!:TOR RIO DE JANEIRO (GB.) O !tesponsável .. e' uma equ ipe escreve ;:,o ~
seus
co-.equipistaa
O Çosol Responsável inicio o suo corto justificando-o com o •esppnsobiljdode que lhe foi delegodq pelos seus próprios companheiros de equipe e com o imperativo do amor fraterno . O ato redentor d., Cristo, de merecimento infinito diante de Daus, não nos storé entregue se não ade;irmos a Cristo com todo o nosso ser, sem condições. Ora,
Não $~ pode 11mar Sf!m conhecer, Não se pode <~mar uma imagem, uma ficção, um fantasma. Só se pode amar uma reali-
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dade concreta que conhecemos e na qual encontramos motivos para amar. Prossegue mencionando o~ três caminhos poro se conhecer a Deus: a ciência Infusa (graça de Deus), a convlvênçia (pelo co ·a. çõo e pela oroçõo) e o estudo (através do inteligência). A fé do co-voelro salva, antrl!tanta ela é boa paro o carvoeiro . Quanto o nós, que não somos carveiros, seria absurdo que não nos importássemos em conheçer o mecanismo da Redenção . Se temos talj!nto e cultura, devemo~ e studo- os rr>istérios de Deus. O progrçsso do nosso vida espiri tual vai depender de nosso esfôrço no conhecimen to sôbre Deus, acrescentando:
São Paulo não escreveu suas cartas .para teólogos ou religiosos, mas sim pra Aquila e Priscilla, fabricantes de tendas para Timóteo e Filemon, negociantes, para pequenas comunidades de cristãos, como a nossa . Não escreveu tratados de teologia escreveu cartas em que extravasava todo o seu omllr a Cristo e aos irmãos ern Cristo, onde vertia os conhecimentos que fôra incumbido de nos dar. Essas cartas foram escritas para nós. Deus elevou São Paulo ao terceiro céu e mostrou-lhe coisas que não mostrou a nós. Mas ordenou-lhe que nos ensinasse sôbre esses mistérios. ~ nossa obrigação, portanto, fazer um esfôrço para compreender o que êle tem a nos dizer. Dopreende-se dêste trecho que a equipe está fa:z!endo o estudo do tema sôbre as epístolas de São Paulo . O casal cont inua a sua carta, desccevenda agora a men ta li dade do homem moderno, cuja fé vacila :
O homem moderno está sob grande perigo, perigo êsse que incii.Jsive atinge o cristão. Desde Copérnico e Kant o homem tpmoy-se sóbrio, positivo, crítico. Embotou-se, não tem ilusões. O QUe interessé! e ocupa o seu pensamento não é já o rnundo metafísico, mas científico, o dos fenômenos e das ilparências. Sómente vê e considera êste miJndo. O problema da realidadt> profunda dês.se mundo fenomenal, da causa última dessa atividade,
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do sentido desse ser, lhe parece insolúvel ou mesmo inexistente. PerdE)u, como diria Platão, o ôlho do invísivel. Seu senso do divino se embotou, tem uma secreta oposição por tudo que tende a introduzir-se no mundo dos fenômenos com o caráter do absoluto, do in:ondicionado, do sobrenatural. O pensamento, a mentalidade geral se afastou conscientemente de Deus e se tornou atéa. Até mesmo entre os cristãos esta mentalidade penetrou. Tentamos ignorar nossa fé, pois in:omoda nossa mentalidade fenomenológica a intrusão do mistério. Até o nosso apostolado se baseia mais em técnica do que em fé. Quando as coisas não funcicnam como esperamos, quando os homens não se enquadram na nossa técnica, ficamos irritados, desapontados e desesperados. Esquecemos de lhes levar a fé, porque nós mesmos não temos verdadeira fé. Fé que conhece a Deus e suas coisas. Que olha os homfns com o olnar de Deus. Mas como olhar com o olhar de Deus se nõo nos damos ao trabalho de de~cobrir como olha Deus?
Depois de falar, assim, do sentido p-ofundo do e:;tudo do temo, o corto possa o abordar os obrigações do Reora do Movi· rrento e que devem ser enca odas segundo o prisma do fé. São elas ccmo a manivela do nosso progresso espiritual, sendo que multas vêzes nos equecemos dêsse prog ·esso espiritual e vemos sõmente a man ivela . . . Procuramos acioná~ la e se o conseguimos, ficamos sat isfe itos e coimcs no fo · i~oismo, quando o jmportonte é cor.hecermos o estrutu o sobrenatural ligado à manivela. Posso o abordar o ccparticipaçõo nas reuniões de equipe. A êste respe i to esc eve:
Mas há um outro aspecto da coparticipação que é ainda ma is importante: a coparticipação das almas. ~ a abertura do nosso íntimo para 110sso irmão na presença de Cristo. ~ o sorriso tran_ ou ilo da olmo que revela umo alegria espiritual-~. mais comumente, um · lágrima ou um grito de ongústio de umo o Imo em provação, buscando na caridade fraterna o auxílio ou consôlo de que necessita. E essa abertura não pode ser feita com tempo marcado. Será XII
feita no momento em que maior fôr a atmosfera de caridade depois das orações, durante as intenções, por ocasião da partilha ou em qualquer outra ocasião. Nesse momento ninguém, só Deus, poderá julgar que é ou não é oportuno, se é ou não é pertinente o assunto tratado. Porque "a caridade é paciente, é benigna, ela não é invejosa; a caridade não é jactanciosa, não se ensoberbere, não é descortês, não é interesseira, não sé irrita, não guarda ran<:or, não se alegra com a injustiça, mas compraz-se na verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,. tudo tolera; a caridade não sucumbe jamais" (I Cor 13. 4-8). Recomendo a mi•sivisto que se faço pois o "Reporter-EGso" no hora do jontoc, com calor humano e caridade fraterno . A çi;>er-. tu ra dos o !mos, depois, em mouento que o presença de Cristo e o Seu Amor lncornado em nosso irmãos, nos dirão qual seja. O Casal Responsável termino pedindo excusos pelas observoçpes feitos, ofirmondo que o corto é e~crito por quem está no mes.mo borco . . . e encer ·o com estas palavras:
Que a graça de Deus fecuhde nossa exorlação, assim como fêz falar a burra de Balaam, para o bem dos nossos irmãos em Cnsto Jesus.
EQUIPU ADMITIDAS l!élglca - Anvets, 29, Bruxelas 117, 128, Chil't1ày 1, ê:ouvin 1, Florennes 3, Liegé 90. Brasil - Araraquara 4 , Bariri 1. <:anadá _ coaticoc k 1 . ·CcHi~o Kolew z l 3 rsto.dos U11ld11s Rochestêt 1. França ..._ AgE!n 4, Amierls 11, AUth 9 . Avespés 3, Seauvais 6, BciurQ - Saint-And~ol 1, atést 11 , C::aen 15, Clíág"y 1, Chalon: wr•Saône 4 , C::holet 8. Fécamp 5, Fóhtainebleau 6, Foumies 1, Grenoble 28 , La Roclie-sur-Yon, 3 , LeflS 1, Lyon 31 , Nan: y 19. Nantes 30, Nice 7, Pércnne 3, Rouen 20, Salms 1, Tours 9, Ver~allres 19,2.0,21, Wlssembourg 1. lntlat*'"' ...... Brôckwotth 1. lrlarrda - Dublin 2 . ltalia Roma 12, Turim 20. Líbano - Be irut 2 . Martinic::• - Fort- de-France 3 Le Lorrain 1 . Portugal Braga 5, Cantanhede 2, Coimbra 18.
EQUIPES COMPROMISSADAS Bélgica Bruxelas 87, 1OI, Líege 87, Malonne 1, Tohogne 1. Brasil - Ribeirão Preto, 4 . Canadá - Sherbrooke 5. Es:panha - Orense 2. França -Aix-en-Provence 11 , Angers 15, Cholet 5, E,pinal 3, lsigny-sur-Mer 3, Lille 29, Massay 3, Nancy 16, Remiremont 3, Valence 4.
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Guadelupe - Saint-Ciaude 2. Irlanda - Dublin 1. ltaliz. - Fossano 1, Turim 6 . Tail'í - Taití 1 . Tunísia - Tunis 18. São as seguintes as equipes do Brasil admitidas:
Araraquar61 4 Assistente: Pe. Alberto do Rio C. Respons .: Miriam e Mareio Castro Godoy
Bariri 1 Assistente : Pe. Ovidio Ticianeli
C. Respons.: Celisa e José Dorly Borges DEUS CHAMOU A SI Marie-Thérése Jacques 1 Dôle 1, 20 de março, 2 filhos. Gerard Lajouanie, Paris 97, 19 de maio, 4 filhos. Revmo . Pe . Coquillard, Biesles, 21 de fevereiro Revmo. Pe Hcnorato Rosa, Lisboa 17, 28 de fevereiro
ORDENAÇÃO SACtRDOfAL Mi::: h.el Coucoummt-l.abarthe, Páu 1 em 2j de junho.
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GlóRIA A DEUS NAS ALTURAS! PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE!
A vocês todos, coros equipistos, os nossos votos de um sonto
N ATA L que seja obe'rturo do alma para receber e difundir o mensagem de pas e amor que Jesus veio ensinar aos homens