Ano LXIV - fevereiro/março 2024 - 557
CARTA EQ U I P E S D E N O S S A S E N H O R A
MENSAL
“Tomai e bebei, isto é o meu corpo” (Mt 26, 26-28)
Eucaristia na Vida do Cristão página 3
A Quaresma e o Equipista página 10
Índice ACESSE CARTA MENSAL SONORA:
NOTÍCIAS Está sendo publicado somente na CM DIGITAL acesse pelo site ens.org.br CM 557
no 557 edição
fevereiro/março
2024
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro –Lei de Imprensa” N° 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil – CR Super-Região Brasil Rose e Rubens; Equipe Editorial: Responsáveis: CR Carta Mensal Mirna e Sildson; Conselheiro Espiritual: SCE Carta Mensal: Pe Antonio C. Torres; Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb.17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais – Tefé, 192 - Perdizes, São Paulo/SP - Fone 11 97574-9718 – e-mail: novabandeira@novabandeira.com – Responsável: Ivahy Barcellos; Revisão: Jussara Lopes; Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. Rejowski; Imagens: (Freeimagens/Pxhere/Unsplash/CanStockPhoto/Canva). Tiragem desta edição: 25.900 exemplares. Cartas,colaborações,notícias,testemunhos,ilustrações/imagens devem ser enviadas para ENS – Carta Mensal,Av.Paulista,352,3° Conj.36,CEP.: 01310-905,São Paulo/SP ou através de e-mail: cartamensal@ens.org.br a/c Mirna e Sildson. IMPORTANTE: consultar instruções antes de enviar o material pedimos que acessem as instruções na aba/acesso Carta Mensal do site das Equipes de Nossa Senhora (www.ens.org.br).
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EDITORIAL .....................................................................................................................1 SUPER-REGIÃO BRASIL Caminho percorrido e a percorrer...................................................................... 2 A Eucaristia na vida do cristão.......................................................................... 3 Eucaristia, fonte e ápice da vida e da missão da Igreja..........................................4 Tema do ano Capítulo 1: O que procurais?......................................................... 5 Tema do ano Capítulo 2: Ele tomou o pão..........................................................6 Turim 2024................................................................................................... 7 Mês de março — datas que se misturam, mas que em si demonstram força, liderança e amor.........................................................................................8 Cinzas: tempo forte de renovação da fé............................................................9 A Quaresma e o equipista...............................................................................10 Confissão ou Penitência................................................................................. 12 DATAS DO MOVIMENTO A primeira reunião de equipe.......................................................................... 13 ACONTECEU Fé e unidade a caminho da santidade...............................................................14 TESTEMUNHO A Eucaristia na Vida dos Casais....................................................................... 15 É preciso confiar - Deus nos carrega no colo.................................................... 20 PARTILHA E PCE O Dever de Sentar-se - uma jornada espiritual para ser vivida a dois.................... 21 Levantaram-se, pois, ambos, e oraram juntos fervorosamente para que lhes fosse conservada a vida (Tb 8,6).............................................................................22 Regra de Vida, um PCE para nos lapidar............................................................23 Regra de Vida - o PCE................................................................................... 24 Retiro, fonte de mudança e fé.........................................................................25 Testemunho: um Retiro fecundo................................................................... 26 CM E OS EQUIPISTAS CM 534 (pp. 2/3) - Um tempo muito especial para todos os cristão. (Viver e testemunhar a esperança)............................................................................. 27 CM Número Especial - o Dever de Sentar-se (outubro de 1965)........................ 27 CM 555 (p. 3) – Sim ao Chamado (outubro/novembro de 2023).......................... 28 CM 555 (p. 25) - Sentimento de pertença (outubro/novembro de 2023).............. 28 CM 380 (pp. 28 a 30) Escolha do Hino do Econtro Nacional das ENS – abril de 2003......29 CM 554 (p. 13) – Eles não têm mais companhia................................................ 29 IGREJA CATÓLICA Ó Bem-aventurado São José......................................................................... 30 Campanha da Fraternidade 2024: um resgate das relações................................. 31
EDITORIAL
Caríssimos equipistas, paz e bem! Nossa Carta Mensal de fevereiro e março nos levará à caminhada de conversão no período da Quaresma, passando pela comemoração de São José, da Instituição da Eucaristia até chegarmos ao ápice da vida cristã, celebrando a Páscoa do Senhor. Como abordado por Rose e Rubens,nosso CR Super-Região Brasil, os EACRES já aconteceram por todo o Brasil e todos já têm o conhecimento do Tema e Lema de estudo de 2024: A Eucaristia, Fonte de Missão. Tema iluminado pelo Espírito Santo, chegando até nós como um presente de Deus. Erica e Wilson, nosso CR Comunicação, compartilham conosco a expectativa do XIII Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora em Turim. Expectativa de que viveremos juntos, pois esse encontro dará as diretrizes para nossa caminhada equipista dos próximos seis anos. O Aniversário de Dona Nancy é lembrado também em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, exemplo de mulher a ser seguido. Ao longo do ano, receberemos do Padre Mariano ensinamento sobre a Exortação Apostólica pós sinodal Sacramentum Caritatis, escrita pelo Papa Bento XVI. Nesta Introdução do tema, padre Mariano nos lembrará que a base desse documento é fruto do sínodo ocorrido em outubro de 2005 e do Ano Eucarístico em 2003. Pelo conteúdo da introdução do tema, estamos ansiosos pelos próximos capítulos. Como auxílio no início do ano equipista, Lu e Marcelo (CRP Leste II) e Flor e CM 557
Celso (CRP Sul III) nos brindam com reflexões sobre os Capítulos I e II, respectivamente, do Tema de Estudo. Lindas reflexões como: “Para ver Deus é preciso conhecer Cristo e deixar-se plasmar pelo Seu Espírito” e “O Verbo Encarnado, que se dá no pão, possui poder sem limites; tudo lhe está submetido”. São amostras do conteúdo que encontraremos. “… Jesus veio até nós para que pudéssemos ver Deus, face a face, já experimentando a realidade da vida eterna”. Com o Padre Clóvis, percorremos a Quarta-feira de Cinzas. Padre Aldair nos convida à conversão e à penitência e Frei Levi nos diz que em São José encontramos inspiração para não perdermos esse tesouro que é a vida espiritual. Diácono José da Cruz aborda a Campanha da Fraternidade e nos leva a uma reflexão profunda voltada aos ensinamentos de Cristo.Padre Vanzella faz uma narrativa sobre a Quaresma e o Equipista, toda a preparação em busca de viver a Páscoa de Cristo. Nesta edição, trazemos vários textos sobre a Eucaristia na vida dos casais, testemunhos da intimidade dos casais com o Senhor através da Eucaristia. E finalizamos com a festa de 50 anos das ENS em Belém. Desejamos uma excelente leitura, fiquem bem, fiquem com Deus.
Mirna e Sildson CR Carta Mensal
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Caminho percorrido e a percorrer... A leitura dessa Carta Mensal já os alcançará com os EACREs ocorridos e outros que ainda estarão acontecendo em todo o Brasil, levando aos equipistas as orientações para o ano, o tema de estudo, a ênfase que será dada a um PCE, que exige um olhar mais atento, guardando a importância da vivência de todos os PCEs em nossa caminhada. Os encontrará já em sintonia com a nossa Igreja que nos apresenta a Campanha da Fraternidade desse ano, cujo tema será “Fraternidade e Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8), com o propósito que vivamos em verdadeira expressão de caridade e solidariedade com os filhos de Deus, nos convertendo pela vivência fecunda do Evangelho. Também estarão na Quaresma, um tempo que nos convida à vivência não somente de renúncias e privações, mas de uma verdadeira abertura de coração dando espaço em nossas vidas para a ação de Deus, fazendo também dos Pontos Concretos de Esforço ferramentas essenciais para a nossa conversão, buscando na oração e meditação a Deus, que sempre nos levará à prática da entreajuda. Nesse ano se encerrará o percurso, o itinerário dos seis anos que teve início no Encontro de Fátima em 2018, com a orientação geral “Não tenham medo, saiamos”, proposta pela atual Equipe Responsável Internacional (ERI) e que seremos agraciados em 2024 com o Tema que nos levará a uma profunda reflexão se vivemos a nossa comunhão eucarística com uma coerência eucarística, uma comunhão na consciência e na ação, dignos de discípulos
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convictos da missão confiada a cada um de nós, na nossa família, nas nossas comunidades, na Igreja, nas Equipes de Nossa Senhora e no mundo. Extraímos da Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis as palavras do Papa Bento XVI “quanto mais viva for a fé eucarística no povo de Deus, tanto mais profunda será a sua participação na vida eclesial por meio de uma adesão convicta à missão que Cristo confiou aos seus discípulos”. Possamos ter iniciado o ano, no Tempo Comum (9/01 a 13/02), vivendo no nosso dia a dia, no nosso quotidiano a busca de Jesus, seus ensinamentos, ter sido como João Batista na vida das pessoas, levando, apresentando Jesus a elas, despertando nelas a vontade de conhecer Jesus e permanecer com Ele, conhecer a Doutrina, as Sagradas Escrituras, mas sobretudo conhecê-Lo pela experiência vivida e se tornando Seu discípulo, aceitando o Seu convite “Vinde e vede” (Jo 1,39). Rogamos a Nossa Senhora, patrona de todas as equipes, que interceda junto ao seu Filho por todas as famílias e as proteja com seu manto sagrado. Que no seu lar,Nossa Senhora seja para vocês uma Mãe honrada e querida. Pe. Henri C affarel - A Missão do Casal Cristão, pág. 20 – 1º editorial - 25/12/1945
Rose e Rubens CR SRB CM 557
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A Eucaristia na vida do cristão Olá, queridos casais e conselheiros espirituais, espero que todos estejam bem. Minhas orações a todos vocês. A Eucaristia é “fonte e ápice da vida cristã”. Os demais Sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, ligam-se à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam, pois a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa (segundo o catecismo da Igreja Católica). E o pão e o vinho? O pão e o vinho, consagrados no Corpo e Sangue do Senhor, fazem acontecer a entrega Dele, quando comemos e bebemos. O pão e o vinho se entregam por nós, para que tenhamos vida. Precisamos ter claro que a ação de Jesus por sua doação na missa é uma ação sacramental. O sacramento faz a entrega de Jesus realizar-se na Missa, porém não de maneira real como foi na cruz. Pelo sacramento, a entrega de Jesus realiza-se no significado do pão e do vinho. Para entender e celebrar, é necessário perguntarmo-nos pelo significado real do pão em nossa vida. Pão é para comer, Jesus sabia. Por isso escolheu o pão como o melhor sinal de entrega. Por quê? Porque, quando comemos, o pão se entrega por nós, como comida, e o vinho bebido se entrega por nós como bebida. Comida e bebida são essenciais para a vida humana. Comemos o pão e bebemos o vinho consagrado com a mesma ação quando comemos e bebemos pão e vinho comuns. O ato humano nos leva a compreender a escolha de Jesus para relacionar esses sinais com o acontecimento da entrega Dele na cruz. Se não for comido o pão consagrado e se não for bebido CM 557
o vinho consagrado, o sinal da entrega de Jesus por nós não acontece, não acontece o Sacramento. Logo, a missa não é só consagrar o pão: é comungá-lo. Nós, cristãos católicos que cremos em Jesus presente na Eucaristia, devemos sempre nos alimentar do Corpo e Sangue de Jesus, só ele vai nos dar força, coragem para vencermos todos os obstáculos, por isso não deixemos de comungar nunca mais. E assim, de certa forma, a nossa vida também é um sacramento. Como? No meu testemunho de entrega pelos irmãos necessitados, no testemunho da vida em solidariedade e partilha, eu devo me perguntar: Coloco em prática as ações que Jesus Cristo me ensinou? Meus irmãos queridos, espero que essa pequena reflexão possa nos auxiliar a levarmos mais a sério a Eucaristia em nossas vidas. Deus os abençoe, abraço fraterno a todos, rezem por mim, estou rezando por todos e que a paz do Senhor esteja com todos.
Padre Toninho SCE SRB
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Eucaristia, fonte e ápice da vida e da missão da Igreja Queridos Casais das ENS! Com A Eucaristia, Fonte de Missão (tema de estudo para 2024), completamos o sexênio, assumido em Fátima (16-21/07/2018). Em função disso, o documento eclesial que nos servirá de inspiração é a Exortação apostólica pós-sinodal, Sacramentum Caritatis (Sacramento do Amor), do Papa Bento XVI, publicada em 22/02/2007. O conteúdo desse documento é fruto do Sínodo sobre a Eucaristia,em outubro de 2005. A propósito, na ocasião celebrou-se o Ano Eucarístico e em 2003 João Paulo II nos havia presenteado com a encíclica Ecclesia de Eucharistia (A Igreja vive da Eucaristia). Como é que se nos apresenta a Sacramentum Caritatis? Entre a introdução (nn. 1 – 5) e a conclusão (nn. 94 - 97), a exortação desenvolve três capítulos: o que, acerca da Eucaristia, a Igreja crê (cap. I, nn. 6 – 33), o que ela celebra (cap. II, nn. 34 – 69) e o que ela vivencia (cap. III, nn 70 – 93). Pelo que se vê, importa a fé, vale a celebração, conta a vivência em missão: Eucaristia acreditada, celebrada e vivenciada. A exortação apostólica dá continuidade às pertinentes reflexões eucarísticas de João Paulo II. Propõe, com linguagem atual, algumas verdades essenciais da doutrina eucarística, exorta à celebração bem-feita e recorda a necessidade urgente de testemunhar uma vida eucarística coerente para o dia a dia.
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A rigor, a Sacramentum Caritatis não traz novidades teológicas, litúrgicas ou pastorais. Está em plena sintonia com a renovação efetuada no Concílio Vaticano II que, aliás, “contém riquezas ainda não plenamente exploradas”, diz o n. 3. Ao mesmo tempo, Bento XVI incentiva a missa em latim, sobretudo nos encontros internacionais, a saber que o latim continua a língua oficial da Igreja Católica. Na mesma linha, de acordo com o n. 62, vai o pedido de que se valorize o canto gregoriano nas liturgias. Ainda que reconheça terem havido alguns exageros, o Papa acentua a participação viva dos fiéis, em função da qual “podem ter lugar algumas adaptações apropriadas aos respectivos contextos e às diversas culturas... segundo as necessidades reais da Igreja, a qual vive e celebra o mesmo mistério de Cristo em situações culturais diferentes” (n. 54). Em síntese, a Exortação é, antes de tudo, um documento elaborado a partir da assembleia sinodal que reuniu 252 Bispos do mundo inteiro, em outubro de 2005, no Vaticano. O documento reflete o equilíbrio das diversas tendências que representaram a rica realidade eclesial da época.
Pe. Mariano Weizenmann Província Sul III CM 557
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Tema do ano Capítulo 1:
O que procurais? Felicidade, amor, vida plena são buscas que estão presentes no coração de cada um de nós. Todos desejam ser felizes, nem todos se preocupam em fazer os outros felizes. Todos desejam desfrutar da vida com alegria, serem olhados com bondade e ternura, nem todos conseguem olhar ao seu redor com amor. Como ser uma pessoa que planta sementes de amor e floresce em felicidade? Ser feliz exige coragem, esforço, reflexão, constante união com o Divino em nós e em torno de nós. Ser feliz é ter Jesus habitando em nosso coração para que sejamos impulsionados a segui-Lo com fervor e amor. Para “ver Deus” é preciso conhecer Cristo e deixar-se plasmar pelo Seu Espírito. Toda Missão tem início, primeiramente, em nosso coração, e revestidos da Luz de Cristo vamos concretizando, tornando real a Sua santa vontade. Senhor, o que queres que eu faça? Como queres? Quando queres? Essas devem ser indagações que todo discípulo missionário deveria fazer. Somente em Jesus encontraremos as respostas. A grande e verdadeira estrela que nos guia é o próprio Cristo. Ele é a explosão do amor de Deus, que faz brilhar sobre o mundo o grande fulgor do Seu amor. Procurai no Senhor enquanto é possível encontrá-Lo. O segredo de uma vida plena e uma missão fecunda é descobrir o que Deus quer de nós em tudo que fazemos. O que glorifica a Deus, diz CM 557
Santo Afonso, não são as nossas obras, mas a nossa resignação e a conformidade da nossa vontade à Vontade de Deus. Busquemos o maior e o mais belo milagre que o Senhor realizou e quis que estivesse presente a cada Missa, para que Ele pudesse estar entre nós, a fim de nos curar e alimentar, a Eucaristia. E, revestidos de Cristo, será possível reconhecer o rosto do Senhor no rosto dos nossos irmãos; colocar os nossos passos diante dos passos de nosso Mestre Jesus. Na Santíssima Eucaristia está contido o tesouro espiritual capaz de tornar os nossos corações puros e arrebatados pela beleza divina. A vida é para ser celebrada e olhada com um olhar Eucarístico! Que a nossa existência seja iluminada pela verdade do Amor! Sejamos animados, alegres, inusitados e ousados, semeando uma colheita feliz. Não tenham medo, saiamos! A vida é muito curta para ser pequena, não há tempo para desperdiçá-la. É nossa missão a tornarmos grandiosa, não pela realização de grandes feitos, mas por sermos pessoas que revelam um jardim na alma e, nela, a exuberância dos sentimentos é grandiosa, exalando o perfume de Cristo por onde passa.
Lu e Marcelo CRP Leste II
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Tema do ano Capítulo 2:
Ele tomou o pão... Jesus tomou o pão e, depois de o abençoar, deu-o aos seus discípulos... Se acreditamos que com o pão Ele toma as nossas dores e aflições, por consequência cremos que também a elas Ele abençoa para depois serem transformadas. No pão está o trabalho humano, o suor do rosto, o cansaço, as aflições… e o Senhor tudo abençoa com seu poder misericordioso que quis “precisar” de nós. Reconhecendo a ternura do Coração Santo de Jesus podemos sentir que nada foge ao seu alcance e agradecemos, com confiança, todo o bem que Ele realiza para a humanidade. Assim, o pão se torna carne que se doa por inteiro, até a última gota do próprio sangue que derrama na cruz para apagar o nosso pecado. Acreditar no seu poder nos dá confiança para a luta diária que travamos contra o inimigo, até mesmo nas pequenas escolhas. O Verbo Encarnado, que se dá no pão, possui poder sem limites; tudo lhe está submetido. Jesus domina as forças da natureza; e nessa fé acreditamos na sua presença real na Eucaristia. Se nisso acreditamos, nossa confiança não é pequena. E para que ela resista a todas as provas, é preciso que se eleve sobre bases inabaláveis: na infinita bondade de Deus e nos méritos da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, com uma condição da
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nossa parte: a firme e total resolução de sermos inteiramente de Deus e de nos abandonar completamente e sem reservas à sua Providência… jamais deixando-a em segundo plano para querer resolver tudo com as próprias forças. E receber a Eucaristia nos faz viver confiantes na Providência Divina. “Como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim (Jo 6,57)”. Este foi o ensinamento de Jesus na sinagoga de Cafarnaum, que escandalizou muitos dos seus discípulos… e desde então muitos se retiraram e já não andavam com Ele. Hoje, no mundo de “facilidades” e “ofertas” em que vivemos, somos nós que ouvimos a pergunta de Jesus: “Quereis vós também retirar-vos?”. Que Deus nos conceda a graça de sermos por Ele atraídos e possamos responder como Pedro: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus ”(Jo 6, 68–69).
Flor e Celso CRP Sul III
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TURIM
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Turim 2024 Um testemunho de união e fé em tempos desafiadores Tu r i m , c i d a d e marcada pela espiritualidade e sede do Santo Sudário, será o cenário do XIII Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, que acontecerá de 15 a 20 de julho de 2024. Os preparativos estão a todo vapor! Este acontecimento de magnitude excepcional está gerando grande expectativa entre todos os inscritos, que já se preparam para dias inesquecíveis; também nos membros da ERI (Equipe Responsável Internacional), da Equipe de Coordenação Torino2024 e dos envolvidos em cada parte do mundo, que com dedicação e empenho, estão trabalhando incansavelmente para garantir que cada detalhe esteja alinhado com o propósito deste evento grandioso. O tema inspirador deste encontro, “Vamos com coração ardente”, baseia-se nos passos dos discípulos de Emaús (Lc 24,15-35). Este tema ressoa como um convite para uma jornada espiritual profunda, convidando os participantes a caminharem com corações inflamados pela presença de Cristo. O olhar especialmente voltado à Eucaristia vai nos inspirar em cada uma das motivações diárias, com características marcantes desta passagem. Apesar dos desafios representados pela crise econômica e pelos conflitos globais, o Movimento está empenhado na organização deste evento tão marcante. A expectativa é a presença de 8.500 CM 557
participantes, provenientes de todos os continentes, em um testemunho poderoso da união e força que Cristo proporciona, mesmo em tempos tumultuados como os atuais. Durante essa semana, o grande ginásio Pala Alpitour será o epicentro de uma programação repleta de momentos de espiritualidade e reflexão. Palestras, testemunhos, orações e partilhas fraternas oferecerão aos participantes uma oportunidade única de crescimento espiritual e fortalecimento dos laços de fraternidade que existem entre os equipistas. Em meio aos desafios atuais, é uma oportunidade de mostrar ao mundo que, apesar das adversidades, a fé e a comunhão entre os casais transcendem fronteiras e dificuldades. A expectativa é que o XIII Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora em Turim deixe um legado de união, espiritualidade e amor que ecoará por muitos anos! Una-se a nós, se não fisicamente, em oração e de coração ardente, através dos relatos que traremos através da Carta Mensal, do site, das redes sociais e de vídeos no YouTube. Estamos ansiosos para testemunhar e compartilhar os frutos deste encontro único. Fica conosco, Senhor.
Erica e Wilson CR Comunicação
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Mês de março — datas que se misturam, mas que em si demonstram força, liderança e amor.
Em 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que nos recorda as conquistas e desafios enfrentados pelas mulheres ao longo da história. Neste dia, representando todas as mulheres, homenageamos uma mulher em especial, exemplo de fé, de liderança, de esperança e amor: dona Nancy Moncau. Nascida em 22/03/1909, dedicada à sua família e à sua religião, casou-se com Pedro Moncau, com quem teve seis filhos e formou uma união feliz e duradoura, exemplo de vida conjugal a todos nós, casais equipistas. Iluminados pelo Espírito Santo, vivendo a espiritualidade conjugal em sua plenitude, lançaram-se ao serviço, acreditando que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora contribuiria para a santificação e salvação das famílias, trouxeram para o Brasil o Movimento das Equipes de Nossa Senhora e não mediram esforços para a sua expansão e consolidação. Dona Nancy era uma mulher de oração, de liderança e de serviço. Participava ativamente da vida da Igreja e da sociedade, sempre buscando auxiliar os mais necessitados e difundir os valores cristãos. Mulher firme, mas generosa, carinhosa e participativa, esteve presente ao lado dos Casais Responsáveis pelo Movimento ao longo dos anos, se fazendo de Sal e
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luz para os casais viveu plenamente a sua vocação matrimonial e maternal, enfrentou as dificuldades com coragem e confiança em Deus, e testemunhou a fé com alegria e generosidade. Com esse mesmo olhar atento e inspirada pelo Espírito Santo, iniciou a Comunidade Nossa Senhora da Esperança, um Movimento de apoio espiritual, religioso e vivencial para viúvas, viúvos e pessoas sós. No Dia Internacional da Mulher, Dona Nancy, expressamos nossa gratidão pela mulher que inspirou e continua inspirando muitas outras mulheres a seguirem seu exemplo, exemplo de vida Cristã. Dona Nancy está junto de Deus e como fonte de inspiração e aprendizado, aos casais novos de caminhada no Movimento ou àqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ler, recomendamos a leitura de: — “O sentido de uma vida”; — “Quando a palavra se torna vida” e; — “Equipes de Nossa Senhora no Brasil — Ensaio sobre seu histórico”. Todos escritos por Dona Nancy. Querem conhecer um pouco mais de dona Nancy, acesse seus depoimentos, material muito rico disponível em nosso site:https:// www.ens.org.br/acervo-de-formacao/ material-de-formacao/filmes/palestras/ depoimentos-da-sra-nancy-moncau Mulheres equipistas, nossa homenagem. No amor de Maria, fiquem com Deus, fiquem bem.
Mirna e Sildson CR Carta Mensal CM 557
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Cinzas: tempo forte de renovação da fé A Quarta-feira de Cinzas marca o início da Quaresma, um período de 40 dias, uma jornada espiritual que culmina na celebração da Ressurreição de Jesus no Domingo da Páscoa. O tempo da Quaresma é este tempo marcante na vida da Igreja, tempo forte de oração, de penitência, de jejum e de busca pela prática da caridade. A celebração das Cinzas é profundamente simbólica, carregada de significados. Ela tem suas raízes nas práticas penitenciais do Antigo Testamento e do Novo Testamento. O livro de Daniel no capítulo 9, versículo 3, relata o uso de cinzas como sinal de contrição, simbolizava arrependimento e humildade: “E voltei minha face para o Senhor Deus, implorando-o em oração e súplicas, no jejum, no silício e na cinza”, e o livro de Jó no capítulo 42, versículo 6, mostra Jó se arrependendo em cinzas: “Por isso, retrato-me e faço penitência no pó e na cinza”. No Novo Testamento, Jesus também faz referência ao uso de cinzas como sinal de arrependimento em Mateus 11, versículo 21: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito se teriam arrependido, vestindo-se de silício e cobrindo-se de cinza”. Assim como no Antigo e no Novo Testamento, as cinzas eram um sinal precioso na vida de fé do povo, também hoje o é para nós. Na Quarta-feira de Cinzas, as cinzas são colocadas sobre nossa testa ou cabeça, em sinal de penitência e humildade. Essas cinzas são obtidas queimando os ramos abençoados durante o Domingo de Ramos do ano anterior. As CM 557
cinzas colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que viemos do pó e ao pó voltaremos. Ao receber as cinzas, reconhecemos a nossa fragilidade. A colocação das cinzas é mais do que um simples ritual; é um chamado à reflexão e à ação. A intenção desse sacramental é nos levar ao arrependimento, a uma vida de conversão, como nos lembra a liturgia: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. É um lembrete da transitoriedade da nossa vida e da necessidade de buscarmos uma relação mais profunda com Deus. Assim, a Quarta-feira de Cinzas não é apenas um marco litúrgico, mas um convite à introspecção, à mudança e ao crescimento espiritual. À medida que iniciamos esse período significativo, somos lembrados da importância de buscar uma relação mais profunda com Deus e de viver uma vida permeada pela compaixão e retidão.
Pe. Clovis Martins SCER Sta. Catarina I Província Sul III
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A Quaresma e o equipista O tempo santo da Quaresma está chegando e a Igreja começa a se mobilizar para ele. Os eventos quaresmais, como mutirão de confissões, celebrações penitenciais, a via sacra, a celebração das dores de Maria, começam a ser planejados. A Campanha da Fraternidade já está mostrando a sua cara com o tema: “Fraternidade e Amizade Social”. Todas as pessoas já estão se preparando para a Q uarta-feira de Cinzas. Tudo isso com um horizonte: a Páscoa na Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Essas coisas já estão passando de diferentes formas pela cabeça de cada membro do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Mas podemos perguntar: será que não poderíamos ter uma Quaresma com algo próprio para os membros do nosso Movimento, que focasse a partir dos elementos do tempo quaresmal a espiritualidade conjugal e que considerasse também os elementos pedagógicos do Movimento? E a resposta é óbvia: SIM. Então vamos pensar no assunto. Quaresma é tempo de assumir uma proposta de santidade. Para isso, nos recordemos do ano de 2020, quando tivemos como tema: “Casal santo: alegria da Igreja, testemunho para o mundo”, que teve como objetivos: “Despertar o desejo de santidade nos casais como resposta natural ao chamado de Deus” e “viver uma santidade encarnada, pois a resposta é dada numa realidade concreta”. Se fomos capazes de fazer uma boa caminhada
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em 2020, ainda temos muitos elementos em nossos corações que nos iluminarão para bem vivermos o tempo quaresmal. A santidade é graça e a graça vem de Deus porque Ele é o três vezes Santo. Para que, como equipistas, possamos buscar n'Ele a santidade, precisamos então viver a espiritualidade quaresmal a partir do nosso carisma. O primeiro passo para isso é a escuta da Palavra. Aí a resposta vem: isso é fácil, já que praticamos isso através do PCE escuta da Palavra. Será? Acho que não, pois se fosse fácil não seria um Ponto Concreto de Esforço, mas uma prática cotidiana. Se o Movimento nos mostra a necessidade e nos ensina a escuta da Palavra, ele colabora com a vivência do espírito quaresmal. O Evangelho que nos é colocado na Quarta-feira de Cinzas (Mt 6,16.16-18) nos apresenta os três elementos da Quaresma que sustentam a espiritualidade deste tempo santo: a oração, o jejum e a esmola. Como pensar esses elementos a partir da espiritualidade conjugal? Jesus disse que para orar, devemos entrar no nosso quarto, fechar a porta e orar em segredo. Conhecemos bem o segredo da intimidade conjugal e podemos fazer desse segredo a chave da oração. O Sacramento do Matrimônio nos revela a união de Cristo com a sua Igreja. Nos unamos então a Cristo a partir da oração conjugal mais frequente. Outro PCE? Sim, portanto outro esforço CM 557
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para fazermos do Movimento um caminho para a vivência da espiritualidade quaresmal. E o jejum? A santidade tem suas exigências, conforme vimos na quinta reunião do ano de 2020. O Movimento nos ensinou que não existe santidade sem renúncia em vista de outros valores mais importantes. Na Quaresma, somos convidados a fazer isso, renunciar a determinados alimentos em vista da nossa santificação. Por fim a esmola. Ela é consequência do jejum. Quando jejuamos, aquilo que deixamos de consumir não é nosso, pois renunciamos a ele, e por isso é sagrado, pertence a Deus e, por isso, deve ser entregue aos pobres e necessitados. Se deixamos de comer algo, mas não damos aquilo ao pobre, ou fizemos regime ou fizemos economia, mas não fizemos jejum. Por isso, devemos calcular o quanto deixamos de gastar com o jejum e encaminhar para os pobres e necessitados, o que pode ser feito de várias maneiras, como a ajuda concreta a alguém, ajuda através de instituições civis ou religiosas, como por exemplo os Vicentinos, ou também através da coleta da solidariedade da Campanha da Fraternidade. Mas qual o espírito que nos deve nortear nessa doação? O mesmo que nos leva a contribuir com os dons partilhados na nossa reunião mensal. Não nos esqueçamos da frase do Padre Caffarel que se encontra na Carta Mensal set/out 1970: “O exercício da fé e da caridade deveria ser tão natural e tão tranquilo quanto a respiração”. CM 557
Para nós, a santidade está diretamente vinculada à espiritualidade conjugal. O Padre C affarel nos ensinou no editorial da Carta Mensal de 1950: “Sois chamados à santidade. E é no e pelo casamento que deveis caminhar para ela. Para os casais que procuram construir a sua espiritualidade, não se trata de se evadirem do mundo, mas sim de aprenderem como, a exemplo de Cristo, podem servir a Deus em toda a sua vida e em meio ao mundo”. Ele também nos disse, nas Novas Cartas sobre a Oração, na pág. 29: “Desejá-la não é mais presunção, mas magnanimidade, e dispor-se para ela - por uma abertura habitual do nosso espírito ao Espírito Santo - é a própria exigência do nosso amor filial para com Deus”.
Pe. José Adalberto Vanzella SCEP Sul I
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Confissão ou Penitência
Dentre os sete sacramentos que há na Igreja existem alguns que podem e devem ser recebidos pelos fiéis quantas vezes forem necessárias, ou seja, durante toda a vida. O sacramento da Reconciliação, que também é chamado de Confissão, é um deles. A Igreja nos recomenda a Confissão ao menos uma vez ao ano, conforme o cânone 989 do Código de Direito Canônico que nos apresenta: “Todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar fielmente seus pecados graves, pelo menos uma vez por ano”. Nos comentários a esse cânone traz a seguinte observação: “Esta confissão não está ligada necessariamente à comunhão pascal, mas que pode ser necessária para esta” A Igreja, sabiamente, faz essa recomendação para que ninguém fique longe do perdão e da reconciliação com Deus por tanto tempo. Diante disso, eis uma questão: se posso me confessar tantas outras vezes, por que deixar somente para
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um único momento durante o ano? É preciso entendermos que o Senhor Jesus está sempre pronto a nos perdoar. Ele nos ensina e apresenta o caminho da misericórdia quando nos fala da máxima do perdão no Evangelho de Mateus: “Até setenta vezes sete” (Mt 18,22), ou seja, perdoar infinitamente. É assim que o Senhor faz a cada um de nós quando nos arrependemos, sinceramente, dos nossos pecados e procuramos um sacerdote para a Confissão sacramental. O caminho da Confissão sacramental passa, primeiramente, pela contrição que é o repúdio ao pecado cometido e o desejo de não mais pecar. Daí se procura um sacerdote para, diante dele, pedir perdão pelos atos cometidos. Em seguida há a satisfação ou penitência que o fiel receberá como forma de reparação contra o mal praticado. Por fim, receberá a absolvição do sacerdote com a oração da Igreja, concluindo-se o sacramento. Ao fazermos uma boa e sincera confissão, o Senhor nos enche de força e capacidade para também perdoar aos nossos irmãos que nos tenham ofendido. Perdoar e receber o perdão é viver em paz com Deus, com os outros e consigo mesmo.
Pe. Aldair Custódio da Silva SCE Região Minas V Província Leste II CM 557
DATAS DO MOVIMENTO
A primeira reunião de equipe Importante revisitar o passado da história do Movimento das ENS para entender e criar em nós bons sentimentos e lembranças da existência de pessoas que vieram antes de nós, que se doaram e se empenharam para fazer mais do que o necessário, nos dando a certeza de que aquilo que fazemos hoje, na Igreja e no Movimento, tem as bênçãos de Deus. A primeira reunião de equipe, ocorrida em 25/02/1939, teve início por conta de uma necessidade... de uma vontade daqueles quatro casais: orientações sobre virtudes cristãs para sua caminhada de amor e de fé dentro do Sacramento do Matrimônio. Pe. Henri Caffarel , um jovem padre de Paris, que foi por eles procurado, se sentiu tocado pela necessidade dos mesmos e, com certeza, não possuía um projeto pronto, uma resposta para aquela situação. Então se seguiu a famosa frase: “Façamos o caminho juntos”. Não houve esquiva de sua parte. Mas ao contrário; vemos nele interesse e a inspiração do Espírito Santo, que ilumina quem está aberto à sua ação. E a partir do seu “sim” aconteceu a continuidade do Movimento até os dias atuais. Quando vemos o Movimento das ENS crescendo no Brasil e no mundo com tanta força temos a certeza de que foi inspirado por Deus. Seu carisma e mística estão vivos nos corações dos casais que participam das ENS. E, assim como aqueles quatro casais, juntamente com o Padre Caffarel, também nós equipistas devemos ter CM 557
a confiança necessária para levar em frente a mesma proposta: BUSCAR A ESPIRITUALIDADE CONJUGAL. Nosso querido fundador acreditava no Sacramento do Matrimônio; sabia das riquezas espirituais que poderiam advir desse sacramento, se bem vivido; mas também sabia das muitas dificuldades em buscar a santidade. E, dentro dessa dinâmica, inclui a Oração como ponto principal e meio de superar quaisquer dificuldades, através da escuta profunda de Sua Palavra. Olhando para trás, vemos com clareza que hoje já estamos colhendo os frutos da paz, do amor e do serviço à Igreja e do Movimento. Olhando para frente temos a confiança de que através de nossa dedicação e comprometimento, muitos outros casais terão a oportunidade de viver na santidade a vida conjugal e familiar. Quando estivermos passando por dificuldades, tenhamos sempre em mente a dedicação dos casais que juntamente com o Padre C affarel nos “iluminam” para um testemunho essencial em nossa vida cristã de casados: que o nosso amor conjugal e familiar fale de Deus!
Flor e Celso CRP Sul III
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ACONTECEU
Fé e unidade a caminho da santidade 50 anos das ENS em Belém/PA
Ficamos imaginando a felicidade de Jesus ao ver a monumental Basílica de N. S. de Nazaré, em Belém, lotada de equipistas, um grande lago verde, centenas de casais com suas camisas verde-floresta, alardeando seu amor e sua fé em Nossa Senhora e no seu Divino Filho. Casais em busca da santificação. Era 16/11/2023, a Vigília do Jubileu de Ouro das ENS em Belém. Imaginamos também estarem com o Senhor, unindo-se a nós, que na Santa Missa agradecíamos os imensos dons recebidos, o Servo de Deus Padre Caffarel, D. Nancy e Dr. Pedro Moncau e nosso amado casal catarinense Mônica e Plínio, que trouxe as ENS para Belém. Com eles, lá no Céu, também diversos membros da primeira ENS de Belém, Equipe N. S. de Nazaré, que já vivem a Glória de Deus. Os imaginamos em uma reunião de Equipe, tendo o Padre C affarel como SCE e o próprio Senhor Jesus, em pessoa, e não apenas “in persona”, como acontece em nossas reuniões. Nesta abençoada noite de 16/11, em Belém, cerca de 250 casais vivemos momentos de igual alegria e
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satisfação espiritual, com o próprio Jesus a nos abençoar, na Santa Eucaristia que recebemos, na inesquecível Santa Missa, presidida pelo Arcebispo Dom Alberto e concelebrada por muitos SCEs (a Procissão de Entrada parecia a dos Encontros Internacionais!). HISTÓRIA — Nos anos 1970, o casal Mônica e Plínio Hahn, ativo equipista em Florianópolis, veio morar em Belém. Ao descobrir que não existiam as ENS na cidade, iluminados pelo Espírito Santo, procuraram seu pároco, o jovem Pe. Giovanni Incampo. Com o coração ardendo, apresentaram a ele as ENS. Seu coração também ardeu e ele apaixonou-se pelo Movimento – amor ativo até hoje: foi o SCE da primeira equipe e é SCE até hoje! Convidou mais seis casais e a primeira reunião foi em 17/11/1973. A terra boa dos corações paraenses fez a semente produzir à base de cem por uma (cf. Mt 13,8): na Região Norte II (Belém, Abaetetuba e Tucuruí) somos 448 casais em 72 equipes (em Belém, 321 casais). Considerando a Região Norte V, que teve a mesma origem, são mais 54 equipes, com 339 casais.
Rita e Fernando ENS de Guadalupe, Belém/PA Província Norte CM 557
A EUCARISTIA NA VIDA DOS CASAIS
O banquete do amor: a eucaristia como sustento espiritual na conjugalidade das Equipes de Nossa Senhora No coração da vivência conjugal nas Equipes de Nossa Senhora, a Eucaristia desponta como um elo sublime, tecendo a espiritualidade que une esposos e esposas na jornada matrimonial. Desta forma, constatamos que este movimento, profundamente enraizado na fé católica, celebra a comunhão entre nós, casais, e a presença de Cristo na vida cotidiana. A Eucaristia, enquanto sacramento central na tradição católica, não é apenas um ritual litúrgico, mas uma fonte inesgotável de graças para todos nós, casais equipistas. É no pão e no vinho consagrados que encontramos nutrição espiritual para enfrentar os desafios da vida a dois. Ao participarmos juntos da Santa Missa, fortalecemos nossos vínculos, não apenas entre nós, mas também com Deus. A Eucaristia é um convite à comunhão íntima com o Divino, proporcionando alicerces sólidos para a construção de uma vida conjugal fundamentada nos valores cristãos. A Eucaristia não é apenas um momento litúrgico isolado; ela se estende para além dos limites da igreja, influenciando-nos na vivência familiar e social. Ao nos alimentarmos do Corpo e do Sangue de Cristo, encontramos forças para superar desentendimentos, perdoar e cultivar a paciência, virtudes essenciais para CM 557
TESTEMUNHO
a estabilidade e a felicidade no matrimônio. Enquanto fonte de graça divina, a Eucaristia também nos fortalece para enfrentarmos os desafios contemporâneos. Diante das pressões da sociedade e das complexidades da vida moderna, a vivência com a Eucaristia e a participação nas Equipes de Nossa Senhora oferecem uma âncora espiritual que nos sustenta. No início de nosso matrimônio, confessamos que, em algumas ocasiões, deixávamos de participar em casal da missa dominical, apesar de morarmos próximo à igreja. Justificativas inaceitáveis permeavam nosso casamento: canseira, desânimo, assistir a um jogo ou corrida, falta de tempo... Até que o Senhor bateu à nossa porta, trazendo-nos as Equipes de Nossa Senhora. Atendendo ao Seu chamado, transformamos nossa vivência matrimonial. Hoje, temos plena consciência de como o movimento nos possibilitou vivermos em plenitude o nosso matrimônio. Desta forma, concluímos que a Eucaristia na vida dos casais das Equipes de Nossa Senhora transcende o aspecto sacramental para se tornar um pilar central na construção de matrimônios sólidos e profundamente enraizados na fé cristã.
Mércia e Ademilson CRR Minas V Provincia Leste II
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TESTEMUNHO
A EUCARISTIA NA VIDA DOS CASAIS
“Minha filha, não faltes à Comunhão, a não ser quando tiveres certeza de que pecaste gravemente; não permitas que nenhuma dúvida impeça a tua união Comigo. As tuas pequenas faltas desaparecerão no Meu amor como uma palha jogada num grande braseiro”. (Jesus p/ Sta. Faustina - Diário,156) Somos equipistas há 24 anos, temos 37 anos de casados e três filhos. Nossa caminhada de aprofundamento na espiritualidade conjugal tomou uma proporção maior e mais concreta há quase 20 anos, quando fomos convidados a fazer parte do Ministério da Eucaristia, onde servimos por seis anos. Jesus é incrível conosco! Tínhamos um mês de afastamento do ministério, quando em oração diante do Sacrário, pedimos a Ele uma importante e necessária graça e dissemos que estávamos disponíveis ao que Ele precisasse. Na semana seguinte fomos convidados pelo pároco a retornarmos ao ministério como Coordenadores. Prontamente dissemos sim, pois lembramos do pedido feito a Jesus diante do Sacrário. Acreditem, a graça veio após três meses. Com alegria servimos como Coordenadores por mais de 10 anos. Foi neste período que sentimos um chamado muito forte do Senhor a mergulharmos em águas mais profundas através da “Comunhão diária”. Hoje temos mais de 10 anos de encontro diário com o Senhor e a certeza de que nosso sim a Jesus foi nos agraciando e fazendo fortes e perseverantes a cada dia. As graças
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foram visíveis: fizemos a Consagração Total a Maria pelo método de São Luis Maria G. de Montfort, nos Consagramos a São José conduzidos por Donald H. Calloway e em breve, após um ano de preparação, faremos a Consagração ao Santo Anjo da Guarda na Obra dos Santos Anjos, no Mosteiro de Belém. Fazemos os primeiros sábados do mês dedicados ao Imaculado Coração de Maria, em que ela nos pede a vivência das 5 pedrinhas para vencer o poder e a influência do mal e do pecado, que são: receber a Sagrada Eucaristia com frequência, se possível, diariamente; ler e meditar a Bíblia Sagrada; rezar o rosário diariamente; confessar-se mensalmente; jejuar a pão e água às quartas e sextas-feiras. Temos consciência de que são muitas as tribulações e desafios, mas temos a plena convicção de que somente conseguimos chegar aqui porque somos sustentados, alimentados pela presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo, a cada dia, na Santa Comunhão. Terminamos parafraseando Sta. Faustina quando nos disse: “A coragem e a força que estão em mim não me pertencem, mas sim Àquele que mora em mim - a Eucaristia”. (Diário, 91).
Rosana e Carlinhos ENS das Graças Setor S. R. do Sapucaí Província leste II CM 557
A EUCARISTIA NA VIDA DOS CASAIS
“Senhor, anda inquieto meu coração, enquanto não repousar em ti” (Santo Agostinho). Sou o Luiz Antônio, da Maristela, casados há mais de 27 anos, equipista de Nossa Senhora de Nazaré há 23 anos e filho de pais que sempre serviram ao Movimento. Após uma longa caminhada, esse ano, fomos agraciados por um grande milagre: vivenciar o que é realmente viver em Cristo! Minha esposa sempre foi mais ativa e fervorosa na fé, eu sempre fui mais deixa para lá, ia por ir, e dava mais prioridade às coisas do mundo do que seguir na fé. Não precisei passar por nenhum grande sofrimento para que a minha conversão se iniciasse. O dia a dia com minha família, os desafios para educar os filhos na fé, o poder da intercessão de pessoas que me amam, o apoio da minha equipe, o amadurecimento com a idade e, principalmente, a graça derramada por Nossa Senhora e a força do Divino Espírito Santo tocaram o meu coração, para que eu sentisse realmente o grande poder da missa, a extensão da comunhão, desse encontro indescritível do meu eu com o Tu de Nosso Senhor Jesus Cristo, do presente inenarrável que Jesus nos deixou na sua última ceia: Esse é o meu Corpo, Esse é o meu sangue, Verdadeira comida, Verdadeira bebida, dada a cada um de nós por Cristo, em Cristo. Enfim, ter sua alma limpa, pura, e comungar esse presente é CM 557
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simplesmente tudo na nossa vida, na minha vida como esposo e na nossa vida em comunidade. Quem experimenta esse encontro e se apodera com fé e perseverança do Sacramento da Eucaristia descobre que não precisa de mais nada. Essa Comunhão alimenta o mais íntimo da nossa existência, nos dá força nos dias difíceis, nos faz acessar o verdadeiro dom-potência que há em cada um de nós, nos faz crescer na intimidade com Deus e não ficar patinando na espiritualidade, andando em círculos, sem chegar a lugar algum. E eu, a Maristela do Luiz Antônio, ainda me pego em êxtase, por tão grande presente do céu em nossas vidas! Agora, participamos juntinhos, quase todos os dias, da Eucaristia. Um dia desses, lá no Carmelo, cheguei a beliscar meu braço para ver se não estava sonhando e percebi o quanto é maravilhoso deixar Deus sonhar na gente, a lógica do PAI é desconcertante! Esperamos e oramos ao Senhor, para que todos os homens possam atingir essa fé e comungar em Cristo, o que é mais precioso ao casal: Fé e Comunhão. Abraço a todos!
Maristela e Luiz Antônio ENS de Nazaré Setor Pouso Alegre A Província Leste II
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A EUCARISTIA NA VIDA DOS CASAIS
Para todo casal cristão, o sentido e o sentimento de uma só carne podem ficar muito mais claros na vivência plena do mistério da Eucaristia, que é a celebração da presença real e viva de Cristo entre nós e significa um compromisso de comunhão com Ele. Entregar-se por completo um ao outro é nos aproximar cada vez mais do desejo do Pai e da santidade. Assim como na Eucaristia, a vida matrimonial é um ato de entrega, de disponibilidade, de partilha, de acolhimento, é a verdadeira comunhão no amor. Cristo quando instituiu a Eucaristia nos mostrou ser possível vencer todos os desafios, as dores, as marcas e os nossos pecados, e é na Eucaristia que renovamos a nossa fé e o amor. A vida cristã, e em casal, é viver a busca pela santidade,conforme a vontade de Deus e pela ação do Espírito Santo. Durante a nossa caminhada equipista, nos aprofundamos no desejo de experimentar o Cristo a cada celebração eucarística. Esse momento é o ápice do encontro, onde o corpo e sangue de Cristo nos transforma, renova e assim nos entregamos a sua vontade. Recordamos que logo no nosso primeiro Retiro nas Equipes de Nossa Senhora, na missa, o Padre nos conduziu a uma nova experiência em que cada um pôde entregar a Eucaristia ao seu cônjuge. Para nós esse momento foi único, nunca havíamos recebido a comunhão um do outro. Sentimos que foi algo muito especial, pois além da comunhão com Cristo estávamos também mais unidos.
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Hoje temos a maturidade de reconhecer que as graças alcançadas na caminhada em busca da santidade conjugal só se concretizam se aprofundamos no entendimento de que o homem e a mulher não podem ser fiéis ao amor sem o auxílio de Cristo, e este auxílio se materializa com a Eucaristia, sacramento de fonte de luz e vida e alimento para vencer os desafios e nos fortalece para a vivência plena dos PCEs. Lembramos do apóstolo Paulo, que advertiu a comunidade de Corinto, dizendo que não se pode receber o corpo de Cristo se não o obedecermos espiritualmente, se não o assumirmos moralmente. Se para o fiel a participação na Eucaristia não representar comunhão com Jesus, compromisso consigo e com os outros, nada significará. Então, queridos amigos equipistas, somos chamados a servir, um ao outro e aos nossos irmãos. Cristo nos quer em atitude de entrega e compromisso. Ele é o testemunho que nos anima e ensina, e a Eucaristia é o pão e vinho da vida que nos liberta e nos salva. Tenham coragem, se entreguem plenamente a este mistério.
Viviane e Júnior ENS das Graças Setor B. Horizonte Província Leste II CM 557
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Nossa intimidade com o Senhor através da Eucaristia vem desde cedo, quando éramos crianças. Famílias católicas que perseveravam na partilha da fé com os filhos e, nesse caminho, logo após a 1a Eucaristia, já estávamos engajados em grupos de jovens. Nos conhecemos nas Equipes Jovens de Nossa Senhora, em um retiro, em 1990. Três anos depois, iniciamos nosso namoro e, em 1997, nos casamos, numa celebração onde Cristo era o centro. Após um ano de casados iniciamos a nossa participação nas ENS. A Eucaristia sempre esteve presente em nossa vida de casal: juntos nas celebrações dominicais, desde o nosso início de matrimônio e, já faz alguns anos, participando também nos dias de semana. A partir desses momentos, sentimos a força da Eucaristia em nossa vida, também percebemos as bênçãos que recebemos ao nos entregarmos ao Cristo em cada consagração, nisso Ele entra em nosso coração. E tudo isso nos leva a um mantra: “Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso”. Partilhamos um dos momentos fortes em nossa vida conjugal que aconteceu em uma Festa do Divino Espírito Santo na Paróquia Sagrada Família em Caxias do Sul. O padre nos chamou, ainda no início da celebração, e pediu que o aguardássemos ao final, pois gostaria de nos fazer um convite. E, na hora da consagração, sentimos um forte chamado de Jesus: nosso coração ficou CM 557
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em brasas e nos olhávamos com espanto, não nos sentindo preparados, mas sentíamos que o convite era do próprio Cristo. Ao final, então, o padre nos convidou a sermos ministros da Sagrada Comunhão. Essa missão nos aproximou ainda mais da Eucaristia de modo a sentirmos, de forma mais consciente, as graças que vêm deste sacramento. Estarmos junto ao Sacrário e sentir Jesus muito perto nos fazem fortes, cientes de que as provações virão, mas Ele é nossa fortaleza. Costumamos ir ao meio-dia na celebração e, ainda permanecer um pouco mais, em adoração ao Senhor no Sacrário; temos a certeza de que este momento junto a Cristo traz em nós a serenidade que tanto buscávamos anos atrás e hoje com esse importante momento conseguimos alcançar. A Eucaristia é um sacramento primordial da vida cristã. É um momento de comunhão com Deus, de unidade com os outros e de antecipação da vida eterna; sem Ela não conseguimos servir a Deus e ao próximo. A Eucaristia foi fundamental para bem realizarmos as missões e serviços que assumimos ao longo da vida equipista. Sem Ele nada fazemos.
Fabi e Everton ENS de Guadalupe Província Sul III
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É preciso confiar - Deus nos carrega no colo
Resolvemos partilhar com vocês a experiência de viver a missão de compor a equipe formadora dos Encontros de Equipes Novas na Província Sul III (2019–2024) com os amigos Marli e Orlando, Elaine e Rogério e o SCE Padre Valdomiro, em sintonia com o CRP Florinda e Celso. O “sim” dado por cinco anos foi vivido em meio a muitas dificuldades, especialmente pela pandemia da Covid, por doença de familiares, problemas em nossos trabalhos e muitas outras circunstâncias que poderiam fazer desanimarmos. Todas essas situações vividas nos obrigaram a sermos melhores, mais resilientes e a encontrar forças na Eucaristia diária, nas adorações, na reza do terço e no calor de um abraço. Quantas vezes os infortúnios antes, durante e depois das formações
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tinham uma proporção que humanamente não poderiam ser resolvidos? Contudo, apoiados uns nos outros e tendo a firme convicção de que quando Deus nos chama a servir não nos deixa sozinhos e que em muitos momentos Ele nos carregou nos braços, prosseguimos na caminhada tendo no Salmo 125 a luz de nossa missão: “Os que semeiam entre lágrimas recolherão com alegria. Na ida, caminham chorando os que levam a semente a aspergir. Na volta, virão com alegria, quando trouxerem os seus feixes.” Que possamos continuar a caminhada com o ensinamento de São Francisco de Assis: “Irmãos, comecemos, pois até agora pouco ou nada fizemos”. Crendo na Providência Divina e entendendo que somos apenas pequenos colaboradores de um projeto maior de nosso Deus, demos um pouco de nós a cada dia que nos reunimos para cuidar dos detalhes da formação, das incontáveis horas de viagem pelas estradas, dos períodos de estudo e preparação de nossas falas confiando que Jesus cuidaria das nossas famílias, trabalhos, deslocamentos… enfim, de tudo.
Edna e Gilberto Jachstet ENS de Lourdes Londrina-PR Província SUL III CM 557
PARTILHA E PCE
O Dever de Sentar-se - uma jornada espiritual para ser vivida a dois No coração do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, encontra-se o compromisso fundamental com os PCEs, entre eles está o Dever de Sentar-se. Este princípio não é apenas uma prática, mas uma oportunidade para os casais aprofundarem sua espiritualidade e fortalecerem os alicerces de seu relacionamento. O Pe. Caffarel nos lembra da essência desse compromisso ao nos encorajar a “encontrar a cada mês o tempo para um verdadeiro diálogo conjugal, sob o olhar do Senhor”. Esta prática não apenas fortalece o nosso relacionamento, mas também enriquece a nossa vida espiritual como casal e como família. O Senhor se torna não apenas um observador, mas um guia e uma fonte de inspiração. Esse olhar divino traz um propósito mais profundo às conversas, incentivando a busca por um entendimento mais elevado e o alinhamento com valores espirituais compartilhados. Mais do que uma rotina, constitui um dever sagrado onde as preocupações diárias têm um novo significado, pois o foco está na compreensão mútua e no fortalecimento do vínculo matrimonial, nos possibilitando a enfrentar juntos os desafios. Num diálogo aberto e sincero nos colocamos diante do Senhor, não só para apontar os defeitos, aquilo que não nos agrada, mas valorizar o que foi bom, avaliar o crescimento, elogiar. Como agradam os nossos ouvidos e o quanto nos animam a progredir. Antes não tínhamos essa compreensão. CM 557
Hoje, nossas conversas mensais não são apenas sobre o casal, mas também sobre o crescimento pessoal.Refletimos juntos nossos desafios, aspirações, nossos medos, educação dos filhos, o convívio familiar, aprendemos a orar juntos, a agradecer e a conversamos como podemos ser melhores como indivíduos, como casal,como equipistas,e isso nos faz crescer mais profundamente em nossa fé,principalmente, em meio aos desafios e como lidamos com as decisões do dia a dia. O Dever de Sentar-se nos lembra a sermos conscientes do nosso relacionamento e de como podemos ser melhores um para o outro, para a nossa família e para a nossa comunidade. Que o Dever de Sentar-se inspire mais casais a explorar juntos as profundezas de sua fé e a crescerem como um só coração.
Cristina e Jorge CRS Varginha B Região Minas IV Província Leste II
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PARTILHA E PCE
Levantaram-se, pois, ambos, e oraram juntos fervorosamente para que lhes fosse conservada a vida (Tb 8,6) Para nós, assim como para Tobias e Sara, a oração é uma forma de conservarmos nossa existência, tanto material quanto espiritual. Na oração conjugal sentimos a grande força de Deus em nossa vida. Trata-se de um tempo passado juntos, marido e mulher, sob o olhar do Senhor, para conversarmos em verdade e com serenidade. Este tempo de expressão dos sentimentos e dos pensamentos entre nós permite um melhor conhecimento e entreajuda. No início de nossa caminhada equipista, nossa oração conjugal era tímida e automática. Pouco nos abríamos para experimentar o verdadeiro encontro com Deus através do outro. Repetíamos orações prontas, que não exigiam uma abertura do coração e da alma. Muitas vezes até dormíamos antes mesmo de terminar nossa oração. Isto porque deixávamos para o último momento do dia, quando já estávamos exaustos depois de um dia cheio de trabalho. Não entregávamos para Deus o nosso melhor, mas aquilo que nos sobrava. Com o tempo fomos entendendo o verdadeiro sentido deste PCE e passamos a aprofundar mais nossa oração e pouco a pouco ela ganhava corpo e profundidade, até que, agora, não é mais um apanhado de palavras soltas e frases prontas que, sabemos que também fazem bem, mas o que realmente importa é aquilo que brota da alma, do
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coração e que faz com que nos aproximemos um do outro e juntos cheguemos mais perto de Deus. Se pudermos eleger um PCE como sendo o mais “importante”, para nós, sem dúvida, elencaremos a Oração Conjugal como tal. Ela sempre foi o termômetro do nosso relacionamento: quando estávamos mal, nossa oração falhava, e quando nossa oração falhava, ficávamos mal. Gradualmente fomos vendo que, para romper esse ciclo, bastava que nos colocássemos um diante do outro e, juntos, buscássemos a Deus. Quando descobrimos que este deve ser um momento em que abrimos o coração para Deus, então colocamos nas mãos d'Ele nossa vida, nossos filhos, nossa equipe, nossas famílias e as pessoas que fazem parte da nossa história e nos pedem orações. Devemos rezar não até que Deus nos ouça, mas até que possamos ouvi-Lo! Ainda fazemos algumas orações prontas, mas mesmo quando o fazemos, as palavras têm um novo sentido, porque agora entendemos o verdadeiro significado de estarmos juntos, buscando a Deus. Com carinho.
Alessandra e Claiton CR Região Sta. Castarina III Província Sul III CM 557
PARTILHA E PCE
Regra de Vida, um PCE para nos lapidar Pertencer às ENS constitui um divisor de águas em nossa vida. Casados há 23 anos e equipistas há 8 anos, podemos perceber, claramente, o quanto a pedagogia do Movimento nos aproximou mais de Deus. Esta pedagogia, alicerçada, particularmente, nos PCEs, ajuda-nos a progredir humana e espiritualmente, como pessoa e como casal. Entre os PCEs, a Regra de Vida representa para nós uma espécie de lapidação, através da qual o próprio Cristo vem nos lapidar para fazermos melhor a sua vontadee para ajudar-nos a aproximar mais de nossa configuração original: imagem e semelhança de Deus. Segundo o livreto sobre a Regra de Vida, esse Ponto Concreto de Esforço “consiste em fixar um ou vários pontos sobre os quais cada um decide concentrar seus esforços, com o objetivo de progredir”, de melhor corresponder à vontade de Deus para si mesmo. Com a Regra de Vida, fazemos uma análise dos aspectos da nossa vida que precisam ser melhorados ou mudados. Padre C affarel escreveu no l’Anneu d’Or, em 1959, que “é pedido que vocês parem periodicamente para colocar a vossa vida sob o feixe luminoso da vontade de Deus, para verificar, com lealdade e generosidade, quais as resoluções que vos permitirão corresponder melhor a essa vontade”.
consciência regularmente, avaliando se estamos conseguindo cumprir a nossa Regra de Vida, compreendendo que nem sempre conseguiremos um progresso contínuo e que, muitas vezes, será preciso recomeçar. Nesses anos de pertença ao Movimento, já tivemos regras de vida individuais e para o casal, muitas delas foram frutos de um dever de sentar-se, de uma meditação ou de um retiro espiritual. Cada uma teve sua importância em nosso processo de conversão, nos diferentes momentos que vivíamos. Atualmente, na missão de casal responsável de Setor, uma de nossas regras de vida tem nos ajudado muito no exercício da responsabilidade, para buscarmos a vontade de Deus para as equipes e equipistas a nós confiados e, assim, somos fortalecidos na missão e sustentados nas dificuldades. Confiantes no amor misericordioso de Jesus, deixemo-nos sempre ser lapidados por Ele, retirando da nossa vida tudo aquilo que nos impede de progredir espiritualmente em busca da santidade. Maria, nossa Mãe, interceda por nós, para sermos perseverantes e, gradualmente, transformados pela Regra de Vida. Nossa Senhora, o selo da Vida Conjugal!
A Regra de Vida deve ser exigente, precisa, prática e gradual, seguindo Lucilene e Ionivaldo CR Setor Juiz de Fora e o princípio dos “pequenos passos”. Província Leste II É importante fazer um exame de CM 557
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PARTILHA E PCE
Regra de Vida - o PCE O PCE Regra de Vida representa para nós uma oportunidade de realizarmos mudanças de condutas, que muitas vezes nos incomodam ou prejudicam espiritualmente, interferindo em nossa formação cristã e como ser humano. Sabemos que toda Regra de Vida vem direcionada pela luz do Espírito Santo, para analisarmos aspectos que podemos melhorar. É Deus nos alertando sobre algo importante. Sendo assim, devemos fazer o possível para executá-la oferecendo sempre o melhor de nós. Segundo a Carta de São Paulo aos romanos: “Não vos acomodeis a este mundo. Pelo contrário, deixai-vos transformar, adquirindo uma nova mentalidade, para poderdes discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que lhe é agradável, o que é perfeito” (Rm 12, 2). Ao traçarmos uma Regra de Vida, individual ou conjugal, ela interfere na nossa rotina, nos conduzindo a perseverar mais, contribuindo para a nossa evolução cristã. Concentrar esforços em busca de uma conversão comportamental e espiritual exige reflexões, orações, discernimento e aceitação. Assim, a execução deste PCE não nos permite sermos estáticos, nos leva sempre a análises, e também a realizarmos possíveis mudanças para adaptação e melhor resultado. Quando temos a humildade em reconhecer a necessidade de mudanças, e também aceitamos a orientação divina, a Regra de Vida torna-se um PCE leve e traz benefícios na relação conjugal,
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e até mesmo no convívio com as pessoas que nos rodeiam, tendo como principal consequência maior aproximação com Deus. A luz do Espírito Santo sempre age em nossas escolhas. Concluímos ser gratificante essa busca pela nossa progressão espiritual, pois a cada regra que realizamos é como adubar a terra para receber uma nova semente e germinar. Assim, utilizar a Regra de Vida como um instrumento de correção comportamental nos leva a perceber e aceitar nossas fraquezas, compreender os erros do outro e solidificar nossa relação, procurando sempre amar mais, muitas vezes sem nada exigir. Como exemplo de Regra de Vida Conjugal, após a Covid 19, diante das dificuldades que a humanidade atravessou, fizemos uma análise de como poderíamos ser melhores para a sociedade, optamos em realizar ações sociais onde residimos, mesmo sem conhecermos as pessoas: oferecemos carona solidária, cesta básica, levamos pessoas a consultas médicas, buscamos crianças na escola, limpamos calçadas onde nascem pequenos matos e outras, consoante a demanda. Estar mais próximo do outro é estar próximo do próprio Deus.
Iara e Geraldo CR Setor Contagem Província Leste II CM 557
PARTILHA E PCE
Retiro, fonte de mudança e fé O Retiro de 2023 estava sendo planejado com muito amor e carinho por mais de um ano. Escolhido o pregador, que já havia preparado há muito tempo cada reflexão, alguns encontros com o CRS, caderno de liturgia impresso, todo o material confeccionado. Assunto escolhido para o Retiro: aprofundar o tema do ano “Servir a exemplo de Maria”. Doze dias antes do Retiro, o Padre Hermeto nos avisou que estava fazendo exames no hospital, mas que iria estar bem até a data agendada. Porém, acabou internado no hospital e soubemos mais adiante estar com leucemia. Sofremos em silêncio, preocupados pelo Retiro, mas muito pelo amigo, já que assistiu ao nosso Sacramento do Matrimônio e celebrou nossas Bodas de Prata, e nos visitava quase que anualmente. Após várias tentativas em conseguir outro pregador, resolvemos a menos de uma semana cancelar o Retiro. Mas Deus é tão bom e nos surpreende aonde nem sequer esperamos. Ao ligar para a casa de retiros, nos indicaram um pregador, que em menos de quinze minutos aceitou o desafio de se preparar. Padre Dorvalino, nosso novo pregador para este retiro, iniciou a Santa Missa com a frase: “Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro”, e continuou: “sim, Jesus nos amou primeiro”. E nos levou de imediato a nos abandonarmos no Senhor e fazermos como oração perfeita: “Senhor, que queres de mim?” e como Maria, posso afirmar: “Eis aqui a serva do Senhor?”. CM 557
Pronto, Pe. Dorvalino nos havia trazido tanta confiança que a alegria e a paz invadiram nossos corações. As aflições, as inquietudes davam lugar à serenidade, que a cada contemplação nos trazia mais leveza. Ao mesmo tempo, nos fez refletir se estamos abertos às transformações que Deus quer fazer em nós. No sábado à noite, após a oração do Santo Terço, recebemos a notícia de que o nosso amigo, Padre Hermeto, havia feito a volta para o Pai. Foi uma dor imensa, mas hoje entendemos que o Senhor nos preparou também e o buscou durante o Retiro que ele mesmo ia pregar. Assim, estávamos mais fortes para acolher a Sua vontade. Com certeza, este lindo “sim” dele ao final da sua vida nos marcou muito também. Que estejamos disponíveis, como pessoas e como casal, para o Senhor, que nos espera na Santíssima Trindade, como nos orientava tanto o Pe. Caffarel. Este Retiro nos trouxe a certeza: “Entrega teus caminhos ao Senhor! Confia Nele e Ele tudo fará! (Sl 37,5). Sentimos fortemente o colo de Nossa Senhora a nos carregar, gratidão por tanto amor. Senhor, gratidão!
Antônia e Márcio ENS do Perpétuo Socorro Vale do Gravatai Província Sul III
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PARTILHA E PCE
Testemunho: um Retiro fecundo Retirar-se para estar com o Senhor é um PCE, um chamado do Pai. Um reencontro conosco, com o cônjuge e com Cristo ao meio. Um sinal de disponibilidade do equipista para amar mais e estar em intimidade com o Crucificado. Conceder a Deus o primeiro lugar foi a prática no Retiro. Lindaura e Alfredo, casal retirante, com fidelidade e conversão deu testemunho de fé e transformação, descrevendo o sentido da experiência de repousar-se no Ressuscitado e renovar-se em fôlego para os desafios, além dos muros do “Seminário do Sagrado”, levando vinho novo para sua equipe de base, convidando-a a abrir mais ao seu Espírito. “O retiro vivido deixou em casal um espírito vivificado pelos frutos colhidos. Emoções à flor da pele! Pe. Aldair foi ungido, apresentando um filme por partes e, a cada recorte, uma reflexão associada aos textos do Papa Francisco, pertinentes à cena. Foram seis sessões de profundo aprendizado”. Foi possível escutar o Senhor, não nas palavras, mas “o que Ele diz por meio de nós”, segundo Santa Teresa de Calcutá. De início foi sugerido silêncio, que seguíssemos para o deserto com uma alma simples e despojássemos de todas as preocupações. “O deserto não é fácil, é exigente”, nos disse Pe. René. “Silêncio, a fim de que as reflexões acontecessem de maneira profunda, em benefício da espiritualidade que vivenciamos, como um véu sobre todos os casais presentes.
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Outro momento abençoado foi o terço, rezado por homens e mulheres em separado. No qual o primeiro mistério aconteceu conjuntamente. Depois seguimos em separado até o quarto mistério; cantos marianos intercalados. No quinto mistério, todos rezaram caminhando para o encontro do Coração de Maria com o Coração de Jesus. Algo lindíssimo de se ouvir e contemplar. Ali estava o Espírito Santo, no entardecer, no canto dos pássaros, na brisa refrescante e em cada rosto. Um bálsamo-pedaço do Céu na Terra! Olhos marejados, lágrimas a escorrer, testemunhos apascentados. Os depoimentos foram fluindo e se assemelhando às cenas assistidas do filme. O que, até então, parecia impossível tornou-se realidade possível, vivida e edificada, revitalizando o crescimento espiritual e a fecundidade conjugal, “sem medo de dar o tempo de cada um a Cristo”, como exorta-nos São João Paulo. Um Retiro eternizado na lembrança frutifica na ação e se multiplica para além do muro. “Pedi, e s er-vos-á dado; procurai, e encontrarei; e há de abrir-vos”(Mt 7,7).
Thathiana e Antônio CR Setor Juiz de Fora Província Leste II CM 557
CM E OS EQUIPISTAS
CM 534 (pp. 2/3) - Um tempo muito especial para todos os cristão. (Viver e testemunhar a esperança) Era o doloroso tempo da pandemia. Na Carta Mensal de junho/julho de 2020, Dom Moacir nos impelia a sermos testemunhos vivos de fé, caridade e esperança para a humanidade. Nos propunha “viver e testemunhar a esperança (…) fomentando opiniões equilibradas que promovam a paz, a união, a concórdia e a defesa do bem comum e da vida”. Dizia ele: “Coragem e fé! Deus é bom. Vamos caminhar juntos”.
Pouco aprendemos com a Covid, que pena! Guerras, fome, intolerância, dolorosas pandemias são, ainda hoje, uma Via Crucis. Resta-nos a esperança de que, com coragem e fé, nós equipistas, sejamos, pelo fiel testemunho, a transformação do mundo, vivendo nele de tal modo, que sejamos dignos de, terminada a jornada, estar no coração de Deus, nossa morada eterna, numa “pandemia” de amor. Caminhemos juntos!
Maria José e Geraldo Magela ENS da Luz Setor Divinópolis Província Leste II
CM Número Especial - o Dever de Sentar-se (outubro de 1965) A Carta Mensal de outubro de 1965, dedicada ao PCE O “Dever de Sentar-se”. Em 1945, o Pe. C affarel o chamava de dever desconhecido. Inspirado pelo Evangelho de São Lucas, aconselhava os casais a “sentarem-se” para um balanço, sob o olhar de Deus, sobre si, sobre a estrutura da união conjugal e de seu lar. A Carta traz profundas reflexões, dicas práticas e testemunhos que certamente ajudarão muitos casais equipistas a conhecer CM 557
seus objetivos profundos e seu sentido espiritual. E a entender por que o Pe. Caffarel o considerava “obra de Deus”, “escola de personalidade” e um “ponto alto do sacramento do matrimônio”.
Elizabeth e Rogério CR Setor Alfenas Província Leste II
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CM E OS EQUIPISTAS
CM 555 (p. 3) – Sim ao Chamado (outubro/novembro de 2023) Em tempo de preparação para o Pré-EACRE, lendo sobre o Chamado e a resposta ao mesmo, nos deparamos com o texto do Pe. Toninho, SCE SRB. A simplicidade desta partilha de puro amor nos fez refletir sobre a missão que nos foi confiada. Nem sempre estamos preparados, basta que confiemos em Jesus Cristo. É Ele quem nos chama a amar mais e nos inspira quando nos dá Seu corpo
Santo, quando nos mostra a força de Sua Palavra e nos faz corajosos por meio da oração, para testemunharmos que Ele é o caminho. Como CRS, seguimos discernindo três verbos: Crer, Amar e Confiar quem crê, ama, e quem ama, espera em Cristo.“Caminhemos juntos”,nos ensina Pe. Caffarel.
Thathiana e Antônio CR Setor Juiz de Fora Província Leste II
CM 555 (p. 25) - Sentimento de pertença (outubro/novembro de 2023) Voltamos uns 15 anos no tempo. No início da nossa caminhada fomos perdendo casais, em pouco tempo ficamos somente em dois casais. Fomos até o CRS com o pedido: “Precisamos de casais, pois não queremos acabar com nossa equipe”. Prontamente o CRS buscou nos demais setores e eis que apareceram, vindo de outro Setor, mais 3 casais. Pertencíamos a setores diferentes, mas a um mesmo Movimento. Estamos juntos até hoje, pois a vontade de permanecermos firmes nesta
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caminhada era maior que qualquer outro obstáculo. Este é o verdadeiro sentido de Pertença ao Movimento, abrir-se, confiar e deixar o amor de Deus agir para que possamos nos oportunizar e oportunizar outros casais a viverem verdadeiramente o Sacramento do Matrimônio.
Silvana e Geraldo ENS das Graças Província Sul III CM 557
CM E OS EQUIPISTAS
CM 380 (pp. 28 a 30) Escolha do Hino do Econtro Nacional das ENS – abril de 2003 Folheando algumas CM mais antigas, para a Formação para CRE, encontramos o artigo de Mariola e Elizeu que publicavam o resultado do Concurso do Hino para o I Encontro Nacional das ENS, em Brasília, que aconteceu em julho de 2003. Esse hino foi composto por nós que, na época, estávamos sendo pilotados. Fomos agraciados com o 1º lugar e, através deste, pudemos participar deste encontro. Foi uma experiência maravilhosa sob o lema:
“Casal Cristão, Sacramento do Amanhã”. Temos a certeza de que Maria foi nossainspiração, além do Guia das ENS como fonte de pesquisa. Hoje já estamos há 22 anos no Movimento e todas as CM estão encadernadas com muito carinho, devido à riqueza de conteúdos que nelas encontramos nas mais diversas situações.
Olga e Adalberto ENS Aparecida Província Sul III
CM 554 (p. 13) – Eles não têm mais companhia Este artigo nos fez recordar de um dos períodos mais difíceis que minha esposa e eu vivenciamos. Foi muito bem colocada no artigo a diferença entre a solidão e a solitude, mas, principalmente, a serenidade com que devemos agir nestes momentos, a exemplo de Maria. Em julho de 2021 tive o CM 557
desprazer de contrair a Covid-19. Foram dias difíceis, ea doença quase me levou a um retorno ao Pai precocemente. Lembro que enquanto estive isolado na UTI, nos reunimos em equipe, online, para rezarmos um terço na intenção da minha cura. Quando vivemos verdadeiramente em equipe, dificilmente estaremos só!
Juliana e Afrânio CR Setor Cascavel Província Sul III
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IGREJA CATÓLICA
Ó Bem-aventurado São José Quando solicitado a escrever algo sobre São José, procurei me escutar a fim de perceber o que anda no meu interior. Deparei-me com duas coisas: “São José, nosso protetor”, uma invocação que gosto muito de rezar e um elemento que nossa Congregação (Frades Menores Missionários) cultiva, olhando para são José, como padroeiro da vida interior. E me lembrei da Patris Corde (Carta Apostólica do Papa Francisco-2020) onde é apresentado São José diante dos desafios de sua época. Visualizo o momento atual da nossa caminhada e, especialmente, das nossas equipes e equipistas que, muitas vezes, se debatem em meio a tantos compromissos… legítimos. Perpassando tudo isso, se faz presente uma distração-dispersão-ansiedade-pressa… que impedem-nos de viver-saborear a vida, a amizade, uma celebração, uma viagem, as pessoas, o laser, uma música, um estudo, um trabalho, um café ou chimarrão, um encontro das ENS, uma reunião mensal, um Dever de Sentar-se e até mesmo a leitura que você está fazendo agora. Está pensando em outra coisa? Se não conseguimos isso intensamente, imagina quando falarmos das coisas maiores!!! Esse esfacelamento interior atrapalha nossa percepção, o mergulhar naquilo que vale a pena e que permanece e nos abastece de sentido e nos capacita ao encanto, à admiração, a captar a beleza das coisas; nossa sensibilidade fica enrijecida e a sutileza do
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Senhor não é percebida, impedindo que sejamos colaboradores maiores e melhores dos planos de Deus. A falta de interioridade nos faz superficiais, nos contentando com migalhas, medidas rasas, sempre nos orientando pela lei do mínimo esforço, das coisas fáceis e feitas de forma relaxada e medíocre, especialmente quando se trata das coisas de Deus e, arriscaria dizer, que quando fazemos “coisas” das equipes, também chamadas de “obrigações”, com pressa, passando por cima, juntando os pontos, “isso não é importante”, e outros, afirmo convicto que nos falta vida interior, interioridade, profundidade, paixão, ousadia, convicção. Em São José encontramos inspiração para não perdermos esse tesouro que é a vida espiritual. São José, nosso protetor! Salve, guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria, A vós, Deus confiou o seu Filho; em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem. Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da vida. Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem, e defendei-nos de todo o mal. Amém!
Frei Levi J Botke SCE Província Sul III CM 557
IGREJA CATÓLICA
Campanha da Fraternidade 2024: um resgate das relações...
Trazendo como tema “Fraternidade e Amizade Social, e como lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mateus 23,8), o que se conclui logo de início, é que essa CF quer resgatar a fraternidade nas relações que andam excessivamente desgastadas no âmbito familiar, comunitário e social, e grande parte desse desgaste se verifica na rejeição ao “diferente”. O texto base nos propõe uma reflexão de que, a Fé apenas na verticalidade, isto é, uma linha direta entre eu e Deus, é fútil, vazia, em vão. A Cruz onde o Senhor deu-nos a sua vida e derramou até a última gota do seu sangue tinha duas travas, uma vertical e outra na horizontal, ele morreu de braços abertos, suspenso entre o Céu e a Terra, unindo definitivamente os homens a Deus, mas também gerando a unidade e a Comunhão CM 557
entre os homens, como nos afirma o apóstolo Paulo em Gálatas 3,28. “Não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus”. Essa busca da unidade perdida, do enfraquecimento da fraternidade e espírito de comunhão entre as pessoas, não é coisa nova. Na ausência da fraternidade nas relações humanas já vem de longa data e hoje, pelo imediatismo das comunicações nas redes sociais, afetou praticamente toda população, até mesmo as comunidades cristãs, e o que era para ser o debate sadio das ideias vai se tornando intolerância e preconceito. Mas o que mais se agravou nos últimos anos foi que a polarização penetrou de maneira intensa na Igreja, desde a sua base, que são as comunidades grandes ou pequenas, até os organismos estaduais,
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IGREJA CATÓLICA
nacionais e internacionais, intensificando-se a agressão verbal aos nossos pastores, desde a Santa Sé, nas Dioceses e nas paróquias. Aqui já podemos vislumbrar aquilo que poderia ser o grande gesto concreto dessa Campanha da Fraternidade: o restabelecimento das relações fraternas, entre nós cristãos, fazendo uso da misericórdia e do perdão, buscando a reconciliação, para recuperar a unidade e a comunhão perdida. Este seria o primeiro passo, para daí sim, com esse testemunho, voltarmos a ser o Sal da Terra e a Luz do Mundo para uma sociedade antropocêntrica, que insiste teimosamente em criar o seu próprio paraíso, mas sem Deus. Amar o diferente não significa uniformidade e concordância de opiniões, renegando a própria Verdade em que se crê, cedendo ao modo de pensar do outro, isto seria sucumbir na descrença, matando a Fé. Amar o diferente é estabelecer um debate no campo das ideias, respeitando ao outro a sua forma de pensar e de conceituar as realidades que nos cercam. Não é esta a primícia da comunhão na vida conjugal, onde duas pessoas diferentes, um homem e uma mulher, se unem, auxiliados pela Graça, para serem uma só carne? A comunhão dos esposos não anula a identidade de cada um, que continuam a ser duas pessoas, porém que na Graça vivem na comunhão. E para encerrar esta reflexão, proponho prestarmos atenção na liturgia da Santa Missa, onde de início, diante da saudação do sacerdote, “Que a Graça de Nosso Senhor
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Jesus Cristo, o amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo, estejam convosco!” e a assembleia responde, um pouco no automático, sem atentar ao sentido profundo dessa resposta “O Amor de Cristo nos uniu!”, sendo esta também a resposta que é dada, diante da saudação do presidente, já no rito da Comunhão “A Paz do Senhor esteja sempre convosco”. Ora, a relação entre nós cristãos não tem como fator determinante a amizade, a simpatia com alguém, a comunhão de pensamentos e opiniões sobre determinado assunto, muito menos a pertença a um mesmo partido ou ideologia, mas unicamente “O Amor de Cristo”. É esse amor que nos une, que nos leva à reconciliação, ao perdão, a atitudes cheias de misericórdia para com o outro, que jamais será como nós queremos que ele seja, é a chamada Unidade na Diversidade e a Campanha da Fraternidade 2024 outra coisa não é senão uma luz amarela piscando com intensidade em nossa vida de Fé, para resgatarmos essa Verdade de que o que une é de fato e verdadeiramente o Amor de Cristo, pois sem ele a Fraternidade inexiste. Por isso, ao encerrar, torno a afirmar: Vamos primeiro consertar a “nossa casa”, nossas relações, para que posteriormente, diante do nosso sincero testemunho de convivência fraterna, os de fora possam dizer com admiração, como diziam os pagãos, sobre a Comunidade Primitiva: “Veja como eles se amam, veja como eles se querem bem...” Diácono José da Cruz Setor Votorantim Província Sul I CM 557
NOTÍCIAS
BODAS de PRATA
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março 2024
Cintia e Abel
ENS Rainha da Paz, Curitiba - PR. Província Sul III
BODAS de OURO
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fevereiro 2024
Sueli e Dilson
ENS Aparecida, Alvorada – RS Província Sul III
JUBILEU DE PRATA DAS EQUIPES
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março 2024
Equipe 9 Nossa Senhora da Rosa Mistica Valinhos/SP - Província Região Sul I
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NOTÍCIAS
JUBILEU DE OURO DAS EQUIPES
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dezembro 2023
Equipe Nossa Senhora Imaculada Conceição Criciúma – SC - Província SUL III
VOLTA AO PAI EDINHO, DA NEIA
11/01/2024 ENS da Conceição, Abaetetuba – PA Província Norte EDILSON VIOLADA, DA TÂNIA
23/12/2023 ENS de Fátima Umuruama – PR Província SUL III
JOÃO BATISTA BALBINO
23/01/2024 ENS Perpétuo Socorro Umuarama - PR Província Sul III
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CM 557
MEDITANDO EM EQUIPE
Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar Aproxima-se a Páscoa, a solenidade mais importante para nós cristãos, e como preparação para ela contamos com um “tempo forte” da liturgia que chamamos Quaresma, isto é, um período de quarenta dias nos quais imitamos Jesus que permaneceu quarenta dias no deserto e recordamos os quarenta anos da peregrinação do povo hebreu no deserto até chegar à terra prometida. No tempo quaresmal a Igreja chama os fiéis à conversão e à preparação espiritual intensa para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, sobretudo na Semana Santa. A Igreja inicia o sagrado tempo da Quaresma na Quarta-feira de Cinzas. Nesse dia, os fiéis recebem na fronte, em forma de cruz, as cinzas extraídas dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. Uma das fórmulas que o sacerdote pode utilizar no momento da imposição das cinzas é esta: “lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar” (pulvis es, tu in pulverem reverteris) (Gn 3,19). Trata-se de um lembrete de que somos criaturas modeladas do pó. De forma eloquente, pregava o Padre Antônio Vieira, no Sermão da Quarta-feira de Cinzas: “Os vivos são pó levantado, os mortos são pó caído, os vivos são pó que anda, os mortos são pó que jaz”. Somos seres humanos frágeis, falíveis e caídos. Desde o momento em que saímos do ventre da nossa mãe, iniciamos o processo de morrer. Pensar que um dia seremos apenas um montinho de cinzas é uma realidade bastante sombria. As cinzas são o pó do pó. “Sem Deus, nada resta da grandeza do homem senão este montinho de pó sobre um prato, numa ponta do altar, nesta Quarta-feira de Cinzas, com o qual
a Igreja nos deposita na fronte como que a nossa própria substância” (Jean Leclercq). Acredito que o leitor, neste momento, sinta-se constrangido em continuar lendo este texto. Muitos de nós não meditamos sobre essa verdade. Mas ao fugirmos dela, fugimos para ela. Não há como escapar! Nascer para morrer não é uma notícia agradável. Somos pó? Sim! Porém, um pó insuflado pelo Espírito de Deus. Somos barros soprados, a dança da poeira na luz: “Então o SENHOR formou o ser humano do pó da terra, feito argila, e soprou em suas narinas um hálito de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2,7). Esse pó é chamado a ser perfeito como o Pai celestial é perfeito! Quanta dignidade numa porção de pó! Por esse pó morreu o Filho de Deus. Constatamos que somos mais do que pó porque ao sermos marcados na fronte com o sinal da cruz, na Quarta-feira de Cinzas, lembramo-nos que somos regenerados e redimidos pela Cruz de Cristo. Desse modo, o pó é restaurado e levantado. Enfim, ressuscitado! Somos amados por Deus, como disse São Paulo: “O Filho de Deus me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Somos o pó amado de Deus! Não esqueçamos que o nosso ser é marcado por estes dois sinais: a cinza e a cruz salvadora! Somos pó redimido pela cruz de Cristo!
Pe. Antonio C. Torres SCE Carta Mensal
“Se ressucitastes com Cristo, agora pensai nas coisas do alto, não nas coisas da terra somente” (Cl3,I)
Desejamos uma Feliz e Santa Páscoa do Senhor!
Av. Paulista, 352 • cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br