ENS - Carta Mensal 434 - Abril/2009

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Eq ui p es de No ssa Senhora

EDITORIAL Da Carta Mensal .... .. ...... ...... .......... 01

PARTI LHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Subir à montanha para transfigurar-se .. ... .. ........ ... .... . 31

SUPER- REGIÃO Fé é experiência! .. .. .. .. .. ...... .. ...... ... 02

A arte do diálogo .... .... ... .. .. .. ... ...... 31

Colégio Internacional de Roma .. ... 03 Alimentar-se ................. .. .. .. .... .... .. . OS

TESTEMUNHOS Revivendo saudades e graças .... .. .... .... .. .. .. .... . 32

CORREIO DA ERI Ano novo: um novo apelo à conversão .. .... .. .... .. .. .... .. .. .. 07

ATUALIDADE VI Encontro Mundial da

O poder da hospitalidade .. ... .. ...... 09

Família - México/2009 ...... ... ..... .... 33

VI DA NO MOVIMENTO Ação de graças pelos 70 anos da 1• reunião das ENS .. .. ............ .. . 11 11 Encontro Internacional de CRR -

Uma fam ília, uma mult id ão de irmãos ...... .... ... .. .. .. .. .. 42 REFLEXÃO

É por ela que sei

Roma, 24 a 29-01 -2009 ... .... .. .. .. .. . 12

que ainda estou vivo .. ....... .... .. .. .. .. 44

Encontro da Província Leste .. .... .... 25

Jogue fo ra suas batatas .. .. .... .. .. ..... 44

Sessão de Formação Nível III .... .... . 25 TEMPO DA IGREJA Fraternidade e segurança pública .. ........ .. .. .... .... ... 26

Encarte: Instruções para inscrição ao 2° Encontro Nacional das ENS

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ... 28 Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Reg istro "Lei de Imprensa" n• 219.336 livro 8 de 09. 10.2002 Edição : Equipe da Carta Mensal Graciete e Gambim (responsáveis)

Avani e Carlos

Clélia e Domingos Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz B. Hackmann

Edotoração Eletrõnica e Produção Grafoca: Nova Bandei ra Prod. Ed. R. Turiassu, 390- 11° andar, cj. 115 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxx11) 3473.1282

Jornalista Responsavel Catherine E. Nadas (mtb 19835)

Foto de capa: Luiz Adalberto Araújo

Projeto Gráfico:

Tlfagem desta edoção: 21.450 exemplares

Alessandra Carignani

lmpressao: Prol

Cartas, colaborações, noticias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar • conj . 53 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 Fax: (Oxx11 ) 3257.3599 cartame nsa l@ ens.org .br A/C Graciete e Gambim


Queridos irmãos e irmãs: Quando esta Carta chegar às nossas casas, estaremos às vésperas da celebração do mistério central da Igreja: a ressurreição de Jesus Cristo, fato testemunhado com alegria e coragem pelos apóstolos: "Nós anunciamos o que ouvimos e vimos", como lembra Pe. Frei Avelino. A ressurreição do Senhor evoca a Encarnação do Filho de Deus, com a missão de anunciar à humanidade o amor misericordioso do Pai, cuja oferta de perdão e salvação custou a Cristo a morte de cruz. A ressurreição é a certeza de que Deus não desiste de nos amar. No mês de janeiro aconteceram dois eventos muito importantes para as Equipes de Nossa Senhora: A reunião do Colégio Internacional, em Roma, do qual nos falam Graça e Roberto. De tantas reflexões e experiências vivenciadas ali pelos casais responsáveis pelas SR e Regiões isoladas, sobressai a necessidade de viver e anunciar ao mundo a boa nova do casamento, o qual foi redimido pela nova Aliança selada com o sangue de Jesus Cristo. Em continuação ao Colégio, seguiu-se o II Encontro Internacional dos Casais Responsáveis Regionais (também os provinciais). Artigos relatam e testemunham cada dia desse encontro. Lendo-os, poderemos sentir quanto será útil para a vida do Movimento tudo o que nele foi refletido e vivenciado. Não foi curso de CM 434

liderança, mas aprofundamento da vivência da fé no Cristo que veio para servir. Um serviço não de escravo, mas de quem, à semelhança de Cristo, se faz servo de Deus e da verdade por amor aos casais. Um terceiro evento, acontecido em janeiro, no México, que terá reflexos importantes na vida da Igreja em todo o mundo, e também diz respeito a nós casais equipistas, foi o VI Encontro Mundial da Família, precedido por um congresso sobre teologia e pastoral da família. O enfoque que perpassou quase a totalidade das falas foi que a família é fundada sobre o casal. O casal antecede a família e o amor do casal precede a procriação. O casal é que constitui a família e é o primeiro responsável pela educação e evangelização dos seus membros. Em razão da importância desses eventos e à limitação de espaço na Carta Mensal, mais uma vez, muitos bons artigos recebidos de equipistas ficarão em arquivo para futuras edições. Para quem decidiu agora ir ao II Encontro Nacional das ENS em Florianópolis, esta edição publica um encarte com a ficha de inscrição e instruções novas, possibilitando ainda inscrições no mês de abril. A Equipe da Carta Mensal deseja feliz Páscoa a todos. • Graciete e Avelino Gambim CR Carta Mensal


FÉ É EXPERIÊNCIA! Caríssimos: "Cristo ressuscitou! " "Ele está entre nós! " Esta verdade é a pedra angular do Cristianismo. O Cristianismo não nasceu nem da proclamação da grandeza de Deus , nem do mandamento do amor, mas de um fato: "Cristo ressuscitou verdadeiramente". Proclamar e testemunhar são duas coisas que se exigem mutuamente na vida cristã. Este ensinamento encontra-se em todo o Novo Testamento. Pedro, interrogado se não era um dos que andavam com Jesus, declarou não conhecer este homem. E o apaixonado discípulo de Jesus Cristo pagou com lágrimas de arrependimento este calar-se. Falar é necessário, mas, se não acompanhado do testemunho, é como distribuir cheques sem fundo. O Novo Testamento insiste na expressão "Nós vimos". "Nós anunciamos o que ouvimos e vimos" , diziam os Apóstolos. A experiência da ressurreição é tudo para o Cristianismo. "Por ventura eu não vi Jesus Cristo Nosso Senhor?" (lCor 9,1). Que Jesus ressuscitou, "nós somos testemunhas", proclamava Pedro (cf At 2,32). Maria Madalena voltou do sepulcro e disse aos apóstolos: Vi o Senhor! A experiência da ressurreição transformou radicalmente a vida deles. Clarearam-se as ideias, mas o milagre maior foi a transformação interior que virou pelo avesso as suas vidas. Para crer não basta dizer que Ele 2

está vivo e está entre nós. A proclamação verbal deixa uma vaga ideia da verdade. Preocupa-nos muito o "como dizer" para que a fé na ressurreição comece a germinar. Mas, o mais importante não é preocupar-se com o como dizer, mas com o como viver para tornar presente o Ressuscitado. Só a vida tem palavras adequadas para revelar as verdades. Quando quere mos revelar a vida percebemos a pobreza das palavras e a riqueza do testemunho. O testemunho supre a pobreza da palavra. A vida é mais o que vemos do que o que dizemos. Anunciar o que não se vive é como fazer vento ao ar livre. Os discursos que formulamos na cabeça são um jogo de ideias que podem rimar e deleitar os ouvidos, mas o que dá consistência às palavras é a vida. Um discurso que nasce da vida é facilmente entendido e acreditado, é semente fecunda e fermento eficaz. A fé que transforma vem da vida e não das ideias. Evangelho que não chega pela via da vida, chega morto, já estaria enterrado e nem mais se falaria dele. Nos livros, o Evangelho é semente não enterrada e talento escondido. Sejamos evangelho vivo, testemunhas da ressurreição, sinais de esperança para a Igreja, na exuberante vinha das ENS.• Pe. Frei Avelino Pertile - SCE!SR CM 434


COLÉGIO INTERNACIONAL DE ROMA Amados irmãos: A ERI reuniu em Roma, de 20 a 24 de janeiro deste ano, o Colégio Internacional. Compareceram os CR das 11 SR (África Francófona, Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França I Luxemburgo I Suíça, Hispano-América, Itália, Oceania, Portugal e Transatlântico), das 7 Regiões ligadas à ERI (Canadá, Ilhas Maurício, Índia , Líbano, Polônia, Região Germânica e Síria) e a maioria dos seus SCE. O Colégio de Roma "foi marcante" pelo tempo de convívio fraterno, pelo conhecimento mútuo, pela troca de experiências, pelo esforço de todos em conviver com as diferenças. A acolhida, os cuidados com a estadia e o suporte material estiveram a cargo da SR Itália. Lá experimentamos a alegria, o carinho e o zelo com que os equipistas italianos cuidaram das necessidades do Colégio. Também marcados por este espírito de serviço, celebramos com os nossos anfitriões o Cinquentenário das ENS na Itália. Para nós, o Colégio teve um sabor afetivo especial. Além de ser a nossa última experiência em colégios internacionais, pudemos compartilhar "a experiência de fé que marcou a nossa vida conjugal CM 434

e a que marcou a vida do nosso país", no testemunho que nos foi solicitado pela ERI. O Colégio de Roma foi diferente dos anteriores. Pela necessidade de se diminuir custos, foi antecipado em seis meses, para que coincidisse com o Encontro dos Casais Responsáveis Regionais (e Provinciais) . A sua realização dessa forma permitiu a preparação dos membros do Colégio para viver o Encontro como verdadeiro dom, como oportunidade para aprofundar a internacionalidade e a grandeza do serviço no acolhimento dos irmãos vindos de todo o mundo. Um outro aspecto importante foi o coroamento da formação dos últimos três anos, que teve como pano de fundo o encontro de Jesus com a samaritana (Jo 4). A reflexão conduzida pelo padre Epis, iluminada pela revelação de Jesus à samaritana "Sou eu, aquele que 3


fala contigo" (Jo 4,26) , assinala a culminância do encontro. Ela compreende quem é este Jesus que está diante dela, que lhe fala , que lhe abre a perspectiva da "vida nova". O encontro a transforma. Faz com que abandone a prática dos velhos cultos discriminatórios e ideológicos; faz com que acolha a vida que Cristo lhe comunica, buscando a fé no espírito e na verdade; e faz que passe a colaborar para que esta vida se estenda e floresça entre os seus irmãos dispersos pelo pecado. Ao abrir o Colégio, o casal Volpini manifesta o desejo de que ele fosse para cada participante mais do que um belo momento de encontro, de amizade, de organização e de serviço: Desejava que a vida de cada um ficasse marcada pelo encontro e que, ao final, todos pudessem dizer como Samuel; "Fala, Senhor, que teu servo escuta" (lSm 3,10). Assim, destacaram o foco da formação e das experiências que vivenciaríamos, com fundamento na escuta, na oração e no compromisso. Os CR pelas Zonas de Ligação encarregaram-se de coordenar as atividades. Animaram os momentos de oração e as celebrações eucarísticas realizadas pelas suas SR e regiões, os testemunhos (Bélgica , Espanha e Brasil), os grupos mistos e os vídeos ilustrativos. Para sintonizar com a mensagem do evento, cada jornada diária enfatizou um tema, destacando a fidelidade e o espírito de serviço testemunhado por Maria (Maria, a mãe que escuta; Maria, mulher de oração; Maria, a mãe que se põe a serviço) . 4

Por fim, quatro das seis reuniões mistas receberam uma "roupagem nova": as reuniões com "tema livre". A ERI colocou à disposição dos participantes vários assuntos de interesse geral. (Eles haviam sido coletados anteriormente junto às próprias SR e regiões) . A cada reunião, os casais inscreviam-se livremente num dos assuntos, de acordo com as suas necessidades. Essas reuniões não buscavam conclusões, mas a difusão de informação e a partilha de experiências. Seu desenrolar obedecia às experiências e necessidades do próprio grupo. No final , todos tínhamos participado de quatro dos temas colocados à disposição. As diferenças culturais, os idiomas, os critérios diversos de valorização dos temas cederam lugar ao intercâmbio, ao auxílio mútuo, à compreensão. Aprendemos a lidar um pouco melhor com as dificuldades e com as diferenças. Pensamos que essa abertura facilitou o serviço de coordenação dos grupos realizados no Encontro dos Casais Responsáveis que veio a seguir. Os frutos dessa experiência, mais flexível e mais participativa, virão depois. Espera-se que a escuta, a oração e o compromisso facilitem a sua transferência para outras dimensões da vida, em especial, para a releitura da 3 3 parte da Carta de Lourdes, que nos quer testemunhas: • de uma felicidade ancorada no evangelho; • do evangelho do matrimónio comunicado a todos; CM 434


• comprometidas em difundir a espiritualidade conjugal e em apresentar o sacramento do Matrimônio às novas gerações. Que o testemunho fiel e per-

severante de Maria ajude-nos a acolher a vida que Jesus comunica aos que respondem a seu anúncio pela fé .• Graça e Roberto - CRSR Brasil

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ALIMENTAR-SE Queridos irmãos: Alegra-nos penetrar um pouco mais no pensamento do nosso fundador, Pe.Caffarel, refletindo sobre mais um capítulo do livro tema/ 2009: Alimentar-se. A vida humana, da concepção até a morte, é sagrada, porque é à imagem e semelhança do Deus vivo e santo (CIC 2319). Precisamos cuidar da vida em todos os seus aspectos. Como fisicamente dependemos do alimento para viver, também a vida em Cristo necessita ser nutrida. Sem o alimento adequado, corremos o risco de contrair doenças que podem levar-nos, por vezes imperceptivelmente, a definhar, a esmorecer e mesmo a perder o sentido da nossa vida, a razão da nossa esperança. Nós, que vivemos o sacramento permanente do Matrimônio, que se alimenta do amor dos esposos e da presença de Deus neles, tanto mais necessitamos buscar e cultivar essa Presença. Precisamos da graça de Deus, "nutriente" essencial para conseguirmos ser plenamente casal, em nosso sim mútuo renovado todos os dias. CM 434

As maravilhas e alegrias da vida matrimonial são inumeráveis, mas há também desafios e sofrimentos a enfrentar e superar. Para sermos fecundos , para além da fecundi dade biológica, e testemunharmos o amor de Deus na Igreja e na sociedade, necessitamos de forte alimento espiritual. Pe. Caffarel lembra-nos três elementos fundamentais: Eucaristia, Palavra de Deus e Oração Interior. Eucaristia, Pão da Vida, mistério de fé, sacramento da redenção. É Cristo quem nos diz: "Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente". "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele" (Jo 6,51.56). Nesta promessa, Jesus dá certeza de que este é o mais rico "nutriente" para nossa vida espiritual! "Na Santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo: assim são eles convidados e levados a 5


oferecer, juntamente com Ele, a si mesmos, os seus trabalhos e todas as coisas criadas." (Presbiterorum Ordinis 5) O Pe. Caffarel nos adverte que a rotina pode gerar negligência em relação à preparação para a Comunhão. Por isso, ao nos voltarmos para o SSmo. Sacramento, não podemos deixar de refletir sobre a misericórdia e a graça da reconciliação. Quanto mais amor pela Eucaristia, tanto mais buscaremos a graça de Deus através do caminho penitencial. Hoje, muitos cristãos, alguns bem próximos de nós, encontram Jesus diariamente na Eucaristia, porque descobriram que no Banquete Eucarístico está a fonte de toda a santidade. E a Eucaristia nos remete à missão para anunciar ao mundo a pessoa de Jesus, o amor de Deus. A Palavra de Deus é essencial à vida do cristão. Em especial, o Santo Evangelho, que revela em Jesus Cristo o amor do Pai. O Movimento das ENS, ao propor uma maneira mais cristã de viver, apresenta-nos os Pontos Concretos de Esforço, cujo primeiro item é exatamente um convite a escutar assiduamente a Palavra de Deus. E a assiduidade é muito importante quando queremos escutar Deus. Que frustração teria nosso pai, nossa mãe ou nosso melhor amigo se só os escutássemos nas sobras de tempo...! Uma preparação da disposição interior deve sempre preceder a escuta da Palavra do Senhor, posto que ela é dirigida a mim, neste 6

momento. Ela não é como um jornal que eu leio pela manhã. Ela tem o poder de me fazer melhor, porque o mesmo Jesus, que ontem curou o cego, pode curar a minha cegueira de hoje. O mesmo Jesus, que alimentou cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes, pode saciar a minha fome de qualquer natureza. O Senhor deseja que O escutemos com a certeza de que Ele dirigirá a palavra mais adequada a este necessitado, agora. Meditação ou oração interior: tempo que diariamente reservamos para nos abandonar à ação divina. Pe. Caffarel nos diz que atitudes interiores e exteriores são necessárias para a meditação. Precisamos pedir a ação do Espírito Santo. Para isso, gestos tanto no corpo como na alma, expressam disposição de dependência em relação a Deus. Uma genuflexão bem feita não revela atitudes interiores de acolhida e entrega? Depois de escutar a Sua Palavra, ofereço todo o meu ser e acolho o próprio Deus, mergulhando no manancial de amor da Santíssima Trindade. A meditação tornase um encontro tão fecundo que nos refaz as forças e nos leva a "descansar" nas mãos do Criador e a ser "curados" por Ele. "E ao retornar às nossas tarefas, permanecemos no campo de influência da ação divina. Movidos pelo Espírito, agimos então como filhos de Deus" (Pe.Henry Caffarel. Cartas sobre a oração). • Eunice e Milton Casa/ Secretário/Tesoureiro CM 434


ANO NOVO: UM NOVO APELO À CONVERSÃO O ano novo que iniciou há poucos dias uma vez mais nos chama à conversão. Conversão: palavra repetidamente dita e ouvida, difícil, porém, de ser compreendida e vivida. Antigamente isso era mais fácil. Converter-se tinha um significado preciso: escolher um credo, arrepender-se de uma vida dissoluta para retomar o caminho certo, ainda melhor após uma santa confissão. Hoje as coisas são mais complexas, porque cada um de nós é chamado a uma conversão constante, e este adjetivo "constante" muda tudo. Não se trata, com efeito, de uma escolha única, uma decisão que se toma uma vez por todas. Tratase, sim, de uma atitude de vida que nos compromete a cada dia. Converter-se significa procurar Deus. Mas o que significa, hoje , procurar Deus? Converter-se hoje implica, necessariamente, a exigência de "discernir o hoje de Deus", isto é, procurar saber onde hoje Deus nos chama, para onde e para quem nos devemos "con-verter", isto é , para quem nos devemos voltar. É necessário colocar-se à escuta de nosso mundo, das expectativas mais CM 434

profundas de nossos irmãos, levar a sério seus desejos e suas buscas, procurar compreender o que traz luz a seus corações e o que, ao contrário, provoca neles medo e desconfiança. Discernir o hoje de Deus exige um compromisso de autenticidade, exige estarmos disponíveis a gastar nossa energia para sairmos de nós mesmos e olharmos para os outros. Exige um compromisso de proximidade, isto é, estarmos dispostos a procurar continuamente o encontro com o outro, a fazer-se próximo, isto é, a apresentarmo-nos como próximos e, em uma atitude de partilha, estarmos prontos a abandonar nossos esquemas habituais, nossas formas de egoísmo e de individualismo. Hoje, porém, mais do que nun-


ca, não pode haver conversão sem reconciliação. Não há paz sem justiça. Não há justiça sem perdão. Não há conversão sem reconciliação. Estas duas palavras estão em estreita conexão. Com efeito, que ato de fé , que testemunho de fé , que vida de fé seriam possíveis sem uma autêntica e livre relação entre as pessoas? Que procura de Deus é possível, senão a de um Deus encarnado na história e no rosto humano de Cristo? Que conversão pode haver, se excluirmos a relação com nossos irmãos? Não é este o maior passo dado pelos homens de hoje no caminho da fé, a tomada de consciência de que Deus não pede simplesmente que o amemos por Ele mesmo, mas que o amemos através das pessoas? Nossa fé não é autêntica, se não mobiliza toda nossa capacidade de perdoar, de acolher, de fazer viver em nós o outro, esteja ele próximo ou distante. Nenhuma relação autêntica é possível, se não está fundada sobre a constante reconciliação das diversidades, que nos caracterizam, nos completam, e teriam outrora nos afastado, mas que, de toda maneira, nos enriquecem. A conversão é um caminho constante de busca da convergência possível entre as diversidades. A uniformidade tornaria possível a plenitude da fé? A conversão é , também, um tempo propício ao crescimento pessoal, e não somente na ótica da fé . Neste caminho de busca, a falha favorece a reflexão, a desorientação pode tornar-se um es8

paço de introspecção, o arrependimento pode ser ocasião de procura de percursos alternativos para reorientar nossas vidas. A conversão dará consistência nova às nossas vidas, por vezes monótonas e insípidas. Podemos parecer simplistas ao falar em reencontrar os valores e o sentido da vida, como é banal afirmarmos que a sociedade deve reequilibrar-se em torno de ideais comuns. Nisso estamos todos de acordo ... talvez. Mas é somente quando sentirmos a necessidade de passar do "eu" para o "nós", dum pensar individualista a um pensar comunitário, que conseguiremos viver um novo tempo de conversão. O adjetivo constante, ligado à palavra conversão, retorna agora revestido de significado novo. Homens e mulheres somos chamados a continuar, de modo constante, o caminho de nossa humanidade, até o fim : a cada momento, a vida nos apresenta alguma coisa nova, que nos interroga e interpela, espera novas respostas, nos transforma. Nessa perspectiva, todos somos convertidos e queremos ser pessoas que caminham sempre sobre a via da conversão. E nós todos, casais e sacerdotes das ENS, uma vez mais e com renovado empenho, somos chamados a responder ao apelo de conversão, para sermos reflexos do amor de Deus, num mundo sempre mais faminto de amor. • Cario e Maria Carla Volpini CR ERI (janeiro de 2009) CM 434


NOTÍCIAS INTERNACIONAIS

O PODER DA HOSPITAL! DADE Vivemos um tempo de incertezas. As guerras continuam a se alastrar. As pessoas abandonam sua terra natal. As doenças provocadas pela pobreza continuam a devastar a vida de cidades inteiras e até países. As questões relacionadas com as mudanças climáticas são discutidas continuamente e uma série de opções são passadas em revista, mas com poucas ações correspondentes. A atual situação financeira mundial é de uma abrangência enorme e muitas pessoas correm o risco de perder seu emprego e sua casa. Torna-se necessário pagar os excessos económicos, entretanto, quase sempre, não são os que criaram o problema que pagam. Foi lançado um apelo pela união através da aproximação, mas, muitas vezes, interesses pessoais impedem que o intento progrida. Nesses momentos, é muito fácil nos sentirmos desencorajados e impotentes. Em nossas equipes de base, os dons da hospitalidade, da oração e do apoio concreto estão sempre presentes e são gratuitamente oferecidos. Poderíamos nós empregar esses dons para criar alternativas mais racionais e humanas para o nosso mundo? Como Movimento, que identifica o matrimónio como um modo de vida importante e um caminho para a santidade, não poderíamos apoiar um sóbrio equilíbrio nas festas de casamento? Nós ouvimos falar de casais que, CM 434

em seus países ao redor do mundo, vivem juntos, mas não formalizam seu compromisso, ou optam por um simples casamento civil, porque os costumes e as tradições exigem uma celebração sofisticada, com convites a um grande número de pessoas . Ouvimos frequentemente falar de casais que fazem economia para seu casamento, planejando uma cerimônia simples, mas se deixam levar pela empolgação e pelo marketing que se fazem presentes nessas ocasiões. Após sucumbir a esses gastos adicionais, bem acima de suas previsões, o casal necessita de anos para pagar essas dívidas. Como consequência, adiam ter filhos. Tudo isso, em uma época em que o percentual de ruptura de casamentos é a mais alta na história das estatísticas. Não se terá perdido, ao longo do caminho, em parte, o objetivo original da festa do casamento, que é a declaração do compromisso mútuo, diante de Deus, das famílias e dos amigos? 9


Na Zona Eurásia, em um país onde a norma é se fazer uma grandiosa celebração do casamento, um casal jovem optou por fazer somente uma cerimônia civil. No fundo de seu coração, porém , era seu desejo fazer suas promessas diante de Deus . Sem ajuda financeira , morando com um de seus pais, seu sonho de uma celebração na igreja parecia impossível. Este casal foi convidado a participar de uma reunião de equipe. Alguns membros da equipe de Setor ouviram falar de seu sonho de santificar seu matrimónio. Compreendendo suas necessidades, começaram a procurar opções, assumindo como seu o objetivo do casal. Na sua cultura, a coisa mais importante do banquete de casamento é porco no espeto. Poderia o Setor encarregar-se disso? A comunidade de padres lo-

cal poderia emprestar o salão para a cerimônia nupcial? O jovem casal não deveria participar a não ser no dia do casamento. O entusiasmo foi crescendo. O sonho passou a parecer possível. Infelizmente, antes que ele pudesse se concretizar, aconteceu a diminuição da atividade económica. No entanto, ao invés de admitir a derrota, a equipe de Setor tornou-se agora mais criativa na perseguição deste sonho. O espírito de hospitalidade nas ENS está sempre presente. Mesmo que o sonho do jovem casal não tenha ainda se tornado uma realidade, é um exemplo maravilhoso do poder que temos quando trabalhamos juntos como comunidade de equipes. • Jan e Peter Ralton Casal Ligação da ERI para a Zona Eurásia

,A. ~ Irmãos equipistas: Neste ano, a Super-Região Brasil nos propõe que, sem descuidar dos demais Pontos Concretos de Esforço, nos empenhemos em conhecer mais e vivenciar melhor a ORAÇÃO CONJUGAL e a ORAÇÃO INTERIOR (MEDITAÇÃO). A Carta Mensal espera seu testemunho ou artigo sobre esses PCE, como ajuda mútua entre irmãos de todo o Brasil. Equipe da Carta Mensal

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AÇÃO DE GRAÇAS PELOS 70 ANOS

DA 1A REUNIÃO DAS ENS 25-2-1939/2009 O Pe. Caffarel nos diz que " ... o ser humano, ao lembrar-se das muitas graças de que foi objeto durante a sua vida, normalmente responde, reage, elevando-se em ação de graças, num impulso de reconhecimento da criatura em relação ao seu criador". Motivados pelos 70 anos da realização, em 25 de Fevereiro de 1939, na rua Champ de Mars, n° 33, Paris, da reunião que se constituiu na 1a reunião de equipe das ENS, recordemos os nomes dos casais dessa Equipe: Gerard e Madeleine, Michel e Ginette, Frédéric e Marie-Françoise, Pierre e Rozenn e Pe. Caffarel. Essas pessoas foram escolhidas gratuita e amorosamente por Deus para que nós pudéssemos experimentar o mistério da vocação matrimonial. Deus permitiu-lhes ver e sentir o que muitos casais do seu tempo não conseguiram enxergar: a vida nova que poderia florescer na vida conjugal, através do sacramento do Matrimónio. Aquela pequena semente tornouse um belíssimo jardim, com muitas flores e frutos. Tudo se tornou possível graças ao trabalho incansável e a generosidade de tantos casais e sacerdotes que, ao longo desses 70 anos, viveram o mandamento do amor, sendo capazes de "amar mais". Todos nós podemos ser imensamente gratos a Deus por nos ter ofeCM 434

reciclo a possibilidade de participar de um Movimento que alimenta o nosso amor de esposos e nos sustenta na caminhada da vida. Podemos agradecer por este maravilhoso jardim da Igreja, as ENS, onde a bondade de Deus faz não só nascerem flores e frutos, mas riso e alegria, compaixão, fidelidade, desejo de lutar, esperança, compromisso... Podemos agradecer a Deus por nos ter permitido descobrir que o nosso Movimento não é só fonte que transborda, é também colo que acolhe. É ouvido que ouve o lamento do conflito interior e da incompreensão, vividos às vezes no silêncio, sem nada dizer, à espera de um dever de sentar-se ... É voz de súplica dirigida a Deus nos momentos de dor e de angústia... É também, acima de tudo, mão que segura outras mãos. É coração que se abre para acolher o Amor e a Palavra, fazendo surgir a vontade de plantar outros jardins, de gerar filhos e, purificados pela graça do matrimónio, caminhar juntos para a felicidade eterna. Que Deus não permita que deixemos de lhe dar graças por Sua misericórdia e generosidade, pela alegria e beleza da vida conjugal e familiar, a exemplo de Maria, cuja existência foi eterno louvor e gratidão a Deus por tudo que dEle recebeu. Magnificat! • Graça e Roberto - CRSR 11


11 ENCONTRO INTERNACIONAL DE CRR- ROMA, 24 A 29-01-2009 UMA VISÃO GERAL ENCONTRO DE ROMA 2009 O Encontro dos Casais Responsáveis realizado em Roma priorizou a formação. O lema foi sugestivo: "Eu estou no meio de vós como aquele que serve!" (Lc 22 ,27). Jesus ensina que servir é dar-se por inteiro e que o serviço prestado aos outros é lugar de comunhão. É também caminho que se torna sinal, pela revelação do amor de Deus que se faz presença no mundo. Relembramos as palavras do casal Volpini numa das cartas preparatórias do Encontro. "É muito importante pensar que os nossos encontros se realizam graças à colaboração de numerosos casais que se põem a serviço em cada

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parte do mundo. Não se trata somente da internacionalidade, mas sobretudo da amizade e fraternidade." Tais palavras justificam o nosso esforço de levar a Roma uma comitiva capaz de representar todas as regiões do País, os diversos matizes do nosso perfil cultural e responder às expectativas dos demais países quanto à gratuita fecundidade do Movimento no Brasil. O espírito de serviço orientou as conferências , as celebrações , os grupos mistos. À luz das orientações da ERI, avaliamos o caminho percorrido pelas ENS. Revisamos alguns dos nossos grandes temas internos : formação , serviço, SCE, beatificação do Pe . Caffarel, casais jovens, equipes antigas e vislumbramos algumas perspectivas para

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o Encontro Internacional de 2012 como pólo irradiador da animação 2012 /2018. O evento também privilegiou o serviço que decorre dos nossos compromissos para além do Movimento. Duas palestras abordaram importantes questões da atualidade: o viver cristão no meio de muçulmanos; o chamado para construir a civilização do amor numa sociedade em crise conjuntural. O Encontro permitiu-nos, ainda, viver a experiência da "página em branco", como alternativa para enfrentar os desafios dos dias atuais e atender à necessidade de nos abrirmos para o futuro. Num gesto de confiança e de respeito, num testemunho marcante de que não há fronteiras quando vivemos o amor fraterno, a ERI convidou-nos a registrar numa folha em branco o nosso discernimento sobre os rumos do próximo Encontro Internacional. Ela própria continuará a preencher esta página, à medida que Deus for dando a conhecer a Sua vontade sobre o caminho a seguir. Permita Deus, na sua generosa bondade, que o punhado de terra que levamos das nossas cidades para Roma, como enviado dos irmãos a quem servimos, testemunhe o compromisso dos equipistas brasileiros em servir ao Movimento na perfeição e na fidelidade. Graça e Roberto - CRSR Brasil CM 434

ABERTURA Na tarde de 24 de janeiro, em Roma (Sassone), chegavam de cada parte do mundo malas, casacos, sorrisos e abraços amigos, neste primeiro dia do II Encontro Internacional de Casais Regionais. Um espírito de enorme abertura de coração e fraternidade brilhava na face de cada equipista ali presente. Nós, os brasileiros, estivemos primeiramente reunidos com Graça e Roberto, para uma carinhosa acolhida e orientações e, com muita emoção, apresentação do futuro Casal Responsável da Super-Região Brasil, Cida e Raimundo. Ensaiamos também a participação na Liturgia da manhã seguinte, que havia sido preparada pelo Brasil. Foi aberto oficialmente o Encontro com uma missa presidida pelo Secretário de Estado de sua Santidade, Cardeal Tarcísio Bertone, que já foi Sacerdote Conselheiro Espiritual de equipe. Na celebração, o casal Volpini e Pe. Epis, simbolizando espírito de serviço, lavaram os pés do casal e do padre mais 13


jovens presentes. Num grande mapa ao lado do altar, cada casal participante colocou um cartão postal de sua cidade de origem, realçando a beleza da internacionalidade do nosso Movimento. Em sua homilia , o Cardeal Bertone lembrou o carisma do Pe . Caffarel e a importância das Equipes de Nossa Senhora, onde se valoriza o sacramento do Matrimonio, hoje passando por um quadro tão complexo. Transmitiu-nos, também, mensagem do Papa, encorajando-nos a continuarmos nosso trabalho apostólico, bem como sua bênção especial para o Encontro. Na conclusão, deixou-nos a reflexão: Nós, casais missionários, somos capazes de evangelizar a cultura de nosso tempo? Num clima de muita compenetração e alegria, foi emocionante ver tantos casais e sacerdotes cantando e orando, cada um na sua língua, unidos na mesma missão de servir ao Pai e aos irmãos, através das Equipes de Nossa Senhora. No jantar, com o primeiro dos muitos pratos de "pasta" que invariavelmente fizeram parte de nossas refeições, iniciou-se um contato mais direto e informal com casais de tantos países e realidades diferentes, que formavam mesas de conversas animadas, dando sentido à palavra católicos. De volta ao auditório, o casal Volpini fez a acolhida sob o lema "Eu estou no meio de vós como aquele que serve". Cada casal responsável pelas super-regiões veio colar uma das partes do que foi 14

formando uma bela imagem do lavapés, realçando o serviço e o valor deste Encontro como um momento importante no nosso crescimento. Considerando o espírito de missão, foi lançada a questão: onde estamos e para onde vamos , no anseio de trabalharmos para dar, sempre mais, seiva nova ao nosso Movimento. Márcia e Paulo CR Região Rio I

••• VIVENDO O DIA25 Procuraremos expor resumidamente o que aconteceu no dia 25 de Janeiro de 2009, no II Encontro Internacional para os Casais Regionais e Provinciais no Instituto Madonna de/ Carmine - i/ Carmelo, na cidade de Roma. Iniciamos o dia com o café às oito horas de uma manhã muito fria. Às nove horas do dia em que se comemora a conversão de São Paulo, tivemos a oração da manhã, sob a responsabilidade da Espanha, com o título O Melhor de Todos os Caminhos e, como sub-

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título, a citação "O maior de todos é oAmor" (lCor 13). A primeira palestra do dia coube ao CR da ERI (Equipe Responsável Internacional) , Maria Carla e Cario Volpini, sobre o Carisma das ENS, do qual extraímos o seguinte: O Amor é o eixo em torno do qual se funda e se desenvolve todo o pensamento do Pe. Caffarel sobre o carisma das ENS. O carisma (que significa dom do espírito) das ENS direciona-se a ajudar os casais a discernir cada vez melhor, num caminho sem fim, o dom recebido da riqueza do amor-sacramento vivido no matrimônio e a espiritualidade conjugal como um caminho ininterrupto para a santidade. Se em nosso serviço nos limitarmos a viver apenas níveis de aceitação e compreensão, ele será apenas um olhar de longe para as coisas e para as pessoas, uma ação à distância. Mas se, pelo contrário, conseguirmos cuidar das pessoas, partilhar as várias situações de vida, envolver-nos de coração naquilo que fazemos, fazer gestos que cheguem ao coração do outro, então o carisma das ENS farse-á realmente espiritualidade encarnada e dom. Após pequena pausa, seguiu-se a primeira das reuniões de grupos (carrefours) , em que , primeiramente, os cônjuges discutiam entre si a palestra dos Volpini, para em seguida partilhar com os outros casais suas opiniões. Em nosso grupo havia um padre do Canadá e casais do Brasil, Espanha, Bélgica e França e, embora ninCM 434

guém fosse poliglota, sempre havia um casal que traduzia de uma língua para outra e , com a ajuda do Espírito Santo, no final todos nos entendíamos. Após o almoço, tivemos a conferência O Serviço nas ENS, com a presença de cinco casais que apresentaram os trabalhos: • Formação e Serviço, por Tó e Zé Moura Soares (Casal da ERI Responsável pelas Equipes Satélites); • Papel e Tarefas do Casal Responsável Regional, por Sílvia e Chico Pontes (Casal Responsável pela Zona Hispano-América); • Os Conselheiros e Nós, por Maru e Paco Nemezio (Casal Responsável pela Zona Euráfrica) ; • O Exercício da Responsabilidade e da Colegialidade, por Jan e Peter Ralton (Casal Responsável pela Zona Eurásia) ; • "Servir é Escutar e Amar", por Hervé e Geneviéve de Com (Casal Responsável pela Zona Centro Europa). Como o espaço não dá para falar de todos, destacaremos alguns tópicos da palestra de Sílvia e Chico. As tarefas pedidas aos CRR podem ser concentradas em quatro aspectos: • Expansão: O CRR é chamado a ter uma preocupação constante com a difusão do Movimento. Compete-lhe supervisionar a expansão em sua Região, cuidar para que a informação sobre o Carisma, o método e a pedagogia, enfim, todo 15


o conteúdo das ENS seja transmitido com fidelidade ; • Animação: O CRR haverá de ser capaz de transmitir o exemplo do seu entusiasmo, a alegria de sua própria vida; • Ligação: O CRR estará junto a seus setores, para ter um olhar objetivo, no sentido de ser capaz de enxergar o funcionamento das coisas e, assim, estar presente e trabalhar para corrigir eventuais desvios; • Formação e organização de atividades: O CRR deverá ser capaz de estimular a formação dos equipistas em sua Região, a começar pela formação dos próprios CRS e de casais implicados com a difusão, com a pilotagem , os CRE em geral. Após ligeira pausa, tivemos os carrefours, em que foram discutidos

os assuntos tratados na conferência O Serviço nas ENS. Foi mais um momento enriquecedor, de sentir a realidade de cada país e a unidade do Movimento existente em todos. Após o jantar e tempo para o banho, tivemos a Missa celebrada pelo SE Cardeal Robert Sarah. Às 23 horas encerramos o dia com o Magnificat. Através do rico ensinamento deste dia, fomos conclamados ao serviço com responsabilidade. Descobrimos que sozinhos não podemos fazer muita coisa, mas agindo em colegialidade os frutos do nosso serviço são eficazes. Eneida e Álvaro CRP Nordeste 16

COMENTÁRIOS SOBRE DIA 26/01/09 Silvia e Chico

Café da manhã no amplo refeitório onde a confraternização era global , superando diferens;as de idiomas, costumes e raças. Eramos equipistas ... No auditório, a oração da manhã esteve a cargo da nossa SuperRegião Brasil, conduzida por Graça e Roberto. Este dia esteve sob a responsabilidade da Zona América, e teve como animador o seu Casal Ligação, Silvia e Chico. Começaram eles mesmos, ministrando a didática palestra sobre Papel e Tarefas do CRR. A seguir, apresentaram Constança e Alberto Alvarado, cuja conferência intitulava-se O Movimento nos últimos anos, segundo suas orientações. Constança e Alvarado, equipistas há 43 anos, foram responsáveis pela Super-Região Híspano-América, e depois, na ERI, Casal Responsável Internacional. Na conclusão da conferência eles nos lançaram a pergunta: Estaremos hoje no início de um terceiro período em que o Movimento refletirá sobre a sua vocação, a fim de saber o que é necessário corrigir ou renovar? CM 434


Foram aplaudidos de pé pelo auditório. Em seguida, as reuniões de grupos, com perguntas sobre a conferência dos Alvarado, compondo cada grupo casais de diferentes países e idiomas, sempre com alguém ajudando na tradução, para que a compreensão e comunicação fossem perfeitas, tornando ricas e proveitosas as trocas de vivências e experiências. À tarde, Silvia e Chico nos apresentaram Mons. Michel Rtzgerald, Núncio Apostólico no Cairo: • SCE há mais de 20 anos, Delegado junto à Organização da Liga dos Estados Árabes; • Arcebispo titular de Nepte; • Presidente da comissão para as relações religiosas com os muçulmanos, o que faz dele um dos maiores especialistas no assunto; • Estudou no Seminário da Sociedade dos Missionários da África, conhecida como Padres Brancos; • Em 2002 , foi nomeado Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso por João Paulo II. Ele nos falou de sua experiência de viver como cristão num país C'\11434

islâmico, para compreendermos melhor esta realidade e podermos ir ao encontro dos irmãos não cristãos. Disse das dificuldades dos casamentos entre cristãos e mulçumanos. Depois, ouvimos o testemunho de Michel e Sônia Jeangey, casal armênio. Eles são responsáveis pelo programa armênio da Rádio Vaticano. • Michel é Presidente do Conselho da Comunidade armênia de Roma. • O Papa Bento XVI o condecorou Comendador da Santa Ordem de São Silvestre Papa pelos seus serviços junto à comunidade armênia. Eles nos falaram da cultura, riquezas, fascínio e também dolorosas experiências de seu povo. Houve a seguir um tempo para perguntas a Monsenhor Fitzgerald e ao casal Jeangey. Após a pausa para um rico e barulhento café , Cario e Carla Volpini fizeram a apresentação da ERI: As 4 Zonas e as Equipes Satélites, com muitas fotos de todas elas. A seguir, reuniões dos grupos sobre as equipes jovens e antigas. Depois do jantar houve Santa Missa presidida pelo Padre Frei Avelino, com a participação de sacerdotes de línguas portuguesa e espanhola. O Santíssimo Sacramento foi exposto para adoração e vigília de oração, feita uma parte em cada língua dos equipistas presentes. Após a oração da bênção nupcial, partimos em procissão com o Santíssimo para a capela, onde aconteceu vigília durante a noite 17


inteira, a qual foi organizada pelas equipes do Líbano. Em horários agendados , todos nós pudemos adorar Nosso Senhor Jesus Cristo e com ele conversar de coração para coração e, principalmente ouvi-lo e acolhê-lo no fundo dos nossos corações. Fátima e Gil CRR São Paulo Capital I

••• PARA ONDE VÃO AS EQUIPES DE NOSSA SENHORA? "Eu estou no meio de vós como aquele que serve" (Lc 22 , 27) . Padre Ângelo Epis, SCE da ERI, convidou-nos para, em casal, voz baixa, dizermos um ao outro, nomes e situações de sofrimento, pobreza e dor que estão na vida pessoal e do mundo inteiro, lembrando que a presença de casais e padres que vieram de vários países do mundo é sinal de vida e esperança, sinal das capacidades humanas e da benevolência de Deus para com o mundo. "Uma particular lembrança dos homens e das mulheres espalhadas

---, sert » l LUC 2 "

Pe. Angelo Epis

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em lugares onde as equipes estão ainda no começo ou estão na espera de conhecer a experiência de fé que nasceu com o Pe. Caffarel. O nosso encontro quer, de qualquer modo, superar a ideia de que tudo gira ao redor do mundo ocidental mais rico, o que nos faz esquecer dos mais fràcos e das grandes situações de pobreza que estão aumentando sempre mais no mundo". Ressalta a importância de fazermos a reflexão iniciada em Lourdes em 2006, que indicou-nos a tarefa de ser, como casais, o reflexo do amor de Cristo, com atenção a três pontos principais: a nossa presença na Igreja, a vida e o carisma do nosso movimento e o nosso testemunho diante das urgências da Igreja e do mundo. Guiados pelas palavras do Senhor, fomos levados a refletir sobre: 1. Os Evangelhos de Lucas e João: J esus s e fe z servo (Lc 22 ,27; Jo13,1-20) . • Interroga-nos sobre a qualidade do serviço e dos serviços; • Impele-nos a dar testemunho de amor e fidelidade a Deus, à Igreja e ao Movimento; • Nos leva a estarmos atentos às situações das várias equipes , daqueles que se preparam para o casamento ou dos que vivem a dor do seu fracasso ou outras dificuldades. "Estas breves considerações de textos tão ricos nos levam a examinar e viver o nosso serviço com olhos novos. Não somos funcionários, mas somos escolhidos para CM 434


lavar os pés dos nossos irmãos e irmãs, lavados pelo serviço, que voltem livres para o caminho. É dizer a todos os irmãos: qualquer que seja a sua necessidade, a sua condição de necessidade, de dor, de sofrimento, pode contar com Deus que é servo." 2. Matrimónio, obra-prima de Deus: • É preciso levantar os olhos, sair da idéia de movimento "jardim de infância", tornarmo-nos adultos e testemunhar a nossa fé. 3 . Curar o amor: as equipes a serviço do matrimónio: • Redescobrir o matrimónio cristão; • Responsabilidade e serviço; • Escuta, vigilância e animação. 4. A espiritualidade: • Essencial que haja coparticipação e partilha; • Os dois sacramentos: matrimónio e ordem; • 'Toraison" - Oração pessoal, comunitária, familiar, conjugal; "Sem dúvida também há outros valores espirituais das ENS que devemos viver, mas esses me parecem essenciais. A Palavra de Deus que se escuta e se medita no silêncio nos leva às atitudes de Maria e ao nosso Magnificai cotidiano" . 5. Olhando para o futuro: • Deus: Palavra, Oração: A autenticidade da dimensão comunitária encontra o seu fundamento na relação pessoal com Deus; O fundamento da dimensão comunitária é a dimensão pessoal; CM 434

• A sexualidade: Devemos entendê-la segundo as perspectivas bíblicas, ela é uma força que atinge todos os aspectos do nosso ser; • A lei da sexualidade é o amor: o amor promove as diferenças; amar é respeitar o outro, procurar a comunhão na diferença; • Mundo: pobreza, internacionàidade , precariedade, solidariedade: "Na medida em que os cristãos experimentam a cura de suas divisões, estes tornamse mais sensíveis às nossas divisões que ferem a humanidade e a criação". 6. Um ícone para propor um caminho: O Samaritano (Lc 10,25-37). Importa-nos conjugar os verbos e ações que o bom samaritano realiza: • Ver, sentir compaixão, estar próximo, sanar as feridas, derramar óleo e vinho, carregar sobre o cavalo (cavalgadura = trabalho, história, dons de Deus na vida), levar ao albergue, cuidar do outro, doar dois denários (amor de Deus e amor ao próximo). Partir. "É o trabalho que nos espera. O Espírito Santo nos chama a sermos no mundo testemunhas do amor e do matrimónio, seguindo as pegadas de Pe. Caffarel. Tentemos nos identificar com os vários personagens: com o sacerdote e o levita para evitar seus modos de agir; com o samaritano para assumir o seu estilo; mas também, e em primeiro lugar, com o desaventurado... O nosso bom samaritano é o próprio Cristo. É ele o primeiro que 19


nos encontrou feridos e nos socorreu, ele, o Cordeiro que tira os pecados do mundo". Glacy e Silvíno CR da Província Sul II.

••• O DIA28 DE JANEIRO DE 2009 Após três dias intensos de palestras e formação, chegou o tão esperado dia em que teríamos a oportunidade de estar presentes à Audiência Geral com sua Santidade o Papa Bento XVI. Bem cedo, começou a movimentação. Às 7h30min estávamos de saída para o Vaticano. Foram seis ônibus lotados com equipistas. Cada ônibus levava casais de idiomas afins. Ao iniciarmos a viagem, fizemos uma oração, entregando a Deus o nosso dia. Num

ônibus que levava casais de língua portuguesa, além do terço, tivemos uma bênção muito bonita, e em seguida o sacerdote português nos brindou com o canto: "Quanta paz e quanto bem, quanta alegria nos vem . De vivermos como irmãos!. .." Por volta das 09h30min. chegamos ao Vaticano. A audiência privada com Sua Santidade começou às 10h30min, na Sala Paulo VI, com capacidade para sete mil pessoas, e que estava totalmente lotada de visitantes ansiosos pela sua presença. Em sua fala o Papa explicou sua decisão de revogar a excomunhão aos quatro prelados ordenados em 1988 pelo francês Marcel Lefebvre sem o consentimento de João Paulo II , afirmando que a missão do sucessor do apóstolo Pedro é trabalhar pela unidade de todos os cristãos, oportunidade na qual tam-


bém pediu a eles "fidelidade e reconhecimento ao magistério e à autoridade do papa". Foram proclamadas leituras extraídas das cartas de São Paulo e lidas mensagens em diversas línguas, após apresentação dos grupos presentes. . Entre tantos movimentos, congregações e grupos ali representados, estávamos nós, Equipes de Nossa Senhora, diferenciados por um lenço branco que trazíamos ao pescoço. Durante a audiência houve várias manifestações de carinho ao Santo Padre. No momento em que fomos anunciados, cantamos o Magnificat, abanando nossos lenços brancos com o logotipo do Movimento. Antes da despedida, Bento XVI saudou os presentes em várias línguas. Falando em português, demonstrou seu carinho pelos brasileiros, com as palavras: "A todos os peregrinos de língua portuguesa, especialmente aos brasileiros provindos de diversas partes do país, envio uma afetuosa saudação, rogando a Deus que este encontro com o Sucessor de Pedro vos leve a um sempre maior compromisso com a Igreja reunida na caridade e, como membros da família de Deus, saibam servi-la com generosidade, para a edificação do Reino de Deus neste mundo. Com a minha Bênção Apostólica." Às 12 horas, recebemos a Bênção Papal, encerrando a Audiência. Foi um momento ímpar para todos nós. Às 19 horas, todos os grupos foram reunidos, sendo servido um coquetel. Após, no convento SS. XII llVI 4.:!4

Aposto/i- Frati Minori Conventuali , em uma linda Basílica, assistimos a um concerto. Neste mesmo local, pelos casais equipistas da Polônia, foi feita a oração da noite, cujo tema era: Acreditar na espiritualidade conjugal é necessário e insubstituível. Nilza e Nivaldo CR Província Centro-Oeste

••• CELEBRANDO O SENHOR QUE SERVE O tema central do II Encontro Internacional dos Responsáveis Regionais, "Eu estou no meio de vós como aquele que serve" (Lc 22 ,27), perpassou por todas as celebrações eucarísticas e momentos de oração realizados neste histórico evento das ENS. A primeira missa foi presidida pelo Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado do Papa Bento XVI, onde o CR pela ERI, Maria Carla e Cario Volpini, e o SCE da ERI, Pe . Angelo Epis, lavaram os pés de um casal e um SCE presentes, imitando o gesto de Jesus no Lavapés. No domingo, 25 de janeiro, festa da conversão de São Paulo, durante a oração da manhã, refletimos, por longos momentos em silêncio, as palavras do apóstolo sobre a caridade. Paulo não podia ser mais radical: o nosso ponto de referência é o amor de Cristo. Se não for o amor que nos move, os nossos objetivos serão meras ilusões. No mesmo dia, durante a celebração Eucarística, nossos irmãos 21


de Moçambique, Angola, África Central, África Central Sul, Síria, e África Ocidental, nos emocionaram com uma linda procissão de ofertório, tipicamente vestidos, entoando um canto de louvor ao Senhor. Na segunda-feira, a oração da manhã, elaborada pela Super-Região Brasil, trouxe presente as primeiras comunidades cristãs, através dos Atos dos Apóstolos, animando as equipes de hoje a renovarem a consciência da presença de Deus na história e na vida de cada um de seus membros. Os casais brasileiros , cheios de alegria e emoção, cantaram a uma só voz: "Olha-nos Senhor, olha-nos. Olha-nos Senhor, outra vez. Com teus gestos, teu olhar, teu sorriso, tua Palavra, enche-nos o coração, olha-nos, Senhor! ". Na missa desse mesmo dia foi proclamado o Evangelho segundo Lucas (Lc 22 ,24-30) , onde Jesus admoesta seus discípulos sobre: "O que for maior entre vós seja como 22

o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve. (... ) Ora, Eu e.s tou no meio de vós como aquele que serve". Na Apresentação das Oferendas, nossos irmãos da Super-Região Hispano-América levaram ao altar um belíssimo banner com a imagem da Virgem do Lar, que pouco a pouco se vai tornando a padroeira do Movimento em toda a Hispano-América. Ela usa um avental, símbolo do espírito de serviço, e a sua atitude de escuta permanente e de atenção às necessidades de todos os que a rodeiam é exemplo nas responsabilidades de animação a que somos chamados. Na madrugada de terça-feira, fomos todos convidados a fazer uma vigília de oração, após termos, como comunidade, ficado em adoração ao Santíssimo. Nesse momento profundo de oração interior, fomos estimulados a ouvir o Senhor, fazendo silêncio em nossos corações. "O nosso Deus não é um Deus silencioso; CM 434


1 Quem pode se inscrever? Todo equipista, em casal ou individual, Conselheiros Espirituais, viúvos, desde que integrando uma equipe do Movimento das Equipes de Nossa Senhora .

2. Per.odo das inscrições De 5 de outubro de 2007 até 15 de abril de 2009 . Este período está sendo prorrogado até o final de maio de 2009 nos termos dos itens 4 e 5 a seguir.

3. Valor da Inscrição 3.1. O valor da inscrição com hospedagem, por pessoa, é de R$590,00. Neste valor estão incluídos: Hospedagem em hotel - 3 diárias (tarde do dia 16, dias 17 e 18 e manhã do dia 19). Alimentação - 3 jantares e 3 almoços. • Translado (aeroporto/rodoviária aos hotéis, hotéis ao local do evento). Material do evento. Participação no evento. 3.2 . O valor da inscrição sem hospedagem, por pessoa, é de R$250,00 . Neste valor estão incluídos: • Alimentação - três almoços. Material do evento. Participação no evento.

4. O ientações para as Inscrições realizadas no mês de abril de 2009 Consideram-se realizadas em abril as inscrições cujo depósito bancário da taxa de inscrição e a colocação da ficha de inscrição no Correio .ou a sua entrega ao Casal das Inscrições na Província ocorrerem durante o mês de abril. 4.1. Rotina a) Preencher a "Ficha de Inscrição" e optar por uma inscrição com Hospedagem ou sem Hospedagem. b) Pagar a "Taxa de Inscrição" de R$ 50,00, por pessoa, no Banco do Brasil 5/A, Agência 2375-2, Conta Corrente n° 9707-1 (depósito ou transferência bancária). c) Remeter a "Ficha de Inscrição" e o comprovante original do pagamento da 'Taxa de Inscrição", via correio, ao Coordenador das Inscrições de sua Província; d) Aguardar recebimento do boleto de pagamento, onde constará o número da Inscrição que lhe dará a condição de "Inscrito". 4.2. Pagamento da Taxa de inscrição O valor da taxa de inscrição é de R$ 50,00 por pessoa e faz parte do valor total da inscrição, tanto na Inscrição Com Hospedagem (R$590,00}, quanto na Inscrição Sem Hospedagem (R$250,00). 2° Encontro Nacional das ENS


4.3 . Pagamento do restante da Inscrição Será feito após a homologação da inscrição, em parcela única. A Tesouraria comunicará ao inscrito a forma de pagamento. 4.3.1. Valor da Inscrição com Hospedagem, por pessoa • Valor total R$ 590,00 • Taxa de inscrição R$ 50,00 • Valor a ser pago em um único pagamento R$. 540,00 4.3.2. Valor da Inscrição sem Hospedagem, por pessoa • Valor total R$ 250,00 • Taxa de inscrição R$ 50,00 • Valor a ser pago em um único pagamento R$ 200,00

5. Orientações para as inscrições feitas no mês de maio de 2009 Consideram-se inscrições feitas no mês de maio aquelas cujas fichas de inscrição foram colocadas no Correio ou entregues ao Coordenador da Província no mês de maio. Essas inscrições serão efetivadas tão somente por substituição a desistências, enquanto possuirmos va_gas . _ NESTA MODALIDADE DE INSCRIÇAO NAO EXISTE PAGAMENTO DE TAXA DE INSCRIÇÃO 5.1. Rotina a)Preencher a "Ficha de Inscrição" e nela optar por inscrição com Hospedagem ou sem Hospedagem; b)Remeter a "Ficha de Inscrição", via co rreio, ao Coordenador das Inscrições de sua Província. Este, depois de solucionar todas as inadequações de preenchimento, encaminhará as Fichas para o Coordenador Nacional das inscrições, que manterá uma lista de espera de pretendentes à inscrição em ordem cronológica de chegada às suas mãos. c)Aguardar o chamado para preencher a vaga aberta por uma desistência e efetivação da Inscrição. 5.2. Pagamento da inscrição • Efetivada a inscrição, o pretendente receberá um comunicado do Casal Tesoureiro, informando a homologação da sua inscrição, do prazo e da forma como deverá efetivar o seu pagamento. Os valores a serem pagos constam a seguir e deverão ser fe itos em parcela única. 5.2 .1. Valor da Inscrição com Hospedagem, por pessoa • Valor a ser pago em um único pagamento - R$ 590,00 5.2.2. Valor da Inscrição sem Hospedagem, por pessoa • Valor a ser pago em um único pagamento - R$ 250,00

6. Desistências I Devoluções: 6.1. As desistências deverão ser formal izadas por escrito (carta ou e-mail) ao Coordenador das Inscrições em sua Província . 6.2. Aos desistentes, que comunicarem sua desistência até 31 de março de 2009, será devolvido integralmente o va lor das parcelas pagas, no mês subseqüente ao da comunicação. 6.3. As desistências recebidas pelos Casais Coordenadores de Inscrições entre 01 a 30 de abril de 2009 terão a devolução de 50% (cinqüenta por cento) das parcelas pagas, em razão de que, nessa época já teremos pago cerca de 70% dos valores contratados com hotelaria, alimentação e transporte. 6.4. A devolução de valores para desistências recebidas nos meses de maio, junho e julho deverá aguardar o f echamento financeiro do evento. · ..,.. (Continua na pág. IV) 11

2" Encontro Nacional das ENS


· o Gerais Província: ..................... .. .. .. .. .. .. .. Região: ... .. .. ... ...... .................. Setor: .................. ... ..

2.1nscrição:

110501 M. SALMA/ PAULO M.CARVALHO N. R.CEL. J.DOMI.DE VASCONCELOS,31-AP.01 V. ADYANA-SAO JOSE DOS CAMPOS-SP 12243-B40 2.1. Identificação do interessado: Casal (

Viúvo ( )

Ela ( )

Viúva ( )

Ele ( )

Conselheiro Espiritual (

RG-ela (*): ...... ....................... CPF-ela (* ): .... ..... .... .... .. ......... .. ..... Tel: ......... .. .... ..... ... .. RG-ele (*): ...... .. ............ .. ..... .. CPF-ele (*): ... .. ........ ..................... Cel : .... .. ... .. ... ... ... .. .. . End . eletrônico: ... ..... .......... ... .. ... ......... .. ...... ......................... .. ............. ....... ..... ... .... ... ..

2.2. Opção da Hospedagem e do Plano de Pagamento: Com Hospedagem (

Plano de Pagamento: ..... .. ...... ... .. .

Sem Hospedagem (

2.3. Outras Informações: Atualmente o casal exerce responsabilidade no Movimento? .. ...... .. ... .. ........ .. ......... .. Qual? : ...... .... ............................ .. .... .. .. ....... ... ..... ..... .. ........ ... ... ................. .. ...... ...... ... .. .. Outras informações que julgarem necessárias: ....................... ... .. ... ... .... ................. ... .

Obs.: Os itens assinalados com (*) são de preenchimento obrigatório.

Declaro estar ciente das condições descritas em Instruções para Inscrições, anexas a esta ficha

Local e data: .... .. ............ ...................... Assin.: .......................................................... . Número da Inscrição:

(número seqUencial fornecido pelo Coordenador Nacional das Inscrições)

Plano de Pagamento:

(fornecido pelo Coordenador Nacional das Inscrições)

2Q Encontro Nacional das ENS

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~ 6.5. O valor da Taxa de Inscrição não será devolvido.

7. Outras Instruções 7.1. As Inscrições são intransferíveis. 7 .2 . Será mantida a inscrição e garantida a participação no Encontro aos inscritos que mantiverem seus pagamentos em dia . 7.3. As eventuais sobras serão devolvidas após o fechamen t o final da parte financeira do Encontro . 7 .4. Se o valor da inscrição for insuficiente para cobrir os custos enumerados no item 3, será emitido um bloqueto bancário compl ementar (em um ún ico pagamento) com vencimento em j unho de 2009. Observação : Sugere-se aos inscritos guardar cópia xerográfica da Ficha de Inscrição, do comprovante da Taxa de Inscrição e das Instruções para Inscrições.

8. Coordenador Nacional das Inscrições Vera Lúcia e José Renato Lucian i Rua Belém, 401 • 13301-453 - ITÚ-SP (11) 4022 -2212 • renatoluciani @uol.com .br

9. Coordenadores das Inscrições nas Províncias: Prov. Norte

Maria das Graças e Raimundo Encarnação Rua Mém de Sá, 90 - Conj .D.Pedro 11 69040-700 - MANAUS-AM (92) 3238-2360 - graenc@hotmail.com

Prov. Nordeste

Maria Conceição e Sebastião Macedo R. Aurino Vila , s/n° - Condomínio Padre Mont e - casa 72 59148-590 EMAÚS - PARNAM IRIM-RN (84)3643-5836 - sebastiaomacedoS@hotmail.com

Prov. C.-Oeste

Mércia e Agu imar de Freitas Nunes HIGS, 713 - Bloco D - casa 35 70380-704 - BRASÍLIA-DF (61) 3245-4364 - mercia .aguimar@gmail.com

Província Leste

Maria de Fátima e Jerson Qu intella Rua dos Mestres, 7 25953 -340 - TERESÓPOLIS-RJ (21) 2643-2232 - jquintella@altarede.com .br

Prov. Sul I

Lígia e Carlos Alberto Bestet ti Av. 9 de Julho, 1450 - apto 8 1 13209-011 - JUNDIAÍ-SP (11) 4523- 1213 - calitita@t erra .com .br

Prov.Sul 11

Estela e Paulo César Turetta Rua Dr. João Maria Carneiro Lyra, 60 - Jd .ltamarati 17209-430 - JAÚ-SP (14) 3622-8189 - pcturetta@gmail.com

Prov. Sul III

Dirlene e Henrique Musiat Av.Água Verde, 1919 - apto 54 - Bloco B 80240-070 - CURITIBA-PR (41) 3243-3102 - musiat@terra .com .br

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2Sl Encontro Nacional das ENS


Ele fala; A sua voz exerce uma pressão infinitamente leve". Pela manhã, fizemos uma reflexão sobre a fidelidade e o serviço, através da meditação do texto de Efésios 3,17. Seguros da vocação a que fomos chamados, confiando na fidelidade de Deus, pedimos insistentemente ao Senhor para nos dar força, alegria, paz, paciência, bondade, suavidade e orientação, principalmente nos momentos em que somos mais desafiados a nos doar: quando estamos tristes e desanimados, quando a angústia e a inquietação enchem o nosso espírito, quando nos irritamos porque as nossas ideias são rejeitadas, quando temos dificuldades em acreditar em nossos dons ... Na Eucaristia celebrada nesse dia, o sacerdote presidente recordou nosso batismo, e as leituras renovaram a fé na presença de Cristo no meio de nós: "Não fomos nós que amamos a Deus, foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados." Elas nos fizeram recordar que, "se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e em nós o seu amor é perfeito." A Palavra de Deus nos exortou e nos confortou: "Vinde a mim, todos vós que vos fatigais e andais sobrecarregados, que eu vos aliviarei. " Nas orações de quarta e quinta, clamamos a Deus pela espiritualidade conjugal. Do Livro de Tobias, aprendemos com Sara e seu marido a fazer uma verdadeira oração conjugal, uma celebração, maCM 434

nifestação da alegria por estarmos juntos. Do texto de Marcos 10,6-9, ouvimos novamente o Senhor afirmar que "deixará o homem seu pai e sua mãe e passarão os dois a ser uma só carne". Recebemos um símbolo do ciclo da vida, representando a presença de Deus em nossa vida conjugal. Na quinta-feira, último dia do Encontro, a celebração Eucarística foi presidida pelo Pe. Federico Lombardi, porta-voz de Sua Santidade, o Papa Bento XVI. Com muita simpatia, fez questão de dizer algumas palavras em português, numa deferência à presença de casais de várias línguas e culturas. Aliás, esta foi a tônica da liturgia do II Encontro Internacional dos Responsáveis Regionais: a internacionalidade das ENS! Cartões trazidos de todas as partes do mundo adornavam um grande quadro, enquanto um painel, formado pelos casais responsáveis por todas as super-regiões, exibia a cena do Lavapés. Os cantos e as orações foram entoados em vários idiomas: latim, italiano, inglês, francês, português, espanhol e árabe. Após a renovação dos votos matrimoniais, todos os casais presentes foram enviados ao mundo para anunciar a boa nova sobre o amor conjugal, para que, através de nossa vivência, possamos refletir o amor de Deus por toda a humanidade. Temos certeza de que todos os participantes deste Encontro de Roma voltaram para suas casas, para suas famílias e para suas equipes e regiões transforma23


dos pela graça, misericórdia e bondade de Deus! Por tudo, o Senhor seja louvado! Ange/a e Luiz CR Província Sul III

••• O ENVIO Queridos irmãos equipistas: "Magnificat'' O 2o Encontro Internacional de Responsáveis Regionais reuniu, em Roma, casais de todo o mundo para refletir sobre a situação atual do Movimento. As reflexões serviram como "matéria prima" para a elaboração das orientações que o Colégio da ERI apresentará no próximo Encontro Internacional em 2012 . Será o guia para o caminho a ser desenvolvido para o futuro. E como todo esforço humano institucional deve ser guiado pelo Espírito Santo, temos certeza que este Encontro foi colocado nas mãos do Senhor Jesus, " ... quem fica unido a mim e eu a Ele dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada" (Jo 15,5) . Para dar sentido e confirmar estas palavras, foram escolhidos para reflexões e orações do Encontro os pensamentos e as idéias do Pe. Caffarel. Usufruindo de sua herança, fomos sendo encorajados a, firmes, seguir suas pegadas, para evoluirmos na sua proposta de fazer do sacramento do Matrimonio um caminho ininterrupto para a santidade conjugal. As conferências tinham todas esta direção. A sabedoria das palavras está 24

no coração daqueles que encarnam o verdadeiro sentido do serviço, lembrando a promessa de Jesus aos discípulos: "O advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, Ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu vos disse" (Jo 14,26). Encarnando o sentido desta mensagem de Cristo, surgiu a novidade lançada pelo Casal Responsável da ERI, Maria Carla e Cario Volpini, quando confiantes e cheios de muita esperança convidaram-nos para preencher a "página em branco" do Encontro, com as nossas experiências, palavras e testemunhos, contribuindo assim para a reflexão da escolha do tema do próximo Encontro Internacional. ''A partitura já está escrita no céu. Temos que lê-la para tocá-la com harmonia. Isto exige empenho", concluíram. A ERI quis escutar a nós e ao Espírito Santo, a um só tempo. O Envio foi o desfecho maravilhoso de toda a programação elaborada com muita competência, simplicidade, amor e principalmente, espiritualidade. Fomos enviados, na certeza de termos preenchido a "página em branco", com as reflexões e inspirações realizadas nos diversos Carrefours (grupos) durante o Encontro, mantendo-nos fiéis à obra do nosso fundador Pe. Caffarel. Ao sermos enviados, fomos lembrados da importância do serviço nas ENS. "Servir é escutar. "• Nazira e João Paulo CR Província Norte CM 434


ENCONTRO DA PROVÍNCIA LESTE No final do ano de 2008, a Província Leste também realizou seu Encontro Provincial, de 7 a 9 de novembro, em São Lourenço/MG. No encontro, aprendemos lições importantes sobre desprendimento, alegria de servir a Deus na pessoa do próximo. Uções de fé e atitudes concretas. O Casal Esther e Renato (CRR Rio IV) falaram forte quando afirmaram: "Negar o SERVIÇO é perder a chance de nos santificarmos!" Pe. Mundinho (SCE da Província) falou-nos sobre a necessidade de partilharmos com os outros a alegria de "sermos enviados". Tivemos momentos de aprofundamento e reflexão, mas também confraternização e descontração.

Entre 23 Conselheiros Espirituais, 55 casais participantes e 11 envolvidos na organização do Encontro, não fomos apenas mais um casal, mas sim um dos casais escolhidos por Deus. Quantas bênçãos colhemos! Realimentados e revigorados, retornamos aos nossos lares repletos de idéias, de ânimo e força. Existem frustrações, mas os desafios nos impulsionam. Agora é arregaçar as mangas e colocar em prática, transbordar a energia e o aprendizado colhidos neste Encontro, que nos mostrou sermos um pequeno grão de mostarda (Mt 13,31-32). • Sandra e Frank CR do Setor F - Região Rio V

<;FSSÃO DF FORMAÇÃO NÍVEL III Vinte e seis casais equipistas da Região Santa Catarina I participaram de Sessão de Formação Nível III, nos dias 12 a 14 de setembro de 2008. Foram três dias de imersão profunda na mística e no carisma das Equipes de Nossa Senhora. Três celebrações litúrgicas e outros momentos de oração criaram um ambiente de intimidade profunda com o Senhor. O significado e a importância de se participar de sessões de formação tem respaldo nas próprias palavras de Padre Caffarel, ao diCM 434

zer que "quem estaciona, anda para trás". Ainda, sob essa ótica, os Pontos Concretos de Esforço nos devem levar a novas atitudes de vida, pois eles não são coisas a fazer, mas sim atitudes a desenvolver. Estas atitudes - buscar sempre a vontade de Deus, buscar sempre a verdade e buscar sempre viver o encontro e a comunhão - devem orientar nossas ações quando nos esforçamos em viver pontos concretos de conversão. Clemene e Afo 1 .o CR Formação da Região SC I

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FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA Não é .preciso pensar muito para compreender por que a Igreja no Brasil escolheu como te ma da Campanha da Fraternidade deste ano a questão da segurança pública. Basta acompanhar um pouco os noticiários de rádio e TV, ou a imprensa escrita. As notícias sobre a tos e situações de violência estão na ordem do dia. E não é simplesmente por que os meios de comunicação social colocam demasiada ênfase nas notícias sobre fatos de violência: esses fatos existem mesmo em abundância! É violência contra a pessoa, sua integridade física e moral, sua dignidade e seus direitos fundamentais, contra a sua vida .. . É a violência diária das situações de injustiça não superadas, e que pesam sobretudo sobre camadas sociais e pessoas indefesas ... A violência acaba se tornando corriqueira e nem mais chama a atenção, a não ser que venha acompanhada de algum detalhe especialmente repugnante . Vai se ficando indiferente diante da violência, que vai sendo absorvida como uma componente da cultura. E as pessoas defendem-se como 26

podem , levantando muros, colocando alarmes, contratando seguranças, comprando armas. Atrás desta busca de autodefesa vai se definindo uma situação especialmente grave : a violência como um fato normal e parte do dia a dia; é a aceitação inconsciente da cultura da violência. Não se confia no Estado e nas instituições de segurança, sobretudo diante da fragi lidade e ineficiência dessas instituições para combater a violência, sem impor violência ainda maior. A segurança pública é um direito do cidadão e um dever do Estado. Porém, não só do Estado, mas também dos cidadãos. EviCM 434


dentemente, o respeito às leis faz parte desse dever de cidadania. Mas a lei, por si só, não resolve; há tanta lei boa que não é observada. É preciso ir à raiz do problema, que é a perda do valor da pessoa e a busca da vantagem acima de tudo. Se o ser humano, como pessoa, não vale mais nada ou só conta enquanto traz vantagem para alguém, todos os direitos referidos à pessoa se perdem. A questão da violência tem um componente importante, que não pode ser esquecido e que o lema da Campanha da Fraternidade deste ano evidencia profeticamente: a paz é fruto da justiça (cf Is 32,17). Não pode haver paz social e nas relações entre as pessoas sem a prática da justiça; e assim também nas relações entre os povos. A injustiça é sempre uma violência contra os direitos da pessoa ou dos povos; por isso, a superação das injustiças é condição para que haja paz verdadeira. A Igreja, porém, vai ainda além disso e ensina que o mero cumprimento da justiça ainda não é suficiente para cultivar a paz. Esta também é fruto do arrependimento das culpas, do perdão dado e recebido e da reparação das ofensas. E mais: ela é assegurada nas atitudes fraternas e solidárias, que vão além da medida estrita da justiça e já são expressão do coração que se alarga para amar e acolher o próximo. Por isso, a proposta da Campanha da Fraternidade é feita no período da Quaresma e vem unida ao chamado à penitência e à converCM 434

são. É necessário mudar atitudes e hábitos violentos, como a prepotência e a soberba nas relações humanas. A cultura da paz precisa ser difundida e alimentada, sem ceder à tentação das soluções violentas para os conflitos. A paz é cultivada no respeito e na benevolência nas relações humanas; e também no reconhecimento e na afirmação da dignidade de cada ser humano, desde o primeiro instante de sua existência até o final de sua vida. Evidentemente, a paz é também um fato social e político e requer o empenho de todos para que se mantenham as condições sociais, políticas e econômicas de sua afirmação. A Quaresma, iniciada com a 4 3 . feira de cinzas, é o caminho de preparação à Páscoa, para celebrar a vida nova que o Cristo ressuscitado nos comunica. Neste itinerário de preparação, somos convidados a rever a vida, a fazer penitência e a nos convertermos sempre mais ao caminho de Cristo e do Evangelho. "Convertei-vos e crede no Evangelho", eis o anúncio e a ordem de Cristo, que nos deve orientar e motivar neste período. Cabe também a reflexão sobre a violência presente, talvez, na convivência familiar, nas relações profissionais e de trabalho e no cultivo do lazer. Não podemos aceitar, indiferentes, a violência pequena do dia a dia, como se fosse "normal". Não somos feitos para a violência, mas para a paz e para a mútua edificação. • Cardeal Odilo Pedro Scherer O São Paulo, 24.02.2009 Extraído do site CNBB 27


BODAS DE OURO Maria Thereza e Carlos Heitor Seabra, da Equipe 5 , Setor A, Região São Paulo Capital II, no dia 10 de janeiro de 2009, comemoraram seu 50° aniversário de casamento. A missa em Ação de Graças foi celebrada por Pe . Edísio de Carvalho Silva (SCE da equipe) e contou com a participação, nos comentários e leituras, das filhas , do filho, das netas e netos. Presentes ao evento estiveram familiares , casais equipistas e inúmeros amigos. Auta e Jonas, festejaram suas bodas de ouro no dia 24 de janeiro de 2009, em uma missa solene na Igreja Matriz de Casa Branca, juntamente com todos os filhos , netos, genros, noras e bisnetos. A missa, preparada com muito carinho, teve a participação efetiva de todos os familiares e equipistas. É um casal muito querido em nosso Setor, fazendo part~ da Equipe Nossa Senhora das Graças. É um verdadeiro testemunho de vida e espiritualidade conjugal, pessoas de muita oração, exemplo para seus filhos e inúmeros netos. Nas alegrias e nas dificuldades, eles sempre nos alentam: "em tudo dai graças a Deus, pois só conhecemos nosso passado e nosso presente, mas quanto ao nosso futuro acreditamos que será cada vez melhor, porque está nas mãos do Senhor que tudo pode" . Ninha e Nela - CRS Casa Branca/SP ~

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Dulce e Antonio Figueiredo, no dia 10 de dezembro de 2008, completaram 50 anos de união conjugal. Para comemorar as bodas de ouro em 8 clima de grande alegria, os filhos e os amigos do casal, juntos agradeceram ~ ~ a Deus, louvando-O por todas as bênçãos e graças recebidas em sua cami~ nhada a dois, uma bonita história de amor e aliança com Deus. Nessa longa ~ convivência, muitas sementes foram espalhadas, muitos frutos ainda serão ~ :2 colhidos. Nosso SCE, Padre Rubens, celebrou em ação de graças as bodas ~ ~de ouro do casal, abençoou e santificou as alianças, símbolo da fidelidade e 2 ·g da graça do sacramento, na presença dos filhos , amigos e de todos os mem~ ,g· bros da sua Equipe Nossa Senhora Rainha da Paz, do Setor B de Sorocaba. ~ 2 Padre Rubens desejou-lhes que o Senhor Deus faça transbordar em seus -<3 ~ corações a paz e a alegria, e que continuem vivendo intensamente esta ~ aliança, unidos à família e ao movimento das Equipes. E

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Elvira e Ildebrando, CR Setor B - Sorocaba/SP 28

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ORDENAÇÕES PRESBITERAIS

Wellington Supriano foi ordenado presbítero no dia 12 de dezembro de 2009, pela imposição das mãos e oração consacratória de D. Luiz Antonio Guedes, atual bispo de Campo Limpo/SP. É Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe Nossa Senhora do Desterro, do Setor A de Bauru/SP. Naide e Célío, CR do Setor A de Bauru/SP

Gustavo Henrique Crepaldi, no dia 26 de dezembro de 2008, foi ordenado presbítero, na Paróquia São João Batista da cidade de Iacanga/SP, pela imposição das mãos e oração cansacratória de Dom Luiz Antonio, Bispo da Diocese de Campo Limpo/SP. Ele é SCE das Equipes 12 e 21, de Bauru/SP. Orlando Miranda Machado, Setor B - Bauru/SP

Pe. Joácio Nóbrega, no dia 9 de janeiro de 2009, na Catedral de Nossa Senhora da Guia, em Patos, foi ordenado presbítero pela imposição das mãos e oração consacratória de Dom Manoel dos Reis de Farias, bispo de Patos/PB. Pe.Joácio é SCE do Setor A de Santa Luzia/PB. Vania e Edson CRS Setor A de Santa Luzia/PB

Frei Steeven Tavares Diane OFM foi ordenado presbítero no dia 13 de fevereiro de 2009, pela imposição das mãos e oração consacratória de Dom Frei Caetano Ferrari, Bispo de Franca/SP, em cerimônia realizada na Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Sertãozinho/SP. Frei Steeven é SCE das Equipes Nossa Senhora das Graças, do Setor de Garça/SP, e Nossa Senhora Rosa Mística, do Setor A de Man1ia/SP. Mara e Ricardo Conessa, Eq. N. S . das Graças - Garça/SP

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL

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Os membros das Equipes Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora Mãe dos Homens, Região Santa Catarina I, festejaram com alegria os 50 anos de Ordenação presbiteral do seu SCE, Pe. José Edgard de Oliveira. A comemoração do jubileu aconteceu no dia 7 de dezembro de 2008, com celebração Eucarística realizada na Igreja Matriz de São João Batista/SC. 29


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60 ANOS DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL Os integrantes das Equipes 22 e 34 de São José do Botanaguá, Setor de Juiz de Fora, participam com alegria os 60 anos de vida sacerdotal de Mo ns. Hernani de Oliveira, seu SCE. A data foi festejada no dia 8 de dezembro de 2008, com celebração Eucarística realizada na Igreja São José, em São José d]o Botanaguá- Juiz de Fora/MG.

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Aconteceu no dia 26 de outubro a eleição do 1° CRE da Equipe Nossa Senhora das Graças de ltapipoca. Na oportunidade, tivemos a graça de contar com a presença do Padre Ritz. Este Sacerdote semeou as primeiras sementes do Movimento nessa cidade, onde também estão sendo conduzidas duas Experiências Comunitárias. Regina e Diassis, CRS Ceará Norte 2 1

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PARTIRAM PARA A CASA DO PAI lles D. Travessini, do Aristides, no dia 8 de novembro de 2008. Fazia parte da Equipe Nossa Senhora da Defesa, Toledo/PR. José Ronaldo Vilar de Queiroz, da Gizelda, no dia 13 de Janeiro de 2008. Integrava a Equipe 2 do Setor A de NataVRN. Luiz Victor Carneiro, da Lêda, no dia 5 de janeiro de 2009. Integrava a Equipe Nossa Senhora de Nazaré, do Setor B - Região Rio I. José Bento Martins, da Aniê, no dia 28 de maio de 2008. Integrava a Equipe 3 do Setor B da Região Paraíba. Maria Tereza Negreli Caseri , do José, no dia 11 de novembro de 2008. Era membro da Equipe Nossa Senhora Mãe Aparecida, de Guapiaçu/SP. 30

O MOVIMENTO NASCE EM ITAPIPOCA

PROFISSÃO RELIGIOSA Américo de Sá Leite, Acompanhador Espiritual da Equipe Nossa Senhora da Boa Viagem do Setor C de Recife/PE, consagrou sua vida a Deus, através da primeira profissão religiosa, na Congregação dos Missionários da Sagrada Família, em cerimônia realizada no dia 16 de janeiro de 2009, no Noviciado em San MigueVArgentina. Toda a equipe se alegra com mais este sim ao Senhor de Américo. Gracas e Valadores Eq. N. S. da Boa Viagem - Setor C de Recife!PE

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SUBIR À MONTANHA PARA TRANSFIGURAR-SE Em nosso retiro no ano de 2008, poder de Deus, que nos animou e fomos interpelados a ver Deus re- nos encorajou durante toda a esvelando ainda hoje seus projetas de calada, que se transformou numa libertação. Fomos convidados e leve e agradável caminhada. Podia motivados a subir a montanha e notar-se no olhar e no sorriso daquep<;irticiparmos da transfiguração les que não se detiveram nos pormecom Cristo, no encontro com o côn- nores do caminho ou no medo de se juge e nossos irmãos. Um convite deixarem transparecer em Cristo a desafiador. Durante a marcha foi alegria e a satisfação de estarem ali. necessário um despojamento total, E assim, nesse contato pessoal, conjua começar por tirar as cómodas san- gal e comunitário com Deus, chegadálias da soberba, da infidelidade, mos ao cume da montanha e pudeda tristeza, da autossuficiência, do mos juntos participar da transfiguração ciúme , da vaidade, do comodis- , que fez brilhar em cada rosto a glória mo .. . que nos impediam de fazer- da divindade e o desejo coletivo de grimos a escalada e de pisarmos com tar bem alto: Obrigado, Senhor. mais segurança os caminhos sagraSaímos do retiro com o propódos do Senhor. Aceito o desafio, ini- sito firme de nos manter fiéis à misciamos a subida, que no início pa- são, para transfigurados, ser no recia bem difícil. Então, como acon- mundo sinal de luz e esperança. • Dalua e Jorge teceu com Elias, sentimos no "sopro de uma brisa leve" a força e o Eq. 08 - Setor D -Juiz de Fora!MG

AARTE DO DIÁLOGO Durante um estudo de determinado tema, observamos que o diálogo constitui base fundamental para um relacionamento conjugal sólido. O diálogo é muito mais que uma conversa a dois. É o resultado de um amor que sabe respeitar e entender o outro. Os casais têm muito que aprender, especialmente marido e mulher um com o outro. Aprender é um exercício que deve ser vivido diariamente pelos cônjuges. A falta de humildade e coraCM 434

gem para manifestar os sentimentos são obstáculos a serem superados, a fim de que aconteça um verdadeiro diálogo. Só há diálogo quando se escuta e quando se fala. Falar não somente com a boca, mas com gestos e expressões de carinho. Escutar com o coração é uma atitude de maturidade que só fortalece a união do casal. "Os insensíveis escutam com os ouvidos, os sábios com o coração." Rose e Celso Eq. N. S. de Fátima - Setor A Santarém/PA 31


REVIVENDO SAUDADES E GRAÇAS Em 1968 foi a última vez que fui a São Leopoldo/RS e me hospedei no Colégio Cristo Rei, dos Padres Jesuítas, para um curso de dois meses, sobre Retiro Espiritual Inaciano. Quarenta anos depois, voltei a São Leopoldo, para tomar parte no IX Encontro da Província Sul III das Equipes de Nossa Senhora e, em vez de padres e seminaristas jesuítas, encontrei no Cristo Rei, agora transformado em Centro de Espiritualidade, um grupo de casais alegres, andando nos corredores. Para mim foi um encontro muito enriquecedor também: em vez de leituras de livros sobre espiritualidade , mística e pedagogia das Equipes de Nossa Senhora, encontrei casais fervorosos pregando, sobretudo através de bonitos testemunhos . Várias coisas chamaram-me a atenção: • As Equipes têm uma capacidade admirável de renovação e capacitação de seus casais para serem líderes e militantes; • A seriedade da ascética através dos Pontos Concretos de Esforço (PCE) é seguida à risca por todos. Padre Caffarel é admirado, como de fato é, um "santo fundador" da espiritualidade conjugal na Igreja; • A linguagem entre os equipistas é cheia de amor para com a Igreja hierárquica; 32

• Os conselheiros espirituais são amados como irmãos queridos; • A busca da santidade, nem mais, nem menos, como dizia Padre Caffarel, é uma constante entre os casais; • As liturgias eram verdadeiros encontros com Jesus vivo na Eucaristia; • As confraternizações noturnas eram cheias de uma alegria pura; • Para um pastor sofrido com notícias de separações, divórcios e abortos, o encontro dos casais foi um oásis de piedade e de missionariedade. Voltei do encontro amando ainda mais as Equipes de Nossa Senhora e , também , considerando que elas são um património de esperança cristã para a Igreja e para as famílias do Brasil. Nossa Senhora abençoe e santifique as Equipes. • Dom Albano Cavallín Arcebispo Emérito de Londrína/PR SCE Setor A CM 434


VI ENCONTRO MUNDIAL DA FAMÍLIA- MÉXIC0/2009 CONGRESSOTEOLÓGICO PASTORAL A Super-Região Brasil destacou os casais Rosa e Paulo e Graciete e Gambim para estarem no VI Encontro Mundial da Família, em Cidade do México, de 14 a 18 de janeiro de 2009, em especial para participarem do Congresso Teológico Pastoral, desenvolvido nos dias 14 a 16. Antes de - como dever e com alegria - partilharmos com os irmãos brasileiros as lições ouvidas, precisamos dizer que, como verdadeira família, nossos irmãos equipistas mexicanos, que nunca nos tinham visto, acolheram-nos com o máximo carinho, e até deixaram compromissos profissionais para estar conosco e nos conduzir em CM 434

seus automóveis até o local do evento, por percursos de quase duas horas na maior metrópole do mundo. Abriram as portas de suas casas, nos deram a conhecer as suas famílias. A respeito deles podemos dizer: Vede como eles amam. No Congresso, nós fazíamos parte de uma assembléia de ouvintes de quase dez mil pessoas de 88 delegações de países representados, entre casais, famílias (Havia famílias inteiras participando) , muitos sacerdotes, freiras ... vários cardeais e numerosos bispos. Num programa de 11 horas diárias, com folga somente para o almoço, ouvimos conferências, depoi33


mentes em mesas redondas, testemunhos e, no último dia, também apresentações intercaladas de grupos artísticos da rica cultura mexicana, na qual o valor família está presente. Cada sessão foi presidida por um Cardeal. O Cardeal Ênio Antonelli, presidente do Pontifício Conselho para as Famílias, procedeu à abertura oficial. A seguir, o Arcebispo de Cidade do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, fez uma fraternal acolhida a todos os visitantes. Também presente, o presidente do México disse da satisfação em ver realizado no seu país o Encontro Mundial da Família e dá belo testemunho da importância da família na sua vida pessoal. Afirma que a valorização da família é compromisso com todos os valores morais e religiosos.

VALORES DA FAMÍLIA SEGUNDO A BÍBLIA A primeira conferência foi proferida por Pe. Raniero Cantalamezza, OFM Cap .. Ele colocou um embasamento teológico-bíblico da família e iniciou dizendo que a Bíblia não enfoca a família, mas o casal. O Antigo Testamento aponta para as boas relações entre os cônjuges, o que deve servir ao bem da família. O capítulo primeiro de Gênesis , de tradição sacerdotal, apresenta o homem e a mulher como imagem de Deus: Os dois juntos são imagem de Deus. A família brota da fecundidade do casal, como por delegação de Deus. Já o capítulo 2° do Gênesis, de tra34

dição javista , acentua o fator unitivo: Homem e mulher são '\.1ma só carne". Homem e mulher tomam consciência de que não se bastam sozinhos. Um precisa do outro e ambos necessitam de Deus e o primeiro passo para amarem a Deus é se abrirem ao amor mútuo. O domínio de um sobre o outro não é projeto de Deus, mas fruto do pecado: O pecado faz o "matrimónio" ceder lugar ao "património" (ex. : lei do Levirato) . É o pecado que faz a unidade do casal estar ausente na vida dos grandes patriarcas do AT, desde Abraão até os grandes reis, como Davi e Salomão. Os profetas reagem a essa situação: Oséias e Isaías insistem na fidelidade de Deus à aliança indissolúvel com o seu povo, fidelidade e indissolubilidade que o casal deve viver em sua vida conjugal. Eles conclamam os homens a voltar ao primeiro amor. Casamento é um encontro de amor. Já Malaquias condena toda traição à esposa do "primeiro amor". O Novo Testamento apresenta o casamento como realização plena do homem e da mulher: Ambos mutuamente se bastam: Jesus Cristo unifica as duas tradições da criação do casal: "No princípio" Deus criou o homem e a mulher unidos. "O que Deus uniu o homem não separe". Marido e mulher são "uma só carne", uma só vida. Jesus Cristo veio restabelecer o matrimónio em aliança fiel e indissolúvel, como Deus o criou, pois o casamento é uma comunhão de amor. A sexualidade não se destina só CM 434


à procriação. Antes disso, ela é uma expressão do amor de Deus pela humanidade, pois, pela sexualidade, homem e mulher se fazem dom de amor um para o outro. Diz que algumas colocações de Santo Agostinho e Santo Tomás sobre o casamento repercutem hoje de forma negativa contra o casamento e que a Igreja reverterá essa situação se apresentar o casamento cristão como um ideal de amor, para que os casais vivam o verdadeiro valor do matrimônio e da família. Como os primeiros cristãos mudaram o Império Romano pelo seu testemunho de vida, hoje os casais cristãos devem vencer o divórcio e o aborto, não pretendendo que o poder civil mude as leis, mas mudando a sociedade pelo testemunho de amor do casal, reproduzindo em suas vidas o amor que acontece na Trindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A união de marido e mulher é representação real do amor da Trindade. A união sexual é uma união total, e quando não se busca a total qualidade dessa união, acabar-se-á desviando para a quantidade de sexo, na infidelidade conjugal, no divórcio etc. Enfatiza que é preciso buscar o amor verdadeiro, para uma maior realização da união sexual. O ato constitutivo do casamento é o amor, o dom de si um ao outro, como uma ação no Espírito Santo, que faz vivas todas as coisas.

VALO RES ÉTICOS Na segunda conferência , Dr. Jaime Antunes (Chile) , faz uma CM 434

avaliação crítica das filosofias a partir de Kant, as quais substituíram o ser pelo fazer. Essa visão filosófica levou a moral e a ética a perderem a referência do ser e, mais tarde, Nietzsche tentará excluir Deus e a criação da explicação da existência do homem. Enfatizou que é na família que se aprendem os valores fundamentais, o mistério da existência real do Deus que é amor, paradigma do amor humano.

VALORES A DESCOBRI R E REDESCOBRI R O Cardeal Marc Quellet (Canadá) , depois de criticar a visão que correntes de pensamento querem dar ao casamento, invertendo a sua essência, ou como o Construtivismo, que diz que o casamento deve seguir a orientação sexual subjeti·va de cada um, sem qualquer vínculo com a criação de Deus, passa a falar do valores fundamentais a serem redescobertos pelos cristãos. É preciso recomeçar a partir de Cristo, onde o amor está acima da transmissão da vida. É preciso redescobrir o casamento amor, como sinal da união de Cristo com a Igreja. Casamento como serviço de amor a Cristo. Pelo sacramento, Cristo consagra o casal como testemunho do seu amor pela Igreja e o casal tornase testemunho da salvação. A união de amor do casal nasce da fé e nela se fundamenta. Amar, para o casal, é uma missão eclesial, no vínculo do Espírito Santo, que forma ali a igreja doméstica. O casamento não é um ato in35


dividual, mas compromisso social, comunitário. O amor do casal é fiel e fecundo, funda uma família e a família educada na fé do amor volta-se para o apostolado do amor.

ORGANISMOS QUE AJUDAM A FAMÍLIA NA FORMAÇÃO DE VALORES O Cardeal Rilco, Pres. do Pontifício Conselho para os Leigos, que presidiu a mesa redonda a seguir, inicia dizendo que a família não pode ficar isolada, mas que em seu caminhar precisa de ajuda espiritual e apoio na sustentação dos valores. A seguir foram feitas várias manifestações sobre a necessidade de a família estar engajada na paróquia, que é o mistéiro da Igreja presente na família . É através da paróquia que a Igreja ajuda a família e a fa._ mília trabalha na Igreja, verdadeira celebração da vida. Mas também os movimentos familiares são importantes meios de apoio, cada um com seu carisma. Falaram representantes de quatro movimentos, dizendo como trabalham junto aos casais e famílias . TESTEMUNHOS Na mesma linha da mesa redonda, seguiram-se nove testemunhos de movimentos familiares. Mauricio e M. Cancepcion (Conchita) Maza, CR da Província México, em nome de Carla e Cario Volpini (ERI), falaram do que são as ENS e da sua proposta, de maneira suscinta e clara (obedientes que foram - talvez os únicos - ao limite solicitado de cinco minutos) e ain36

da testemunharam a importância das Equipes em sua vida de casal. Seguiram-se os outros testemunhos, alguns dizendo da proposta do seu movimento, outros expondo as obras realizadas.

FAMÍLIA E SEXUALIDADE No segundo dia, após a liturgia da manhã, ouvimos a conferência da Ora. M. Luiza di Pietro (Itália) . Entre outras assertivas, disse que a sexualidade é expressão da pesssoa e da sua personalidade masculina ou feminina . A sexualidade identifica a pessoa como mulher ou como homem, por isso, homem e mulher são dom um para o outro. Sexualidade faz parte da integralidade da pessoa humana. Homem e mulher, por serem semelhantes e diferentes, podem ser dom recíproco. A genitalidade é também meio que complementa a relação recíproca de um homem e de uma mulher, porque o amor humano é material, psíquico e espiritual. A educação da sexualidade das crianças pertence aos pais, de maCM 434


neira inalienável. É na família que se educa para a responsabilidade sexual: fecundidade , indissolubilidade do matrimónio e fidelidade, masculinidade e feminilidade, afetividade e maturidade. A FAMÍLIA E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO A seguir, Norberto Gonzales Gaitano (Espanha) falou sobre a influência dos meios de comunicação, mormente da televisão, na formação dos valores familiares. Discorreu sobre uma realidade já conhecida de todos nós, mas ressaltou que não são os meios de comunicação os culpados, mas quem deles faz uso, quer sejam os que produzem os programas, quer os que a eles assistem. Disse que o maior mal da televisão não é o mal que apresentam, mas o relativismo com que são apresentados os fatos ou as ideias: O bom não é apresentado como bom e o mau não é apresentado como mau. Os receptores da comunicação recebem tudo com o mesmo valor, estabelecendo-se o relativismo de valores. Como consequência temos pessoas sem certeza de nada. Cada uma tem a verdade que deseja. A FAMÍLIA E OS M IGRANTES Em sessão presidida e comentada pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer (tivemos a alegria de encontrá-lo num dos deslocamentos e, muito afável e amigo, ele falou consoco), houve duas conferências. Nesta, Mons. Agostino Marchetto faCM 434

lou sobre os migrantes, abordando mais o problema da família migrante, dentro ou para fora de seus países, pois é a família que mais sofre nas migrações. Em geral, as famílias que migram sofrem isolamento. Mas há também o tráfico humano, trabalho escravo, leis internacionais que não são cumpridas em muitos países. Falou da necessidade de pastorais de apoio aos migrantes em várias frentes: estudantes, famílias de refugiados, os que buscam trabalho... As pastorais precisam ser diferentes e adequadas a cada situação. Dom Odilo, em comentário, acrescenta que a migração tem o lado positivo de integrar culturas diferentes. A FAMÍLIA E AS VIRTUDES SOCIAIS Pierpaulo Donati (Itália), em sua conferência, acentua que a família é a mais importante formadora das virtudes sociais, porque é na família que se aprende que precisamos dos outros e os outros precisam de nós. Hoje a mídia insiste em mostrar a família como fonte de problemas, quando, na verdade, ela é fonte de virtudes para a superação dos problemas que os indivíduos carregam. Na família há uma relação social total. É nela que se formam hábitos de convivência, desde o choro do bebê, das lágrimas da mãe, passando pelo humor do adolescente ... Além disso, a família é porta para a comunidade. Na família não se produzem só virtudes individuais, mas também sociais. 37


POLÍTICAS E LEGISLAÇÃO SOBRE A FAMÍLIA Em mesa redonda presidida pelo Cardeal André Vingt-Trais, quatro painelistas trataram de políticas e legislação relacionadas à família, sob os títulos política e legislação, políticas familiares, leis a favor da família e organismos internacionais. Resumindo, disseram que o Estado deve ter políticas de apoio a todas as famílias, não só de assistência social às famílias pobres , para que todas as famílias possam desempenhar sua função formadora. O estado não pode traumatizar a sociedade reconhecendo famílias fundadas em casais do mesmo sexo. Também não pode substituir a família pelo indivíduo ou pela vida grupal. O Estado também não pode substituir a família na educação sexual, religiosa, matrimonial, cidadã. Estado deve proteger a família como formadora dos filhos para a vida individual e social. Sobre organismos internacionais, teceu-se severa crítica à ONU e a alguns de seus organismos, que estão trabalhando contra a família e contra o direito fundamental do homem que é o direito de nascer e o direito à vida em todas as fases da existência. O DIREITO DE LEGISLAR A FAVOR DA VI DA E DA FAMÍLIA A Senadora argentina, Liliana T. N. de Alonso, que aceitou ser política para defender uma legislação favorável aos valores cristãos, 38

disse que o político católico deve ser coerente com a sua fé ao legislar e que aos católicos cabe votar em políticos que defendam a vida e a família. Devem exigir dos políticos que legislem em favor dos valores cistãos da família, da liberdade , da paz, da formação do povo... Acrescentou que católicos autênticos devem fazer-se políticos, pois há políticos corruptos, mas a política não é corrupta. Depois dela, em cinco breves comunicações, foram apresentadas algumas entidades que trabalham na defesa e promoção da família.

A VOCAÇÃO EDUCADORA DA FAMÍLIA O terceiro dia do Congresso foi dedicado mais à família como lugar de formação da pessoa humana. Introduzindo o tema, o Cardeal Javier Barragan, do Pontifício C. para a Saúde, disse que a família cristã tem a vocação de dar às crianças condições de serem bons filhos de Deus e bons cidadãos. Aos pais não basta gerar, também devem humanizar os filhos na sua cultura. Acentuou também que os professores, como representantes dos pais, não podem ensinar aos alunos o que os pais não desejam. Aconferência da Ora. Ssemogerere, de Uganda, foi mais um testemunho rico de como a família , em Uganda e na África em geral, exerce um papel preponderante na educação e formação dos filhos. A família é escola de virtudes. Nela as crianças recebem os princípios para a vida em sociedade. Também disse CM 434


que em Uganda os casamentos católicos são preparados com profundidaDra. Ssemogerere de. A família é a formadora da família e os filhos são a esperança de no futuro continuar a honra do país. Família sente-se parte da Igreja e da sociedade. Em Uganda, os alunos são ensinados na religião que os pais querem. Estes escolhem os professores de religião para seus filhos. Seguiram-se breves comunicações sobre algumas atividades que são desenvolvidas em favor da família e da vida, como comunidades de oração pela vida, comemoração do dia da família, atividades junto aos governos para que legislem a favor da vida e da família. REQUISITOS DA FAMÍLIA FORMADORA Uma mesa redonda apresentou quatro fatores importantes necessários à família, para que ela possa exercer sua vocação formadora. • Aspectos psicológicos: Há leis naturais imutáveis que não podem ser esquecidas na educação. É preciso defender a família do progressismo, que exige o trabalho estafante dos pais, ausentando-os por demais da família. Os filhos precisam da presença dos pais, por isso deve haver equilíbrio entre trabalho e vida em família. CM 434

• Espiritualidade: A família católica coloca Deus no centro da família. Os pais precisam ser coerentes com a fé , pois todos os seus a tos têm consequências. A família é o lugar onde se descobre Deus, se conhece Deus e se aprende a amar a Deus. • Moral: A família é o berço da moral. É ali que se faz a experiência do bem e do mal. Nela se aprende a posicionar-se diante do bem e do mal. Na família se aprende o valor da liberdade, a excelência da vida matrimonial e conjugal. Ali se aprende o valor da sexualidade e do sexo. Aqui também a coerência entre o falar e o viver dos pais é essencial. Família é o lugar onde se aprende a amar, onde se aprende a acolher os outros, se aprende a caridade. • Aspectos económicos: Não basta produzir, é preciso educar para o consumo. As famílias bem constituídas causam menor custo ao estado que as famílias com problemas. O que é mais um argumento para pressionar o estado a proteger as famílias, em qualquer situação social. FAMÍLIA E SOLIDARIEDADE Carl Anderson, presidente da Sociedade Cavaleiros de Colon uma entidade muito antiga e atuante no México - em sua conferência, afirmou que a solidariedade na família está presente na origem do homem: Para Adão, que vive só, não basta a presença de Eva, é 39


necessário que ele e ela sejam "uma só carne". · A solidariedade já é sentida pela criança no útero da mãe e é vivida e desenvolvida na família, de onde se estende para a sociedade. Afirmou que a autonomia ou o isolamento total da pessoa humana corresponderia à destruição da humanidade . A solidariedade se fundamenta na Trindade e na doação total de Jesus Cristo pela humanidade. O Cardeal Oscar A. R. Madariaga, que presidia a sessão, complementa, dizendo que a solidariedade adquire verdadeiro sentido quando nela está presente o amor. Solidariedade na família significa amor, pois o amor é solidário. O mundo precisa de solidariedade, que começa na família.

FAMÍLIA COMO FORMADORA DOS VALORES HUMANOS E CRISTÃOS À conferência seguiu-se uma mesa redonda, com a intervenção de seis painelistas que, em comunicações individuais, falaram sobre a realidade da familia hoje na África, Ásia, Europa, América Latina, Austrália e Estados Unidos e Canadá, bem como sobre a atuação da Igreja em favor da família nessas partes do mundo. Destacamos apenas a América Latina, sobre a qual falou Ora. Zelmira Bottini de Rey, dizendo das transformações sociais dos últimos anos e da diminuição intensa do número de nascimentos em todos 40

os seus países, nos quais estão sendo aprovadas muitas leis contrárias aos valores da família e da vida. Como medidas da Igreja para a promoção da família, citou o Documento de Aparecida do CELAM, que preconiza o incremento da pastoral familiar. Ela citou todos os itens do número 437 do referido documento, onde podemos ler com muito proveito as medidas a serem implementadas pela Pastoral Familiar.

SESSÃO FINAL Já levando o Congresso ao seu final, Cardeal Antonelli acentuou a necessidade de a família ser de fato sujeito, na Igreja e na Sociedade. Disse que é preciso redescobrir a consciência missionária e que cada família seja lugar da própria evangelização: dos cônjuges para os cônjuges, dos pais para os filhos e destes para os pais. A Igreja precisa de evangelização para as famílias e nas famílias. FAMÍLIA, JUSTIÇA E PAZ Solenemente acolhido pela assembléia, como legado papal, o Cardeal Tarcisio Bertone traz ao evento uma mensagem de esperança e boa nova que é a família. Critica as políticas internacionais que desejam prescindir das famílias. A família é algo permanente. Ao falar-se de família há uma referência necessária à criação. Expõe os problemas que afetam diretamente a família, como o relativismo de valores e o consumismo e critica a ONU que não respeita os direitos humanos da família. CM 434


Aponta soluções: a salvação da família está em viver nela a justiça e a paz, frutos do amor. A família é o lugar onde se vive o amor e a paz. Família é património de todas as sociedades, é dom de Deus para o bem de toda sociedade. Falar de família subentende-se falar de matrimónio, um bem maior, união de um homem e de uma mulher numa entidade nova, formadora da célula original da sociedade, onde pais e filhos vivam a justiça e a paz pelo amor. A justiça e a paz são fundamentais à sociedade e isto só a família pode dar. A cultura da paz define-se pela justiça e a justiça é condição para a paz. A justiça não pode submeter-se à arbitrariedade dos poderosos. Nenhuma outra realidade pode produzir a paz sem paz na família. A família é lugar onde se vive a paz na caridade, o primado de todas as virtudes. A família é a formadora da personalidade: nela eu posso dizer que sou filho, que sou filha, porque tenho um pai, tenho uma mãe. A família inicia um processo educativo que nunca termina, na própria família e desta para a socie-

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dade, que por sua vez interage com a família. Na família se educa para a verdade e a liberdade . No meio da violência moderna, a família é chamada a ser protagonista da paz entre os povos, o que somente uma família estável pode realizar. Por isso o estado deve promover a estabilidade da família. A família é garantia da transmissão da vida de modo humano, garantia do futuro da humanidade. Por fim, o Cardeal Norberto Rivera Carrera, "dono da casa", faz o solene encerramento do Congresso. • Graciete e Gambim Casal Apoio da SR Brasil

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UMA FAMÍLIA, UMAMULTIDÃO DE IRMÃOS Participar do VI Encontro Mundial da Família, nos dias 14 a 18 de janeiro de 2009, na Cidade do México, foi , para nós, uma graça, uma experiência única, enriquececlara e inesquecível. As ricas conferências, o acolhimento dos casais equipistas da cidade do México, o frio, a chuva, o congraçamento, tudo contribuiu para que vivêssemos dias que, temos certeza, jamais serão esquecidos. Sob o olhar e proteção da muito amada Nossa Senhora de Guadalupe, no sábado, dia 17, das 18 às 22 horas, reunidos com uma multidão de pessoas vindas de todos os continentes, e principalmen-

te da cidade e do país acolhedores, participamos do Evento Festivo, na Praça das Américas, junto à Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. O Cardeal Tarcísio Bertone presidiu o evento e, em nome do Papa Bento XVI, saudou os presentes e por estes foi ovacionado, por ser o delegado papal. Durante horas, alternavam-se ricos testemunhos de algumas famílias de várias partes do mundo e cantos de artistas mexicanos e internacionais, numa grande festa familiar. Ao final , rezamos o terço, cuja meditação dos mistérios era fundamentada em textos do Evangelho,


sinal do amor e devoção a Maria e à Palavra de Deus. A cada dezena, uma família subia ao palco e seus membros davam testemunho de sua fé e de como enfrentaram os desafios de vivê-la na região do mundo onde moram ou em situações adversas. Foram momentos de reflexão, descontração, partilha e estreitamento de laços. Cantamos e nos abraçamos como uma grande família em festa, embalada pelo ritmo contagiante das canções mexicanas. A alegria estampada em cada rosto, o calor humano e a generosidade dos irmãos mexicanos nos deram a certeza de que , em Cristo, somos um só corpo, uma só família . Ao final do Evento, a chuva já começando a cair, o céu se iluminou com um bonito espetáculo de fogos de artifícios enchendo de emoção os olhares e corações das pessoas. No domingo, dia 18, no mesmo local, novamente a grande concentração, agora para louvar e dar graças a Deus por tantas maravilhas acontecidas no encontro. Enquanto as pessoas se acomodavam, era apresentada nos telões uma mensagem gravada do papa. Em seguida, a Missa Solene de Encerramento, presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone. Ao término da missa, uma surpresa maravilhosa: O Papa Bento CM 434

Equipistas do México

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XVI, direto do Vaticano, fuso horário diferente oito horas, fala ao vivo à multidão, dizendo da sua grande alegria com os resultados do encontro, e conclui: "Hoje, mais do que nunca, necessita-se do testemunho e do comprom isso público de todos os batizados para reafirmar a dignidade e o valor único e insubstituível da família fundada no matrimónio de um homem com uma mulher, e aberta à vida, assim como o valor da vida humana, em todas as suas fases. Devem-se promover também medidas legislativas e administrativas que defendam as famílias em seus direitos inalienáveis, necessários para levar adiante a sua extraordinária missão." Por fim, o papa anuncia: "Antes de concluir este encontro, gostaria de anunciar que o VII Encontro Mundial da Família terá lugar, se Deus quiser, na cidade de Milão, na Itália, em 2012, com o tema: A família, o trabalho e a festa. " Rosa e Paulo Casal Comunicação Externa 43


É POR ELA QUE SEI QUE AINDA ESTOU VIVO Um leprosário... Homens que nada fazem , com os quais nada se faz, que ficam rodando em círculos no pátio, seu cativeiro... Homens que estão sós. Pior: abandonados. Para eles, tudo já é silêncio e noite. Um deles, porém - um só - ainda é um homem. A religiosa quis conhecer a causa desse·miJagre. O que ainda ligava este homem à vida. E viu cada dia, por cima do muro alto e duro, um rosto que aparecia. Um rostinho de mulher, do tamanho de um punho, e que sorria. O homem lá estava, esperando esse sorriso, alimento de sua força e sua esperança . Por sua vez, ele

sorria, e o rosto desaparecia. E ele, então, recomeçava sua espera até o dia seguinte. Ao ser surpreendido pela religiosa, ele só disse: É minha mulher. E, após um tempo, "Antes que eu viesse para cá, ela cuidou de mim, às escondidas. Um curandeiro lhe deu uma pomada. Todo dia ela passava no meu rosto... só deixava um cantinho, o bastante para seus lábios. Mas . foi em vão. Então me levaram". Mas ela me seguiu. E quando a vejo, cada dia, é por ela que sei que ainda estou vivo.• (R. Fol/oreau - Alliance, no 69!70) Enviado por Valdemir da Fátima Eq.S - Setor B - Fortaleza/CE

JOGUE FORA SUAS BATATAS Um professor pediu aos alunos que levassem uma sacola com batatas para a sala de aula. Ali, solicitou que separassem uma batata para cada pessoa que os houvesse magoado. Então, escrevessem o nome da pessoa na batata e colocassem esta dentro da sacola. Os alunos começaram a pensar... e ... algumas sacolas ficaram muito pesadas. A tarefa era, durante uma semana, carregar consigo a sacola com as batatas ... As batatas foram se deteriorando. Tornou-se incômodo carregar a sacola de batatas o tempo todo, ainda com o seu mau cheiro. Além disso, a preocupação com não esquecê-la 44

em algum lugar fazia com que deixassem de prestar atenção em outras coisas importantes para eles. Assim, os alunos aprenderam que carregar mágoas era tão ruim quanto carregar batatas apodrecidas. Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoas, aumentando o estresse e roubando nossa alegria. Perdoar e deixar estes sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma. Vamos lá, jogue fora as "batatas"! E sorria! • Enviado por [vete e Júlio César CR do Setor A - Região Rio I CM 434


MEDITANDO EM EQUIPE Estamos em período de preparação para o tempo pascal, juntamente com a Campanha da Fraternidade de 2009. A Quaresma, período preparatório ao evento pascal de Cristo, demonstra o verdadeiro valor da vida humana e o amor incondicional de Deus pela sua criatura, obra de suas mãos e sua " imagem e semelhança" . Vale a pena refletir sobre o sentido da vida humana a partir do mistério pascal.

ESCUTA DA PALAVRA EM MARCOS 8,34-38. Sugestões para a meditação: 1. O que fazer pa ra ganhar a vida de Jesus Cristo? 2. O casal é capaz de mostrar aos filhos que há valores superiores aos que são considerados pela atual sociedade consumista? 3. Como a sua família enfrenta as dificuldades próprias da vida humana? Pe. Geraldo

ORAÇÃO LITÚRGICA (Salmo 32)

Feliz aquele cuja culpa foi perdoada, cujo pecado foi encoberto! Feliz o homem, a quem o Senhor não inculpa de delito e em cujo espírito não há falsidade! Enquanto eu me calava, consumiam-se meus ossos, torturandome, todo o dia, porque, dia e noite, tua mão pesava sobre mim; minha seiva secava ao calor do verão. Manifestei-te meu pecado e não encobri meu delito. Eu disse: "Confessarei ao Senhor minhas ofensas", e tu perdoaste a culpa de meu pecado. Por isso todos os fiéis te supliquem no tempo propício para o encontro!

Mesmo se as águas caudalosas transbordarem, não os atingirão. Tu és meu refúgio, tu me livras do perigo e me circundas com cantos de libertação. "Eu te instruirei e te mostrarei o caminho a seguir, eu te aconselharei, tendo os olhos sobre ti. Não sejas irracional como o cavalo ou a mula -cujo brio se doma com freio e cabresto, do contrário não se aproximam de ti!" Muitos sofrimentos aguardam o ímpio, mas a misericórdia do Senhor envolve a quem nele confia. Alegrai-vos no Senhor e exultai, ó justos, e cantai de júbilo vós todos, de coração reto!


Oração pe1a beatificação do servo de Deus Henri Caffare1 (Vigília em casal com o Crist o Jesus) Deus nosso Pai , pusestes no fundo do coração de vosso servo Henri Caffarel um impulso de amor que o ligava sem reservas a vosso Filho e o inspirava a falar dele. Profeta para o nosso t empo, ele mostrou a dignidade e a beleza da vocação de cada um, conforme a palavra de Jesus dirigida a todos: "Vem e segue-me!" Ele tornou os esposos entusiastas da g randeza do sacramento do Matrimônio, que sig nifica o mistério de unidade e de amor fecundo entre o Cristo e a Igreja . Mostrou que sacerdotes e casais são chamados a viver a vocação para o amor. Orientou as viúvas, o amor mai s forte que a morte. Levado pelo Espírito, conduziu muitos fiéis pelo caminho da oração . Arrebatado por um fogo devorador, era habitado por vós, Senhor. Deus nosso Pai , pela intercessão de Nossa Senhora, pedimos que apresseis o dia em que a Igreja há de proclamar a santidade de sua vida, para que todos encontrem a alegria de seguir vosso Filho, cada um segundo sua vocação no Espírito. Deus nosso Pai, invocamos o Padre Caffarel para ... (especificar a graça ped ida)

Versão oficial para o Brasil da oração aprovada por Dom André Vingt-Trois, Arcebispo de Paris. Nihil obstat: 4 de janeiro de 2006. lmprimatur: 5 de janeiro de 2006. Em caso de obtenção de graças por intercessão do Padre Caffarel, entrar em contato com os representantes no Brasil deLe postulater Association "Les Amis du Pére Caffarel".

Equipes de Nossa Senhora

Movt m ento de Esptritua ltd ade ConJ ug al R. Luts Co elho, 308 • 5° an d ar, CJ 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone : (Oxx11) 3256 .1212 • Fax (Oxx 11) 325 7.3599 secret ariad o@ens.org.br • cartamensal@ens.org br • www.ens.org. br


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