ENS - Carta Mensal 474 - Setembro/2013

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Ano LIII•set 2013 • nº 474

C A R TA

Mensal

Equipes de Nossa Senhora

Aracajú

Maceió

SUPER-REGIÃO BRASIL VISITA A PROVÍNCIA NORDESTE

Salvador

SUPER-REGIÃO Sedentos da Palavra de Deus p. 03

IGREJA CATÓLICA Verbum Domini p. 06

MARIA "Fazei tudo o que Ele vos disser" p. 12


CARTA MENSAL nº 474 • set 2013

EDITORIAL Da Carta Mensal.................................... 01

RAÍZES DO MOVIMENTO O casal permanente ............................. 23

SUPER-REGIÃO A luz da fé............................................. 02 Sedentos da Palavra de Deus................. 03 É possível sim!........................................... 04

TESTEMUNHO A Palavra de Deus em nossas vidas ...... 25 Os desafios dos casais jovens nas ENS ....... 26 ENS - Coral Mater Dei............................ 27

IGREJA CATÓLICA Verbum Domini..................................... 06 O pecado da omissão............................ 07

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Um tempo - retiro em Ribeirão Preto-SP .... 29 Retirar-se para ir ao encontro................ 30 O "dever de sentar-se" segundo Pe. Caffarel... 31 Regra de vida... .................................... 32 Escuta da Palavra.................................. 33

PASTORAL FAMILIAR Família, recurso da sociedade................ 08 CORREIO DA ERI ENS - sinal profético de um mundo novo....09 Viver os conteúdos da fé....................... 10 MARIA "Fazei tudo o que ele vos disser"............ 12 FORMAÇÃO Ser intercessor....................................... 13 Caminho para a velhice.................................14 Eucaristia: fonte e ápice da vida cristã.........15

Pe. CAFFAREL Padre Caffarel - sua bíblia em imagens....... 34 EJNS Diversidade na unidade............................ 35 CNSE Amai-vos uns aos outros como eu vos amo.. 36 NOTÍCIAS .............................................. 37

TEMA DE ESTUDO Viver a conjugalidade............................ 17

REFLEXÃO A bíblia.................................................. 40

VIDA NO MOVIMENTO Sessão de formação ............................. 18 EEN - Encontros de equipes novas ....... 20

VISITA DA SUPER-REGIÃO BRASIL À PROVÍNCIA NORDESTE

ENCARTE

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fatima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Imagens: Canstockphoto: capa, pp. 8,16,17 e 48 - Tiragem desta Edição: 23.300 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Rua Luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


da Fé (p. 10) e o artigo do Pe. José Jacinto-SCE da ERI (p. 9) e percebam como eles se completam. Citamos também dois artigos interessantes que, em que pese os “extremos”, têm, na fé, a unidade: Caminho para a Velhice (p. 14) e O Desafio dos Casais Jovens nas ENS (p. 26), na verdade são dois desafios, cada um no tempo de Deus. Pedimos atenção para a bandeira Vida no Movimento que registra os Encontros de Equipes Novas, com testemunhos que nos levam a crer, o quanto foi sábia a decisão da SRB em implementá-los. O Encarte leva a vocês um pouco do que foi a Visita da Equipe da SRB à Província Nordeste, nas Regiões Bahia, Sergipe e Alagoas. Não podemos negar que a emoção que invadiu a todos: visitantes e visitados têm nela o amor incondicional do Pai, sentido nas recepções, nas apresentações, mas, principalmente, nas Celebrações Eucarísticas. Para o fim, reservamos o início da nossa Carta Mensal. Nesse momento em que estamos redigindo este Editorial, o Papa Francisco está em Aparecida, é, realmente, um presente inesquecível para o Brasil. Pe. Miguel abre esta edição falando de como o Papa presenteou o Mundo com a entrega da “Lumem Fidei” - A luz da Fé. Tenham um mês santo diante do Livro Divino!  Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

Tema: “Caminho da vida espiritual em casal” CM 474

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Editorial

Queridos Irmãos Todos os anos, a nossa Igreja, através da CNBB, disponibiliza um rico material sobre a Bíblia, para animar os estudos durante o mês de setembro e dar um norte às Escolas Bíblico-Catequéticas. Entregamos esta edição a vocês, com artigos muito bons sobre a “Palavra de Deus”. Nesse contexto, Cida e Raimundo lembram um dos compromissos pedidos aos equipistas e refere os sermões de São João Crisóstomo, como fundamento para as ações sugeridas: Eu vos suplico, vinde muitas vezes à Igreja, para ouvir a Sagrada Escritura.... Hermelinda e Arturo, por sua vez, nos dizem que “é possível sim!” tender para a santidade conjugal, levantam alguns questionamentos sobre coragem, caminho, medo, esforço e, na Escuta da Palavra, citam o Papa Francisco: ouvir não somente com os ouvidos, mas com o coração, para que a Palavra atue no nosso íntimo... A Fé nasce da escuta, e se fortalece no anúncio. Pe. Paulo Renato - SCEP Sul I, conta uma pequena história para nos mostrar que o termo “Palavra de Deus” teologicamente é muito mais amplo. Ele conclui o excelente texto exortando-nos a, no mês da Bíblia, valorizar o Livro Santo para, na verdade, adorar o Verbo, Jesus Cristo, Palavra de Deus por excelência. Leiam a Família, Recurso da Sociedade (p. 8) Viver os Conteúdos


Super-Região

A LUZ DA FÉ No dia 29 de junho de 2013, na solenidade de São Pedro e São Paulo, dentro do Ano da Fé, o Papa Francisco presenteou a Igreja com a Encíclica “LUMEM FIDEI”. Essa Encíclica, como disse o próprio Papa Francisco, foi “escrita a quatro mãos”, pois o papa emérito Bento XVI já havia iniciado sua elaboração, antes de deixar o pontificado (cf. n. 7). O Papa emérito Bento XVI já havia escrito outras duas encíclicas sobre as virtudes teologais: caridade (DEUS CARITAS EST – Deus é amor), esperança (SPES SALVI – Salvos na esperança). Agora o Papa Francisco completa a “trilogia das virtudes teologais” com uma encíclica sobre a fé (LUMEM FIDEI – A Luz da Fé). A encíclica tem quatro capítulos com os temas a seguir: o primeiro, “Acreditamos no amor” (cf. IJo 4, 16); o segundo, “Senão acreditardes, não compreendereis” (cf. Is 7, 9); o terceiro, “Transmiti-vos aquilo que recebi” (cf. ICor 15,3); o quarto, “Deus prepara para eles uma cidade” (cf. Hb 11,16) e conclui com o exemplo da fé de Maria, “Feliz daquela que acreditou” (cf. Lc 1, 45). A vivência da fé se dá a partir da experiência existencial do amor de Deus. É nessa relação de amor que nasce a confiança, que faz acreditar, que nasce a fé. Os casais, especialmente equipistas, fizeram também essa experiência na sua própria vida a dois. Conheceram-se, amaram-se e finalmente confiaram profundamente um no outro. “A união do homem e da mulher nasce do seu amor, sinal e presença do amor de Deus, nasce do reconhecimento e aceitação do bem que é a diferença sexual, em virtude da qual os cônjuges se podem unir numa só carne” (cf. Gn 2,24) (cf. n. 52). A fé nasce de um encontro pessoal com Deus que é cheio de amor e fidelidade. Ele nos criou, nos deu um mundo para vivermos, nos deu a família e se encarnou no meio de nós e, pela ressurreição do seu Filho, nos trouxe a vida eterna. Os números 52 e 53 tratam sobre a fé e a família. “O primeiro, no âmbito da cidade dos homens iluminados pela fé, é a família” (cf. n. 52). “Em família, as crianças aprendem a confiar no amor de seus pais. Por isso, é importante que os pais cultivem práticas de fé comuns na família; sobretudo os jovens, devem sentir a proximidade e a atenção da família e da comunidade eclesial no seu caminho de crescimento da fé” (cf. n. 53). Aproveitemos mais esse precioso ensinamento da Igreja para crescermos na fé. Um abraço com carinho. No Coração de Jesus,  Pe. Miguel Batista, SCJ SCE da Super-Região Brasil 2

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SEDENTOS DA PALAVRA DE DEUS Queridos irmãos: Um dos compromissos pedidos aos equipistas de todo o Brasil para este ano foi o de empenharse em crescer na espiritualidade em vista de percorrer, destemidamente, os caminhos de vida espiritual do casal. Para atingir esse fim, algumas ações foram sugeridas: a participação na Eucaristia (o máximo possível), preferentemente o casal, e a adoção da Regra de Vida como instrumento de crescimento espiritual do casal. Em seus sermões São João Crisóstomo preocupa-se com o progresso espiritual dos cristãos casados que o ouvem. Para tanto, ele os convida a se empenharem sempre mais na conquista da perfeição na vida cristã, incentivando-os a ver quão importante e primordial é a leitura meditada da Bíblia no lar. Vale a pena relembrar suas palavras: “Eu vos suplico, vinde muitas vezes à Igreja, para ouvir a Sagrada Escritura, mas que não seja somente na Igreja; nas vossas casas, tomai em mãos os Livros divinos, de modo a recolher com grande cuidado o que de útil eles encerram... do mesmo modo que o alimento material aumenta as forças do corpo, a sua leitura aumenta as forças da alma. É um alimento espiritual que fortalece a alma, tornando-a mais enérgica e mais sábia...” * Na carta a Timóteo (IITm 3, 16), São Paulo diz que “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil *

Carta Mensal junho-julho 2012 p. 25.

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para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça”. Segundo o documento “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015”, o atual momento convida o discípulo missionário a (re) descobrir a intimidade com a Palavra de Deus como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo (p. 43). E, ainda, afirma claramente: “ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo” (p. 43). Amados irmãos, ao (re) lermos os textos acima, não sentimos dentro de nós o desejo de, neste mês consagrado à Bíblia, “ousar” propor-nos a Regra de marcar, diariamente, um encontro com Cristo, sentar-nos aos seus pés (como Maria) e escutar a sua voz, em meio a tantas outras vozes, mediante as Sagradas Escrituras? Do nosso esforço depende nosso progresso espiritual. Que seja fecunda nossa Regra de Vida! Unidos em oração,  Cida e Raimundo CR Super-Região 3


É POSSÍVEL, SIM!

Cada um de nós deveria interrogar-se: Como testemunho Cristo com minha fé? “Temos a coragem para pensar, decidir e viver como cristãos, obedecendo a Deus”? (Papa Francisco) E quando Cristo nos convoca a sermos perfeitos, ao dizer: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. (Mt 5, 48) Para completarmos nossa linha de pensamento, Padre Caffarel nos afirma: “As ENS têm por objetivo essencial ajudar os casais a tender para a santidade. Nem mais, nem menos”. Ora, perfeição e santidade nos assustam, a princípio, e parecem impossíveis no mundo atual que nos cerca! Entretanto, lembremos que foi Ele que nos chamou nos convidou a seguir o Seu caminho, nos escolheu, e prometeu estar conosco até o fim: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20). 4

E ao mostrar o caminho através do seu Evangelho, entendemos que “ser perfeito” e “ser santo” é iniciativa e obra de Deus (graça), e “viver como perfeitos e santos” é a nossa resposta à esta graça. Isto requer de nós esforço continuado e firme, requer perseverança e determinação. A caminhada não se fará sem tropeços, cansaços, desânimos. O essencial é sempre recomeçar! Para ajudar a despojar-nos dos numerosos ídolos, que frequentemente conservamos bem escondidos, tais como a ambição, o carreirismo, o gosto do sucesso, o sobressair-se, enfim qualquer pecado ao qual estamos presos; as ENS, com sua pedagogia própria, nos alimentam e direcionam continuamente ao amor fiel, através de alguns meios de aperfeiçoamento e santidade tais como:

- Oração Interior (pessoal): quando aprendemos a estar com Ele, na sua intimidade, e atentos à Sua voz, nos tornamos prontos a responder com generosidade. Então a nossa oração se tornará a do próprio Cristo. - Oração Conjugal: esta requer uma disposição prévia: • que na hora da oração cesse toda a divergência e se estabeleça a paz; CM 474


• que os cônjuges tomem consciência que Cristo está impaciente para louvar o Pai através deles; • que juntos, escutem o Cristo, buscando o Seu pensamento sobre eles e o lar; • que após terem escutado e compreendido, fala-se espontaneamente com a simplicidade de uma criança que se dirige ao Pai; e as duas almas já não impenetráveis uma à outra. - Escuta da Palavra: ouvir não somente com os ouvidos, mas com o coração, para que a Palavra atue no nosso íntimo “como a chuva fina que penetra a terra, fecundando a semente nela lançada”. “A Fé nasce da escuta, e se fortalece no anúncio.” (Papa Francisco) - Eucaristia: é o nosso alimento espiritual, no qual numa relação íntima com Jesus, temos vida, nos tornando sinais do amor de Deus para os outros. O casal cristão que se alimenta da Palavra e do Pão da Vida se torna “hóstia santa” um para o outro, e juntos para seus CM 474

filhos e para o mundo. - Formação: “as ENS aspiram a fazer de seus membros cristãos adultos” (Padre Caffarel). Visam mais que o enriquecimento intelectual, o aprofundamento interior, e como “armas de defesa” nos protegem contra a inconstância, a tentação de desânimo e a preguiça. - Disponibilidade: ao serviço, ao anúncio, tanto no Movimento quanto na Igreja. Esta atitude reflete o próprio Cristo, pois como aconselhou São Francisco de Assis aos seus irmãos: “Pregai o Evangelho: caso seja necessário, mesmo com as palavras”. Ou seja, pregar com a vida, com o testemunho, no lugar designado por Ele: família, profissão, Equipe, Igreja, cidade... Existem vários caminhos a seguir de acordo com as várias espiritualidades. Se fomos escolhidos por Deus para seguir o seu chamado nas ENS então sigamos o conselho do Padre Caffarel: “Se a união com Cristo é para vocês o essencial, e se as ENS lhes parece ser o meio providencial para alcançá-lo, então as ENS devem ocupar um lugar essencial em suas vidas”.  Hermelinda e Arturo CR Província Sul I 5


Igreja Católica

VERBUM DOMINI Em uma paróquia onde trabalhei, preparando a liturgia do mês de setembro, tradicionalmente celebrado como o “Mês da Bíblia”, uma senhora me disse certa vez: “Padre, vamos valorizar mais nesse mês a Palavra de Deus”. Entendo que a intenção dela era das melhores, todavia carecia, não por culpa dela, de clareza teológica. Ela queria falar da “Sagrada Escritura”, do “Livro Santo”, mas não tinha consciência, repito não por culpa dela, que o termo “Palavra de Deus” é muito mais amplo. O Papa Emérito Bento XVI, grande teólogo, em sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini, particularmente no numero 7, nos ajuda a aprofundar o significado do termo “Palavra de Deus”. Bento XVI esclarece as “diversas modalidades com que usamos a expressão Palavra de Deus”. Para isso ele usa a expressão “sinfonia da Palavra”, referindo-se a uma Palavra única que se exprime de diversos modos: “um cântico a diversas vozes”. Enumera essas vozes escrevendo que Palavra de Deus é antes de tudo, como nos mostra claramente o Prólogo de João, o Verbo eterno que estava junto de Deus, o Verbo que era Deus. Este Verbo – afirma São João – “fez-Se carne” (Jo 1, 14). Assim a expressão “Palavra de Deus” acaba por indicar aqui a pessoa 6

de Jesus Cristo, Filho eterno do

Pai feito homem. Além disso, se no centro da revelação divina está o acontecimento de Cristo, é preciso reconhecer que a própria criação constitui também essencialmente parte desta sinfonia a diversas vozes na qual Se exprime o único Verbo. Do mesmo modo confessamos que Deus comunicou a sua Palavra na história da salvação, fez ouvir a sua voz; com a força do seu Espírito, “falou pelos profetas”. Por conseguinte, a Palavra divina exprime-se ao longo de toda a história da salvação e tem a sua plenitude no mistério da encarnação, morte e ressurreição do Filho de Deus. E Palavra de Deus é ainda aquela pregada pelos Apóstolos, em obediência ao mandato de Jesus Ressuscitado: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura” (Mc 16, 15). Assim a Palavra de Deus é transmitida na Tradição viva da Igreja. Enfim, é Palavra de Deus, atestada e divinamente inspirada, a Sagrada Escritura, Antigo e Novo Testamento. Tudo isto nos faz compreender por que motivo, na Igreja, veneramos extremamente as Sagradas Escrituras, apesar da fé cristã não ser uma “religião do Livro”: o cristianismo é a “religião da Palavra de Deus”, não de “uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo”. O Papa conclui esse pensaCM 474


mento constatando uma necessidade para a Igreja: “...é necessário que os fiéis sejam mais bem formados para identificar os seus [da Palavra de Deus] diversos significados e compreender o seu sentido unitário. E do ponto de vista teológico é preciso também aprofundar a articulação dos vários significados desta expressão, para que resplandeça melhor a

unidade do plano divino e, neste, a centralidade da pessoa de Cristo. No mês da Bíblia, valorizemos o Livro Santo para na verdade adorar o Verbo, Jesus Cristo, Palavra de Deus por excelência.  Pe. Paulo Renato Campos SCE Província Sul I São José dos Campos-SP

O PECADO DA OMISSÃO “Sabeis cristãos, sabeis príncipes, sabeis ministros que, se vos há de pedir estreita conta do que fizestes, mais muito mais estreita se vos há de pedir daquilo que deixastes de fazer. Pelo que fizeram, se hão de condenar muitos; pelo que não fizeram, todos. As culpas por que se condenam os réus são as que se contêm nos relatórios das sentenças. Lede agora o relatório da sentença do Dia do Juízo e notai o que diz: “Ide, malditos, ao fogo eterno!” - E por quê? Porque não destes de comer, porque não destes de beber, porque não recolhestes, porque não visitastes, porque não vestistes. Em suma, que os pecados que ultimamente hão de levar os condenados ao inferno são os pecados de omissão. Por uma omissão perde-se uma inspiração; por uma inspiração perde-se um auxílio; por um auxílio perde-se uma contrição; por uma contriCM 474

ção perde-se uma alma; por uma omissão dai contas a Deus de uma alma ” No século XVII o sábio Padre Antonio Vieira nos deixou este pensamento:

Não obs ta n t e a p a la v ra d e DEUS a Bíblia Sagrada nos fala da iniquidade, e por vários momentos, eis uma delas: “Amaste a justiça e odiaste a iniquidade. Por isso, Deus, o teu Deus te ungiu com perfume de festa, preferindo-te a os te us co m pa n h e iro s ” (Hebreus 1, 9). Portanto, meus irmãos, seremos julgados muito mais pelo que deixamos de fazer, do que pelo que fizermos. Pensemos nisso!  Donizeti, da Silvia Eq.09B - Madre de DEUS Mogi das Cruzes-SP 7


Pastoral Familiar

FAMÍLIA, RECURSO DA SOCIEDADE Trecho da reflexão do presidente do Pontifício Conselho para a Família na abertura do Congresso que celebrou os trinta anos da Carta dos direitos da família. “A ocasião do encontro é oferecida pela comemoração dos trinta anos da Carta dos direitos da família, publicada por este Dicastério. A Santa Sé – em 1983 – sentiu o dever de oferecer sua contribuição diante da pouca consideração que era dada, inclusive pelos responsáveis das instituições públicas, à família como sujeito próprio de direito. Desde então, o mundo transformou-se, mas a Carta conserva toda a sua atualidade. Aliás, cresceu a sua urgência. De fato, se por um lado emerge de maneira cada vez mais forte a perspectiva dos direitos individuais, um aspecto totalmente legítimo, por outro a família parece sempre mais enfraquecida também porque está perdendo as proteções que tinha no passado. Ainda mais numa sociedade que já não lhe é favorável: os indivíduos constituem família das maneiras mais diversas e a sociedade encoraja-as à máxima variedade; qualquer forma de ´convivência` pode ser reclamada como família, o importante – frisa-se – é o amor. É a tese da “pluralização das formas familiares”. Deste modo, a família não é negada mas é posta ao lado de novas formas de vida e de experiências relacionadas que 8

aparentemente são compatíveis com ela, mas que na realidade a desmantelam. O debate contemporâneo sobre a família concentra-se sempre mais numa questão de fundo: a família, entendida como casal estável homem-mulher com os próprios filhos (alguns estudiosos chamam-lhe: normo-constituída), ainda é um recurso para a pessoa e a sociedade ou é só uma sobrevivência do passado que impede tanto a emancipação dos indivíduos como o evento de uma sociedade mais livre, igualitária e feliz? Com efeito vivemos uma situação paradoxal. Por um lado, continua-se a atribuir aos vínculos familiares um grande valor, e sem dúvida deve ser assim; mesmo com as contradições, o sonho de ter uma família ocupa o primeiro lugar nas preocupações da maioria das pessoas. Por outro lado, os vínculos estão interrompendo-se, as rupturas conjugais são sempre mais frequentes e, com elas, a ausência de um dos pais; as famílias perdem-se, separam-se, recompõem-se, e isto faz com que possamos concordar com um estudioso como Xavier Lacroix quando diz que à deflagração das famílias é o problema número um da sociedade hodierna`” (De chair et parole, Fonder la famille, Paris, 2007)”.  Colaboração de Cida e Raimundo CR Super-Região Brasil Fonte: L´Osservatore Romano p. 2, 23/06/2013

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sinal profético de um mundo novo

O Movimento das Equipes de Nossa Senhora tem como carisma, desde os seus inícios, promover a santidade dos casais, e este é o sentido da conhecida expressão do Pe. Caffarel: procuremos juntos. Nos anos quarenta do século passado esta ideia de que todos somos chamados à santidade ainda não era totalmente assumida, como se a santidade fosse apenas para alguns, os que eram chamados à perfeição evangélica, no sacerdócio e na vida religiosa. Era a teoria dos dois caminhos: o caminho dos conselhos evangélicos (obediência, pobreza e castidade), para alguns, e o caminho dos preceitos, para os outros, que eram, na verdade, a maioria. Esta doutrina das duas vias baseava-se numa certa interpretação da conhecida passagem evangélica do jovem rico (Mt 19,16-22). Conheceis bem o texto, seguramente. Ao jovem que perguntava o que devia fazer para alcançar a vida eterna, Jesus começou por responder: cumpre os mandamentos. Mas como o jovem já os cumpria desde a sua juventude, e era sincero, estava a dizer a verdade, Jesus faz-lhe então a proposta: se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres… vem depois e segue-me. Os Padres da Igreja e a teologia espiritual interpretaram este texto no sentido dos dois caminhos: dos preceitos, para todos; dos conseCM 474

lhos evangélicos, para alguns, para os perfeitos. Hoje o entendimento deste episódio vai noutra direção. O que está em causa, segundo a lógica do Evangelho, é a relação entre a Lei e a Graça, entre o Antigo e o Novo Testamento. É verdade que já a Lei comportava em si o ideal de santidade, segundo a palavra da Escritura: sede santos como eu sou santo (Lev 19,2). Mas agora, a santidade e a perfeição – sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito (Mt 5,48) – passa pelo seguimento de Jesus Cristo – obediente, pobre e casto –, colocando Deus, sumamente amado no centro de toda a vida. S. Bento dizia na sua Regra que não devemos antepor nada a Deus. O Concílio Vaticano II consagrou esta interpretação da passagem do Evangelho e proclamou, com toda clareza, que todos os cristãos, em todos os estados de vida e condições sociais, são chamados à santidade. Isto quer dizer que os casais e as famílias cristãs são chamadas à perfeição da santidade, e esta não é uma via optativa, mas o único caminho que todos somos chamados a percorrer. Esse caminho é Cristo, que é o caminho da Igreja, como gostava de dizer o beato Joao Paulo II. Penso que é sobretudo neste sentido que devemos tomar a expressão que nos tem acompanhado desde Brasília: ousar viver o Evangelho, ou seja, tomar a sério os apelos evangélicos da exigência da santidade na nossa condição de discípulos de Cristo, de filhos de Deus. Ora o matrimônio é, se9

Correio da ERI

EQUIPES DE NOSSA SENHORA


gundo o ideal evangélico, constituído por dois discípulos que se amam no Senhor: por isso é que o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa e serão uma só carne (Mt 19,4-6). O Papa Francisco tem apelado a esta urgência de colocarmos Deus bem no centro da nossa vida. No nosso Movimento, os pontos concretos de esforço, e muito particularmente, a oração conjugal e o dever de sentar-se, são uma ajuda preciosa, muito simples de se realizar, para nos colocarmos no caminho da san-

tidade. E deste modo o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, na fidelidade ao seu carisma e missão na Igreja, será um sinal profético de um mundo novo, diferente deste em que vivemos, que todos, com a graça de Deus e a proteção de Nossa Senhora, desejamos construir, onde reine verdadeiramente a justiça, a paz e a fraternidade. Saúdo-vos muito cordialmente no Senhor, com muita amizade.  Pe. José Jacinto Farias SCE da ERI

VIVER OS CONTEÚDOS DA FÉ Queridos amigos equipistas, Enquanto prosseguimos a nossa caminhada neste Ano da Fé, promulgado pelo Papa Bento XVI na sua Carta Apostólica Porta Fidei, só no fim da sua carta ele nos recorda que, se a fé é importante, também as ações o são. Para percebermos e vivermos verdadeiramente a fé, temos, em primeiro lugar, que compreender o conteúdo da fé: “De fato, existe uma unidade profunda entre o ato com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento” (Porta Fidei, 10). A Porta Fidei sugere-nos ainda que o Catecismo da Igreja Católica seja indispensável para adquirirmos um conhecimento sistemático do conteúdo da fé, na medida em que é aí que encontramos o conteúdo essencial e fundamental da 10

doutrina. Como podemos dar pleno assentimento à nossa fé sem conhecer e praticar o seu conteúdo? Por analogia, poderíamos também sugerir que é através dos documentos fundamentais das Equipes de Nossa Senhora e nos escritos do Pe. Caffarel que nós, equipistas, chegamos a compreender completamente o carisma e a mística do que significa pertencer às Equipes, e assim podermos prosseguir fielmente a nossa caminhada para a santidade. O Papa Bento lembra-nos ainda que a fé deve expressar-se através de atos de amor e de serviço aos outros – estes atos de caridade são fruto da fé. Grande número de equipistas oferece já, livremente, o seu tempo e a sua energia para ajudar o próximo. E fazem-no de maneiras diferentes, na sociedade e em privado, mas sempre com um verdadeiro sentido CM 474


de fé, de amor e de cuidado para com os outros. “É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-l’O sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida” (Porta Fidei, 14). No Encontro Internacional de Brasília, em 2012, foi-nos recordada a parábola do Bom Samaritano, e pessoalmente fomos constantemente lembrados dos cuidados e da hospitalidade dos equipistas no mundo inteiro. O fato de acolhermos desconhecidos em nossa casa e de lhes permitirmos partilhar e fazer parte da nossa vida é verdadeiramente um ato de caridade. Para nós, é isso que define a universalidade do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Apesar das diferenças de língua e de cultura, a única constante é o fato de sermos imediatamente acolhidos e aceites como membros das equipes, da mesma forma que todos os meses acolhemos e partilhamos com os outros membros da nossa própria equipe. Quando temos a sorte de participar numa reunião de equipe, em qualquer parte do mundo, sentimo-nos imediatamente parte dessa equipe, na medida em que partilhamos um laço comum, baseado no “conteúdo” da fé da nossa equipe. O Papa Bento pede-nos que não nos limitemos a viver a nossa fé, mas que sejamos verdadeiras testemunhas da fé: “Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor…” (Porta Fidei, 15). É verdadeiramente profético que CM 474

há mais de sessenta anos o fundador do nosso Movimento, o Pe. Henri Caffarrel, tenha expressado sentimentos semelhantes ao escrever: “A cristandade tem necessidade do vosso testemunho; […] é preciso que vos sintais, e vos queirais, responsáveis pelo nosso Movimento e pela sua missão. É preciso que acrediteis no que fazeis, e o façais com entusiasmo”(Pe. H. Caffarel, Editorial, Abril de 1949) Todos temos, pois, uma obrigação: viver o conteúdo da nossa fé nas nossas ações quotidianas ou ser para os outros as testemunhas entusiastas dos benefícios e das alegrias do nosso Movimento das Equipes. Estas duas atitudes não são incompatíveis, visto que foi o desejo de aprofundar a nossa fé em casal que nos atraiu para as Equipes, e que é através das Equipes que entramos em contacto com os outros casais para que também eles possam fazer a experiência da riqueza espiritual e da plenitude do seu matrimônio. Ao aproximar-nos do termo do nosso período de serviço na Equipe Responsável Internacional (ERI), agradecemos a todos os que, pela sua fiel inspiração e pelo seu entusiasmo, nos deram o seu testemunho e nos animaram a viver e a aumentar a nossa fé e a nossa compreensão das Equipes nestes últimos anos. Que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora continue a crescer e a prosperar como um exemplo autêntico e duradouro de fé, de amor e de caridade!  Jan e Peter Ralton Zona Eurásia, ERI 11


Maria

“FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER” Jo 2, 5

Quando pensamos em Maria, a mãe de Jesus e mãe da Igreja, é esta a frase que nos vem à mente: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Ora, uma mulher de poucas palavras como Ela que, junto à cruz, aceitou o silêncio de Deus e também o fez seu, resume com sabedoria e amor todo o Evangelho: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. E então o que Ele nos diz? Em João (15, 11-12) suas palavras são: “Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo”. Acreditamos que Maria, não apenas como mãe, mas principalmente como discípula primeira e atenta, compreendeu imediatamente os anseios de Cristo para sua Igreja, pois “guardava todas essas palavras, meditando-as no 12

coração” (Lc 2, 19). Por tanto, seremos felizes e completos quando aprendermos a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e ninguém é melhor que uma mãe para orientar e educar nosso caminho. Nesta mulher tão silenciosa, tão amorosa e cheia da graça de Deus, encontramos simples e perfeitamente o modelo cristão de viver: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Cremos que a família é o presépio perfeito onde nasce a alegria da Mãe Maria em todas as vezes que o casal se reconcilia de uma discussão; o mesmo casal educa seus filhos para a fé cristã; a família se reúne e desliga a TV para simplesmente “estar junta”; o mandamento do amor de Jesus se faz presente. Claro que não somos ingênuos, e sabemos que nem tudo na vida é perfeito nem fácil! Porém Cristo nos amou primeiro, nos conhece como somos e por isso nos deixou Maria: a terna Mãe que nos consola, anima e dirige em todos os momentos de nossas vidas! Maria, Senhora nossa, volta teu olhar materno para a nossa vida conjugal e, como em Caná, alerta teu Filho para as aflições do nosso matrimônio. Faremos, sim, tudo o que Ele nos disser: amando-nos, respeitando-nos todos os dias de nossas vidas. Amém!  Luciana e Fernando Eq.16 - N. S. da Alegria Itu-SP CM 474


É uma graça recebida de Deus estar sempre presente e disponível para aquelas pessoas que, em um determinando momento de suas vidas, precisam de orações para conseguir chegar até ao Pai, nas suas necessidades de cura física, mental ou espiritual. O intercessor é o cristão que está disposto a fazer o que for necessário, em combate na oração, para que uma situação mude. Pedi e vos darão, buscai e encontrareis, batei e vos abrirão, pois quem pede recebe, quem busca encontra, a quem bate lhe abrem (Mt 7, 7). Orar pelos outros é deixar um pouquinho de ser você para ser um pouco o outro, aquele necessitado, que lhe confidencia e confialhe as suas dúvidas, seus pedidos de cura, para que sejam libertados de suas angústias, medos, incertezas, de suas tristezas, e dores. Que a nossa oração seja sustentada pela intercessão de Maria, Mãe da Igreja e modelo de disponibilidade à voz de Deus, para levar os pedidos que nos são feitos, até Àquele que acolhe, na sua infinita misericórdia, todos os nossos pedidos e necessidades, indistintamente de quem quer que seja de credo, de pertencer a essa ou aquela religião, classe econômica, grau de influência na sociedade ou de sua espiritualidade. Devemos ter consciência para sermos alentos e jamais desamparar alguém, jamais deixar que as pessoas que nos procuram caiam CM 474

no desânimo ou venham a ter incertezas na sua fé. Normalmente as pessoas estão desesperadas e querem um resultado urgente, de imediato, entretanto, os pedidos serão sempre aceitos por Deus Pai; quanto ao tempo, será sempre no tempo de Deus. “O Pai sabe do que necessitais, antes que o peçam” (Mt 6, 8). Temos que estar sempre atentos, orar na simplicidade, não uma oração com palavras difíceis ou bonitas, para não cair na tentação do orgulho, do querer se mostrar que estamos orando ou receber elogios. “Quando fores rezar, entra no teu quarto, fecha a porta e reze a teu Pai em segredo. E teu Pai, que vê o escondido, te pagará” (Mt 6, 6-7). Por intermédio de Jesus Cristo, todos os batizados tornam-se intercessores, pois por este sacramento de iniciação cristã, nos tornamos filhos adotivos de Deus e participamos do mesmo múnus (serviço) sacerdotal, profético e régio de Jesus Cristo. Portanto, todo o batizado é ungido pelo Espírito Santo de Deus, que nele habita, capacitando-o a orar pelas necessidades das pessoas, países, famílias, etc. “Vai, a tua fé te curou!”: É o desejo do Pai manifestado em Jesus Cristo, o verbo encarnado, a única verdade.  Odete e Orlando Eq.08A - N. S. de Fátima Santos-SP 13

Formação

SER INTERCESSOR


CAMINHO PARA A VELHICE Nosso querido Beato Papa João Paulo II, foi um grande exemplo nos mostrando como envelhecer bem. Nossa querida Madre Tereza de Calcutá escreveu: enquanto você estiver vivo, esteja vivo. Se errar alguma coisa, volta e faz de novo. Siga, mesmo que esperem que você pare. Não deixe a ferrugem tomar conta de você. Faz com que em vez de pena, sintam respeito por seus anos. Quando você não pode correr, ande... Querid o s equip ist a s, é u m medo generalizado do envelhecimento que afeta todas as áreas da vida adulta, e pode causar desde um desgosto pessoal pela vida, até uma estagnação depressiva. Não é fácil envelhecer, mas temos que aceitar e apreciar a riqueza inestimável espiritual que tem este estágio avançado da vida. A nossa vida é tão natural como a morte, e a velhice é uma fase da vida. Resistir a passagem do tempo é um esforço inútil e perigoso para o nosso bem-estar.

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Uma pessoa com medo de envelhecer tenta impedir qualquer sinal de velhice, como cabelos brancos, rugas, enfraquecimentos, limitações, força física ou mesmo sexual. Vamos citar três fatores contribuintes que estão influenciando esse medo generalizado de ficar velho: culto à juventude pela sociedade, pressões internas de cada indivíduo e stress mal administrado. Fazendo uma retrospectiva na vida, o processo-chave para enfrentar a velhice é ter vivido plenamente, as etapas da vida (infância e adolescência). A integração é sempre ir em frente, para a fase seguinte, que é o nosso desafio. Não podemos, jamais, alterar o ciclo natural da vida. . Para você envelhecer bem na sua equipe de base, ACEITE - As mudanças, as perdas da fase anterior para abrir caminhos para o novo; PERDAS - Novas adaptações às

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deficiências físicas que hão de vir; AUTOESTIMA - Encontrar maneiras para recuperar e reorganizar a sua vida; APRENDER - Não estagnar no passado. Aprender a mudar o seu ritmo de vida. VALORIZAR - Dando mais vida aos anos e não anos de vida. Meus irmãos, vamos aprender a pedir ajuda e não se sentir prejudicado pela dependência, ela é vital para envelhecer bem, assumindo as suas limitações na passagem dos anos. O casal equipista que está a caminho da velhice, deve estar disposto a não se fechar a esta mudança da vida. Queridos, saber envelhecer é uma obra-prima, é a sabedoria do adulto e uma das partes mais difíceis da arte de viver.

No caminho para a velhice, estamos chegando à época da colheita, e que inclui as relações familiares e o apoio incondicional da equipe de base. O apoio incondicional da família e da equipe de base desempenha um papel importante na prevenção da depressão, que é mais vulnerável nesta etapa da vida. Lembre-se que quando chegamos a certa idade, o nosso corpo já não é capaz de fazer certas atividades, mas o poder mental continua intacto. Queridos casais equipistas, lembrem-se do espiritual – alimentar e buscar sempre o crescimento. Assim seja.  Gorethe e Guedes Eq.05E - N. S. de Guadalupe Natal-RN

EUCARISTIA: FONTE E ÁPICE DA VIDA CRISTÃ Refletir sobre Eucaristia é deixar o coração transbordar do amor de Cristo, pois através dela se atinge a essência profunda do ser cristão. Somos levados a amar e servir mais ao Cristo Senhor, imitando sua maneira de viver, pregando amor, misericórdia e perdão. Encontra-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam Seu Corpo e Sangue. Trata-se de um sacrifício CM 474

de louvor, espiritual, puro e santo, pois realiza e supera todos os sacrifícios da antiga Aliança. Nela está o clímax tanto da ação pela qual, em Cristo, Deus santifica o mundo, como do culto que no Espírito Santo os homens prestam, a Cristo e, por ele, ao Pai. Por Ela nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos (ICor 15, 28). É o sacramento do amor e da piedade, sinal da unidade, veículo de caridade, banquete pascal 15


em que Cristo é recebido como alimento, o espírito é cumulado de graça e nos é dado o penhor da glória futura. É o coração e o ápice da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja. É a Ceia que o Senhor fez com seus discípulos na véspera de sua paixão, e da antecipação da ceia das bodas do Cordeiro na Jerusalém celeste. Ela é um convite do Senhor, que ressoa, através dos séculos, como convite de seu amor a descobrir que só Ele tem “as palavras da vida eterna” (Jo, 6,68) e que acolher na fé o dom de sua Eucaristia é acolher ao Cristo Senhor. Segundo o Catecismo, somente através da fé somos conduzidos a viver intensamente, com todo o ardor o ato solene da consagração do pão e do vinho em que se opera a mudança de toda substância do pão e do vinho, na substância do corpo e do sangue de Cristo Nosso Senhor, que a Igreja Católica denominou transubstanciação. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, Cristo vivo e glorioso, está presente de maneira verdadeira, real e substancial, com seu Corpo e seu Sangue, com sua alma e sua divindade. Ele está inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo. A nossa participação no San16

to Sacrifício nos identifica com o seu coração, sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, nos une já à Igreja do céu, à santa Virgem Maria e a todos os santos. O que o alimento material produz em nossa vida corporal, a Eucaristia realiza de maneira admirável em nossa vida espiritual, fortalecendo a caridade na nossa vida diária. A comunhão da Carne de Cristo ressuscitado, vivificado pelo Espírito Santo, conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo. Este crescimento da vida cristã precisa ser alimentado pela Comunhão Eucarística, pão da nossa peregrinação, até o momento da morte. Por sua vez, o Sacramento do Matrimônio e demais sacramentos estão ligados à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam, pois a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, presente e inteiro, que também está presente no Sacramento do Matrimônio de forma perene, definitiva até a eternidade. Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto mais progredirmos em sua amizade, sentimo-nos cada vez mais unidos a Ele. A Eucaristia é o Sacramento que está na comunhão plena da Igreja, é ação de graças a Deus sobre os cristãos. É a “fonte e ápice de toda a vida cristã” (Lc 11).  Dóris e Alfredo Casal Responsável Região Sul I Porto Alegre-RS CM 474


Viver a conjugalidade é a expressão da espiritualidade buscada pelas Equipes de Nossa Senhora. Refletindo sobre o tema do Capítulo 3 do livro “Fundamentos da Espiritualidade Cristã”, percebemos que no preâmbulo do capítulo está o resumo do que deve ser o amor conjugal. Viver a conjugalidade é querer o bem do cônjuge, como Deus fez com o povo escolhido, amor que vai manifestar-se na totalidade da doação de Cristo por sua Igreja, para purificá-la e santificá-la e torná-la toda pura, conforme assegura Paulo em Ef 5, 21ss. O amor, neste mundo, manifesta-se através do corpo, como o amor de Deus pela humanidade se manifestou em Jesus Cristo, o Verbo feito carne. Fomos criados homem e mulher e é como tais, na unidade de espírito e corpo, na sexualidade feminina e masculina integradas à espiritualidade humana, que vamos amar. Contra os gnósticos, que afirmavam ser o sexo mau por natureza, Santo Agostinho, para dizer que o sexo não é mau – numa frase mal interpretada na história da Igreja – afirma que pelo menos para a procriação o sexo é necessário e como tal é bom e procede de Deus. Com certeza, é a alma que faz sermos pessoas, mas é com a alma e o corpo que somos pessoas humanas, não pessoas angélicas. E Jesus Cristo é o Verbo eterno de Deus que se fez homem CM 474 462

e não anjo. O casal humano precisa amar-se com a alma e o corpo, buscando em Cristo o exemplo da generosidade do dom total de si para a santificação da Igreja. (O amor busca a santificação do outro). Também os cônjuges buscarão ser dom um para o outro, no dia a dia, pela doação mútua da sua sexualidade (que não se resume a sexo), na corporeidade e espiritualidade, vivendo esta realidade nos tempos do vigor da juventude, no tempo da maturidade e na idade avançada, na forma adequada a cada idade, pois o olhar do corpo é o olhar da alma. Praticar os PCEs sem estar imbuídos do amor ao cônjuge e a Deus é masoquismo. Casar é buscar marido e mulher a santidade um do outro e juntos a santidade dos dois. Para orientar-se a ser santos no amor é preciso partir da realidade de filhos de Adão: Somos pecadores e fracos, mas pelo batismo adotados filhos de Deus. Guiados pelo Espírito Santo, que nos faz chamar Deus de Abba (cf Rm 8,17), juntos, marido e mulher, encontraremos vigor para “tender à santidade”, como diz Pe. Caffarel, conscientes de que nosso escopo é nos conhecermos verdadeiramente filhos do Pai, o que acontecerá quando estivermos na presença do Ressuscitado, vendo Cristo “tal como ele é” (cf. 1Jo 3, 1-2).  Graciete e Gambim Eq.04D - N. S. de Guadalupe Porto Alegre-RS 17

Tema de Estudo

VIVER A CONJUGALIDADE


Vida no Movimento

SESSÃO DE FORMAÇÃO PROVÍNCIA SUL I

SESSÃO DE FORMAÇÃO - Nível I Fé e Vida Cristã oportunidade para crescer como pessoa e como casal equipista

“Deveis conhecer aquilo em que acreditais; deveis conhecer a vossa fé com a mesma paixão de um especialista em informática que conhece o sistema operacional de um computador; deveis conhecê-la como um musicista conhece a sua obra; sim, deveis ser bem mais profundamente enraizados na fé da geração de vossos genitores, para poderem resistir com força e decisão aos desafios e às tentações deste tempo” (Bento XVI) Pedagogicamente as ENS possuem um estilo próprio quanto às práticas para a vivência da espiritualidade conjugal que é oferecer aos casais, que a integram, formação constante visando a um aprofundamento de sua fé cristã católica. E dentro deste contexto, trinta e cinco casais equipistas dos setores de São Carlos, Araraquara, Jaú, Brotas e Torrinha, participaram nos dias 1º e 2 de junho de 2013 deste momento de aprofundamento na fé, através de Sessão de 18

Formação – Nível I, na Paróquia São Judas Tadeu, em São Carlos. E com muita felicidade tivemos a oportunidade de contar com um facilitador altamente gabaritado, Pe. Márcio Coelho, que nestes dias discorreu sobre conteúdo que exige a pedagogia das ENS – Fé e Vida Cristã. A abordagem dos temas teve como objetivo uma catequese mais aprofundada e a vocação cristã para a missão, numa evangelização básica que perpassa a História da Salvação. Dentre os CM 474


assuntos facilitados destacamos: o Plano de Deus (História da Salvação); visão geral dos Sacramentos; espiritualidade cristã; exigências da fé cristã; compromisso do cristão; e, vida em comunidade (a Igreja). Para nós, que temos a missão dentro das equipes, de preparar novos casais, como Casal Piloto que somos neste e nos próximos dois

anos, foi de vital importância esta SF, pois com certeza nos fez crescer mais em maturidade rumo a Cristo. Cremos piamente que é o que também sentiram os outros casais equipistas deste encontro. Deus seja louvado!  Leda e José Eq.01 - N. S. Aparecida Torrinha-SP

SF NÍVEL I - REGIÃO SÃO PAULO CENTRO I

Nos dias 04 e 05 de maio de 2013 foi realizada na Casa de Retiros Siloé, em Vinhedo, a Sessão de Formação, nível 1. Trinta e seis casais, dos sete setores da Região, se reuniram num final de semana para refletir sobre Fé e Vida Cristã. Deus criou tudo o que existe e vendo que “tudo era bom”, decide levar à perfeição a sua obra criando o ser humano. Assim o Padre Florentino começou a primeira das suas apresentações, que nos levaram a refletir sobre o Plano de Deus, a história da salvação, e a história de cada um de nós. Às suas já conhecidas qualidades de “pastor”, nosso Conselheiro EspiriCM 474

tual acrescentou sua dedicação de “mestre”! A troca de ideias e de experiências, nas reuniões de grupos, foram momentos muito ricos do encontro, assim como as celebrações litúrgicas deram a esta sessão de formação a sua profundidade adequada : as missas celebradas na intimidade da pequena capela da casa, e a oração das vésperas na Igreja do Mosteiro São Bento, unindo nossas vozes às dos monges, num bonito canto de louvor e de agradecimento.  Tereza e Hector CRS Vinhedo São Paulo-SP 19


EEN - ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS O EEN é um tempo de diálogo e de partilha em casal e entre casais. É também um tempo de síntese que permite recapitular as descobertas feitas ao longo da pilotagem, nas reuniões de equipe. É uma etapa importante para a nova equipe, porque lhe permite tomar uma maior consciência da sua pequena comunidade e da comunidade de Equipes, que é o Movimento que está a seu serviço. O EEN destina-se preferencialmente a Equipes completas que tenham terminado a primeira fase da Pilotagem. Podem também nele participar casais que entraram em Equipes já existentes. Esta formação é composta de vários módulos, cada um com conteúdos específicos para aprofundar, refletir e pôr em prática, em equipe. fonte: Livro: EEN - Manual da Equipe de Formadores

PROVÍNCIA NORDESTE

EEN - PROVÍNCIA NORDESTE: REGIÃO ALAGOAS

Aconteceu no convento dos Capuchinhos em Maceió o primeiro EEN da Região Alagoas. Foram momentos muito bonitos em que nós, como parte da equipe formadora, nos emocionamos, vibramos, cantamos, choramos, ficamos orgulhosos e felizes. Nada melhor do que ver que, o que nos faz feliz, aquilo que acre20

ditamos que nos faz crescer na espiritualidade e caminhar rumo à santidade em casal, nasce também em tantos casais que iniciaram há tão pouco tempo no nosso Movimento. Quantos testemunhos, quanta emoção, quanto aprendizado, quanta troca de experiências! Tudo isso aliado a um maravilhoso acolhimento dos casais de Maceió. CM 474


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VISITA DA SUPER-REGIÃO BRASIL NA BAHIA

Ao chegarmos no Museu do Instituto Feminino da Bahia, já havia uma grande movimentação da família equipista, para o início da Santa Missa presidida por Dom Giovanni Crippa e concelebrada pelos Padres Reginaldo Peçanha e Maurício Silva. Estavam presentes os casais dos Setores A e B de Salvador, do Setor Cruz das Almas, do Setor Itabuna e do Setor Feira de Santana. Na homilia, D. Giovanni fez menção às Equipes de Nossa Senhora, lembrando a necessidade de o Movimento expandir, para que os testemunhos dos seus casais fortaleçam as famílias brasileiras. Acrescentou ainda, que as Equipes resgatam o valor do matrimônio pela vivência plena desse sacramento abençoado por Deus. Não poderíamos deixar de registrar o excelente coral, que, composto por vozes afinadíssimas deu a alegria da fé que tantos sacerdotes nos pedem. Logo após a celebração eucarística, um recital de música clássica, com o tema “Maria”, nos fez viajar imaginariamente com a beleza do canto gregoriano e do canto contemporaneo, enriquecendo-nos com a cultura da boa música. Embevecidos pela alegria da Celebração Eucarística e da música, fomos ao jantar. Lá, fomos apresentados à Equipe da Super-Região Brasil e, logo depois, apresentamos a ela, casais que formam alguns Setores da Região Bahia, que estavam ali para agradecer a Deus e àqueles irmãos pela alegria do serviço. Vários casais relataram, sucintamente, com humildade o que fazem e o grande desejo de servir às ENS. Concomitantemente, aos servirmo-nos da refeição, conversamos com casais da Super-Região e constatamos a humildade e disponibilidade dos mesmos para com os equipistas de todo o Brasil. Ficou na nossa Bahia um ardente desejo de novos encontros, considerando que a aproximação e a celebração de irmãos na fé traz à vivência do amor por Deus a certeza dos passos sempre adiante para a santidade conjugal. “Mesmo em meio às atribulações o cristão jamais está triste, mas sempre testemunha a alegria de Cristo” (Papa Francisco). Antonia e Luis Carlos Eq.04 - N. S. da Imaculada Conceição Itabuna-BA

A ALEGRIA DO ENCONTRO

Uma das muitas coisas que nos faz amar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora é ver nos casais que servem a Deus, aos irmãos e à Igreja uma alegria no semblante, como vimos na Equipe da Super-Região Brasil. Encontrálos, aumentou mais o nosso amor às Equipes de Nossa Senhora. Renovou as nossas forças, perceber a disponibilidade de casais vindos de Regiões diferentes e muito distantes. Fez-nos sentir, que cada um doa o melhor de si, do seu tempo, do seu serviço para a construção do Reino de Deus. A Celebração Eucarística e o momento de confraternização fez sedimentar CM 464

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uma amizade fraterna que sentíamos à distância. Só Deus pode dimensionar a alegria que sentimos ao participamos destes momentos da visita da Super-Região Brasil à Região Bahia. O testemunho destes amados irmãos que, com a sua presença já nos incentivaram, mesmo vendo a maioria pela primeira vez, sentimo-nos como que velhos amigos. Vivenciamos alegres reencontros, depois do maravilhoso Encontro Internacional em Brasília. Vamos repetir: irmãos novos que nos alegram como velhos amigos. Agradecemos a Deus pela oportunidade de, juntamente com outros casais do nosso Setor, termos vivenciado este momento de acolhida. Muito obrigado queridos e amados irmãos da Super-Região, pelo vosso serviço de doação com amor ao nosso Movimento. Muito obrigado por escolherem a nossa Província Nordeste para este encontro e visita. Com certeza ficarão marcados nos nossos corações, estes valiosos momentos. Nini e Rosival Eq.02 - N. S. das Graças Feira de Santana-BA

ACOLHIDA À EQUIPE DA SUPER REGIÃO Primeira vez na história Para nós, satisfação Uma bênção do Altíssimo Alegria, por que não? Recebemos a visita Desta Equipe tão bonita Nossa Super-Região

Vamos agora aplaudir O Casal que está aqui A Bete e o Carlos Alberto Do Norte deste País Nos vem um outro casal A Fátima e o Canêjo O Casal Provincial Nosso carinho e o aplauso Não ocorrem por acaso Eles merecem afinal

De São Paulo novamente Acolhemos um casal E não pode ser diferente O Casal Provincial A Inez e o Natal Com os aplausos da gente

Os três estados do Sul Formam a Província Sul III Ao Casal Provincial A homenagem desta vez Silvia e Glauco, a Bahia Do Norte vamos para o Sul Os recebe com alegria Uma Província por vez Nossas palmas pra vocês A Região geográfica Destaca por altivez Pensou que esqueci o Nordeste Da Província Centro-Oeste Uma província só, não Por que não falei mais cedo? Com garra e coração Não chega a ser de montão É nossa Província, irmão Lá de perto do Planalto Mas, províncias lá, são três Falo com fé e sem medo Centro da nossa nação Um abraço afetuoso Sul I para começar O nome deles eu sei: E um aplauso caloroso E de lá quem é que vem? Pra Conceição e Macedo Ela é Olga, ele é Nei Hermelinda e Arturo Nosso aplauso e ovação Para vocês paz e bem E outros casais que apoiam Não distante da Bahia Queremos os abraçar Nossa Super-Região É claro, daqui mais perto E não podemos deixar Comunicação Externa Nos manda a Província Leste De aplaudi-los também É um encargo, uma missão De coração bem aberto Jussara e Daniel E da Província Sul II Casais do Brasil inteiro Prestigiando a Bahia Equipes de Nossa Senhora Movimento que nos guia À Equipe dirigente A homenagem da gente Especial neste dia

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Desempenham esse papel Aplausos, de coração Zelar, cuidar das finanças Atos, fatos registrar Lucita e Marialvo Sabem com isso lidar Cuidar da tesouraria E ainda a secretaria Aplausos nós vamos dar A Zezinha e o Jailson Não têm rádio nem jornal Mas nos mantêm informados De uma forma bem legal Palmas por merecimento Pois cuidam a todo momento Da nossa Carta Mensal Como seriam as equipes Sem as bênçãos lá do céu?

E sem um padre presente Sucessor de Caffarel? Aqui nos vieram dois Vou falar logo depois Pra eles tiro o chapéu Um gordinho falador Outro magrinho, quieto Cada um mais dedicado Às equipes todo afeto Nossas palmas carinhosas E por que não calorosas Aos padres Miguel e Neto E por fim, Cida e Raimundo Um casal cabra da peste Casal Super-Região Oriundo do Nordeste Palmas, carinho e amor Reconhecendo o valor Merecimento inconteste

Toda a Região Bahia Os acolhe com um abraço Não é preciso lhes dar Nem régua ou mesmo compasso Somente lhes desejar Deus sempre a iluminar Cada gesto, cada passo Obrigado por trazer Mais paz e mais alegria Voltem aqui outras vezes Qualquer hora, qualquer dia Um abraço carinhoso O calor humano gostoso Que só se vê na Bahia.

Joana e Sebastião CR Setor A Salvador-BA

VISITA DA EQUIPE DA SUPER-REGIÃO BRASIL A REGIÃO SERGIPE Para coroar de êxito as nossas comemorações, recebemos no dia 3 de junho a visita da Equipe da Super-Região Brasil, pela primeira vez em Sergipe, que chegou às 12h30, na Praia de Atalaia, onde foi recebida com muito entusiasmo e animação pelos casais da Região, com faixa de boas-vindas. No local, foi servido um almoço com a participação de todos os casais. Após o almoço foi feito um “city tour” até a colina de Santo Antonio, bairro mais antigo, situado num ponto mais alto da cidade, com uma vista privilegiada. Depois, fizemos uma visita à Catedral Metropolitana onde pedimos graças e agradecemos pela visita. Como se não bastassem as emoções vividas nos dias anteriores, foi a oportunidade de os equipistas de Sergipe conhecerem de perto a Equipe que conduz, no Brasil, a nossa caminhada, enchendo-nos de alegria e entusiasmo. À noite, às 19h30, aconteceu o ponto alto da visita com a Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Miguel. Na sua homilia, destacou a importância da caminhada espiritual do casal e o seu papel no desenvolvimento de uma família equilibrada e cristã e que dê testemunho na sociedade em que vive. Em seguida, teve um momento de convivência e foi servido um jantar regional e encerrado com a apresentação de um grupo folclórico - uma quadrilha junina. Essa visita fará parte da nossa história, mas nunca do nosso passado, porque o calor do abraço de todos vocês continuará a nos aquecer. Foram momentos inesquecíveis da graça do Senhor que, com certeza, darão novo ânimo às Equipes de Sergipe. CM 474

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Obrigado a todos pela presença e pelas palavras de carinho e afeto a nós dirigidas. Que Deus seja louvado em nossa vida de casal equipista e continue derramando bênçãos e nos dando força e perseverança nessa caminhada! Dilma e Paixão CR Região Sergipe “Bendito seja DEUS que nos reuniu no amor de Cristo!” “Tive na minha frente uns casais nos quais havia dois amores: o amor conjugal e o amor a Cristo.”- Pe. Caffarel. A vida é marcada por esperas que nos causam nervosismos, ansiedades, medos, expectativas, surpresas e realizações. Penso que tudo isso pude ver naquele belo dia (04 de Junho de 2013), quando da visita da Equipe da Super-Região Brasil ao nosso Estado. Da preparação da casa ao momento cultural, vi o carinho e a solidariedade entre os casais dos nossos Setores (capital e interior). Todos de mãos dadas para receber os irmãos na fé e na unidade de serviço em prol das famílias. Os ensaios de músicas e a preparação do ambiente fizeram-me recordar do livro “O pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry: “Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual”. Foi lindo participar de todo aquele ritual de acolhida e de fraternidade espiritual. Quando o ônibus estava próximo do local do almoço, alguns casais foram ao encontro dele e fizeram toda a segurança como os “batedores” das autoridades, guiando a viatura que conduzia os “discípulos missionários” Equipistas de Nossa Senhora ao nosso encontro. Somente quem estava na casa sentiu naquele momento, não somente no fundo dos tímpanos (risos), mas do núcleo do coração, lágrimas, palmas e gritos, a alegria e o estado de felicidade dos casais que os recebiam. As pequenas comunidades (equipe, igrejas domésticas) eram um só coração e uma só família; éramos o Movimento das ENS, “Equipe de Equipes”. Pensamos numa casa, mas que um restaurante justamente, para enfatizar que a partilha e educação na fé parte de cada lar em busca de coração sincero por DEUS. E como foi bom; vimos os rostos dos Casais e Conselheiros Espirituais que nos visitavam, mesmo cansados da viagem, se “transfigurarem” em semblantes de alegria e de esperança; como foi família! À noite, na Celebração Eucarística, lotamos a Catedral. Ali víamos a unidade na diversidade de expressões locais e nacionais. Os textos bíblicos reforçavam a motivação dos Equipistas em serem, na Igreja e na sociedade, sinais de esperanças e de vida, sinais proféticos de defensores de um dos maiores patrimônios da humanidade: a família, relacionamento humano-afetivo VI

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aberto à vida. Não era momento formativo nem informativo, era um momento de fraternidade e unidade no Movimento. Após a Santa Missa, fomos ao Teatro Deodoro participar de um momento cultural de nossa região. Sim, repito, participar, pois não somente assistimos àquela bela apresentação do Coral Prisma de Maceió, mas fomos envolvidos do começo ao fim da apresentação num verdadeiro “Luar do Sertão”. Diante de tudo isso eu só tenho a agradecer a DEUS, pelo dom do Movimento das Equipes de Nossa Senhora para a Igreja e também para a sociedade, pois vale a pena ser família. Existe uma mística na relação sincera e fiel de cada casal que busca a DEUS. Estando eu há 13 anos como Conselheiro Espiritual, junto de tantos casais, nos momentos de alegria e tristeza, de saúde e de doença, posso dizer que estas visitas, de fato, reanimam tanto os Casais Equipistas como os Sacerdotes Conselheiros e Acompanhantes Espirituais Temporários, no ardor e renovado amor pelo Movimento e pela causa da família Equipes de Nossa Senhora, fazendo sempre tudo o que o Senhor quer e pensa para a felicidade das famílias. Pe. Márcio Roberto / Katia e Carlos CR Setor C Maceió-AL Queridos irmãos equipistas, Devido às grandes proporções territoriais do nosso país, a Equipe da SuperRegião realiza uma de suas reuniões ordinárias, uma vez por ano, em uma de suas Províncias e, em seguida, faz uma Visita a algumas de suas Regiões. Neste ano de 2013 a Província contemplada foi a Nordeste e as Regiões escolhidas foram: Bahia, Sergipe e Alagoas. O objetivo dessa visita é conviver com os casais equipistas de base, sacerdotes e conselheiros locais, buscando um conhecimento mútuo, colocando-nos em comunhão com os equipistas das mais variadas Regiões do Brasil, já que todos somos parte dessa grande comunidade que ama e que é amada, uma grande e verdadeira família Cristã e Equipista. A reunião da Equipe da Super-Região aconteceu nos dias 31 de maio e 01 e 02 de Junho, no CTL - Centro de Treinamento para Líderes, localizado na Pedra do Sal, Itapuã, Salvador-BA. Após a reunião na capital da Bahia, seguiu-se a Visita nos dias 03 e 04 de junho. No dia 05 cada um retornou à sua cidade. Com espírito missionário, no dia 31 de junho, chegamos ao Aeroporto de Salvador-BA, sendo acolhidos pelo Casal Regional da Bahia, Lígia e Joaquim, e Casais Equipistas, com grande carinho, festa e alegria, marca registrada do povo baiano, como velhos e bons amigos. Na noite do sábado fomos para o centro da cidade de Salvador, onde nos encontramos com os equipistas Soteropolitanos e de cidades vizinhas, participan CM 474

VII


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do todos juntos da celebração Eucarística presidida por Dom Giovanni Crippa, concelebrada pelos Padres Reginaldo Peçanha e Maurício Silva. Concluída a celebração, assistimos à apresentação do belíssimo coral Cia Arte, entoando cânticos de Nossa Senhora por ocasião do término do mês de maio. Participamos, ainda, de um jantar cultural onde Tião de Joaninha apresentou a equipe da Super-Região em literatura de cordel. No domingo à noite concluímos a nossa Reunião Ordinária. Depois de uma agradável e descontraída viagem de ônibus, chegamos à pequena e não menos bela cidade de Aracajú-SE. Fomos recepcionados pelo Casal Regional, Dilma e Paixão, e um grupo de irmãos equipistas. A Região ainda estava em ritmo de comemoração pelos 20 (vinte) anos das ENS no Estado de Sergipe, que teve seu início na cidade de Itabaiana-SE. À noite participamos todos de uma missa em ação de graças pela Visita da SR, onde o Pe. Miguel Batista SCESR nos brindou com palavras de agradecimento e incentivo a um amor maior e sem fronteiras para todos os equipistas. Em seguida, nos foi oferecido um café tipicamente nordestino. Como tradição, Sergipe tem uma das maiores festas juninas do Brasil e nos presenteou com uma quadrilha junina estilizada. Todos ficamos encantados e gratos pela maravilhosa acolhida. Já com saudades da Bahia e de Sergipe partimos com a expectativa de chegar no Estado de Alagoas, onde mais uma vez fomos muito bem acolhidos, de um lado o verde mar de Maceió; do outro, o coração dos nossos irmãos equipistas. Que Maravilha! Em toda essa atmosfera de amor almoçamos na casa de um casal equipista e nos fartamos com a deliciosa culinária local, com direito a música ao vivo na voz dos próprios casais equipistas. Durante a noite participamos de missa presidida pelo Pe. Fernando SCE AL e concelebrada pelo Pe. Neto, Pe. Márcio e Pe. Maurício e o Diác. Rubião. Em seguida, assistimos à apresentação do belíssimo coral Prisma com o tema Luar do Sertão, inspirada nos obras de Luiz Gonzaga, retratando a cultura e vida do povo Nordestino, que se renova e com fé se alegra apesar das dificuldades, um lindo espetáculo que vai ficar na memória de cada um. A equipe da Super-Região em seu estilo mais genuíno e tão peculiar ao Movimento, inspirado na hospitalidade, de que “Sempre que acolhemos sem saber muitas vezes estamos hospedando anjos...” sentiu na pele a maravilha de ser recebido em casa de irmãos. Podemos afirmar que nós é que fomos acolhidos por verdadeiros anjos. Como Nossa Senhora deixou sua casa e partiu ao encontro de Isabel, nós também assim fazemos, ao ver de perto e dar-se a conhecer. O acolhimento não podia ser mais caloroso dentro da simplicidade do povo Nordestino, que procurou mostrar o melhor que temos e a vontade de servir. Conceição e Macedo CR Província Nordeste VIII

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Essa formação tem como objetivo: • Proporcionar o encontro com outras equipes. • Rever a metodologia no Movimento. • Celebrar o compromisso do casal e da equipe. • Festejar o acolhimento das novas equipes. • Celebrar e fortalecer a unidade do Movimento. A dinâmica dessa formação é feita através de módulos (04). Dentro dos módulos, vemos o carisma, a mística, orientações de vida, missão, testemunho e serviço, os PCEs, a Partilha, a vida em equipe e o Movimento (histórico).

As atividades são vividas em grupo, em equipe e em casal, de forma que temos momentos de oração, de comunicação, de reuniões de equipes mistas e de plenários. Tudo isso nos faz ver que não é tão difícil para nós, casais equipistas, ajudarmo-nos a progredir no amor ao próximo. “Sejamos, pois, na Igreja e no mundo, sinais de esperança e fermento de novas gerações que acreditam na vida, dando testemunho de que o sacramento do Matrimônio é caminho de amor, felicidade e santidade.” (Carta de Brasília) Vamos, juntos, ousar o evangelho!  Mirian e Mário Eq.01 - N. S. da Conceição Palmares-PE

PROVÍNCIA SUL I UM ENCONTRO CONTAGIANTE! Ir a um encontro do Movimento, como membro novo das Equipes de Nossa Senhora era algo, digamos, um tanto angustiante. ‘Não conhecíamos ninguém, ficaríamos deslocados’ – pensaram muitos dos casais que conversamos. Mas Deus nos chamou. O Encontro de Equipes Novas, realizado nos dias 13 e 14 de julho, na casa das Irmãs Agostinianas Missionárias, em Jundiaí, foi muito mais do que um encontro de Formação e aprofundamento da Pilotagem. Foi, na verdade, um novo e contagiante ‘despertar’. Uma bênção e um sopro novo para aqueles CM 474

que estão ingressando no apaixonante Movimento das Equipes de Nossa Senhora. A ‘angústia’ de muitos casais ali acabou se transformando em entusiasmo, nos dois dias do Encontro. O primeiro dia se desenvolveu com palestras de Casais Formadores, com 20, 30 anos de caminhada nas Equipes, e explanação do Padre Paulo Renato, de São José dos Campos. Aliás, o padre tocou no coração de muitos casais com explicações didáticas, esclarecedoras e, muitas vezes, emocionantes. Seu amor pelo Movimento foi evidente. E contagiou... Já no 21


domingo teve uma particularidade ainda mais emocionante. Uma das dinâmicas foi a realização do Dever de Sentar-se no local. Os 22 casais se espalharam pelos jardins para a realização de um dos PCEs. Era bonito de ver. Conversando com um aqui outro ali, pudemos perceber que existiu um Dever de Sentar-se verdadeiro, com Cristo, pela primeira vez para muitos dos cônjuges no local. Muitos daqueles casais que passaram o sábado inteiro em formação, descobriram, no domingo pela manhã, o real sentido daquele PCE. Os formadores realizaram ainda uma dramatização didática e pedagógica de como NÃO realizar uma reunião de equipe. A dramatização acabou aproximando ainda mais os iniciantes, pois muitos viviam aquela realidade retratada no palco montado com tanto carinho pelos formadores. Mas foi nas reuniões de grupo e na plenária, ao final do encontro, 22

que foi possível tirar as dúvidas de todos os casais. Só se cresce no conhecimento se o casal leva e traz uma experiência em Deus – isso foi evidente nos dois dias. O encontro foi encerrado com celebração de Compromisso e Envio, presidida por Padre Samuel. Casais de várias localidades: Jundiaí, Arujá, Vinhedo, Americana, Sorocaba e Votorantim, agora estão prontos para esse novo desafio, porém, com gosto de ‘quero mais’. “As equipes não podem ser apenas um movimento conservador da fé: é preciso que sejam fermento. Não basta possuir o ensinamento do Mestre, é preciso possuir o Espírito de Cristo, o mesmo Espírito Santo que, no Pentecostes, transformou tímidos seguidores em testemunhas ardorosas do Senhor.” (Pe. Caffarel). Vamos ser fermento gente?  Hanaí e Eli Eq.12A - N. S. de Guadalupe Jundiaí-SP CM 474


Os movimentos, tal como os homens, possuem uma alma. Valem o que ela vale. Atribuir sua eficiência somente à qualidade de sua administração e de seus métodos seria tão ingênuo como procurar a finalidade da vida moral do homem no bom funcionamento de seus órgãos. A alma é um principio de vida. Ora, as Equipes de Nossa Senhora também têm uma alma. Se elas conseguem fazer algum bem, desenvolver-se, irradiar-se, é porque essa alma é viva. E se ela é viva, é graças à dedicação, à generosidade, aos sacrifícios dos membros das Equipes. E’ graças, em primeiro lugar, obviamente, à ação de Deus: a ação de Deus, porém, para concretizar-se, porventura não precisa do concurso dos homens? A alma é invisível, é verdade; por vezes, entretanto, deixa-se entrever. É o que acaba de acontecer: CM 474 462

nos últimos meses, senti a alma das Equipes. Queria lançar um apelo na Carta Mensal para encontrar o casal permanente que viria substituir os caros Pillias. Tentaram dissuadir-me. Insisti. E fiz bem: doze casais responderam ao apelo. É pena não poder transcrever aqui estas respostas. Procurarei, entretanto resumi-las. Estas respostas vieram de regiões diversas (por vezes longínquas): dois belgas, um casal suíço, um casal francês, alguns milhares de quilômetros da metrópole, os outros, de diversas cidades da França. Várias começavam assim: “O Movimento nos trouxe tanto que seríamos felizes em poder servi-lo”. Nada aliás, nessas cartas, de entusiasmo, de ênfase, de lirismo, mas uma decisão amadurecida na generosidade e na oração, sobriamente expressa: “Se não escrevemos mais cedo é porque julgamos ter 23

Raízes do Movimento

Explicação: Ao lermos o editorial abaixo, da Carta Mensal que nos vem da França, julgamos a princípio que o assunto não interessava às nossas equipes. Entretanto os conceitos que contém e os testemunhos que apresenta da profunda dedicação de alguns casais, levou-nos a publicá-lo. Para compreendê-lo é preciso uma explicação. A Equipe Dirigente de Paris, conta com a colaboração de um casal que trabalha para o Movimento no regime de “tempo integral”. É o casal Permanente. Ocupava este cargo o casal Pillias: após vários anos, tornou-se evidente que não se podia exigir dele o prolongamento indefinido de uma dedicação que representava também um sacrifício. Foi então que a Carta Mensal lançou um apelo, pedindo aos casais das equipes que se oferecessem para substituí-lo. E é da repercussão que teve este apelo que nos fala o Pe.CaffareI, no editorial que vamos ler.

O CASAL PERMANENTE


de refletir e orar antes de lhe participar nossa proposta. Cremos que é agora nosso dever dizer que estamos disponíveis”. Nossos correspondentes não têm ilusões a propósito das renúncias a aceitar e dos riscos a correr: “Há principalmente a dificuldade do encontro com o desconhecido, o renunciar a certo número de satisfações legítimas”. Outro: “Estamos bem conscientes do fato de que nossa oferta implica um risco, mas estamos dispostos a corrê-lo”. Renúncias: este teria que deixar sua casinha com um jardim tão precioso para as crianças quando é incerto encontrar outra na superpovoada Paris; aquele outro, um bom emprego, e a mudança oferece-lhe apenas a metade do salário atual. Riscos! Entre os quais não é o menor abandonar um trabalho que oferece segurança para o futuro - será possível encontrar outro equivalente daqui a três ou cinco anos? Entretanto, ele se oferece. Ele se oferece ao Movimento, sem dúvida, mas, além do Movimento, à Igreja e a Deus: “Gostaríamos de dedicar mais profundamente nossa vida, não dizer sempre que os outros são melhores qualificados do que nós para servir a Deus”. A retirada da oferta de um casal que respondera ao nosso apelo nos deu uma alegria tão grande quanto seu primeiro impulso, por causa do motivo dado. “Nosso bispo pediu-nos que não deixássemos a Diocese”. E’ a alegria que sentimos ao descobrirmos que um membro das equipes é um bom operário do reino de Deus. Vê-se então porque podia dizer que acabávamos de sentir a alma 24

das Equipes. Espero ter conseguido torná-lo patente nessas linhas. Sabemos, aliás, aqui na Equipe Dirigente, que existem casais de não menor dedicação, que por motivos diversos, não podiam oferecer-nos seus serviços: alguns chegaram mesmo a nos escrever. Nossa escolha recaiu sobre o casal Rosset, Jean-Marie e Arma, casal responsável de uma equipe de Friburgo (Suíça). O fato de não serem franceses (Jean-Marie é Suíço, e Anna, Polonesa) foi um argumento em seu favor. Estimamos com efeito que é indispensável haver no centro de um Movimento internacional, casais de várias nacionalidades. Apresso-me em acrescentar que eles possuem outras qualidades mais preciosas ainda. Não as enumero e lhes deixo o cuidado de descobri-las. Começarão a trabalhar a 1º de setembro, por um período experimental de três meses que, se for como o esperamos, conclusivo marcará o início de uma colaboração por 3, 4 ou 5 anos. Eles dedicam às Equipes alguns dos mais belos anos de sua vida: devemos ser-lhes gratos. Lembrem-se deles continuamente em suas orações. Conto com isso porque confesso, não é sem apreensões que vejo um casal aceder a uma função dirigente num movimento – essas responsabilidades ser-lhes-ão normalmente um auxílio para aproximar-se de Deus, mas comportam também riscos, entre os quais aquele que provoca o comentário: “São profissionais do apostolado”.  Pe. Henri Caffarel CM 474


No ANTIGO TESTAMENTO, podemos ler que o povo de DEUS passou por muitas situações difíceis, por muitas perseguições, por muitas guerras, por muitos momentos de carestia. Em certos momentos , eles perderam quase tudo, inclusive a fé e o respeito a DEUS, construindo e adorando um bezerro de ouro, reclamando do maná que caía do céu e sentindo saudades do tempo de escravidão na terra dos faraós. No NOVO TESTAMENTO, encontramos também situações de perseguição, como os ATOS DOS APÓSTOLOS relatam o que se passou com PEDRO, PAULO e muitos outros. Inúmeras vezes, as pessoas ficam sem saber o que fazer diante das dificuldades, das doenças, das calúnias e das injustiças. Assim é a nossa vida : namoro, casamento, filhos e agora netos. Alegrias e tristezas, doenças, desempregos, incompreensões, perdas, conquistas, encontros e desencontros. Há momentos em que parece que até duvidamos de DEUS. Há outros, em que nosso amor por ELE parece infinito. O que tem nos orientado nesses anos todos é a PALAVRA DE DEUS. Com muita humildade e simplicidade, diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia, recorremos à leitura e meditação da PALAVRA DE DEUS. Ela tem nos orientado, CM 474 462

acalmado e motivado, não nos deixando perder a esperança, mesmo quando uma equipe é encerrada, mesmo quando há algum falecimento, mesmo quando chega o desemprego ou a aposentadoria forçada, ou quando nos abate a doença em algum familiar. Percebemos que, quando não procuramos a PALAVRA DE DEUS com frequência diária, ficamos mais inseguros e vacilantes. Quando achamos que sabemos tomar a melhor direção sozinhos, sem a ajuda da oração e da PALAVRA DE DEUS, “pimba”, rapidamente “quebramos a cara” e fazemos coisas erradas, das quais depois nos arrependemos. Diante de nossos medos, sempre nos consola: “Não tenhais medo”, “Para DEUS nada é impossível”, “Vocês valem mais que os pássaros do céu e as flores do campo”, “há mais alegria no céu pelo reencontro da ovelha perdida do que pelas outras noventa e nove”, “EU estarei convosco até o fim”. Pelo menos para nós dois, uma fé firme e inabalável só tem sido possível recorrendo constante e permanentemente à PALAVRA DE DEUS. Quantas vezes, diante das dificuldades com os filhos ou com as equipes, não temos a menor ideia para que lado correr. Mas, ao buscar a leitura diária do EVANGELHO ou dos 25

Testemunho

“Abraão disse: ‘Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?’ ELE respondeu: ‘Por causa dos dez, não a destruiria’” (Gn 18, 32)

A PALAVRA DE DEUS EM NOSSAS VIDAS


Salmos ou das Epístolas, o divino ESPÍRITO SANTO nos conduz à melhor decisão e à melhor ação. Confiar na PALAVRA DE DEUS não evita que tenhamos medos, inseguranças e problemas. Mas nos ajuda a enfrentar e resolver as dificuldades do dia a dia. Este é nosso humilde e singelo testemunho de vida

de como a PALAVRA DE DEUS tem sido a rocha que sustenta nossa casa, nossa família e as Equipes de nossa Região nos últimos anos.  Rachel e Fernando Eq.04B - N. S. Rainha de Todos os Povos São Paulo-SP

OS DESAFIOS DOS CASAIS JOVENS NAS ENS

Seria conveniente que começássemos nos apresentando porque isto elucidaria a temática deste artigo, o primeiro de nossa Equipe. Somos a ENS 44, Setor A, Região Centro-Oeste 2. Conduzidos por diferentes caminhos encontramo-nos em 2010 na Experiência Comunitária. O desafio inicial era entender que a santidade não precisava ser produto de um esforço individual, mas em casal. O casamento é um caminho de santidade (Pe. Caffarel). Santos? Nos dias de hoje? Com os desafios seculares? Trabalho? Filhos? A despeito da percepção de que tínhamos muito em comum – sonhos, aspirações, angús26

tias – como lidar com os PCEs e os eventos do Movimento? Não seria precipitado que no início da vida matrimonial nos comprometêssemos com as ENS? Seria mais prudente resolvermos primeiramente as questões mais céleres da vida cotidiana e então, quando estivessem equacionadas, pudéssemos dedicar tempo ao Movimento e vida espiritual? Como outros que ousaram o Evangelho, continuamos... tornamo-nos uma Equipe! Ora afortunados, ora desajeitados no cumprimento das ações intrínsecas à vida nas ENS fomos progredindo concomitantemente na amizade e comunhão dos exercícios e práticas que contribuem CM 474


para o crescimento de nossa vida espiritual e conjugal. E nesta caminhada fomos aquinhoados por lições e graças que nos tornaram mais sábios. Ao notar como nossa visão se distanciava das versões midiáticas de família, amor e compromisso compreendemos esta passagem: Se vocês pertencessem ao mundo, eles os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia (Jo 15:19). E agora, ainda tão no início da

jornada, encontramo-nos apaixonados pela riqueza do Movimento, por termos uma nova família e saber que urge o tempo para que conheçamos o calor de viver junto ao Pai. E compreendemos a sabedora de Santo Agostinho: Oh! Verdade! Oh! Beleza infinitamente amável de Deus! quão tarde vos amei!, quão tarde vos conheci! e quão infeliz foi o tempo em que não vos ame nem conheci!  Eq. 44A - N. S. Imaculada Conceição Brasília-DF

ENS - CORAL MATER DEI Sim, cantamos para Deus! Em 20 de junho de 1995, comemorávamos as bodas de prata do casal equipista Heloísa e José Augusto da equipe 07 - Nossa Senhora de Lourdes. As filhas prepararam uma missa especial em ação de graças e como eu estava tendo aulas de violão, me pediram para ajudar com as músicas da missa. Pronta a colaborar, solicitei ajuda da minha equipe 03 - Nossa Senhora do Rosário, que prontamente atendeu o chamado! Formamos um coral, com os ensaios às escondidas para surpreender o casal. As dificuldades foram superadas com carinho, esforço e dedicação. A missa foi celebrada pelos padres Alquermes e Maurício (falecido), conselheiros espirituais. A emoção do grupo de equipistas foi grande; nós havíamos conseguido, com o canto, transmitir o amor, o carinho e a amizade que sentíamos pelo casal. CM 474

Não paramos por aí. Começamos a ensaiar. O entrosamento entre todos crescia e foi nascendo a ideia de se formar um coral, que se colocaria à disposição do Setor, nas suas celebrações de datas festivas. Precisávamos de um nome. Foi aprovado “Coral Mater Dei”, nome sugerido pelo José Augusto, hoje falecido. O coral foi crescendo. Fizemos um convite para os casais das ENS; quem quisesse participar, as portas estavam abertas. Alguns se afastaram, integrantes faleceram durante esta caminhada de 18 anos. Fomos contando com outras equipes, casais, filhos e netos, todos contribuindo com voz, instrumentos, muita alegria e dedicação. Ganhamos várias caixas de som de um casal equipista de Araras. Hoje formamos uma grande família, nossos ensaios são cheios de muita música, partilha e oração. 27


Ao longo da nossa caminhada criamos dois uniformes, com a cor, azul-royal, oficial da nossa região. Contamos, hoje, com os seguintes instrumentos: violão, baixo, teclado, timba e carrilhão – que embelezam as nossas apresentações. Muitas bênçãos nos são derramadas nos ensaios e nas missas, das quais participamos. Tudo isto faz aumentar, em nossos corações, a alegria de servir a Deus, à Maria e às ENS.

São dezoito anos de muitos “SINS”! Que Deus, no seu infinito amor, Jesus, com sua luz e Maria, com seu carinho maternal nos conduzam e nos ensinem a verdadeira alegria de cantar a vida e o amor, passando esse entusiasmo para todos! Somos regidos por Deus, com as bênçãos de Maria. Quem canta, reza, duas vezes.  Talma e José Eq.03 - N. S. do Rosário Limeira-SP

Acesse nosso site conheça, veja como está rico em informações e dinâmico e navegue na CARTA MENSAL ELETRÔNICA

www.ens.org.br 28

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(Guia das ENS pg.27)

Nos dias 29 e 30 de junho, foi realizado na Casa D. Luiz, em Brodowski, um retiro para equipistas dos Setores A, B, C de Ribeirão Preto. O SCE Pe. Flávio Cavalca foi o pregador, que, com sua simpatia, carisma e profundo conhecimento, manteve todos os casais realmente em retiro. No sábado, após a acolhida, o dia iniciou com oração da manhã “Laudes”, e a seguir Pe. Flávio nos presenteou com quatro palestras: • Fundamentos da espiritualidade cristã – A proposta de Jesus para um jeito de viver; • A espiritualidade conjugal – O evangelho vivido pelo casal, como casal, no casamento; • A maturidade da espiritualidade conjugal; • Os meios da espiritualidade conjugal – Como ser um santo casal. Após cada apresentação, Pe. Cavalca pedia que o grupo fizesse uma reflexão a respeito do assunto, propondo algumas perguntas para serem respondidas. O sábado encerrou com uma CM 474

Celebração Eucarística, na qual foi inserida a “renovação dos compromissos matrimoniais” que emocionou a todos. No domingo, após a oração da manhã “Laudes”, Pe. Flávio nos falou em sua última palestra sobre: • “As ENS, escola de espiritualidade conjugal – O casal participa das ENS para ser santo e feliz”. E finalizou dizendo que “a proposta das ENS é apta a levar os casais à santidade e à plenitude de seu amor, mas, ao mesmo tempo, acaba afastando, para outros caminhos, os casais que não se identificam com essas propostas de vida”. Dando prosseguimento, Pe. Flávio pediu para que os casais presentes fizessem um “Dever de Sentar-se”, dizendo que: “o amor é uma decisão que o casal renova todos os dias, e que tal decisão se vive com uma adesão do coração e se realiza no esforço da vontade”. Foi enfatizado também, que o Retiro Anual é um dos PCEs que ajuda o homem e a mulher 29

Partilha e Pontos Concretos de Esforço

“O retiro é um tempo privilegiado de parada, de escuta, de oração e uma oportunidade de renovação espiritual. É também um tempo forte para voltar-se para dentro de si mesmo e fazer um exame geral de vida, sobretudo sobre o nosso caminho de crescimento”.

UM TEMPO RETIRO EM RIBEIRÃO PRETO-SP


a harmonizarem suas naturezas e suas vivências no Amor Conjugal, complementando-se numa compreensão recíproca. É um momento propício para que o casal se coloque diante do Senhor para refletir sobre as suas vidas. Esses dois dias de oração encerrou com o momento maior, a

Celebração Eucarística. Todos os casais saíram, certamente, mais amadurecidos, crescidos no amor e na espiritualidade.  Lúcia e Rubson Eq.02B - N. S. das Graças Ribeirão Preto-SP

RETIRAR-SE PARA IR AO ENCONTRO Quando nós das Equipes de Nossa Senhora colocamos entre os nossos PCEs, ou seja, colocamos em nossa “agenda” o retiro anual, estamos dando ao mundo e à Igreja testemunho de uma realidade bastante importante, e que tende a ser esquecida em tempos de ativismo: o diálogo com Deus é fundamental à vida cristã. Se quaisquer devocionismos ou atitudes externas são acidentais à fé cristã, a vida de oração é inegociável. É claro que esta vida de oração, que nasce da humildade, de nosso sentir sede de Deus (como rezamos no Salmo 63/62), precisa ser vivida em nosso cotidiano; e isto também faz parte do dia a dia dos equipistas. Mas para que, então, um retiro todos os anos? A resposta está na própria dinâ-

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mica da vida humana: temos necessidade de momentos fortes, de aprofundamento, de retirada, não para nos isolarmos, mas justamente para ir ao encontro. Sabemos que Jesus costumava retirar-se para orar; totalmente Deus e totalmente humano, como homem precisava encontrar intimidade com o Pai, na força do Espírito, através da oração, que fazia em lugares retirados. É interessante notar que nunca deixou de retirar-se antes de momentos muito fortes: a escolha de seus apóstolos (Lc 6, 12-16) ou antes da Paixão (Mc 14, 32-42), por exemplo. A vida do Senhor, como a nossa, é uma vida de diário diálogo com Deus e com as pessoas. Mas a vida precisa de momentos fortes, de marcos. Mesmo que os

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esposos se amem, e o digam um ao outro todos os dias, sentem necessidade de sair do ambiente costumeiro, olharem juntos para o mar, sentarem sob uma árvore, sentirem o vento e dizerem, sem pressa (sem ter que se preocupar em enfrentar o trânsito em cinco minutos, ou acordar as crianças): “eu amo você”, com a intensidade, serenidade e tranquilidade que só em um lugar retirado podem fazer. No retiro, os casais o fazem na companhia do próprio Deus Trindade, fundamento de sua união matrimonial. E ali

podem ainda, um pouco longe da normalidade cotidiana, que tende a nos cegar, olharem para casa, para o ano, para a história, para os filhos, para a sua vida cristã e verem o que está faltando e dar graças ao Senhor por todas as Suas bênçãos. É no retiro que se alimentam como missionários! Retiro é PCE não porque seja um luxo das Equipes, mas porque é fundamental.  Frei André Tavares OP SCE-Região Capital SP1 Eq.05B - N. S. da Paz São Paulo-SP

O “DEVER DE SENTAR-SE”, SEGUNDO Pe. CAFFAREL “Cristo, no capítulo 14 de São Lucas, convida seus ouvintes à prática do “dever de sentar-se”. Hoje, no século das velocidades vertiginosas, é mais oportuno do que nunca este dever desconhecido. Não creio fazer juízo precipitado quando afirmo que os melhores esposos cristãos, aqueles que nunca faltam ao “dever de se ajoelhar”, infringem muitas vezes o “dever de sentar-se”. Antes de empreender a construção de vosso lar, confrontastes vossos modos de ver, pesastes vossos recursos materiais e espirituais, elaborastes um plano. Mas depois de iniciada a vida a dois, não poucos negligenciam o dever de sentar para fazerem o exame da missão a ser desenvolvida, reencontrar o CM 474

ideal previsto, consultar o Mestre da obra. Conheço as objeções e dificuldades, mas sei também que a casa acaba por desabar quando não se cuida bem do alicerce. No lar onde não se toma tempo para reflexão, introduz-se e instala-se a mais insidiosa desordem material e moral: a rotina apodera-se da prece comum (quando não a faz desaparecer da vida conjugal), das refeições e de todos os ritos familiares; a educação reduz-se a reflexos de pais mais ou menos nervosos; a união se fende. Para evitar que a rotina se estabeleça no lar, apresento-vos agora uma proposta: tomai vossa agenda e como se anotasse aí uma viagem, marcai um encontro convosco-mesmos. Fique bem entendido que estas 2 ou 3 horas 31


deverão ser um “tabu”... digamos, sagradas. Que nenhum passeio pela cidade ou jantar com os amigos vos faça faltar no encontro convosco-mesmos. Como empregar essas horas? Antes de tudo, não sejam apressados: a prática de um único encontro ainda não se tornou um hábito! Deixai a praia: ide para o alto-mar! É preciso deixar a todo custo as preocupações do cotidiano para ocupar-se com o fundamental de vossas vidas. Em seguida, orai um longo momento. Faça cada qual uma prece pessoal, espontânea, em alta voz: essa forma de oração, sem minimizar as outras, aproxima miraculosamente os corações. Entrados assim na paz do Senhor, dizei um ao outro aqueles pensamentos, observações, confidências que não é fácil nem muitas vezes desejável fazer durante os dias ativos e ruidosos – mas que seria perigoso conservar no silêncio do coração, porque, bem o sabeis, há “silêncios inimigos do amor”. Fazei uma peregrinação às “fontes do amor”;

reconsiderai o ideal entrevisto quando iniciaram um caminho de mãos dadas; renovai vosso fervor: é preciso crer no que se faz e fazê-lo com entusiasmo. Depois, voltai ao presente, confrontai o ideal com a realidade, fazei o exame de consciência do casal e tomai as resoluções práticas e oportunas para curar, consolidar, rejuvenescer, arejar e abrir o lar do coração. Empregai lucidez e sinceridade nesse exame; descei até as causas do mal diagnosticado. Por que não consagraríeis também alguns instantes a meditar sobre cada um de seus filhos? Enfim, e sobretudo, examinem se Deus é o primeiro servido em seu lar. Será muito importante escrever o que foi descoberto, estudado e decidido nesse encontro, mas isso poderá ser feito depois, por um dos dois – o que será relido por ambos no próximo encontro”. Bom dever de sentar-se!  Pe. Roger Matheus SCE Setor Caçapava Caçapava-SP

REGRA DE VIDA... Nosso Movimento tem uma série de ferramentas que devemos usar para guiar nossa caminhada espiritual... Não basta colocar uma “letrinha” na folha de partilha e partilhar com a Equipe... A vida cristã exige, de cada um de nós, um compromisso, e 32

também um exercício diário e contínuo. Para construir a Paz em nosso matrimônio, família e comunidade, é necessário, a cada dia, lapidar e aparar as arestas, para estar mais próximo da perfeição desejada por Deus. A Regra de Vida é uma dessas ferramentas. Deve ser simples. CM 474


Do que precisamos nos lapidar em nossas atitudes, nos nossos relacionamentos? Uma boa dica é lembrar-se das “Bem-aventuranças” ou da “Oração de São Francisco” e refletir sobre nossos defeitos ou das virtudes que nos faltam e, assim, guiar nossa Regra de Vida. Pe. Caffarel já dizia que a Regra de Vida deve ser “escrita e curta”, mas deve ser concretizada no dia a dia. Devemos olhar a Regra de Vida como um caminho que nos leva para águas mais profundas. Ela permite um

olhar para dentro de nós mesmos e, a partir desse olhar, modificar valores, rever posições. Sempre fazendo a ligação entre o nosso falar e agir. Como equipistas, temos o privilégio de ter esta ferramenta ao nosso dispor. Um convite mensal para escolhermos uma atitude que nos leva a progredir na direção de um crescimento espiritual e humano.  Lucia e Luiz Eq.01 - N. S. do Bom Conselho Água Boa-MT

ESCUTA DA PALAVRA Muitas vezes buscamos interpretar essa Palavra de Deus querendo adequá-la às nossas situações de vida. Penso que o inverso deveria acontecer, isto é, as nossas situações de vida serem iluminadas pela Palavra. Nossa atitude deve ser de ESCUTA Deus quer nos falar algo... coloco-me atento... dobro a cabeça... faço silêncio... fala, Senhor, eu escuto!!! A Palavra de Deus tem que ser a porta de entrada para a Meditação e a Oração Conjugal. Nem sempre recorremos à Bíblia para as nossas meditações e orações; algumas vezes utilizamos um poema, um texto, uma história... mas a fonte maior da Escuta da Palavra é a Palavra de Deus. A Palavra de Deus é como o sal: desaparece para dar sabor; é CM 474

como o açúcar que se transforma em energia, é pó alimento que nos sustenta. Deixando a Palavra de Deus penetrar dentro de nós, da nossa vida, a gente vai se divinizando. A Palavra vai tomando conta e não se consegue mais separar o que é de Deus e o que é nosso. Nem se sabe muito bem o que é a Palavra d’Ele e o que é a nossa. Quando a Palavra de Deus entra na dinâmica de nossas vidas, ela passa da cabeça para o coração, transformando isso em oração diante de Deus, como Projeto de nossas vidas. É mergulhar dentro dos fatos, descobrir e saborear a presença ativa e criativa de Deus e comprometer-se com o processo de transformação que provoca a história.  (Livro Pe. Mário - Reflexões de um Conselheiro Espiritual - 2009 p. 54) 33


Pe. Caffarel

PADRE CAFFAREL Sua Bíblia em Imagens Toda a criação... impossível que não nos ensine coisas extraordinárias sobre seu autor. Os pastores de todos os tempos sempre adivinharam o esplendor de Deus ao contemplar, à noite, o céu fervilhante de estrelas, pois “os céus anunciam a glória de Deus”... Sem ir tão longe, um olhar de criança, porque é uma janela aberta para a “inocência” de Deus, toca-nos no mais profundo de nós mesmos... Não apenas toda a criação, mas também cada detalhe é uma confidência de Deus: da mesma maneira como um simples capitel da catedral (elemento arquitetônico-parte superior de uma coluna em geral esculpida) revela-nos um pensamento do artista. Mas é preciso saber ler para compreender essas confidências de Deus... Não é sem esforço que se consegue essa ciência, essa inteligência da linguagem de Deus. Adquirir, aliás, é um termo inexato: essa inteligência é um dom de Deus mais que uma aquisição do homem. “Colocarei Meu olho em teu coração”, lemos na Escritura. Continua, porém, verdade que, se não a exercermos, ela se atrofia. Ao passo que, para aquele que a exerce, o mundo todo se torna, em pouco tempo, transparente. Casados, vocês dispõem de pouco tempo para estudar e aprofundar sua fé. Alguns de vocês sofrem com isso, ao passo que outros facilmente se acomodam, mui34

to contentes com um bom pretexto q u e o s d i s pe ns a de uma trabalhosa pesquisa. Vocês esquecem que não somente os livros falam de Deus. Vocês têm em casa uma Bíblia em imagens, se assim posso dizer. Ah! Se vocês a folheassem! Estou falando de todas essas realidades familiares que fazem parte de sua vida: o amor conjugal, a paternidade, a maternidade, os filhos, a casa... tudo isso que Deus encontrou de mais explícito para se dar a conhecer...É preciso pedir continuamente ao Senhor que nos dê um olhar novo: “Colocarei Meu olho em teu coração”, promete ELE a todos que lhe pedem. Então, o marido, a mulher, as crianças, todas as criaturas tornam-se transparentes para nós, como outros tantos vitrais através dos quais, em mil cores, chega até nós a luz do rosto de Deus. Aprofundem-se neste e em outros textos do Pe. Caffarel, em sua íntegra nas páginas do livro NAS ENCRUZILHADAS DO AMOR Pe. Henri Caffarel Editora Santuário-Aparecida/SP. (tradução de Pe. Flávio Cavalca) Ajudemos e animemo-nos, com carinho, uns aos outros!  Márcia e Rubens CRR Região SP Centro I Indaiatuba-SP CM 474


“Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19) Queridos amigos das ENS, como EJNS, tivemos dias de profundo impacto em nossas vidas, durante a JMJ. Desde muito tempo estamos nos preparando para este grande momento, o encontro da DIVERSIDADE na UNIDADE. Foram muitos jovens do mundo todo. Nosso Movimento participou ativamente da JMJ, seja como jovens voluntários ou como peregrinos. Tivemos equipistas de várias partes do Brasil e do mundo, no Rio de Janeiro. Um de nossos pontos de encontro foi o estande na Feira Vocacional, que também aconteceu durante a jornada. A feira foi uma ação pastoral, criada para a divulgação das diversas expressões juvenis de nossa Igreja. Nosso querido beato João Paulo II escreveu em uma de suas encíclicas que: “é dando a fé que ela se fortalece”. Mas ele ia além, dizendo: “ao anunciar o Evangelho, vós mesmos cresceis em um enraizamento cada vez mais profundo em Cristo, vos tornais cristãos maduros”. Por esse motivo estivemos na Feira Vocacional, com a finalidade de testemunhar nossa fé. Testemunhar que, pela fé no Cristo e por meio da proposta evangelizadora das EJNS, somos jovens firmes e perseverantes em Deus. E com esse sentimento de evangelização, gostaria de partilhar com vocês os mais novos setoCM 474

EJNS

DIVERSIDADE NA UNIDADE res de nosso Movimento. Os novos “filhos” do Nordeste: setores Aracaju e Itabaiana. Fruto de um trabalho consistente e determinado. Nossa gratidão a todos os envolvidos neste projeto: Naiara Quirino (Responsável Regional - Nordeste), Gilvan Carvalho (Responsável do Setor Aracaju), Marcelo Fontes (Responsável Setor Itabaiana) e todos das ENS nestes locais, que se dedicaram para que esta obra evangelizadora se tornasse uma realidade. Pela intercessão da Mãe Aparecida, nossa evangelização ainda terá muitos frutos! Temos planos desafiadores de ainda este ano iniciarmos nosso Movimento em mais dois novos estados: Ceará e Maranhão. Na graça de Deus já contamos com o apoio das ENS local. Você, casal equipista, que está lendo esta mensagem e de alguma forma quer participar deste belo projeto de fomento das EJNS em sua região, entre em contato conosco. Somente unidos conseguiremos ir adiante! Portanto, fica registrada nossa gratidão por tudo que as ENS representam para as EJNS. Nosso muito obrigado pelo espaço e pelo apoio de sempre. Que Nossa Senhora Estrela da Nova Evangelização nos abençoe e nos guarde. Abraços fraternos,  Júnior Responsável EJNS Brasil responsavel.nacional@ejnsbrasil.com.br 35


CNSE

Esse é o meu mandamento:

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMO.

(Jo 15, 12)

Na Mística das ENS encontramos a Ajuda Mútua. “Carreguem os fardos uns dos outros” (Gl 6, 2). Com estes pensamentos temos procurado caminhar nas Comunidades Nossa Senhora da Esperança. Sabemos que a solidão não é um desejo de DEUS para nenhuma criatura sua, no entanto, quantos não se sentem assim, quando perdem seus entes queridos? – o Casal com a morte de um dos cônjuges, a dor da viuvez, independente da circunstância em que tenha ocorrido está sempre presente na vida das pessoas. O Desquitado ou o Divorciado, com a perda de um dos cônjuges mesmo ele estando vivo, é muito doloroso, pois vivem em um grande vazio. Os solteiros sentiam-se felizes quando moravam com suas famílias. Depois com a morte dos seus pais e a saída de casa dos irmãos pela vocação escolhida ficam sozinhos em solidão. No seio da Igreja não existia nenhum Movimento ou Associação, em favor das (os) Viúvas (os), como também das (os) Solteiras (os), Separadas (os) e Divorciadas (os). Nesse vácuo surgiu o Movimento Comunidade Nossa Senhora da Esperança, que vai se espalhando e consolidando em todos os cantos do país. Hoje quando vemos a grandeza desse Movimento, fundado por D. Nancy Moncau, cujo objetivo é formar pequenos grupos, onde as (os) Viúvas (os) e Pessoas Sós pudessem contar com a terna proteção de Nossa Senhora. Conforta-nos saber que nos dias atuais existam equipistas atuando em todo recanto do Brasil, nas CNSE ousando assim o Evangelho e dando um passo mais largo no que diz respeito ao grande mandamento do amor, mostrando a este público alvo que seria possível uma luz ao final do túnel, que aos poucos fosse se tornando cada vez mais brilhante, levando a todos a certeza de que DEUS está sempre por perto e não irá desamparar ninguém. Que Nossa Senhora da Esperança abrace a todos com ternura e carinho e traga mais operários para a Grande Messe da CNSE.  Toinha e George Casal Regional - CNSE Pernambuco Visite nosso site www.cnse.org.br 36

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BODAS DE OURO Ivone e Guilherme

No dia 03.11.2012, com o apoio dos irmãos sua Eq.04D - N. S. da União, de São Paulo Capital II, comemoraram s ua s B oda s de O ur o num a m b i e nt e de m ui ta fraternidade.

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL

No dia 15.06.2013, juntamente com a Eq.07B - N. S. da Paz, em Belém-PA, comemoraram suas Bodas de Ouro com a celebração de uma missa em ação de graças presidida pelo Pe. Wiremberg SCE do Setor B, na Paróquia de São José. Fizeram-se presentes os familiares, amigos e irmãos da Equipe. A festa continuou no dia seguinte num almoço oferecido por seus filhos, noras e netos. Maria e Dolor No dia 03.11.2012, com o apoio dos irmãos, sua Eq.04D - N. S. da União, de São Paulo Capital II, comemoraram suas Bodas de Ouro num ambiente de muita fraternidade. CM 474

Pe. Nelson Siqueira Neves No dia 29 de junho, com muita alegria, a Região Rio IV, através do Setor Lagos, comemorou o Jubileu de Ouro Sacerdotal do Pe. Nelson Siqueira Neves, SCE da Eq.11 - N. S. da Guia, numa emocionante Missa presidida pelo arcebispo de Niterói, D. José Francisco. A comunidade da Paróquia N. S. d’Assunção, em Cabo Frio, e os equipistas se reuniram para comemorar e agradecer a Deus.

ORDENAÇÃO SACERDOTAL Pe. Alessandro Renato da Silva (Alex) Dia 15 de Junho, foi sua ordenação sacerdotal. A Eq.10 - N. S. Desatadora dos Nós, muito se alegrou naquele dia. Pe. Alex era Diácono e já acompanhava a Equipe 10 do 37

Notícias

Vera e Miro


Setor lagos - Cabo Frio/RJ. “O espírito do Senhor Jesus está sobre mim, porque Jesus me ungiu; enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres...” (Is 61, 1). Que Maria interceda junto a seu Filho Jesus por ele e por todos os sacerdotes que se dispõem a acompanhar as nossas equipes nos aconselhando e levando a presença de Jesus para nossa reuniões, para nossas vidas e para nossas famílias. Pe. Ângelo No dia 15.06.2013, aconteceu a Ordenação Sacerdotal de Pe. Ângelo, Conselheiro Espiritual da Eq.04 - N. S. das Graças do Setor Lagos, Região Rio IV. Que Maria interceda junto a seu Filho Jesus por ele e por todos os sacerdotes que se dispõem a acompanhar as nossas equipes nos aconselhando e levando a presença de Jesus para nossas reuniões, para nossas vidas e para nossas famílias. Pe. Inácio No dia 11.06.2013, às 17 horas, o Reverendíssimo Dom Jaime Vieira Rocha, Arcebispo Metropolitano de Natal, presidiu a Missa de Ordenação Sacerdotal, na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação. O 38

Pe. Inácio é o SCE da Eq.05E - N. S. de Guadalupe e presidiu sua primeira missa no dia 15.06.2013, na cidade de Paus dos Ferros-RN. Pe. Emerson Carlos No dia 07.07.2013, aconteceu a Ordenação Sac erd o t a l p e l a i m posição das mãos de Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, ofm, Bispo da Diocese de Campanha-MG. A cerimônia, de rara beleza, foi na Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Ajuda, em Três Pontas-MG, sua cidade natal. Rogamos ao Senhor que ilumine Pe. Emerson, agora, SCE da Eq.03B - N. S. do Loreto, na sua missão, e que, com sua alegria e juventude possa atrair muitos jovens para a vida religiosa.

ORDENAÇÃO DIACONAL Raphael Guimarães No dia 05 de maio foi ordenado Diácono, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Volta Redonda, com a presença do Bispo, Dom Francisco Biasin e do Bispo emérito, D. João Maria Messi. Raphael é CE da Equipe N. S. Auxiliadora. Louvamos a Deus e a Nossa Senhora por este momento e que abençoe a vida e a vocação do Raphael Duque.

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ANIVERSÁRIOS

15 anos da Região Rio IV

No dia 23 de maio a Região Rio IV completou 15 anos. A comemoração do aniversário aconteceu no dia 18, quando foi realizada uma Missa em ação de graças no Seminário São José e, também, uma confraternização com a presença de muitos casais equipistas. De forma simples, porém significativa, comemoramos esta data e temos certeza que o aniversário de 15 anos da Região Rio IV ficará marcado no coração de todos, que compareceram ao evento. A presença na Celebração Eucarística, realizada na Capela do Seminário, coroação da nossa festa,

de alguns seminaristas, dois SCEs (Pe. Juvaldes e o Frei Guido) e dos casais do primeiro momento da nossa Região nos emocionou a todos, num claro sentimento da presença do Espírito Santo. Os casais, primeiros equipistas da Região, testemunharam, com sua alegria, que vale a pena participar das Equipes de Nossa Senhora. Aproveitamos a oportunidade para homenagear aqueles que iniciaram e ajudaram a construir a Região e apresentamos um histórico da trajetória das Equipes de Nossa Senhora nesses 15 anos. (Tereza e Reizinho - CRR Rio IV - Rio de Janeiro-RJ)

VOLTA AO PAI Jean (da Jeanne) No dia 28.06.2013 Integrava a Eq.01B - N. S. da Esperança São José dos Campos-SP

Ana Alice (do Sebastião) No dia 30.01.2013 Integrava a Eq.04 - N. S. de Lourdes Maracaju-MS

Laércio (da Lúcia) No dia 26.06.2013 Integrava a Eq.05 - N. S. de Lourdes Garça-SP

Neide (do Ladislau) No dia 20.06.2013 Integrava a Eq.03C - N. S. das Vitórias Natal-RN

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Reflexão

A BÍBLIA Há muitos anos, existiu um homem muito rico que no dia do seu aniversário convocou a criadagem à sua sala para receberem presentes. Colocou-os à sua frente na seguinte ordem: cocheiro, jardineiro, cozinheiro, arrumadeira e o pequeno mensageiro. Em seguida, dirigindo-se a eles, explicou o motivo de havêlos chamado até ali e, por fim, perguntou: o que você prefere receber agora, esta Bíblia ou este valor em dinheiro? Eu gostaria de receber a Bíblia, respondeu, pela ordem, o cocheiro. Mas como não aprendi a ler, o dinheiro me será muito mais útil! Recebeu então a nota, de valor elevado, e agradeceu ao patrão. A este, pediu que permanecesse em seu lugar. Era a vez do jardineiro que, escolhendo bem as palavras, falou: minha mulher está adoentada e por esta razão tenho necessidade do dinheiro. Em outra circunstância escolheria, sem dúvida, a Bíblia. Como aconteceu com o primeiro, ele também permaneceu após receber o valor das mãos do patrão. Agora pela ordem, falaria a cozinheira que teve tempo de elaborar bem a sua resposta: eu sei ler, porém, nunca encontro tempo para folhear sequer uma revista. Portanto, aceito o dinheiro para comprar um vestido novo. Eu já possuo uma Bíblia e não preciso de outra, assim, prefiro o dinheiro, informou a arrumadeira em poucas palavras. Finalmente chegou a vez do menino de recados. Sabendo-o bastante necessitado, o patrão adiantou-se em dizer-lhe: certamente você também irá preferir o dinheiro, para comprar uma nova sandália, não é isso meu rapaz? Muito obrigado pela sugestão, disse o pequeno mensageiro. De fato, estou precisando muito de um calçado novo, mas vou preferir a Bíblia. Minha mãe me ensinou que a Palavra de Deus é mais desejável do que o ouro... Ao receber o bonito volume, o menino feliz o abriu e nisso caiu aos seus pés uma moeda de ouro. Virando outras páginas, foi deparando-se com outros valores em notas. Vendo isso, os outros criados perceberam o seu erro e envergonhados deixaram o recinto. A sós com o menino, disse-lhe o patrão: Que Deus o abençoe, meu filho, e também a sua mãe, que tão bem o ensinou a valorizar a Palavra de Deus (autor desconhecido).  Colaboração Léo da Aninha Eq.05C - N. S. da Saúde Natal-RN 40

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MEDITANDO EM EQUIPE O santoral de setembro é rico de nomes famosos; no entanto, apenas um traz o epíteto de Magno: São Gregório I. Nascido em Roma em 540, lá mesmo morreu em 604. Foi prefeito da cidade, “sem jamais se deixar corromper”. Fascinado pelo ideal monástico, trocou a política pelo mosteiro. Continuou monge, mesmo sendo conselheiro particular do papa Pelágio II; e até mesmo sendo seu representante junto ao Imperador de Constantinopla. Eleito papa à sua revelia, após a morte de Pelágio, os 14 anos do seu pontificado foram de uma atividade assombrosa, em todos os setores. Provam-nos as 854 cartas dele que chegaram até nós. Seu nome sobrevive principalmente no “canto gregoriano”, como também nas assinaturas oficiais dos romanos pontífices: “o servo dos servos de Deus”. É um dos quatro maiores doutores da Igreja. Não foi apelidado de Magno por acaso!

Escuta da Palavra em 2Cor 4, 1-12 Sugestões para a meditação: 1. Com base no v.2, elenque situações em que é preciso dizer não. 2. Quando é que nós proclamamos a nós mesmos, e não a Cristo (v.5)? 3. É possível falsificarmos a Palavra de Deus (v.2)? 4. Comente esta frase: “trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus” (v.10). Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm.

Oração Litúrgica “Filho do homem, eu te coloquei como sentinela da casa de Israel (Ez 3,17). É de notar que o Senhor chama de sentinela aquele a quem envia a pregar. A sentinela, de fato, está sempre no alto para enxergar de longe quem vem. E quem quer que seja sentinela do povo deve manter-se no alto por sua vida, para ser útil por sua providência. Como é duro para mim isto que digo! Ao falar, firo-me a mim mesmo, pois minha língua não mantém, como seria justo, a pregação e, mesmo que consiga mantê-la, a vida não concorda com a língua. Que espécie de sentinela sou eu, que não estou de pé no monte da ação, mas ainda deitado no vale da fraqueza? Poderoso é, porém, o Criador e Redentor do gênero humano para conceder-me, a mim, indigno, a elevação da vida e a eficácia da palavra. Por seu amor, consagro-me totalmente à sua palavra” (São Gregório Magno).


Momentos de intenso convívio equipista nas

Regiões: Bahia, Sergipe e Alagoas

Equipes de Nossa Senhora

Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luís Coelho, 308 • 5º andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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