Ano LIV• abr 2014 • nº 479
C A R TA Equipes de Nossa Senhora
SUPER-REGIÃO A espiritualidade do serviço pp. 04, 05
IGREJA CATÓLICA Carta do Papa Francisco às famílias p. 06
Mensal
FORMAÇÃO Ser equipista é ser vocacionado p. 18
CARTA MENSAL nº 479 • abr 2014 EDITORIAL Da Carta Mensal .................................. 01
CRS - formação específica ...................... 22 Ser responsável nas ENS, ....................... 23
SUPER-REGIÃO Preparai o caminho do Senhor! ........... 02 Ser equipista é uma vocação ............... 03 A espiritualidade do serviço .................. 04
VIDA NO MOVIMENTO Província Sul I - Tudo está lançado ....... 24 Província Sul III - Encontro de equipes novas ................................. 25 Província Centro-oeste ........................... 27
IGREJA CATÓLICA Carta do Papa Francisco às famílias ..... 06 Fundamentos da espiritualidade nas ENS ................................................ 07 Páscoa ................................................. 09 Celebremos a páscoa em família ......... 10 PASTORAL FAMILIAR Familia: lugar do encontro ......................11 3O ENCONTRO NACIONAL Um convite muito especial .................. 12 RAÍZES DO MOVIMENTO O cristão, um homem em marcha ........... 13 MARIA Senhora da páscoa .................................... 14 TEMA DE ESTUDO O ano da fé e o estudo do tema .............. 15 Mapa mental ...................................... .16 FORMAÇÃO Vida de equipe, vida em comunidade! .... 17 Ser equipista é ser vocacionado .............. 18 Saber discernir ...................................... 19 Preparando caminhos ............................ 20 O chamado à missão é um imperativo de Deus ....................... 21
ECOS DA JMJ RIO O Padre Caffarel nos uniu além do oceano ............................. 29 TESTEMUNHO Ação de graça ...................................... 30 Servir a Deus exige disciplina, foco e fé! .. 31 Ajuda mútua uma certeza nas ENS ......... 32 Alegria do serviço ................................ 33 Crescei e multiplicai-vos ........................ 34 Ele esta no meio de nós ......................... 35 Família que reza unida, permanece unida .. 36 O desejo de servir ................................. 37 Recado de Jesus, bem pessoal ................ 38 Silêncio ................................................ 39 Uma experiência de amor ...................... 40 PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO A escuta da palavra ............................. 41 Para que nada se oponha às vossas orações ................................ 42 Um Dever de Sentar-se de ano novo ... 43 NOTÍCIAS ............................................ 44 REFLEXÃO Casais que se contemplam .................... 47 O estranho em nossas vidas! ................. 48
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fatima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Imagem de capa: Canstockphoto - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 A3 Cj. 36 - 01310-000 São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
Editorial
Queridos Irmãos “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim”. É, antes, uma necessidade que se impõe. Ai de mim se não evangelizar. (1 Co 9,16)
Nossa CM desse mês de abril vem como uma “ponte”, ligando os projetos e orientações do Movimento, com a expectativa do que nós deveremos realizar, depois de sermos alertados em alto e bom som, para Ousar o Evangelho. Padre Miguel, inicia exortandonos a transformarmo-nos, para depois evangelizar sem medo; e acrescenta: precisamos ter uma fé inabalável para sermos obedientes à Palavra, persistentes na leitura diária e na Meditação, prudentes nas conversas a três... Cida e Raimundo, no mesmo ritmo, nos chamam, também, para nos prepararmos e explicitam o que é escolher aceitar uma vocação. Mostrando os vieses vocacionais para semearmos no campo das ENS, citam Pe. Caffarel que conclui: Trata-se de uma submissão profunda. Um aprendizado que as Equipes de Nossa Senhora prestam aos equipistas... Sílvia e Glauco falam de como Jesus era atento a tudo o que ocorria em sua volta; as parábolas eram construídas sob a realidade do seu conhecimento e transmitia com palavras simples. No seu testemunho de vida cristã esclarece que, colaborar com a obra de Deus e prestar um serviço aos homens não causa perdas às responsabilidades familiares e pro-
fissionais. O texto é um chamamento ao serviço disciplinado e fundado na oração. Frei Eduardo Quirino se alia a Pe. Miguel e Cida e Raimundo e nos leva a entender que apenas uma fé profunda, baseada sobre o conhecimento da pessoa de Cristo, é capaz, ao encarnar-se na vida cotidiana, de refletir o seu amor nas relações com o próximo e faz recomendações para uma vida cristã e equipista plena. A Bandeira Formação tem seis artigos muito bons que, coincidentemente, se repetem em outros de forma diferente, mas com o mesmo sentido, como: O terceiro parágrafo de SER EQUIPISTA É SER VOCACIONADO de Débora e Marquinho com SER EQUIPISTA É UMA VOCAÇÃO de Cida e Raimundo. Os questionamentos do O TEMA DE ESTUDO E O ANO DA FÉ de Emília e José Roberto com os do SABER DISCERNIR de Leo (da Aninha). Vocês ainda podem saber como foram os EACRES, em algumas Regiões, e se mirarem em bons testemunhos de irmãos espalhados nesse nosso imenso Brasil. Erenita e Attanázio historiam objetivamente o que é a Páscoa e seu significado para nós, cristãos católicos. No amor eterno do Pai! Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal
Tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens” CM 479
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Super-Região
PREPARAI O CAMINHO DO SENHOR! O objetivo primeiro da oração é a transformação do homem em Jesus Cristo. Qualquer tentativa de afinidade com Deus que não tenha esta expectativa é o exercício alienante da oração. Certamente, o objetivo nunca será alcançado. Mas a caminhada deve ser um processo de transfiguração: a troca de uma figura por outra. Ousar o Evangelho está bem dentro dessa perspectiva: de evangelizar sob quaisquer circunstâncias, sem medo! Em que pese subestimarmos a nossa capacidade de levarmos a Boa Nova, às vezes, tomados pela sensação de impotência de resolvermos todos os percalços do mundo, precisamos ter uma fé inabalável para sermos obedientes à Palavra; persistentes na leitura diária e na Meditação; prudentes nas conversas a três, seja na Oração Conjugal, seja no Dever de Sentar-se para nos abastecermos das virtudes do nosso Senhor Jesus Cristo e termos a força do Espírito Santo atuando em sua plenitude na alegria do nosso servir, transformando-o numa Regra de Vida viva e de penitência. Acolher e cuidar dos homens é um tema tão ousado quanto é ousado santificar-se a dois. Primeiro, porque é lindo poder enxergar vocês, casais do mundo, caminhando de mãos dadas, até a velhice, com metas iguais, ouvindo a Jesus sem compreendê-lo, mas reconhecendo-o na Santa Eucaristia. Se2
gundo, porque teremos casais transformadores, alvos dos comentários: eles são realmente diferentes! E terceiro, pela alegria da Igreja, lembrando o que profetizou sua santidade o Papa João Paulo II: o futuro do mundo passa pela família. Meus queridos, a obediência às Orientações do Movimentos deve ser e ter o mesmo caráter e importância que Jesus dedicou ao Pai: Jesus disse: Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra (Jo 4,34). De modo que, como pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tornarão justos (Rm 5,19). Finalmente lembremos Eclo 49, 1-3: A lembrança de Josias é uma mistura de incenso, preparada pelos cuidados de um perfumista; é como mel, doce em todas as bocas, como música em meio a um banquete. Ele mesmo tomou o bom caminho, o de converter o povo, extirpou a impiedade abominável. Encaminhou seu coração para o Senhor , em dias de impiedade fez prevalecer a piedade. Sejamos, pois, discípulos da profecia de Isaías: Voz do que clama no deserto; Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas (Mt 3,2). No coração de Jesus! Pe. Miguel Batista, SCJ. SCE da Super-Região Brasil CM 479
SER EQUIPISTA É UMA VOCAÇÃO “Aquele que se cansa de semear não pode alegrar-se com a colheita” (Santo Agostinho)
Queridos equipistas: Em um dos EACREs de que participamos neste ano, chamounos atenção a seguinte afirmação de um SCE, em sua homilia: “ser equipista é uma vocação”. A constatação nos levou a pensar em quantos equipistas estão no Movimento sem ter vocação. Aquela “vocação” que nos remete ao ato de chamar, de escolha e de disposição para algo ou para alguma missão. Somos todos chamados pelo Batismo a uma vida cristã como filhos e filhas de Deus, para sermos santos como casados, consagrados, ordenados. Como casados, consagrados, ordenados podemos semear no campo das Equipes de Nossa Senhora. Trata-se de ouvir o c h a m a d o, e s c o l h e r a c e i t a r e se dispor a caminhar numa direção específica, confor me o que propõem as Equipes. Tratase de uma submissão profunda. Um aprendizado que as Equipes de Nossa Senhora prestam aos equipistas, quando lhes pede para adotar voluntariamente uma Regra, para viver o amor fraternal na equipe e no Movimento e para declarar as omissões às regras do jogo (cf. Caffarel). Escolher aceitar uma vocação significa sair de si mesmo a fim de focar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Em qualquer CM 479
estado de vida ou em campo escolhido livremente para semear, é necessário superar os modos de pensar e agir que não estão conformes com a vontade de Deus (Papa Francisco). A m a d o s i r m ã os , ur ge que iniciemos nosso êxodo em direção à vida em comunidade e olhemos com amor e nossas energias todos os que estão ao nosso redor. Diz o Papa Francisco que a vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor de uns pelos outros. Então, a partir desses fundamentos, que tal reservarmos um tempo ao longo do mês, do ano ... para refletir com o coração – de onde brota a vocação – os seguintes questionamentos: Vo c ê s e m e i a p a r a f a z e r sua vocação brotar? Se ela já nasceu, você está cuidando bem dela? U n i d o s e m o r a ç ã o, n o s s o abraço terno e fraterno, Cida e Raimundo CR Super-Região 3
A ESPIRITUALIDADE DO SERVIÇO perecíveis. Nem com o atraso que sua viagem sofrerá. Ou com os gastos adicionais que terá. Acolhe o ferido e cuida dele (Lc 10, 25-37).
A reflexão que resulta da leitura e do estudo dessa parábola nos inspira a uma profunda revisão de vida. Em suas caminhadas e em seus encontros com pequenos grupos ou grandes multidões Jesus sempre prestava muita atenção ao que via. Por isso, as suas parábolas são frutos de sua experiência de vida. Atento a tudo, conhecia a realidade da Galileia. E é com palavras simples e em linguagem compreensível que “comunica o que vive” (Jesus, Aproximação Histórica, José Antônio Pagola). Através delas, coloca os que as ouvem em sintonia com a sua própria experiência. A parábola do “bom samaritano” reflete essa vivência. Os dois primeiros viajantes, um sacerdote e um levita, retornam para Jericó, vindo do templo, onde cumpriram suas obrigações. Vêem o ferido e “passam ao largo”. O terceiro viajante, um samaritano, talvez um comerciante, vê o ferido, aproximase dele (que provavelmente sente medo) e “enche-se de compaixão”. Não se preocupa com as mercadorias que traz para vender, algumas 4
Depois que completamos o serviço de Casal Responsável de Setor, Silvia foi convidada a dirigir o Educandário Santa Catarina, uma entidade sem fins lucrativos, localizada próxima de Florianópolis, que cuida de aproximadamente 500 crianças, de zero a 7 anos, que necessitam de assistência. Serviço voluntário, pesado, sobretudo pela necessidade de viabilizar recursos para a sua manutenção em boa ordem. Silvia dedicou 12 anos seguidos a esse projeto. Nesse período, fomos chamados a servir ao Movimento na Região Santa Catarina I, que exercemos com a ajuda de um dedicado Colegiado, sem deixar as demais responsabilidades de lado. Completado esse período de serviço ao Movimento, veio um novo chamado: coordenar localmente o 2º Encontro Nacional das ENS. Com a orientação de Graça e Roberto, então Casal Responsável pela CM 479
SRB, e o empenho da Equipe de Serviço, Deus nos permitiu realizá-lo bem, apesar de nossas limitações. Novo chamado, agora para a SRB, no serviço de Casal Responsável pela animação da Província Sul III (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Nesse período, Glauco foi, também, chamado a servir à indústria de SC, na condição de presidente de sua federação. Com a presença serena e dedicada de nosso Colegiado, casais e conselheiros que preencheram as nossas lacunas com amor e sabedoria, estamos chegando ao fim do serviço de CRP, que completaremos em agosto próximo. Partilhamos o nosso testemunho de que é possível conciliar os serviços ao Movimento e à Igreja, sem descuidar das responsabilidades com a família e a profissão. É o casal manifestando sua espiritualidade no serviço, quer no lar, na Equipe, no trabalho, na comunidade, onde estiver. Aliás, segundo Pe. Caffarel, para sermos as testemunhas que o mundo espera não se faz necessário afastar-se das tarefas familiares e profissionais (A Missão do Casal Cristão). Com a graça de Deus e a ajuda dos nossos irmãos dos Colegiados o fardo tem sido “leve”. Em todas as atividades devemos nos esforçar para colaborar com a obra de Deus e prestar um serviço aos homens (Estatutos das ENS). Sem desanimar diante das CM 479
barreiras e das incompreensões. Sem desistir diante dos tropeços ou dos primeiros insucessos. Pedro não queria mais lançar as redes, depois que foram recolhidas vazias. Precisou Jesus ordenar que o fizesse e as redes voltaram cheias (Lc 5, 4-6). Também os pescadores de Aparecida não estavam recolhendo peixes, até que em nova tentativa a rede traz, ao invés de peixes, o corpo de uma imagem. Poderiam ter desistido aí, mas perseveram e jogam a rede novamente, que então é recolhida com a cabeça. Primeiro, o corpo, “templo do Espírito Santo” (1 Cor 6, 19). Depois, a cabeça, que completa o corpo. Com respeito, cuidado e carinho, as mãos rudes dos pescadores colocam suavemente no fundo do barco as peças que viriam a formar a Senhora de Aparecida. Maravilhas acontecem. Com Maria, caminhamos para Jesus. Através dela, chegamos a Ele. Também nós somos chamados a recolher os pedaços em que muitas vezes se transformam os que são marginalizados, os que sofrem, os incompreendidos. Recolher, acolher, unir os pedaços, cuidar. Quem reconstrói, cura e salva é Jesus. O serviço dá sentido às nossas vidas e nos torna portadores de esperança para os “feridos”. Muitas vezes Jesus disse a seus discípulos que a sua missão era servir: “Eu estou no meio de vós como quem serve” (Lc 22, 27). Ele nos deu o exemplo (Jo 13, 15) e espera que assim o façamos: “Vai e faz tu também o mesmo” (Lc 10, 37). Sílvia e Glauco CR Província Sul III 5
Igreja Católica
CARTA DO PAPA FRANCISCO ÀS FAMÍLIAS Queridas famílias, Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”. Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família. Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam ativamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimônio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á 6
o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em Setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, através destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho. Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente “visto” a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as ações de solidariedade... Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá CM 479
o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho. Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na
verdade e na caridade. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor. Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014. Franciscus
FUNDAMENTOS DA ESPIRITUALIDADE NAS ENS Discorrer sobre os meios de aperfeiçoamento que o Movimento das ENS oferece não é tarefa fácil. Repetir o que os membros da equipe já sabem, é perda de tempo. Creio mais oportuno relembrar alguns aspectos que nos fazem viver o ideal de busca do crescimento do amor conjugal na santidade do sacramento do Matrimônio. O documento intitulado “O caminho da vida espiritual em casal”, no capítulo 2, traz um texto muito a propósito: “Apenas uma fé profunda, baseada sobre o conhecimento da pessoa de Cristo, é capaz, ao encarnar-se na vida cotidiana, de refletir o seu amor nas relações com o próximo. Há relação estreita entre “razão e fé”, que é necessária para fazer frente ao desafio que se apresenta ao cristão de hoje” (op.cit. p. 34). A Sagrada Escritura é a fonte de espiritualidade cristã sobre a qual se baseiam os ensinamentos da Igreja e a liturgia. Portanto, o ponto fundamental para que haja amadurecimento da fé cristã é o conhecimento e a acolhida da Sagrada Escritura que nos coloca diante do CM 479
projeto de Deus que se revela como criador e salvador. A fé é aceitar que Deus existe e que recompensa os que nele creem (cfr. Hb 11,6). A Sagrada Escritura deve ser recebida com amor e simplicidade, pois ela nos revela a experiência de fé dos hebreus e dos cristãos através dos séculos: “Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas” (Hb 1,12). A segunda carta de Pedro nos alerta dizendo que “Antes de tudo sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados por Deus falaram da parte de Deus” (2Pd 1,20-21). A leitura do texto sagrado, feita com abertura de coração para acolher a palavra revelada, deve gerar em nós uma atitude de diálogo com o que foi lido. Que isso tem a ver comigo, aqui e agora, se eu estivesse envol7
vido em situação semelhante àquela que o texto relata? Basta pensar em Abraão quando teve que deixar tudo, família, cultura, sua terra. Ele foi levado pela graça a aceitar um Deus único, um dentre centenas de tantos outros que a cultura contemporânea lhe oferecia. Pensemos nas Bodas de Caná, no que aconteceu após intervenção de Maria alertando Jesus que os noivos estavam para passar um vexame devido à falta de vinho. Quais as reações que esse sinal suscitou nos discípulos? Uma vez iluminados pelas palavras da Escritura estamos prontos para caminhar em busca do aperfeiçoamento que as ENS nos propõem para viver a graça cristã, na condição de cristãos que escolhem viver a santidade como casal, situação que deve perdurar até que a morte os separe. Todos somos chamados a viver a vida cristã plenamente em qualquer etapa da vida. Aproveito a oportunidade para propor uma maneira simples de viver os meios de aperfeiçoamento que as ENS nos propõem. Costuma-se chamar de ascese: por ascese se entende o conjunto de esforços pelos quais se deseja conseguir progredir na vida moral e religiosa. Isso significa o esforço que leva o cristão a procurar ir eliminando os defeitos que impedem a sua configuração com Cristo, como foi assumida no batismo. Evidencia-se também a obrigação de progredir na vida sacramental e de oração. Coloque-se aqui a Regra de Vida, que não deve ser um pacote de problemas, mas, existindo, se deve eliminar um de cada vez e por um tempo razoavelmente curto. Fica também claro que a oração, pesso8 8
al ou do casal, deve ser exercitada com perseverança. Não há fórmula especial para orar. A melhor maneira de orar é procurar um momento para falar com Deus e ouvir o que ele tem a nos dizer. Cada casal deve escolher o modo que melhor lhes convém e facilita. Por que não tomar uma das orações que a Bíblia nos oferece? Além dos salmos há tantas outras. Quanto ao Dever de Sentar-se deixo apenas a sugestão: quando o casal quiser cumprir este dever vá desarmado. Lembrem-se dos três pilares sobre os quais repousa o amor conjugal: respeito pelo outro, confiança e abertura para ouvir sem preconceitos. É preciso deixar de lado cobranças, ironias, ressentimentos, etc. Com paciência e perseverança o amor conjugal vai se consolidando e crescendo. A vida cristã é um caminhar com Cristo sempre, como diz Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive; a minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Gostaria de deixar aos queridos casais que buscam a vivência na fé e crescimento na caridade, três pontos de referência que devem ser lembrados em qualquer instante de nossa vida: Deus, como objeto de nossa fé, o próximo, nosso irmão e o contexto vital no qual vivemos e onde devemos testemunhar o amor que Cristo nos deixou como sinal de que somos seus discípulos. Frei Eduardo Quirino de Oliveira SCE Eq.04B - N. S. Rainha de Todos os Povos São Paulo-SP CM CM 479 479
PÁSCOA A palavra “páscoa” vem do hebraico! pessah e significa “passagem”. A celebração da Páscoa de Jesus começa com a Quaresma”. São sete semanas, durante as quais a Igreja prepara os fiéis para uma consciente acolhida da mensagem da cruz de Jesus e da sua gloriosa ressurreição. A seguir vem a Semana Santa como preparação mais intensa, do tríduo sacro: quinta, sexta e sábado santos. O domingo da Páscoa é a celebração gloriosa da ressurreição do Senhor. Cumpre lembrar que todos os domingos do ano são a multiplicação do domingo da Páscoa. E o ciclo pascal termina com a festa de Pentecostes. A noite da Páscoa (sábado santo) tem seu significado próprio; é Cristo que ressuscita dos mortos eliminando as trevas do pecado, resplandecendo com a aurora da sua ressurreição. A vigília pascal, a noite do sábado CM 479
santo é a mãe de todas as vigílias e pertence ao Domingo que o Senhor consagrou com a sua ressurreição. Nós, cristãos, temos a certeza de que o crucificado na véspera de um sábado foi morto e sepultado, mas, ao amanhecer do primeiro dia da semana (domingo) apareceu, ressuscitado, a Maria Madalena. Neste “primeiro dia da semana” é lembrado, a cada domingo, aos cristãos a ressurreição de Cristo. A união com Ele em sua Eucaristia nos faz viver para a expectativa da 2ª vinda de Cristo no fim dos tempos (cf 1 Cor 15,24). O termo “páscoa” não só designa o mistério da morte e da ressurreição de Cristo, nem só o rito eucarístico semanal ou anual: designa também o “Banquete” celeste para o qual todos caminhamos”. Erenita e Attanazio Eq.02B - N. S. das Vitórias Brasilia-DF 9
CELEBREMOS A PÁSCOA EM FAMÍLIA No Natal a luz brilhou e iluminou de alegria e esperança os nossos corações e nossas famílias. Agora chega a Páscoa, é a festa maior! Será que só sabemos extravasar nossa alegria pelo Natal? Temos que concordar ser mais fácil, porque na Páscoa se exige firme disposição e vontade, considerando-se ainda ser um drama de dor e sofrimento. Entretanto, se temos fé, precisamos celebrar também a Páscoa. Pois, se como membros de Cristo que somos, em cada Natal, renascemos com Jesus para uma vida nova; pela Páscoa, ressuscitamos, vencendo um pouco mais, em cada ano, o “homem velho” que trazemos dentro de nós e que nos atrapalha muito na conquista da perfeição cristã. No Natal, o Cristo nos apareceu, sobretudo, com luz. Agora, na Páscoa, Ele se manifesta como Vida na Alma e na Igreja. Ele é Vida e nos enche de Vida Divina pelo Batismo e pela Eucaristia. O preço desse dom inestimável é a sua morte. Assim, portanto – a Vida por sua Morte – é o sentido profundo do tempo pascal. Cristo quer resgatar nossos pecados. Devemos, então, ter a consciência de que somos pobres pecadores. Jesus quer nos resgatar por sua Paixão, sua Cruz e sua Ressurreição. Festejemos esta Redenção durante a semana Santa e na Páscoa. Como viver na família a preparação para a Páscoa? Ora, compreendido bem esse espírito, podemos combinar em casa e, além das nossas decisões pessoais, tomar algumas resoluções apostólicas em comum. Nada de extraordinário, coisas sim10
ples e fundamentais, como as que sugerimos: 1. Oração: A missa dominical ouvida em comum por toda a família, comunhões fervorosas e frequentes, inclusive nas missas semanais. Esforço para que nenhum membro da família falte às orações da noite. 2. Jejum: Suprir gostos como doces, sorvetes, guloseimas, ou distrações, como ir ao cinema, assistir TV, jogar futebol, etc., em alguns dias determinados da quaresma. 3. Esmola: Pode-se combinar de cada um concorrer com pequenas renúncias para, em comum, ajudar efetivamente alguma família pobre, além das esmolas esparsas que podemos dar, com mais generosidade. Evitar indelicadeza, não tratar com gritos e ralhos – esmola espiritual – os irmãos, filhos, vizinhos, chefes, subordinados. 4. Recolhimento e reflexão: Combinar um momento de silêncio para que todos possam se entregar a uma boa leitura. Fazer aos sábados a leitura comentada da missa do domingo. Evitar grandes manifestações festivas; se possível, transferir para depois da quaresma alguma comemoração familiar. Estes propósitos, não são coisas extraordinárias, supõe apenas a Vida Cristã, para que sejam aceitos com naturalidade pela família. Zezinha e Jailson Eq.01B - N. S. da Conceição Jaboatão dos Guararapes-PE CM 479
Pastoral Familiar
FAMÍLIA: LUGAR DO ENCONTRO Uma família se fortalece nas experiências de encontro que são feitas durante toda uma história. Sabemos que a família nasce do encontro de diferentes e se constrói no amor e na acolhida do outro. Para se chegar ao encontro é preciso abrir os olhos para os desencontros que também acontecem na família. Ao reler a passagem dos discípulos de Emaús (Lucas 24, 13-35), vemos muitos casais que caminham tristes e desesperançosos, vivendo sem alento, ficando como que cegos. Eles não reconhecem a presença de Cristo ao seu lado como companheiro da estrada e não são capazes de reconhecê-lo no caminho, nas pessoas que estão ao seu lado, não se permitem fazer o encontro com o Ressuscitado. No relacionamento do Cristo que caminha conosco é possível acolher o outro, como sinal de um caminho de transformação de realidades tristes e conflitantes em um caminho de encontro com a esperança. A abertura da família ao outro e ao diferente é sinal de um autêntico encontro com Cristo, que nos transforma e nos enche de significado, nos faz viver e testemunhar o amor. Assim, o casal e, consequentemente, a família são abençoados e se tornam um ponto de encontro, união e segurança para toda a sociedade. Em família somos fortalecidos, capazes de superar as dificuldades e nos firmarmos na tarefa de construir e viver a fraternidade fundada no Amor. É no seio da família que o ser humano aprende a ser mais humano. A experiência da convivência, do perdão, da partilha, da correção fraterna, das alegrias e tristezas vividas em família formam um ambiente privilegiado e insubstituível do encontro abençoado por Deus. Como os discípulos de Emaús, nossas famílias carecem de uma experiência profunda e transformadora com o Ressuscitado e de uma retomada da vida em comunidade, que também é lugar do encontro e da partilha. Que nossos casais equipistas possam viver a experiência do encontro na vida fraterna, no amor, na unidade, no diálogo e na fé partilhada em família. Que essa experiência possa enriquecer a comunidade paroquial e fortalecer a celebração da família como espaço de encontro. Pe. Claudinei Souza da Silva SCE do Setor B Londrina-PR CM 479
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3o Encontro Nacional
UM CONVITE MUITO ESPECIAL Foi com muita alegria que recebemos a incumbência de nos manifestar perante vocês com relação a um dos grandes acontecimentos do nosso Movimento. Trata-se da nossa próxima Peregrinação à Aparecida do Norte, santuário nacional da nossa querida Mãe Maria, em meados de 2015. Local muito especial e significativo para nós, cristãos, pois foi onde Nossa Senhora se fez presente na vida daqueles humildes e simples pescadores. Para nós, cristãos batizados e participantes das ENS, será uma ocasião muito forte e especial, uma verdadeira graça de Deus, ao nos permitir que possamos estar juntos nesta sua casa, como fruto da nossa caminhada de Povo de Deus, culminando com o nosso 3º Encontro Nacional. Sabemos que, na verdade, somos Povo de Deus em constante marcha, em constante peregrinação nesta nossa curta passagem pela terra. No entanto, para nós que participamos das ENS, esta peregrinação tem um sabor especial, pois irá nos proporcionar a oportunidade de estarmos unidos em momentos de oração, confraternizando, trocando experiências de vida, celebrando em comum e dando um grande testemunho público do valor do matrimônio cristão. Para aqueles que participaram do 1º Encontro em Brasília, deve estar impresso de maneira indelével em suas memórias aquele inesquecível “Dever de Sentar-se” na Explanada dos Ministérios. Que belíssimo testemunho aos brasilienses! 12
Estaremos ali reunidos, casais e conselheiros, vindos dos quatro cantos deste imenso país, para louvarmos a Deus e a Nossa Senhora, pelas inúmeras graças derramadas sobre nós e nossas famílias. Louvar por este povo que, num país com tantas dificuldades como é o nosso, pode ainda assim testemunhar a existência de tantos casais cristãos que partilham do mesmo objetivo de vida espiritual. Sugerimos que leiam e reflitam sobre as palavras do nosso estimado Padre Caffarel, em seu Editorial intitulado “O cristão, homem em marcha”, escrito há mais de 50 anos. Onde está escrito “Roma”, leiam “Aparecida”. Este editorial está na bandeira “Raízes do Movimento p.13”. Parece que ele estava se dirigindo a nós, hoje, neste aproximar-se do nosso Encontro. Ele deixa claro em suas palavras o significado que deveria ter para nós esta Peregrinação, em todos os seus aspectos. E o interessante é que esta reflexão serve tanto para os que irão efetivamente à Aparecida, como para aqueles que não puderem. Queremos louvar e agradecer a Deus por nos dar mais esta oportunidade de estarmos juntos e rezando com Maria: O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é Seu nome... Mª. Regina e Carlos Eduardo Casal Apresentador do Encontro CM 479
O cristão é um caminhante, um homem em marcha, um peregrino. Caminha em busca de um destino: a “Jerusalém celeste”, segundo a expressão do Apocalipse: “Jerusalém celeste”, que significa a grande assembleia, em Deus, de todos os homens. O vigor da motivação com que caminha para esta meta é que assegura, ao cristão, o seu valor religioso. O cristão vale o que vale a sua motivação. É medíocre aquele que se dirige com moleza para a Jerusalém, para o Senhor. Santo, aquele que um poderoso dinamismo arrasta para Deus, que aspira ardentemente ao grande encontro. Quanto ao cristão que se instala, que longe de desejar uma outra pátria, procura apenas construir confortavelmente sua morada terrestre, que se faz surdo ao apelo de Deus, para não se ver obrigado a marchar ao seu encontro, será que merece ele ainda o nome de cristão? Quando o povo hebreu, depois de quarenta anos de marcha pelo deserto, após os duros combates da conquista, conseguiu estabelecer-se na Canaã prometida, bem depressa veio a sucumbir. Assim acontece ao cristão que se “instala”. Foi preciso um grande desastre (a destruição de Jerusalém) e o terrível exílio para chamá-los à marcha novamente, marcha para a Pátria – desta feita não para uma pátria terrena, mas espiritual. Percebem vocês agora por que os judeus, durante dez séculos, e 1 Editorial da Carta Mensal no 8, Ano VI, Novembro de 1958
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os cristãos através de vinte séculos, fazem peregrinações? Por que os cristãos do século vinte reatam a tradição das peregrinações? Porque estão tomando consciência de sua verdadeira vocação, do apelo de Deus. Porque percebem que se corre sempre o perigo de se “instalar”, é que é necessário renovar, no íntimo da alma, o ardor da resposta dada a Deus, e retomar a marcha. Dir-me-ão vocês: não é em Roma que Deus nos espera, mas sim na morada eterna. – Sim, mas esta caminhada para Roma, pelos esforços que exige, contribui para nos desvencilharmos dos laços que nos estorvam, do conforto que nos aburguesa. Nestes lugares de peregrinação, Deus nos reserva graças que nos fazem desejar a sua presença e nos ajudam a caminhar alegremente para Ele. Todo verdadeiro cristão deve sentir, em uníssono, o que aquele judeu, peregrino, sentia ao rezar assim: Como é amável a vossa morada, Senhor dos exércitos! Suspira e desfalece a minha alma pela morada do Senhor! Exultam meu coração e minha carne por Ti, Deus vivo (Sl 83) . Muitos de vocês irão participar da Peregrinação das Equipes a Roma. Muitos estarão impedidos. Mas a todos, sem exceção, eu recomendo: criem em vocês uma alma de peregrino, liberta de tudo aquilo que possa detê-la ou entorpecê-la. Uma alma voltada para o Deus que chama a cada um pelo seu próprio nome e a todos juntamente. Pe. Caffarel 13
Raízes do Movimento
O CRISTÃO, UM HOMEM EM MARCHA1
Maria
SENHORA DA PÁSCOA Senhora da Páscoa Senhora da sexta-feira e do domingo, Senhora da noite e da manhã, Senhora do silêncio e da cruz, Senhora do amor e da entrega, Senhora da Palavra acolhida e da Palavra dada, Senhora da paz e da esperança. Senhora de todas as partidas, porque és a Senhora do “trânsito”, ou “páscoa”, escuta-nos! Hoje queremos dizer-te muito obrigado, Senhora, pelo teu “Fiat” (Faça-se!), pela tua completa disponibilidade de escrava, por tua pobreza e teu silêncio, pelo gozo de tuas sete espadas, pela dor de tuas partidas que foram dando paz a tantas almas. Muito obrigado por teres ficado conosco, apesar do tempo e das distâncias. Nossa Senhora da reconciliação, imagem e princípio da Igreja: hoje deixamos em teu coração pobre, silencioso e disponível, esta Igreja, Peregrina da Páscoa. Uma Igreja essencialmente missionária, fermento e alma da sociedade em que vivemos, uma Igreja profética que seja anúncio de que o Reino de Deus já chegou. Uma Igreja de testemunhas autênticas, inserida na história dos homens, como presença salvadora do Senhor, fonte de paz, de alegria e de esperança. Amém. Frei Ignácio Larrañaga (Do Livro o Encontro: Manual de Oração).
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Orientações em tempo propício
Há algum tempo venho pensando porque muitos de nós, na reunião, nos mostramos desanimados ou com os sentimentos abalados. O que isto representaria? Falta de espiritualidade? Não estar preparado para a reunião? Em nossa cultura é comum dizer que temos que ser fortes: “homem não chora”, “as mulheres têm que controlar as emoções”, etc. É tido como uma atitude ridícula quando uma pessoa exprime suas fraquezas. O mundo não está para os fracos? Mas o que é ser forte? Ter “coragem” de não se expor ou não ter “medo” de se expor? Na própria família ou no lugar de trabalho, muitas vezes, encontramos um ambiente árido. Muitas vezes não queremos ser “fortes” na reunião; precisamos e até queremos nos expor, quebrar os medos e a lógica do esconder-se. Porque “no deserto, existe, sobretudo, a necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança”. Lá na reunião somos chamados a ser “pessoas-cântaro para dar de beber aos outros”. “No entanto, às vezes, o cântaro transforma-se numa pesada cruz, mas foi precisamente na Cruz que o Senhor, trespassado, entregou-Se como fonte de água viva.” (ver EVANGELII GAUDIUM). “A ciência cristã do sofrimenCM 479
to, a única que dá a paz”, é saber que não estamos sós, nem separados, nem abandonados, nem somos inúteis: nós somos os chamados por Cristo, a sua imagem viva e transparente. (ver Mensagem do Papa Paulo VI na Conclusão do Concílio Vaticano II). Assim, a reunião foi boa porque a esperança foi renovada! Este ano é o Ano da Esperança. Diante de nossas fraquezas e desânimos, a esperança vem nos dar alento em todo esmorecimento, dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eter na. “A esperança é como âncora para a nossa vida. Ela é segura e firme, é penetrante até o outro lado da cortina do santuário, onde Jesus entrou por nós, como precursor”. Também é uma arma que nos protege no combate da salvação: “Revestidos da couraça da fé e da caridade e do capacete da esperança da salvação”. Ela nos traz alegria mesmo na provação: “alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação”. (ver Catecismo da Igreja Católica). E para nós, o Ano da Esperança, neste contexto, nos chama a buscar mais a partilha comunitária e de sermos, em todos os lugares, “pessoas-cântaro”, com a missão de “Ousar o Evangelho - acolher e cuidar dos homens”. Emília e José Roberto Eq.05B - N. S. da Paz Fortaleza-CE 15
Tema de Estudo
O ANO DA FÉ E O ESTUDO DO TEMA:
MAPA MENTAL
Ferramenta de ajuda para estudo do tema
Em 2014 completaremos 18 anos nas Equipes de Nossa Senhora, mas ainda nos lembramos do primeiro Estudo do Tema. Foi sobre o “Evangelho de São Lucas”. Desde então, foram tantos outros e tanto tempo, que muitos detalhes se apagaram das nossas mentes. No nosso último planejamento identificamos a necessidade de melhorias na prática do Estudo do Tema, então, o nosso SCE lançou o desafio de implantarmos um Mapa Mental. Mas afinal, o que será esse Mapa Mental? Trata-se de uma ferramenta que nos ajuda a administrar dados para obter as informações com maior eficiência, pois seu método inovador nos leva a entender melhor os nossos sentimentos, como nos lembrar das datas e dos fatos importantes. Assim sendo, como colocar em prática o caminho da vida espiritual em casal? Decidimos então, que caberia ao Casal Animador a tarefa de representar, através de figuras, todas as nossas ideias e 16
discussões, a cada capítulo. Começamos pelo canto esquerdo superior da folha de papel pardo, seguindo o sentido horário, mantendo a figura do livro do Tema ao centro, formando, então, um mural. Na reunião seguinte o casal animador explanou sobre o assunto, e cada casal pôde alimentar essa figura sugerindo ou não anotações pertinentes ao capítulo em estudo. A ideia foi bem acolhida por todos. Os novos casais que ingressaram, ao longo desse ano, puderam expressar suas ideias em figuras; afinal, o exemplo arrasta e merece ser valorizado! No momento final do Estudo do tema, cada casal apresentou o seu capítulo utilizando-se do mural; observamos que os detalhes vieram à tona naturalmente. Valeu o esforço! Enfim, adotamos uma forma eficiente de estudar o Tema. O resultado foram oito capítulos bem estudados e discutidos, trazendo um entendimento melhor da nossa missão conjugal. Para trilhar o caminho da vida espiritual em casal, de corpo, alma e espírito, será preciso ousar o evangelho, testemunhar o nosso apostolado, com maturidade, através dos PCEs, atentar à pedagogia das Equipes de Nossa Senhora, e sermos fiéis aos fundamentos e aos meios apresentados, sobretudo, renunciando a nossa zona de conforto, cotidianamente. Cláudia e Ramiro Eq. 06 - N. S. de Lourdes Caçapava-SP CM 479
Formação
VIDA DE EQUIPE, VIDA EM COMUNIDADE! Viver em comunidade nos impulsiona a perseverar e orar. Ninguém vive sozinho. Ninguém vive isolado. A vida em comunidade é necessária. Deus nos fez únicos para vivermos entre irmãos, trabalhando as diferenças e com elas crescer na fé. O próprio Cristo fez isso. Mesmo sendo Filho de Deus, quis precisar dos homens para dar testemunho e exemplo do amor entre os irmãos. Cristo quis fazer dos cristãos os seus colaboradores na obra da evangelização do mundo. “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-14). O Movimento das Equipes de Nossa Senhora nos propõe a experiência dessa vida em comunidade. Através dos Pontos Concretos de Esforços Deus nos dá a oportunidade de, a cada dia, nos transformarmos em pessoas melhores e, assim, levar a luz do Espírito Santo aos que mais precisam. Os PCE nos fazem galgar degraus importantes rumo à santidade, que é o grande desejo do Senhor. Porém, não fazemos isso sozinhos. É necessário conviver para viver mais e melhor o amor a Deus. As regras desse “jogo” são claras: somos chamados a viver o amor de Deus junto aos irmãos em Cristo e com eles desfrutar dos benefícios que a vida cristã nos oferece. Em nossa equipe criamos vínculos que, muitas vezes, não temos em família. A beleza de viver em comunidade, especialmente nas Equipes de Nossa Senhora, está na capacidade de ir além do humano e transcender para o divino, resgatando aquilo que o homem tem a oferecer de mais precioso: o amor. Ao sermos chamados para o Movimento somos convidados a amar mais, e com isso entregar-nos mais, vivendo plenamente o amor de Deus por nós e pelos demais. A vida de equipe é como um matrimônio; precisa ser alimentada com desafios, discernimentos, ações e muito amor para que a cada dia nos tornemos mais fiéis ao amor do Pai e dignos da sua misericórdia. Para viver em equipe é preciso estar disposto a doar-se, reconhecer-se humilde naquilo que precisamos entender e fazer. Portanto, viver em equipe é, antes, sobretudo, amar, orar e amar! Kátia e Adriano CRR Rio Grande do Sul II Porto Alegre-RS CM 479 462
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SER EQUIPISTA É SER VOCACIONADO Mais um ano se encerra e outro se inicia. Com ele, renovam-se as esperanças e as expectativas de crescimento individual e em casal. Durante todo este ano, ocorreram importantes eventos que permitiram o crescimento espiritual e maior conhecimento sobre Movimento através das formações. É a formação que nos possibilita agir como fermento na massa, capazes de multiplicar este maravilhoso projeto de vida para os casais que receberam o sacramento do Matrimônio! Diante da esperança de sermos melhores a cada dia e a cada ano, nos comprometemos com uma vida mais santa e mais profunda, conforme a escolha de ser equipista! Lembremos que, para ser equipista, devemos mergulhar no projeto idealizado por Pe. Caffarel, que consiste em utilizar as ferramentas especialmente desenvolvidas para nós (PCE) e também, investir em conhecimento sobre o Movimento! Ser equipista é ser vocacionado, por isso, devemos trabalhar em duas frentes : no crescimento pessoal/casal e na vida comunitária. Desta forma, seremos verdadeiros discípulos e propagadores do reino de Deus! Assumamos de corpo e alma este projeto, que não é nosso, mas de Deus! Te n d o e m v i s t a o t e m a de estudo do ano pasado, “ O caminho da vida espiritual em casal” e o ano da Fé, gostaríamos de evidenciar fortes momen18
tos de espiritualidade: as adorações diante do Santíssimo. E m Go i â ni a , i ni ci a r a m t i midamente em 2009, quando ainda éramos CRS, de lá para cá, vagarosamente, vem se estabelecendo e contagiando cada vez mais os equipistas! Sabemos que o processo é assim mesmo! A destinação do tempo é conforme a maturação de cada um, sendo diferente sua distribuição. Entretanto nós, que almejamos a santificação, devemos nos distanciar um pouco mais do chronos (tempo quantitativo; que se mede em horas, dia, etc.) e priorizar o kairós (tempo qualitativo; tempo de Deus). Desta forma, o que vimos nesse ano foi um crescimento expressivo nas adorações, e então podemos dizer que a colheita foi farta! Isto é motivo de alegria, pois percebemos a ação do Espírito Santo motivando e contagiando os casais através do tema de estudo e do amadurecimento da fé. Assim, vemos que, à medida que nos abrimos a Deus, Ele generosamente (no seu tempo) nos gratifica e nos fortalece. Não é possível descrever com palavras o que sentimos quando estamos diante do Santíssimo! Apenas podemos dizer aos casais que ainda não experimentaram que aceitem o convite, vivam e desfrutem da presença de Jesus Eucarístico! Em momentos assim, é que compreendemos o que é verdadeiramente Mística! ConCM 479
forme o documento, reeditado em 2013, “O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento” a definição é a seguinte: mística é algo em que se acredita e que se aposta tudo, não se vê, mas é! Então, como cristãos equipistas devemos acreditar e nos deixar envolver por esta presença magnífica que nos acalma e nos transforma. Também foi solicitado que fizéssemos leituras das obras de Pe. Caffarel, para conhecermos mais o Movimento. Durante a leitura do livro “Centelhas de sua Mensagem”, nos deparamos com uma colocação importante sobre o que é equipe, que descreveremos, na íntegra: uma equipe de Nossa
Senhora não é apenas um grupo de casais onde se pratica o amor fraterno, mas onde nós nos iniciamos nele. Vejam, portanto, que a equipe é uma escola de amor! Conviver em equipe, com pessoas diferentes, nos faz crescer no amor de Deus, aquele que tudo suporta, tudo crê, tudo espera! Finalizando, desejamos que acreditemos na graça e misericórdia de Deus e peçamos que venha sobre nós em abundância para crescermos sempre mais neste amor que, às vezes, é humanamente incompreensível. Débora e Marquinho CRS Goiás Centro Goiás-GO
SABER DISCERNIR Os cristãos se deparam continuamente com religiões, projetos políticos, propostas sociais, sistemas de pensamento, e todos eles se apresentam como salvadores. Como discernir o que vem de Deus e o que é tapeação, que vem do mundo? Em 1João 4,1-6, ele nos mostra que o critério está no projeto manifestado por Deus através de Jesus encarnado: ele realizou uma prática que promovia a vida e a liberdade dos homens. O centro da vida é a prática do amor. Esse amor é o testemunho concreto da união que temos com Deus, com seu Filho e com o Espírito. De fato, Deus Pai torna-se conhecido pelos homens no ato de dar, por amor, o seu Filho ao mundo (Jo 3,16). O Filho é conhecido pela entrega de si mesmo, no amor, CM 479
até o fim (Jo 13,1). O Espírito gera a memória do Pai e do Filho nos cristãos, isto é, a própria vida no amor. A fé na Trindade é a teoria de uma prática que se expressa no amor concreto aos irmãos, a quem Deus ama. A incoerência fundamental seria afirmar uma fé na Trindade que não correspondesse à prática do amor. João deixa claro que o julgamento de Deus será feito sobre a prática do amor vivida ou não. Por isso, quem ama não teme o julgamento. Todos nós buscamos a plenitude da vida; mas, onde ela se encontra? A Bíblia nos responde: Deus é a vida plena e, graças ao seu amor por nós, Ele deu sua própria vida através de seu Filho encarnado. Os homens têm acesso à vida através da fé. E é a fé que acolhe o dom 19
que Deus realiza em Jesus. Mas, o que é a fé? É o compromisso com o testemunho que Jesus deu desde o batismo (água) até a sua morte (sangue). Por que às vezes rezamos e Deus não nos responde? João nos mostra que a oração não é meio para satisfazer nossos caprichos egoístas, e sim, meio de nos colocarmos dentro do projeto de Deus e pedirmos a realização da sua vontade amorosa, que gera vida e liberdade. Por isso, o pedido fundamental para nós e para os outros é sempre: Venha a nós o teu Reino. Os cristãos pecam porque continuam sujeitos à fraqueza humana. O “pecado que leva à morte” é a rejeição do projeto que Deus realizou através de Jesus Cristo, pois fora desse projeto o homem caminha para a morte. Em 1 Jo 5,21, ele recomenda que os cris-
tãos tenham cuidado com os ídolos. Para ele, ídolos são as pessoas, coisas, estruturas e projetos que produzem escravidão e morte e se apresentam como absolutos, pretendendo substituir o projeto de vida e liberdade que Deus realizou em Jesus Cristo. Portanto, caríssimos irmãos e irmãs, o centro da vida cristã é a prática do amor, tal como é apresentado pelo mandamento evangélico (cf. Jo 13,34-35; 1 Jo 2,7-11). Iniciando este ano de 2014, que nós equipistas coloquemos em prática o mandamento do amor que tanto desejamos, para, assim, diminuir a injustiça que assola as relações entre os homens. Tenham todos Paz e Amor. Léo, da Aninha Eq.05C - N. S. da Saúde Natal-RN
PREPARANDO CAMINHOS Começa 2014 e nós começamos agradecendo a Deus pela vida e pelo ano que findou. Uns ultrapassaram o ano com algumas sequelas; outros, quase sem elas. Para alguns ele foi o início da caminhada existencial; para outros, já calejados pelos percalços naturais da empreitada, balançaram, mas resistiram, ou seja, certamente ainda viveremos e enfrentaremos no futuro, quilômetros de caminhos. Vale lembrar que o Criador dá a todos um trajeto para que faça a terraplenagem, o nivelamento e a 20
pavimentação. Voluntariamente uns, no máximo, transformam o que receberam em “picadas” (ou pequenas trilhas), estreitas e mal conservadas, com espinhos a margear. Muitos conseguem alargar os caminhos, transformando-os em arremedo de estradas, mas mesmo assim permitem que amigos com ele sigam por elas. Uns calçam as áreas recebidas com boas pedras, usam argamassa forte e iluminam-nas, e elas podem ser percorridas dia e noite. Por fim, os mais zelosos, os que entenderam por que e para quê o CM 479
Pai lhes dispensou essas benesses, fazem mais além de pavimentá-las com material bom e resistente e de iluminá-las. Eles interligam com as estradas de outros amigos, aumentando indefinidamente o percurso a ser trilhado e os horizontes a serem vislumbrados. Em muitos casos, depois de verem o que está sendo feito pelos que enxergaram mais longe, outros decidem melhorar suas “picadas”, suas estradas vicinais, e é provável que um dia elas também sejam boas, e, assim, muitos possam percorrê-las tranquilamente, preocupando-se mais em olhar as belezas das margens do que em cair nos buracos que não mais existem, pois foram nivelados. Enquanto aguardamos que chegue esse momento, notadamente para que os que perderam
algum tempo em atividades improdutivas por vontade própria ou involuntariamente, vamos continuar acreditando, esperançosos, de que tudo vai dar certo, que é só questão de tempo. Afinal, o Todo-Poderoso e seu Filho, Jesus Cristo, ao contrário do que muitos de nós fazemos, que é ficarmos desatentos, estão sempre atentos e prontos para nos darem a mão quando precisarmos, ou nos sacolejar se agir mos com desânimo. Que nós, equipistas, possamos usar os Pontos Concretos de Esforços como material e ferramenta para preparar bem nossos caminhos. Que Deus nos ilumine! Lourdinha e Inácio Eq.01 - N. S. da Vitória Teresina-PI
O CHAMADO À MISSÃO É UM IMPERATIVO DE DEUS Quando Deus, como imperativo de sua vontade, convoca Moisés para libertar o povo de Israel, o convocado para fugir da missão, apresentou as seguintes justificativas: “Quem sou eu para ir ao Faraó...?” (Ex 3,11). “Mas... eles não acreditarão em mim, não ouvirão a minha voz.” (Ex 4,1). “Por favor, Senhor, eu não tenho eloquência para falar...” (Ex 4,10). “Tenho a boca pesada e a língua também.” (Ex 4,10). “Por favor, Senhor, envia a dizê-lo qualquer outro que queiras enviar” (Ex 4,13). A resistência de MoiCM 479
sés só é comparada à minha, à nossa. Essa postura de Moisés é reveladora de muitos de nós que sempre achamos que a missão, a responsabilidade, o compromisso é para outros casais da Equipe, não para nós. Como Moisés, apresentamos as nossas desculpas para fugir da missão, do serviço, da contribuição à Igreja e ao Movimento. O escolhido por Deus era Moisés e nenhuma de suas desculpas, covardias, falta de fé e de confiança dissuadiram o Senhor. Quando nos chamam para uma missão, um ser viço 21
ao Movimento, essa decisão é orientada, orada diante do Espírito Santo, pensada colegiadamente. Deus não desistiu de Moisés e não desiste de nós. A quem Deus reservou uma missão, dela não fugiremos, o chamado é Dele através dos irmãos no Movimento. “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que escolhi a vós”. O povo de Israel dependia da missão de Moisés para ser libertado; a Igreja e o Movimento contam conosco para a santidade de muitos casais e famílias! É egoísmo, comodismo, orgulho, mesquinhez, desconfiança da graça de Deus, quando dizemos não ou justificamos para não servir ao receber um convite para uma
Experiência Comunitária, Pilotagem, ser CRE, Ligação, Setor, servir em uma pastoral ou serviço na Paróquia. Assim como Moisés, por vezes subestimamos a graça, os talentos, recusamos pescar em águas mais profundas, não escutamos a voz do Senhor que nos diz: “Eu sou a videira e vocês os ramos... Sem mim nada podeis fazer”. Precisamos ser coerentes com o que recebemos de Deus por meio do Movimento; do contrário O estamos negando. Ouçamos a voz do Mestre que nos diz: “Não tenhais medo, eu venci o mundo”. Elena e Maury CRS Vale do Jaguaribe Limoeiro do Norte-CE
CRS - FORMAÇÃO ESPECÍFICA “As equipes são agrupadas em Setores e os Setores em Regiões. Os Casais Responsáveis de Setor e os Casais Regionais têm a responsabilidade do bom andamento das equipes que lhes são confiadas”. (Carta das ENS 1947) Quando fomos chamados a assumir o Setor de Dois Córregos, confessamos que dúvidas, medos e insegurança ficavam girando em nossos pensamentos e, racionalmente, achamos que deveríamos dizer não. Porém o Espírito Santo agia... Insistimos em dizer não. Mas o Espírito Santo agia... Quando fomos dar a resposta, o sim saiu do nosso coração e aí as lágrimas rolaram e sentimos uma grande confiança de que Deus iria nos amparar. A alegria então nos invadiu. Dias depois o CRR nos con22
vidou, juntamente com os CRS, para um dia de Formação Específica, seguindo as orientações das Equipes de Nossa Senhora. No dia 12.10.13 saímos de Dois Córregos, bem cedinho, para iniciarmos o dia com a Santa Missa. Chegamos à Matriz São Francisco de Assis de Brotas, participamos da Eucaristia; foi um momento de muita paz e reflexão. Depois da celebração tomamos um delicioso café da manhã e em seguida rezamos um terço com a comunidade. Em seguida, fomos à residência do CRR que, juntamente com CM 479
a sua família, se empenhou em nos receber com imenso carinho. Sentimo-nos como que chegando à casa de velhos amigos, tamanha a gentileza e atenção recebidas. Foram momentos de oração, formação e convivência. Nos Documentos estudados sentimos a ação do Espírito Santo agindo, fruto do trabalho de muitas pessoas que os prepararam e fizeram chegar até nós para nos dar um respaldo ao trabalho para os próximos três anos de caminhad a . At r a v é s d e s s a Fo r m a ç ã o
ficamos amparados para seguir como filhos instruídos e capacitados para começar a trabalhar. A troca de experiências também foi enriquecedora. Voltamos para casa cheios de esperança, vontade de trabalhar e com novos amigos no coração. Agradecemos a Deus por esta oportunidade de crescimento recebida do Movimento das Equipes de Nossa Senhora! Dani e Gé CRS Dois Córregos Dois Córregos-SP
Ser responsável nas ENS, •
é ter respondido “sim” ao apelo do Senhor a um amor maior. Por conseguinte, qualquer responsabilidade é um apelo ao serviço e à conversão. O apelo não é feito pelos nossos próprios méritos, mas porque o Senhor pousou sobre nós o seu olhar.
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Como toda a missão no Movimento, a Responsabilidade do Setor assume-se a dois (poder-se-ia mesmo dizer a três), devendo adotar-se uma atitude de ação de graças, de abandono e renúncia (abnegação).
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Este serviço deve ser realizado com humildade, exercido em casal e equipe, no Movimento e na Igreja. Supõe a disponibilidade para dar resposta, através de iniciativas novas, às aspirações cada vez maiores dos casais.
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Finalmente, o Casal Responsável deve ser fonte de dinamismo no Setor, de modo que os casais sejam testemunho na Igreja e no mundo de que o casamento está a serviço do amor, da felicidade e da santidade. Ele é como “enviado em missão”. (Documento Formação Específica p. 81)
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Vida no Movimento
PROVÍNCIA SUL I
TUDO ESTÁ LANÇADO... EACRE - Região SP Sul I Gostaríamos de falar de nosso EACRE, comparando-o a uma visita de alguém que você gosta muito e sabendo que ela vem à sua casa, vai procurar recebê-la da melhor forma possível, cuidando da sua acolhida, refeição, descontração, diversão, entrosamento com os membros da família, descanso, enfim, tudo aquilo que gostamos que os outros façam por nós. No dia 24 de janeiro passado, nosso Colegiado que compreende os Setores de Santo André, São Caetano, São Bernardo/Diadema, Santos A e Santos B, iniciou a preparação do local, e a partir deste momento tínhamos um só pensamento, dar o que cada um tinha de melhor para os CRE, CL, CP e Sacerdotes que lá iriam. Contamos em tempo integral, com a presença do SCE da Região, Pe. Isac e do SCE de Setor Pe. Felipe, que nos ajudaram muito, inclusive com a preparação do local. Alguns casais de Santos já começaram a chegar na sexta feira, devido a distância entre Santos e o local do EACRE e para isso, preparamos um lanche comunitário onde vivenciamos a partilha dos alimentos com muita alegria. No sábado, começaram a chegar os demais casais, uns eufóricos, outros ansiosos como nós, mas o que se percebia, a partir desse momento, 24
é que, começava acontecer um grande encontro do nosso Movimento: o espírito de comunhão e partilha começava a envolver este evento e assim foi durante todo o nosso EACRE. Foram vividos, momentos fortes de formação, oração, testemunho de vida dentro do Movimento, informação, momentos de alegria, descontração e momentos de integração com as reuniões de grupo, e a certeza de buscar e viver as Orientações que nos foram passadas. Nossa expectativa era que todos saíssem de lá motivados para iniciar 2014, e deixamos como mensagem central, baseada no tema do ano – Ousar o Evangelho – Acolher e Cuidar dos Homens, a fala do nosso Papa Francisco: “Cuidar, guardar requer bondade, requer ternura. Não devemos ter medo da bondade e da ternura” e acrescentamos... não adianta só fazermos o bem, temos que ser bons. No final, nosso trabalho, nossa dedicação, nosso serviço, se resume a uma frase que gostamos muito do nosso querido Padre Henri Caffarel: “Tudo está lançado; não há nada a discutir, nós obedecemos, nós trabalhamos, não ficamos presunçosos com os serviços realizados, e, quando termina, nós partimos...” Beti e Reinaldo Casal Responsável de Setor Santo André-SP CM 479
PROVÍNCIA SUL III
ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS Região RS I
“Um coração em busca de tesouros a serem santificados” Tudo começou no Encontro Nacional de 2012, quando nos foi apresentado pela Super-Região Brasil e após pela Província Sul III uma nova modalidade de formação a ser implantada nas Equipes de Nossa Senhora, o chamado de ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS, a ser realizado num fim de semana, destinado às equipes que tenham terminado a Pilotagem.
Essa orientação lembra o que sugere o Papa Francisco, pois as ENS estão sempre em busca de tesouros a serem santificados pelo testemunho do amor, da caridade, CM 479
do serviço, da bondade e da tern u r a . E s s e s tesouros são pedras preciosas que precisam ser lapidadas: casais que estão em formação inicial nas Equipes de Nossa Senhora. Te n d o p r e s e n t e e s s a r e s p o n sa bil id a de , a R e gi ã o R S I p l a n ej o u e pr ogr a m ou o s e u I E ncontro de Equipes Novas, começando por constituir a Equipe Formadora, representada pelo Casal Coordenador Joice e Gerson, SCE da Equipe Padre Dióges e um grupo de casais especialmente escolhido para essa missão. O EEN foi precedido de várias reuniões preparatórias, levantando-se primeiro todos os casais com menos de 5 anos de caminhada nas ENS, o que 25
nos deu o primeiro indicativo: 28% (149 casais) dos equipistas da RRS I têm menos de 5 anos de caminhada no Movimento. A segunda providência foi centrarmos o I Encontro de Equipes Novas em equipes completas, dirigindo carta convite personalizada a cada um dos casais. A terceira providência foi convidar os Casais Piloto e os Casais Ligação dessas equipes para que dessem informações sobre as mesmas, de forma que a Equipe de Formadores soubesse antecipadamente um pouco mais sobre a sua caminhada e para que ajudassem na motivação para a participação no encontro. A quarta providência foi a designação das palestras sobre os 4 módulos, de acordo com o perfil dos formadores. Foram realizadas várias reuniões de ensaios para os devidos ajustes, uma delas com presença do Casal Regional e Conselheiro da Região. Ainda nos preparativos foram designados os casais do Colegiado da Região para se responsabilizarem pela logística (acolhimento, lanches, almoço, limpeza, creche, missa de encerramento, etc). Assim, nos dias 23 e 24 de novembro, realizamos o nosso I Encontro de Equipes Novas. Foi um encontro de diálogo e partilha em casal e entre casais de Equipes Novas. Permitiu aos participantes recapitular e reforçar as descobertas feitas ao longo de suas caminhadas até o momento atual. Foi usada uma dinâmica representada por um casal su26
bindo a montanha, sendo que cada um dos quatro módulos do Manual de EEN representou uma etapa da subida. Nessa dinâmica os casais viveram intensamente a preparação do caminho e o sentido do sacramento do Matrimônio, não como um ato único a ser vivido no dia da cerimônia, mas como um dom de Deus a ser vivido de forma indissolúvel no quotidiano da vida do casal, compartilhando alegrias e vitórias, mas também apreendendo a curar feridas nos momentos de sofrimento. Recapitulamos de forma amena, mas profunda, o Carisma e a Mística do Movimento, as Orientações de Vida, a Missão, o Testemunho, o Serviço, os Pontos Concretos de Esforço, a Partilha, a Vida em Equipe e a História do Movimento. Enfim, o nosso I EEN foi uma rica opor tunidade de louvar, agradecer a Deus pelos tesouros que passaram conosco naquele fim de semana, num encontro de irmãos que amam o Movimento das Equipes de Nossa Senhora e que permitiu que essas pedras preciosas pudessem solidificar a consciência de sua pequena comunidade, a equipe de base a que pertencem. Foram momentos muito fortes em acolhimento, oração, celebração e formação, onde os casais das Equipes Novas e alguns casais recompletandos foram acarinhados pela Equipe de Formadores e Colegiados da Região RS I. Doris e Alfredo CR RS I Porto Alegre-RS CM 479
PROVÍNCIA CENTRO-OESTE
“Assim eu concluí que nada é melhor para o homem do que alegrar-se e procurar o bem-estar durante sua vida”
EACRE - Região Centro Oeste I
A RCO I, realizou seu EACRE nos dias 08 e 09 de Fevereiro. Um CRS comentou: Ao terminar esse evento, levantemos as mãos aos céus para louvar a Deus por todas as bênçãos recebidas. Foram dois dias com muitas atividades e para cada coisa há um momento debaixo dos céus: tempo para ouvir, tempo para falar e trocar experiências, tempo para orar, tempo para dançar, tempo para comer, tempo para sorrir, tempo para CM 479
(Ecle 3,12).
chorar... Esperamos que o tempo vivenciado, por todos nós, tenha sido um bom serviço para animar nossos CRE, CL, CP e SCE para este ano equipista. Todo o trabalho foi refletido no cuidado com cada detalhe. As Orientações do Ano foram bem esclarecidas pelo CR da Carta Mensal Zezinha e Jailson, que representou o Casal Provincial, Olga e Nei. O Tema do Ano agradou a todos na simplicidade do Pe. Abdon, SCE Setor C. 27
Coube à Ana e Faé, Eq.44 D, motivarem a realização, por todos os equipistas, do PCE Retiro e à Lú e Ardson, Eq.42F, esclarecerem a importância de um bom Casal Ligação. Elza e Edilson nos falaram sobre “Qual a nossa Missão nas ENS”. Marly e Francisco, Eq.23D, responsável por um dos capítulos do Livro “Colhendo os Frutos do Amor”, marcou nosso EACRE com seu testemunho na luta equipista, revelando que o casal, há décadas, tem seu lema: Nunca se negar a um convite para assumir uma Responsabilidade. Pela avaliação, o EACRE se tornou muito agradável pela variação de ricos momentos espirituais, Celebrações Eucarísticas, (uma presidida por Dom Valdir Mamede,
Bispo Auxiliar), Oração a Nossa Senhora Aparecida, preparando para o III Encontro Nacional em Aparecida. Um dos pontos altos foi a ADORAÇÃO ao Santíssimo, antes do “envio”. O Cristo Sacramentado entrou solenemente no imenso auditório do Colégio Militar. O silêncio total aumentou o ambiente solene. O SCE da RCO I, Pe. George, falou-nos sobre o Cristo Presente em nossas vidas. As equipes foram instrumentos nas mãos de Deus. Parabéns a esses operários do Senhor. A coordenação agiu em silêncio, mas o efeito foi maravilhoso! Elza e Edilson CR RCO I Brasília.DF
Acesse nosso site conheça, veja como está rico em informações e dinâmico!
www.ens.org.br
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Ecos da JMJ Rio
O PADRE CAFFAREL NOS UNIU ALÉM DO OCEANO A Jornada Mundial da Juventude, Rio 2013, propôs a semana missionária na semana anterior à própria JMJ. Nossa família se dispôs a abrir as portas de casa para receber os peregrinos. Para nossa graça fomos escolhidos para hospedar o Padre Guillame Deveaux, um equipista da região do Padre Henri Caffarel. Acompanhem seu depoimento: “Chamado pelo meu Bispo tive a alegria de viver esses dias maravilhosos na Jornada Mundial da Juventude neste verão. Fomos acolhidos como “irmãos e irmãs”, unidos por uma mesma fé e um mesmo Senhor. O Senhor “piscou o olho” para mim em particular ao me confiar uma família equipista. Eu mesmo, na França, sou Conselheiro Espiritual de uma equipe e Conselheiro Espiritual do Setor. Em São José dos Campos pudemos mensurar o quanto a família é uma riqueza. Constato aos poucos que a JMJ tocou no coração desses jovens. Dou graças pelo que Ele fez neles e por tudo que Ele vai fazer por eles e com eles. Eu sou padre de uma paróquia de 18.000 habitantes e responsável por 28 vilarejos e igrejas. Entre os vilarejos pelos quais sou responsável existe o de Troussures onde o Padre Caffarel morava e dirigia uma casa de oração. É bem difícil celebrar a missa em todas essas igrejas e poder estar próximo de todos os moradores. Nesse contexto eu desejo me apoiar nos jovens e sobre minha equipe. Com eles, há uma cumplicidade natural porque somos animados pela mesma espiritualidade e queremos ver a Igreja avançar na mesma direção: a de uma Igreja sempre mais familiar, na qual os laços do batismo tenham um verdadeiro sentido. Todos deixaram um pouco de nós na casa de vocês... cuidem... E rezem para que cada um de nós possa amar a Igreja como sendo nossa família! Que Deus os abençoe!” Receber um peregrino em nossa casa foi algo muito gratificante. Nossa família foi quem mais recebeu graças pela visita do peregrino, pois abrir a casa a um estranho é ato de caridade e confiança em Deus, que sempre cuida daqueles que o amam. Nosso hóspede teve poucos momentos conosco, mas suficiente para nos encantar e cativar, pois é o atual responsável pela Capela de Troussures, onde viveu e atuou nosso fundador. Nossa alegria foi muito grande assim como a saudade, pois foram cinco dias que pareceram anos de convivência. Ana Cristina e Luigi Eq.04C - N. S. da Alegria São José dos Campos-SP CM 479 462
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Testemunho
AÇÃO DE GRAÇAS Na Missa Mensal de novembro de 2013, celebrávamos as graças obtidas nos três anos de convívio com todos os casais na função de CRS. Foi um momento de alegria, gratidão e louvor. Louvor a Deus, por nos ter escolhido para esta missão, iluminando-nos nos momentos de decisão e fortalecendo-nos com Sua Palavra. Louvor também à Maria que esteve à frente de nossas vidas, passando sua mão em nossas cabeças como Mãe Protetora. Gratidão aos CL que foram nossa extensão nas atividades que organizamos. Agradecer parece pouco diante da dedicação e ajuda que prestaram, mas a convivência foi muito gratificante e nos tornamos uma família de amigos especiais. Agradecemos: – aos casais que trabalharam conosco como Casais Piloto, Liturgia, Tesoureiro, CRS-B e o Coral. – aos CRR que acreditam em nós e nos confiaram este desafio. – aos nossos filhos Guillermo e Giovanna que nos compreenderam e nos suportaram como família que somos. – ao Padre Brás Lorenzetti pelo apoio constante, e ao Padre Jacob Tomazella, nosso SCE, que nos dava aulas de teologia em nossas reuniões e nos cedeu as dependências da sua Paróquia para realizarmos nossas reuniões, Celebrações, Noite de Formação e encontros diversos. 30
Alegria por estes encontros de vida que tivemos com todos os casais, onde aprendemos a amá-los e respeitá-los à maneira de Martin Luther King: “Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante, se eu puder animar alguém com uma canção, se eu puder mostrar a alguém o caminho certo, se eu conseguir cumprir meu dever de cristão, se eu puder levar a salvação para alguém, se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou então minha vida não terá sido em vão”. Entregamos, agora, ao novo CRS um bolo redondo, que é o nosso Setor, recheado de deliciosas guloseimas, que são os nossos casais, coberto com a mais fina cobertura, que são os mantos de todas as Nossas Senhoras, intercessoras do nosso Setor, e que eles desfrutem dessa missão com muito amor. Padre Caffarel, em carta enviada ao casal Moncau, diz: “Eu rezo, de todo o coração, por vocês, eu peço ao Senhor para lhes revelar sempre mais o seu amor, de associar vocês mais estreitamente à sua Redenção, de servir-se de vocês para fazer muitos casais descobrirem as riquezas das graças que lhes reserva o sacramento do Matrimônio ...” Encerramos assim nossa missão, e estaremos rezando por vocês. Amém! Sandra e Vasques Eq.08A - N. S. da Harmonia Rio Claro-SP CM 479
SERVIR A DEUS Exige disciplina, foco e fé! Engraçado... existem coisas que a gente só entende depois que cresce... Eu não entendia direito porque meus pais tinham reuniões durante a semana e porque às vezes elas eram “formais” e nessas tinha que levar comida e acabavam mais tarde. Na minha casa a gente rezava antes de comer. Nos nossos aniversários tinha sempre uma oração e era e é realizada uma missa em ação de graças por esse dia. Na minha casa tinha (e tem) Dever de Sentar-se. Via meus pais rezarem todos os dias e também se reuniam para fazer as pautas das reuniões e falavam sempre dos “pontos concretos” do casal. Os amigos dos meus pais sempre faziam festa nos aniversários de casamento um do outro e era uma folia toda! Não entendia direito porque meus pais tinham uma revistinha chamada “carta mensal”, que minha mãe carinhosamente guardava e ainda guarda como se fosse ouro e sempre as lê com tanto carinho! Não entendia muito bem quando meus pais se ausentavam em datas importantes, como quando eles não puderam estar no meu aniversário, porque como casal da Região Maranhão/Piauí, tinham uma viagem em missão; mas aí eu fui crescendo e criando gosto pelo “movimento”, foi ali que construí amizades que tenho até hoje. A amizade dos nossos pais, chegou CM 479
até nós e foi ali que eu pude desfrutar de momentos únicos. Só quem é filho(a) de equipista, sabe o que é combinar com os amiguinhos de ir pra reunião dos pais e ficar lá brincando até acabar. Só quem é filho de equipista, sabe o que é esperar a reunião formal acabar, só para ir jantar, naquela folia toda, com os casais da equipe e, principalmente, quem é filho de equipista, sabe o que é um casamento, o que é uma família pautada em valores tão caros e raros! Meus queridos pais, sei que a vida de quem serve ao Senhor é, em muitos momentos, difícil, porque servir a Deus, exige disciplina, foco e fé! Lembro também que quando eu era criança, vocês fizeram uma roupinha pra gente que tinha escrito “eu sou filho de equipista” e ainda quando a senhora me disse mãe, que não sabe “não ser equipista”, então eu aproveito para dizer que tenho muito orgulho de ser filha de equipista, pois eu sei que se hoje temos uma família enraizada na rocha, é devido ao movimento de casais, que vocês tanto se dedicam! Amo vocês e obrigada por ter me dado a chance de ser filha de um casal que ama e conhece a Deus. Agda Marianne (filha de Vilma e Adelman) Eq.03 - N. S. das Graças Barra do Corda-MA 31
AJUDA MÚTUA Uma certeza nas ENS Tenho glaucoma e, apesar do acompanhamento que eu fazia, comecei a ter perda de visão que me obrigou a ir urgente à São Paulo correndo o risco de ficar cega. Pegos de surpresa não tinhamos recursos para arcar com os custos, pois tudo seria particular. Não tínhamos parentes e nem amigos em São Paulo, o que também dificultava, pois, após a cirurgia, eu precisaria ficar cerca de 3 meses para acompanhamento médico. Foi então que nossos irmãos equipistas e minha família entraram em ação. Minha equipe se reuniu e fez uma doação financeira que me garantiu um mês de hospedagem e alimentação. Minha família me ajudou com os custos da cirurgia. Como não conhecíamos São Paulo, um dos membros de nossa equipe, também médico, José Roberto, nos acompanhou e ficou uma semana conosco, sendo de muita ajuda psicológica para nós. O casal responsável da região Ceará I, Vanessa e Rômulo entraram em contato com equipistas de SP e assim choveu telefonemas de gente se prontificando para ajudar. Dentre todos, destaco o casal Cleide e Valentim, coodenadores da Comunidade N. S. da Esperança da ENS que por sua grande dedicação chegaram a ser confundidos com meus pais pela equipe médica que me faria a cirurgia. Também somos muito gratos às equipistas Marita e Celita que me acompanharam dando suporte 32
às minhas necessidades, acompanhando-me nas consultas médicas, dando-me apoio emocional e a certeza que eu não estava só. Nesse primeiro mês meu esposo teve que ficar em Fortaleza com nossos filhos. Minha equipe se fez presente com telefonemas, orações, visitas e envio de lembranças, chocolates, livros, mensagens e vídeos. Foram 3 meses de muito estresse mas também de muitas graças. Coloquei-me aos pés de Jesus e a presença de Nossa Senhora se manifestava com muita força nos momentos em que eu mais fraquejava. Quando meu marido pôde ir ficar comigo, Deus providenciou uma ONG administrada por freiras para nos hospedar onde tínhamos missa diária, orações, que no final do dia eram concluídas com o cântico do Magnificat, o que me pareceu mais um dos mimos de Deus. Hoje, após 4 meses, vejo que vivenciei a passagem do Bom Samaritano tão refletida no XI Encontro Internacional das ENS. De um lado eu, o homem ferido, machucado, na beira da estrada, meio morta e do outro os equipistas, bons samaritanos, movidos por compaixão aproximaram-se, ataram-me as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocaram-me sobre a sua própria montaria e levaram-me a uma hospedaria e trataram de mim. Celia e Alísio Eq.31B - N. S. da Paz Fortaleza-CE CM 479
ALEGRIA DO SERVIÇO Aonde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão? (Mt 15, 33) Em qualquer conversa ou reflexão, o assunto é recorrente: o mundo está tão mudado e em dissolução de costumes, que não podemos fazer nada. Isso não é de hoje! Os mais idosos citam “no meu tempo era melhor”, comparando o passado com o presente. De geração em geração o discurso é o mesmo. O poeta baiano Gregório de Matos, século XVII, poetava satíricamente sobre o ambiente baiano, onde o Brasil acontecia naquela época: “Triste Bahia! ó quão dessemelhante estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti”... “Eu sou aquele, que os passados anos cantei na minha lira maldizentes torpezas do Brasil, vícios e enganos”. “De que pode servir, calar? Quem cala, nunca há de falar o que sente?... “Uma só natureza nos foi dada: não criou Deus os naturais diversos, Só nos distingue o vício e a virtude.”... O passado era mesmo melhor?
Então, não podemos agir? Não podemos realizar nada? Somente constatar e criticar como fez o poeta e como faz a maioria, e silenciar? Cuidar só do nosso mundinho? Em Mateus 15, 29-37, o impasse era como alimentar a multidão. Impossível! O que tinham os discípulos para oferecer? O pouco de que dispunham: alguns pães e poucos peixinhos. Ficaram confusos e aturdidos diante da escassez da provisão. E questionam Jesus. Aprendem que é preciso doar, compartilhar, confiar na palavra de Jesus e agir. Eles mesmos distribuem o pouco que havia, solidarizando-se com o povo. Não reclamaram que as pessoas estavam ali só para comer. Buscaram dar uma resposta positiva. E é esse nosso objetivo: a solidariedade; pôr à disposição de Deus aquilo que temos, nossos talentos, nossas humildes capacidades. Somos muitos nas ENS, mas poucos para levar a todos os ensinamentos cristãos. Não podemos nos acovardar e sentir-nos derrotados por nosso exíguo farnel. Esforcemo-nos para aumentá-lo. Compartilhado, ele se multiplica; testemunhado, ele se solidifica! Maria Inês, do Luis Eq.04 - N. S. Aparecida Limeira-SP CM 479
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CRESCEI E MULTIPICAI-VOS Casados desde 2009, a fase de curtir a vida a dois já merecia um novo personagem. Nomes, projetos, tudo pensado. Em 2012, iniciando os exames preparatórios, descobrimos que minha esposa precisava de um tratamento devido a um cisto. Duas propostas surgiram: cirurgia ou medicamentos. Como não havia pressa, decidimos seguir a segunda opção, o que levou todo o ano. Em 2013 a expectativa era pela regressão ou eliminação do coágulo. Janeiro, castidade. Em pleno verão à beira-mar nos respeitamos; fevereiro, os exames confirmam nossa expectativa e, com o útero sadio, retomaríamos o projeto. Já em março realizo exames e sou informado: “para engravidar a sua esposa, você vai precisar da ajuda de Deus. Seu espermograma é muito ruim. Você não é estéril, mas será muito difícil a fecundação. Vamos repetí-lo e veremos o que pode ser feito”. Comecei a indagar: o que Deus tem para mim? Não poderemos ser pais biológicos? Nossos filhos serão os filhos dos casais a quem ensinamos o método Billings? Não poderemos imitar a José e a Maria, como a linda família de Nazaré? Nossa missão será a de pais adotivos? Passou-se um tempo de vazio, um eco... Entendi que paternidade e maternidade não podem ser resultado do acaso, mas sim, um chamado de Deus. Após realizar novos exames, agendamos a cirurgia para 22 de março. No meio do caminho, minha 34
esposa procura o médico em virtude de um incômodo que teima em não acabar. Na consulta, a notícia: “Michelle, você está grávida!”. Feliz, ela me liga: “Parabéns, Papai!” Não pude me conter. Corro à Capela de São Vicente – padroeiro dos pobres, pai da caridade – e me ponho de joelhos a rezar. Chorando, agradeço. No mesmo dia comunico ao Urologista a suspensão da cirurgia. Não esqueço a sua cara de espanto quando citei o motivo. Num aperto de mão, verbaliza: “...agradeça a Deus, você ganhou na loteria”. Com sorriso de orelha a orelha, me recusei a responder-lhe, pois aos Cristãos não é preciso lembrar-lhes sua obrigação. Milagre? Penso sermos indignos de receber tão grande expressão do Amor Divinal. Não passou pela minha cabeça a ideia de que Deus nos ia abandonar ou deixar-nos de lado. Com fé, sabíamos que tudo ocorreria no momento certo; principalmente quando o lema de sua vida vem da mais bela oração: “que seja feita a vossa vontade...” No dia 11 de novembro, nasceu o Anthony, tão esperado e muito amado. Seu batizado não poderia ter sido em outra data: 12 de janeiro Batismo do Senhor. Família de Nazaré, nos proteja e nos ensine a imitá-la. Crescei e multiplicai-vos. Diz o Senhor. Tonhão, da Michelle Eq.36C - N. S. Auxiliadora Maceió-AL CM 479
ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS Jesus prometeu que estaria conosco até o fim dos tempos. Ele também prometeu que estaria conosco cada vez que nos reuníssemos em seu nome. Mas Ele está conosco de forma muito especial no Pão e no Vinho consagrados. Ele é o Pão que desceu do Céu. Ele é o Vinho que alegra nossos corações. Em maio de 1966, quando tinha 25 anos de idade, senti-me fortemente chamado a participar da Missa e da Eucaristia diariamente. E, desde então, a Eucaristia foi-se tornando, cada vez mais, a parte mais importante de minha agenda diária. Atualmente, já com 73 anos de idade, desperto pelas três horas da manhã, como que ouvindo, em minha mente e em meu coração, as palavras do salmo 121: “Que alegria quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” Em maio de 1984, fui investido como Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão. Desde então passei a fazer visitas semanais a pessoas doentes e idosas, levando-lhes o conforto da palavra e da presença eucarística. Em 2010, participei do 16º Congresso Eucarístico Nacional em Brasília. E, em 2012, participei com o Padre Ângelo Magno Carmo Lopes 1 do 50º Congresso Internacional em Dublin, Irlanda. Ao Congresso de Dublin compareceram 20.000 pessoas. Do Canadá foram 1.000 peregrinos. Do Brasil, apenas 14 pessoas estavam lá: três Bispos, nove sacerdotes, inclusive o Padre Ângelo, e dois leigos, um jovem de Brasília e eu. O encerramento do congresso no estáCM 479
dio de futebol foi apoteótico, contando com a presença de 80.000 pessoas. Depois do congresso, passando por Londres, percebi nitidamente que precisava trabalhar pela difusão da devoção eucarística, por toda a parte aonde eu puder ir. Alguns meses depois do retorno de Dublin, consegui a oportunidade de falar sobre a Eucaristia ao Clero da Arquidiocese de Salvador, na presença do Senhor Arcebispo e dos Senhores Bispos Auxiliares. Em 23 de maio de 2013, foi criada uma pequena Comunidade com o nome de Comunidade para Adoração ao Santíssimo Sacramento – COMSACRA. Os membros da COMSACRA devem adorar e propagar a devoção ao Santíssimo Sacramento. Eles recebem as seguintes recomendações: a) Confessar-se pelo menos uma vez por mês; b) Participar frequentemente da Eucaristia, se possível todos os dias; c) Participar de uma adoração ao Santíssimo Sacramento, pelo menos uma vez por semana; d) Todos os dias ler uma página do livro “Flores da Eucaristia”, de São Pedro Julião Eymar 2; e) Estudar instrumentos musicais para animar as adorações; f) Estudar línguas para levar a adoração a outros países; g) Amar como faziam os primeiros discípulos; h) Reunir-se com os demais irmãos adoradores, uma vez por mês, para avaliar as ações realizadas e promover novas ações. 35
1 Padre Ângelo é Pároco da Igreja de Sant’Ana do Rio Vermelho, Vigário Foprâneo e um dos nove Conselheiros da Arquidiocese de São Salvador da Bahia. 2 São Pedro Julião Eymar foi um grande devoto da Eucaristia e
inventou a adoração perpétua. O livro “Flores da Eucaristia” foi editado pela Palavra e Prece e distribuído pela Loyola. Francisco (da Lúcia) Eq. 03A - N. S. da Paz Salvador-BA
FAMÍLIA QUE REZA UNIDA, PERMANECE UNIDA Quando eu era criança, participava das missas aos domingos. Eu via casais, juntos, e gostaria que meus pais também participassem. Pensava, um dia, ter um marido que celebrasse comigo. Deus ouviu minhas preces: conheci Augusto, de família católica, que sedimentou meu sonho: juntos, ainda solteiros, participávamos da Eucaristia. Nessa realização de sonho, nos casamos. A família do Augusto é grande. São 07 filhos; multiplicou-se à medida que foram casando. Habitualmente estávamos juntos, mas sentíamos que faltava um algo mais forte. Resolvemos nos encontrar, todas as famílias, todo o primeiro domingo de cada mês para nos confraternizarmos e partilharmos as nossas alegrias e tristezas. Posta a mesa, de mãos dadas, cantamos agradecendo pelos alimentos que o Senhor nos proporciona, pelas nossas vidas, pela nossa união e reunião. Rezamos as orações do Pai Nosso e Ave Maria; pedimos bênçãos para a família que nos recebe, para os aniversa36
riantes do mês, de casamento e cantamos parabéns. Nessa reunião, recebemos com alegria o Pe. Leonildo, SCE da nossa Equipe, e Padre José Carlos, SCE nas ENS, que vêm nos alegrar com suas presenças e comandar o momento de oração: leem e comentam o Evangelho do dia e nos abençoam, fortalecendo ainda mais nossa união. O encontro no Natal é especial. Partilhamos os alimentos e temos o nosso momento forte de oração, nossa maior bênção: passamos a imagem do Menino Jesus para cada um, inclusive para as crianças que agradecem e fazem pedidos para o ano novo que se achega. Nessa vivência cristã os nossos filhos cresceram, casaram, vieram os netos, bisnetos e a família continua a caminhada. Em 1998 pudemos levar para a nossa família a ajuda mútua, aprendida nas ENS. O meu sogro, Sr. André, sofreu um AVC. A cada mês, um irmão cuidava dele. As nossas casas se transformavam; todos os equipamentos que o fizesse sentir-se melhor eram CM 479
transportados para a casa do cuidador daquele período. Durante esse tempo de acolhida, as nossas reuniões familiares não cessaram; continuávamos a nos encontrar na residência onde o Sr. André estava. Foram 15 anos de dedicação. Ele voltou ao Pai em 18.03.2013. Fi-
camos saudosos, mas, certamente, meu sogro partiu muito feliz. Ainda continuamos a nos encontrar, faz 25 anos. Maria Luiza, do Augusto Eq.32E - N. S. Mãe do Sagrado Coração de Jesus São José do Rio Preto-SP
O DESEJO DE SERVIR Nos últimos anos estivemos com trabalhos junto ao Setor das ENS da nossa cidade. Precisamente três anos no apoio e dois anos como Casal Ligação. Sempre nos apoiamos na SSTT, na ação de DEUS, no serviço de JESUS e nos dons do Espírito Santo. Também nos inspiramos no “Sim” de Maria, para aceitar tais trabalhos. Sabemos que podemos sempre fazer mais, mas dentro da nossa limitação demos o melhor, e não só o possível. Como Casal Ligação, penso que aprendemos tanto quanto pudemos transmitir. Afinal, o Casal Ligação tem a incumbência de levar a seiva do Movimento. A seiva é como o sangue que circula por todo o nosso corpo e que alimenta as células (Equipes). Não cansamos de falar sobre os PCE, sobre o Carisma e a Mística das nossas Equipes de Nossa Senhora, além, é claro, dos diversos documentos. No Salmo 103, tem um trecho que diz: “As árvores do Senhor são cheias de seiva, assim como os cedros do Líbano que ele plantou”. Os cedros do Líbano são árvores exuberantes e cheias de seiva, como são o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Agradecemos a DEUS, por nos proporcionar esta oportunidade de estarmos nestes trabalhos. Sempre que precisar, estaremos a postos para servir. Mas agora voltamos nosso olhar para as origens, para o nosso ser. Voltamos para o que nunca deixamos de ser, ou seja, membros da Equipe de base. Voltaremos também para o nosso trabalho junto às Pastorais de nossa Paróquia. Novamente, obrigado, Senhor! Obrigado a todos os equipistas com os quais trabalhamos; ao Deus Uno, Trino e Santo, e a Maria que com certeza sempre intercedeu e continuará intercedendo por nós. Donizeti, da Silvia Eq.09B - N. S. Madre de Deus São Paulo-SP CM 479
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RECADO DE JESUS, BEM PESSOAL Jesus nos diz em sua palavra: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constitui, para que vades e produzais fruto e o vosso fruto permaneça”. Celebrar 18 anos nas equipes de Nossa Senhora é motivo de satisfação e alegria, agradecer a Deus em primeiro lugar. Ao casal que no indicou, ao que nos pilotou, especialmente ao Conselheiro Espiritual, Pe. Luiz Kirchner e aos demais casais que, com suas experiências, nos ensinaram a viver, de forma concreta, a espiritualidade conjugal; o carisma do Movimento. Eu cheguei com muitas dúvidas para praticar os Pontos Concretos de Esforço. Nada fácil, tempo difícil, mentiras, e o Espírito Santo permanentemente repetindo, não foste tu que me escolheste, mas eu vos escolhi e de fato fomos o 1° Casal Responsável da Equipe. O que fazer? Foi ai que recebi este recado do Senhor, bem pessoal: Você pode não me conhecer muito bem, mas eu conheço você, desde antes de seu nascimento. Vejo você quando está alegre, brincando e se divertindo e quando está sofrendo. Vejo quando você não está se sentindo amado; quando se sente desvalorizado; quando você luta por fazer alguma coisa para ser aceito pelos outros e nem sempre 38
isto dá certo. Vejo quando você fica chateado consigo, pensando que não é uma pessoa legal. Vejo quando você desanima e pensa que não adianta lutar e faz coisas ruins que prejudicam sua própria vida e também a de outros. Vejo o que você faz e o que você pensa, pois eu sou Deus. Quero lembrá-lo de que você é muito bom e muito especial. Você foi feito por meu Pai! E meu Pai não faz coisas ruins e inúteis! Você foi feito à imagem e semelhança de Deus! Você é muito importante! Eu o amo com amor pessoal, total e infinitamente misericordioso. Foi por você meu amigo, para salvá-lo, que eu dei a minha vida na cruz. Sabe qual o significado disto? É que meu Pai e eu queremos oferecer a você a vida eterna. Vida de paz e felicidade que nunca se acaba! Ninguém tem tanto amor por um amigo como quem dá a vida por esse amigo. Sou seu amigo! Eu gostaria que hoje você me escutasse e decidisse me ver, encontrar-se comigo, como fez o meu amigo Zaqueu que até subiu em uma árvore para me ver! E nós nos encontramos e passamos a caminhar juntos! Eu estou preocupado com muitas pessoas e com muitas famílias que estão sendo enganadas pelo “pai da mentira”. Eu CM 479
gostaria que você trabalhasse comigo, para salvar estas pessoas, estas famílias. Por favor, não diga que você não é capaz. Eu e meu Pai, quando enviamos nossos amigos em missão damos a eles nosso Espírito, que os guia e dá poder e sabedoria! Hoje somos convidados por Jesus, como foram os seus discípulos no passado! Qual será a resposta que cada um de nós vai dar a Ele? Eu digo: Eis-me aqui
Senhor! Faça-nos tudo como se tudo dependesse de nós! Sabendo porém que tudo depende de Deus. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, ilumine seu rosto sobre nós e tenha piedade de nós. Mostre-nos seu rosto e nos conceda a Paz. Reginaldo, da Raimunda Eq.06C - N. S. da Paz Manaus-AM
SILÊNCIO Não sei meditar, não sei fazer silêncio, são tantas as distrações, os ruídos, as rusgas... Às vezes penso ir para o campo. Aqui, na cidade, não conheço a chuva não conheço as árvores, aqui sou um estranho, mas lá sou amigo do dia e da noite, e também vou dormir porque aprendi a dormir novamente. Os ruídos da cidade são egocêntricos e a ambição das máquinas, insone. Não posso meditar onde se despreza a chuva, o dia e a noite. Em vez de ouvir o silêncio, as pessoas da cidade preferem erguer um mundo fora do mundo... Um mundo de ficções mecatrônicas numa pseudo-realidade facebookiana que avilta a natureza e impede o ser humano de meditar. Meditar é fazer silêncio, meditar é estar imóvel, meditar é ruminar e esperar. Na cidade a ansiedade é saciedade, é satisfação, é busca desesperada pelo resultado e pelo termo, quer real ou virtual. Meditar é não esperar pelo resultado, é esvaziar a xícara de chá e permanecer neste vazio para que seja completado pela chuva, pelo dia e pela noite. *Texto inspirado nas meditações de Thomas Merton. Fernando, da Manoela Eq.08A - N. S. dos Anjos Piracicaba/Sta. Barbara D’Oeste-SP
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UMA EXPERIÊNCIA DE AMOR No mês de maio de 2013 o Senhor nos confiou (pela quarta vez) a condução de uma jovem equipe de casais em Experiência Comunitária das ENS. Desde o início, percebemos a necessidade de “implantar” em seus corações o sentido de pertença a uma verdadeira comunidade, assim como diz no tema da 1ª reunião que trata das primeiras comunidades onde (At 2, 42-47), Lucas descreve: Os que haviam se convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna na fração do pão e nas orações. Percebemos logo nas três primeiras reuniões que existia entre os cônjuges um amor bem vivo, e que esse mesmo amor, precisaria ser posto em comum entre eles (casais) para solidificar a pertença a uma verdadeira comunidade. Foi quando na terça-feira 18 de junho, no final da manhã, ao retornar de seu trabalho, um dos integrantes da equipe (o Zequinha da Daniele), acabou acometido de um grave acidente de motocicleta. Aí começou a ser inserido, de fato, por obra do Espírito Santo de Deus, no coração de cada casal da equipe o sentimento vivo de que o próximo que Jesus tanto fala, faz parte de nossa vida. Pudemos contemplar no semblante de cada pessoa da equipe o mesmo sofrimento da família do jovem pai de família. 40
Nosso irmão Zequinha foi transferido para UTI do hospital de traumas na cidade de Campina Grande, distante 130Km de nossa comunidade. Foram longos 13 dias de angústia e incer tezas internado naquela UTI. Mas, durante esse tempo de ausência do nosso irmão em meio a sua família (esposa e filhos), a equipe, sua mais nova Família em Cristo, com muita perseverança, não deixou faltar – como diz no texto das primeiras comunidades – a comunhão fraterna, a fração do pão e principalmente as orações. Nesse mesmo tempo forte de construção daquela legítima comunidade, seus irmãos em Cristo realizaram a 4ª reunião e colocaram em comum suas orações, preces e agradecimentos ao Pai pela recuperação do irmão. Passado toda angústia, nosso irmão Zequinha retornou ao seio de sua família, para felicidade de todos a sua volta: esposa, filhos, familiares e sua nova família: a equipe; que a partir dali não mais tinham dúvidas do que significa ser uma verdadeira comunidade. E nós que tivemos a graça de fazer parte daquela linda história, agradecemos a Trindade Santa e aos casais da equipe, por mais uma experiência de amor em nossa caminhada cristã e equipista. Vanusa e Adriano Eq.01 - N. S. Auxiliadora Santa Luzia-PB CM 479
Estava i n i ciando a q u a re s ma, quando p a r ticip a ndo da celebração Eucarística; o padre nos exortava para vivermos aquele tempo de forma autêntica, com proposta de vida nova. Então, saindo daquela c e l e b r a ç ã o, c o l o c a m o s c o m o nossa Regra de Vida, acordarmos 15 minutos mais cedo para escutarmos a Palavra de Deus assiduamente durante toda a quaresma e no final faríamos uma avaliação do nosso propósito. Resultado: vivenciamos na íntegra a nossa Regra de Vida. A Escuta da Palavra passou a ser o nosso primeiro alimento e, com o passar dos dias, aqueles 15 minutos tornaram-se pouco para escutá-Lo e meditarmos o que Ele nos falava. Passamos a
usufruir desse encontro maravilhoso, prazeroso... Nós dois e Deus. Acrescentamos a esse momento a nossa Oração Conjugal, num clima de entrega total, sem reservas e plena confiança no Amor de Deus. Descobrimos um amigo que diariamente tem algo a nos falar e também quer nos escutar; e sem percebermos Ele vai transformando as nossas vidas, inspirando os nossos pensamentos, guiando os nossos atos e apaziguando os nossos sentimentos. As ENS com o seu carisma e a sua mística nos oferecem meios para vivermos a santidade; cabe a nós um esforço maior. Como disse Pe. Reginaldo em uma de suas homilias: “A graça de chegarmos à santidade é de Deus, mas o esforço é humano”. Portanto, Ousemos o Evangelho! Gracinha e Jadson CR Região Paraíba João Pessoa-PB
Deus fala pelas Escrituras, pela Criação, pelas suas intervenções na história humana, pelos profetas e, sobretudo, por seu filho Jesus. A escuta regular da Palavra permite aos equipistas, não somente conhecer a Deus, mas, acima de tudo, enraizar-se melhor no Evangelho. Essa escuta faz com que cada pessoa do casal entre em contato direto com a pessoa do Cristo. Esse contato pessoal é o pilar de toda a vida espiritual, pois “A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo (João Paulo II)”. CM 479
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Partilha e Pontos Concretos de Esforço
A ESCUTA DA PALAVRA
PARA QUE NADA SE OPONHA ÀS VOSSAS ORAÇÕES (I Pd 3,7) A prática dos PCE proposta pelas ENS compreende uma grande união com a palavra de Deus e sua escuta, mediante a meditação e oração. Com efeito, precisamos ser canais desobstruídos da graça do Senhor, para que a Sua ação possa ser poderosa em nossas vidas, sob pena de não vermos concretizados, tanto a nível pessoal quanto matrimonial, os incontáveis benefícios que o Autor da vida reservou para nós, filhos (as) amados (as) que somos. É vontade de Deus que vivamos não segundo a carne, mas conforme o espírito (Rm 8,4). Por isto, orienta os casais quanto à maneira de se tratarem: “ó mulheres,... tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos do Altíssimo. Aos homens recomenda: “ó maridos, tratai vossas esposas com todo respeito para que nada se oponha às vossas orações” (IPd 3,1;7). Apesar de tão sábio conselho acima expresso, nem sempre procedemos assim. Na intimidade do casamento, com frequência, deixamos proliferar o desrespeito que corrói o amor, dilacerando o relacionamento ungido por Deus. São os nossos pecados que nos afastam do Amor fazendo com que se distanciem, também, os corações de marido e mulher 42
até então apaixonados. Quando o pecado se instaura e os erros originam mágoas, o remédio se chama perdão. O perdão cura, liberta, restaura e tem o poder de reacender a chama da paixão. Nos custa exercitá-lo, porque nos apegamos a um amor próprio ferido, que sequer tem tanta importância, diante da grandeza de uma história de amor construída pela graça de Deus. Valiosos são o depósito da nossa fé, a família, o amor vivido de mãos dadas, por vezes, durante anos a fio. O pecado originado do maligno, jamais será maior do que o encontro de duas vidas que o Senhor proporcionou, porque “o que está em mim, é maior do que aquele que está no mundo” (I Jo 4,4). Por experiência própria, temos constatado que ao sermos libertos das amarras da vaidade, do orgulho e do egoísmo, o perdão flui livremente e, somos abençoados com a graça da reconciliação, que permite ao casal equipista retornar, mais fielmente, aos PCE caminho seguro de felicidade e santidade. Salienta-se que, quem tem a graça de receber um perdão, deve valorizá-lo e buscar se aproximar cada dia mais da palavra sábia de Deus, quando descreve a conduta cabível ao homem e à mulher no seio familiar. Clamemos, então, ao Sagrado Coração de Jesus, pela intercesCM 479
são de Nossa Senhora d’Ajuda, que o Rei da Glória venha mudar a sorte daqueles casais que, como nós, ainda não vivenciam plenamente os PCE. Estejamos confiantes de que “os que semeiam entre lágrimas, recolhe-
rão com alegria”(Sl 125,5), pois “desde o amanhecer, Deus vem em nosso socorro” (Sl 45,b). Fátima e Luiz Eq.05B - N. S. d’Ajuda Jaboatão do Guararapes-PE
UM DEVER DE SENTAR-SE DE ANO NOVO Quem já conheceu e vivenciou um verdadeiro Dever de Sentar-se, jamais deixará de amá-lo e praticá-lo. É com uma alegria imensa que partilho com todos os irmãos equipistas esse momento vivido em nossa equipe, N. S. de Lourdes. Parabenizo o nosso novo Casal Responsável de Equipe, pela iniciativa. Nos convidou para iniciar o ano com um momento de oração e um Dever de Sentar-se. Com o coração cheio de esperança todos nós acolhemos o convite. No início de janeiro nos reunimos e começamos este primeiro encontro do ano com um momento lindo de entrega, de louvor e gratidão a Deus. Foi um momento forte de oração, onde sentimos, verdadeiramente, a presença de Cristo naquela casa. Surgiu daí a ideia de experimentarmos um Dever de Sentar-se em Equipe. Caríssimos ir mãos e ir mãs equipistas, digo a vocês, temos dez anos de vida nas Equipes de Nossa Senhora, mas aquele momento foi um dos mais ricos e proveitosos que tivemos durante estes anos de caminhada, claro, vivido em equipe . Fomos capazes de nos abrir com sinceridade, contando nossos CM 479
problemas, falamos de nossas fraquezas espirituais, pessoais, das nossas falhas como equipistas, como irmãos, choramos juntos, pedimos perdão aos nossos cônjuges, pedimos perdão uns aos outros, foi realmente um Dever de Sentar-se contagiante e de esperança para cada casal, onde sentimos Deus realizando maravilhas. Obrigada Senhor! E para concluir, expomos os nossos desejos para o ano novo. Foi um momento maravilhoso e intenso de grande importância para nossa equipe. Posso afirmar que ao final desse Dever de Sentar-se voltamos para nossos lares, para nossas famílias conscientes de que as Equipes de Nossa Senhora é uma bênção de Deus em nossas vidas, que nos ajuda a superar, juntos aos irmãos, com fortaleza e humildade as adversidades da vida. Concluímos, de forma madura, que os PCE são verdadeiramente colunas indestrutíveis, que nos erguem e nos sustentam a caminhar rumo a santidade conjugal. Ana, do Máriton Eq.08 - N .S. de Lourdes Barra do Corda-MA 43
Notícias
BODAS DE OURO Eva e Cláudio
Comemoramos nossos 50 anos de casados, no último dia 07.12.2013, primeiro com a Celebração Eucarística e em seguida fomos presenteados com uma festa em um restaurante. Contamos com a presença dos nossos filhos e a dos irmãos da nossa Eq.02 - N. S. de Fátima - Valinhos-SP. Dalci e Belluzzo Com muita alegria e em agradecimento a Deus, comemoraram, em 28.12.2013, 50 anos de vida matrimonial, dos quais 49 anos nas ENS, com a presença dos 4 filhos (três deles equipistas), noras, genros, netos, membros da Eq.08 - N. S. Mãe de Deus, Setor Araçatuba-SP, familiares e amigos. A missa foi celebrada pelo Pe. Sineval Plácido, SCE da nossa Equipe e 44
Pároco do Santuário São João e São Judas Tadeu, em Araçatuba, e concelebrada pelo amigo Pe. Geraldo Dias, SCE em Belo Horizonte-MG, que presenteou o casal com a Benção Apostólica concedida pelo Papa Francisco. Dulce e Vicente O Setor G de Fortaleza, assim como toda a Região Ceará II estiveram em festa na Igreja de Santo Afonso, Parquelândia, no dia 18 de janeiro último comemorando os 50 anos de casados de Dulce e Vicente, membros da Eq.03 - N. S. do Perpétuo Socorro. Casal muito zeloso e dedicado ao Movimento, foi um dos pioneiros no Ceará. Há 31 anos contribue com o suporte e a expansão das ENS, inclusive no Maranhão. Sempre serviu como exemplo para os casais mais jovens pelo empenho, participação nos eventos e a busca incessante da verdade. São profundos conhecedores dos Estatutos. Que Deus os abençoe. Joilza e Eudice Comemoraram 50 anos de casados no dia 10.12.2013. São membros da Eq.14 - N. S. do Coração Imaculado de Maria. Que Deus continue derramando suas bênçãos sobre o casal e toda sua família.
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Vanda e Romeu Comemoraram 50 anos de casados no dia 16.11.2013, na Missa Dominical da Igreja São José Operário, presidida pelo Pe. Luiz Flach – SCE do Setor Vale d o G r a v a t a í -R S . Numa cerimônia bonita, renovaram os compromissos matrimoniais encerrando o momento com uma bênção especial. Logo em seguida, foram surpreendidos pelos familiares, amigos e irmãos equipistas da Eq.02 - N. S. de Guadalupe com uma recepção festiva.
No dia 24.08.2013, AETs de equipes do Setor A - Região Rio III, pela graça de Deus, pela imposição das mãos e oração consecratória de Dom Orani João Tempesta, se tornaram “sacerdotes da humanidade, servos por amor.
ORDENAÇÃO SACERDOTAL
JUBILEU DE OURO SACERDOTAL
Carlos Alberto
Padre Francisco (08.12.1963 A 08.12.2013)
No dia 06.09.2013 na Paróquia São Domingos, em Torres-RS, foi Ordenado Sacerdote, com o lema “Fazei tudo o que Ele vos disser.” (João 2,5). Padre Carlos Alber to é, agora, SCE das Eq.09 - N. S. de Lourdes e Eq.11 - N. S. de Fátima em Capão da Canoa-RS. Frei Gustavo Tubiana No dia 03.08.2013, na Paróquia Santa Isabel da Ungria - Arquidiocese de Cascavel em Santa Isabel do Oeste-PR. AET no Setor A da Região Rio III. CM 473
Frei Cleber Rosendo, Frei Diogo Moreno e Frei Márcio
Natural de Porto Feliz, Francisco de Assis Moraes, o Padre Chico, completou no dia 08.12.2013, 50 anos de sacerdócio. Para comemorar a data, celebrou uma missa na Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens, na sua cidade natal - Porto Feliz-SP, e contou com as presenças dos Padres: Antônio Carlos Fernandes, Washington Paschoal Ribeiro, Reinaldo Bragantim, 45
Rubens Dalmazo da cidade de Votorantim-SP, dos Diáconos Roney (São João Batista), Valmir (N. S. Aparecida), Silvio Buzzo e Benedito (N. S. Mãe dos Homens), comunidades e movimentos pastorais de paróquias de Porto Feliz, mais amigos e familiares. Nós, da Eq.03 - N. S. Mãe dos Homens, Setor Porto Feliz-SP, agradecemos ao querido Padre Chico, pelo seu carinho, dedicação e muita espiritualidade com a nossa equipe nesses 10 anos de caminhada.
ENCONTRO COM O PAPA FRANCISCO No final do mês de novembro de 2013 o casal Sílvia e Glauco, CR Província Sul III, participou de audiência com o Papa Francisco. Sílvia entregou ao Papa um exemplar do livro “A Missão do Casal Cristão” e Glauco um quadro de São Francisco, de autoria da artista plástica catarinense Vera Sabino.
Sílvia e Glauco receberam carta da Secretaria do Vaticano, datada de 12.12.13 e assinada por Mons. Peter B. Wells, em que o Papa Francisco agradece “este gesto de devoção”. Ainda na carta, o Papa exorta-os “a procurarem viver sempre mais como discípulos missionários, reconhecendo que cada batizado é um Campo da Fé – um Campus Fidei – de Deus, que deve estar pronto a responder ao chamado de Cristo: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf. Mt 28, 19). E, como penhor de conforto, contínua assistência e graças divinas, concede-lhes, extensiva à sua família, uma particular Bênção Apostólica”.
VOLTA AO PAI Itamar (da Beth) No dia 29.12.2013 Integrava a Eq.01 N. S. do Perpétuo Socorro Belo Horizonte-MG
Maria Nice (do André) No dia 01.12.2013 Integrava a Eq.02B - N. S das Famílias Campinas-SP
João Batista (da Teresinha) No dia 14.11.2013 Integrava a Eq.01 - N. S. das Graças Ituiutaba-MG
Valda (do Valmir) Dia 27.10.2013 Integrava a Eq.01C N. S. da Conceição Natal-RN
Hermílio (da Lucineide) No dia 30.12.2013 Integrava a Eq.03 - N. S. das Graças Edéia-GO
Ayrton (da Márcia) Dia 05.01.2014 Integrava a Eq.02D - N. S. Aparecida São Paulo-SP
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Contou-me ele, depois de onze anos de casamento. Não conseguindo dormir de dor no joelho, sentou-se numa poltrona ao lado da esposa que dormia no leito, chegou mais perto e passou a noite contemplando a mulher que o fizera pai, o ajudara a amadurecer para o amor e para a vida e o enchera de felicidade e sensatez. – ”Gratidão foi o que senti”–, dizia ele. E prosseguiu: – “Deus me deu uma mulher suave bonita, dois filhos, uma família amorosa e uma cúmplice para todos os momentos” E discorria: “Fiquei olhando a mulher que eu procurara e achara, a mãe dos meus filhos, aquele corpo bonito, aquela alma escondida sob os olhos que dormiam, e vi nela meu outro eu, extensão de mim, ou eu extensão dela, não sei ao certo! Mas uma das frases dele captoume de maneira especial. Disse-me: “Eu era um tipo de homem antes dela. Depois dela eu mudei. Acho que Deus a enxertou em mim e me enxertou nela. Produzo frutos que jamais pensei ser capaz de produzir. Ela deu sabor especial à minha vida. Acho que eu também a tornei mais pessoa.” Palavras de marido apaixonado que contempla sua esposa à beira do leito. Quantas esposas e maridos não assinariam em baixo dessa frase? Embora vocês brinquem, dizendo que se casaram com um desastre, com um estrupício, brincadeiras à parte, vocês sabem que, agora, quando querem achar-se, precisam mergulhar um no outro, porque seu eu está dentro da pessoa amada. Vocês deram, um ao outro, o que CM 479 462
tinham de melhor e, agora, quand o q u e re m a c h a r o m e l h o r d e si procuram no cônjuge. É investimento que rende! Isso, quando o casamento deu certo! Conto sempre a história de Dona Leila, para ilustrar o que é um bom casamento. As meninas, que a idolatravam pela excelente mestra e amiga que era, um dia, em aula, perguntaram, à queima roupa, quando ela perdera a virgindade. Dona Leila, tranquila, reagiu: – Mas eu não perdi! Não sou mais virgem, mas não perdi a virgindade! – A senhora é casada e tem três filhos. Como não perdeu a virgindade? – Eu não rodei bolsinha, nem saí do baile para o motel com um cara que nunca mais vi. Não perdi a virgindade para qualquer um. Dei-a ao meu marido e ele mora comigo. Minha virgindade está lá no mesmo leito que dividimos há catorze anos. E está em excelentes mãos. Só perde a virgindade quem não sabe onde a colocou. Eu sei o que fiz. Foi troca: eu me dei a ele e ele se deu a mim. Agora eu sou de um bom homem e ele, modéstia à parte é meu. Ele não precisa dizer isso: eu percebo. Daquele dia em diante, as meninas perceberam que, isso de gostar de um cara, namorar e acasalar, passa pela descoberta de quem é este outro com quem criarão filhos. Sem alteridade, o sexo é apenas um troca-troca egoísta. Com alteridade é uma viagem de almas e corpos entrelaçados. É por isso que o casamento se chama de enlace! De laços o amor é feito.
Pe. Zezinho, SCJ 47
Reflexão
CASAIS QUE SE CONTEMPLAM
O ESTRANHO EM NOSSAS VIDAS! Interessante! Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recémchegado à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem. E o convidou a viver com nossa família. O estranho aceitou, e desde então tem estado conosco. Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem ele conquistou um lugar muito especial. Meus pais eram instrutores complementares: minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer. Mas o estranho era nosso narrador. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias. Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Me fazia rir e chorar O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade (agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez, para que o estranho fosse embora). Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las. As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa... Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entre48
tanto, nosso visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que, às vezes, queimava meus ouvidos e fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar. Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos. Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram, às vezes, evidentes: outras, sugestivos, e geralmente vergonhosos. Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pelo estranho. Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar. Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio. Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia... Seu nome? Nós o chamamos Televisor... Agora tem uma esposa que se chama Computador, e um filho que se chama Celular! (Nota: Pede-se que este artigo seja lido em cada lar).
Monique e Jair Eq.02E - N. S. da Penha Rio de Janeiro-RJ CM 479
MEDITANDO EM EQUIPE Sempre que nos deparamos com a expressão “paixão de Cristo” só nos lembramos de sofrimento e amargura. Claro que é isso; mas não é só isso. A paixão de Cristo é paixão mesmo. E o que é paixão? O que é uma pessoa apaixonada? Todo mundo sabe. E todo mundo sabe que não existe coisa melhor e mais gratificante do que uma verdadeira paixão. Paixão é, antes de tudo, amor, e amor em excesso, até o ponto de chegar à morte. A Semana Santa do cristão é uma semana de paixão; uma semana de Alguém que, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1), até as últimas consequências! Alguém chegou a declarar: Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos, e eu dou a minha vida (Jo 15,13; 10,17-18). A entrega é feita pelo amor; a cruz é feita pela paixão.
Escuta da Palavra em Rm 5, 1-11 Sugestões para a meditação: 1. Comente esta frase: Nós nos gloriamos também nas tribulações (v. 3). 2. Faça uma pesquisa para ver quantas vezes, em suas cartas, Paulo declara: Ele me amou e se entregou por mim. 3. Por que a esperança não decepciona (v. 5)? 4. Comente: Justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira (v. 9). Frei Geraldo de Araújo Lima, O. Carm.
Oração Litúrgica “Tende em vós o mesmo sentimento de Jesus Cristo. Ele, estando na forma de Deus, não usou de seu direito de ser tratado com um deus, mas se despojou, tomando forma de escravo. Tornando-se semelhante aos homens, e reconhecido em seu aspecto como um homem abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, à morte sobre uma cruz. Por isso Deus soberanamente o elevou e lhe conferiu o nome que está acima de todo nome, a fim de que, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre nos céus, sobre a terra e sob a terra, e que toda língua proclame que o Senhor é Jesus Cristo para a glória de Deus Pai” ( Fl 1,5-11).
o
Símbolo do 3 Encontro Nacional das ENS Aparecida 2015, escolhido entre vários apresentados no
último Encontro do Colegiado em Itaici-SP
Casal Dançando: Simboliza a alegria de festejar o Matrimônio. “As Bodas de Caná” O Verde-amarelo representa o Casal Brasileiro. Aparecida no Coração:
Simboliza Nossa Senhora Aparecida no coração dos brasileiros. O Azul-marinho invertido significa o Coração do Brasil O Caminho: Usando como referência
à passarela em Aparecida, foi desenhado o número 3, representando Terceiro Encontro Nacional e ao mesmo tempo simbolizando o espírito de peregrinação. O Marron terra representa uma caminhada de humildade (descalço) sobre o chão de terra em busca da santificação conjugal.
EquipesdedeNossa NossaSenhora Senhora Equipes Movimento Movimento de de Espiritualidade Espiritualidade Conjugal Conjugal Av.Av. Paulista, Paulista, 352 352 A3• Cj. 3o 36 • Bela Vista • 01310-000 • São Paulo andar, cj 36 • 01310-000 • São Paulo - SP- SP Fone: (0xx11) 3256.1212••Fax: Fax:(011) (0xx11) 3257.3599 Fone: (11) 3256.1212 3257.3599 secretariado@ens.org.br •• cartamensal@ens.org.br cartamensal@ens.org.br •• www.ens.org.br www.ens.org.br secretariado@ens.org.br