ENS - Carta Mensal 481 - Jun/Jul 2014

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Ano LIV• jun/jul 2014 • nº 481

C A R TA Equipes de Nossa Senhora

IGREJA CATÓLICA Corpus Christi p.7

MARIA A Mãe Santíssima na vida de Jesus p.9

Mensal

PASTORAL FAMILIAR Família, Lugar de Encontro. p.15


CARTA MENSAL nº 481 • jun/jul 2014

EDITORIAL Da Carta Mensal ................................... 01

RAÍZES DO MOVIMENTO Uma viga mestra..................................... 22

SUPER-REGIÃO Pe. Miguel Batista ................................. 02 Fonte, lugar de conhecimento .............. 03 Querer ser família e por ela ter cuidado ............................ 04

TESTEMUNHO Buscar caminhos..................................... 24 Uma maravilhosa experiência................... 25 Acima de tudo o amor.......................... 28 Carta Mensal - oportunidade para partilhar e compartilhar........................ 29 O milagre da vida - a oração................. 30 O chamado........................................... 31 Camadas............................................... 31 Ser ou não ser... equipista!.................... 33 O início de uma caminhada................... 34 Ousar o evangelho ENS em alto mar..... 34 A alegria de corresponder ao chamado de Deus............................. 36

IGREJA CATÓLICA Coração de Cristo Jesus ........................ 06 Corpus Christi........................................ 07 CAMPANHA DA FRATERNIDADE Cf 2014 - fraternidade e tráfico humano.....................................08 MARIA A mãe santíssima na vida de Jesus........ 09 Os diferentes nomes de Nossa Senhora........10 FORMAÇÃO O cajado................................................ 11 No espelho dos seus olhos.................... 12 Partilha, amor e casamento................... 12 PASTORAL FAMILIAR O Espírito Santo e a família........................ 14 Família lugar de encontro .......................... 15 VIDA NO MOVIMENTO Província Norte ..................................... 16 Província Nordeste ............................... 18 Província Centro-oeste ........................... 20 O que é EEN.......................................... 21

DIA DOS NAMORADOS Dia de São Valentim.............................. 37 Oração dos namorados .......................... 38 PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Retiro 2014 .......................................... 39 Desertor... retiro... .................................... 40 TEMA DE ESTUDO Gerando esperanças .............................. 41 Quem sou eu? eu sou como?................ 42 Descobrir e cuidar do outro.................. 44 NOTÍCIAS ............................................. 45 ATUALIDADES Nova sede do secretariado nacional........ 47

Demonstrações financeiras 2013 nas pp. 24 e 25 Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fátima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Imagem de capa: Canstockphoto - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


Coração de Jesus. Celebramos o coração humano e divino num curtíssimo espaço de tempo; Jesus orou com o rosto em terra: Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres. Final de junho, dia 29, a Igreja vivencia a solenidade dos seus pilares: São Pedro e São Paulo, uma das mais antigas. Com um alerta bem fundamentado, Cida e Raimundo orientam a todos para, ao entrarem em qualquer comunidade não sejam enganados com a proposta, metodologia e objetivos. Lembram os quatro objetivos das ENS e dizem da importância de uma informação objetiva e clara quando do ingresso de casais e conselheiros no Movimento. “Querer ser família e por ela ter cuidado, O Espírito Santo e a família, e Família, lugar de encontro - três artigos, três reflexões, Jussara e Daniel e dois Conselheiros nos falam sobre a importância, as atenções e cuidados que precisamos dar às nossas famílias. Em Vida no Movimento, o destaque são os EACREs e os Encontros de Equipes Novas, momentos fortíssimos que calam forte no coração dos equipistas que deles participam. Muita vida também nos Tesmunhos, nos quais os irmãos contam ricas experiências que nos ajudam na caminhada.  Bons festejos para todos! Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens ” CM 481

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Editorial

Queridos Irmãos Nesta edição, a CM compartilha com a Igreja Católica as suas muitas festas, através de artigos dos nossos irmãos. Começa com Pentecostes, dia 08 de junho, o 50º dia depois da Páscoa, que forma com o Natal e a Páscoa as três solenidades mais importantes do Ano Litúrgico. Na sequência, dia 12, São Valentim, celebramos a união amorosa entre casais, popularmente conhecida como dia dos namorados. Sessenta dias depois da Páscoa, dia 19 de junho, rememoramos o Corpo de Cristo: Corpus Christi. Devemos oferecer o nosso corpo para Templo de Espírito Santo, como sacrifício vivo. Se Jesus entregou seu corpo por nós, devemos viver por Ele. Dia 24 de junho a Igreja celebra o nascimento de João Batista, que, junto com Nossa Senhora, é o único a ter o dia do nascimento recordado pela liturgia. Foi ele que preparou o povo para a vinda de Jesus. São João verbaliza uma das passagens mais significativas: “Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo” (Mt 3,11) e Jesus reconhece afirmando: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista” (Mt 11,11). No dia 28 de junho nos lembramos do coração que não se fragmentou com a paixão e a morte: o


Super-Região

“Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, sem nunca desistir.” (Lc 18,1)

Após a Escuta da Palavra, somos convidados a vivenciar o segundo PCE: A MEDITAÇÃO. Na meditação esta Palavra deve tornar-se vida. Para isso é preciso deixar-nos questionar pela Palavra e conformar nossa vida às exigências que ela nos apresenta. Deus nos chama a um lugar afastado (não se trata necessariamente de um lugar físico), para falar-nos ao coração. Este é o ponto “meditação”; aqui se encontra a singularidade pessoal. Antes da meditação é preciso pedir ao Senhor um coração grande, um coração que escuta, aberto e dócil, obediente e leal. Para fazer sua meditação, “cada pessoa decide o que é apropriado para ela (quando, onde e como). O que parece mais importante para desenvolver essa profunda união com Deus é a perseverança e a regularidade” (Guia das ENS, p. 25) A Escuta, sem a meditação é árida; a meditação, sem a Escuta, está sujeita a erros. A meditação traz uma claridade que vem de Deus, por meio de Jesus, na força do Espírito e que ilumina nossos gestos, palavras e ações. Tudo é banhado por essa claridade: vida pessoal, vida profissional, vida conjugal e familiar, vida de equipe, tristezas e alegrias, sucessos e fracassos, vida e morte. Maria, nossa mãe, é modelo de mulher orante para todos 2

nós: “Maria, porém, conservava todos esses fatos, e meditava sobre eles em seu coração” (Lc 2,19.) A meditação é o ponto mental que se dedica a escavar na verdade mais escondida; é o empenho de todas as nossas forças e faculdades para compreender e saborear aquilo que Deus nos dirige na Sagrada Escritura; é confrontar as várias referências que fomos capazes de recolher, a fim de buscar, para além das palavras, o mistério de Cristo. “E sua mãe conservava no coração todas essas coisas”. (Lc 2,51c) Inúmeras são as vezes que escutamos equipistas dizerem nas partilhas que não conseguiram tempo para fazer sua meditação. O Padre Caffarel nos lembra que a atitude de orar, meditar é tão vital quanto a necessidade de comer. “O cristão que não dedica diariamente dez a quinze minutos (1/96 avos do seu dia) a essa forma de oração que chamamos de oração interior permanecerá sempre infantil, ou melhor, definhará. Ele passará por crises graves, das quais não sairá com glória, ou talvez mesmo, nem conseguirá sair por muito tempo”. Um abraço com carinho. No Coração de Jesus,  Pe. Miguel Batista, SCJ. SCE da Super-Região Brasil CM 481


FONTE, LUGAR DE CONHECIMENTO Queridos equipistas: Pertencer a uma comunidade, seja ela qual for, implica conhecê-la bem para que não nos enganemos com sua “proposta”, “metodologia”, “objetivos”, ... Talvez vocês já estejam saturados de ouvir falar desses assuntos. Mas nós lhes damos uma razão óbvia: a presença de novos casais no Movimento, os quais, como nós um dia, desejam experimentar viver uma vida em comunidade. Graças a Deus, os equipistas têm sido verdadeiros pescadores de homens, como desejou Jesus. As redes têm sido lançadas! Fundando-se equipes em todos os pontos do Brasil, vemos concretizado o pedido do Pe. Caffarel para que lançássemos sobre nossa Pátria uma imensa rede de que as equipes fossem os nós. Para as equipes mais antigas, a quem devemos a fidelidade de todos os anos nesta caminhada equipista, dando-se um ao outro para ambos darem-se juntos, nosso fundador recomendava aprofundar a vida de oração. Já para as equipes mais recentes, deviam procurar com zelo a espiritualidade conjugal. E, para todas as idades equipistas, indicava “viver bem a ´Carta (Estatuto) e as suas obrigações`”. Por isso nada mais justo do que relembrar (para muitos) e apresentar (para muitos outros) os quatro objetivos do Movimento, citados na obra de Jean Allemand, “Henri Caffarel, um homem arreCM 481

batado por Deus” (pp. 90-91): Santificação dos casais, espiritualidade do cristão casado, difusão dessa espiritualidade e testemunho. A o en t ra re m na s ENS, ca sais e conselheiros precisam ser informados destes objetivos . É em função deles que cada membro deve dedicar seu Estudo do Tema, sua Vivência dos Pontos Concretos de Esforço, seu esforço de participar regularmente da Eucaristia. É, ainda, em função deles que as lideranças de todos os níveis devem planejar e organizar suas ações, suas reuniões, seus encontros de formação. Queridos, temos certeza de que, conscientes desses quatro objetivos, todos nos sentiremos mais comprometidos com a vida que corre pelas artérias (Estrutura, O r g a n i z a ç ã o, e t c . ) d o M o v i mento. Unidos em oração, nosso carinho.  Cida e Raimundo CR Super-Região 3


QUERER SER FAMÍLIA E POR ELA TER CUIDADO

“Como é bom ter a minha família, como é bom! Vale a pena vender tudo o mais para poder comprar. Esse campo que esconde um tesouro, que é puro dom, é meu ouro, meu céu, minha paz, minha vida, meu lar”. Nos versos deste canto encontramos a mais perfeita concepção do valor de se ter uma família. Quem tem deve procurar cada vez mais ser e viver este dom de Deus. Quantos queriam e não têm uma família? Quantos a têm e não preservam, não cuidam? Alguns ingredientes são necessários para a manutenção dos laços familiares. Existe a nossa família de origem, e dela recebemos valores e, às vezes, contra-valores. Com o passar do tempo constituímos nossa própria família e enfrentamos o desafio de educá-la, 4

repassando experiências vividas. Neste itinerário exercitamos alguns destes ingredientes. Destacamos: respeito às diferenças; diálogo; carinho; cultivo à presença de Deus; educação no amor e na fé. Respeitar as diferenças é um exercício que se pode começar pelo respeito aos filhos. Muitas vezes os filhos se afastam da família, de casa, porque nós pais, não respeitamos seus anseios, seus projetos. Queremos dar superproteção e acabamos sobrepondo as nossas vontades sobre as deles, sufocando-os ao ponto de saírem de casa, às vezes, para nunca mais voltar. Lembramos o nosso filho mais velho, o Emmanuel, que por volta de seus 18 anos, já na Universidade, cogitou trancar o curso e ir trabalhar na Austrália. Ele nos contou a sua intenção e depois de lhe orientarmos no sentido de que ele analisasse as vantagens e desvantagens, o abençoamos e dissemos que apoiaríamos qualquer que fosse a sua decisão. Isto fez com que ele ficasse tranquilo e repensasse aquele desejo, e então nos disse que daria mais um tempo e se algo o fizesse mudar de ideia ele desistiria de viajar. Colocamos em oração e dias depois ele conseguiu um estágio remunerado em sua área que o fez retroceder e não mais querer sair do país. Certamente se tivéssemos reagido indo de encontro aos seus CM 481


anseios, reprovando seus projetos a fim de que prevalecesse a nossa vontade, teríamos causado um sério transtorno. Respeitemos então as opções de vida de nossos filhos e entreguemos nas mãos de Deus a sua felicidade. Isso é uma pequena amostra de quantos momentos passamos em família. As relações interpessoais familiares devem ser extremamente cautelosas e voltadas para o bem-estar recíproco. O doar-se constante por meio de uma ajuda espiritual recíproca leva ao compromisso com o outro. João Paulo II na ‘Familiares Consortio’ chama atenção para os “sinais de degradação” nas famílias. Estes sinais são visíveis, como por exemplo: droga; prostituição; libertinagem sexual; desvalorização e banalização dos sacramentos; ateísmo; corrupção; fome; falta de trabalho; doenças como a depressão e a síndrome do pânico etc. Se procurarmos sempre invocar o nome de Jesus e a proteção de Maria, formaremos e desenvolveremos um lar cheio de carinho, de amor, de confiança e ajuda mútua. A educação no amor e na fé nos dará força para enfrentar e combater estas sombras. Ser Família e cuidar dela é propiciar que nosso lar seja atrativo. Cuidar da família é sentir sempre vontade de ‘voltar para casa’, um verdadeiro porto seguro, o lugar do ‘lavoro i della festa’ como pregou Bento XVI. As tristezas e dificuldades servem para nos unirmos cada vez mais e com a graça de Deus suCM 481

perar os males. Eduquemos nossas famílias na fé e procuremos ser mais solidários com aquelas que estão se destruindo. Encerramos lembrando as palavras do Papa Francisco durante a sua homilia no encontro com as famílias em outubro de 2013 no Vaticano:

“Queridas famílias, como bem sabeis, a verdadeira alegria que se experimenta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis... A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos uns aos outros no caminho da vida. Mas, na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, cheio de respeito por todos”.  Jussara e Daniel Casal Comunicação Externa da SRB 5


Igreja Católica

CORAÇÃO DE CRISTO JESUS Junho é o mês em que realizamos a solenidade do Coração do Cristo Jesus. Trata-se de uma belíssima devoção bíblica, profunda, de forte sentido para a vida cristã. Teologicamente, na antropologia bíblica, coração indica o interior do homem, a sede de seu caráter, de sua personalidade, onde nascem os pensamentos e os sentimentos mais profundos. O coração é a sede das decisões do homem. Enquanto nas línguas modernas o coração é o órgão dos afetos, na linguagem bíblica, o coração é o órgão do pensamento, da vontade, da decisão; dizer que alguém não tem coração é dizer que não tem juízo, que não conhece os próprios pensamentos! No salmo 85/86,11 o autor sagrado suplica: Senhor, mostra-me Teu caminho e eu me conduzirei segundo a Tua vontade. Unifica meu coração para que ele tema o Teu nome! Sendo o coração o órgão da decisão e da vontade, o salmista pede que ele seja unificado para Deus. O sentido seria mais ou menos este: “Unifica-me a mim para Ti: estando em Ti, como o eixo de minha vida, que eu seja inteiro, íntegro, senhor de mim”. Se assim é o coração humano, como se manifesta o coração de Cristo? Ele amou com um coração humano; imagem do 6

coração do Pai. “Como o Pai me amou, eu também vos amei”! Jesus revela o coração do Pai. Basta pensar na parábola do filho pródigo, na qual Jesus procura explicar aos seus adversários que age com amor e misericórdia porque o Pai faz o mesmo. No coração compassivo, manso e sereno do Senhor Jesus, podemos entrever o quanto Deus é para nós ternura e caminho, acolhimento e perdão. Contemplar o Coração de Cristo, manso e humilde, aberto na cruz para que recebamos a água que nos vivifica e o sangue que nos lava, significa experimentar, crer e anunciar que do amor de Deus ninguém é excluído. Quem dera que este mundo pudesse encontrar no coração de Jesus Cristo o descanso, a inspiração e a paz! Quem dera que aceitasse o convite de Jesus: Vinde a mim, vós todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai s o b re vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração... e encontrareis descanso... (Mt 11, 28).  Goretti e Adelmo - CRR - Natal-RN Gorethe e Guedes - Eq.05 N. S. de Guadalupe - Natal-RN Dom Henrique S. da Costa Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju-SE Natal-RN CM 481


CORPUS CHRISTI “Pois a Minha Carne é verdadeira comida e o Meu Sangue, verdadeira bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele”. (Jo 6,55-56)

Desde o tempo apostólico a Igreja comemora a Festa do Corpo de Cristo, antes, celebrada na Quinta-feira da Semana Santa, pelo fato de a Sagrada Eucaristia ter sido instituída por Jesus numa Quinta-feira, durante a Última Ceia. No entanto, no ano de 1246, por ordem de Sua Santidade o Papa Urbano IV, a celebração da Festa do Corpo de CRISTO foi inserida no calendário litúrgico para ser realizada na Quinta-feira, após o domingo em que celebramos a Festa da SANTÍSSIMA TRINDADE. A Eucaristia atualiza continuamente o mistério pascal de Cristo entre os homens, é o centro de toda a vida cristã e a fonte de toda a graça e da remissão dos nossos pecados. É verdadeiramente o pão descido do Céu, alimento espiritual, força e inspiração para a humanidade. Por acreditar que a vida em Cristo necessita constantemente ser alimentada, tínhamos um desejo imenso em participar da Eucaristia diária. No entanto, achávamos que não tínhamos tempo, pois o nosso trabalho e as tarefas diárias não permitiam. Por esse motivo deixávamos para após nossa aposentadoria. Foi quando fomos agraciados com o Tema de Estudos – “Textos Escolhidos de Padre Caffarel” e, finalmente, “o véu se rasgou” e passamos a enxergar a necessidade de buscarmos verdadeiramente o Pão de cada dia, o verdadeiro Alimento diário. Para tanto, seguimos como sugerido no tema, procuramos saber os horários das missas nas Igrejas mais próximas ao nosso trabalho, nos organizamos e partimos em busca de concretizarmos nosso desejo. A partir de então participamos não só da Eucaristia diária, mas também de um momento de adoração Eucarística semanal, pois o Cristo Eucarístico está sempre disponível para saciar a fome espiritual, iluminar as almas, acolher as súplicas e preces de todos que buscam o seu auxílio. Busquemos a fonte para nos alimentar. Procuremos, pois, adorar a Cristo Senhor no Santíssimo Sacramento da Eucaristia.  Lêda e Menezes Eq.03C - N.S. Auxiliadora João Pessoa-PB

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Campanha da Fraternidade

CF.2014 - FRATERNIDADE E TRÁFICO HUMANO Dentro de cada pessoa, há um grande sonho de liberdade. Um grande desejo de ser feliz. Este sonho vem de Deus, Ele nos criou para sermos livres. Devemos trilhar um caminho de liberdade. Este caminho implica fazer boas escolhas. Escolhas que permitam a liberdade e que para ela conduzam. Com certeza, este não é o caminho mais curto, mas é o mais eficaz para que haja, no mundo, mais paz e justiça. Precisamos ser capazes de ver o outro como igual, não como escravo ou inferior. Tratar a todos como verdadeiros irmãos. Eis o caminho a seguir. Na carta a Filêmon (Fm 8-20) São Paulo traz a situação de um escravo, Onésimo, que muito ajuda Paulo na prisão. Paulo tinha consciência que combater contra o sistema de escravidão da época seria inútil, então propõe uma prática concreta que pode levar a uma nova ordem social: Filêmon deve acolher Onésimo como verdadeiro irmão. Deve perdoar as dívidas dele e acolher o escravo da mesma forma que acolheria o próprio apóstolo Paulo. Seria interessante a gente se perguntar o que Paulo pediria a nós, hoje, diante desta situação do tráfico humano. Estudos mostram que as principais rotas utilizadas pelos traficantes de pessoas são estrategicamente construídas desde cida8

des próximas a rodovias, como a portos e aeroportos, regulares ou clandestinos. Há relação entre o turismo e o tráfico de pessoas, especialmente nas capitais do Nordeste. Esta situação clama a nós por conversão. Conhecer esta realidade é o primeiro passo para ajudar a mudar essa situação. Ainda hoje muita gente enfrenta a situação de escravidão, o que é feito de maneira velada, aparentemente legal. É bom saber que o transporte das mulheres traficadas acontece, em geral, como se fosse uma viagem de férias, já que elas costumam entrar nos países de destino com visto de turista. As redes de aliciamento se camuflam atrás de atividades legais, como recrutamento de modelos, babás, garçonetes, dançarinas ou, ainda, agências de casamento. Não podemos ficar indiferentes como se isso não fosse problema nosso. Nossa fé nos ajuda a abrir os olhos para estas situações de escravidão ou nos anestesia? O que Jesus espera de nós?  Adaptado do Texto-base da CF 2014. (Diác. Marcos Reis de Faria Cooperador Paroquial da Paróquia da Catedral de São Dimas) Colaboração de Rosana e Waldir Eq.2A - N. S. da Fraternidade São José dos Campos-SP CM 481


A vida de Maria é testemunho de como trilhar um caminho de paz em plena comunhão com o Senhor, sempre à luz da oração. Diversas ilustrações de Maria nos remetem a um semblante dócil, frágil, tranquilo. Observando algumas citações sobre Maria na Sagrada Escritura percebe-se que suas atitudes não lembram esse semblante. Maria tem presença ativa no plano de salvação. Ela se faz presente em diversas passagens da Sagrada Escritura: no AT, em diversas profecias sobre as promessas de nossa salvação; no NT, quando essas profecias se cumprem, e a tornam presença viva na tradição da Igreja. Destacamos 3 passagens do AT que relacionam a Mãe com a promessa de salvação de Deus através de seu Filho: Gn 3,15 mostra que a mulher é Maria e sua linhagem é seu filho, Jesus. Em Is 7,14 é profetizado que, por Maria, se concretizará o plano de Deus, pois concebeu em seu ventre e deu a luz a Jesus. Mq 5, 1-2 dá detalhes de como surgirá o Salvador. A referência à mãe nos leva à profecia de Isaías. E as profecias se cumprem no NT. Deus nos manda seu filho Jesus para nos revelar seu mistério: a Santíssima Trindade, cujo papel é que Deus Pai seja revelado através de Sua Palavra, o Verbo Encarnado - Jesus, por intermédio da ação amorosa do Espírito CM 481

Maria

A MÃE SANTÍSSIMA NA VIDA DE JESUS Santo. E Maria contribui ativamente nessa revelação através de diversas atitudes. O Plano de Deus começa a ser cumprido através do sim de Maria, dado não somente a Deus através do anjo, mas um sim dado à Trindade. O trecho Lc 1,28-31 mostra a relação com DeusPai, quando Maria, através do anjo Ga briel , re ce b e a m e ns a ge m de Deus; mostra a relação com Deus-Filho, onde o sim de Maria lhe dá relação direta com Jesus, seu filho. E a relação com DeusEspírito Santo, que a impregna totalmente, para conceber e gerar o Filho de Deus. A primeira atividade missionária e apostólica de Maria é a visita à sua prima Isabel. Aí tem início o seu itinerário espiritual de fé. É possível afirmar que Maria é a arca da nova aliança, o lugar incorruptível da presença do Senhor ou o primeiro sacrário da história. O p a p el de M a r i a , m ã e , é mostrado quando Ele, com 12 anos, decidiu permanecer em Jerusalém por 03 dias, sem comunicar nada. Após muita procura, seus pais o encontraram no templo. Maria precisou compreender a missão de Jesus. Mas nem por isso deixa de cumprir seu papel de Mãe. Por isso sempre está presente ao seu lado. Maria se faz presente no início da vida pública de Jesus, ocorri9


do em um casamento em Caná. Maria nada pede. Apenas apresenta a dificuldade. Apesar da primeira negativa de Jesus não emudece nem se detém. Como se soubesse o que iria acontecer, dá as devidas orientações. Jesus, então, faz o milagre, que é fruto da fé e da confiança de Maria. Maria esteve presente também no final da vida pública d´Ele, perto de Sua cruz. Jesus,

então, vendo sua mãe e, perto dela o discípulo a quem amava, forma o elo de amor entre mãe Filho - discípulo. Que Maria seja nossa mestra, guia e intercessora. E que tenhamos a coragem e determinação q u e t eve, s e m pre e nt re gue a Deus, à luz da oração.  Cristiane e Fábio Eq.13A - N. S. da Alegria Belém-PA

OS DIFERENTES NOMES DE NOSSA SENHORA As invocações de Nossa Senhora define nomes pelos quais Maria, mãe de Jesus Cristo é reverenciada pela fé católica. Desde os primeiros séculos, os cristãos têm dedicado especial reverência à Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo, e cujas representações iconográficas são as encontradas nas catacumbas romanas representando a Virgem Orante, ou seja, sozinha, em pé e de braços abertos. Também há representações suas em cenas retiradas da Bíblia ou dos Evangelhos Apócrifos. Desde então, as representações da Virgem com o Menino Jesus, foram se tornando cada vez mais comuns. A devoção dos povos foi criando uma série de invocações originárias de sua devoção à Mãe de Deus, que dependendo de sua origem podem ser três naturezas: • Litúrgica: invocações criadas pela Igreja ligadas as comemorações litúrgicas. • Histórica: geralmente refere-se a lu10

gares onde determinado culto a Virgem Maria foi iniciado. • Popular: invocações surgidas da devoção popular e de acordo com os acontecimentos. Diz a tradição que as primeiras imagens da Virgem Maria, sejam as pinturas das catacumbas, sejam os ícones e mosaicos bizantinos, foram baseados no ’’retrato da Virgem’’, pintado por São Lucas. Já as diferentes representações iconográficas são baseadas nas fases da vida de Maria: Infância, Imaculada Conceição, Encarnação do Verbo de Deus, Maternidade, Paixão, Glorificação e Veneração a Maria. Na Igreja há três tipos de culto o de Latria, culto de adoração prestado somente a Deus. Dulia, culto de veneração prestado aos santos e Hiperdulia que é reservado a Virgem Maria por estar acima de todos na corte celeste, sendo-lhe, portanto, prestado um culto especial de veneração. CM 481


Há um rio a ser atravessado; não existem pontes ou barcos, existem somente 365 pedras, distribuídas entre uma margem e a outra, a serem pisadas uma a uma e, como auxílio, Deus nos dá o cajado. Ao pesquisar sobre as utilidades de um cajado constatamos: a) Proporciona melhor equilíbrio durante a caminhada: se na travessia, a pessoa se sente perdida ou insegura, o cajado lhe dá segurança; b) Diminui os esforços nas subidas, reduzindo o estresse nas articulações e fadiga nos músculos: serve como excelente apoio, caso o caminhante encontre pedras que requeiram mais esforço; c) Ajuda o caminhante a estabelecer um bom ritmo: o rio é longo; para não desanimar, tem-se no cajado a grande alavanca como motivação; d) Aumenta a segurança nos locais acidentados ou lisos em demasia: pisando em pedras lisas, pontiagudas, desniveladas, nas quais se sente o risco de queda, ele dará o equilíbrio; e) Pode ser usado antes de entrar em um local incerto, vasculhando possíveis riscos: quando o rio se torna turvo e vem a dúvida, se uma pedra não está bem fixada no fundo, o cajado serve para testá-la, dando confiança em cada passo dado; f) Recomendado para quem tem problemas nos joelhos ou tornozelos, em particular nas descidas em locais mais acidentados. Estudos avaliam esta compensação em até 25%: o medo na descida íngreme, CM 481

pela fragilidade ou cansaço do corpo, torna o cajado imprescindível para dar conforto;

g) É comprovado que o seu uso faz com que se caminhe mais tempo e em distâncias mais longas: olhando para frente e enxergando o quanto ainda tem a ser atravessado, o uso dele dá ânimo e força; h) Pode ser usado como defesa, em locais onde animais podem trazer riscos: percebendo a aproximação de cobras, jacarés, o cajado serve para espantá-los, dando proteção; i) Serve também como tala para fixar e imobilizar um membro, ou como muleta para substituir o apoio de uma perna: utilizado como imobilização de uma perna, se torna importante no processo de cura; j) Muitos especialistas acreditam que o seu uso aumenta, em até 20%, o esforço gasto distribuído às pernas, braços, pescoço e tronco, tornando-se um exercício para todo o corpo: por fim, quando se percebe o quanto já caminhou usando constantemente esse apoio, dá a sensação de revigoramento. O rio é cada ano de nossas vidas; as pedras são os dias que não podem ser pulados e o cajado a Palavra de Deus que nos socorre, nos auxilia, nos apoia, nos corrige, nos dirige... Assim, dessas e de muitas outras formas, o cajado é um grande auxílio na travessia. Podemos afirmar que é essencial para uma travessia segura.  Paulo, da Elizabethe Eq.05 - N. S. Auxiliadora Pindamonhangaba-SP 11

Formação

O CAJADO


NO ESPELHO DOS SEUS OLHOS O olhar do outro é um espelho em que nos vemos refletidos. A nossa imagem que esse olhar nos devolve é, não raro, aquela com que nos vemos. Parece que só nos conhecemos a partir do olhar do outro. Quando esse outro é Jesus, a possibilidade de reconhecermos o que há de melhor em nós se amplia em proporções inimagináveis. Esse olhar especial restaura nossa autoestima e nos devolve ao que somos em essência: Obra do Criador. Para ter acesso a essa imagem é preciso deixar-se ver. Essa nossa natureza que compartilha da Criação, para frutificar, exige que aceitemos o convite para servir e acolher a nós mesmos e ao outro. É assim que age Zaqueu: Zaqueu deixa-se ver. É visto e se vê nos olhos de Jesus. Depois, vê a si mesmo segundo essa imagem de si que o olhar divino lhe devolve: alguém em quem se pode confiar, generoso e acolhedor, disposto a servir e a seguir. Os outros olhares comuns, humanos, não foram - e

não são - capazes de perceber essas qualidades. Esse encontro restaurador, frequentemente se rompe pela interferência de apelos de uma cultura que nos remete a padrões de conduta baseados em ciúmes, invejas, imitações, competições, desconfianças, discriminação, destruição, autorrejeição e autodestruição. Essa cultura fomenta a anulação da autoestima. Perdemonos de nós mesmos. Cegos, não nos vemos. Tornamo-nos nossa própria prisão. O sentido para a nossa vida, raramente acessível, a liberdade de ser e a felicidade vão para longe do alcance de nossas ações. É que vamos nos distanciando de Deus. Esse mar imenso que nos constitui, cujo som/convite não permitimos que nos atinja: “Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa!” Senhor, no espelho dos Seus olhos, reconheço-me.  Janete e Janio Eq.07A - N. S. de Lourdes Florianópolis-SC

PARTILHA, AMOR E CASAMENTO A maneira mais fácil de se chegar à santidade é através do matrimônio, pois o amor é quem rege o casamento e nos impulsiona ao serviço. Aprendemos a servir nosso cônjuge, depois este serviço se estende aos filhos, chega até a nossa comunidade e, enfim, toma conta de nossa vida 12

em todos os ambientes. Jesus disse: “... Quem quiser ser o primeiro, seja o mais humilde, ... lave os pés do irmão...” (Mt 18, 1-6/Lc 22, 24-30/Jo 13, 1-20). Para entender melhor o amor vamos citar algumas de suas características: fidelidade, perdão, doação, renúncia, entrega CM 481


etc. O amor fidelidade vai beneficiar a pessoa amada, o perdão beneficia o pecador amado, assim como a doação, a renúncia e a entrega vão beneficiar alguém com o fruto do seu amor. Sendo assim, consideramos o amor um gesto concreto e não apenas um sentimento abstrato. Isto porque o amor constrói, transforma ambientes, promove o bem- estar, a paz e a justiça. O amor é sempre para o outro. A grande recompensa de quem ama é a realização plena por saber ter cumprido seu dever como companheiro, amigo, pai, mãe, cidadão e cristão. Uma paz sem igual o recobre e, por ter vivido à imagem e semelhança de Jesus Cristo, se torna um ser nobre. Não existe felicidade maior do que amar, pois o amor é gratuito, divino, é santificante. Esse amor “... não pede nada em troca, não é vaidoso, não se irrita, tudo perdoa... (I Cor, 13, 1-13)”. É o próprio Deus que age em nós por sua graça e perfeição. O amor é a essência da perfeição. O amor é Deus. Nós, equipistas, dispomos de instrumentos sem igual para aprender sobre o amor e sermos santos. Pe. Caffarrel nos disse uma famosa frase: “O objetivo das ENS é, nem mais, nem menos, levar os casais à santidade”. A Escuta da Palavra nos mostra a vontade de Deus e a Bíblia contém todas as orientações para nossa vida. Nossa Meditação nos põe em ação a partir da palavra, pois ao meditarmos extraímos a essência do que somos e promovemos mudanças conduzidas pelo amor. As Regras de Vida concretizam nossa busca por transformação, promovendo obras e evitando que nossa fé seja morta. A Oração Conjugal e CM 481

o Dever de sentar-se nos lembram

o sentido de comunidade. Jesus sempre formou comunidades onde esteve. Nenhum homem tem importância no reino de Deus vivendo isoladamente. Só se é um verdadeiro cristão vivendo e amando como cristão. O amor exige alguém para ser amado. Na conversa a dois, com Jesus interferindo e mediando, o amor cresce na forma de compreensão, solidariedade, amizade e mutualidade. A oração nos aproxima de Senhor, nos torna íntimos e constituímos uma cumplicidade a três. “... onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome aí estarei...” (Mt 18, 19-20). Quando estamos íntimos com o Senhor nosso Deus é impossível pecar. O Retiro se constitui em uma fonte de reabastecimento do amor, nos isolando um pouco do nosso dia a dia corrido e estressante, da sociedade individualista e do consumismo, dando-nos tempo melhor para refletir e relembrar que o amor continua ali, querendo nos encher para que transbordemos para o mundo na forma de luz, sal e fermento (Mt 5, 13 e Mt 13, 33). Queridos irmãos, viram como é fácil ser santo? Basta sermos fiéis a metodologia, ao Carisma e à Mística da ENS, e amar muito. Não se preocupem com sua própria felicidade, pois isto não é uma característica do amor. Deixe que seu cônjuge o(a) ame e cuide de sua felicidade. Seu dever é amá-lo(a) e cuidar da felicidade dele(a). Desta forma, o amor mais perfeito tomará conta do lar a serviço da santidade do casal.  Fatinha e Homero Eq.01A - N. S. das Neves João Pessoa-PB 13


Pastoral Familiar

O ESPÍRITO SANTO E A FAMÍLIA

Na Carta aos Hebreus 1,1s, o autor sagrado escreve: “Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora aos Pais pelos profetas; agora que são os últimos, falou-nos por meio de seu Filho...”. Com este trecho quero mostrar a importância da família real que é um homem, uma mulher e os filhos. A família teve momentos em que o homem era o senhor e que a mulher e os filhos deveriam ser submissos a ele. Deus nunca instruiu assim, os homens interpretaram a Lei de Deus segundo seus interesses. Vejam o exemplo da família de Nazaré: Jesus, Maria e José. A submissão a eles era para mostrar o valor de uma educação comprometida Lc 2,51. Antes deste acontecimento a família biológica de Jesus teve uma história Mt 1;2; Lc 1,2; Lc 3, 23 - 38. A preocupação 14

de José era grande em defender sua família da morte, foge para o Egito Mt 2,14. Logo após a calmaria desta tempestade, José toma o menino e sua mãe e volta do Egito Mt 2, 21. Jesus aos doze anos fica em Jerusalém, na volta, seus pais notam a falta dele. A família volta para apanhá-lo Lc 2,41-52. Era uma preocupação de verdadeiros pais. A vida de Jesus sempre foi no seio de uma família. No meio de seus discípulos, Mc 1, 16-20; Mt 4,12-22; Lc 4, 14s; 5-11. Sempre no meio da comunidade, curando, libertando, dando de comer a multidão, restituindo a vida aos mortos; todos os quatro Evangelhos nos mostram a ação de Jesus no meio dos necessitados. Temos que ler. No horto, aos pés da cruz Jo 9, 25-27, na ressureição, na ascensão, na vinda do Espírito Santo, em Pentecostes At 2,s. E hoje, no seio da família, Ele quer estar, mas nós não deixamos em nosso meio e vejam o que esta acontecendo, as desuniões familiares, as famílias se acabando e tantos convites que recebemos para não tê-Lo no meio. C o m o s e di z : o di a b o nã o tem família, por isso quer acabar com elas. Davi lutou com Golias e venceu (1ª Sm 17, 48-51), nós também se lutarmos sairemos vencedores, porque Jesus está em nosso meio.  Pe. Antonio Carlos Golfetti SCE da Eq.09A - N. S. Aparecida Londrina-PR CM 481


FAMÍLIA, LUGAR DE ENCONTRO Uma família se fortalece nas experiências de encontro que são feitas durante toda uma história. Sabemos que a família nasce do encontro de diferentes e se constrói no amor e na acolhida do outro. Para se chegar ao encontro é preciso abrir os olhos para os desencontros que também acontecem na família. Ao reler a passagem dos discípulos de Emaús (Lucas 24, 13-35),vemos muitos casais que caminham tristes e desesperançosos, vivendo sem alento, ficando como que cegos. Eles não reconhecem a presença de Cristo ao seu lado como companheiro da estrada e não são capazes de reconhecê-lo no caminho, nas pessoas que estão ao seu lado, não se permitem fazer o encontro com o Ressuscitado. No relacionamento do Cristo que caminha conosco é possível acolher o outro, como sinal de um caminho de transformação de realidades tristes e conflitantes em um caminho de encontro com a esperança. A abertura da família ao outro e ao diferente é sinal de um autêntico encontro com Cristo, que nos transforma e nos enche de significado, nos faz viver e testemunhar o amor. Assim, o casal e, consequentemente a família são abençoados e se tornam um ponto de encontro, união e segurança para toda a sociedade. Em família somos fortalecidos, capazes de superar as dificuldades e nos firmarmos na tarefa de construir e viver a fraternidade fundada no Amor. É no seio da família que o ser humano aprende a ser mais humano. A experiência da convivência, do perdão, da partilha, da correção fraterna, das alegrias e tristezas vividas em família formam um ambiente privilegiado e insubstituível do encontro abençoado por Deus. Como os discípulos de Emaús, nossas famílias carecem de uma experiência profunda e transformadora com o Ressuscitado e de uma retomada da vida em comunidade, que também é lugar do encontro e da partilha. Que nossos casais equipistas possam viver a experiência do encontro na vida fraterna, no amor, na unidade, no diálogo e na fé partilhada em família. Que essa experiência possa enriquecer a comunidade paroquial e fortalecer a celebração da família como espaço de encontro.  Pe. Claudinei Souza da Silva SCE do Setor B Londrina-PR CM 481

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Vida no Movimento

PROVÍNCIA NORTE

EACRE OBRIGADO, SENHOR! Como poderíamos imaginar que as ENS, um Movimento tão bonito, voltado para a espiritualidade de casais, poderia chegar até nós, em Maués-AM, no coração da Amazônia, pulmão do mundo. Muito nos alegra fazer parte das ENS, ao qual pertencemos desde que casamos em 2007. No início, quando nos foi confiada a missão de CRS, tivemos medo de não sermos perseverantes, mas nos veio à mente a canção do Pe. Zezinho: se ouvires a voz do vento, a decisão é sua. Era o Senhor que nos chamava. A insegurança e a incerteza da aceitação dos casais nos acompanhavam, tínhamos dúvidas da reação das equipes, sobretudo das mais antigas, por sermos um casal jovem - ambos com 24 anos - e membros da Eq.07 - N. S. Rainha da Paz, a mais nova de um Setor com quatorze anos de caminhada. 16

O Senhor já havia preparado tudo! Fomos bem acolhidos por todos. O EACRE-2013 foi em Maués, naquele evento acolhemos casais dos Setores de Itacoatiara e Parintins. Este ano, nós que fomos acolhidos por Parintins. A preparação espiritual e financeira para irmos, não foi fácil. A logística de locomoção em nossa região, muitas vezes, é mais cara que viajar ao exterior. Decidimos que, de um jeito ou de outro, todos iríamos participar. Arregaçamos as mangas e colocamos a mão na massa pelo Reino: fizemos venda de refeições aos domingos e participamos da feirinha da pechincha com a venda de roupas doadas pelos próprios equipistas. Esses dois serviços nos proporcionaram as passagens para todos os treze casais de nosso Colegiado e para o SCE. Foram dez horas de viagem de barco, cortando rios da querida Amazônia. No Encontro, CM 481


revimos amigos, conhecemos novas pessoas e, pasmem, estava lá o Pe. Miguel Batista, SCE da SuperRegião. Foi muito bom ouví-lo e aprender mais, muito mais. O Espírito Santo nos dava mais ânimo, minorando o cansaço da viagem, e nós ajudávamos um pouco partilhando pó de Guaraná. À noite na convivência estávamos recuperados: dançamos, cantamos e nos divertimos de forma cristã e fraterna. O coração apertou na hora da despedida; estávamos diante de Fátima e Canêjo que, por sua vez, se despediam da missão de CRP conosco e eles foram muito impor-

tantes na nossa caminhada. O EACRE nos deixou a lição de que não estamos sós, Nossa Senhora colocou em nossas vidas casais que fazem parte do nosso Colegiado, determinados e fiéis ao Movimento. Sabemos que não estamos sós, porque temos a companhia dos SCE, CRP, CRR e dos casais de nosso Setor e dos Setores vizinhos, além dos casais do mundo inteiro quando nos encontramos juntos em oração.  Natália e Josimar CR do Setor Maués Maués-AM

ACEITAR A CAMINHADA COM AMOR Nos dias 14 a 16 de março de 2014, realizou-se o EACRE dos Setores A, B e Jurutir pertencentes a RN III, de Santarém-PA, no Seminário São Pio X. O Tema que norteou o Evento foi: Ousar o Evangelho, Acolher e cuidar dos homens. Muitos casais estavam participando pela primeira vez e,

nós, éramos um deles, a expectativa era muito grande. O Encontro foi marcado pelo exem p l o de di s poni b i l i da de , hospitalidade e dedicação. Muitos casais além de participantes do EACRE foram também hospedeiros, abriram as portas de seus lares e receberam com amor seus irmãos equipistas. Durante o Encontro pudemos observar a alegria de

CM 481

17


todos de estar ali, juntos, louvando a Deus, trocando experiências e o melhor, recebendo, com as graças de Deus, conhecimentos importantíssimos para o nosso crescimento como cristãos e Responsáveis de Equipes. As palestras ocorreram no auditório do Seminário e o nosso CRP foi incansável, durante as abordagens dos temas. Em alguns momentos sorria e em outros se emocionava. E lógico nós também junto com eles. Foram momentos de muita força espiritual, doação, emoção e de Paz. Sentimos um pouco de medo quando fomos escolhidos para ser CRE, mas, podemos observar que, tudo se dá pela falta de conhecimento sobre os documentos do Movimento. Essa insegurança se transformou em vontade de sermos melhores, de fazer e de dar o máximo para nossa equipe de base. E o mais importante e maravilhoso é, saber que todos os casais que formam uma equipe, também são responsáveis. Pois, uma equipe só existe, porque todos nós cuidamos uns dos outros e, que podemos ter uma única certeza: Deus

estará sempre do nosso lado nesta caminhada. Um dos objetivos do EACRE é animar os casais para assumir sua responsabilidade. Mas com certeza esse Encontro nos proporcionou muito mais, contribuiu para que aprendêssemos a viver em comunhão com os nossos irmãos, sermos pais mais compreensivos com nossos filhos, perdoar as desavenças, pedir perdão e principalmente, dizer um sim a Deus para caminharmos segundo Seus mandamentos. Ficamos muito felizes por termos participado do EACRE deste ano, em nossa cidade, e o quanto de bom nos proporcionou para o desempenho de nossa missão. A única certeza que temos é de agradecer a Deus pelas bênçãos adquiridas neste Encontro e pedir a todos que digam sim às missões dentro do Movimento. Encorajem seus irmãos a viverem a mística do Movimento e acreditem que, com a Graça de Deus, todos possam aceitar a caminhada com amor.  Janete e Alberto Eq.12-B - N. S. de Nazaré Santarém-PA

PROVÍNCIA NORDESTE EEN - ARAPIRACA Como traduzir o que vivenciamos nesse Encontro? Por mais que quiséssemos, não seríamos capazes de transformar em palavras o que o nosso coração sentiu. Desde o momento da acolhida, passando pelas explanações dos casais formadores, os momentos de reflexão 18

em equipes mistas, os momentos de descontração, a celebração eucarística, presidida pelo SCE, Pe. José Neto. Foram momentos repletos do Espírito Santo! Refletimos sobre que tipo de cristão e equipista somos: aquele que só pede e na hora de servir coloca barreiras à frente ou aquele que, mesmo não CM 481


sabendo, faz a diferença para os outros e para Deus? Pertencer às ENS é ter vocação para ser equipista. Sabemos que o Movimento nos exige doação, abnegação e amor e, se nos comprometemos com ele devemos nos dedicar tal qual Cristo se dedica à Igreja e a nós. Não somos obrigados a nada, mas quando existe amor verdadeiro a obrigação se transforma em doação e compromisso. Ser equipista de reunião é fácil, o difícil é ser o “sal”. Dedicarse ao Movimento de peito aberto, sem se questionar pelo que está deixando para trás, e sim, vislumbrando as conquistas que vêm à frente. Não é fácil vencer as barreiras do dia a dia para estarmos juntos. Mas ninguém disse que seria fácil! Ser cristão não é fácil, é uma vida de renúncia e entrega constante, buscando seguir os passos de Jesus, de forma verdadeira, entendendo que pertencer às ENS, é pertencer a uma família, e como tal, é preciso amar, cuidar e dedicar-se a ela. CM 481

Havia casais enfrentando muitas dificuldades para estarem ali, e mesmo assim não desistiram. Esses são a prova viva de que o amor a Deus sustenta. Que exemplo maravilhoso essas pessoas nos proporcionaram, fazendo-nos ver que tudo o que fazemos ainda é muito pouco, comparado ao que podemos fazer por amor a Deus. Não podemos deixar de pedir a Deus pela Equipe Formadora, os casais da Região Alagoas e dos Setores A e B de Arapiraca, que se entregaram de forma humilde, solidária e alegre, como instrumento de proclamação das maravilhas de Deus no matrimônio. Saibam que o exemplo que tiramos de momentos como esses, só faz reacender cada vez mais forte em nós a certeza de que o amor e a vontade de viver a fé, vence qualquer dificuldade por maior que pareça. Devemos aprender a dizer Sim a Deus, sem nos preocuparmos com o que virá, apenas amar e seguir em frente. Todos nós saímos dali com uma certeza maior do sentido de pertença às Equipes de Nossa 19


Senhora e, ao nos comprometermos, assumimos as ENS com absoluto conhecimento do carisma, mística e pedagogia do Movimento. 

Polly e Felipe Eq.20A - N. S. das Graças Arapiraca-AL

PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

EEN - ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS Realizou-se nos dias 26 e 27 de outubro de 2013 no Instituto da Pastoral Diocesana - IPAD, em Dourados-MS, o II EEN na Província Centro-Oeste, Região MS, com a participação de trinta e sete (37) casais de diversas cidades da nossa Região. Percebemos que os casais vieram com grande expectativa para participar do Encontro, pois não tinham o entendimento de como seria e nem os assuntos a serem abordados. O Encontro desenvolveu-se de forma alegre e descontraída e, à medida que a programação avançava, notava-se o interesse e o brilho nos olhos dos casais. Cada informação dava-lhes a compreender o quanto Deus os 20

ama, por permitir-lhes que ali estivessem, buscando entender melhor o carisma, a mística, a origem, o histórico e a pedagogia do Movimento, com o propósito de melhor viver o sacramento do Matrimônio. Foram momentos fortes de formação e de oração. Os formadores transmitiram com entusiasmo e de maneira clara, através de dinâmicas, palestras e grupos de estudo os conteúdos da formação, que contribuíram muito para o crescimento espiritual dos novos casais, aprofundando o entendimento de que nos reunimos em nome de Jesus Cristo, de que a equipe é uma pequena Igreja, que propõe ao casal caminhar rumo à santidade. Cada grupo apresentou a sua conclusão em plenário, oportunidade em que notamos a partilha, a CM 481


troca de experiências e o interesse dos novos casais em conhecer melhor o Movimento. Contamos com a colaboração e participação do Casal Regional, dos CRSs, CPs (na celebração do compromisso) e da Ir. Marlene que conduziu a celebração de abertura, e a quem agradecemos pela sua acolhida carinhosa e alegria em servir ao Movimento. O Encontro encerrou com a

Celebração Eucarística e o Envio presididas pelo Pe. Vilmo - SCE da nossa Região. Foi marcante ver os novos casais se comprometerem, solenemente, em observar com lealdade os Estatutos do Movimento. Certamente teremos equipistas mais conscientes do que são as Equipes de Nossa Senhora.  Maria Augusta e Waldir Eq.01A - N. S. do Perpétuo Socorro Campo Grande-MS

O que é EEN A Pilotagem de uma equipe é composta por duas fases: a primeira é baseada no estudo dos 10 Cadernos de Pilotagem e é acompanhada por um Casal Piloto; a segunda, na realização do Encontro de Equipes Novas (EEN). Este EEN realiza-se durante um fim de semana. É o fim do percurso no processo de formação inicial das Equipes de Nossa Senhora. O EEN é um tempo de diálogo e de partilha em casal e entre casais. É também um tempo de síntese que permite recapitular as descobertas feitas ao longo da pilotagem, nas reuniões de equipe. É uma etapa importante para a nova equipe, porque lhe permite tomar uma maior consciência da sua pequena comunidade e da comunidade de Equipes, que é o Movimento que está a seu serviço. O EEN destina-se preferencialmente a Equipes completas que tenham terminado a primeira fase da Pilotagem. Podem também nele participar casais que entraram em Equipes já existentes. Esta formação é composta por quatro módulos, e tem como objetivos principais: • Proporcionar o encontro com outras Equipes a metodologia do Movimento • Celebrar o compromisso do casal e da Equipe para fortalecer a unidade do Movimento • Festejar o acolhimento das novas Equipes (EEN Equipe de Formadores

CM 481

- Manual p. 5) 21


Raízes do Movimento

UMA VIGA MESTRA Desde que há homens sobre a terra, nós os vemos se associarem toda vez que, isolados, não podem atingir um fim. Unem-se os homens para construir um barco e ir pescar, para edificar suas casas, para proteger sua cidade; fundam sindicatos para defender seus interesses... É esta uma lei essencial da natureza humana. E a união é tanto mais alta e tem tanto mais valor quanto mais elevado for o seu fim. Associar-se porque não se poderia atingir, isolados, a perfeição preconizada por Cristo: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”, é o mais alto objetivo que possa levar os homens a se unirem. É com este fim que os beneditinos se unem e fundam um mosteiro. É por causa disto que os religiosos optam por uma vida comunitária. É com este fim que o homem e a mulher cristãos se unem pelo sacramento do Matrimônio – pelo menos assim o deveria ser (boa pergunta para ser feita no “Dever de Sentar-se” a fim de verificar se a vida do nosso lar é verdadeiramente cristã: nossa primeira preocupação é de nos auxiliarmos mutuamente a atingir a perfeição cristã?). É com este mesmo fim de procurarem juntos as exigências de um cristianismo verdadeiro e integral e de se auxiliarem mutuamente a cumpri-las o mais rapidamente possível, que casais se agrupam 22

em Equipes de Nossa Senhora. Aquele que nela entra sem esta orientação para a perfeição e este desejo de auxílio espiritual, não tarda a se sentir deslocado, pois tudo, nas Equipes, supõe e exige esta orientação e esta ajuda. Fundar uma Equipe, jogar o jogo honestamente, é a primeira maneira - e bem eficaz - de praticar o auxílio fraterno; uma Equipe que vai bem é um socorro inapreciável para cada um de seus membros. Mas prestai atenção à frase: “jogar o jogo honestamente”. “Trapacear é trair os coequipistas.” Há, na Equipe, uma segunda forma de auxílio mútuo e não menos importante. Não é suficiente procurarmos juntos, a fim de pormos em prática, os pensamentos e a vontade de Deus que servem para todos os homens; é preciso, também, ajudar a cada um a descobrir e a realizar os desígnios de Deus, que lhes concernem pessoalmente, na linha de sua própria vocação: este homem pergunta se deve aceitar o mandato político que lhe é oferecido; um casal estéril indaga se deve adotar uma criança abandonada; aquele, sem grande sucesso, se exercita na meditação; este outro, que acaba de perder um filho está a ponto de se revoltar... Mas é evidente que esta forma de ajuda mútua exige que cada um dos equipistas tenha o espírito do “pôr em comum” sobre o qual, tão amiúde, chama-nos a CM 481


vossa atenção. Já que a lei do auxílio mútuo é no nosso Movimento, uma viga mestra (...), eu vos peço insistentemente que vos interrogueis, juntos, sobre o lugar e a qualidade deste auxílio na vossa equipe. Mas que cada membro da

Equipe faça também um exame de consciência pessoal. Entre cristãos, ter a pretensão de se amar e não se ajudar mutuamente, é mais do que uma mentira, é uma impostura.  Henri Caffarel

Eis aqui algumas sugestões para guiar as vossas reflexões: - Será que eu desejo verdadeiramente que cada um dos meus coequipistas descubra os desígnios de Deus sobre ele e corresponda generosamente a eles?

- Quando eu posso ajudá-lo nesta descoberta e nesta resposta, será que eu lhe dou, com desvelo, o meu auxílio? - Será que eu me esforço para adivinhar as necessidades de cada um e de atendê-las na medida do possível? - Muitas vezes um pequeno serviço pode causar um grande efeito espiritual: ficar com os filhos deste casal em dificuldade, a fim de permitir que o marido e a mulher saiam juntos por três dias o que não lhes foi possível fazer desde que se casaram há sete anos... - O que sou eu capaz de oferecer a Deus por estes irmãos que Ele chamou a uma vida cristã mais perfeita? - Tenho eu a simplicidade de pedir auxílio dos outros? Isto constitui um excelente meio de ajudá-los, encorajando-os, a pedirem também eles, e oferecendolhes a ocasião de praticarem a dedicação fraterna.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2013 Equipes de Nossa Senhora

Queridos irmãos Apresentamos as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e as Notas explicativas, para o devido conhecimento dos equipistas do Brasil. Um fraterno abraço. Secretaria e Tesouraria

BALANÇO PATRIMONIAL (em R$)

31.12.13

31.12.12

31.12.11

ATIVO Circulante

3.345.654

Circulante- XI Enc. Internacional Circulante- III Enc. Nacional Não Circulante

152.012

2.316.653 619.173

558.255

Total Ativo

26.924

3.241.863

955.872

20.888

27.612

4.886.705

3.414.763

2.963.438

PASSIVO Circulante

90.226

67.807

44.935

Provisões Outras Obrigações - Encontros Patrimônio Líquido Total Passivo

585.179

152.012

619.173

4.211.300

3.194.944

2.299.329

4.886.705

3.414.763

2.963.438

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO (em R$) RECEITAS Contribuições

2.961.665

2.711.413

2.491.239

Receitas Diversas

325.130

299.372

254.615

Receitas Financeiras

236.013

186.621

165.546

3.522.808

3.197.407

Total das Receitas

2.911.400

DESPESAS Despesas com Encontros

906.480

768.794

672.526

Carta Mensal e Despesas Postais

792.310

894.375

683.415

Desp.c/Adm.Equipes

148.168

145.908

37.565

Despesas com Pessoal

237.289

218.922

230.701

Despesas Gerais

422.112

331.936

392.620

2.506.459

2.359.935

2.016.826

Total das Despesas


31.12.13

31.12.12

1.016.350

837.472

31.12.11

RESULTADO Resultado do Exercício Fundo Patrimonial RESULTADO ACUMULADO

894.574

3.136.801

2.299.329

1.404.755

4.153.150

3.136.800

2.299.329

NOTAS EXPLICATIVAS Exercício 2013

1. Ativo

4. Despesas

1.1 –

4.1 –

No ativo circulante está incluído o valor de R$ 26.924,00 referente ao saldo do XI Encontro Internacional e o valor de R$ 558.225,00 correspondente ao saldo recebido até 31/12/2013 do III Encontro Nacional.

1.2

– No ativo não circulante está incluído o valor de R$ 950.000,00 referente à aquisição da sede própria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil.

2. Passivo 2.1 – No passivo circulante está registrado o valor de R$ 26.924,00 referente ao saldo do XI Encontro Internacional e o valor de R$ 558.225,00 correspondente ao saldo recebido até 31/12/2013 do III Encontro Nacional.

3. Receitas 3.1 – As contribuições espontâneas no ano de 2013 totalizaram R$ 2.961.665,00, o que representa um aumento de 9,23% em relação ao ano de 2012.

3.2 – Na rubrica “Receitas Diversas” está registrado o valor R$ 325.130,00 relativo ao ressarcimento de livros e documentos do Movimento, ressarcimento de despesas e outras contribuições.

3.3

– Na rubrica “Receitas Financeiras” está registrado o valor de R$ 236.013,00 referente ao valor bruto auferido com aplicações financeiras.

No ano de 2013 houve um crescimento no total das despesas do Movimento de apenas 6,02%.

4.2 – Na rubrica “Despesas com Encontros” estão registradas todas as despesas com Colegiado Nacional, Encontros Provinciais, Colegiados Provinciais, reuniões da equipe da SuperRegião e as Sessões de Formação, bem como todas as despesas de transportes relacionadas a estes eventos

4.3 – Na rubrica “Despesas com Pessoal” estão incluídos os gastos com os funcionários do Secretariado, salários, encargos e benefícios, bem como todos os serviços de terceiros com os respectivos encargos.

4.4 – A rubrica “Despesas Gerais” corresponde aos gastos gerais, como a edição de livros, impressos e documentos do Movimento, despesas bancárias e financeiras, despesas de custeio do Secretariado, Projeto Vocacional e outros gastos administrativos.O crescimento dessa despesa se deu em decorrência do aumento considerável na impressão de novos livros e documentos que passou de R$ 84.053,98 em 2012 para R$ 180.286,50 em 2013. Valores que serão ressarcidos pelos equipistas quando da aquisição desses livros e documentos.

4.5

– O total das despesas com a Carta Mensal, Encontros e impressos somaram R$ 1.879.026,00, o que representa 75% das despesas, demonstrando a priorização na aplicação dos recursos em formação.


Testemunho

BUSCAR CAMINHOS Após casar-me, repleta de sonhos e feliz, cheguei em Pindamonhangaba em 1961, antes eu morava no Rio de Janeiro. Foi um mundo novo! Sotaque, cultura, linguagem; só o amor da Mãe Santíssima, que não imaginava tão grande, era igual. Em 1967, recebemos o chamado para as ENS. Tanto eu, quanto Noberto, demos o sim, mas não tínhamos a ideia do quanto seria vital para nós! A primeira reunião foi na nossa casa, aconteceu sem que imaginássemos o que era o Movimento. Mas, na época, nossa vida familiar era muito trabalhosa e complicada, e isso nos levava a buscar caminhos tentando ser felizes, não sabíamos porque, mas as ENS era ele. Nosso primeiro filho nasceu em 1962, com paralisia cerebral grave era dependente total dos nossos cuidados. Em 1964 Deus nos deu o nosso segundo filho e em 1967 o terceiro completando nossa felicidade! O tempo nos mostrou porque as ENS: veio a afinidade com os casais e fomos presenteados com a Ajuda Mútua, que minimizou nossos problemas. Mesmo com tantos afazeres domésticos conseguíamos cumprir os meios de aperfeiçoamento (PCE) e colaborar com a unidade da equipe. Isso era uma graça da Mãe! Lendo e recebendo orientações do Movimento, crescemos como casal equipista, que resvalou para o enriquecimento das nossas orações familiar e Conjugal e para o serviço pastoral. Fomos CRE muitas vezes. Na paróquia implantamos o curso 26

de noivos e preparação para o batismo. Darmos palestras juntos, foi graça e amor de Deus! Um parêntese: Duas vezes recebemos D. Nancy Moncau em nossa casa! Querem alegria maior? Ela era a simplicidade e a fé. O amor com que nos envolveu, guardamos na memória até hoje. Sua imagem acolhedora, sempre com muitos agradecimentos por tão pouco que fizemos, crescia nossa vontade de tê-la. Voltando: Final de 1982 nosso filho mais velho voltou ao Pai, Maria se fez presente ao recebermos a visita do nosso antigo e querido SCE, Pe. Luiz Mancilha, hoje arcebispo de Vitoria no ES. Ele disse: hoje é sábado, foi Maria quem veio buscar o filho de vocês! Início de 2001, aos 40 anos de casados, Noberto foi ao encontro do filho e do Pai! Seus exemplos continuam embasando a minha vida e Santo Agostinho me conforta: Eu não estou longe, apenas do outro lado do caminho... Deixo, para reflexão, uma pérola de Pe. Caffarel: O teu amor sem exigência me diminui, a tua exigência sem amor me revolta, o teu amor exigente me engrandece! Há 46 anos nas ENS, agradeço e rogo a Deus: Senhor, fazei que o meu afastamento do campo de trabalho seja tão simples e natural como um sereno, luminoso e feliz por do sol!  Adelaide, do Noberto (in memoriam) Eq.01- N. S. do Bom Sucesso Pindamonhangaba-SP CM 481


UMA MARAVILHOSA EXPERIÊNCIA Difícil de esquecer a sensação que nós passamos quando fomos escolhidos para sermos Casal Responsável de Equipe, pela primeira vez, já que é uma grande incumbência, porém, ao mesmo tempo em que sentíamos essas responsabilidades estávamos crescendo como casal e como equipistas. Estarmos com Cristo, sendo abençoados pelas mãos da nossa protetora Maria, nas orações e na Eucaristia, fazia com que essa responsabilidade nos ocasionasse uma paz de espírito, e nos guiava pelo caminho certo, nos transformava no casal mais feliz do mundo, onde o amor de Deus brotava a cada passo que dávamos rumo ao engajamento da equipe. Um dia partimos rumo ao desconhecido, o EACRE, cheios de angústias, medos, ansiosos, mas crendo nas providencias do divino; e como Deus é maravilhoso, foi a experiência mais marcante de nossas vidas, algo inexplicável com palavras, algo que transbordava de dentro de nossos corações e nos fazia pensar e repensar nossas metas como casal, nossa caminhada como equipista e nossa responsabilidade como Casal Responsável de Equipe; conhecendo novos casais, trocando experiências e vivenciando a partilha. O EACRE foi simples, animado, profundo, e mexeu muito com nossos sentimentos, fazendo com que nossas forças redobrassem. Aconteceu com muita oração, informações, orientações, animação e reflexão, onde a descontração não faltou. Iniciamos com uma belíssima Missa para nos abastecer do amor de Deus. No decorrer do evento, fomos motivados de tal forma que estamos contagiados pelo espírito de amor, de paz, de animação, de motivação, de serenidade e oração, enfim de coragem de caminhar rumo a Jesus Cristo com nossa equipe, e procurarmos dar testemunho para outros casais, o quão é valioso fazer parte das Equipes de Nossa Senhora. Claro que teremos que enfrentar obstáculos, barreiras, esforços e dificuldades, mas com oração e fé venceremos e nos tornaremos um casal verdadeiro em busca da espiritualidade conjugal. Assim, portanto, animados e cheios de entusiasmo voltamos do EACRE com o propósito de plantar essa sementinha em novos casais.  Priscila e Fernando Eq.14 - N. S. de Lourdes Santo Antonio da Patrulha-RS CM 481

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ACIMA DE TUDO O AMOR Acabo de ler um livro que c on ta a histó r ia d o H o sp it a l do Câncer de Barretos. De alguns metros quadrados de construção, seu gestor atual o fez pular para 107.000m2 de área construída, com inúmeros pavilhões totalmente aparelhados para atender a todos, sem distinção ou discriminação de qualquer natureza, com amor, competência e rapidez. Foram anos de lutas inimagináveis, que o gestor realizou com sucesso, viajando pelo mundo inteiro e conseguindo doações sempre volumosas. E tudo o que fez, fez sempre buscando o melhor para atender ao que ele considera ser o chamado de Deus para concretizar a sua fé; porque sabe que amar o próximo é fazer algo por ele e que é na ação que a fé se realiza.. Não posso deixar de citar o nome do livro e do autor, porque ele precisa ser lido e imitado por todos os cristãos, especialmente pelos equipistas: Acima de tudo o Amor, de Henrique Prata. Cada palmo de construção do Hospital, cada aparelho, cada membro, tudo, tudo foi conseguido como fruto de um gigantesco esforço pessoal e comunitário. E eu fiquei pensando nos nossos PCE. Não são tarefas que devemos realizar, são bênçãos de Deus que devemos saborear diariamente, para podermos construir nossas famílias como Deus quer, com amor, ternura, abnegação. O fruto disso? A felicidade, a paz 28

consigo mesmo, com os irmãos e com Deus; a realização da fé. Da leitura do livro surgiu, para mim, com uma clareza nunca vista, que é realizando o nosso trabalho, da melhor forma possível, a nossa profissão, os nossos negócios, fazendo o que nos cabe fazer com a máxima competência, para obter sempre e em todas as circunstâncias o melhor para os outros e não para nós próprios, para o nosso enriquecimento. Este virá naturalmente, mas apenas como consequência do serviço prestado aos irmãos e a Deus, pois é nos irmãos que servimos a Deus, e é no trabalho que servimos aos irmãos. É a fé com obras. Que exemplo fabuloso de fé nos dá o autor com sua vida! É de se perguntar: qual trabalho? Como profissional, seja qual for a profissão: doméstica, professor, promotor, juiz, gari, sapateiro, vaqueiro, fazendeiro, peão etc... Qualquer serviço que atinja diretamente os irmãos, possibilitando-lhes mais saúde, mais qualidade de vida, mais alegria de viver, com certeza, é um serviço que salva. Sejamos profissionais da salvação, dando sempre o melhor de nós e fazendo o nosso trabalho cada vez melhor, vivendo cada vez mais e melhor os nossos Pontos Concretos de Esforço.  Cida e Hélis Eq.06A - N. S. do Carmo Ituiutaba-MG CM 481


CARTA MENSAL - OPORTUNIDADE PARA PARTLHAR E COMPARTILHAR Ao terminar a leitura prazerosa da Carta Mensal como de costume fazemos juntos, vem à nossa mente uma pergunta: será que todos os Equipistas a leem como nós? Daí nasceu esta reflexão: imaginem-se folheando a Carta Mensal sem ler cuidadosamente o editorial, informações e testemunhos nela contidos, deixando-a em cima do móvel mais próximo e lá ficar até que alguém venha arrumar a casa e a coloque em qualquer lugar como algo descartável e só lembra desta importante ferramenta de formação e informação, quando um irmão de Equipe comenta: você leu que linda reflexão: Quem quer o fim põe os meios? Não lendo, perco a oportunidade de partilhar e compartilhar, e ainda de desfrutar de uma ferramenta de fundamental importância para meu crescimento espiritual, conjugal e familiar, isto porque a bandeira Testemunho vem repleta de contribuições de nossos irmãos equipistas de diferentes regiões espalhadas pelo Brasil afora, que têm como objetivo o auxílio mutuo, que nos ajudam e animam para a vivência dos PCE, de nos abrirmos com entusiasmo à palavra de Deus. “Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também: que a luz de vocês CM 481

brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu. (Mateus 5,15-16).” Deixo passar a oportunidade de me formar e de conhecer melhor nosso Movimento, quais suas orientações e o que acontece em nossa Super-Região Brasil, uma vez que além de ser a Carta Mensal um meio de circulação da seiva do Movimento nos diversos modos de ligação, é o veículo pelo qual forma e informa todos os equipistas de maneira a manter a unidade do Movimento, chegando a todos no mesmo formato e conteúdo. Portanto irmãos, deem à CM o lugar de destaque que ela merece, não a leiam pela metade, leiam-na toda. Foi na página 30 da edição da CM.461 que tive acesso ao artigo: Espiritualidade Interesseira, do nosso fundador o Pe. Caffarel; ele nos alerta que não devemos levar em conta nossos próprios interesses, devemos nos preocupar em dar e não em receber. Lendo-a de forma integral temos a oportunidade de nos preparar melhor para “Ousar o evangelho”. Portanto: não folheiem a Carta Mensal! Leiam, formem-se e informem-se. Não a descartem, guardem-na com o mesmo carinho com que se guarda a carta de um filho distante!  Margarida e Modesto Eq.09H - N. S. da Confiança Fortaleza-CE 29


O MILAGRE DA VIDA - A ORAÇÃO Em outubro de 2012, como de costume, estávamos na casa do meu pai, em Conceição da Aparecida-MG. Exatamente no dia do seu aniversário, na hora do almoço, recebemos a visita de uma assistente social, a Carmelita. Ela foi nos pedir ajuda, para conseguirmos um abrigo, para acolher Marcelo, um menino de 15 anos que estava com dificuldades, devido a situação em que se encontrava. Marcelo sofria de hepatite autoimune, precisava K, 1te de fígado e o Hospital Felício Rocho poderia realizá-lo, porém a única exigência do hospital era que ele residisse em Belo Horizonte, nossa cidade. Ouvi a história e fui conversar com Jura. Rapidamente acredito que, por obra do Espírito Santo, resolvemos acolhê-lo e a seu pai, em nossa casa. Sabíamos que seria uma empreitada e tanto, pois conseguir um fígado compatível com o dele poderia demorar meses. Na semana seguinte, recebemos os dois em nossa casa. Marcelo fez uma bateria de exames; nossa casa era a sala de espera; a qualquer momento poderíamos receber um para a cirurgia. Passaram-se dias! Nossa família, nossos pais, amigos e, inclusive, a nossa equipe, adotamos o Marcelo. Era uníssono o pedido a Deus pelo milagre: aparecer um doador compatível. Durante a espera, pai e filho passaram a fazer parte do nosso 30

dia a dia quase que integralmente, íamos a Igreja, passeávamos e participavam das nossas noite e de oração. No dia 15 de novembro, às sete horas da manhã, o telefone toca, era o hospital comunicando que podíamos levar o Marcelo. A cirurgia seria naquele dia – uma doadora de Itajubá-MG havia falecido e o seu fígado era compatível. À noite, a tão esperada cirurgia aconteceu, e com sucesso, pelas graças de Deus! Na noite do dia 14, a Noite de Oração da nossa equipe foi na nossa casa, eles participaram. No dia seguinte aconteceu tudo muito rápido; não temos dúvidas que o Senhor nos concedeu essa graça ouvindo nossas orações. Marcelo teve alta três dias depois. O período de convalescência foi na nossa casa. Eram necessários muitos cuidados com a higiene: quarto e banheiro separados, alimentação especial, remédios, idas e vindas ao hospital. Não poderíamos deixar de citar uma pessoa muito especial: o Sr. Ari, pai do Marcelo. Ele cuidou do filho em todos os momentos, incansavelmente. Dois meses depois, os dois, retornaram para Conceição da Aparecida.  Célia e Jura Eq.08A - N. S. da Luz Belo Horizonte-MG CM 481


O CHAMADO Num dado momento, alguém bate à nossa porta e adentra sem cerimônia. Um casal chega com sorriso nos lábios, para uma nobre missão. Apenas um convite, ao qual a nossa resposta poderia ser sim ou não... Na verdade não era um simples convite. Mais tarde compreenderíamos tratar-se de um chamado. Como esquecer aquele dia? Aquele casal? Impossível, pois consigo eles traziam uma mensagem que não se esquece. O que eles buscavam era para Deus, e o que eles traziam era sagrado. Embutido em seus corpos estava o próprio Jesus, que se revelou através do abraço fraterno que nos envolveu. Suas palavras soavam como música que nos encantavam. Então, mais uma vez estava estabelecido o elo entre Cristo e nós, os escolhidos!... Desta vez para habitar um dos pavimentos da bela mansão de seu Pai, este, denominado EQUIPES DE NOSSA SENHORA. Convite feito, convite aceito. Partimos então sem bagagem para esta nova morada. Que bela recepção! Foi-nos apresentada uma casa grande, onde muitos já habitavam,

mas havia espaço para tantos ainda... para todos que chegassem! E, nessa grande casa, foi reservado um dos cômodos que nos abrigaria. Encontramos à nossa disposição um espaço VIP, de vista privilegiada, com belas e confortáveis poltronas... porém, o acesso era de difícil acesso, pois nos foi reservado um espaço instalado no piso superior, e subir a escada era preciso... Uma escadaria de pelo menos setenta vezes sete degraus... A sala a nós reservada deu-se o nome de 14-A, onde as paredes estão revestidas do Divino Amor. Belos lustres decoram o ambiente, estes em forma de partilha e oração. E está aí o segredo: não deixar que se apaguem as luzes que iluminam a grande sala que nos abriga. Passear pelo jardim pode, pois assim se descobrem outros habitantes, e novas histórias. Mas, descobrir a nós mesmos, como pessoa, como casal e como equipe - eis o desafio! AMOR - é o que Cristo nos pede.  Marineusa e Edson Eq.14A - Mãe do Divino Amor. Votuporanga-SP

CAMADAS Frequentemente sentimos a presença de Deus, manifestada na criação, quando nos deparamos com um belo crepúsculo ou uma alvorada serena em meio à névoa rarefeita que se dissipa ao toque CM 481

dos primeiros raios, revelando toda a maravilha de uma paisagem marítima ou campestre, ou até mesmo urbana. Ou mesmo num dia chuvoso, ou quando observamos a beleza da fauna silvestre ou a beleza 31


de picos, quer verdes, plúmbeos ou alvos. Entretanto, estas não são as obras-primas de Deus, a grande criação de Deus é o ser humano. Então porque é tão difícil encontrar Deus no ser humano? Será que são os outros que não permitem que se veja a maravilha do Criador em seu seio? Ou é nossa a incapacidade de ver? Creio que seja necessário, para se vislumbrar a chispa divina no interior de cada indivíduo, se desfazer de certos filtros que cobrem o nosso “eu” como camadas numa cebola. Temos muitas camadas e enxergar através delas não é fácil. Também não é fácil removê-las e talvez, nesta vida, nem consigamos remover todas, mas às vezes temos tantas camadas e tão grossas que se torna impossível ver a chispa divina em nosso próprio interior, quanto mais no interior do próximo. Porém, de uma coisa estou certo, todos nós temos essa luz interior que, muitas vezes, está escondida pelas tais camadas, como uma lâmpada debaixo da vasilha. Creio que seja, por isso, ser tão difícil ver Deus na criação humana. Acredito que, para que possamos ver o Deus no outro, precisamos começar por remover as nossas próprias camadas. São as camadas da inveja, do ódio, da maledicência, da luxúria, do ciúme... Enfim, são tantas e tão espessas que não é de se admirar que sejamos tão “míopes”. Eu não sei como podemos removê-las, mas sei que podemos pedir essa graça a Deus e Ele no-la dará, pois a quem pede lhe será dado, quem procura, acha e a quem bate a porta lhe será aberta. (Mt 7, 8). 32

Logo, não preciso saber o como, só preciso pedir e desejar sinceramente removê-las e o milagre acontecerá! Mas é uma luta diária que sozinhos jamais venceremos. Contudo existem outras camadas, as camadas dos outros! Essas também precisam ser removidas para que possamos sentir a presença de Deus no outro. Por vezes o outro não consegue removêlas sozinho, precisa da nossa ajuda, mas comumente não estamos dispostos e empreender essa laboriosa jornada, por medo, ou por indiferença ou por comodismo, e deixamos que o outro permaneça lacrado em seu sarcófago grosso e pesado. Também não sei como podemos escavar essas camadas que, às vezes, parecem feitas de concreto e que escondem tão bem a luz de Deus que há em cada ser humano. Como o nosso, esse “concreto” é de vários tipos: inveja, mesquinhez, indiferença, individualismo hedonista etc. Mas sei que, se o fizermos, encontraremos um manancial de amor e ternura que o próprio Deus plantou em cada pessoa. Mas como faremos? Acredito que do mesmo modo que escavamos as nossas próprias camadas; pedindo a graça de saber fazê-lo. Com paciência, perdão, perseverança etc, poderemos, creio, alcançar essa chispa divina e finalmente auscultar a presença de Deus no íntimo de cada um tão facilmente como a vemos num crepúsculo ou numa alvorada.  Fernando (da Manoela) Eq. 08A - N. S. dos Anjos Piracicaba/Sta. Barbara D’Oeste-SP CM 481


SER OU NÃO SER... EQUIPISTA! Após um balanço na vida de casal equipista, no Setor, no Movimento em preparação para o ano de 2014, refletimos alguns pontos: ser equipista só por status social; ser equipista para ser destaque na minha Paróquia; ser equipista porque alguns amigos são; ser equipista só da minha equipe de base; ser equipista para agradar alguém; ser equipista desinteressado no que o Movimento pede; ser equipista só para dizer que é equipista. ou não ser equipista por falta de convite; não ser equipista por comodismo; não ser equipista por não gostar de reunião;, não ser equipista por não gostar de alguém; não ser equipista por não gostar do sacerdote. Caberiam, para reflexão, muitos outros pontos. A mística é a essência desse Movimento de Espiritualidade Conjugal, que é sábio em conteúdo, discernimento e ensinamentos para a vida matrimonial e familiar. A oração comum a todos equipistas, incluindo os PCE pela ação do Espírito Santo, só nos leva à

transformação de um ser mais justo e semelhante a Jesus Cristo, que é o centro do Movimento. O sim dado por cada um de nós, para fazer parte das Equipes de Nossa Senhora, é para sermos equipistas no amplo sentido do serviço, da doação, dos ensinamentos e do Testemunho. 

Antônia e Osman Eq.07 - N. S. do Rosário Caicó-RN CM 481

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O INÍCIO DE UMA CAMINHADA Hoje, quatro palavras nos mobilizam especialmente: Desafio e Serviço, Pastoreio, Aliança. Desafio e Serviço: Estamos assumindo um sério compromisso de absorver em profundidade e viver intensamente os ensinamentos de Jesus Cristo que por amor, um infinito amor, deu a vida por nós. Além disso, Maria é o grande exemplo do servir. Ela aceitou o desafio, aceitou ser a virgem mãe de Jesus. Isso também deve ser nossa inspiração. Pastoreio: Lembra o Bom Pastor que sai em busca de todas as suas ovelhas para tornar completo o rebanho. Nós somos ovelhas deste rebanho, mas Jesus também nos convida a pastorear, nos convida a sermos seus discípulos e a vivermos suas palavras. Então sejamos também pastores, bons pastores. Aliança: É o símbolo da união, do sacramento do Matrimônio. A partir do momento em que casamos, cada um de nós passa a assumir também a identidade de casal, passa a se dispor a caminhar juntos para sempre. Padre Carré, conforme documento das ENS, fala que o matrimônio nos dá a missão de sermos Companheiros da Eternidade. Viver em equipe, enquanto cristãos casados, tem-se a aspiração de caminhar em busca da Santidade. Ao fortalecermos o casal, 34

temos mais condições de formarmos uma família fundamentada no amor. E para que não desanimemos de viver como cristãos num mundo pagão e de valores deturpados, é que nos unimos em equipes. Sim, Equipes! Há uma teoria da Psicologia que diz que “o todo é mais que a soma das partes”. Então, todos, em equipe, somos um, somos mais fortes, somos uma pequena Igreja. Como Equipe Nova, equipe da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, estamos aqui para a celebração do nosso SIM. Fomos desafiados e aceitamos de todo o nosso coração estar a serviço de Deus, do outro, da Igreja e da sociedade, e, em aliança com Cristo, ajudá-lo na grande tarefa de pastorear. Desejamos agradecer aos casais que nos convidaram a experienciar este Movimento e aos que nele nos introduziram. E uma gratidão especial ao Casal Piloto pois foi incansável, paciente, tolerante, mas acima de tudo, entusiasta e transbordante de generosidade e amor. “Fica sempre um pouco de perfume, nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas...”  Maria Virgínia e Adriano Eq.07 - N. S. de Schoenstatt Caxias do Sul-RS CM 481


OUSAR O EVANGELHO ENS EM ALTO MAR Decidimos fazer uma viagem de navio da Europa para o Brasil. Já era a nossa terceira travessia; pois é uma viagem ideal para descansar. Convidamos e contamos com vários amigos, inclusive da nossa equipe. Todos os dias, às 18h, nós nos reuníamos e fazíamos a leitura da Palavra e a Meditação. Passados alguns dias, pensamos: quantas pessoas, neste navio, que não tem uma capela, gostariam de rezar também! Em outras travessias já havíamos vivenciado essa experiência, pois nossa equipe naquela ocasião estava quase completa e ainda contamos com a presença de outros queridos amigos equipistas. Os encontros para oração tinham sido ótimos, inclusive com a participação de funcionários do navio; e pasmem, nem todos eram católicos. Acatando as orientações do tema de 2014, decidimos ousar o Evangelho. Como o navio, habitualmente, fazia algumas paradas, numa dessas fomos numa excursão à Fátima com várias pessoas que viajavam conosco. Na volta, no ônibus, temos certeza de que o Espírito Santo nos inspirou, fizemos um convite para que viessem rezar e meditar a Palavra. Conseguimos reservar uma sala. No dia seguinte, para nossa alegria e surpresa, apareceram dez pessoas. Os dias passavam e a presença de componentes orantes aumentava. Já eram mais de trinta: uma graça de Deus! Começávamos sempre às 18 horas. Organizando melhor o momento, começamos a copiar a Liturgia Diária e introduzimos músicas para a preparação e colocar todos em clima de oração. Usamos os aparelhos de som do Sylvio com músicas bem escolhidas de Nossa Senhora. Eram hinos lindos! Tivemos momentos fortes de oração e foi uma experiência maravilhosa, pois percebemos o quanto as pessoas sentem necessidade da Palavra e então entendem muito bem a manifestação de Deus no meio de nós. Agradecemos à nossa querida Mãe pela graça alcançada naquele ambiente de férias e festas: várias pessoas em sintonia com o Pai.  Cecília e Sylvio Eq.08A - N. S. das Graças São Paulo-SP CM 481

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A ALEGRIA DE CORRESPONDER AO CHAMADO DE DEUS Ao longo de nossa caminhada de Igreja percebemos que somos vocacionados ao amor. Em todo chamado, há alguém que chama, alguém que responde e uma missão nos é dada. Assim, numa bela tarde recebemos um chamado de Deus para nós: ser Casal Coordenador de Experiência Comunitária. Prontamente, dissemos sim e uma alegria tomou conta de nosso coração e de nossa alma: poder servir a Deus e aos irmãos por meio do Movimento. Iniciamos a Experiência, confiando na proteção Divina e na ação do Espírito Santo; fomos apenas meros instrumentos de Deus, que lançou suas sementes; e muitos frutos já foram partilhados e muitos outros ainda virão a seu tempo. Nesta caminhada tivemos momentos árduos, em que nos

deparamos com nossas limitações, mas o Senhor, tomando-nos nos braços, mostrou-nos que basta a Sua graça. Contamos com a presença e acompanhamento de SCE, Pe. Rogério, pelo qual Cristo se fez presença real em nosso meio. Providencialmente, no dia da Imaculada Conceição, chegamos ao término da missão que nos foi confiada, que nos levou ao amadurecimento de nossa fé e de nossa espiritualidade conjugal. Fomos agraciados com pérolas preciosas, casais que, com suas particularidades nos ensinaram a amar mais. Ao Senhor de nossa vida e de nossa vocação matrimonial, o nosso eterno louvor!  Márcia e Girlan Eq.01 - N. S. Aparecida Uruaçu-GO

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Dia dos Namorados

DIA DE SÃO VALENTIM

O dia dos namorados e sua importância cristã A origem do dia dos namorados se revela para nós de forma obscura, sem que tenhamos a exata certeza do marco inicial dessa data comemorativa e dos motivos que ensejaram a sua criação. Alguns estudos já afirmaram que tal “festa” era celebrada muito antes do cristianismo, em rituais pagãos realizados no Império Romano. No entanto, a maior crença quanto a sua origem parte de relatos (ou crenças) diretamente ligados ao cristianismo católico. Poucos sabem, mas o dia dos namorados, com as datas e suas tradições do modo que vemos em todo mundo, foi originado de São Valentim, de modo que, em diversos países (a exemplo dos Estados Unidos), esse dia é chamado de Valentine’s CM 481

Day ou Dia de Valentim, bem como na Itália o San Valentino. Segundo a crença, Valentim teria sido um bispo que, contrariando ordens de um imperador romano para não mais celebrar casamentos, continuou a celebrar tais cerimônias às escondidas. Tendo sido descoberto por soldados do império, foi preso e, estando enclausurado, recebia diversas flores e cartas de casais apaixonados, que diziam ainda acreditar no amor. O bispo foi decapitado em 14 de fevereiro do ano 270, data em que passou a ser comemorado o Valentine’s Day. No Brasil essa data é celebrada em 12 de junho, dia que antecede o de Santo Antônio (13 de junho), que entre nós ganhou a fama de “santo 37


casamenteiro”, pois, em suas pregações religiosas, sempre destacou a importância do amor e do casamento. É certo que pouco se sabe sobre a história e a veracidade dos relatos acerca de São Valentim, tanto que seu aniversário deixou de ser celebrado pela Igreja Católica a partir de 1969, devido à ausência de dados e documentos que tenham relevante valor histórico e que possam fundamentar sua existência. Ainda assim, é inegável que as tradições e o espírito que originou este dia, nos moldes em que vemos atualmente, estão enraizados no nosso catolicismo. No entanto, muitas vezes, vemos serem deturpados os valores e as intenções presentes nas comemorações que são feitas entre os casais. Assim como no Natal, para muitos do mundo, o Dia dos Namorados é mais uma data voltada ao consumismo, em que a simples oferta de jantares e presentes são desacompanhadas

da verdadeira oferta que se deve fazer: a de si mesmo a Deus e ao outro. As cartas, as flores, os presentes, os bombons são símbolos materiais que, antes de tudo, precisam traduzir e demonstrar a verdadeira intenção dos corações apaixonados, qual seja a de reafirmarem, em seus relacionamentos, os valores cristãos que devem permear a relação, tais como o respeito, o afeto, a cumplicidade, a fidelidade, a castidade e tantos outros que, ao final, se resumem em um só: o Amor. Amor que em nós foi plantado pelo próprio Deus. Amor que É o próprio Deus. Que o dia dos namorados venha nos relembrar desse Amor e que venha reforçar em nós o desejo de termos um relacionamento cristão, cada dia mais entregue ao Nosso Senhor. Que seja sempre um triângulo amoroso: eu, você e Deus!  Emmanuel Chacon (filho de Jussara e Daniel) da Eq.03C-João Pessoa-PB

ORAÇÃO DOS NAMORADOS Santo Antônio, Tu que és o protetor dos namorados, olha para nós, para a nossa vida, para os nossos anseios. Defende-nos dos perigos, afasta de nós os fracassos, as desilusões, os desencantos. Faze com que sejamos realistas, confiantes, dignos e alegres. Que saibamos caminhar para o futuro e para a vida a dois com a vocação sagrada para formar uma família. Que nosso namoro seja feliz e com amor sem medidas. Que todos os namorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé. Amém! 38

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Ousar o Evangelho, acolhendo e cuidando dos homens, baseado nas atitudes do próprio Cristo. Aconteceu nos dias 28 a 30 de março, no Santuário de N. S. da Abadia, o Retiro anual das ENS dos Setores A e B de Ituiutaba-MG. Foram dias maravilhosos, iniciados na sexta-feira à noite, com a celebração da Santa Missa, às 19 horas, na Paróquia São Francisco de Assis, presidida por Dom Francisco Carlos, Bispo da Diocese de Ituiutaba. Tivemos a dádiva de ter como pregador o Pe. Luis Fabiano Reginato, que fez uma analogia do tema Ousar o Evangelho, acolhendo e cuidando dos homens, com as atitudes do próprio Cristo. Ponto a ponto, Padre Luiz fez as comparações trazendo para o nosso mundo equipista exemplos do nosso Senhor Jesus Cristo: 1º. Olhar (Lc 19, 1-10), Cuidar (Lc 10, 25-37) Olhar e Cuidar - Olhar como Zaqueu, que sendo um homem que provavelmente era detestado no contexto onde vivia, mas que ao ver Jesus, transforma-se e recebe de Cristo o convite, à conversão e aceita esse convite mudando de vida e atitudes. Cuidar como o samaritano cuidou daquele que estava caído pelo caminho e que o fez sem o objetivo de receber algo em troca, coisa muito rara naquele tempo e mais ainda nos dias de hoje. CM 481

2º. Renovar (Jo 2, 1-11), Ensinar (Lc 2, 41-50) Renovar e Ensinar - Renovar como Cristo fez nas bodas de

Caná, ou seja, ao fazer o milagre da transformação da água em vinho, Cristo reanimou aquelas bodas com vinho novo, o que devemos estar buscando fazer no nosso dia a dia, renovar nosso cotidiano através da palavra de Deus que tem sempre um vinho novo a nos oferecer. Ensinar como Jesus fez no templo, mesmo que tenha causado grandes preocupações em seus pais, levando-nos a refletir que deixamos de evangelizar por apego à coisas mundanas ou por falta de ousadia. 3º. Acolher (Lc 10, 38-42), Perdoar (Jo 8, 1-9). Acolher e Perdoar - Acolher como Maria que deixou seus afazeres e foi acolher o Mestre e nós quantas vezes deixamos por motivos fúteis de acolher o irmão, que no momento necessitava da nossa presença e diálogo. Perdoar como fez Cristo com a mulher pecadora, não questionando; perdoando e não pedindo nada em troca. Devemos ter um pouco dessa grandiosidade; perdoamos sem questionar? Saímos abastecidos com santas palavras, mais maduros espiritualmente e prontos a Ousar o Evangelho, principalmente dentro das Equipes de Nossa Senhora.  Maria de Lourdes e Grey Eq.01B - N. S. Aparecida Ituiutaba-MG 39

Partilha e Pontos Concretos de Esforço

RETIRO 2014


DESERTO... RETIRO... Tornou-se a retirar para o monte Ele só (Jo 6,15). Como é bom retirar-se do mundo! Como é bom poder nos olhar por dentro para conhecermo-nos e encontrarmos Deus. Num mundo cheio de armadilhas, de querer ter, o Retiro das ENS nos leva a um deserto parecido ao que Jesus fazia, retirando-se para seus momentos de reflexão. E foram muitos esses instantes em que Ele dialogava com o Pai a sós. Retirar-se para um deserto é de valor ímpar para o homem, tanto que o filósofo Sêneca nos diz “havemos de nos sarar, se nos separarmos logo da multidão” e também que o homem se livra de seu maior inimigo que é o próprio homem. Retirar-se é um momento de interiorização, um tempo para si mesmo. Quando Cristo diz a Marta: “Maria escolheu a melhor parte” (Lc 10,42), é porque ela escolheu o essencial. Ele quer nos dizer que o tempo com Ele é o tempo mais precioso que temos, e é esse tempo que devemos viver no retiro. O deserto nos inspira a ouvir a voz do mestre, a ganhar força para um novo trabalho, a encontrar uma nova maneira de viver em nossa equipe de base. São Jerônimo diz: “para mim o povoado é cárcere e o deserto é o paraíso”. Realmente, nossa vida quotidiana é um verdadeiro cár40

cere do consumismo. No deserto do retiro, vivemos a paz e a mansidão de que tanto necessitamos para nos reforçar na fé. Só alcançaremos o progresso na vida espiritual se nos recolhermos no silêncio, aquele mesmo silêncio que Elias buscou para escutar Deus na suavidade da brisa. Para fazermos e vivermos um retiro de verdade, o silêncio interior e exterior deve nos levar à simplicidade da paz. No silêncio reconhecemos nossas inquietações que mostram a Deus o que está fora do nosso alcance. São João da Cruz diz que o silêncio é povoado pela palavra verdadeira e que o Verbo foi gerado no silêncio, e só no silêncio podemos escutar e compreender sua voz. Silenciar é ter a capacidade de conseguir o vazio interior que nos leva a nosso autoconhecimento, pois primeiro temos que nos conhecer para depois tentarmos entender nossos semelhantes. Se Cristo preferia o deserto e não a fama, nós devemos seguir o seu exemplo de vida e cumprir esse PCE, que nos eleva e nutre a nossa alma. Façamos do Retiro a nossa Regra de Vida e certamente seremos melhores cristãos.  Eliana e Gilson Eq.05H - N. S. dos Anjos Brasília-DF CM 481


A Equipe Responsável Internacional (ERI) propôs para as equipes do mundo inteiro, neste ano, o tema de estudo acolher e cuidar dos homens. Ele vem na esteira da Orientação Geral, para Ousar o Evangelho, dada em 2012, no XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, em Brasília. O tema “é então um desafio a cada um de nós, a cada casal, a cada equipe, para aprender a ver e agir com os olhos do coração, no seu tempo” (Apresentação do livro tema deste ano). A nossa esperança é que a reflexão do acolher e cuidar dos homens nos desperte para uma vivência responsável do ser cristão e do ser equipista. Esperamos que a vivência do acolher e cuidar dos homens ajude a nos conhecermos por dentro e, humildemente, reconhecermos que necessitamos dos cuidados dos outros e, principalmente, dos de Cristo, para mudarmos corajosamente o rumo das nossas vidas, segundo a sua Boa Nova. Esperamos que o aprofundamento do acolher e cuidar dos homens tire a venda dos nossos olhos e nos faça enxergar o homem real que se encontra ao nosso lado, na família, na equipe, no Movimento, na Igreja, na sociedade (mundo) e nos torne sensíveis às suas necessidaCM 481

des, servindo-os com humildade, conforme o exemplo do Mestre. Esperamos que o acolher e cuidar dos homens nos faça entender que somos todos irmãos, independente de qualquer condição ou diferença, e nos conserve, nos torne pessoas simples, caridosas e servidoras. Esperamos que o acolher e cuidar dos homens nos faça seguir o exemplo do bom samaritano e nos aproxime dos outros, sejam eles quem forem, sem arrogância ou quaisquer sentimentos que não seja o de cuidar das sua feridas. Esperamos que o acolher e cuidar dos homens nos mostre que o lugar central é sempre d’Ele, Jesus Cristo, e que nós somos servos inúteis, habitantes da periferia e aprendamos que “nas Equipes de Nossa Senhora, toda responsabilidade é um serviço” e não uma vitrine ou um exercício de poder. Esperamos, enfim, que o acolher e cuidar dos homens abra nossos corações, permitindo a entrada da Luz Verdadeira e que Ela nos transfor me em novas criaturas, cheias do seu Espírito de amor, para irradiá-la aos outros.  Glória e Bartolomeu Eq.07A - N. S. Desatadora dos Nós Jaboatão dos Guararapes-PE 41

Tema de estudo

GERANDO ESPERANÇAS


QUEM SOU EU? EU SOU COMO?

No primeiro estudo programado deste ano, refletimos sobre o tema “Descobrirmo-nos e deixarmo-nos convidar”, a partir da Palavra em Lucas 19,1-10. Este riquíssimo texto abre-nos para muitas reflexões, não cabíveis num único artigo. Na troca de ideias n a re união d a no s sa eq u ip e, q u a nta riqueza qua n d o c a d a casal leu as suas reflexões: todas diferentes, todas complementares. A nossa reflexão começa pelo final do texto. Jesus se convida para ir à casa de Zaqueu e, lá chegando, abençoa a família daquela casa: “Hoje a salvação entrou nesta casa”, e acrescenta: “porque o Filho do Homem veio 42

procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,9.10). Zaqueu sabia que estava desviado do caminho certo, mas que salvação Jesus Cristo lhe estava trazendo? O Papa Francisco, em A Alegria do Evangelho, alerta para que toda homilia e toda catequese seja kerigmática, que traga presente o mistério do homem e o mistério de Jesus Cristo Salvador. Neste sentido, refletimos que, para que a pessoa se descubra, precisa fazer duas perguntas básicas: “Quem sou eu?” e “Como eu sou?” Duas perguntas que, se superficialmente lidas, teriam respostas iguais. Entretanto, não significam elas a mesma coisa e requerem respostas diferentes. Não é possível responder à segunda sem uma resposta à primeira. “Quem sou” diz da minha essência humana. A segunda pergunta me diz do como estou fazendo acontecer a primeira. Se eu não tiver consciência de quem sou, minhas reflexões, decisões e ações poderão cair num relativismo vazio e egoísta. Eu sou quem? “Eu Sou” é a definição que Deus dá de si mesmo. Jesus afirma sua divindade d izen d o “E u Sou” . D e us nã o “foi” nem “será”, Deus “é”. E a Revelação de Deus nos diz que Ele criou o ser humano “à sua imagem e semelhança”, isto é, CM 481


em grande dignidade e liberdade. Diz-nos, ainda, que a humanidade, criada para a felicidade, sofreu os resultados do pecado dos primeiros pais, que se aventuraram a decidir sobre o bem e o mal, cuja ciência pertence a Deus. A Revelação me diz que eu sou uma pessoa criada por Deus para ser feliz, mas que sofre com a natureza decaída pelo pecado, que tem como consequência a morte para sempre.

O mistério da misericó r dia de D e u s , e ntretanto, é maior que a fraqueza humana e envia o Cristo, que vem a mim como foi à casa de Zaqueu, para dizer que a salvação chegou. E a aceitação de Cristo Salvador me dá a dimensão de quem sou: Alguém criado por Deus para a felicidade, e que, por causa do pecado, se tornou fraco, mas que em Cristo crê e espera a redenção, pois o Filho de Deus veio restabelecer o plano inicial do Criador, veio “salvar o que estava perdido”. CM 481

A atitude de Zaqueu me ajuda a dizer como sou. Zaqueu é pequeno, e por ser pequeno recebe a atenção do Senhor, porque aceitou sua pequenez e, embora rico de bens, teve um coração pobre e humilde, e o reino de Deus chegou até ele. A postura de Zaqueu diante de Jesus diz como me devo comportar. É não questionar sobre o mal que fiz até hoje, nem buscar desculpas para o meu pecado, pois Deus conhece a minha fraqueza. Antes, mesmo que tenha que subir na árvore da cruz, preciso buscar conhecer Jesus Cristo, o Deus que se fez “em tudo semelhante a” mim, sendo sem pecado, num amor infinito pela humanidade, para dar “vida em abundância”, a mim que estava morto. A atitude de Zaqueu de dar metade dos seus bens aos pobres não deve ter sido palavras ditas na hora, como para impressionar Jesus, mas ações concretas na sua vida posterior na comunidade cristã. Assim, também eu devo voltar-me firme para o rosto do Senhor, sabendo-me pecador, e, livremente, com atitudes concretas e dócil colaboração com a graça de Deus, ir convertendo-me num filho de Deus mais santo. Alguém que, realizando a sua fé na caridade, vive a esperança da ressurreição, quando a realidade nova de filho adotado por Deus se manifestará na semelhança com o Cristo ressuscitado (Cf. 1Jo, 3,2).  Graciete e Gambim Eq.04D - N. S. de Guadalupe Porto Alegre-RS 43


DESCOBRIR E CUIDAR DO OUTRO Amar é desejar o bem a alguém. Esta foi a demonstração do bom samaritano, para aquele enfermo. Ele entendeu que não devemos valorizar apenas quem diz que nos ama, mas sim, valorizar quem te prova este amor. Jesus não mediu palavras e nem exemplos para falar de um amor, difícil de ser muitas vezes entendido, um amor que está além dos limites da sexualidade e dos interesses par ticulares; mas um amor que se doa e que se preocupa mais com os outros do que consigo mesmo. O samaritano não escolheu amar aquele enfermo, Deus escolheu o enfermo para ser amado pelo bom samaritano. O bom samaritano ensinou o caminho do amor. Em nossa vida conjugal, temos que entender que não é possível haver relações humanas sem que hajam também decepções; perdemos com facilidade a paciência com as pessoas, mesmo com aquelas que mais amamos. Desistimos facilmente daqueles que nos frustram e não correspondem aos nossos anseios. Nossa capacidade de amar às vezes se torna limitada. Portanto, o segredo do limitado amor humano nem sempre está em conquistá-lo, mas em cultivá-lo e mantê-lo vivo em nosso ser. “Ninguém tem maior amor do que Aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sereis meus amigos se praticardes o que vos mando.” Jo 15,13-14 Débora e Márcio Eq.06A - N. S. da Saúde Criciúma-SC 44

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Notícias

BODAS DE OURO Rita e Seixas

No dia 22.03.2014, juntamente com a família, a Eq.04D - N. S. do Carmo em São Paulo Capital 1 e amigos, o casal que também completou 50 anos de equipe, comemorou suas Bodas de Ouro com a celebração de uma missa em ação de graças, presidida por Frei José Carlos Correa Pedroso e concelebrada por Mons. José Carlos Dias Tóffoli e Pe. João Edênio Reis Valle, na Igreja N. S. de Fátima na Vila Leopoldina. Em seguida, uma festa continuou a comemoração num clima de muita alegria e animação. Parabéns ao querido casal! Ma. Célia e Marcelo No dia 19 de janeiro de 2014, completaram 50 anos de uma f e l i z u n i ã o. E m u m a s o l e n e CM 481

Celebração Eucarística, organizada pelos seus filhos, renovaram as promessas do Matrimônio. Momentos emocionantes para o casal, para a família, para seus irmãos equipistas e demais amigos e convidados. Após a Missa, recepcionaram os convidados, com um delicioso jantar no salão do GTLF. Que Deus continue derramando suas bençãos sobre eles, para continuarem testemunhando a vida de casal cristão e na Eq.02 - N. S. Aparecida - Garça-SP Elizete e Sebastião

No dia 14.12.2013, o querido casal competou 50 anos de casados. Eles estão nas ENS há 28 anos. Esta data tão significativa foi comemorada com uma missa celebrada pelo Pe. Ailton na 45


residência do casal, em Curitiba-PR. Estavam presentes os amigos equipistas, familiares e pessoas da comunidade. Parabéns e que Deus os abençoe sempre.

ORDENAÇÃO DIACONAL Dom Lourenço OSB Alegra-te Mãe Igreja! (...) Os céus se dignaram chamar mais um homem a servir o Altar do Santo Sacrifício. No dia 23.03.2014, a Eq. N. S. da Natividade e EJNS Aparecida muito se alegraram junto ao povo de Deus. O monge beneditino, Dom Lourenço OSB, Conselheiro Espiritual destas equipes, recebeu o primeiro grau da Ordem. Vocacio-

nado por Cristo, inspirado por São Lourenço, guiado por São Bento, guardado por N. S. da Conceição Aparecida, sintonizado com a alegria do Papa Francisco, respondeu ao chamado do Pai, jogou-se sem pressa e com profunda entrega ao Diaconato. Ele é, atualmente, Prior do Mosteiro Beneditino de Santa Clara, em Pouso Alegre-MG. Parabéns e as bênçãos dos céus!

VOLTA AO PAI Hélvio (da Marisa) No dia 02.01.2014 Integrava a Eq.09D - N. S. de Lourdes Porto Alegre-RS Sônia (do Luis) No dia 19.03.2014 Integrava a Eq.03C - N. S. Desatadora de Nós São Paulo-SP Pe. Marcos Antonio Duarte No dia 23.04.2014 Integrava a Eq.18A - N. S. do Bom Parto Rio de Janeiro-RJ

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Foi com muita alegria, fé e entusiasmo que o Casal da Super-Região Brasil, juntamente com os Casais Provinciais, Casais de Apoio e a nova Equipe da Super-Região, que tomarão posse em agosto próximo, representando os equipistas de todo país, se reuniram no dia 04 de abril, para inaugurar a nova Sede do Secretariado Nacional, a qual está localizada na cidade de São Paulo, na Avenida Paulista, nº 352, Edifício Louis Pasteur, conj. 36, 3º Andar. Agraciados pelo amor de Deus,

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nos reunimos para celebrar a conquista da nossa “sede própria”. Sim irmãos, nossa casa própria, pois a nova sede é de todos nós equipistas que, confiantes no amor de Cristo e no exercício responsável da partilha, foi possível alcançarmos tão almejado sonho. Para agradecer e louvar ao nosso bondoso Deus, que nos permitiu a conquista desse marco histórico, na manhã da sexta - feira, 04.04.2014, foi celebrada uma Missa em ação de graça, presidida pelo querido Pe. Miguel Batista, SCE da Super-Região Brasil, com a presença de todos os casais da atual e da nova Equipe da SRB, convidados o casal responsável pela CNSE, Sílvia e Chico, Maria Alice e Ivahy,

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Atualidade

NOVA SEDE DO SECRETARIADO NACIONAL


Sala de reunião

Corredor

Sala de espera

Administração

colaboradores desta ESR, e os funcionários do Secretariado, Nilza e Cristiane. Após a Celebração Eucarística, voltamos à nova sede, oportunidade em que Pe. Miguel abençoou as novas instalações, e logo após foi servido lanche a todos os presentes, em clima de grande alegria e coparticipação de momentos históricos das ENS no Brasil, da vida equipista, do Movimento e da Igreja. Cabe-nos, ainda, agradecer e registrar que o Espírito Santo é o agente dessa história, pois desde a primeira hora, iluminou Pe. Caffarel, os corações de Nancy e Pedro Moncau com seu “Sim” e de tantos outros casais que os sucederam até os dias atuais, que ungidos fizeram e farão crescer em todos nós brasileiros equipistas o Amor a Deus e às Equipes de Nossa Senhora que nos orientam 48

caminhar rumo à santidade. A nova sala abre um novo tempo para o Secretariado Nacional, que agora tem espaços mais adequados e estruturados às finalidades do Movimento e aos serviços que são prestados a todos nós. Somos gratos a Nilza e Cristiane por todo cuidado, generosidade e zelo para nós equipistas e dedicação às ENS. Além das duas funcionárias destacamos o Dante, contratado recentemente. Esse dia de festa deve ser comemorado por todos os equipistas brasileiros, pois é dia de Agradecimentos, dia de Louvor, dia de Ação de Graças! Que Deus e nossa Senhora continuem fazendo maravilhas nas ENS e em nossas vidas. “Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho!” (Sl 89, 17)  Nei e Olga CR Província Centro-Oeste CM 481


MEDITANDO EM EQUIPE Segundo a nossa fé católica, a Trindade das Pessoas divinas na unidade da natureza é um mistério que, em última análise, supera e escapa a todo entendimento. E o mistério impõe-se ainda mais no relacionamento entre as três Pessoas. As noções de Pai, Filho e Espírito Santo, desconhecidas no Antigo Testamento, foram-nos reveladas no Novo, a fim de que pudéssemos conhecer melhor a Deus: “Por meio de Jesus Cristo, nós, judeus e gentios, num só Espírito, temos acesso junto ao Pai” (Ef 2,18). Paulo não define nem descreve a Trindade: ele a vive necessariamente, pelo simples motivo que Deus é Trino e não poderia deixar de sê-lo: “Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes de Deus (Pai)? Alguém (Cristo) pagou alto preço pelo vosso resgate” (1Cor 6,19-20)!

Escuta da Palavra em Rm 8, 1-17 Sugestões para a meditação: 1. Conte quantas vezes as três Pessoas divinas aparecem neste texto. 2. Comente o v.3. 3. Explique esta frase: “Se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do vosso corpo, vivereis” (v.13). 4. Que significa esta afirmação: “recebestes um espírito de filhos adotivos” (v.15)? Frei Geraldo de Araújo Lima, O. Carm.

Oração Litúrgica “Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma para firmar-me em vós, imóvel e pacífica, como se a minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar-me a paz nem me fazer sair de vós, ó meu imutável, mas que em cada minuto eu me adentre mais na profundidade de vosso Mistério. Pacificai minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada preferida e o lugar de vosso repouso. Que eu jamais vos deixe só, mas que aí esteja toda inteira, totalmente desperta em minha fé, toda em adoração, entregue inteiramente à vossa Ação criadora. Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, imensidade onde me perco, entrego-me a vós qual uma presa. Sepultai-vos em mim para que eu me sepulte em vós, até que vá contemplar em vossa luz o abismo de vossas grandezas” (Beata Elizabete da Trindade).


o

Símbolo do 3 Encontro Nacional das ENS Aparecida 2015, escolhido entre vários apresentados no

último Encontro do Colegiado em Itaici-SP

Casal Dançando: Simboliza a alegria de festejar o Matrimônio. “As Bodas de Caná” O Verde-amarelo representa o Casal Brasileiro. Aparecida no Coração:

Simboliza Nossa Senhora Aparecida no coração dos brasileiros. O Azul-marinho invertido significa o Coração do Brasil O Caminho: Usando como referência

à passarela em Aparecida, foi desenhado o número 3, representando Terceiro Encontro Nacional e ao mesmo tempo simbolizando o espírito de peregrinação. O Marron terra representa uma caminhada de humildade (descalço) sobre o chão de terra em busca da santificação conjugal.

EquipesdedeNossa NossaSenhora Senhora Equipes Movimento Movimento de de Espiritualidade Espiritualidade Conjugal Conjugal Av.Av. Paulista, Paulista, 352 352 A3• Cj. 3o 36 andar, • Bela cj 36 Vista • 01310-905 • 01310-000 • São • São Paulo Paulo - SP- SP Fone: Fone: (0xx11) (11) 3256.1212 3256.1212••Fax: Fax:(011) (0xx11) 3257.3599 3257.3599 secretariado@ens.org.br secretariado@ens.org.br •• cartamensal@ens.org.br cartamensal@ens.org.br •• www.ens.org.br www.ens.org.br


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