Ano LIV• out 2014 • nº 484
c a r ta Equipes de Nossa Senhora
Mensal
IGREJA CATÓLICA A Igreja e os desafios da família p.06
DIA DAS CRIANÇAS As crianças e a sua relação com Deus p.10 TESTEMUNHO O segundo sim p.34
CARTA MENSAL nº 484 • out 2014
Editorial Um susto e muita honra ....................... 01 Super-região Com a sua licença ................................ 02 Missão que santifica ............................. 03 Família, Igreja doméstica comunidade Eclesial............................... 04 IGREJA CATÓLICA A Igreja e os desafios da família ............06 MARIA Coincidências............................................08 DIA DAS CRIANÇAS As crianças e sua relação com Deus...... 10 III ENCONTRO NACIONAL Como é bom ser acolhido com amor, generosidade e alegria.......................... 12 RAÍZES DO MOVIMENTO Desconfiai de Afonso............................... 13 FORMAÇÃO Sempre ENS........................................... 14 A centralidade do amor......................... 15 Missão do equipista na história da humanidade................... 16 O casal pesssimista, otimista e o realista .............................. 17
Província Centro-Oeste.......................... 21 Província Sul I........................................ 24 Província Sul II....................................... 26 Província Sul III ..................................... 27 testemunho Ação de graças...................................... 28 Educando na fé .................................... 29 O milagre das bodas............................. 30 O tema que mudou o rumo de nossa história ...................... 31 Vivendo a coparticipação...................... 32 Um chamado fora dos padrões............. 33 O segundo sim...................................... 34 Fátima, 20 anos depois......................... 35 O sentido da missão do casal responsável de setor................ 37 Partilha e pontos concretos de esforço Um momento especial na vida de casal..................................... 38 Dever de sentar-se................................. 38 Retiro anual ......................................... 40 PADRE CAFFAREL Padre Caffarel profeta para o nosso tempo.............................. 41 Notícias ............................................. 43
TEMA DE ESTUDO A missão do casal cristão ..................... 18
CNSE Apesar da perda, como ser feliz............ 47
VIDA No movimento Província Nordeste................................ 19 Província Leste ...................................... 20
atualidade Sinais dos tempos! A tecnologia a serviço das equipes............................ 48
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Imagem de capa: Fotomontagem Canstockphoto - Tiragem desta Edição: 23.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
Editorial
Um susto e muita honra Se por um a lado a responsabilidade de gerir e criar o conteúdo que será lido e seguido por mais de 45.000 pessoas entre equipistas, conselheiros, padres e bispos assusta, a ideia de ser o instrumento de comunicação de um Movimento pelo qual temos tanto amor e fé na sua importância é uma grande honra. Passado o susto e agradecidos pelo convite feito pelos amigos Hermelinda e Arturo - CR SuperRegião Brasil, já era hora de pôr a mão na massa. Precisaríamos de uma equipe. Uma equipe apaixonada e comprometida. Foi incrível constatar a quantidade de nomes que nos vinham à cabeça. Após muita oração e reflexão, ligamos para os nossos irmãos Regina e Sérgio, Salma e Paulo e Patrícia e Célio, que aceitaram prontamente o nosso convite. Por fim, o Padre Flávio Cavalca, que tem muita experiência com as ENS e com a Carta Mensal, aceitou guiar
espiritualmente a nossa equipe. A certeza de que entraremos nessa caminhada acompanhados por pessoas tão abençoadas só aumenta a nossa ansiedade para a jornada que começa na próxima Carta Mensal! Estaremos com vocês nos próximos cinco anos. Nos últimos cinco, Zezinha e Jailson e sua equipe completaram essa etapa brilhantemente. Fazer com que ela seja cada vez mais um meio de integração, reflexão e fonte de inspiração para nós equipistas é o legado que gostaríamos de deixar para o nosso Movimento. Queremos proporcionar a todos uma leitura profunda, inspiradora e agradável. Pedimos que nos incluam em suas preces para que sejamos sempre iluminados pelo Espírito Santo com humildade, resiliência, disciplina e respeito. Fernanda e Martini CR Equipe da Carta Mensal
Tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens” CM 484
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Super-Região
COM A SUA LICENÇA Gostaria de me apresentar: sou o padre Paulo Renato, ordenado na diocese de São José dos Campos-SP em 2004 e Conselheiro das ENS desde a época de seminário. Durante esses 14 anos de participação na vida do Movimento recebi a graça de atuar como Sacerdote Conselheiro Espiritual de Equipes de base, de Setor, Região e Província. A partir desse mês, passo a acompanhar o casal Hermelinda e Arturo na Super-Região Brasil. Confesso que só de falar em “super” já dá um frio na barriga. A responsabilidade é grande e por isso quero já nas primeiras linhas escritas por mim nesta Carta Mensal agradecer ao Pe. Miguel por tanta riqueza espiritual dispensada a nós em seus artigos nestes últimos anos. Muito Obrigado!!! Quero, depois de me apresentar, “pedir licença”. Faço isso porque, durante os próximos cinco anos, periodicamente, vou entrar em suas famílias com uma mensagem aqui na Carta Mensal. Vamos nos encontrar bastante! Como já escrevi, a responsabilidade é grande, contudo devemos saber “ler os seus sinais e gestos de carinho” para conosco, os “recados de Deus”. Partindo desse pressuposto entendendo as duas celebrações especiais desse mês em que iniciamos escrevendo, como um recado e a confirmação 2
das bênçãos que estou implorando a Ele para esses cinco anos de serviço ao Movimento das ENS. Mês Missionário: Para nosso conforto - meu e do casal Hermelinda e Arturo - estamos começando justamente no mês missionário. Assumimos essa missão na certeza absoluta de que ela está dentro da grande missão de evangelizar confiada à Igreja por Jesus Cristo. Se é vontade d´Ele, quem somos nós para discordar? Mês Mariano: Esse mês está sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida e a ela consagro todos os projetos, sonhos, ideias e ideais desse próximo período na vida da Super-Região, o maior país do mundo com Equipes de Nossa Senhora, com um testemunho lindíssimo de unidade. Que as famílias equipistas sejam protegidas e pela força da Mãe e que nosso Movimento continue sendo caminho de santidade matrimonial na Igreja. Caros amigos, que Deus abençoe a todos. Que a certeza da urgência da missão e a proteção de Nossa Senhora sejam o incentivo e o conforto desses anos a serviço das ENS. Até a próxima!!! Padre Paulo Renato SCE Super-Região Brasil CM 484
MISSÃO QUE SANTIFICA Caros amigos, fomos escolhidos pelo Espírito Santo para a missão de Casal Responsável da Super-Região Brasil pelos próximos cinco anos, e como o lema que escolhemos, ainda como Casal Provincial, foi “Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor” (Sl 39,8) dissemos nosso Sim com determinação, porém com muito medo... É para nós uma honra iniciar este contato, significativamente no mês das Missões, da eleição do CRE, da nossa Padroeira e muito mais... “Durante a sua peregrinação na terra, a Igreja é por sua natureza missionária” (Conc.Vat.II, Ad Gentes,2). Por pura graça, Deus atrai-nos para nos unir a Si, enviando o Seu Espírito que nos transforma e nos capacita para responder com a nossa vida ao seu Amor (Papa Francisco). Esta é a nossa missão: anunciar o Evangelho, evangelizar. Cada um de acordo com sua vocação e espiritualidade. O importante é mostrar a este mundo tão dividido, a imagem de Deus que é amor e união, a começar em nossa família, continuando em nossas equipes, nosso trabalho, enfim onde estivermos. Padre Caffarel nos incita a ser fator ativo de transformação pela nossa vida e pela Palavra, quando diz de modo incisivo: “...é do vosso amor conjugal, do vosso lar que o mundo ateu, sem dar por isso, espera testemunho essencial. Em primeiro lugar, vou referir-me ao testemunho que deveis dar através da vossa vida, CM 484
e em segundo lugar, ao testemunho da Palavra. Se acreditardes verdadeiramente neste DEUS, o testemunho da Palavra será espontâneo, simplesmente dizer o que Deus representa para vós, o Seu lugar na vossa vida” (Henri Caffarel, Missão do casal cristão, pp. 109-155). E que momento especial teremos este mês em que elegeremos pela vontade do Espírito Santo, o casal que animará nossa equipe em 2015! Quem crê na presença de Cristo transformando aquele grupo humano em sobrenatural, uma pequena Ecclesia, saberá discernir a vontade do Pai nesta escolha. Depois da presença real de Cristo, quem mais contribui para a doçura do nosso lar e das nossas equipes, é sem dúvida nossa Mãe querida, que está sempre vigilante. Ela, a senha para que Jesus chegue a nós... e quanto precisamos dela para chegar a Ele! Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós. Hermelinda e Arturo CR Super-Região Brasil 3
FAMÍLIA, IGREJA DOMÉSTICA COMUNIDADE ECLESIAL
A família é a primeira sociedade em que o ser humano é iniciado. Ela é uma pequena célula deste grande organismo; é a base deste imponente edifício e, portanto, seu papel é essencial e fundamental para toda e qualquer sociedade. A situação da família influencia e é influenciada pela situação da sociedade onde está enraizada, vivendo suas relações externas. Neste lugar geográfico acontece entre a família e a sociedade uma relação de troca de influências orquestrada pela lei da probabilidade. Portanto, se a família está bem, provavelmente a sociedade estará bem, e vice-versa. É uma relação de mútua dependência. Como sabemos a família não vai bem, mas nem tudo são espinhos e sombras. Temos presente em nossa realidade familiar luzes que nos dão muitas esperanças, tais como: uma consciência mais viva da liberdade pessoal e maior atenção à qualidade das relações interpessoais na família e no matrimônio. Esta nova consciência provoca novos comportamentos como: a promoção da dignidade da mulher, a procriação responsável, a educação dos filhos; desperta a consciência da necessidade de que se desenvolvam relações entre membros de uma família por meio de uma ajuda recíproca espiritual, que resulta na descoberta da missão eclesial própria da família e da sua responsabilidade na construção de uma sociedade mais justa. Uma comunidade se constrói na convivência, que se baseia no amor e se expressa no empenho concreto das pessoas para 4
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defender a vida. Esse caminhar não é muito fácil, não. Há sofrimentos que podemos comparar com as podas. Porém, elas são necessárias para que se produzam mais frutos, e frutos de vida. A vivência dos cristãos, do projeto de amar até o fim, entra em confronto com a sociedade injusta; portanto, permanecer implica correr risco de vida! A nova comunidade tem sua prática baseada na nova justiça e em novas relações: “Eu vos chamo de amigos... eu vos escolhi” (Jo 15,15-16). Numa comunidade de amigos e amigas, todos são iguais, ninguém é estrangeiro ou estrangeira. O sonho da comunidade joanina era viver e construir uma sociedade baseada no amor, na partilha e na solidariedade. Nesse projeto, Deus se manifesta como Pai-Mãe, aquele que chama a comunidade à vida. O Deus Filho se manifesta no amor presente e atuante no meio da comunidade. Em todo o Evangelho de João é possível perceber uma preocupação concreta com os problemas que a comunidade está vivendo. A proposta cristã é um projeto voltado para os pobres, doentes, marginalizados e oprimidos. Um projeto cuja essência é o amor vivido de maneira plena, no cuidado amoroso de uns para com os outros. Quem ajuda a comunidade a permanecer firme nesse novo projeto é o Espírito de Deus, a seiva, aquele que permite a cada membro perceber e intuir as necessidades concretas da comunidade, de cada pessoa, e entrar na luta pela vida. Uma luta que implica risco de vida. E só aceitamos correr esse risco quando amamos. Portanto, a comunidade de João procura manter vivo o amor, o único mandamento de Jesus para a comunidade. É no amor que Deus se faz presente: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada” (14,23). Comunidade que é Sinal do reino e dá um destaque especial ao compromisso que todos nós cristãos-católicos equipistas temos com as realidades temporais a evangelizar com a vida, é “Igreja no coração do mundo”. O compromisso com o Plano de Deus, quando alimentado com a força da oração no dia a dia das labutas próprias de cada um e revigorado pelos encontros com Ele nos Sacramentos, será sempre uma caminhada para a santidade. Assim nos ajude a boa Mãe de Deus e nossa! Bete e Carlos Alberto CR Província Leste CM 484
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Igreja Católica
A IGREJA E OS DESAFIOS DA FAMÍLIA Em outubro deste ano deverá realizar-se, em Roma, a III Assembleia Geral dos Bispos que tem como tema a família. O Vaticano enviou aos bispos de todo o mundo o texto do documento preparatório para que pudessem se manifestar. Na primeira parte relembra os principais pontos da doutrina sobre a família. Na segunda, sob forma de perguntas, levanta uma série de questões. A Igreja na sua missão de pregar o Evangelho a toda criatura, como pediu Jesus aos se despedir dos apóstolos, sempre deu atenção especial ao sacramento do Matrimônio, para a relação homem-mulher diante da constante evolução do comportamento humano. Encontramo-nos numa situação de evidente crise social e espiritual que se tornou um desafio para a Pastoral da Família, núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial. Antes de tudo, é preciso ter consciência da realidade: a partir da base. Ver o que está acontecendo e como as questões são trabalhadas em todo o mundo. O Papa estabeleceu duas etapas para o Sínodo. A primeira, em 2014, a Assembleia Geral Extraordinária, para analisar a situação da família a partir dos testemunhos e propostas que os bispos apresentarem. A segunda, em 2015, a Assembleia Geral Ordinária, quando serão concretizadas as linhas de ação. 6
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Com objetividade a Igreja aponta os principais problemas e desafios que ultimamente afetam a relação entre as pessoas e o perfil da família moderna. Além daquelas que se arrastam pela história, como os casamentos mistos, as segundas uniões, as uniões temporárias, aborto e fidelidade, urgiram novas questões sobre as quais é preciso o olhar evangelizador. Chama a atenção o desinteresse de muitos jovens em constituir família em contraposição a de outros que a desejam para as uniões homoafetivas, incluindo a adoção de filhos. Olhando o mundo, há culturas em que a mulher é desconsiderada, situações socioeconômicas afetando o relacionamento conjugal e a educação dos filhos, questões como barriga de aluguel, engenharia genética, fecundação in vitro... Pesa a influência cada vez maior dos meios de comunicação influenciando a mudança de comportamento pela sistemática manipulação de imagens e mensagens subliminares. Outra questão, mais interna e complexa, é a do enfraquecimento do espírito religioso, o abandono da fé e da vivência da prática religiosa dos sacramentos. Muitos filhos já não veem os pais praticar a religião, não transmitir nem se comportar dentro de princípios éticos e morais cristãos. O Papa deseja que o corpo eclesial apostólico encontre um modo de proceder evangelizador atualizado e de consenso. Que se encontre o equilíbrio das tensões entre a riqueza da tradição e a criatividade que traz o progresso. Para uma época marcada pelas crises internacionais, angústias e sofrimentos causados pelas tragédias da natureza e pelos conflitos das nações e egoísmo das pessoas, é o momento da Igreja priorizar o olhar de misericórdia, de compaixão! Não se trata de se enfatizar um julgamento, mas voltar-se para as periferias geográficas e existenciais para acolher os que estão feridos, sem esperanças. Não deseja um discurso emotivo de piedade e compaixão, porém estéril. O Sínodo dos Bispos é o fórum privilegiado onde, com a presença do Espírito, serão encontradas novas maneiras de revitalização humana e espiritual da família, sob a luz evangelizadora de Jesus Cristo para nosso tempo. Pe. Paulo D’Elboux, S.J. SCE Região Rio I (RJ) e São Paulo Capital II (SP) CM 484
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Maria
COINCIDÊNCIAS?
A imagem encontrada em Ilha Bela, já recuperada e montada em sua moldura de madeira
Acontecem certas coisas na vida da gente, para as quais não encontramos explicações. No início de 1991, Eunice e eu fomos convidados a pilotar uma nova Equipe que, já na Reunião de Informação, adotou como padroeira Nossa Senhora do Rosário de Pompeia. E isso porque a maior parte dos seus casais frequentava a Paróquia do mesmo nome, na cidade de Santos. À medida que o tempo passava, procurávamos, Eunice e eu, uma imagem da padroeira para deixar com a equipe, quando terminássemos a pilotagem, o que deveria ocorrer no fim do ano. Mas nada tínhamos conseguido encontrar, fato que nos deixava meio desanimados. Em junho daquele mesmo ano 8
saímos de férias, em direção ao litoral norte do Estado de São Paulo: começamos por Bertioga, depois São Sebastião, Parati e de volta a São Sebastião, onde tínhamos ainda alguns parentes e onde iríamos permanecer por mais uns dias. Em uma determinada manhã resolvemos visitar Ilha Bela, onde passamos o dia passeando pelas praias e pelos pontos turísticos da cidade. À tardinha, quando nos dirigíamos para tomar o ferry-boat que nos levaria de volta a São Sebastião, deparamos, no lado esquerdo da estrada, com um deposito de velharias, meio ferro velho, meio sucateiro, se é que aquele conjunto de tranqueiras poderia receber algum desses nomes. Até hoje não sabemos por que paramos o carro e nem por que fomos lá abelhudar. Dentro, um caos. Montes de coisas velhas, móveis em mau estado, um rádio quebrado, uma máquina de costura idem, idem, um fogão enferrujado, e sobre uma bancada capenga, duas cestas de palha com miudezas. Investigando as cestas, Eunice logo encontrou uma bandejinha de aço inox que combinava com o aparelho que tínhamos em casa. Como o preço era convidativo - algo como dois reais -, ela logo a separou para levar. Enquanto isso eu inspecionava a outra cesta. Pega daqui, remexe ali, de repente lá estava ela: uma placa oval, de metal estampado, que outrora deveria ter sido prateada, mas que agora estava suja e sem brilho, meio amassada, CM 484
mas com seus relevos ainda nítidos. Nela, apesar da sujeira, dava para se distinguir claramente a figura de Nossa Senhora sentada em um trono, com o Menino Jesus em seu colo, segurando o rosário com uma das mãos e duas figuras ajoelhadas a cada lado: um padre e uma freira. Na parte superior da placa a inscrição: Madonna di Pompei! Ficamos estáticos de emoção. Parece que ela estava ali à nossa espera. Sem hesitar, trouxemo-la conosco e, chegados a Santos, mandamos restaurá-la no que foi possível. Ato contínuo, pedi a um marceneiro amigo meu para montar a placa em uma moldura de madeira, para que pudesse ser exposta nas Reuniões Mensais da nossa Equipe Pilotada. Tudo isso no maior segredo. Na última reunião de Pilotagem, para surpresa de todos, contamos esta estória e oferecemos a imagem como presente de despedida. Vários pares de olhos ficaram úmidos de emoção, inclusive os nossos. Mas as coincidências não terminam aqui. Um casal da nossa Equipe de Base, trouxe-me recentemente um texto em inglês, sobre Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, obtido na internet, pedindo-me que o traduzisse. Esse texto narra a estória da cidade de Pompeia (a mesma que foi destruída pelo Vesúvio em 79 DC) e da luta de Bartolo Maria Longo, no século XIX, para reerguer a região, que era paupérrima, e difundir a devoção do Rosário nas redondezas. Longo começou por restaurar a Igreja local, um Santuário Mariano, que se encontrava em ruínas. Ato contínuo procurou uma imagem CM 484
de Nossa Senhora do Rosário para colocá-la na Igreja. Ficou sabendo de uma oleografia sobre papel, existente em um convento, que fora comprada em uma loja de velharias (bem como no nosso caso) e logo tratou de adquiri-la. Por ser muito grande, seu transporte até a Igreja foi difícil e ela acabou sendo levada numa carroça de lixo. Mais precisamente, uma carroça de esterco! Estava suja e maltratada, (como a nossa), faltando um pedaço da tela acima da cabeça da Virgem, com um rasgo no local do manto. A imagem só seria plenamente restaurada no século XX, por artistas do Vaticano. A despeito do título deste artigo, pessoalmente eu não acredito em coincidências. Pelo menos este tipo de coincidências que acabei de relatar. Acredito sim que em tudo isto está a mão de Deus. Ele quer, com certeza, que tiremos as nossas próprias conclusões, só que nem Eunice nem eu conseguimos atinar quais sejam. Por que, após rodar centenas de quilômetros pelo nosso litoral, fomos vasculhar um ferro-velho em Ilha Bela? Teríamos sido “servos inúteis”, a serviço da Virgem, para tirá-la daquele lugar feio e triste e levá-la para o seio da nossa querida Equipe Pilotada? Por que, em ambos os casos acima narrados, a imagem de Nossa Senhora do Rosário estava escondida, suja e maltratada, em um ferro velho? Se alguém tiver uma resposta, gostaríamos de sabê-la. Carlos, da Eunice Eq.01A - N. S. Rainha do Lar Santos-SP 9
Dia das Crianças
As crianças e sua relação com Deus Parece que uma das propriedades do amor é quebrar paradigmas, vemos isso claramente na vida de Jesus. Enquanto todos fugiam do convívio com prostitutas, doentes, cobradores de impostos e diversos outros tipos de publicanos, Ele fazia questão de estar ali, no meio deles. Uma presença firme, marcante, questionadora, mas ao mesmo tempo doce suave e amorosa. No judaísmo antigo, Deus era amigo do homem, mas só dos santos e justos. A sociedade judaica primitiva era extremamente paternalista, marcavam essas comunidades uma espécie de culto à sabedoria, que era atributo exclusivo dos anciãos, profetas e Rabinos, todos eram homens. Eram excluídas dessa classe de sábios as mulheres e as crianças, essas não eram ouvidas. No tempo de Jesus, crianças menores de 12 anos pertenciam a uma categoria inferior e eram consideradas incapazes no que se referia à relação com Deus. A criança era propriedade do pai, que podia inclusive vendê-la como escrava ou usá-la como moeda de troca no pagamento de dívidas. As crianças têm sede de relacionamentos. Querem comunicar algo ainda que sejam apenas suas dúvidas e inquietações. Talvez por isso elas conversem com seus brinquedos. Outro dia, observava um garotinho que conversava com o seu boneco. Era um diálogo tão intenso, ele falava, depois dava uma pausa como se o boneco mole e de olhos arregalados respondesse alguma coisa. Quem aqui nunca teve um amigo invisível na infância? 10
Gosto às vezes, quando estou entre as crianças na capela do Colégio, de fechar os meus olhos e imaginar essa cena do Evangelho: Jesus chegando aos povoados, as crianças são as primeiras anunciadoras da sua chegada. “Pai, mãe, Jesus esta aqui!” Logo depois, vêm os doentes, os cegos, os aleijados. Em seguida penso no Senhor pregando longamente para as multidões, as crianças se aproximando dele, o olhar tenso dos pais, depois da reprovação dos apóstolos. Em seguida o abraço gostoso e acolhedor de Jesus, que mais uma vez, arrastado por seu amor, quebra paradigmas e nos faz reavaliar costumes e tradições. Depois de abraçar os pequenos, Jesus olha para os seus pais, em seguida para os discípulos, e diz: “Deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o Reino dos Céus” (Mt 19, 13). Quem ali poderia compreender semelhantes palavras? Talvez Nossa Senhora. Ela mesma, por diversas vezes, viu o seu pequeno Ieshuá se derramando na presença de Adonai, seja no templo ou na sinagoga próxima de sua casa. Na verdade o que Jesus queria dizer, é que o caminho da relação de Deus com as crianças deve ser livre de todo e qualquer impedimento e sim, podem se relacionar com Deus. E mais do que isso: são modelos para todos nós. Quem é o maior no Reino dos Céus? Esta foi a pergunta que os discípulos dirigiram a Jesus. O Senhor dá um exemplo vivo e compreensível a todos. Como bom mestre, ele foi CM 484
concreto e direto: Precisamos ser crianças para entrar no Reino dos Céus. Converter-se agora significa se tornar criança. Jesus quebra de cima a baixo a mentalidade vigente. Antes o maior eram os grandes patriarcas, profetas, mestres da Lei. Esses conheciam o pensamento de Deus e podiam ser amigos dele. Jesus vira tudo de cabeça para baixo: Quem é humilde como as crianças, este é maior no Reino dos Céus. As crianças são mestras no caminho de intimidade com Deus. Não só pela sua inocência, mas por serem simples, sem pretensões sociais, são vazias de si mesmas. Deixam-se atrair com facilidade pelo belo e se entregam à contemplação. Vejamos outra sentença de Jesus: “Quem quiser ser o primeiro (no Reino de Deus) seja o último de todos e o servo de todos. Quem acolhe em meu nome uma criança como esta, acolhe a mim mesmo e quem me acolhe, não é a mim que acolhe, mas aquele que me enviou” (Mt 18,1-15). Quantos pais alegam não levar seus filhos à Igreja porque as crianças fazem bagunça, não prestam atenção e dão muito trabalho. Sempre digo: “Trabalho você terá é depois, se seu filho crescer sem Deus”. Deus precisa chegar à vida das crianças antes que o mundo chegue com sua mentalidade por vezes perversa. Precisamos endireitar as veredas, aplainar os caminhos do Senhor, para que Ele entre o quanto antes na vida desses pequeninos. Não raramente as crianças manifestam curiosidades acerca da fé, porém encontramos adultos impacientes em saciar essa sadia curiosidade dos pequenos. As crianças absorvem tudo ao seu
redor; se vivem num ambiente espiritual, sua personalidade se construirá a luz desses elementos que gravitam ao seu redor. Ao escrever esse artigo, vem ao meu coração diversos santos pequeninos: Francisco, Jacinta, Domingo Sávio e uma Florzinha que desabrochou silenciosa e escondida no interior da Igreja, cujo perfume tem exalado na eternidade: Antonieta Meo, uma garotinha italiana que morreu com apenas seis anos. É impressionante a intensidade do seu amor esponsal a Jesus. Ao escrever suas cartinhas para Deus, sempre iniciava assim: “Querido Jesus, eu te amo tanto!” Tenho visto crianças confusas, desorientadas, com pouca noção do sagrado em suas vidas, por culpa de uma ação evangelizadora que não contempla seu mundo sua realidade, por outro lado tenho visto também crianças vivendo em odor de santidade, que cultivam um relacionamento com Jesus, infantil obviamente, mas que nada tem de superficial. Tenho visto crianças idade entre seis e nove anos dando verdadeiros testemunhos de tolerância, perdão, temor a Deus, a ponto de evangelizar os próprios pais. Mencionei crianças santas que já passaram por esse mundo, mas como não falar das crianças santas com as quais me encontro todos os dias no Colégio? Que Deus nos dê a graça de nos matricularmos o quanto antes na escola das crianças. Isso nos ajudará a passar na penosa e gratificante prova do amor que nos fará ter acesso aos tesouros do Reino dos Céus.
Rodrigo Santos Seminarista e missionário da Comunidade de Vida Shalom
*(Condensado do texto original em www.comshalom.org/criancas-relacao-deus/)
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III Encontro Nacional
como é bom ser acolhido com amor, generosidade e alegria Para nós, uma primeira experiência de encontro com irmãos de outras Províncias aconteceu no ano de 2000, em Aparecida, quando celebramos o Jubileu de Ouro das ENS no Brasil. Foi uma festa linda! Agora, após 15 anos, estaremos reunidos novamente em Aparecida-SP-2015 para o 3º Encontro Nacional. O Santuário é local acolhedor e em especial o Centro de Eventos é bonito e bem planejado para nos reunirmos como uma grande família. No documento de Pilotagem, Vem e segue-me - Unidade VI pag. 12, consta que: “Sempre as ENS chamaram a atenção sobre o acolhimento, a hospitalidade do casal, tanto em relação aos casais das outras equipes, como para com todos os que encontramos na nossa vida quotidiana. É extraordinário como a prática do acolhimento abre o coração e a alma dum casal. Descobrimos que nos une uma enorme fraternidade, que podemos conversar como com os velhos amigos, quando afinal nem sequer nos conhecíamos uma hora antes. Se descobrirmos esta amizade cristã, e a vivermos cada vez mais largamente no seio da equipe e das equipes, iremos nos abrir cada vez mais ao acolhimento 12
dos outros, de todos os outros...” O Papa Francisco, na visita ao Brasil, sempre carinhoso e atencioso com todos, disse: “Abraçar, abraçar, precisamos todos aprender a abraçar...” “Como é bom ser acolhido, com amor, generosidade, alegria. Quando somos generosos acolhendo uma pessoa e partilhamos algo com ela, não ficamos mais pobres, mas enriquecemos.” “Precisamos promover a cultura do encontro, pois a proximidade cria comunhão e torna possível o encontro que toma forma de diálogo.” Temos confiança que é vontade de Deus que o 3º EN seja um tempo de encontro e acolhida, de graças, para todo o Movimento das ENS e não somente àqueles que lá estiverem. Portanto, todos nós, sem exceção, somos convidados a fazer parte desta grande Equipe da Acolhida, pois somos todos acolhedores, seja da Palavra, da oração, da informação, e principalmente dos irmãos. Que o nosso encontro seja marcado pela alegria, acolhimento e fraternidade. Na casa de Maria, esposa de José, vamos renovar as nossas forças para trabalhar na evangelização das famílias e testemunhar que: “O MATRIMÔNIO CRISTÃO É SEMPRE FESTA DA ALEGRIA E DO AMOR CONJUGAL quando fazemos tudo o que Ele nos diz”. Junko e Teruo Casal Coordenador Comissão Centro de Eventos CM 484
Editorial1 “Senhor, eu vos dou graças por não ser como os outros, ladrões, adúlteros...” assim rezava o fariseu da parábola. Cristo não nos diz que ele mentia e nem que mentia o publicano se acusando de pecador. E, no entanto, é o virtuoso que é condenado, e o pecador salvo e, precisamente porque este último mostrava a necessidade de um Salvador. Um convite ao pecado, estas coisas que lhes digo? Certamente não. Mas um convite, por mais virtuosos que vocês sejam, a reconhecerem que a sua virtude é derrisória, se não é a irradiação do Cristo que habita em vocês. A sua segurança é ilusória se não tem a Deus por fundamento. Será um convite a deixarem as Equipes? Certamente não, mas um convite a recorrerem ao meio que pode salvar do farisaísmo: a oração. A oração autêntica é o único contraveneno conhecido. Eis por que um agrupamento religioso que não é uma escola de oração é tremendamente perigoso: não é senão uma fábrica de fariseus. Não lhes quero ocultar que frequentemente me inquieto de vê-los assim tão ignorantes da verdadeira oração, não lhes concedendo, por assim dizer, lugar em suas vidas, sob mil pretextos, mais valiosos uns que os outros. É por isso que tantos lares são mornos, anêmicos, que se enfraquecem, que equipes
inteiras desfalecem. Nunca se tem razão para não comer, não respirar, ou não dormir. Nunca se tem razão para não rezar. Com efeito, se após dois ou três anos de vida de equipe vocês não aprenderem a rezar e não concederem à oração um lugar central em suas vidas, não escaparão ao farisaísmo; verão aparecer pouco a pouco os sintomas do mal e, por etapas, sucumbirem a ele: o contentamento de si mesmo, favorecido pela comparação com aqueles que os cercam e que são, sem dúvida alguma, menos virtuosos que vocês; a boa consciência, que é uma esclerose espiritual; a convicção de ser um justo, o que é exatamente a atitude que caracteriza o fariseu; a sorrateira satisfação de comprovar e de estigmatizar o pecado dos outros. E se, ao me lerem, vocês verificarem que não possuem estes sintomas, não fiquem assim tão completamente tranquilizados. A oração, e falo da verdadeira oração, prolongada, possui a virtude maravilhosa de nos levar à descoberta de Deus e de nós mesmos, da santidade de Deus e da nossa necessidade cotidiana de sermos salvos. Se vocês chegarem a rezar como Santo Afonso de Lignori, então estejam em paz, não há um perigo imediato de farisaísmo: “Senhor, desconfiai de Afonso, pois ele é bem capaz de vos trair hoje”.
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Pe. Henri Caffarel
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Editorial da Carta Mensal n° 3 – Ano VI - Junho de 1958
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Raízes do Movimento
DESCONFIAI DE AFONSO
Formação
SEMPRE ENS Padre Caffarel e os demais casais estavam inspirados pelo Divino Espírito Santo quando criaram as Equipes de Nossa Senhora. A certeza da inspiração divina na criação das Equipes de Nossa Senhora é clara. Algumas características distinguem uma Equipe de apenas um grupo de pessoas. Num grupo de pessoas os objetivos podem ser comuns, mas não são compartilhados; a dependência inexiste e, por fim, alguns atingem seus objetivos, não todos. Já numa Equipe o objetivo é comum e compartilhado. O nosso objetivo é a Santidade. . Outras características também são importantes: sinergia , confiança e liderança. E o que é sinergia? É trabalharmos todos juntos para o crescimento do Reino de Deus. Para que essa sinergia aconteça temos que ter humildade. Cada qual com seu dom contribua para que o Reino de Deus se estabeleça desde já. “Aquele que se exalta será humilhado, o que se humilha será exaltado”. Outra característica, a confiança, é valor preponderante, e me lembra uma velha, mas atualíssima canção: “Eu confio em Nosso Senhor, com Fé Esperança e Amor”. E, por fim, a liderança, o que não nos falta, pois Jesus é a cabeça e nós, os membros. Agindo com a cabeça, nada pode dar errado. No mundo corporativo, uma 14
equipe de alta performance tem apreço pelo desafio, e o nosso desafio como equipista é Ousar o Evangelho, para irmos pescar em mares mais profundos. Na 1ª Exortação Apostólica do Papa Francisco, ele nos fala sobre a Evangelização:
“Porque, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?” E continua: “A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. Isto é, definitivamente, a missão»”. «Ai de mim, se eu não evangelizar!» (1 Cor 9, 16). E o Papa Francisco conclui com seu bom humor: “Consequentemente, um evangelizador não deveria ter constantemente uma cara de funeral”. Outra característica de uma equipe é a perseverança, que também tem que estar no DNA de um equipista. “Aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 10,22). Ferramentas não nos faltam, Deus nunca nos abandona e ainda temos nossa Mãe Maria, a Madre de Deus. Finalizando nossa reflexão, o nosso temor a Deus é o que nos diferencia para sermos sempre uma Equipe de Nossa Senhora. Donizeti, da Sílvia Eq.07B - N. S. Madre de Deus Mogi das Cruzes-SP CM 484
A CENTRALIDADE DO AMOR O Documento de Aparecida nos diz no capítulo IV – A vocação dos discípulos missionários à santidade – que: “Para ficar verdadeiramente parecido com o Mestre, é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio (DA, 138). É esse amor que nos faz sair do nosso mundo fechado, preconceituoso e egoísta e nos aproximar do outro, tornando-nos verdadeiros cristãos, ir mãos, discípulos de Cristo e filhos de Deus. Amar como Ele amou não é uma sugestão ou um simples pedido de Cristo. É uma ordem, um mandamento. Foi pelo amor que, mesmo tendo demonstrado medo e covardia, Pedro foi chamado e escolhido para assumir o comando do incipiente rebanho: “Simão, filho de João, você me ama mais do que estes outros?...” (Jo 21,15-19). Foi também, por causa do amor, que Maria Madalena teve os seus pecados perdoados: “... os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor....” (Lc 7,36-50). CM 484
O amor, sinônimo de caridade, serviço, solidariedade, compaixão, perdão..., faz a diferença. Cristo o manifestou em diversas oportunidades, principalmente para com os pobres, os excluídos e os mais necessitados, nos ordenando a fazer o mesmo. A história nos mostra exemplos da sua prática. As primeiras comunidades cristãs entenderam e vivenciaram a centralidade do mandamento do amor. O seu exemplo atraía novos seguidores: “... E a cada dia o senhor acrescentava à comunidade outras pessoas...” (At 2,42s). Hoje, cabe a nós, cristãos do século XXI, mostrar que somos fiéis representantes do amor de Cristo, mesmo num mundo violento, interesseiro e individualista. Como equipistas, chamados a amar mais, devemos testemunhá-lo na vida conjugal, familiar, comunitária, profissional e no Movimento, pois, “é pelo amor que representamos Jesus” (Formação, para amar e servir como Jesus, p. 55). Cabem, aqui, dois questionamentos: praticamos o amor com as suas exigências? A vivência das responsabilidades, no Movimento, é expressão do nosso amor/serviço? Nunca é demais lembrar: é pela vivência do amor que seremos reconhecidos como discípulos de Cristo. Glória e Bartolomeu Eq. 07A - N. S. Desatadora dos Nós Jaboatão dos Guararapes-PE 15
MISSÃO DO EQUIPISTA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE Em nossa vida cristã somos chamados à missão. Em virtude do batismo somos constituídos missionários de Cristo Jesus na graça de filhos de Deus. O documento de Aparecida de 2007 nos afirma que “todo discípulo de Cristo Jesus é missionário” (DA, 144). E esta missão é realizada na sociedade como um todo: na família, no mundo do trabalho e na desafiadora cultura contemporânea como parte da ‘solidariedade com a criação de Deus’ (DA, 103). As ENS se apresentam na Igreja como esta oportunidade de meditarmos sobre a nossa responsabilidade como missionário em um estado de vida específico: o matrimonial. A partir da vivência com o cônjuge, somos constantemente chamados a refletir sobre o nosso papel de missionários que começa dentro de casa, no cuidado pastoral com as pessoas com as quais Deus nos confiou, e continuarmos este acolhimento em toda a humanidade. A vivência do amor conjugal e familiar deve resplandecer este compromisso maior de amor e solidariedade cristã que Cristo nos impulsiona na vida. O sacramento do Matrimônio, assim como o da Ordem, deve dar sentido aos nossos pensamentos, gestos e atitudes no mundo. Estes últimos devem ser reflexos de uma realidade que é vivida em casal e em comunidade como a presença de Deus na humanidade. O Matrimônio como missão é local de abertura no qual, através do amor entre homem e 16
mulher, gera um ambiente de fraternidade e de acolhimento ao mundo. Os primeiros a usufruírem deste espaço são os filhos e/ou os familiares mais próximos do casal. Assim, eles podem ir expandindo o amor de Deus sobre todos e possibilitando com que esta realidade de amor e solidariedade seja libertadora para tantos irmãos que vivem nas sombras das amarguras e desolação neste mundo. Padre Caffarel já conseguia intuir este espaço de amor e missão que o casal poderia se transformar no mundo moderno. “A existência de um lar cristão é uma história sagrada, porque é uma história conduzida por Deus.” Ao escrever esta frase, Padre Caffarel, no contexto do testemunho do casal cristão, recorda uma missão a ser construída com responsabilidade pelos cônjuges, pelo mundo. A história da família humana é a continuação da história de amor de Deus aos homens. O matrimônio conduzido por Deus é sinal da presença contínua de Deus no mundo e a possibilidade da continuação da história da criação onde todos somos protagonistas. Por isso, Deus nos chama em missão. A pedagogia do Movimento nos prepara para este desafio proposto por Deus aos casais em suas famílias e no mundo contemporâneo: continuar a história de amor entre Deus e os homens, de maneira especial, no acolhimento e no cuidado diário do outro. É o que Santo Agostinho nos fala em seu sermão 33, 19, “Não CM 484
basta afastar-se do mal, é necessário ser bom, a ponto de fazer o bem.” O desejo transformado em ações concretas de bondade, acolhimento e cuidado passa a ser o objetivo de nosso discipulado e a vivência de nossa missão. Este deve ser o desejo
dos equipistas que buscam, através do Movimento organizado por Padre Caffarel, assumir a missão de fazer parte da história sagrada de Deus no meio da humanidade. Vamos começar? Frei Arthur Vianna, osa SCE da Província Leste
O CASAL PESSIMISTA, OTIMISTA E O REALISTA Após a derrota do Brasil para a Alemanha, uma revista trazia um artigo que o Felipão escrevera uma carta para cada jogador e nela, à guiza de estímulo, citou uma frase do Teólogo Inglês, William G. Ward, que assevera: “O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que mude e o realista ajusta as velas”. Completava o técnico: “Não encontre problemas, encontre soluções”. De pronto pensei em nós, equipistas. Somos casais pessimistas, por não nos esforçamos para realizar os PCE? Estamos à espera de que o Movimento relaxe, dê uma afrouxada em suas exigências? Nós nos queixamos de que é exigente? Somos otimistas, esperando que um dia, por osmose, cumpramos, sem nenhum esforço pessoal e em casal, quer os PCE, quer a participação nos eventos de formação, no retiro anual, ou estamos satisfeitos com a situação atual e de que não necessitamos de mais nada? Ou, somos realistas, não olhamos para trás ao pôr a mão no arado; nos esforçamos e, se não fazemos o máximo, mas não descuramos dos deveres pedidos pelo Movimento, que cuida de nossa caminhada, tornando o “peso leve”, num “julgo suave”, como suscita Jesus? Temos a consciência de que é preciso ousar e que outros casais e famílias CM 484
estão à nossa espera; que somos hoje os operários da messe, com desprendimento e coragem para assumir missão? O casal que ainda não se viu realista, não compreendeu a extraordinária dimensão do Movimento; não alcançou a profundidade da pertença como fruto de uma fé adulta que resulta em servir como seguidor de Jesus, espraiando-se por ser discípulo-missionário. A pertença nos induz a uma inquietação interior, só satisfeita quando desejamos que outros casais façam parte dessa caminhada de busca da santificação. Apesar de nós! Que tal se cada um de nós, sendo leal conosco mesmo, se perguntasse: que tipo de casal somos: pessimista, otimista ou realista para uma sincera mudança de rota? O Papa Bento XVI exorta: “O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”. Dito isso, sabemos a quem vamos pedir ajuda, com humildade e simplicidade, para sermos melhores. Quem não cumpre os PCE não perde de 7 a 1, mas de 6 a 0. O Movimento tem as soluções; os problemas, pela dureza de nossos corações, nós os criamos. Elena e Maury Eq.01 - N. S. Perpétuo Socorro Limoeiro do Norte-CE 17
Tema de Estudo
A MISSÃO DO CASAL CRISTÃO
Usando a linguagem simples e sugestiva, Jesus, na parábola do semeador, conta a história de um agricultor que espalha os grãos no seu campo. Deparamos com um semeador surpreendente: Ele não escolhe seu terreno. Lança semente por toda parte: semeia em terreno devastado, árido, em conflitos, em pobrezas materiais, em terrenos carregados de provações, semeia em terrenos de oração, semeia em terras boas. Jesus nos mostra que Deus não faz diferença entre as pessoas. Ele pode semear em qualquer lugar, mas quanto a nós cabe o cuidado e o zelo. A atenção quanto ao nosso terreno. Que tipo de terreno estou oferecendo a Deus? A atitude do semeador é da gratuidade, da caridade, da esperança. Nossa resposta a Deus está de acordo ao que Ele nos oferece? Sabemos que aderindo ao Seu convite não seremos decepcionados e por isso Ele nos convida a semearmos esperança. Libertando-nos dos apelos do mundo, a semente germinará através da ação generosa, cuidando para que o amanhã seja um dia melhor, 18
não só para mim, meu esposo, minha família, mas também para outros casais e famílias, que poderão se beneficiar, por exemplo, com sua inserção nas Equipes de Nossa Senhora. Devemos semear entre todos os casais que o sacramento do Matrimônio é um dom do qual somos vocacionados. Que as famílias são pequenas Ecclesias e que o casal cristão é a representação da trindade santa. Semear na terra de cada geração, de cada local onde estivermos e deixar para Deus o cuidado de controlar a germinação e o crescimento, eis a nossa vocação. Esta parábola nos faz refletir sobre a questão da acolhida do reino Deus por aqueles que seguem Jesus. Se você escolheu as ENS como meio para ser mais íntimo de Jesus e mais ativo na construção do Seu reino, instigamos-lhe a ter coragem de viver esta aventura de cuidar da Sua vinha, sendo participativo, especialmente aceitando os convites para o serviço. Em nossas ações devemos procurar fecundar nossa terra, cuidar, caprichar em tudo aquilo que for nobre, bom e digno e, sobretudo, por uma profunda adesão ao Semeador. E ainda, em consonância com o nosso tema não podemos esquecer a disponibilidade de cuidar do outro. Jesus mostrou-nos através de sua atitude de humildade e de serviço quando se cingiu e lavou os pés de seus discípulos. E nos orientou: “Fazei o mesmo”. Cláudia e Paulo CR Região Minas II CM 484
EEN - Campina Grande-PB Durante os dias 05 e 06 de abril, a Província Nordeste realizou na cidade de Campina Grande, o Encontro de Equipes Novas. O Encontro contou com participantes da cidade e também com casais de João Pessoa e Pocinhos/Esperança. O Encontro de Equipes Novas faz parte da segunda fase da Pilotagem. O evento teve como tema: “Eu sou a verdade e a vida”. (Jo 14,6) e foi dividido em módulos, sendo: I Módulo - Que nos guia? Carisma e Mística das ENS, II Módulo - Para onde vamos? – Orientações de vida e testemunho, III Módulo - O que levamos conosco? – PCE e Partilha, Oração Conjugal e Dever de Sentar-se e IV Módulo - Que vai conosco? Vida em equipe e História das ENS. Formação inicial das Equipes de Nossa Senhora. O objetivo é CM 484 462
Vida no Movimento
província nordeste
aprofundar os conteúdos vistos na primeira fase da Pilotagem, levar os novos casais a firmarem formalmente o compromisso, e fazê-los perceber que a vida do equipista transcende sua equipe. Na realização do Encontro, todas as reflexões nos levaram a um tempo de diálogo e partilha em casais, através das equipes mistas, que nos enriqueceram com suas experiências. Foi um momento especial para compreender, assimilar e viver o espírito das equipes, nos tornando equipistas cada vez mais fortalecidos e animados no movimento. “Mas vós ireis receber uma força, a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós”. (At. 1,8) Em todo o Encontro pudemos sentir e viver a verdadeira comunhão com Cristo, através dos testemunhos, leituras, meditação, louvores e celebração eucarística. 19
Cada momento foi pensado com muito carinho, vimos isso através da dedicação dos formadores, CRS e CL. Vinte e sete casais se fortaleceram e reavivaram o seu compromisso com esse belíssimo Movimento,
nos fazendo crescer em espiritualidade conjugal e comunhão com Deus. Cristina e Flávio Eq. N. S. Rainha dos Anjos Campina Grande-PB
PROVÍNCIA LESTE
EEN - REGIÃO RIO III Este é nosso segundo ano como Equipe, depois da Pilotagem, e nosso primeiro ano como Casal Responsável, e afirmamos com toda certeza de que o Encontro de Equipes Novas é imprescindível a todos que ingressam no Movimento! Com momentos para reforçar o conhecimento recebido inicialmente e esclarecer algumas dúvidas, o EEN renovou nosso ânimo para enfrentar os desafios – que não são poucos – presentes na vida de um cristão e, principalmente, de um cristão equipista. Tivemos informações variadas, mas algumas merecem destaque, pois nos envolveu bastante... Conhecemos um pouco da história 20
do Pe. Caffarel, de como se tornou padre e a partir de quando passou a se interessar pelo trabalho com cristãos casados. Aprendemos também alguns detalhes sobre o início do Movimento e dos PCEs. A origem das Equipes durante o período da Segunda Guerra e a maioria dos homens que passava um longo tempo fora de casa, o que criava um distanciamento entre o casal. Eram quase como desconhecidos, e o Dever de Sentar-se se fazia necessário, mais que uma prática espiritual, um esforço essencial para se manterem os laços entre os cônjuges. Conhecendo o passado, podemos compreender melhor o presente e, nesse caso, entender a história do Movimento e tudo o CM 484
que envolveu a criação do Estatuto levando-nos a VIVENCIAR os Pontos Concretos de Esforço em vez de apenas FAZÊ-LOS. Participar do EEN também foi uma oportunidade para conhecer e trocar experiências com casais de outras equipes, além de renovarmos nosso compromisso com o Movimento, dizendo novamente nosso SIM.
Saímos deste Encontro com vontade de partilhar e praticar tudo o que foi aprendido e levaremos no coração algo que nos fez refletir bastante, apesar de parecer óbvio: não dá para ser equipista se antes não formos cristãos de verdade. Sílvia e Roni Eq.11C - N. S. Aparecida Rio de Janeiro-RJ
PROVÍNCIA CENTRO-OESTE
EEN - BRASÍLIA-DF Participamos nos dias 24 e 25 de maio do III Encontro das Equipes Novas, em Brasília. A expectativa era grande, pois seria um momento muito importante para nós e para nossa equipe, iríamos dar o nosso sim, e, consequentemente, assumir com responsabilidade e amor o compromisso nesta caminhada de irmãos e membros das ENS. O Encontro foi, para nós, a confirmação e a certeza de que estamos no caminho certo. Ser equipista é uma graça de Deus na vida do casal. Sentimos em todos os momentos que éramos uma grande família. Desde a acolhida até o CM 484
encerramento só víamos exemplos de um trabalho feito com carinho, perseverança e muita unidade. As palestras foram muito enriquecedoras, objetivas e com muito dinamismo. Crescemos muito nas reuniões de equipes mistas, pela troca de experiências, testemunhos e interação entre todos. Ressaltamos a participação dos equipistas de Palmas neste encontro, com muita motivação para conhecer melhor o Movimento. Como este Encontro foi importante para nós, novos CRE e para toda a equipe! Coroou, com êxito, a Pilotagem e nos deu ânimo, coragem, esperança e fé para continuarmos a caminhada. 21
Conscientizou-nos das nossas responsabilidades, deu-nos os meios e as ferramentas e mostrou-nos os passos que deveremos seguir para nos tornarmos realmente membros participantes e atuantes das ENS. Foi com muita emoção que fizemos o nosso compromisso durante a Santa Missa no encerramento do Encontro. Que Maria, padroeira de nossas equipes, nos proteja! Que o Espírito Santo nos ilumine, e que Jesus sempre nos fortaleça a sermos fiéis ao Carisma do nosso Movimento, no cumprimento dos PCE, na ajuda mútua e no testemunho como casal cristão.
Participaram o Casal Responsável da Província Centro-Oeste, o Pe. Antídio, SCE da Equipe de Formadores, Pe. Jonas, SCE da Equipe 05 de Palmas e Pe. Wallace – SCE das Equipes 02-B e 87-H. Queremos agradecer de maneira especial ao nosso Casal Piloto Mércia e Aguimar (Casal coordenador do Encontro), pela nossa pilotagem, feita com tanto amor, dedicação, paciência, carinho e doação. Exemplo de verdadeiro casal cristão e equipista. Suely e Braga Eq.10H - N. S. do Santíssimo Sacramento Brasília-DF
IMPORTÃNCIA DO MUTIRÃO Não há dúvidas de que, quanto mais conhecemos nosso Movimento, mais o amamos e, nesse sentido, destacamos o Mutirão como oportunidade de formação a todos os casais equipistas. No nosso caso, foi fundamental o primeiro Mutirão de que participamos em 1998, quando o testemunho dos casais, acompanhados pelos SCE, buscavam a unidade na diversidade. Lembrando essa rica experiência, nos indagamos: saberão os equipistas o verdadeiro valor que tem um Mutirão? Sabem eles o que é o Mutirão? Aproveitam realmente esta e outras oportunidades de formação que o Movimento oferece? Atentos ao Manual de Formação, vemos que o Mutirão “se realiza em clima de festa, com alegria e descontração, sem prejuízo da eficiência do trabalho comum e comunitário que ali se faz, em proveito,
não de um só, mas de cada um dos equipistas que dele participe” (cf. p. 9). Nesse espírito foi que nos unimos, Setores D e F da Região CO-1, para realizarmos o Mutirão em maio passado, com o tema “A vida equipista e a caminhada para a santidade”. Os 31 casais participantes, desde os mais experientes até os mais novos, com os SCE dos dois Setores e um AET, aproveitaram o clima de festa, alegria e descontração, para enriquecer sua formação em proveito de todos. Padre Norbey, SCE do Setor D e de mais quatro equipes, com sua costumeira hospitalidade, nos acolheu em sua Paróquia. Jovens casais animaram os mais experientes com teatro, músicas e coreografias. Momentos de oração celebrativa trouxeram a certeza de que estávamos reunidos em nome de Cristo. As mensagens, embasadas nos
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documentos, sobre a Espiritualidade Conjugal, as Três Atitudes, o CRE e o SCE, nos lembraram da exigência da caminhada equipista. Nossa formação enfocou palestras, dever de sentar-se, dinâmica de grupos e experiências sobre a vida de Equipe. Não esquecemos a reunião formal com destaque à Partilha e à vivência dos PCE nem o Tema de Estudo. Enaltecemos a Coparticipação; recordamos a importância da ajuda mútua e da correção fraterna no amor ao irmão. Os flashes sobre a importância dos casais Piloto, Ligação e Animador, bem como o recado do nosso querido casal Marly e Francisco, nos enriqueceram com ensinamentos de vida e do Movimento. O encontro culminou com a mensagem sobre “Missão e Engajamento” na fala CM 484
do Pe. José Maria, SCE do Setor F. Enfim, o Mutirão foi avaliado como rica oportunidade de partilha para o crescimento cristão e equipista, levando-nos à busca da Verdade e da Vontade de Deus, para melhor vivermos a comunhão com o cônjuge e os irmãos. Ficou a certeza de que devemos ser grandes incentivadores da causa equipista e de que, participando dos momentos de formação como o Mutirão, melhor conheceremos o Movimento e mais o levaremos aonde quer que estejamos, com o testemunho de vida feliz, junto ao cônjuge, aos filhos, familiares, no trabalho, na comunidade e na sociedade em que vivemos. Leila e Antônio Carlos Casal Responsável Setor Brasília-DF 23
PROVÍNCIA SUL I INTEREQUIPES - UMA OPORTUNIDADE ÚNICA! Tivemos a alegria de acolher os casais do Setor de Porto Feliz em uma das reuniões da equipe mista realizada neste ano. Como compomos uma equipe nova - a Equipe de Nossa Senhora Rainha da Paz está formada há apenas 02 anos - esta foi a segunda vez que tivemos a graça de viver esta experiência. Assim, embora estejamos no início da nossa caminhada como equipistas, já esperamos com entusiasmo esta oportunidade. Oportunidade, em primeiro plano, de conhecer verdadeiramente o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. A reunião mista nos abre a possibilidade de conhecer o que são as ENS para além do nosso pequeno núcleo. De um lado, isto nos conforta, porque constatamos que nossas dúvidas e nossas fraquezas são compartilhadas por casais das mais diversas equipes, independentemente do seu tempo de casamento ou de caminhada no Movimento. De outro lado, percebemos que as dificuldades havidas nas Equipes podem, em vez de enfraquecê-las, funcionar como estímulo para o fortalecimento de seus membros. Isto se soubermos viver, de verdade, aquilo que o Movimento nos propõe, sobretudo no que diz respeito à perseverança e à fé. Devemos, pois, visualizar em tudo aquilo que nos acomete na vida pessoal 24
e na equipe como propósito de Deus... Se confiarmos que há as mãos de Deus na nossa vida, não desanimaremos, e confiaremos que tudo que foi posto na nossa vida já está nos desígnios d´Ele. De outro lado, entendemos que a reunião mista também é uma oportunidade de conhecermos verdadeiramente as pessoas. Acolhemos nesta ocasião, em nossa casa - no reduto sagrado da nossa família - pessoas que não escolhemos e sequer conhecemos, ou conhecemos apenas superficialmente. A proposta, inicialmente, até nos assusta, mas o resultado é surpreendente. É a prova da presença do Espírito Santo entre nós! Conseguimos superar a barreira puramente humana do julgamento do outro pela sua aparência, pela sua postura, por aquilo que nós acreditamos que ele seja. Quando cada casal comenta o que apreendeu do Evangelho, quando responde às indagações sugeridas no roteiro da reunião ou mesmo quando, ao final, avalia a reunião realizada e, naturalmente, o último ano vivido sob o carisma das Equipes de Nossa Senhora, o que percebemos, ternamente, é como somos parecidos, como estamos verdadeiramente ir manados. Sentimo-nos ramos da mesma árvore. Filhos do mesmo Pai! Desta forma, podemos ousar e experimentar o Evangelho! Vivemos a experiência de ver a face de Deus no semblante dos CM 484
nossos irmãos. E, neste sentido, lembramos o que sempre nos diz o nosso Conselheiro Espiritual, Padre Washington Ribeiro: que “quanto mais humanos nós nos sentimos, mas ficamos próximos de Deus”. Agora, resta-nos guardar esta experiência no nosso coração para que ela nos motive a repercutir na nossa família, nos nossos
trabalhos e na comunidade, todas as maravilhas que a Equipe de Nossa Senhora tem trazido para a nossa vida. Não vamos deixar que a chama se apague. Ao contrário, devemos ter a coragem e a ousadia de difundi-la pelo mundo.
SOMOS IGREJA Quando recebemos o convite para a Sessão de Formação Nível II que aconteceria nos dias 01 e 02 de agosto deste ano, na Paróquia Bom Jesus de Piraporinha, em São Bernardo do Campo, SP, pelo nosso CRS ficamos muito felizes, pois, nos sentimos escolhidos por Deus para um momento rico e único em nossas vidas. Porém, não tínhamos ideia de como seria esta formação, e com certeza superou todas as nossas expectativas. Desde o convite até o encerramento com a missa, foi possível ver a presença de Deus em cada uma das pessoas que estavam trabalhando para a formação acontecer da melhor forma possível, além de termos a oportunidade de conhecer casais de outros Setores
que estavam ali com o mesmo propósito que o nosso. O assunto da Formação foram os Documentos da Igreja (Lumem Fidei = A Luz da Fé) apresentados de forma muito clara pelos Pe. Dayvid e Pe. Felipe, e a mensagem principal que ficou para nós é que devemos colocar o essencial, que é Deus, em primeiro lugar em nossas vidas, pois precisamos estar alimentados espiritualmente para seguirmos em frente com a nossa missão. Deus fala conosco! Será que ouvimos o que Ele nos diz ou será que ouvimos só o que queremos? Esta é a pergunta que devemos nos fazer constantemente. Foi enfatizado que a fé que todos nós temos é um dom gratuito de Deus! Todos nós somos iluminados por Ele. Se Deus não
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Taisa e Vademir Eq.07 - N. S. Rainha da Paz Porto Feliz-SP
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for real para nós a nossa fé não vale nada, além de que, nós somos batizados, e somos a base da Igreja, por isso, precisamos aprender a ser e nos comportar como Igreja. Sentimos-nos abençoados por pertencer às ENS; e ter a oportunidade de participar de momentos de formação como esse é muito importante para o nosso crescimento espiritual. Como equipistas precisamos ser luz para outros casais, pois o primeiro local de
apostolado é na família e cada membro deve dar testemunho da sua fé. Temos que dar o nosso melhor sempre, até nas coisas mais simples, pois é aí, nas coisas pequeninas, que se manifesta o amor de Deus. Foi uma Formação abençoada e muito proveitosa para nós. Jéssica e Rodrigo Eq.15 - N. S. Rainha da Paz São Caetano-SP
PROVÍNCIA SUL II MUTIRÃO 2014 Aconteceu no dia 01.06.14 o Mutirão das ENS do Setor BrotasTorrinha. Todos nos equipamos com as ferramentas necessárias para juntos, aprofundarmos o conhecimento do Movimento, tornando-nos equipistas mais cientes da missão, da mística e dos meios das ENS. O Colegiado do Setor decidiu abordar os PCE: Oração Conjugal e Dever de Sentar-se. Reunidos num grande círculo, os participantes puderam ouvir e partilhar testemunhos; os equipistas mais experientes contaram suas histórias contextualizando como aconteciam as reuniões mensais, as reuniões prévias e os EACRES. Descontraidamente, rimos ao ouvir sobre os meios de transporte que tinham que usar naquela época, tais como, trem, Kombi e também sobre as condições das estradas que lhes renderam memórias incríveis. Por outro lado, compreendemos que muito do que acreditamos ser empecilho nos dias 26
de hoje para que deixemos de participar das atividades propostas pelo Movimento(distância, frio, duração dos encontros, deixar os filhos) não foram suficientes para abalar o ânimo desses nossos precursores. Dando início ao assunto “oração”, vários e intensos testemunhos foram externados, muitos levando-nos às lágrimas, demostrando o poder da oração de uns pelos outros e do Movimento por cada um. Pegando esse gancho, foi abordada a Oração Conjugal, sua importância, bem como a necessidade de dedicação e abertura de coração para que seja bem vivenciada. O testemunho de uma viúva fez com que pudéssemos avaliar nossas atitudes e valores pensando no vazio da falta do outro e nas oportunidades perdidas, e concluímos que muitas vezes a dor nos ensina as lições que o amor não conseguiu ensinar. O Dever de Sentar-se, assim como a Oração Conjugal nos levam ao conhecimento do outro, à partilha do amor, de sentimentos e CM 484
emoções. Juntos, pudemos aprender muito pela troca de experiências mediante a qual, ficou ressaltada a diferença entre o diálogo diário que deve existir entre o casal e um tempo reservado para que esse mesmo casal sente-se com Deus e fale sobre a vida, facilidades, dificuldades, filhos, sonhos e realizações.
Enfim, o Mutirão foi um grande “canteiro de obras” no qual o Espírito Santo conduziu-nos, permitindo uma reforma de almas, de consciências e de ânimos. Cláudia e Joel Eq.06 - N. S. das Brotas Brotas/Torrinha-SP
PROVÍNCIA SUL III ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS Com grande carinho e emoção relatamos um pouquinho do que recebemos e partilhamos durante o 1º EEN, realizado na nossa Região Paraná Sul. Guiados pelo Espírito Santo e pela radicalidade em amar, se doar e servir da Equipe de Formação, sob a Coordenação do Casal Responsável Vânia e Júnior e do SCE Pe. Cândido, vivemos momentos importantes de formação e espiritualidade. Foram dois dias repletos de reflexões acerca dos Estatutos, Mística e Carísma das ENS, dos instrumentos preciosos: PCE, Reunião de Equipe, de testemunhos de casais, de espiritualidade, de troca de experiências entre as equipes, de alegria e muita animação. Durante as reflexões em grupos
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cada casal ia se identificando com algum personagem, refletindo sobre suas atitudes e conclusões riquíssimas surgiam: “Não é pelos casais, mas sim por Cristo que nos espera que devemos nos entregar na ida às nossas reuniões; Cristo nos espera enquanto indivíduo, enquanto casal, enquanto família e conta conosco na evangelização de novos casais”. “Ir por curiosidade, ser fisgado pelo amor!” “Conhecer mais para amar mais” Enfim, motivados pelo amor de Cristo e unidos pela inspiração do querido Pe. Caffarel, voltamos aos nossos lares inflamados do Espírito Santo, a fim de evangelizarmos mais casais e buscar a santificação das nossas famílias. Mariana e Tiago Eq.16A - N. S. das Graças Curitiba-PR
Testemunho
ação de graças “Como é bom ter a minha família, como é bom! Vale a pena vender tudo o mais, para poder comprá-la. Como é bom ter uma ENS, como é bom! Vale a pena deixar tudo o mais, para poder priorizá-la”. Nossa Equipe, sob as bênçãos de Nossa Senhora, teve início no ano de 1996. Infelizmente, nenhum dos casais que iniciou essa caminhada está, hoje, conosco. Alguns conselheiros espirituais que nos acompanharam abrilhantando com sua presença e orientações, também estão trabalhando em outras searas. Nesta caminhada de 18 anos tivemos momentos bons, mas também situações difíceis. No decorrer dos primeiros anos de equipe passamos por um processo de discernimento. O pouco envolvimento e participação nos eventos promovidos pelo Setor, a “falta de tempo”, o excesso de trabalho e filhos pequenos, tudo era obstáculo que só o tempo e a maturidade na fé poderiam sanar. Em contrapartida, sempre contamos com o apoio de ótimos SCE que, atentos às nossas necessidades, não mediam esforços para nos encorajar. São Paulo diz: “quando sou fraco então é que sou forte” (2Cor.12,10). Quando nossa equipe estava em vias de se acabar nos fortalecemos com a entrada de novos casais. O Casal de Setor foi fundamental nesta tarefa e passamos por uma nova pilotagem. Hoje somos sete casais e nosso querido SCE Mons. Catarino. Somos todos engajados em trabalhos pastorais e disponíveis para o serviço no Movimento. A cada ano que passa vamos crescendo através dos PCE do Estudo do Tema e das Orações. Somos unidos na alegria, na dor, nas perdas de entes queridos e em todos os momentos que Deus nos concede. É muito bom poder contar com a solidariedade dos irmãos da ENS Rosa Mística para dividir o fardo, assim como é bom estarmos juntos para celebrar a vida. Somos realmente uma família, não mais importante que a de sangue, talvez, mas unida. Vivenciamos muitas graças, pequenos e grandes milagres. Agradecemos a Deus por nossas famílias e por cada membro de nossa equipe. Que Nossa Senhora cubra-nos com seu manto de amor para que cada vez mais possamos ser testemunho do amor de Deus e exemplo para outros casais. Imaculada, do Anísio Eq.03A - N. S. da Rosa Mística Pouso Alegre-MG 28
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educando na fé Os efeitos santificantes das ENS sobre a vida dos casais e suas famílias é inquestionável, mas motivados pela comemoração do Dia das Crianças e pelo estudo do tema: Ousar o Evangelho, Ser família e cuidar dela, queremos lhes falar sobre a graça cristificante da vivência dos PCE na relação com nossas filhas. Cristificante, porque a Oração Conjugal, a Escuta e Meditação da Palavra nos ajudam a substituir nossos corações frágeis pelo coração de Cristo, manso e humilde, para acolher aqueles sentimentos, preferências e valores próprios do Nosso Amado Senhor! Temos nos movido por profundo amor e dedicação às nossas pequeninas Marias, um amor incondicional e pautado pelos valores evangélicos que nos motivam a valorizá-las desde pequenas porque Jesus nos diz: “Deixai vir a mim as criancinhas...” (Lc 18, 16). Como nos ensinou nosso querido Padre Henri Caffarel “Todas as alegrias e todas as penas da família (e só Deus sabe quantas há ao longo de uma existência, tanto leves como pesadas!), todos os trabalhos e descansos, todas as pessoas e bens, tudo o que é substância e a vida do lar, Ele toma nas “suas santas e adoráveis mãos” e oferece tudo isso ao seu Pai. Temos certeza disso e agradecemos incessantemente a graça de podermos contar com a ajuda divina na maravilhosa missão de educar nossas filhas para que cresçam em graça e sabedoria como Jesus crescia (Luc 2, 40). CM 484
Começamos a colher os frutos semeados por nossos pais que nos educaram no amor e com limites e procuramos seguir seus exemplos. Temos percebido que as crianças têm uma sensibilidade natural para o religioso. Inúmeras vezes nossas filhas revelaram espontaneamente sua atração por Deus, só buscamos colocá-las na vertente, quer dizer, num ambiente favorável, e nada melhor para isso do que a vida de equipe. Considerando que a experiência religiosa é fundamentalmente a do amor, orientamos aquele instinto primitivo e natural de amar e sentir-se amado por nosso Deus e elas acabam experimentando a relação com Ele, como Papai, com efeitos de paz e encantamento. Não nos damos o direito de tomar café da manhã antes de escutar e meditar a Palavra, rezamos o terço e comungamos diariamente e nossa filha, de nove anos, tem dever de sentar-se conosco e o Papai do Céu. Assim, a intimidade e amizade com Deus têm enchido nossa vida de alegria e não só a nossa, mas daqueles que nos cercam. Só podemos render graças ao Pai por nos fazer amados através dos nossos pais e nossas filhas e nos comprometemos a transmitir a felicidade da fé madura com a alma de criança, confiantes, transparentes, sinceros e apaixonados por Ele. Gabriela e Fernando Eq.05 - N. S. de Fátima Alfenas-MG 29
o milagre das bodas
Convidar Jesus e Maria para a festa das bodas é o que podemos fazer, diariamente, quando nos unimos, marido e mulher, para uma Oração Conjugal. Em determinado momento da oração, colocamos os olhos sobre o nosso casamento, sobre o nosso lar, sobre cada uma de nossas filhas, neta, genros, sobre nossos pais e irmãos, amigos, comunidade, trabalhos, e começamos a perceber o que está carente em cada uma dessas situações. Pedimos a ajuda de Maria para que, com sua sensibilidade, nos ajude a identificar melhor onde o vinho está faltando e, depois, nos ajude a fazer tudo o que Ele (Jesus) nos disser. No próximo passo, esperamos que Jesus se revele, no milagre cotidiano da vida a dois, e isto acontece na Escuta da Palavra e na Meditação, que fazemos juntos. Cada dia, o Espírito Santo nos leva a compreender tudo o que Ele nos diz e nos 30
conduz à verdade completa. Através de um texto do Evangelho nos traz percepções novas. Acontece de compreendermos que o vinho do amor está ficando adulterado, seja por causa da rotina, seja por causa do ativismo em nossas tarefas diárias, seja por conta de egoísmos, orgulhos e outras causas. Então, recordamos a expressão de Maria Santíssima: “Façam o que Ele vos disser”. Meditamos sobre a escuta da Palavra e logo nos vem a orientação de Jesus: “encham as talhas de água”. Vamos para o Dever de Sentar-se e, no diálogo conjugal, nos damos a conhecer mais um pouco, porque o mistério de cada um é inesgotável. Entendemos que nossas vasilhas de afeto e ternura estão secando, nossas reservas de abnegação estão trincadas e pelas fendas abertas vazam a paciência, a cortesia, a tolerância, a parceria, a entreajuda, a boa vontade... Na solidariedade conjugal, levamos nossas talhas para encher, da água que vem das fontes de graças do sacramento do Matrimônio. Fazemos nossas intenções conjuntamente, ajuntamos os propósitos, as Regras de vida, até encher as talhas e as apresentarmos a Jesus. Fazemos nossa entrega a Jesus para que Ele transforme aquela água em vinho, pois sabemos que é vinho da melhor qualidade. Assim, a festa das bodas tem continuidade e adquire renovado vigor. Graça e Eduardo Eq.06B - N. S. Bom Conselho Porto Alegre-RS CM 484
o tema que mudou o rumo de nossa história A nossa equipe tem apenas três anos de idade, e os membros que dela fazem parte têm sua história pregressa em todos os movimentos da Igreja Católica. O que colaborou para mergulharmos na espiritualidade, sob a inspiração do Pe. Caffarel, é que ele nos ensina que é com os pequenos gestos de fé que percebemos a grandeza da oração, o valor da participação nos eventos das ENS e como ousar o Tema de Estudo em comunhão com a Nossa Santa Madre Igreja. Durante o ano de 2013, nossa equipe teve a oportunidade de ter como estudo o livro Reunião de Equipe, e tivemos experiências maravilhosas ao partilharmos esse livro. Cada reunião proposta nos motivava e nos ensinava o verdadeiro sentido da vivência dos casais nas ENS. Uma surpresa a cada tema ia desabrochando uma parte da reunião formal e sua importância. Por mais que nós já conhecêssemos o passo a passo da reunião, viver cada parte em particular foi muito precioso para nós. Em um determinado ponto, o livro nos propôs que sorteássemos um casal da equipe e fizéssemos uma visita para nos conhecermos melhor e apoiarmos esse casal na caminhada. Isso foi feito e com muita alegria fizemos o sorteio como o de um amigo oculto e marcamos nossas visitas sem que o casal que fosse receber soubesse quem o iria visitar. CM 484
Foi um momento muito valioso para nossa equipe, pois pudemos viver uma intimidade fora das reuniões, ficamos mais unidos e mais entusiasmados após essa experiência. Tivemos ainda durante o ano passado a oportunidade de realizarmos uma ceia judaica (com carne de cordeiro, ervas amargas e pão sírio), durante nossa Reunião Formal e a experiência de realizarmos o lava-pés, onde o esposo lavava os pés da esposa e pedia perdão por não ter praticado bem os PCE vice-versa. Sobre a “Campanha das ENS, 100% Retiro em 2014”, isso foi uma meta pré-estabelecida pela equipe desde a Pilotagem. Os empecilhos que surgem para interromper a missão, nunca se tornam problemas, porque logo acionamos a entreajuda, ferramenta que garante a caridade entre irmãos e no que está fora de alcance recorremos ao Setor que, com prontidão, responde com o auxílio mútuo. No mês de maio deste ano, tivemos duas experiências incríveis. A primeira foi o fato de termos conseguido a participação 100% da nossa equipe no Retiro. Na mesma semana, tivemos nossa reunião formal e, além de estarmos aquecidos pelo amor de Deus, tivemos mais um encontro especial; 31
dessa vez com Nossa Senhora, Rainha e Mãe da Igreja. Fizemos a cerimônia de sua Coroação com a participação de nossos filhos, cujo momento oportunizou que cada casal colocasse nas mãos de Maria Santíssima a vivência dos PCEs. Essas oportunidades que tivemos e que ainda estamos tendo se devem muito ao estudo do livro Reunião de Equipe e ao apoio intenso que recebemos do nosso SCE, o Frei Rubens, que sempre está nos presenteando com sua
dedicação. Nós acreditamos que todas as Equipes, mesmo as mais antigas, deviam ter a oportunidade de estudar esse livro, pois realmente faz a diferença na Vida da Equipe. Entendemos que é prazeroso viver o Tema de Estudo, conjugando o carisma das ENS e a Vida de Igreja, em casal, em família e em equipe. Jeane e Vantuel Eq.47B - N. S. de Guadalupe Brasília-DF
vivendo a coparticipação Muitas das reuniões por nós vividas nos levam a refletirmos profundamente sobre a dimensão dela em cada casal e em cada equipista. O momento da coparticipação é uma oportunidade curativa experienciada por todos aqueles que se deixam envolver pelo espírito de unidade tão almejado pelo Movimento. Percebemos que o Espírito Santo de Deus se faz presente em plenitude de sua ação, movimento, desinstalando, retirando venda dos olhos, instruindo e conduzindo para um efeito curativo, tão próprio Dele! E, enquanto lutamos para nos desenvolvermos na integralidade do nosso ser: corpo, alma e espírito percebemos a presença deste mesmo Espírito como aquele que pairava sobre as águas da qual nos fala o livro de Gn 1,2b. Ao mesmo tempo em que vemos a realização da Palavra viva de 32
Deus ou das promessas Dele, se realizando conforme escrito em Mt18,20 (Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou no meio deles). Inspirados nestas palavras possamos todos, nos abrirmos sensivelmente para o momento da coparticipação. Seja para nos desafogar daquilo que tenta nos submergir, seja para ouvirmos e sermos a boca de Deus para aqueles que buscam na equipe, a presença do próprio Deus na presença de cada irmão. Toda essa plenitude espiritual está presente em cada reunião. Que possamos senti-la, seja na tranquilidade do Espírito que pairava sobre as águas, seja na força arrebatadora de um Deus que se faz presente e que é Caminho, Verdade e Vida. Márcia e Sebastião Eq.05B - N. S. da Medalha Milagrosa Ituiutaba-MG CM 484
um chamado fora dos padrões Nada nos acontece por acaso. Reconhecemos que nossa entrada nas ENS aconteceu através de uma situação singular. Até meados de 1978, conquanto ambos fôssemos de formação católica, não se podia dizer que vivíamos nossa fé plenamente; pelo contrário, influenciados por algumas incursões do Marcello no espiritismo, e até mesmo nos campos exotéricos e teosóficos, não frequentávamos a Igreja senão em ocasiões meramente sociais. Trazíamos a formação católica da nossa infância; no caso da Irene uma formação das educadoras Carmelitas e, quanto ao Marcello, sob o amparo das orações da sua mãe, que esperava dele um testemunho de amadurecimento na fé, aceitando o Crisma. Sabíamos que nossas indecisões não nos satisfaziam, contudo nos envolvíamos a todo tempo numa busca infrutífera de realização. Marcello passava por um período conturbado espiritual e financeiramente. Estando a serviço de um cliente, na Receita Federal, apresentou um pedido de prorrogação de prazo para um recurso. Sem mais nem menos, Marcelo dirige-se ao Delegado com esta preciosidade: “Doutor, eu queria lhe pedir um favor! O senhor poderia orar por mim?” Este inusitado pedido repercutiu em seu interior como uma verdadeira bomba e, mesmo recebendo um sorriso de acolhimento, Marcelo não ficou ali para esperar a resposta. CM 484
Vejam a sutileza do amor de Deus por nós: aquele delegado, Dr. Felippe Cardelino é um dos primeiros equipistas em Brasília (ENS 2). Naquele mesmo dia, na reunião mensal, no momento das intenções, o pedido de Marcello foi encaminhado a Jesus, por intercessão de Nossa Senhora. Exatamente no dia seguinte, temos isto muito bem na memória, Marcello recebeu um telefonema e percebeu estar do outro lado o Delegado da Receita que, de imediato, lhe disse: “Marcello, aquele pedido que você me fez ontem foi atendido por todo um grupo”. Aquela atenção do Felippe trouxe ao Marcello um conforto muito grande e o fez sentir-se valorizado. No dia seguinte, outro telefonema de Felippe, e trazia uma proposta: “Você e sua esposa gostariam de participar de um Movimento religioso?” Acreditem, Marcello não sabia nem mesmo a que religião pertencia aquele Movimento. O “sim”, no entanto, foi bem espontâneo e, poucos dias depois, iniciamos a caminhada na Igreja Católica, através das ENS. As ENS exigem prévia experiência cristã, exigem perseverança e estávamos nestas condições, mas precisávamos de um direcionamento seguro. Assim amparados pela didática do extraordinário método dos “Pontos Concretos de Esforço”, aos poucos fomos nos encontrando. Fizemos o Cursilho, o ECC e em vários encontros fomos palestrantes de 33
“Fé nos Revezes da Vida”. Há 35 anos somos equipistas e estamos na caminhada da Igreja, onde servimos atualmente como Ministros Extraordinários da
Sagrada Comunhão Eucarística MESCE. Irene e Marcello Eq.19E - N. S. das Famílias Brasília-DF
o segundo sim Outubro: mês eleitoral. Em 2014, no país; anualmente, nas ENS. Época de bem escolher o CRE, e também nos colocar à disposição do Espírito Santo. Evitemos nos comportar de forma mundana e atuar como meros head hunters, pois não se trata de empresas ou organizações. Deus não enviou um caçador de talentos e sim Jesus para indicar o chefe da Igreja: Pedro, o indicado para nos liderar não tinha experiência profissional anterior bem sucedida ou fez testes psicológicos para excluir quem “pensa fora da caixa”. Pescador, Pedro mal conseguia dinheiro para o sustento do dia a dia. Seu barco sucumbia diante das intempéries (Mt 8, 23-26) e as redes mal aguentavam uma boa pescaria (Lc 5, 6-7). Certa vez, nu, está no barco e vê Jesus na praia; primeiro se veste para depois mergulhar. Poderia carregar a roupa, sob a cabeça, evitando a resistência da água e só vestir-se quando chegasse à terra firme (Jo 21, 7). Tampouco era um estrategista brilhante. Vendo Jesus cercado por soldados inimigos no Monte das Oliveiras, em vez da diplomacia, acirrou os ânimos arrancando a orelha de um rival (Jo. 18, 10). 34
Enfim, nenhum caçador de talentos apontaria Pedro para uma posição de líder. Mas Jesus nele viu o fundamental, quando o filho de Deus faz seu recrutamento para líder de Igreja e pede seu segundo sim, Ele pergunta por três vezes sobre seu amor. Confirmação obtida, Jesus nos revela: “Na verdade, na verdade te digo que, quando tu eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras” (Jo 21, 15). No primeiro sim, Pedro deixou de ser pescador (Lc 5,1-11) e virou discípulo. Quando dá a segunda resposta positiva e aceita apascentar as ovelhas de Jesus, Pedro passa a ser servo, a fazer a vontade do Pai, que irá levá-lo para onde ele não quer. Este servo eleito caminha para a santidade e se torna São Pedro, uma coluna sólida para nossa Igreja Católica Apostólica Romana. A capacidade de realização, os dons que impulsionam carreiras ou quaisquer outras características determinantes em outras eleições, nas ENS beiram a irrelevância. Nosso critério de escolha deve seguir o critério determinado por Jesus. CM 484
Foi esse também o exemplo de vida de Maria, inspiração para quem votar ou for votado e der seu segundo sim para servir o Movimento. Nós, encerrando como CRE, sabemos que nossa contribuição foi pequena, diante da grandeza do Movimento. Porém, foi a etapa de nossa caminhada em que mais colhemos frutos nas Sessões de Formação, nas reuniões preparatóras,
na reunião mista e nos diversos eventos ao longo do ano. O casal que assumir essa responsabilidade, pela primeira vez ou que passar pela experiência novamente, coloque-se a serviço, sabendo que os frutos não tardarão a vir. Basta semear. Solange e Paulo Eq.14 - N. S. de Fátima Santa Rita do Sapucaí-MG
fátima, 20 anos depois
Aceitei de imediato o convite de nossa filha Vânia para acompanhá-la a Portugal, em março, onde participaria de um congresso na Universidade do Minho, em Guimarães. Fui logo olhar o mapa, Guimarães fica ao norte de Portugal, perto de Póvoa de Varzim, onde temos amigos equipistas que conhecemos no Encontro Internacional de Fátima, em 1994. Que oportunidade para revê-los! Passamos 20 anos trocando cartões de Natal com notícias da família. Foi uma viagem inesquecível, CM 484
com muitas emoções. Depois dos trabalhos da Vânia na Universidade, fomos de táxi a Póvoa rever nossos amigos Nazaré e Orlando, que nos receberam com muita alegria. Relembramos momentos marcantes do Encontro Internacional, falamos de nossas famílias e equipes; constatando a internacionalidade e unidade do nosso Movimento, eles estudam o mesmo tema que as equipes brasileiras. Eles teriam reunião de equipe em sua casa no final da semana, onde relatariam a emoção de nosso reencontro. A emoção maior foi voltar a Fátima, 20 anos após ter participado com o Gualberto e dez casais de Bauru, do 8º Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora. Fomos a Fátima com um casal brasileiro que trabalha com turismo em Portugal. Primeiro nos levaram a Ajustrel, para ver as casas dos pastorzinhos, que estão conservadas e abertas aos 35
visitantes e também fomos ver o Poço do Arneiro, local de aparições do anjo. Nessa época do ano há muitos pés de camélias floridos; lindas camélias brancas, rosas e vermelhas, como nunca vimos aqui. Passamos em frente ao Hotel Fátima, onde estivemos hospedados durante os seis dias do Encontro. Nesse hotel ficavam equipistas brasileiros e portugueses, ali tomávamos as refeições, fazíamos reuniões por equipes (a nossa era a de nº 391) e fizemos a festa brasileira, o Brasil tinha acabado de ganhar a Copa do Mundo, de 1994, no jogo final, contra a Itália. A maior emoção de toda a viagem foi chegar na imensa praça do Santuário exatamente ao meio dia e ouvir os sinos tocando a música de Fátima: aos treze de maio, na cova da Iria.... Voltei no tempo e me vi com o Gualberto e milhares de equipistas do mundo todo, lotando a praça, todos com chapéus e sacolas brancas, com a inscrição E.N.D. Em frente ao Santuário, uma imensa faixa onde estava escrito : “Família, torna-te aquilo que és!” Ainda guardo a rosa branca de papel com a frase “EUNTES IN MUNDUM UNIVERSUM” (ide por todo o mundo) que ali recebemos, depois da celebração do envio feita pelo Padre Bernard Olivier, que nos exortava a exercer nossa missão pelo mundo, dando nosso testemunho de amor 36
na vida de casal, de família, de trabalho. A emoção da despedida! Lembrei-me que uma equipista portuguesa abriu a bolsa e me disse: - “deixe aqui um pouco da alegria dos brasileiros”! Um garoto brasileiro me pediu a bandeira que eu levava, disse que a colocaria em seu quarto, estava morando com seus pais em Portugal há oito anos, com muita saudade do Brasil. Voltando à realidade, depois de tantas recordações, entrei com minha filha na capela das aparições, onde recebemos a benção final da última missa da manhã. Ajoelhamo-nos diante da imagem de N. S. de Fátima, tínhamos muito a agradecer. Nesses vinte anos que se passaram, quantas graças recebidas! Casamento das filhas, realizações profissionais, nascimento dos netos, nossas Bodas de Ouro! As Equipes de Nossa Senhora muito nos ajudaram nessa caminhada de amor, companheirismo, solidariedade. Vamos sempre continuar nossa missão, como nos comprometemos no dia do envio, em Fátima, há vinte anos atrás, testemunhando nosso amor pelo mundo, onde estivermos. Que a Sagrada Família de Nazaré, modelo de todas as famílias cristãs, proteja nossas famílias. Vanda e Gualberto. Eq.01A - N. S. do Perpétuo Socorro Bauru-SP CM 484
O SENTIDO DA MISSÃO DO CASAL RESPONSÁVEL DE SETOR Há pouco tempo, quando da escolha de novos Casais Responsáveis de Setor, na nossa região, o CRR nos pediu que fizéssemos uma mensagem de boas vindas para os novos casais. Então resolvemos escrever uma mensagem de encorajamento e incentivo para a missão, que transcrevemos a seguir. Querido casal: O Senhor, através do sopro do Espírito Santo, os escolheu para uma importante missão: ser Casal Responsável de Setor das Equipes de Nossa Senhora. Porém a importância desta missão não está relacionada ao poder, ao contrário, se baseia no serviço aos irmãos, na humildade, no amor. Também não quer transformar os casais em apenas meros cumpridores do seu dever. O sentido da missão a vocês confiada é muito maior: animar e dar vida ao Setor e suas Equipes. Levar os casais a compreenderem e incorporar o sentido das atitudes de vida: buscarem assiduamente a Palavra de Deus; buscarem conhecer a verdade sobre eles próprios; e viverem o Encontro e a Comunhão com o seu cônjuge, com sua família, com os irmãos de Equipe; enfim, com todos que os rodeiam, vivendo a ajuda mútua e testemunhando o amor de Deus por cada um de nós. Tudo isso os levará a um fortalecimento da sua Espiritualidade Conjugal, que é o Carisma, a razão de ser do nosso Movimento. O Padre Roger Tandonnet certa vez disse que “uma responsabilidade espiritual só pode ser recebida do Senhor e ninguém se pode apropriar CM 484
dela. Isto quer dizer que é preciso manter-se em união com Aquele que nos confiou essa responsabilidade”. Por isso busquem a todo instante estar em comunhão com Cristo, que lhes fortalecerá e dará a direção a ser seguida, mostrando o caminho a ser trilhado. “Fechar-se à missão que Cristo nos confia é fechar-se ao Espírito”, nos lembra Padre Miguel (CM out/2011). Não vejam a missão como um peso, nem achem que não são capazes para tal. Lembrem-se de que Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. O Senhor os convida a partilhar os dons que Ele lhes concedeu, a colocá-los a serviço dos irmãos. Convida-os também, e principalmente, a um amor maior. “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispensadores das diversas graças de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre” (I Pedro 4, 10-11). Portanto, deem o melhor de vocês, coloquem os seus dons à disposição dos outros, sirvam e façam tudo isso com empenho, dedicação, humildade e amor, certos de que o Deus onipotente os capacitará e agirá através de vocês. Contem com as nossas orações e colaboração no que for preciso. Robertha e Marcondes CR do Setor B Santa Luzia-PB 37
Partilha e Pontos Concretos de Esforço
um momento especial na vida de casal Nos dias 19, 20 e 21 de julho tivemos a graça de poder participar do retiro das Equipes de Nossa Senhora. Para nós foi uma bênção! Pudemos nos distanciar, silenciar e ver a nossa vida sob outro olhar. Resumindo os passos desse retiro: Subir na árvore, ir até o poço, olhar para a cruz, permitir-se modificar e iniciar uma nova história! Com disponibilidade, ternura, generosidade e gratuidade. Deus nos ama (apesar da nossa história e dos nossos defeitos) e quer estabelecer um diálogo (rompendo bar reiras e preconceitos todos). Ele nos olha, nos enxerga, nos acolhe e se rebaixa para que possamos compreendê-lo de igual para igual. Ele nos chama pelo nome, nos considera como somos, não cobra, nem se prende ao passado; simplesmente nos ama! Ele desmascara o que nos bloqueia e nos desperta o desejo do amor incondicional (o gostinho de quero mais!). Ele se revela em espírito e verdade buscando a autenticidade da alma
e sinceridade na percepção de nós mesmos. Anima-nos para encarar a realidade com coragem! Com nossa história, com cruz e tudo, anima-nos a olhar para os lados, a morrer para o egoísmo e a ajudar nossos irmãos a carregar a cruz. Sair da dúvida e caminhar para a fé! Colocar-se disponível e entregue ao plano divino, preenchendo com nossa água (meio poluída) a sétima talha: a da perfeição, iniciando, assim, uma nova história; saindo daqui diferentes, mais humanizados...colocando-se em oração assim como Maria: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” Lc 1,38 Somos gratos por todos que trabalharam pela realização desse importante PCE, pela condução do Pe. Cláudio Gomes, por todo o suporte e carinho do casal coordenador e também pelos casais que cuidaram das nossas filhas! Muito obrigado a todos. Sílvia e José Augusto Eq.31C - N. S. Imaculado Coração de Maria Curitiba-PR
DEVER DE SENTAR-SE O Dever de Sentar-se é um momento passado calmamente, juntos, cada mês, para dialogar sobre as dificuldades e para construir o próprio lar, sob o olhar de Deus e com Sua ajuda. 38
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Você e Eu Vida pessoal de cada um - conversar sobre a Regra de Vida - o que de bom você acha do outro (dons do Espírito) - não estamos sendo o casal do “eu sozinho”? Vida a Dois Nossas relações afetivas (relativas aos gestos de amor), carnal e espiritual; às vezes estamos tornando-nos agressivos e não percebemos. Procuramos viver aquela frase “o importante não é ter razão, é amar”? Nós e os Filhos Aquele filho não está precisando de uma atenção especial? E a vida espiritual dos filhos como vai? Temos nos preocupado com isso? E nos estudos, como vão? Temos procurado ajudá-los sem superprotegê-los? Fazemos com que sintam que o problema dos estudos é problemas deles e não nosso? Ensinamos a eles o sentido do outro? Nós e os Outros Os amigos... os colegas de serviço... na profissão... em casa... com os empregados... Deixei de visitar alguém doente a quem ajudaria com a minha visita...? Algum irmão necessitado..irmãos... pais... algum pobre... ajudamos os outros por amor ou por ostentação? (exame de consciência). Nós e a Equipe Faltamos com o auxílio mútuo? Procurei ajudar o Casal Responsável ou ofereci a ele o meu auxílio? Como vão os irmãos de equipe? Colocar no Dever de Sentar-se a figura de cada casal e procurar identificar as necessidades de cada um. A nossa CM 484
participação na equipe tem permitido que cada um seja o que na verdade é? Temos feito todo o empenho para levar os nossos irmãos a acreditar que só através da crença de que Cristo está presente em nossas reuniões é que nossa equipe será uma equipe de peregrinos? Nós e a vida no seu conjunto Programar férias... preparar o Natal... a Quaresma... a nossa situação financeira... Procuramos viver o cotidiano como uma celebração? Para finalizar, como cada Ponto Concreto de Esforço deve levar-nos a assumir e vivenciar atitudes concretas, é fundamental que, nessa oportunidade do Dever de Sentar-se, o casal também procure descobrir nesses questionamentos, de que maneira têm vivenciado as Três Atitudes Fundamentais: a. Cultivar a assiduidade em se abrir à vontade e ao amor de Deus. O que fazer para ajudar meu cônjuge a ser mais fiel a Deus, a se esforçar na vida espiritual? b. Desenvolver a capacidade para a verdade. Nosso relacionamento é profundo, sincero, leal? Como derrubar as barreiras? c. Aumentar a capacidade de encontro e comunhão. Ao término de cada dever de sentar-se, sentimo-nos mais unidos, mais cúmplices, mais renovados em nosso amor? Carminha e Fernando Eq.10 - N. S. do Rosário Juiz de Fora-MG 39
RETIRO ANUAL No contexto atual da família como uma instituição cada vez mais desacreditada pela sociedade, alvo de constantes críticas pela mídia que deturpa valores éticos e morais, participar das Equipes de Nossa Senhora é um talento que Deus nos deu. O Retiro do nosso Setor foi uma experiência única em nossas vidas. Fomos tentados a desistir desde a sexta feira à noite. No sábado saímos cedo, pois deveríamos estar no local do Retiro impreterivelmente às 7h. Chegamos a Jaboatão (cidade do retiro) às 6:30 e estivemos até às 9:00 sem encontrarmos o local do Encontro. As pessoas ensinavam errado, bati o carro, cheguei a falar que era melhor voltarmos para casa. Mas logo em seguida pensei: é o demônio que não quer que participemos; vamos continuar procurando. Logo adiante, encontramos um mototaxista que nos levou até A Colônia Salesiana, local do retiro. O local fica no alto de uma montanha, com jardins e bela vista. Chegamos lá irritados, estressados, eu particularmente estava quase chorando por causa do atraso. O Retiro foi pregado por Pe. Jackson, um padre ungido pelo Espírito Santo. O ambiente era de silêncio, pois “Deus não fala no tumulto de impressões nem na dissipação, quando a alma está em silêncio interior, quando a alma está recolhida dentro de si é então que Deus fala e a alma pode escutá-lo”. Aos poucos, fomos nos acalmando e nos encaminhando para 40
o deserto individualmente: um encontro maravilhoso com Deus, com o qual estabelecemos um longo e profundo diálogo. Saí de lá com o coração e a mente renovados cheios do amor de Deus. À tarde fizemos o deserto em casal. Foi uma experiência maravilhosa de encontro com Deus e de sentirmos o seu amor por nós. Fizemos um regresso na nossa história, uma reavaliação das nossas vidas. Deixar de lado a vida agitada e as preocupações nos permitiu uma aproximação maior tanto com Deus como com o outro. Esse momento nos levou a refletir de outra forma sobre a nossa vida matrimonial e espiritual. Saímos com os corações renovados, sentindo-nos mais capaz de amar verdadeiramente; esvaziamos os nossos corações do mundo e enchemos de Deus. À noite aconteceu a Adoração ao Santíssimo. Adoramos o Cristo e sentindo a sua presença concreta no nosso meio, espalhando sua paz e seus dons em nossas vidas. Foi como um oásis onde pudemos beber a água fresca do Espírito Santo. No domingo, na Missa de encerramento, fizemos a renovação do nosso matrimônio, fato este que fortaleceu ainda mais os laços de entrega e compreensão na nossa vida. O Retiro foi para nós um alimento revigorante, um período de reflexão e de oração no qual reencontramos nossa intimidade com Deus. Fátima e Sobrinho Eq.19B - N. S. das Graças Recife-PE CM 484
No próximo dia 18 de setembro, completaram-se 18 anos que o Padre Caffarel partiu para o Pai. Tínhamos ingressado no Movimento das ENS há pouco tempo e, hoje, percebemos que só mesmo um “profeta para o nosso tempo” poderia nos proporcionar tamanha riqueza espiritual. Então tomamos a liberdade de partilhar com vocês algumas citações, que consideramos pérolas, pequenos tesouros para a nossa santidade. • O chamado: Aos vinte anos, Jesus Cristo, em um instante, tornou-se Alguém para mim. Oh! Nada de espetacular. Neste longínquo dia de março, eu soube que era amado e que amava, e que a partir daquele momento entre Ele e eu seria para toda a vida. Tudo está lançado. • O matrimônio como lugar de amor: O amor e a abnegação são as duas faces da medalha. Não há amor sem abnegação, e uma abnegação que não seja uma abnegação de amor é uma abnegação impossível de se praticar. Refletindo sobre isso, compreendi que o Senhor inventou o matrimônio como o grande meio de desenvolver o amor, e como grande meio de favorecer a abnegação. • As famílias como um projeto de felicidade: Quando os casais se exercitam no auxílio mútuo e no amor fraterno, pouco a pouco o seu coração se dilata e, gradativamente, o seu amor conquista a CM 484
casa, o bairro, o país, até atingir as mais distantes paragens. • Os PCEs como caminho da santidade: A grande tarefa para os esposos cristãos é, primeiramente, tomar consciência de que o ‘mandamento novo’ lhes diz respeito e, depois, trabalhar para converter o seu amor conjugal em caridade conjugal. • Que nos deis vida e que habiteis entre nós: A Eucaristia tem um lugar central na vida cristã, mas não deve estar isolada dos outros elementos dessa vida cristã, alguns dos quais preparam-lhe o terreno, outros são a sua frutificação. Contentar-me-ei em mencionar três deles, de insubstituível importância: a cultura da fé, notadamente por um contato habitual com a Palavra de Deus; a oração - quero aqui falar da oração mental que alguns designam por meditação ou oração interior; e o amor ao próximo, um amor ao mesmo tempo vivo e eficaz. • Em cada um de nossos lares: O sacramento do Matrimônio não é caminho para Deus a menos que o casal recorra regularmente às energias espirituais que ele contém. Para isso um dos grandes meios é a Oração Conjugal. Seja qual for sua forma ou fórmula, ela faz com que os esposos se voltem para a fonte de seu amor, que é Deus, para 41
Padre Caffarel
padre caffarel: profeta para o nosso tempo
lhe pedir ajuda. Ela relembra ao Cristo o compromisso que ele assumiu quando, pelo “SIM” do sacramento, deu esses dois filhos seus um ao outro. • Em cada uma de nossas equipes: Um movimento vivo é um movimento que está em construção a cada dia, graças à ação de cada um de seus membros. Cada um, na obra, assume uma responsabilidade que lhe é própria, segundo suas atitudes particulares, seus recursos, seu tempo, sua generosidade... • Um movimento declina para a
morte quando seus membros deixam a mentalidade de construtores para assumirem uma mentalidade de inquilinos! E, então, à noite, após a Oração pela beatificação do Padre Caffarel, num misto de louvor, gratidão e prece, digamos um ao outro: “O teu amor sem exigência me diminui. A tua exigência sem amor me revolta. O teu amor exigente me engrandece.” Rita e Sodré Eq.01A - N. S. das Graças São Gonçalo-RJ
progresso da CAUSA de beatificação do Pe. Caffarel Boa notícia! O conjunto da documentação reunida pelo postulador, o Pe. Paul-Dominique Marcovits, e pela vice-postuladora, Marie Christine Genillon, foi entregue ao Presidente da Comissão Canônica de Inquérito, Mons. Maurice Fréchard, a 14 de Março de 2014. A Comissão recebeu também os relatórios dos dois censores teólogos e o relatório comum da Comissão Histórica constituída por três membros. O Presidente da Comissão, bem como os outros membros da mesma, o Promotor de Justiça e a notária devem agora verificar a constituição e a conformidade do conjunto do dossiê da Causa do Pe. Caffarel. O postulador e a vice-postuladora vão a seguir ter a possibilidade de tomar conhecimento do dossiê constituído pela Comissão Canônica, nomeadamente os processos verbais das audições das testemunhas ouvidas por essa Comissão. Todo este procedimento é confidencial. Depois, não falta senão fotocopiar o dossiê completo em dois exemplares: o original ficará na diocese de Paris e as duas cópias serão enviadas para a Congregação para as Causas dos Santos em Roma. Se estiver correto, o fecho oficial do dossiê selado pelo Chanceler da diocese está previsto para Paris, sob a presidência de um Vigário geral delegado pelo Arcebispo, a 18 de Outubro de 2014, e este ato será seguido de uma missa de ação de graças em SaintAugustin, que foi a paróquia do Pe. Caffarel durante 40 anos. Vamos estar todos em oração para o êxito desta nova fase.
Marie-Christine Genillon vice-postuladora boletim nº 15 - Julho 2014
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BODAS DE DIAMANTE
Rosa Maria e Renato
Tereza e Antônio Galvão
No dia 04.05.2014 o querido casal que integra a Eq.04B - N. S. Rainha de Todos os Povos de São Paulo-SP, há quarenta anos, celebrou 60 anos de matrimônio. Continuam sendo um belo exemplo para todos nós que os conhecemos. Deus continue abençoando-os!
BODAS DE OURO Maria e Flávio Comemoraram em 30.05.2014 suas Bodas de Ouro, juntamente com os irmãos da Eq.07B - N. S. da Paz em Belém-PA. O Pe. Ederaldo da Mata Silveira, SCE da equipe, presidiu a Eucaristia na Capela de Santo Antonio Maria Zaccaria, CM 484
No dia 02.07.2014, o querido casal que integra a Eq.04B - N. S. Rainha de Todos os Povos de São Paulo-SP, comemorou suas Bodas de Ouro, em uma celebração na Igreja Nossa Senhora Mãe da Igreja, pelo Frei Eduardo op, que é o SCE desde o início da equipe, há 42 anos. Nossos parabéns ao querido casal! Eq.01E - N. S. da Paz
A semente da fundação desta Equipe foi lançada no ano de 1963, no dia 19 de outubro, com a primeira 43
Notícias
onde o casal atua há muitos anos. Presentes familiares, amigos e irmãos da Equipe, do Movimento e da Paróquia que, em seguida, foram recepcionados pelo casal. Que Jesus e Nossa Senhora da Paz continuem a abençoar esse amor.
reunião de informação. Foi proposta a constituição da Equipe a um grupo de 06 casais, que aceitaram. Foi escolhido como Assistente Espiritual (atualmente denominado SCE - Sacerdote Conselheiro Espiritual) o querido Pe. José Edgard de Oliveira, depois substituído por Pe. Osvaldo Prim, já falecido O citado grupo foi pilotado porque éramos todos leigos a respeito do Movimento, apesar de sua existência de mais de 12 anos em Santa Catarina. E em 29.02.1964, (conforme ata em anexo), foi instituída a Equipe Nossa Senhora da Paz, com o pedido de filiação ao Movimento. No transcorrer da vida da Equipe, houve alterações, com saídas e vindas de vários casais, bem como de Assistentes/Conselheiros Espirituais. Atualmente, o único casal remanescente somos nós. Desde 2011 temos novo SCE: Pe. Davi Bruno Goedert, que veio substituir Pe. Cardoso, depois de longo período conosco. É importante destacar que a maioria dos membros desta Equipe é engajado em diversos serviços na Paróquia. Atuam no CPP, na Liturgia, na Catequese, no Ministério da Comunhão, na Equipe Vocacional, no Serviço Social, dentre outros. Que Nossa Senhora, protetora dos Equipistas, continue a espargir suas bênçãos em toda a nossa Equipe, a fim de que possamos continuar caminhando com a proteção de Deus, testemunhando e ajudando outros casais a viverem bem o sacramento do Matrimônio, buscando o que Pe. Henri Caffarel sempre pregou e sonhou: a 44
santificação conjugal. (Dorinha e José Júlio-Florianópolis-SC)
JUBILEU DE PRATA DE EQUIPE Eq.02A - N. S. das Famílias
No dia 08.08.2014, em Rio Claro-SP, com muita alegria comemoramos 25 anos de caminhada no Movimento com uma Celebração Eucarística em ação de graças no Santuário N. S. da Assunção, durante a missa mensal das equipes. A celebração contou com a participação do nosso atual SCE Pe. Joaquim Alberto Rodrigues e do Pe. Jacob Jovino Tomazella SCE do nosso Setor. Dos casais participantes, três deles perseveram desde o início da caminhada. Passamos por várias mudanças e perdas de casais, mas descobrimos que somos fortes quando estamos unidos, buscando nosso crescimento espiritual. Após a celebração da Santa Missa, festejamos com uma calorosa confraternização com todos os casais e os nossos queridos padres. O Senhor fez em nós maravilhas e Santo é o Seu Nome! CM 484
60 ANOS SACERDÓCIO D. Bruno Giuliani No dia 27.06.2014, comemoramos os 60 anos de sacerdócio D. Bruno, Conselheiro Espiritual da Eq.02C - N. S. da Escada em São Paulo-SP.
JUBILEU DE OURO SACERDOTAL
Pe. Francisco de Paula Cabral Foi com muita alegria que participamos, no dia 04.12.201S, das solenidades de comemoração dos 50 anos de sacerdócio do Padre Xico como é chamado em Indaiatuba-SP, cidade onde iniciou sua vida sacerdotal. Ele é SCE das Equipes: 01- N. S. de Fátima e 05 - N. S. das Famílias do Setor Indaiatuba. C e l e b r a m o s ta m bé m n o d i a 22.05.2014 o jubileu de ouro da Paróquia Santa Rita de Cássia, onde o mesmo é Pároco desde a sua fundação. Pe. Bartolomeo Bergese Agradecemos a Deus pelos 50 anos de sacerdócio do nosso querido SCE que está conosco há mais de 13 anos na Eq.06 - N. S. Mãe dos Homens e m Pe s q u e i r a PE. A data foi CM 484
comemorada no dia 29.06.2014 com uma Missa em ação de graças na Igreja de Vigna na Itália onde foi ordenado. Ele nos aconselha com sua sabedoria, nos orienta com sua doçura, nos faz crescer na fé com seus ensinamentos e está sempre presente em todos os momentos de nossas vidas. Que Deus o cubra sempre de bênçãos!
ORDENAÇÃO SACERDOTAL Pe. Ronaldo Gomes de Souza No dia 24.07.14 na Igreja de São Sebastião em Natal, foi ordenado Padre pela oração da igreja e imposição das mãos de sua Excelência Dom Jaime Vieira. Estiveram presentes os SCE: Pe Adelson, Pe. Eliano, Pe. Nazareno, Ir Fabio, Pe. Daniel, Pe. Charles, Pe. Ataíde e Pe. Sidney, bem como, demais Padres, Religiosas da Congregação Filhos de Santana, seminaristas, Diáconos e todo o povo de sua cidade de origem Passa e Fica-RN, os amigos e irmãos pela fé das ENS. Gostaríamos de partilhar a alegria para o setor D da RNI, Senhora para celebrar este momento de muita alegria e emoção junto com seus familiares, com o Lema “Minha vida é um nada para oferecer pela prosperidade da Santa Igreja” Hoje nosso querido Pe Ronaldo assume duas equipes como SCE no nosso Setor: Eq.12 N. S. da Paciência e Eq.03 - N. S. Mãe da Graça e da Misericórdia. 45
VOLTA AO PAI Sérgio (da Nina) No dia 14.02.2014 Integrava a Eq.02A - N. S. das Graças Sorocaba-SP Pe. Gabriel Correr No dia 10.05.2014 Era SCE das Eq.04A - N. S. do Menino Jesus Eq.07A - N. S. das Graças José Roberto (da Cariene) No dia 14.05.2014 Integrava a Eq.11A - N. S. do Desterro Bauru-SP
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Lúcia (do Paulo) No dia 01.06.2014 Integrava a Eq.05 - N. S. da Luz Castanhal-PA Arnaldo (da Marilene) No dia 07.06.2014 Integrava a Eq.08B - N. S. da Paz Bauru-SP Rubens (da Jaci) No dia 17.06.2014 Integrava a Eq.11A - N. S. do Desterro Bauru-SP Armim (da Delourdes) No dia 08.08.2014 Integrava a Eq.05- N. S. do Caravaggio Santo Antonio da Patrulha-RS
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Desde 1989, pertencemos às ENS, e enquanto casal, eu e o Mitsuo dissemos “sim” a muitos chamados dentro do Movimento: fomos CRE, coordenador de experiência comunitária, CL, casal responsável pelo informativo do Setor, dentre outros serviços. Em 2003, meu querido e saudoso marido sofreu um enfarte fulminante e não preciso descrever o buraco que se abriu em minha vida e na vida dos meus filhos. Como éramos casal ligação no ano de seu falecimento, continuei o serviço até o final do ano. Mesmo gostando muito daquela função, sabia que era serviço para um CASAL, e que não poderia mais exercê-lo. Minha necessidade de trabalhar para o Reino jamais enfraqueceu e conversando com o casal Osmarina e Toninho, de minha equipe de base, informaram-me que Dona Nancy, com um grupo de pessoas, estava pensando um Movimento para viúvas(os) e pessoas sós. Não pensei duas vezes e no dia seguinte liguei para ela. Foi uma grande surpresa quando ela me convidou para participar do grupo que estava trabalhando a formação das CNSE, a que pertenço deste outubro de 2003. Hoje, o que gostaria de passar para vocês, foi a escolha que fiz enquanto viúva. O movimento das CNSE é primordial em minha vida, e me ajudou a assumir minha nova identidade de pessoa só. Como casal, aprendemos a caminhar a dois, a pensar a dois, a sonhar a dois, e como viúva, eu teria que continuar sozinha minha caminhada. Confesso que nunca estive só e pude contar sempre com o apoio dos meus irmãos equipistas, minha família e a proteção de Nossa Senhora e com as bênçãos de Deus. Minha equipe de base foi e é de grande importância para mim, mas hoje minha identificação e meu serviço como viúva estão nas CNSE. Na caminhada pelo Brasil, conhecendo outras comunidades, conversando com outras pessoas sós, percebi que tudo o que aprendi nos anos de equipista me ajudou nesse serviço de propagar e testemunhar como posso viver meu estado de viuvez, de estar só e de ser feliz assim. Participar das reuniões de equipe com casais fortalece-me e me faz crescer. Confesso que preciso de meus irmãos de equipe, como apoio, mas meu grupo das CNSE é hoje minha direção e identificação. Somos companheiras e amigas; uma pequena comunidade onde temos certeza de ser apoio umas para as outras, rumo à santificação. Apesar da viuvez não ser “fácil”, procurei aceitar esta minha condição e viver da melhor maneira possível meu estado atual. As CNSE me deram essa oportunidade e de continuar a prestar este importante serviço às pessoas, às famílias e ao mundo. As CNSE são um serviço prestado por casais e viúvas equipistas, e posso dizer que sou uma pessoa feliz, participando das ENS e pertencendo às CNSE. Faço um convite às viúvas equipistas :não tenham medo de ousar dar um passo a mais na caminhada rumo à santidade. Participem conosco deste importante Movimento (CNSE) e nos ajudem a crescer! Nossa Senhora da Esperança está à espera de vocês!
Tereza Pitarello Shoshima (Equipe Dirigente Nacional - CNSE)
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CNSE
Apesar da perda, como ser feliz
Atualidade
sinais dos tempos! a tecnologia a serviço das equipes Gostaríamos de compartilhar com os amigos equipistas, o sucesso de nossa 1ª reunião por Skype. Foi uma grande alegria para todos nós. Não sabemos se alguma equipe já teve essa experiência, mas aqui vai o nosso relato: Ao saber da impossibilidade de um casal participar naquele mês de nosso encontro (pois estariam no exterior por mais de 30 dias, na casa das filhas que moram em Toronto /Canadá), surgiu a ideia. “Participaremos da reunião por Skype!” Disseram eles. Tudo combinado, chegou o dia. A reunião iniciou-se às 20hs daqui, lá, uma hora mais cedo. Todos acomodados na sala de estar para dar início à reunião. iPad ligado. Ops! Sem sinal de wifi! Fomos em direção à busca do sinal, que surgiu na sala de jantar. Sentamos ao redor da mesa, iPad apoiado cuidadosamente sobre uma mesinha auxiliar, virado para todos. Beleza! Na imagem apareceram nossos amigos, e, em seguida, os netos passaram atrás deles, sorrindo e correndo. Eles nos ouviam e viam bem, e nós a eles. Ficamos muito felizes. Após a oração inicial, com o “wifi de Jesus” conectado, a reunião começou, e se desenvolveu muito bem por mais de duas horas. “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. Todos saíram mais fortalecidos após esse encontro, como nos outros. Mas, esse foi diferente por usarmos a tecnologia para nos unir ainda mais. De mãos dadas, de pé, ao lado do computador encerramos mais uma reunião: Nossa Senhora da Divina Providência, ROGAI POR NÓS! Lígia e Alberto Eq.05E - N. S. da Divina Providência São Paulo-SP 48
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Meditando em Equipe Nossa Senhora da Conceição Aparecida – Padroeira do Brasil Evangelho de João 2,1-11 Neste mês de outubro festejamos Nossa Senhora Aparecida. No Brasil sua veneração foi desde o começo, marcada pela familiaridade, foi sempre a casa da mãe que os romeiros procuravam. Sua festa é boa ocasião para ler essa passagem de João. Foi logo no início das pregações de Jesus, quando ainda era pouco conhecido. Maria, sua mãe, recorre a ele porque estava faltando vinho na festa de casamento. Por que será que ele escolheu um ambiente familiar, uma festa com música, vinho e alegria para seu primeiro milagre? Talvez para compreendermos que ele é Deus, mas inserido em nossa realidade humana. E que, por isso, devemos viver a vida divina que ele nos oferece na simplicidade, no meio das coisas mais simples da vida familiar. Porque ele está conosco, tudo que fazemos é importante, pode ter valor infinito, pode ser salvação para nós e para todos. — Como se manifesta a presença de Jesus em sua vida pessoal, de casal e de família? — Que você pode fazer para tornar ainda mais intensa essa presença de Jesus? — Como você pode tornar Jesus presente nos ambientes que frequenta? — Agradeça a presença de Jesus em sua vida, peça que ajude você a levá-lo para todos.
Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal
Oração Litúrgica A paz do Senhor na família Salmo 127(128) • Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! • Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem! • •
A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.
• Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. • O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida; • para que vejas prosperar Jerusalém e os filhos dos teus filhos. • Ó Senhor, que venha a paz a Israel, que venha a paz ao vosso povo! (Liturgia das Horas, Hora Média da IV sexta-feira)
Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br