ENS - Carta Mensal 486 - Dezembro de 2014

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Ano LIV• dez 2014 • nº 486

c a r ta Equipes de Nossa Senhora

Mensal

Acolhidos por

FRANCISCO

N ATAL É vida que nasce p.07

SÍNODO DOS BISPOS 3ª Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família p.10

VIDA NO MOVIMENTO Causa de Beatificação do Padre Caffarel p.22


CARTA MENSAL nº 486 • dez 2014

Editorial ........................................... 01 Super-região Natal: festa de aniversário! .................. 02 Esperança e alegria! ............................. 03 A alegria de viver o Advento e celebrar o Natal em família .................. 04 CORREIO DA ERI Saber ler os sinais dos tempos ..............06

RAÍZES DO MOVIMENTO “Será feito na medida de sua fé”.......... 31 Conferência do Padre Caffarel .............. 32 TESTEMUNHO Ousar o evangelho ............................... 33 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,... ................... 34 EEN esperança - confiança ................... 35

NATAL Natal é vida que nasce ............................07 A coroa do Advento ............................. 08 É Advento ............................................ 09

Partilha e pontos concretos de esforço Retiro 2014........................................... 36

Sínodo dos bispos Papa convoca 3ª assembleia do Sínodo dos Bispos ........................... 10 Testemunho de Hermelinda e Arturo..... 11 Mensagem da 3ª Assembleia ............... 13 Acolhidos por Francisco ....................... 17

TEMA DE ESTUDO Missão a cumprir... ............................... 37 Acolher e cuidar dos homens! .............. 38 Unidos a Cristo para dar fruto... ........... 39

3º ENCONTRO NACIONAL Informações importantes aos equipistas inscritos ........................ 19 PASTORAL FAMILIAR Congresso Nacional da Pastoral Familiar ................................. 20 VIDA NO MOVIMENTO Cerimônia de encerramento da investigação da causa de Beatificação do Pe. Caffarel ......................22 SR-Brasil também estava lá! ................. 23 Atividades nas Províncias ..................... 24

reflexão Coloque o pecado para escanteio ........ 40 O perdão como um ato de humildade ................................. 41 Alta santidade na maior simplicidade ............................... 42 Deus está de férias?!............................. 43 FORMAÇÃO O valor das cartas de envio dos encontros internacionais ............... 44 A mística da reunião de equipe! .......... 45 Notícias ............................................. 46

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


Editorial

QUE O NATAL SEJA O MAIOR PRESENTE EM TODOS OS DIAS DO ANO NOVO

Queridos Irmãos Equipistas: Paz e Luz do Senhor. Que emoção ver o Papa Francisco acolhendo Hermelinda e Arturo com nossa Carta Mensal na mão! Esta Carta traz informações e reflexões sobre assuntos e acontecimentos relevantes para nós, católicos e equipistas. A terceira assembleia do Sínodo dos Bispos ocorrida no mês de outubro revela passos misericordiosos da Igreja e que serão muito discutidos nos próximos 12 meses. Não menos importante para nós, equipistas, foi a Cerimônia de Encerramento do Inquérito Diocesano para a causa de beatificação do Padre Henri Caffarel que agora será apreciada em Roma. A vida do nosso Movimento continua intensa. Quantas novidades nossos irmãos equipistas de todo o Brasil nos contaram! Não deixem de saber como foram os Mutirões, as Equipes Mistas, os Encontros de Equipes Novas. O final do ano se aproxima e com ele o Natal e as esperadas férias. Temos alguns textos para sua reflexão e melhor proveito dessa época tão rica. A Equipe da Carta Mensal lhes deseja um Santo Natal. Que Jesus nasça forte no coração de cada um de nós equipistas para que estejamos prontos para os novos desafios de 2015. Boa Leitura. 

Equipe Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens” CM 486

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Super-Região

NATAL: FESTA DE ANIVERSÁRIO! N unca fiz muita questão de festa de aniversário, seja minha ou dos outros. Não sei responder o porquê disso mas, de verdade, nunca me impor tei muito com isso. Porém, uma coisa eu sempre gostei de fazer: dar presentes. Sempre que um convite aparece, ainda hoje, a primeira coisa que penso é o que vou dar de presente. Gosto de pensar num presente que combine com a pessoa que vai receber, algo que realmente agrade e possa ser útil. Estou recordando esses fatos porque acho que eles têm uma relevância muito grande no período que estamos vivendo. Nesta época de Natal nós nos preocupamos com presentes para familiares e amigos, providenciamos uma boa festa, da mais simples família à mais sofisticada. Na grande maioria dos lares, nessa noite/dia uma comida diferente acaba surgindo para reforçar ainda mais que se trata de uma ocasião especial. Tudo isso porque é Natal!!! Porém, Natal é a festa da comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Sendo assim, é uma festa de aniversário. É a festa de aniversário de Jesus. Isso nos faz pensar: será que podemos participar dessa festa, dar presentes a todos os convidados e esquecer-nos do aniversariante? Seria um absurdo você ser convidado para a festa de aniversário de seu amigo, dar presente a alguns 2

convidados e esquecerse do aniversariante. Pois infelizmente é o que acontece na maioria das famílias na festa natalina. Os gestos de carinho surgem para com os familiares e amigos; contudo, para com o aniversariante, o Menino Jesus, nem mesmo uma lembrança. E o interessante é que para Ele o presente não é monetariamente caro como pode sê-lo o pedido do seu filho, neto, esposa, marido... Para Ele o presente está nas nossas decisões e opções de vida que assumimos. Nas mudanças de atitudes. Ele nos quer ouvindo e praticando a Boa Nova da sua Palavra, e ele quer isso para que tenhamos vida e a tenhamos e em abundância e, assim, sejamos salvos (cf. Jo 10,10). E o mais estranho é que acabamos percebendo que dar um presente a Ele é na verdade receber um presente dEle: a salvação. Caros amigos, vamos fazer um propósito de não passar essa noite/dia de Natal sem oferecer a Ele algo em nossa vida que merece um esforço especial para nos tornar melhores. Oferecendo, vamos nos comprometer a buscar a santidade nesse ponto concreto de nossa vida em 2015. Fazendo isso, com certeza teremos um Santo Natal e um Feliz Ano Novo. Deus nos abençoe!  Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 486


ESPERANÇA E ALEGRIA! Sendo esta nossa última mensagem do ano, ela não poderia ser diferente: conservar a esperança e viver na alegria, como nos fala o Papa Francisco. Conservar a esperança nos purifica e alivia. Como um fermento, faz dilatar nossa alma, e nos leva a caminhar depressa, com prontidão, apesar das dificuldades e dos momentos difíceis pelos quais todos passamos nesta vida. Por piores que esses momentos possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frequentemente uma sensação de solidão e vazio entra no coração de muitos, e faz buscar compensações em ídolos passageiros que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Mas Deus nos surpreende com o seu amor! Somos seus filhos, Ele quer libertar-nos do mal, das doenças, da morte, e conduzir-nos à sua casa, no seu Reino. “Por pura graça, Deus atrai-nos para nos unir a Si” (Evangelii Gaudium, n. 112). De nossa parte também há um amor, um desejo: o bem nos atrai, a verdade nos atrai, a vida, a felicidade, a beleza nos atrai... E Jesus é o ponto de encontro desta atração recíproca. Confiemos nEle! Pois, longe de Deus, nossa esperança e alegria se esgotam. Não podemos deixar isto acontecer! O profeta Isaías dizia: Deus é como a flor da amendoeira. Porque naquela região, a amendoeira CM 486

é a primeira a florescer. E Deus é assim: Ele nos procura primeiro, dá o primeiro passo, até para os que se sentem longe de Deus e da Igreja, ou até mesmo indiferentes. Ele quer e chama a todos, e fá-lo com grande respeito e amor! (Ibidem, n.113). Se caminhamos na esperança, não nos afastamos dEle. Naturalmente há alegria no nosso coração, e não podemos deixar de ser testemunhas desta alegria. O cristão é alegre! Somos como pequenas estrelas refletindo Sua luz, a ponto de contagiar quem estiver do nosso lado. Agora mesmo, contagie alguém... Não podemos também esquecer que temos uma Mãe que intercede por seus filhos. Roguemos então à Virgem Maria, que os corações se abram para acolher o anúncio da esperança, da alegria e da paz!  Hermelinda e Arturo CR Super-Região 3


A ALEGRIA DE VIVER O ADVENTO E CELEBRAR O NATAL EM FAMÍLIA

Enquanto José pensava nisso, o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, e disse: “José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados” (Mt 1, 20-21)

Tempo do Advento é Jesus a caminho...... é a Luz verdadeira que vem para nos iluminar! Somos abençoados por termos a oportunidade, mais uma vez, de viver o Advento, um tempo de graça, cheio de significado, de expectativa, para repensar o verdadeiro sentido do nascimento de Jesus nas nossas vidas, de descobrirmo-nos e deixarmo-nos convidar a viver o amor, abrir-nos ao encontro do Senhor com coragem ao acolhimento, como fez José e Maria, fortalecendo assim nossos vínculos de amor e de partilha! Aprendemos que para encontrar Deus não é preciso fazer grandes viagens. Ele está no nosso coração. Um coração que esteja aberto a acolher, aberto para aceitar o 4

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convite de viver o Evangelho a dois, com a certeza de que, com a presença de Jesus na nossa vida, o essencial jamais faltará. O coração que acolhe Jesus é transformado, porque Cristo é transformação e nos permite cuidar do outro com a simplicidade e a compaixão do bom samaritano que “ousou esperar que o seu gesto fosse gratificante em relação ao outro desconhecido; fez dele, livremente, o seu próximo. O bom samaritano ousou o Evangelho na esperança, na liberdade e na compaixão” (TE 2014 pg.21). É somente isso que nos é pedido: que nosso coração seja uma manjedoura que possa acolher Jesus. E é Maria quem, na manjedoura do nosso coração, vem deixar Jesus. Ele é o alimento que nos dá vida nova, vida em abundância. Ele que chega de mansinho, na simplicidade, tornando-se humano como cada um de nós. Vamos celebrar neste Natal como é ser família e cuidar dela meditando nas palavras do Pe. Caffarel: “Que alegria, que reconforto, que segurança para os membros do lar, quando compreendem que não são únicos, que não lutam sozinhos, mas que Cristo, o seu sacerdote, luta em casa deles e com eles”. Pensar o nascimento de Jesus com a coragem de José e a humildade de Maria é Ousar o Evangelho, ir ao encontro do irmão, acolher e cuidar dos homens, ir além do programado, acolher o inesperado. Sintam se amados. Abracem-se, beijem-se e festejem... É NATAL. Pois, “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor” (Lc 2,11). GLORIA a DEUS nos altos céus... e PAZ na terra aos Homens. FELIZ E SANTO NATAL.  Inez e Natal CR Província Sul II CM 486

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Correio da ERI

saber ler os sinais dos tempoS No Evangelho, Jesus a certa altura recrimina os homens do seu tempo, por não serem capazes de ler nos acontecimentos da natureza os sinais da presença de Deus na história (Lc 12,54-59). O Concílio Vaticano II, na Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo contemporâneo, fala também dos sinais dos tempos, da necessidade de uma leitura “teológica” da História (GS 4). Deus não fala diretamente a ninguém, mas sim através dos acontecimentos da História e da vida de cada homem, não necessariamente dos grandes acontecimentos extraordinários na sua realização e nas suas consequências, mas sim, e sobretudo, através das pequenas coisas de que é feita a vida de cada um de nós. No recente Colégio Internacional das Equipes de Nossa Senhora, em Medway, perto de Boston, nos Estados Unidos, tivemos como texto inspirador a visita de Jesus à casa de Marta e Maria (Lc 10, 38-42). Que melhor parte é essa que Maria escolheu e que não lhe será tirada? Estar aos pés de Jesus e escutar a sua Palavra. As duas irmãs representam todos nós, são uma imagem da Igreja: a Igreja hoje, no meio de tantas provações, e cada um de nós, individualmente e como casal, devemos ocupar-nos com uma grande variedade de tarefas, com tantos problemas. O casal e a família devem ser lugar que acolhe o Senhor, onde se escuta a sua Palavra, para que não nos dispersemos nas coisas 6

secundárias mas, mesmo ocupando-nos delas, nunca percamos de vista o que é mesmo essencial. O Papa Francisco convocou os bispos para um sínodo extraordinário sobre a família hoje. É um desafio a lermos os sinais dos tempos no que diz respeito à situação dos casais e das famílias na Igreja e no mundo. São muitos os sinais negativos, contrários, que põem em xeque a dignidade do casal e da família. É preciso que todos nós, em casal e em família, escutemos o Evangelho como Maria, aos pés de Jesus. Caríssimos casais, não tenhais medo de vos colocar em sintonia com o sentir da Igreja neste tempo tão complexo e problemático que estamos a viver, em que precisamos muito escutar a Palavra do Senhor como Maria, e estarmos dispostos a trabalhar pela causa do casal e da família cristã no mundo, a célula essencial da Igreja e da sociedade. Sede corajosamente fiéis à mística do nosso Movimento, um dom e um carisma que o Senhor deu à Igreja e que é tão necessário e atual como nos tempos das suas origens: procuremos juntos, como então, os caminhos da fidelidade ao Evangelho e à Igreja, para que todos, conselheiros espirituais e casais, possamos caminhar na santidade, porque por aqui passa o “único necessário”, a melhor parte que não nos será tirada.  Pe. José Jacinto F. de Farias, scj SCE da ERI CM 486


A cada ano renovamos a alegria do nascimento ao celebrar a festa do Natal, uma festa que, em nossos dias, está envolvida em um aparato apelativo, comercial, e que ao longo do tempo vem mostrando seu vazio. O nascimento de Jesus trouxe vida ao mundo, encheu de amor os corações, inunda de luz a humanidade, renova a esperança e torna capaz o homem de boa vontade, dando pleno sentido à vida, mostrando como ela é completa pelo simples ato de crer! Em cada dia do ano somos chamados a renovar a alegria do nascimento de Jesus – EMANUEL – DEUS CONOSCO, como nos afirma João no seu Evangelho: “O verbo de Deus se fez carne e veio morar no meio de nós” (Jo 1,14). É Ele que vem e nos acolhe, tomanos consigo e nos conduz a lugares seguros (Sl 23). Cuida das nossas feridas (Lc 10, 34-35), torna-nos capaz de amar e viver na alegria que vem do seu amor por nós. É certo que o mundo está cheio de mazelas, feridas, injustiças, egoísmo, indiferenças e tantas amarguras que nos deixam caídos à beira do caminho. Ele nos convida a acolher cada uma dessas situações e cuidar das feridas para que continue a renascer, caminhar, morar entre nós. Jesus nasceu, é Natal, é CM 486

Natal

natal é vida que nasce vida que nasce. Ao celebrar cada ano seu nascimento, celebramos a vida com todo o seu fulgor. E m ca da m om e nt o de nossa existência, relembrar, celebrar, festejar é tornar a viver esta experiência do acolhimento de Deus entre nós. Para muitos, o Natal pode ser apenas um momento de troca de presentes, mimos, comidas e bebidas, uma oportunidade comercial. Embora isso exista, jamais devemos sobrepor essa condição à fé. O tempo e a festa do Natal só existem porque Jesus nasceu numa família simples, num lugar sem conforto, poderíamos até dizer à beira do caminho, pois nasceu em uma estrebaria junto aos animais, foi acolhido por simples pastores, homens da noite que se aqueciam do frio com uns goles de bebida, expostos ao perigo; mas foi acolhido por estes na gruta de Belém. É esta a lição da alegria que resulta do acolhimento. Quando acolhemos e cuidamos dos mais fracos e abandonados, é certo que acolhemos o homem. Porém, nesse ato acolhemos em nós e em nossas vidas o próprio Cristo, Deus feito homem que veio habitar no meio de nós. É assim que podemos dar o nosso testemunho de discípulos missionários ao mundo de hoje. NATAL É VIDA QUE NASCE. Feliz e Santo Natal a todos.  Padre Leonildo Isauro Pierin SCE Provincial Sul II 7


A Coroa do advento Na Igreja Católica, o período de quatro semanas preparatórias para o Natal é chamado Advento. O termo é cristão, mas de origem profana, pois significa visita oficial de uma personagem importante. Nos escritos cristãos dos primeiros séculos, torna-se termo clássico para designar a vinda de Cristo. A história do Advento, no rito romano, começa no século VI, no sentido de espera jubilosa do Natal, e a sua pré-história remonta às Gálias e à Espanha dos fins do século IV, como preparação ascética para Natal-Epifania. A liturgia romana dá grande valor à Mãe de Cristo, sobretudo nas Quatro Têmporas e na vigília do Natal. O tempo do Advento tem dupla índole: (a) é o tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus; e (b) é o tempo em que, por esta comemoração, as mentes se voltam para a expectação da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por essas razões, o tempo de advento se apresenta como o tempo de devota e alegre expectativa. O Advento, portanto, já não se considera como tempo penitencial (cf. Enc. das Religiões p.74). O Advento é caracterizado sobretudo pela idéia do encontro com Deus e da realização da promessa de sua irrestrita presença entre nós. Cada ano, no tempo do Advento, a Igreja Católica apresenta a “Coroa do Advento”. A coroa com lugares para quatro velas é frequentemente enfeitada com ramos verdes e com fitas coloridas. No primeiro domingo do Advento, uma vela amarela 8

é acesa recordando o profeta Isaías anunciando a salvação e a vinda do Messias por volta do ano 500 a.C. É uma luz pálida (amarela) porque a salvação é ainda distante. No segundo domingo, uma vela vermelha é acesa recordando o precursor de Jesus, São João Batista, testemunhando que a chegada do Salvador está próxima. A vela é vermelha indicando o martírio de São João Batista. No terceiro domingo, uma vela rosa ou roxa é colocada na Coroa, indicando Maria, a bem aventurada, trazendo o próprio Salvadore a alegria da salvação. No quarto domingo, uma vela verde é colocada na Coroa, indicando Jesus, trazendo a alegria da salvação. “Verde da árvore da vida, broto da raiz de Jessé”. Na missa do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, uma vela branca é colocada na Coroa em lugar um pouco mais alto do que as outras quatro velas, indicando a chegada de Jesus, a luz do mundo. Deus nasce no meio de nós, feito homem como nós. Traz consigo a plenitude da divindade. As quatro velas da Coroa do Advento retomam o costume judaico de celebrar a vida da luz na humanidade dispersa pelos quatro pontos cardeais. Em cada domingo, então, se acende uma vela. Ela poderá ser trazida na procissão de entrada da seguinte maneira: a cruz processional, a Vela do Advento e a Bíblia (ou lecionário), de onde serão proclamadas as leituras. No momento CM 486


da aclamação do Evangelho, um coroinha deve acender solenemente a vela. A pessoa que acender a vela deve permanecer junto à mesa da Palavra de onde é proclamado o

Evangelho. Terminada a proclamação, quem preside coloca a vela na Coroa do Advento.  Pe. Brendan C. Mc Donald, cssr Assessor da CNBB

É advento É chegado o Advento, tempo de alegria, tempo de espera da nova vinda do Senhor. O Advento nos traz o mistério do Deus que vem; ele fala de uma primeira e uma segunda vinda de Cristo: a primeira vinda na noite de Natal e a segunda no dia do juízo final. Régem venturum, Dominum, venha adoremus! Esta é a voz do primeiro anúncio da liturgia própria do tempo do Advento, em que se exprime o anseio pela nova vinda de Deus entre os homens. Podemos observar no Evangelho de Marcos a exortação que nos diz: “Acautelai-vos, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo” (Mc 13,33). E, ainda no capítulo 13, observamos: “Não sabeis quando o dono da casa vai vir: ou à meia-noite ou ao cantar do galo, ou se pela manhã. Portanto, vigiem, para que ele não venha de repente e vos ache dormindo” (Mc 13,35-37). O Anúncio da salvação é a missão confiada à Igreja e aos homens, e essa consciência deve despertar em nós um senso de responsabilidade especial. Na constituição Lumen Gentium, somos convocados e impelidos a preparar a realização definitiva, que Cristo trará no final dos tempos. Devemos ter a plena consciência do preço do nosso resgate pago pelo Cordeiro Imolado, CM 486

o Cristo Senhor, através do seu sacrifício cruento na Cruz, através do qual fomos introduzidos na dimensão escatológica do Reino de Deus. Amados Casais equipistas, cabe-nos aqui uma reflexão particular: de que forma temos nos dedicado a preparar o advento do Senhor em nossos matrimônios, em nossas famílias e em nossas equipes? Que cenário o Senhor Jesus encontrará? De que forma nossa ousadia ao anunciar o Evangelho tem-nos ajudado a nos preparar? Temos verdadeiramente nos esmerado na missão de amarmo-nos incondicionalmente sem distinção? Por isso, amados irmãos, vivamos incessantemente a caminho na busca de preparar, a partir da vivência dos nossos meios de aperfeiçoamento (PCE), uma maneira honrosa de acolher esse Jesus que vem mais uma vez permear nossos corações com os frutos do Santo Espírito: amor, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência, castidade. Portanto, acolhamos em nossas vidas esses frutos e que eles nos conduzam rumo à nossa futura e definitiva morada que é a Jerusalém celeste.  Lucinha e Alex Eq.75 - N. S. da Confiança Setor H Região CE II 9


Sínodo dos Bispos

Papa convoca 3a Assembléia do Sínodo dos Bispos para debater sobre a Família Visando atingir um melhor entendimento da família e de suas dificuldades, a Igreja Católica provomeu, no mês de outubro, um evento importante em sua história, no qual discutiu temas atuais e polêmicos, numa demonstração de busca pelo acolhimento daqueles hoje não incluídos, em especial os casais de segunda união e os homossexuais. Por ter sido um evento importante, criamos nesta Carta Mensal uma seção especial para que todos possamos nos posicionar adequadamente. Fazem parte, portanto, desta seção, um pequeno resumo sobre o Sínodo e suas intenções, o discurso que Hermelinda e Arturo leram para todos os Bispos e para o Papa Francisco, a mensagem final dessa Assembleia e o testemunho de Hermelinda e 10

Arturo sobre essa experiência. A realização desse evento marca a intenção da Igreja de ir em busca da misericórdia e do amor à pessoa, não importando sua condição pessoal. Como informamos na edição anterior da Carta Mensal, Hermelinda e Arturo, CRSR Brasil, participaram como auditores junto com outros 14 casais do mundo inteiro e impecavelmente nos representaram nesse momento histórico da Igreja Católica. No final da primeira etapa, uma mensagem da Assembleia foi disponibilizada aos fiéis, demonstrando o pensamento e as intenções do Sínodo. Os temas lá discutidos serão debatidos em todo o mundo no decorrer dos próximos 12 meses e serão revistos no próximo Sínodo CM 486


em Roma em outubro de 2015. O Papa Francisco alertou que a Igreja Católica não deve temer mudanças e novos desafios. Além disso, o Sumo Pontífice sinalizou que quer uma Igreja mais misericordiosa e menos rígida. “Deus não teme coisas novas. É por isso que Ele está continuamente nos surpreendendo, abrindo nossos corações e nos guiando em caminhos inesperados”, disse o Papa em seu sermão. Na missa de encerramento do Sínodo dos Bispos, o Santo Padre concluiu que o encontro foi uma “grande experiência” de união e recordou o papel da Igreja de curar

as feridas e dar esperança às pessoas. Os participantes do sínodo, segundo o Papa, sentiram o “poder do Espírito Santo que guia e incessantemente renova a Igreja”, e que deve continuar “a cuidar das feridas abertas e a devolver a esperança a muitas pessoas que a perderam”. 

testemunho DE Hermelinda e Arturo Assembléia Sinodal Na manhã da quinta-feira, 9 de outubro, Hermelinda e Arturo, CR SR-Brasil presentes no Sínodo como auditores, deram seu testemunho na assembleia sinodal com a presença do Papa Francisco, como parte dos debates gerais durante o Sínodo para a Família no Vaticano abordando o tema “Os desafios pastorais relativos a abertura à vida” (III parte, Cap. 1). Um momento importante como esse deve ser devidamente registrado e portanto segue para o conhecimento de todos os equipistas brasileiros o testemunho na íntegra, como lido no Sínodo: “Sua Santidade Papa Francisco Eminentíssimos Senhores Cardeais Excelentíssimos Senhores Bispos Reverendíssimos Senhores Padres Prezados Senhores e Senhoras Inicialmente, queremos registrar nossa gratidão e honra ao Santo Padre pela confiança em nós depositada ao nos convocar. Não escondeCM 486

mos nosso temor por tamanha responsabilidade. Estamos aqui como casal, trazendo nossa vivência familiar e pastoral. Somente a confiança em Deus nos tranquiliza. Somos Hermelinda e Arturo, brasileiros, casados há 41 anos. Temos 3 filhos e 1 neta. Pertencemos ao Movimento das Equipes de Nossa 11


Senhora desde 1994, e atualmente estamos responsáveis pelo Movimento no Brasil, cujo carisma é a espiritualidade conjugal através de evangelização contínua. Foi-nos solicitado falar sobre “A abertura dos cônjuges à vida”, texto que consta da 3ª Parte do Instrumentum Laboris, capitulo I. Iniciamos com a citação: “Deus criou o ser humano à sua imagem. Homem e Mulher Ele os criou. E Deus abençoou-os e disselhes: Sede fecundos e multiplicaivos, enchei a terra e submetei-a!” (Gn 1, 27-28) Deus nos criou homem e mulher, para que nos unamos numa só carne, para que nos amemos com o amor que vem d’Ele mesmo, para que nos construamos mutuamente através desse amor e para que geremos vida. Padre Henri Caffarel, nosso fundador, afirma: “nenhum casal tem o direito de ser estéril”. Logicamente, esterilidade não se restringe a não gerar filhos. Nós a entendemos como uma postura deliberadamente fechada ao dom criativo de Deus. O ato sexual é legítimo, querido e abençoado por Deus, mas algo se impõe: é absolutamente necessário guiar os casais para a perfeição humana e cristã da relação sexual. A geração de filhos é gesto sublime de amor pela doação da vida. O casal não é fecundo só porque gera filhos, mas porque se ama e, amando-se, abre-se à vida. Diferente dos que, por livre escolha, egoisticamente, decidem não acolher a vida. Por razões justas, sem egoísmo, 12

os esposos podem querer espaçar o nascimento dos filhos, visando uma maternidade e paternidade responsáveis. Continência periódica e regulação da natalidade com base em auto-observação estão em acordo com os critérios objetivos da moralidade. Dada a seriedade do ambiente no qual nos encontramos, temos que admitir sem medo que muitos casais católicos, não se sentem obrigados a usar apenas os métodos naturais. e geralmente não são questionados pelos confessores, mas claramente rejeitam o aborto. O controle da natalidade através dos métodos naturais teoricamente é bom; porém, na cultura atual nos parece carente de praticidade. Casais, principalmente jovens, vivem um ritmo de vida que não lhes permite praticar esses métodos, uma vez que demandam tempo para treinamento, e tempo é produto raro no mundo em que vivemos. E o pior: por ser superficialmente explicado e, por isso mesmo, mal utilizado, o método natural ganha a fama injusta de ser inseguro e assim muitas vezes ineficiente. Como o controle da natalidade tem-se mostrado uma necessidade, um grande número de casais católicos está mergulhado nesta angústia”. Santo Padre, Padres Sinodais, senhoras e senhores pedimos, apresse-se o magistério em dar aos padres e aos fiéis as grandes linhas de uma pedagogia pastoral que ajude a adotar e observar CM 486


o s pri ncípio s aco rd a d o s p el a Humanae Vitae. É necessário e urgente a prolação de uma orientação fácil e segura, que responda às exigências do mundo atual, sem ferir o essencial da moral católica que precisará ser

amplamente difundida. Terminamos reiterando nossa total e incondicional fidelidade a Jesus Cristo, através do Santo Padre e da Igreja.  Muito obrigado!” Equipe Carta Mensal

Mensagem da 3ª Assembleia Foi divulgada dia 18 de Outubro a mensagem da 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que se realizou no Vaticano, de 5 a 19 de outubro, com o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. No texto, os padres sinodais recordam os desafios enfrentados pela família na atualidade, como a fidelidade no amor conjugal, o enfraquecimento da fé e dos valores, o individualismo, o empobrecimento das relações, o stress, as dificuldades econômicas. Lembram, também, das famílias pobres e refugiadas “atingidas pela brutalidade das guerras e da opressão”. Ao mesmo tempo, recordam que “o amor do homem e da mulher” ensina “que cada um dos dois tem necessidade do outro para ser si mesmo, mesmo permanecendo diferente ao outro na sua identidade, que se abre e se revela no dom mútuo”. E que, neste caminho, “que às vezes é um percurso instável, com cansaços e caídas, se tem sempre a presença e o acompanhamento de Deus”. Leia, a seguir, a íntegra da mensagem: Nós, Padres Sinodais reunidos em Roma junto ao Santo Padre na Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, nos dirigimos a todas as famílias dos diversos continentes e, em particular, àquelas que seguem Cristo Caminho, Verdade e Vida. Manifestamos a nossa admiração e gratidão pelo testemunho cotidiano que vocês oferecem a nós e ao mundo com a sua fidelidade, fé, esperança e amor. CM 486

Também nós, pastores da Igreja, nascemos e crescemos em uma família com as mais diversas histórias e acontecimentos. Como sacerdotes e bispos, encontramos e vivemos ao lado de famílias que nos narraram em palavras e nos mostraram em atos uma longa série de esplendores mas também de cansaços. A própria preparação desta assembleia sinodal, a partir das respostas ao questionário enviado 13


às Igrejas do mundo inteiro, nos permitiu escutar a voz de tantas experiências familiares. O nosso diálogo nos dias do Sínodo nos enriqueceu reciprocamente, ajudando-nos a olhar toda a realidade viva e complexa em que as famílias vivem. A vocês, apresentamos as palavras de Cristo: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3,20). Como costumava fazer durante os seus percursos ao longo das estradas da Terra Santa, entrando nas casas dos povoados, Jesus continua a passar também hoje pelos caminhos das nossas cidades. Nas vossas casas se experimentam luzes e sombras, desafios exaltantes mas, às vezes, também provações dramáticas. A escuridão se faz ainda mais densa até se tornar trevas, quando se insinuam no coração da família o mal e o pecado. Existem, antes de tudo, os grandes desafios da fidelidade no amor conjugal, do enfraquecimento da fé e dos valores, do individualismo, do empobrecimento das relações, do stress, de um alvoroço que ignora a reflexão, q u e t a m b é m m a rc a m a v i d a familiar. Se assiste, assim, a não poucas crises matrimoniais enfrentadas, frequentemente, em modo apressado e sem a coragem da paciência, da verificação, do perdão recíproco, da reconciliação e também do sacrifício. Os fracassos dão, assim, origem a novas relações, novos casais, novas uniões e novos matrimônios, 14

criando situações familiares complexas e problemáticas para a escolha cristã. Entre estes desafios queremos invocar também o cansaço da própria existência. Pensemos no sofrimento que pode aparecer em um filho portador de deficiência, em uma doença grave, na degeneração neurológica da velhice, na morte de uma pessoa querida. É admirável a fidelidade generosa de muitas famílias que vivem essas provações com coragem, fé e amor, considerando-as não como alguma coisa que é arrancada ou infligida, mas como alguma coisa que é doada a eles e que eles doam, vendo Cristo sofredor naquelas carnes doentes. Pensemos nas dificuldades econômicas causadas por sistemas perversos, pelo “fetichismo do dinheiro e na ditadura de uma economia sem rosto e sem um objetivo verdadeiramente humano” (Evangelii Gaudium 55), que humilha a dignidade das pessoas. Pensemos no pai ou na mãe desempregados, impotentes diante das necessidades também primárias de suas famílias, e aos jovens que se encontram diante de dias vazios e sem expectativas, e que podem tornar-se presa dos desvios na droga e na criminalidade. Pensemos também na multidão das famílias pobres, naquelas que se agarram em um barco para atingir uma meta de sobrevivência, nas famílias refugiadas que sem esperança migram nos desertos, àquelas perseguidas simplesmente pela sua fé e pelos seus valores espirituais e humanos, àquelas CM 486


atingidas pela brutalidade das guerras e das opressões. Pensemos também nas mulheres que sofrem violência e são submetidas à exploração, ao tráfico de pessoas, às crianças e jovens vítimas de abusos até mesmo por par te daqueles que deveriam protegêlas e fazê-las crescer na confiança e nos membros de tantas famílias humilhadas e em dificuldade. “A cultura do bem-estar anestesia-nos e (...) todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos incomoda de forma alguma” (Evangelii Gaudium, 54). Fazemos apelo aos governos e às organizações internacionais para promoverem os direitos da família para o bem comum. Cristo quis que a sua Igreja fosse uma casa com a porta sempre aberta na acolhida, sem excluir ninguém. Somos, por isso, agradecidos aos pastores, fiéis e comunidades prontos a acompanhar e a assumir as dilacerações interiores e sociais dos casais e das famílias. Existe, contudo, também a luz que de noite resplandece atrás das janelas nas casas das cidades, nas modestas residências de periferia ou nos povoados e até mesmos nas cabanas: ela brilha e aquece os corpos e almas. Esta luz, na vida nupcial dos cônjuges, se acende com o encontro: é um dom, uma graça que se expressa – como diz o Livro do Gênesis (2,18) – quando os dois vultos estão um diante o outro, em uma “ajuda correspondente”, isto é, igual e recíproca. O amor do homem e da mulher nos CM 486

ensina que cada um dos dois tem necessidade do outro para ser si próprio, mesmo permanecendo diferente ao outro na sua identidade, que se abre e se revela no dom mútuo. É isto que manifesta em modo sugestivo a mulher do Cântico dos Cânticos: “O meu amado é para mim e eu sou sua... eu sou do meu amado e meu amado é meu”, (Cnt 2,16; 6,3). Para que este encontro seja autêntico, o itinerário inicia com o noivado, tempo de espera e de preparação. Realiza-se em plenitude no Sacramento onde Deus coloca o seu selo, a sua presença e a sua graça. Este caminho conhece também a sexualidade, a ternura, e a beleza, que perduram também além do vigor e do frescor juvenil. O amor tende pela sua natureza ser para sempre, até dar a vida pela pessoa que se ama (cf. João 15,13). Nesta luz, o amor conjugal único e indissolúvel persiste, apesar das tantas dificuldades do limite humano; é um dos milagres mais belos, embora seja também o mais comum. Este amor se difunde por meio da fecundidade e do ‘gerativismo’, que não é somente procriação, mas 15


também dom da vida divina no Batismo, educação e catequese dos filhos. É também capacidade de oferecer vida, afeto, valores, uma experiência possível também a quem não pode gerar. As famílias que vivem esta aventura luminosa tornam-se um testemunho para todos, em particular para os jovens. Durante este caminho, que às vezes é um percurso instável, com cansaços e caídas, se tem sempre a presença e o acompanhamento de Deus. A família de Deus experimenta isto no afeto e no diálogo entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs. Depois vive isto ao escutar juntos a Palavra de Deus e na oração comum, um pequeno oásis do espírito a ser criado em qualquer momento a cada dia. Existem, portanto, o empenho cotidiano na educação à fé e à vida boa e bonita do Evangelho, à santidade. Esta tarefa é, frequentemente, partilhada e exercida com grande afeto e dedicação também pelos avôs e avós. Assim, a família se apresenta como autêntica Igreja doméstica, que se alarga à família das famílias que é a comunidade eclesial. Os cônjuges cristãos são, após, chamados a tornarem-se mestres na fé e no amor também para os jovens casais. O vértice que reúne e sintetiza todos os elos da comunhão com Deus e com o próximo é a Eucaristia dominical quando, com toda a Igreja, a família se senta à mesa com o Senhor. Ele 16

se doa a todos nós, peregrinos na história em direção à meta do encontro último quando “Cristo será tudo em todos” (Col 3,11). Por isso, na primeira etapa do nosso caminho sinodal, refletimos sobre o acompanhamento pastoral e sobre o acesso aos sacramentos pelos divorciados recasados. Nós, Padres Sinodais, vos pedimos para caminhar conosco em direção ao próximo Sínodo. Em vocês se confirma a presença da família de Jesus, Maria e José na sua modesta casa. Também nós, unindo-nos à Família de Nazaré, elevamos ao Pai de todos a nossa invocação pelas famílias da terra: Senhor, doa a todas as famílias a presença de esposos fortes e sábios, que sejam vertente de uma família livre e unida. Senhor, doa aos pais a possibilidade de ter uma casa onde viver em paz com a família. Senhor, doa aos filhos a possibilidade de serem signo de confiança e aos jovens a coragem do compromisso estável e fiel. Senhor, doa a todos a possibilidade de ganhar o pão com as suas próprias mãos, de provar a serenidade do espírito e de manter viva a chama da fé mesmo na escuridão. Senhor, doa a todos a possibilidade de ver florescer uma Igreja sempre mais fiel e credível, uma cidade justa e humana, um mundo que ame a verdade, a justiça e a misericórdia.  (transcrição de matéria do site da CNBB de 18 Out 2014)

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ACOLHIDOS POR FRANCISCO Após 24 horas de viagem, desde a saída de nossa casa finalmente chegamos a Roma. Cansados, mas ansiosos pela expectativa deste grande acontecimento em nossas vidas. No dia seguinte, domingo, 05 de outubro, fomos à missa na Catedral de São Pedro. Uma missa especial, pois o próprio Papa Francisco a presidiria. Ao chegarmos à Basilica fomos conduzidos a uma área prédeterminada para todos os auditores, próxima ao altar. Então, uma surpresa: a Hermelinda foi separada do grupo pois fora selecionada para ler uma das Orações dos Fiéis, representando a língua portuguesa. Quanta honra! O Evangelho do dia (Mt 21, 33-43) se referia à vinha e seus agricultores. Eramos todos nós, de vários países, que estávamos ali para trabalhar no Sínodo e depois continuar a cuidar das vinhas em nossos países. Esta celebração jamais esqueceremos, pois nos fortaleceu sobremaneira, assim como todas as celebrações que participamos todos os dias na casa das freiras onde ficamos hospedados, Eram 14 bispos celebrando-as! Um verdadeiro encontro com Cristo todas as manhãs. No dia seguinte iniciamos os trabalhos. Ao chegarmos no Auditório Paulo VI, uma pessoa especial estava nos esperando: Francisco! Ele ficou conosco durante todo o Sínodo. Uma grande presença, ao mesmo tempo humilde e atento a tudo e todos! Logo no início, após as orações (que ele conduziu todos os dias), pediu: “Estamos todos aqui para falar com transparência e ouvir com humildade!” Começamos lendo o Instrumentum Laboris, texto que foi distribuido antecipadamente para que todos se preparassem. CM 486

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Todas as manhãs, havia um intervalo de meia hora: o “café com o Papa”. Ele ficava em pé, esperando para conversar com todos. Formava-se uma fila, e cada um indistintamente entre bispos, cardeais, padres, seminaristas, ou auditores passava alguns minutinhos com ele. Uma delícia! Apesar dos gostosos quitutes servidos no café, nada se comparou à acolhida com alegria, sorrisos e uma palavra amiga para todos os que eram recebidos pelo Santo Padre. Nos cumprimentávamos, nos falávamos, ele abençoou nossa família, demos-lhe uma Carta Mensal, e para ele nos pediu orações. E isto se repetiu por vários dias... Nosso coração se aqueceu de tal modo que pensávamos: ”o céu deve ser assim...” Estivemos juntos com 70 Cardeais, 120 Bispos, vários Padres e alguns Auditores. Durante uma semana de intensas audições de 7 horas diárias, onde os testemunhos e as intervenções foram de uma riqueza ímpar, elaborou-se o Relatio Pós Disceptationem, uma síntese de tudo o que foi dito. E com base nesta síntese, iniciamos os chamados “Círculos Menores”: 10 grupos divididos por língua, com 20 participantes por grupo. Nosso grupo estava composto por 06 Cardeais, 08 Bispos, e 04 padres, (professores das escolas de formação de padres) e nós dois. Durou três dias, onde pudemos debater e aprimorar o documento inicial, gerando o Relatio Synodi. Nos últimos dois dias, os padres sinodais puderam debater e aprovar, o texto final, que será usado por todo o clero para estudos, debates e posteriores conclusões no próximo Sínodo, em outubro de 2015. Foi uma experiência única, onde aprendemos muito e nos sentimos muito abençoados com o olhar de Deus sobre nossa família. Ouvimos quantas diferenças, dificuldades e alegrias há neste mundo, feito de luzes e sombras. O que fica é a esperança de um mundo que ame a verdade, a justiça e a misericórdia. Continuemos em oração para que Sua Vontade seja feita!  Hermelinda e Arturo CR Super-Região Brasil 18

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INÍCIO 30 de junho 2015 às 20 hs TÉRMINO 03 de Julho 2015 às 12 h30 aproximadamente I – TRANSFER – IDA DOS AEROPORTOS E RODOVIÁRIA PARA APARECIDA E RETORNO Para inserir os dados relativos à sua viagem, siga as instruções abaixo: 1. Utilize o navegador Internet Explorer 2. Entre no site das ENS: www.ens.org.br 3. Depois de entrar no site das ENS. Clique cadastramento do transfer 5. Na tela Inscrição Evento “insira os dados solicitados e clique em “Prosseguir”. 6. Na tela de Transfer preencha todos os dados solicitados e em seguida clique em “Gravar” para que seus dados sejam registrados no sistema. É IMPORTANTE se programar para os horários do TRANSFER, considerando deslocamentos de aproximadamente 4 horas entre Aparecida e São Paulo 30/06/2015 - O serviço de TRANSFER irá ocorrer até as 15h00. 03/07/2015 - O serviço de TRANSFER terá início as 13h00, logo após o encerramento.

II – TRANSPORTE INTERNO EM APARECIDA Haverá transporte dos bolsões próximos aos hotéis até o Santuário, ida e volta. III – ESTACIONAMENTO EM APARECIDA Os hotéis contratados possuem estacionamento, porém, não em quantidade suficiente. O Santuário dispõe de estacionamento funcionando 24 horas, que poderá ser utilizado mediante o pagamento de diária ao custo de hoje de R$ 15,00.

visite o site oficial do encontro

www.encontronacionalaparecida2015.com Vera e Renato Casal Coordenador 3º Encontro Nacional CM 486

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3º Encontro Nacional

INFORMAÇOES IMPORTANTES AOS EQUIPISTAS INSCRITOS


Pastoral Familiar

CONGRESSO NACIONAL DA PASTORAL FAMILIAR

Amados irmãos, Providencialmente, no momento em que nossa Igreja acaba de realizar o Sínodo dos Bispos em Roma (5 a 19 de outubro), com o tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”, tivemos a honra e alegria de participar do XIV Congresso Nacional da Pastoral Familiar, de 26 a 28 setembro/14, em nossa cidade, São Luís-MA. A Pastoral Familiar, preocupada e assumindo seu compromisso com o resgate dos valores familiares, refletiu sobre o Tema Família, Transmissora da Fé, cujo lema convoca os Agentes Pastorais, a Igreja, os órgãos governamentais e a sociedade em geral, a Anunciar a Fé com Ousadia e Coragem (Atos 20

4, 29). O Congresso foi realizado pela Comissão Nacional dos Bispos do Brasil – CNNB, Arquidiocese Metropolitana de São Luís e pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (Comissão Regional Nordeste V). Estiveram presentes nesse congresso irmãos de todos os Estados brasileiros e Distrito Federal, entre agentes pastorais, padres, bispos, representantes do governo e da sociedade em geral. Foram momentos de formação, crescimento e muita emoção; mas, sobretudo, de reflexão sobre as diversas questões que afligem as famílias no século XXI e os desafios da Pastoral Familiar em ajudar as famílias na fé e no anúncio do Evangelho com ousadia e coragem. CM 486


Elyziane e Baroni com Cida e Raimundo (CR SR-Brasil na época)

Neste contexto, percebe-se o perfeito alinhamento entre as propostas de reflexão da Pastoral Familiar apresentadas no congresso, o Sínodo dos Bispos em Roma e a proposta do Tema de Estudo das ENS para o ano de 2014: Ousar o Evangelho. Podemos dizer que o Sínodo (caminhar juntos), foi a temática apresentada no Congresso às famílias através dos temas como “família e recursos para a sociedade”, “família e políticas familiares”, “formação e engajamento”, “diálogo com os filhos na cultura atual”, entre outras reflexões. Dentro do conceito de Pastoral Orgânica, houve apresentações de alguns grupos, entre eles, o do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, cuja palestra foi magistralmente conduzida pelo casal Cida e Raimundo. Na oportunidade, o casal falou sobre a Mística, o Carisma, a Pedagogia das ENS e a importância da espiritualidade conjugal no cuidado com as famílias e na contribuição para o serviço da Pastoral Familiar. CM 486

Sem dúvida, a apresentação simples e esclarecedora do casal Cida e Raimundo foi para nós, equipistas há quase quatro anos, um momento de formação, motivação e orgulho por fazer parte deste Movimento. Um momento inesquecível para nós e acredito que para outros equipistas que ali se encontravam, foi quando Cida pediu que se levantassem os casais que faziam parte das ENS e estavam engajados na Pastoral Familiar. Foi emocionante ver uma quantidade expressiva de casais das ENS em pé, presentes no Congresso. Foram muitas as emoções: estar no Congresso, vivenciar as reflexões sobre a família e conhecer pessoalmente o casal Cida e Raimundo, cuja simpatia, acolhida, amor mútuo e humildade cativaram-nos no primeiro momento. Ousemos o Evangelho e anunciemos com ousadia e coragem os valores da Família cristã.  Elyziane e Baroni Eq.07 - N. S. de Nazaré São Luís-MA 21


Vida no Movimento

CERIMÔNIA de ENCERRAMENTO da INVESTIGAÇÃO da CAUSA de Beatificação do Pe. Caffarel MENSAGEM DA ERI Gostaríamos de partilhar convosco uma grande alegria: o encerramento do Inquérito diocesano sobre as virtudes e a reputação de santidade do Padre Henri Caffarel que ocorreu dia 18 de outubro, e finalizou assim a primeira etapa do processo com vista à sua canonização. Esse encerramento teve lugar na Igreja S. Augustin, em Paris. Tudo se fez com o espírito de simplicidade e de humildade em harmonia com as virtudes do nosso fundador. Antes de mais, às 15h00, na cripta da Igreja, o encerramento da Investigação Diocesana foi presidida pelo Mgr Éric de Moulins - Beaufort, bispo auxiliar de Paris, com a presença da Comissão Diocesana presidida pelo Mgr Maurice Fréchard, arcebispo emérito de Auch, do postulador, padre Paul-Dominique Marcovits, o.p., da vice-postuladora Marie-Christine Genillon, dos membros da Equipe Responsável Internacional das ENS e dos membros da Associação dos “Amigos do Padre Caffarel”. A Causa toma cada vez mais importância para o nosso Movimento

Tó e Zé durante Cerimônia

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e esperamos que possamos em conjunto dar a solenidade e a profundidade que este momento exige. Com o encerramento dos trabalhos em Paris, abre-se uma nova etapa em Roma: o dossier é transportado para a Congregação das Causas dos Santos. Segundo as normas, o postulador desta segunda etapa deve residir em Roma para acompanhar o andamento da causa. Este cargo será assumido pelo padre Angelo Paleri, postulador pela sua Ordem dos Franciscanos conventuais e conselheiro espiritual das ENS. Em colaboração com a Congregação, será redigido a “Positio”, como uma tese que analisa as virtudes e a reputação de santidade do Pe. Caffarel, a partir da Investigação realizada em Paris. Unidos ao Pe. Caffarel, continuemos então juntos a missão que o Senhor nos confiou: manifestar ao mundo a santidade do casamento e o lugar insubstituível da oração.  “Cada ser humano é único, e única é a santidade a que foi chamado”.

Pe. Paul-Dominique Marcovits postulador diocesano

Pe. Henri Caffarel

Tó e Zé Moura Soares Casal Responsável da ERI

Bispo auxiliar de Paris Mgr Éric de Moulins-Beaufort

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A Super-Região Brasil também estava lá! Em nossa primeira reunião do Colegiado da Super-Região Brasil, Hermelinda e Arturo nos chamaram para tomar café da manhã com eles; segundo ela, um café com emoção. Como eles estariam em Roma, participando da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, nos pediram que os representássemos na Cerimônia de Encerramento do Inquérito Diocesano para a causa de Beatificação do Padre Henri Caffarel. E mais emoção: iríamos junto com nossos queridos Cida e Raimundo. Aceitamos!! No dia 18 de outubro estávamos lá para esta cerimônia tão especial sobre as virtudes e a reputação de santidade do Padre Henri Caffarel. Em seguida a esta cerimônia, foi celebrada uma missa de ação de graças, para a qual foram convidados os equipistas em geral, organizada pela SuperRegião França-Luxemburgo Suíça na Igreja Saint Augustin, onde Pe. Caffarel foi pároco por 40 anos. Foi emocionante ver e viver esta Eucaristia, na Igreja onde nosso querido Pe. Caffarel viveu

seu Sacerdócio, com casais que conheceram e conviveram com el e, m a s t a m b é m com ca s a i s bem jovens. Além da presença de casais da Super-Região França-Luxemburgo-Suíça, estiveram participando do evento casais de outros países: Portugal, África, Espanha, Portugal, Colômbia, Brasil, Polônia entre outros e o casal brasileiro Graça e Roberto (ligação zona América). Após a missa foi servido um lanche organizado pelos equipistas franceses. Chamou-nos atenção a juventude dos casais: vários deles com os filhos pequenos, alguns de colo e outros ainda na barriga da mãe; ser vindo a todos que lá estavam. Tudo foi realizado com o espírito de simplicidade e de humildade em har monia com as virtudes do nosso fundador. Cida e Raimundo nos ajudaram a atravessar os limites geográficos e linguísticos das Equipes de Nossa Senhora, apresentando-nos a vários casais e sacerdotes de outras Super-Regiões e Regiões ligadas à ERI. Foi uma rica oportunidade de aprendermos muito sobre o Movimento como um todo.  Cristiane e Brito Casal Comunicação Externa

Assinatura do processo pelo Bispo Igreja S. Agostinho em Paris, Auxiliar e Arcebispo Emérito de Paris onde aconteceu a cerimônia

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Graça e Roberto, Cida e Raimundo, Pe. Hilário e Cristiane e Brito

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ATIVIDADES NAS PROVÍNCIAS PROVÍNCIA SUL I

MUTIRÃO 2014 Piracicaba /SP O Mutirão das Equipes de Nossa Senhora dos Setores A e B da cidade de Piracicaba-SP, aconteceu no dia 17 de maio, no Lar Escola Coração de Maria, com início às 13 horas e término com a Missa Mensal, às 17h00. Como bem enfatizado pelo novo Casal Responsável Região, o Mutirão é reunião de pessoas em nome de Cristo, é “Olhar de Deus sobre o Movimento das ENS”; oportunidade de formação, em clima de festa, em proveito de todas as equipes, revigorando o sentido de vida conjugal dos equipistas a caminho da santidade e o Carisma do MENS. Também oportunidade de reciclagem, onde se evidenciou muita animação, tanto por parte dos responsáveis pelos cantos, pelos temas abordados, como pelos que prestigiaram o evento. A diferença deste evento com os demais, com certeza, foi a alegria e o clima de festa. O trabalho, dividido entre todas as equipes, apontou as Responsabilidades e Missão do Casal Ligação e dos Conselheiros Espirituais, sendo lembrada a importância das Irmãs 24

Conselheiras que acompanham as ENS, indispensáveis para se manter a Mística do Movimento. Os pontos concretos de esforço, a partilha, as três atitudes e a coparticipação foram abordados com base no Evangelho de João 4, 1-26. As equipes apresentaram um teatro e testemunhos, destacando-se a importância da assiduidade da prática dos PCES e a Partilha com o objetivo de levar o casal a caminhar para a Santidade. Os testemunhos de um casal equipista, que fundou e administra uma Casa de recuperação de dependentes químicos e de um dos recuperados desta casa, emocionaram todos na coparticipação. Também foram lembradas a importância da contribuição mensal para a manutenção e sustentação do Movimento; a importância das reuniões de estudo, prévia e mensal e a importância do Casal Animador. O encerramento ocorreu com a Missa mensal, com os casais renovados e, mais uma vez, dando o Sim ao Movimento e podendo demostrar o amor e o compromisso com as ENS.  Vera e Júlio Eq.09 - N. S. Imaculada Conceição Piracicaba-SP CM 486


PEREGRINAÇÃO A APARECIDA

Em 25/05/2014, as equipes da Província Sul I realizaram sua Peregrinação anual ao Santuário de N. S. Aparecida onde, além de louvar a Deus, comemoraram-se os 64 anos do Movimento no Brasil. Alguns membros de Caçapava/ SP, da Equipe 6 (N. Sra. de Lourdes), realizaram parte da jornada a pé. Essa caminhada finalizou uma peregrinação iniciada no dia 21/12/2013 na Igreja de N. S. Aparecida (Caçapava) ao Santuário de Aparecida do Norte, totalizando 62 km de caminhada. As bolhas nos pés, o cansaço e as dores sentidas pelos participantes nas quase 16 horas ininterruptas de caminhada proporcionaram momentos de profunda reflexão, conforme o espírito das equipes; aprimoraram o autoconhecimento como pessoa, como cônjuges, como pais e como equipistas. Viver em comunidade significa superar os próprios limites, estimular a entreajuda, conhecer o limite de cada um, incentivar o outro para que todos tenham tolerância e assemelhem-se nas “passadas”. Afinal, somos todos peregrinos nesta vida.  Sibele e Luiz Carlos Eq.06 - N. S. de Lourdes Caçapava-SP CM 486

MUTIRÃO - O PESO DO MAGNIFICAT NAS ENS Coube à nossa equipe encerrar o Mutirão 2014 sobre a oração do Magnificat. Desde os primórdios das equipes, quando ainda rezava-se a Salve Rainha, os responsáveis daquela época, em decisão colegiada, por motivos mais condizentes à espiritualidade e mística do Movimento, optaram pelo Magnificat, como oração (canção) oficial do Movimento e obrigatória para todos os equipistas, alicerçada na espiritualidade de amor filial à Mãe de Jesus. O cântico de Maria, na saudação à sua prima Isabel, estremeceu a criança em seu seio. Do mesmo modo, ao recitarmos o Magnificat, o pulsar dos nossos corações ressoa ao mesmo tempo no coração da Virgem Maria. Neste sagrado momento de profunda oração, completa-se o elo entre nossa vivência equipista e o espírito do Movimento, que tem Jesus como meta. Toda essa espiritualidade conjugal compromissada fica guardada no íntimo dos nossos corações. O Magnificat é uma oração sintetizada de todas as orações que a Bíblia apresenta aos cristãos católicos. Nós, por pertencermos às ENS, somos coobrigados a estar atentos à intercessão de Nossa Senhora junto ao seu Filho, na esperança de sermos atendidos nas nossas orações de louvor e súplica. Somente pela oração Deus age em nós e em nosso Movimento. As ENS são privilegiadas em terem Maria como intercessora, 25


porque as orações remetidas a Deus, através dela, chegam com uma tal força que nós, debilitados pelo pecado, somos incapazes de exprimir. Ao nos incorporarmos às ENS, somos compelidos a aprender e a vivenciar o Magnificat em poesia e canto. Nossos sentimentos, aflorados pelos encantos proferidos pela Virgem Maria, diante de sua prima Isabel, são postos à prova no compromisso de seguirmos à risca, enquanto equipistas, os belíssimos versos desta oração, auxiliados pelos PCEs, numa obediência consciente à Mística do Movimento. Fica aqui a nossa certeza: que cada vez que nos reunimos para qualquer encontro, seja formal, informal ou simples bate-papos, o Magnificat seja rezado com amor mariano e consciente da obediência filial do Movimento à Mãe de Deus. Padre Caffarel ‘ganha uma estrelinha a mais no galardão dos santos de Deus’.  Sandra Regina e Aloisio Eq.02 - N. S. Auxiliadora Limeira-SP Mutirão com Pe. Caffarel Neste mês de outubro tivemos o nosso Mutirão de 2014. Com o Tema Comunicação e Vida de Equipe, reunimos os 3 Setores de São Jose dos Campos, na UNIVAP Urbanova. Após a acolhida dos casais e a oração inicial separamos todos em grupos para refletirem sobre a melhor maneira de fazer um relatório mensal. A partir de 4 rela26

tórios, com defeitos e qualidades e depois de muita discussão procuramos extrair os 5 pontos indispensáveis para que o relatório comunique bem a real situação da equipe para o setor. Procuramos mostrar aos casais que somente com um bom relatório os Casais Ligação e o Setor podem ajudar as equipes de base. Quando terminamos as discussões dos grupos estava na hora da Missa de encerramento da primeira fase do processo de Beatificação do Pe Caffarel. Aproveitamos o momento para nos unir em oração com o movimento. Ainda pudemos falar sobre vida do movimento ouvindo uma deliciosa e animada palestra do casal Salma e Paulo (equipe 1 B, N. S. da Esperança) que nos fez refletir sobre o nosso comprometimento com a nossa celebração mensal (a Reunião de Equipe) e a participação em unidade com o Movimento nos vários momentos de formação e oração oferecidos.  Edna e João Arantes-CR Setor A Regina e Sergio-CR Setor B Cidinha e Mauricio-CR Setor C S Região São Paulo Leste I São Jose dos Campos-SP CM 486


PROVÍNCIA SUL III REGIÃO RS II REALIZA ENCONTRO ANUAL DE SCE E AET No dia 15.9.2014, nas dependências da capela Santa Rita, morro da Borússia, em Osório-RS, aconteceu o encontro anual de SCEs e AETs das ENS da Região RS II. Estiveram presentes 18 SCEs e AETs, dentre padres, seminaristas, teólogos e irmãs de vida consagrada. Dentre eles, Dom Jaime, bispo de Osório. Refletimos sobre as atribuições dos conselheiros nas equipes de base, sobre o pensamento do Pe. Henri Caffarel, so-

bre o carisma fundador e sobre os desafios da missão atual da Igreja e das ENS. O Adriano da Kátia, CRR RS II, nos falou sobre os níveis de Formação Permanente, os passos e etapas para formar equipes novas e o processo de recompletamento das equipes. O encontro foi organizado pelo colegiado da Região, e o Setor Leste preparou a acolhida. Foi com muita alegria que, mais uma vez, reunimos os SCEs e AETs para um motivo de reflexão.  Pe. Luiz Inácio SCE Região RS II

PROVÍNCIA CENTRO OESTE EEN O NOSSO SIM A JESUS Quando Maria disse o seu Sim, ela nos demonstrou um dos maiores testemunhos de fé, doação e fidelidade a Deus. O Sim de Maria é tão importante quanto o Sim que nós demos a Deus, no Encontro de Equipes Novas (EEN), realizado nos dias 06 e 07 de setembro de 2014, na Província Centro-Oeste, Região Goiás-Sul, na cidade de Edéia, Estado de Goiás. Desde a acolhida até a celebração eucarística, o encont r o foi maravilhoso, abençoado, cheio de amor, alegria e fé; encontro ungido pelo Espírito Santo do Senhor. Vivemos momentos especiais de formação e orientação: CM 486

dias fortes de partilha e troca de experiências entre os casais. Palestras, grupos de estudo, peça teatral, proporcionaram a reflexão e o entendimento do Plano de Deus a respeito do casal unido pelo sacramento do Matrimônio, como sinal forte e eficaz do amor de Deus por nós. Refletimos sobre que casal equipista somos e que casal equipista queremos ser. Esse encontro nos fez reacender a chama do compromisso e da responsabilidade, para sermos fortes e corajosos em superar as dificuldades do nosso dia a dia. Diante de tanta fé e testemunhos vividos por nós, nesse EEN, o que podemos dizer a Deus é Sim. Tomemos Maria como exemplo e aprendamos a 27


viver a Vontade de Deus e a dizer Sim a Ele todos os dias. Saímos deste encontro com a certeza de que fomos escolhidos por Deus

para sermos santos e vivermos a santidade conjugal.  Roberta e Heber Eq.09 - N. S. de Nazaré Edéia-GO

PROVÍNCIA NORDESTE EEN - REGIÃO CEARÁ i Aconteceu nos dias 13 e 14 de setembro/2014, no Centro Educacional Maria Imaculada, em Sobral/CE.. O encontro teve como objetivos específicos: proporcionar o encontro com outras equipes, rever a metodologia do Movimento, celebrar o compromisso do casal e da equipe, festejar o acolhimento das novas equipes e fortalecer a unidade do Movimento. O Tema escolhido foi: “Ousar o Evangelho: Acolher e cuidar dos homens”. A programação foi dividida em quatro módulos; após a apresentação dos módulos eram feitas reuniões em grupo; estas foram consideradas os momentos mais importantes para troca de ideias entre os equipistas. No domingo o ponto culminante foi a entrega dos certificados de conclusão da Pilotagem e a Renovação do Compromisso, durante a Santa Missa. Pertencer às ENS é, como em outros Movimentos ou Pastorais, renunciar a muitas coisas passageiras que nos satisfazem momentaneamente, e não trazem proveito para nossa vida futura e às vezes até prejudicam nossa saúde. Os participantes deste EEN renunciaram, por amor ao 28

Movimento, ao fim de semana com a família, amigos etc, para estarem ali recebendo ensinamentos importantes para a vida de equipista. Estavam todos seguindo o chamado de Jesus: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16,24).  Gerardo da Estrela Eq. N. S. Medalha Milagrosa Morrinhos-CE FORMAÇÃO PARA CASAL LIGAÇÃO Nos dias 26 e 27 de setembro de 2014, 12 casais dos Setores A e B de Santa Luzia-PB, participaram da Formação para Casal Ligação com o nosso CRR Paraíba – Gracinha e Jadson. A Formação foi marcada por discussões enriquecedoras, esclarecendo dúvidas, motivando-nos a abraçar a missão de CL com um novo ânimo. Nos Grupos refletimos sobre o papel do Casal Ligação e avaliamos a nossa prática. Fizemos uma analogia entre a missão do Casal Ligação a as cartas de São Paulo endereçadas a Tito e a Timóteo. Fomos exortados a nos manter fiéis ao carisma e à mística do nosso Movimento, procurando não nos CM 486


desviar da fé, conservando o espírito de humildade e acolhimento, para podermos escutar com discrição, transmitir com simplicidade, encorajar com alegria e agir com eficácia. Enfim, “Eis-me aqui Senhor!” - foi assim que finalizamos esta

Formação, desejosos de fazermos a nossa parte enquanto casais cristãos, comprometidos e alicerçados na espiritualidade conjugal.  Netinha e Tony Eq.03 - N. S. da Boa Viagem Santa Luzia-PB

PROVÍNCIA LESTE

eEN - Região Minas III Aconteceu na Escola Profissional Delfim Moreira em Pouso Alegre, em 27 e 28 de setembro, nosso segundo EEN. Um encontro importante para encerrar a Pilotagem dos novos casais dos cinco setores da região que, juntos, consolidaram todo o conhecimento recebido ao ingressarem no Movimento das ENS. Com amor e alegria, os cinco CRS presentes também revigoraram o seu “SIM” ao Movimento que nos irmana no Senhor, reunidos e unidos durante todo o encontro, disponíveis para servir à Equipe de Formadores da Província, juntamente com o CRR, para que tudo se realize conforme a Vontade de Deus. Os casais formadores vieram preparados e disponíveis, contaram com a hospitalidade de três dóceis casais que a viveram alegremente: “Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos.” (Hb13,2). Pe. Clemildes, SCE-A, jovem e autêntico, encantou-nos com a convicção de que o Matrimônio santifica o casal CM 486

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e a Igreja, e de que somos sinal do Amor de Deus para o mundo. Desvendou-nos a riqueza que foi para a Igreja, a preciosa vocação e missão do Pe. Henri Caffarel, sobretudo para que a Igreja chegasse a uma verdadeira compreensão de que existe espiritualidade conjugal. “O homem, criado para amar, não encontra razão de existir se não encontra a quem amar. Nada tem sentido na vida quando falta o amor! Amai e sereis felizes!” Pe. Ferreira, SCE, celebrou com alegria o encerramento do EEN, ajudando-nos a purificar nossa mente, às vezes catastrófica, para que nosso coração mergulhe mais profundamente na bondade de Deus, totalmente inclusiva. Ao final do EEN, todos os casais pilotados fizeram o Compromisso Solene e revigorados pela beleza da Mística e Carisma do Movimento, receberam de seus CRS o livro: “Padre Caffarel: Profeta do Matrimônio”. Desejamos que todos os casais equipistas possam se abrir cada vez mais aos momentos de formação propostos pelo Movimento pois, na estrada do Amor, o Senhor nos alarga o Seu coração. “A nós descei, Divina Luz! A nós descei, Divina Luz! Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus!” Grande e carinhoso abraço em seus corações,  Luciane e Marcelo CR Santa Rita do Sapucaí-MG

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Volto de Roma onde fui abrir os caminhos para nossa Peregrinação. Constatando o interesse e a simpatia suscitados pela notícia de que mil casais de nossas equipes chegarão dentro em breve a Roma, procurava uma explicação à impressão profunda que causam sempre as concentrações de casais cristãos. Veio-me então uma lembrança: no último dia de nossa Peregrinação a Lourdes, em 1954, os casais foram à gruta para saudar Nossa Senhora antes de partir. Um pouco afastada, uma piedosa velhinha olhava esses casais que chegavam em grupos apressados - a alegria se estampava em seus rostos. Estava emocionada, tinha lágrimas nos olhos. Não sei o que pensava: talvez assistisse mesmo a um milagre. Quinhentos casais, em que o marido e a mulher se ajoelhavam juntos, rezavam juntos, se confiavam juntos à Imaculada, sim, na verdade, isto lhe parecia um grande milagre. E suas lágrimas eram uma homenagem à graça toda poderosa do Senhor que faz milagres assim. Com efeito, é muito belo um verdadeiro lar cristão, é uma grande obra de Deus o esplendor do sacramento do Matrimônio, reflexo da ternura imensa que une Cristo e a Igreja. Vocês cor rem o risco de se CM 486

acostumarem com esta beleza, de não a admirar mais, nem louvar a Deus por ela. E, sobretudo, talvez porque estão rodeados de alguns destes casais, arriscam não ver mais a quantidade dos decepcionados, sofredores, truncados. E ainda que os vislumbrem, arriscam esquecer que sua grande infelicidade é não ter tido a graça que é a sua, de conhecer o sacramento do matrimônio e suas riquezas? Sentem entre eles o profundo mal estar de ser rico no meio do uma multidão de miseráveis? Surge a interrogação: por que nós e não eles? Para milhões de casais que se unem em todo o mundo, cada ano, cujo amor é radioso e transbordante de promessas no princípio, bastam poucos anos para surgir neles a decepção, a amargura e muitas vezes o malogro. Sim, por que vocês, e não eles? Porque não convidaram Cristo para vir a seu lar, porque tão desolador que seja depois de vinte séculos de Cristianismo, a maioria dos casais ignora ainda que o Cristo veio salvar o amor humano ferido de morte pelo pecado, que derramou por ele seu sangue - e este sangue derramado é o sacramento do matrimônio que comunica por ele a virtude aos esposos. É necessário que lhes pareça intolerável esta ignorância da grande multidão dos homens, e de ser os tais privilegiados. A “boa nova” da salvação do amor precisa abrasarlhes de ardor, de impaciência para 31

Raízes do Movimento

“SERÁ FEITO NA MEDIDA DE SUA FÉ”


propagá-la, fazendo tudo para isto. Primeiro, é preciso rezar. Será a maior intenção desta grande concentração de oração que constituirá nossa Peregrinação­ penso não somente nos 1.000 casais peregrinos, mas também, nos 5.000 outros que de casa, todo dia, na medida do possível, irão à missa e consagrarão momentos à oração. Três condições, disse-nos Cristo, garantem a eficácia da oração: crer nesta eficácia, unir-se para rezar e dirigir-se ao Pai em nome do Jesus Cristo Nosso Senhor. Nós

preencheremos estas condições! Então, quanto se poderá esperar destes oito dias de oração intensa! A grande nova: Cristo veio para salvar o amor, precisa chegar até o fim do mundo, devolver a esperança aos que desesperam, alegrar os lares que se fundam, multiplicar os lares onde marido e mulher se ajoelham juntos, adoram juntos, rendem graças juntos, se oferecem juntos a Deus, e juntos se põem ao seu serviço.  Pe. Caffarel Editorial - Pe. Caffarel na Carta Mensal n° 2, ano VII, maio de 1959

CONFERÊNCIA DO pE. cAFFAREL,

por ocasião de sua visita ao Brasil em setembro de 1972 Olhando por todo o mundo, penso que uma minoria das equipes são reuniões e não pequenas eclesias. Creio que, na grande maioria, as equipes são eclesias, isto é, estão reunidas em redor de Cristo como os apóstolos antes da Ascensão, mas não são eclesias de depois de Pentecostes, habitadas pelo Espírito Santo. Esse é que deve ser o objeto de nossa reflexão, de nossa pesquisa levar uma reunião de amigos a se transformar numa eclesia em torno de Cristo; transformar essa equipe em outra, posterior ao Pentecostes, habitada por um dinamismo poderoso. Corremos o risco de ser acomodados, pusilânimes, tímidos e de não ousar acreditar que Deus possa, ainda hoje, fazer por intermédio da equipe de indivíduos simples coisas maravilhosas

como as que fez através dos apóstolos logo depois de Pentecostes. Há quem ache que já é alguma coisa estarmos reunidos ao redor de Cristo. Mais uma vez, digo que isso não é suficiente. Se a equipe dos apóstolos não tivesse conhecido o dia de Pentecostes, teria ficado mais ou menos estéril. Nós precisamos enfrentar o problema: que fazer para que uma eclesia se torne uma eclesia pentecostal, como no dia seguinte ao da vinda do Espírito Santo? Tomai nota disso: um casal, marido e mulher, é uma pequena eclesia. Uma família, pais e filhos, forma uma pequena equipe e pode, e deve, ambicionar ser uma equipe pós-pentecostal. É uma observação que vos faço. Marido e mulher, pensai nisso. 

Texto extraido do livro “ENS - Ensaio sobre seu histórico” - pp. 274 e 275

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Ser família na comunidade eclesial Mais um bonito tema nos conduziu no mês de setembro para o encontro conosco mesmos e com Cristo. Muitas foram as vezes em que me perguntei de qual videira eu era ramo. Tantas vezes fui ramo da videira da impaciência, da videira da pressa, da videira do cansaço, da videira da falta de tempo... e percebi que, da videira em que estava enraizado, vinha o fruto! Inevitável! Como é difícil mantermos sintonia com a única Videira que nos interessa. A gente pula para outras videiras facilmente... Como foi bom ter este tema para ler e refletir ao longo do mês e poder retomar a vida, recomeçá-la. Neste período de ondas bravas, em que o barco chacoalha muito - com a forte depressão da minha amada -, a tranquilidade de estar com o Senhor me devolve a serenidade. Li uma frase que me fez pensar bastante ao longo deste mês: “Às vezes Deus acalma as tempestades, às vezes Ele acalma o marinheiro. Outras vezes, nos ensina a nadar!”. Como é interessante perceber a vontade de Deus em nossas vidas e como ele nos quer junto d’Ele. É certo que mar calmo não faz bom marinheiro. Mas, mar muito agitado é como videira agitada por ventania... pode fazer alguns galhos secos e fracos saírem voando. Foi assim que me senti neste mês. Vieram ventos contrários, CM 486

ondas fortes, algumas tempestades e ventanias da minha impaciência, mas o Senhor não me abandonou. Não sei muito o que Ele espera de mim neste momento da minha vida, como devo ousar o Evangelho na ausência de minha querida Tetê. Mas sigo servindo com docilidade, prazer e alegria. Rezo muito para que a fonte de todo Amor, a única Videira que nos é preciosa, continue a ser a pedra angular de nosso lar. Que o cuidado com o amor seja um cuidado mútuo dividido entre nós, casais equipistas. Os frutos deste zelo dependem mais da Videira a que estamos unidos do que de nós mesmos... E, como casal, nunca estamos sozinhos, mesmo que estejamos desacompanhados... Somos uma só carne, não tem jeito! E só quando estamos sozinhos é que os outros conseguem ver quanto do outro está em nós. Quando estamos juntos, não precisa. Experimentei isso há poucos dias em Nova Veneza, quando sozinho participei da Sessão de Formação. Que assim seja! Que os outros vejam sempre a Videira que nos enraíza e dá sentido à nossa vida: o amor conjugal e o amor ao Pai. O primeiro sempre se alimenta do segundo. O segundo sempre é alimento para o primeiro!  Paulo da Tetê Eq.13 - N.S.Rainha da Paz Florianópolis-SC 33

Testemunho

OUSAR O EVANGELHO


AINDA QUE EU FALE

as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor... Estamos entrando no nosso último ano de missão de Casal Responsável de Setor... como passou rápido... quanto aprendizado tivemos... “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”, sempre se ouve isso em início de missão. Mas, apesar desta frase não ser bíblica, é preciso refletir também sobre o contexto inteiro dela. Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e perseverança.” (Albert Einstein). Assim, não adianta querer fazer algo se primeiro não tiver persistência em assumir aquilo que é proposto. Principalmente nas coisas divinas, é preciso ter mais “cuidado” naquilo que se faz, para que prevaleça a inspiração do Espírito Santo e, com muito zelo e oração, seja tudo feito com muito respeito... e ao final se terá a convicção de que o que poderia ter sido um fardo, foi simplesmente uma bênção!!! No amor não há medo; ao contrário, o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. “Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor”, como diz 1 João 4,18. Este ano em especial, algo nos chamou muita atenção: as reuniões horizontais. Foram cinco reuniões iluminadas e abençoadas, e percebemos que o nosso Setor pôs-se sim à descoberta de si, do outro, da família, da igreja, da sociedade, do mundo que nos rodeia, e compreendeu que é na família que se tem o seio da esperança de um mundo melhor. Foram depoimentos dignos de louvor, dinâmicas que encheram nossos corações de alegria... Talvez muitos encarariam tantos compromissos como exigências mas, quando nos deixamos despojar de nosso egoísmo e preguiça, entendemos que a cada nova experiência agraciamo-nos mais com o amor, sentimento este tão pedido por Jesus... Além do mais, como a cada dia nosso Movimento está tão variado na diversidade de faixa etária, anos de equipe, classe social e cultural, nada melhor do que propor inspirações que nos aproximem e nos façam sentir acolhidos. Como o próprio Tema de Estudo da interequipe nos colocou: “Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas se não tiver amor, nada serei”.  Mônica e Joviamar CR Setor A Itumbiara-GO 34

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EEN: ESPERANÇA - CONFIANÇA Somos um casal de tempo mediano nas Equipes de Nossa Senhora. E juntos já passamos longe da média dos casais que levam adiante o compromisso da instituição sagrada chamada Matrimônio. São 22 anos construindo um casamento que, a partir do décimo ano, recebeu um fortalecimento: Pilotagem, depois CRE no primeiro ano; a seguir, Casal Ligação, na sequência coordenação de uma Experiência Comunitária, depois uma Pilotagem. A essa altura, o Movimento já existia como Setor em nossa cidade e fomos eleitos CRS. Hoje somos parte da “equipe formadora” constituída para organizar o Encontro de Equipes Novas (EEN) em nossa região (Paraná Sul III). O primeiro EEN foi realizado em Março deste ano: momentos de muita espiritualidade e convivência. No último final de semana de setembro aconteceu o 2º EEN onde, mais uma vez, os casais de equipes novas puderam sentir o acolhimento e a grandeza do nosso Movimento. Assim veio o desejo de escrever para a Carta CM 486

Mensal, pois o acontecimento transbordou numa aura de ESPERANÇA e de paz que veio preencher em nós algo que tinha perdido força no caminho: a CONFIANÇA! Testemunhamos que o sonho e o empenho do nosso querido fundador Pe. Caffarel está vivo e tem bases sólidas para o futuro, nesses jovens casais que começam a construir suas vidas sobre a “ROCHA”. Queremos dar Glória a Deus por nos ter permitido sentir, de maneira tão serena e forte, a sua presença atuante nessas equipes novas... nos casais que se deixaram cativar pelo AMOR e que estão dispostos ao esforço alegre e consciente de equipistas. Determinados e convictos, eles nos proporcionaram um belíssimo testemunho, no qual nos dão a certeza de que, no futuro, existirão famílias cristãs estruturadas e dispostas à doação incondicional para a construção do Reino de Deus.  Bendigamos ao Senhor! Florinda e Celso Antonio Eq.02 - N. S. Aparecida Campo Largo-PR 35


Partilha e Pontos Concretos de Esforço

Retiro 2014 No dia 29 de agosto saímos de casa meio desanimados para vivenciarmos mais um Ponto Concreto: o Retiro. Rezamos durante o caminho pelo seu êxito e para que Deus nos desse ânimo e entusiasmo para vivê-lo bem. Ao chegarmos, já nos encontramos com uma turma jovem que sorria com o coração, nem nos deixando lembrar do nosso desânimo, e um sacerdote, Padre Hermínio, que andava pra lá e pra cá, distribuindo sorrisos e palavras de boas vindas. Como nos sentimos acolhidos! Sejam todos abençoados sempre. Após orações e cantos, iniciamos refletindo sobre as Bodas de Caná e entramos no tema: As Cruzes do Matrimônio. Somos uma bênção um para o outro, para caminharmos juntos, como um só em direção ao Senhor. Somos uma cruz que deve ser amada, cuidada, carregada como um bem precioso e nunca rejeitada. É diante de Jesus na cruz que vamos encontrar o apoio, o amparo e o socorro, para vencermos as dificuldades. «Olhe pra cruz esta é a minha grande prova... ninguém te ama como eu...” Com Jesus, caminhamos na alegria e paz, mesmo no meio de tribulações, pois temos a eterna intercessora que diz: “Tire toda a tristeza do seu coração e coloque alegria!”. Fazer como Elias que, para encontrar Deus, subiu ao monte e O encontrou na brisa suave. 36

Como casal, devemos desacelerar, subir à montanha para rezar, escutar Deus que nos fala no silêncio, para que nossa vida caminhe em sua direção. Como muito bem nos apresentou padre Hermínio: cuidar do trigo de nossa vida, sem nos preocuparmos com o joio; cuidar do que é bom e esquecer o que é ruim. Para sermos de Deus, precisamos tecer nossa vida com coragem e confiança, juntos. Muitos milagres nos acontecerão. A nossa força está nos Sacramentos, que são a presença viva de Cristo, e também no cuidado, carinho, atenção, zelo, afeto um para com o outro e com nós mesmos. A nossa marca de casal cristão deve ser o amor que atrai e a perseverança. Dar testemunho, para que outros casais queiram sentir o gosto de Deus. Levar sempre a sua Palavra que, depois de lançada, não volta sem produzir frutos. E assim, na alegria, no amor, no olhar de Maria, vivenciamos o Retiro 2014, embalados pelo amor e pela música “A montanha” que nos fez relembrar que uma das maiores virtudes do ser humano é o agradecimento.  Obrigada, Senhor! Obrigado, Senhor! Mais uma vez...Obrigado Senhor (música de Roberto Carlos)

Marta e Julio Eq. N. S. Auxiliadora Divinópolis-MG CM 486


Ao longo deste ano, o estudo do Tema nos proporcionou um grande aprendizado e crescimento espiritual. Aprendemos no Encontro de Jesus com Zaqueu que Jesus nos convida, e aceitar este convite é o ponto de partida para nossa vida. A lição seguinte foi com a parábola O bom Samaritano, que, com compaixão, parou no caminho e estendeu sua mão a um desconhecido necessitado fazendo dele o seu próximo. Em As Bodas de Caná aprendemos a maravilha de ter Jesus em nosso matrimônio e beber juntos desse vinho da alegria vivendo o Evangelho a dois. Na passagem do Evangelho Jesus entre os doutores descobrimos as maravilhas da Sagrada Família, que nos ensinou também o que é ser família e os cuidados que devemos ter com a nossa. Em casa de Marta e Maria, elas também foram presenças marcantes; com elas aprendemos o que é essencial e quão importante é a presença do Cristo em cada lar para que a família seja fiel à sua missão. Aprendemos também a descobrir o próximo na sociedade que nos envolve, na passagem A mulher adúltera, onde Jesus nos ensina acolher e a não julgar. “É isto o que vos mando: que vos ameis uns aos outros”. Unidos a Cristo para dar frutos! Aqui a grande lição de sermos todos, em Cristo, uma só família. CM 486

Diante de todos estes ensinamentos, agora São Mateus nos traz a passagem do Juízo final. O texto é claro, e é forte! Chama a atenção para uma reflexão profunda: Qual realmente é o nosso papel nesta vida? Qual é a nossa vocação? O que estamos fazendo de concreto? O que estamos semeando aqui para colher na vida eterna? O Evangelho nos convida a sair de nossa comodidade, de nosso conforto e avançarmos para águas mais profundas: não basta apenas acolhermos aqueles que estão em nosso caminho, aqueles que vêm nos pedir auxílio. Temos que ver além, ver aqueles que não nos procuram, que talvez nem saibam de nossa existência, mas precisam de nós. Sair de nosso comodismo significa buscar os mais necessitados. Esse texto nos fez refletir muito pois, sempre que alguém bate à nossa porta, procuramos atendêlo; quando alguém nos pede ajuda, procuramos ajudá-lo; seja na comunidade ou no Movimento. Estamos sempre disponíveis, procuramos sempre fazer visitas para amigos em situações difícies. Mas faltou... Faltou procurar aqueles que não conhecemos, independentemente de credo ou religião: os doentes, os presos etc... Para ajudarmos na construção do ecumenismo e da paz, reconhecemos que esta ainda é uma missão a cumprir!  Vânia e Junior Eq.10C - N. S. Salete Curitiba-PR 37

Tema de Estudo

Missão a cumprir...


ACOLHER E CUIDAR DOS HOMENS! Com o grito “Olha a canja aí, gente!!!” a nossa equipe 36D sentiu a alegria de colocar em prática o Tema de Estudo deste ano. Na noite do dia 05/08/2014, esse grito serviu para avisar os romeiros que se dirigiam de São José do Rio Preto/SP ao Santuário Senhor Bom Jesus, no povoado de Castores, município de Onda Verde, sobre a canja que estava sendo servida gratuitamente a todos. A 105ª edição da ‘Festa dos Castores’ marca o dia da Festa da Transfiguração do Senhor, dedicado ao Senhor Bom Jesus, e se dá quando peregrinos saem de São José do Rio Preto e caminham os cerca de 20 quilômetros que separam a cidade e o Santuário. A peregrinação começa na rodovia Transbrasiliana (BR 153) e continua pela vicinal que leva até a localidade. Incentivados por um dos casais de nossa equipe, que há dezoito anos participa da Romaria em agradecimento à vida de seus filhos gêmeos, aceitamos o desafio de começar a fornecer gratuitamente canja, sendo este nosso segundo ano. Vivemos uma experiência maravilhosa da prática do Tema de Estudo porque a equipe toda se envolveu no “projeto”: na compra do frango, na arrecadação de doações, na partilha das despesas etc. Todos colocaram a ‘mão na massa’: uns na compra dos alimentos, outros no preparo, outros na arrumação da barraca, na organização, e outros na oração, essencial para que tudo desse certo 38

como qualquer outra atividade. Com a canja pronta, os casais da nossa equipe, juntamente com alguns casais das equipes 41B e 23D, começaram a montar a barraca às margens da BR-153, com muita animação, alegria e o espírito cheio de paz. Barraca pronta, com uma faixa com o logo do Movimento e a imagem de Nossa Senhora Mãe da Medalha Milagrosa, Padroeira da nossa equipe à frente da mesa, começamos a servir aos romeiros. Foi uma noite abençoada. Dentre os milhares de fiéis que fizeram a caminhada, muitos pararam na barraca da “canja das ENS”; vários apenas para fazer o sinal da cruz e rezar em silêncio em frente à imagem de Nossa Senhora. Outros paravam para descansar na tenda armada ao lado. E, no meio dessa acolhida, não foram poucos os que perguntavam o que significava “Equipes de Nossa Senhora”. E sempre tinha alguém pronto a responder. E depois de alimentados, todos partiam deixando uma mensagem de agradecimento, de afeto, de carinho, desejando as bênçãos de Deus para todos. Vivemos, durante essa experiência, os mais variados pontos pregados pelo Movimento no atual tema de estudo: em primeiro lugar a oração, para que tudo corresse com a graça do Criador, a partilha na preparação, a ajuda mútua, a disponibilidade, a caridade e o amor gratuito ao próximo. Às 00:02, já do dia 06/08, depois de termos servido mais de 1.400 potes de canja quentinha, quase 400 CM 486


copos de água e vários de refrigerantes, desmontamos a barraca. Ficamos ainda alguns minutos em oração, de mãos dadas, no escuro, no acostamento da BR-153 e, ao som dos caminhões que passavam zunindo ao nosso lado, agradecemos as graças de Deus por nos ter permitido participar daquela Romaria,

encerrando com um Pai Nosso, uma ave Maria e o Magnificat, entendendo perfeitamente por que São Francisco disse: “há maior alegria em dar do que em receber”.  Paulo Fernando da Luciana Eq.36D - N. S. Mãe da Medalha Milagrosa São José Rio Preto-SP

O empenho ecumênico da Igreja ...O ecumenismo encontra o seu fundamento no desejo de Jesus: “Que todos sejam um “ (Jo 17, 21). Trata-se de um imperativo do Evangelho, da fé cristã e da consciência eclesial. O Concílio Vaticano II o entendeu como um de seus principais objetivos (UR 1) e um impulso do Espírito Santo (cf. UR, 1; 4). O Papa João Paulo II declarou que o caminho ecumênico é “um caminho irreversível” (cf. UUS, 3)... Alguns pressupostos para o estudo do ecumenismo: Atitude de fé: ser ecumênico é um ato de fé no Pai que realizará o desejo do Filho “ Que todos sejam um ...” (Jo 17,21). Trata-se de um imperativo categórico da consciência cristã: “Acreditar em Cristo significa querer a unidade” (UUS 10). Atitude de conversão: “A unidade dos cristãos é possível com a condição de estarmos humildemente conscientes de ter pecado contra a unidade, e convencidos da necessidade da nossa conversão”(UUS 34). A conversão ecumênica é: a) conversão do coração, que promo-

ve o ecumenismo da caridade; b) conversão da inteligência, que produz o diálogo doutrinal; c) conversão confessional, que faz com que as Igrejas realizem atos eclesiais de reconciliação. Atitude de diálogo: O diálogo ecumênico transforma-se em “diálogo da conversão” e, portanto, “diálogo da salvação” (UUS 35). Mais do que exposição de ideias, o ecumenismo é uma atitude do espírito dialogal. Isso leva a atitudes criativas e a novos enfoques da realidade. Assim, ecumenismo não é resolver problemas doutrinais isolados. A fé cristã implica numa cosmovisão/comportamento ético, uma forma de vida na perspectiva da comunhão. Consciência eclesial: “Querer a unidade significa querer a Igreja; querer a Igreja significa querer a comunhão da graça que corresponde ao desígnio do Pai desde toda a eternidade” (UUS 10). Ecumenismo não é apêndice/paralelo ao ser Igreja, pois a unidade/comunhão é essência, dimensão, missão e mistério da Igreja. 

(CNBB – Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Interreligioso – www.cnbb.org.br)

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Reflexão

Coloque o pecado para escanteio Nossa vida de fé precisa passar por um processo de condicionamento espiritual. Em um jogo de futebol, o escanteio é utilizado para reiniciar uma partida. Durante um jogo de futebol, muitos são os momentos em que é preciso reiniciar a partida. E em nossa vida espiritual? Quando é preciso reiniciar a caminhada? No jogo da vida, buscamos a vitória sobre o pecado. Corremos, suamos, driblamos o adversário e queremos, junto com nossos irmãos, ser os campeões no time da santidade. Mas nem sempre conseguimos alcançar o troféu da vida sobre a morte. Muitas vezes, encontramo-nos despreparados. Falta-nos um treinamento mais intensivo para que possamos entrar em campo e vencer as forças do mal. Todo jogador passa por esse processo: antes de entrar em campo para uma partida de futebol, ele passa por um rigoroso treinamento: estuda as táticas do adversário, ensaia jogadas e busca um condicionamento físico. Sem esse treinamento rigoroso, a vitória é praticamente impossível de ser alcançada. Nossa vida de fé também precisa passar por todo o processo de condicionamento espiritual. Para que o nosso desempenho no campo da vida seja favorável, algumas regras para vencer são fundamentais: 40

1) Vida de oração: Drible a preguiça com sua força de vontade e disciplina, invista em momentos diários de oração. Faça deles sua vitória contra o desânimo. Seja o artilheiro do campeonato da vida e marque muitos gols contra o pecado! 2) Cultive a paciência: Se você errou a jogada ou algo lhe roubou a paz, se marcou um gol a favor do pecado, não desanime! Vença o jogo pela luta da santidade com fé! Seja persistente ao buscar a vitória e ganhe de virada. Olhe sempre para o objetivo principal. Sua meta é ser santo, mas tenha a plena certeza de que, para sê-lo é, antes, preciso aprender a ser humano. Por isso mesmo, faça um gol de placa contra a falta de paciência consigo mesmo. 3) Tenha amigos que buscam os mesmos objetivos que você. A união faz a força, e os amigos verdadeiros nos levam para os caminhos de Deus. No campo da vida, somente será vitorioso o time que aprender a partilhar os lances e jogar em união. Junte-se aos seus amigos e faça uma barreira contra o pecado. Sozinhos, nada conseguimos; mas quando partilhamos as dificuldades, nenhuma jogada do pecado consegue ultrapassar nossas barreiras. 4) Aproveite bem o seu tempo: Evite fazer faltas, pois muitas delas podem ocasionar um pênalti. CM 486


Assim, você fica mais propenso a levar um gol sem necessidade! Jogue com sabedoria e confiança, mas sem ser agressivo. Quem vence um jogo somente com faltas arrisca sua vida, e suas jogadas contra o pecado não têm força; ao contrário, alimentam-no ainda mais. 5) Coloque o pecado para escanteio: Reinicie uma nova partida no campo da fé sempre que precisar. No jogo da san-

tidade contra o pecado, sempre temos a oportunidade de recomeçar. Não há necessidade de amarelar diante do adversário. Seja o artilheiro do amor, o goleiro da esperança e o técnico da sabedoria na vitória contra o pecado!  Pe. Flávio Sobreiro Arquidiocese de Pouso Alegre-MG (Colaboração) Donizeti da Silvia Eq.07 - Madre de DEUS Mogi das Cruzes-SP

O Perdão como um ato de humildade Admitir um erro e pedir perdão, para muitos, são atos de inferioridade. São atos humilhantes. Sabemos que a humilhação aos olhos de Deus é totalmente diferente da humilhação aos olhos dos homens. Jesus foi insultado, condenado, flagelado, humilhado, morto e sepultado para nos salvar dos nossos pecados. E, frequentemente, pecamos e queremos o seu perdão, mas somos muito egoístas, orgulhosos e resistentes quando precisamos perdoar o nosso irmão. A humilhação como vemos, para Deus, é exaltação. Deus é misericórdia e perdão. Além disso, quer que também sejamos misericordiosos para com os nossos irmãos. Vejamos esse fragmento da Bíblia: “... Então o seu senhor, chamando à presença, disse-lhe: ‘Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia CM 486

de ti?’ E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas ...” (Mt 18, 23-35). Vejamos outra passagem: “Então Pedro se aproximou dele e disse: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?’ Respondeu Jesus: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete!’ (Mt 18, 21- 22). Inúmeras são as vezes que, involuntariamente, ofendemos o nosso irmão. O grau de intensidade dessa ofensa vai dizer se ele está preparado para o perdão. É mais fácil fazer o mal do que o bem. No entanto, quando se trata de dar o perdão a quem te magoa, seja por qual for o motivo, a dureza do coração fala mais alto. A vontade é pagar com a mesma moeda! Jesus, na oração que nos ensinou, diz... “perdoai as nossas 41


ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Ele nos impulsiona a ter misericórdia e compaixão com aqueles que necessitam do nosso perdão. Rezamos todos os dias a oração do Pai Nosso; porém, muitas vezes, a prática não se realiza. Perdoar o irmão é um gesto de bravura, de grandeza espiritual, de aproximação de Deus. Isso tudo pode ser adquirido através da intensidade da nossa intimidade com Ele. Devemos sempre buscar, em nossas orações, ter um coração manso e humilde, parecido com o de Jesus. Isso nos leva a refletir que o sentimento de viver na dimensão da graça de Deus é termos um coração misericordioso. Acreditamos que um bom exer-

cício para perdoar o nosso irmão é vê-lo com os olhos de Jesus. Na humildade extrema do ser. É deixarmos que o rancor, a ira, a raiva e o orgulho se transformem em graça. Um coração puro, sem mágoa é um coração saudável, é um coração humilde e compadecido. Portanto, não deixemos que a dor da ofensa habite o nosso ser e se torne um peso para nossa alma. Com o coração humilde e simples, Jesus lavou os pés dos discípulos. Esse foi o ato de humildade da mais imensa grandeza. Procuremos, então, imitá-lo na nossa caminhada de cristão. Que assim seja!  Neném e Carlos Eq. N. S. de Fátima Natal-RN

ALTA SANTIDADE NA MAIOR SIMPLICIDADE... Imaginemos diante de nossos olhos Maria ocupando-se tranquilamente em sua pequena casa de Nazaré, deslocando-se para ir buscar água na fonte ou ao mercado... A mais alta santidade na maior simplicidade de vida. Será que não nos enganamos na imagem de nossa santidade? Será que não procuramos onde não podemos encontrar? A santidade não é fazer coisas brilhantes, mas simplesmente nossas ocupações diárias com o máximo de amor a nosso cônjuge, a nossos filhos, inteiramente banhado, penetrado e transfigurado pelo amor do Cristo sorvido na Eucaristia. Em nossa vida, tal como é, o Cristo está presente, age por seu Espírito e realiza o designo do Pai cheio de ternura. Ele

só o faz com a nossa colaboração: Ele espera que nós O acolhamos e que consintamos em deixa-Lo agir em nossa vida diária, só assim Ele realiza maravilhas em nossas vidas e pelas quais podemos render graças a Maria no seu Magnificat. Consideremos sob esta luz toda nossa vida em casa: o relacionamento com nosso cônjuge e com nossos filhos, nas alegrias e nas preocupações que nos trazem, os trabalhos, as refeições, os lazeres, os momentos de intimidade conjugal... Tudo é ocasião para amar. Tudo é matéria para ser transformada pelo Amor. E se acontecer que nossa casa se torne um calvário possamos saber que Maria já nos precedeu e que Jesus nos espera. 

(extraído do livro-tema “Se conhecesses o dom de Deus” – 1983)

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DEUS ESTÁ DE FÉRIAS?! Queridos irmãos equipistas, já pensaram se, ao dirigirmos nossas preces a Deus, ouvíssemos como resposta: Deus está de férias, favor entrar em contato daqui a 30 dias... Qual seria nossa reação? Certamente diríamos: “como assim, Deus está de férias?! Que brincadeira é essa???” Simplesmente não aceitaríamos tal situação. Felizmente, é claro, Deus não tira férias, nem nos abandona em qualquer período do ano. Deus é amor e, sendo assim, não se cansa de se doar por seus amados. Mas e nós, quando saímos de férias, lembramo-nos de Deus? Ou simplesmente dizemos: depois das férias retomo minhas atividades como equipista e cristão. Agora preciso relaxar sem me preocupar com os meus irmãos de equipe, com as reuniões, as missas mensais e os compromissos da Igreja. Sabemos muito bem que ao chegarem nossas férias, pensamos em descansar, passear, sair da rotina, aproveitar os momentos de lazer e curtir bastante. Esta situação de relaxamento exige de nós, cristãos equipistas, uma atenção e um esforço maior, a fim de que não nos esqueçamos de Deus. Devemos estar atentos à prática do amor e da caridade. Não vivamos um período de egoísmo em que fazemos apenas aquilo que nos satisfaz. Ao contrário, devemos usar este período para, aproveitando o merecido descanso, fazer um encontro com Deus, enxergá-lo na pessoa do outro. Afinal, se muitas vezes dissemos “não” ao serviço do Reino sob a alegação de não termos tempo, não faz sentido que, nas férias, onde temos todo o tempo disponível, simplesmente ignoremos Deus e o Movimento. Pe. Caffarel já mostrava esta preocupação numa carta escrita em 1955, na qual alertava os casais que “As vossas férias devem ser um tempo forte do vosso ano, porque deveis fazer delas um tempo para amar. Não há férias para o amor. Então, não cessai de amar; o amor é a respiração da alma”. Assim, irmãos, com a aproximação dos meses de dezembro e janeiro, período em que a maioria de nós sai de férias, estejamos vigilantes para que o amor se mantenha desperto, alerta, solícito. Façamos de nossas férias um tempo mais fácil de amar a Deus, ao cônjuge e aos outros. Que possamos enxergá-lo no descanso de nosso lar, na praia, na fazenda ou onde quer que estejamos, pois, afinal, DEUS NÃO TIRA FÉRIAS!!!  Luciana e Paulo Fernando CR Setor D São José do Rio Preto-SP CM 486

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Formação

O VALOR DAS CARTAS DE ENVIO DOS ENCONTROS INTERNACIONAIS. Voltar às fontes, promover um aggiornamento, realizar um discernimento profundo sobre a caminhada, verificar o que foi bem aproveitado e o que ainda deve ser bem trabalhado, sempre fez parte da metodologia do Movimento. Isso foi preocupação constante de Padre Caffarel. Nesse sentido, pensamos em retomar um pouco as orientações indicadas nas Cartas de Envio dos quatro últimos Encontros Internacionais (Fátima-1994; Santiago de Compostela-2000; Lourdes-2006 e Brasília-2012), nos quais estivemos presentes. Ao final de cada Encontro Internacional, os equipistas recebem essa Carta. Ela é um instrumento que irá fundamentar a caminhada do Movimento no mundo inteiro, pelos seis anos subsequentes, até se complementarem com as diretrizes dos Encontros posteriores. A Carta de Fátima, assinada em 23 de julho de 1994 pela Equipe Responsável Internacional (ERI), na pessoa do seu Casal Responsável, Álvaro e Mercedes Gomez-Ferrer, dizia que todos ali presentes eram “testemunhas privilegiadas de uma caminhada de Amor, de Fé e de Esperança”. A proposta naquele Encontro foi a de que trabalhássemos mais a nossa Pedagogia, (assentada em três pilares: orientações de vida; Pontos Concretos de Esforço e vida de equipe), voltando-se para uma maior abertura da 44

nossa espiritualidade conjugal à nossa Missão. O tema central foi: “CONVIDADOS PARA AS BODAS DE CANÁ”, e as três frases do Evangelho de São João: “Não têm mais vinho”; “Fazei tudo o que Ele vos disser”; “Enchei de água as talhas”, serviriam para a caminhada. No Envio de Santiago (2000), a ERI entregou-nos uma Carta, assinada por Cidinha e Igar Fehr, na qual a prioridade para os anos seguintes, proposta pelo Movimento, era: “ser casal cristão hoje na Igreja e no mundo”. Fomos convidados a refletir sobre: a pessoa humana (ser pessoa); o casal (ser casal) e sobre a nossa missão (ser casal hoje na Igreja e no mundo). Em Lourdes (2006) recebemos de Marie-Christine e Gérard, Casal Responsável pela ERI, a Carta de Lourdes, cuja orientação geral era: “EQUIPES DE NOSSA SENHORA, COMUNIDADES DE CASAIS, REFLEXOS DO AMOR DE CRISTO”. Essa reflexão foi inspirada no Evangelho de João (13,14): “Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”. A Carta de Lourdes convidou-nos a retomar a herança do Padre Caffarel em relação à beleza do Sacramento do Matrimônio, exortando-nos à prática dos Pontos Concretos de Esforço, à participação regular na Eucaristia, à aproximação espiritual em relação às pessoas separadas, divorciadas, recasadas, à vivência de nossa missão também CM 486


junto aos jovens, principalmente aos jovens noivos. Ainda sob as luzes da Carta de Brasília (2012), relembramos a orientação geral: “OUSAR O EVANGELHO”. Assim, temos tentado corresponder ao chamado de Cristo – “Se alguém tem sede, venha a Mim, e aquele que acredita

em Mim, beba.” – testemunhando no mundo a nossa esperança no Sacramento do Matrimônio como “caminho de Amor, Felicidade e Santidade”.  Jussara e Daniel Eq.3C - N. S. Auxiliadora João Pessoa/PB

A MÍSTICA DA REUNIÃO DE EQUIPE! Iniciando o livro Reunião de Equipe com a Equipe Nossa Senhora de Caravaggio, de Caxias do Sul, em término de Pilotagem, fizemos a seguinte reflexão: A Reunião de Equipe é momento privilegiado de Partilha num ambiente de caridade e de amor fraterno. Essa partilha entre todos pressupõe um clima de confiança mútua e de discrição por parte de seus membros. A Mística das Equipes é o que dá sentido à nossa Reunião. É o porquê de estarmos reunidos. Pois bem, queremos encontrar com Jesus para saber mais sobre Ele, conhecê-lo melhor para amá-lo e segui-lo. Estamos reunidos em nome de Cristo. Estamos unidos a Cristo quando partilhamos o amor de Deus na entreajuda (carregamos os fardos uns dos outros). Impelida pelo Espírito Santo, a equipe envia seus membros ao mundo para serem testemunhas deste amor (...tinham um só coração e uma só alma...). Assim, a mística das ENS é a presença e a força atuante de Cristo na comunidade, na entreajuda e no testemunho. CM 486

Precisamos transformar nossas Reuniões em pequenas igrejas. A reunião precisa ser um ponto de chegada e ponto de partida onde o amor fraterno ultrapasse o auxílio mútuo e torne-se testemunho. Sim, somos uma eclesia, uma pequena célula da Igreja que certamente contribuirá para melhorar o meio em que vivemos e, por consequência, o mundo do qual fazemos parte. E a importância de inserirmos novos casais nesta verdadeira eclesia faz-nos acreditar, cada vez mais, na pedagogia das ENS. O serviço no Movimento como Pilotos faz-nos renovar nossas crenças, nossas atitudes, nossa equipe, nossa família e, de forma alguma é um fardo. É com certeza uma grande oportunidade de crescermos como casal e participarmos, cada vez mais, desta grande Família que é as Equipes de Nossa Senhora! Obrigada Senhor por dar-nos a graça deste serviço!  Alceara Moacyr Eq. N. S. da Paz Caxias do Sul-RS Fonte: livro Reunião de Equipe

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Notícias

Bodas de Diamante Lourdes e Nivaldo

Com as bênçãos de Deus, dia 16 de outubro, Lourdes e Nivaldo comemoraram seus 60 anos de vida Matrimonial, juntamente com seus cinco filhos, noras, netos e amigos, sendo que um dos filhos é equipista. Fazem parte das ENS há 40 anos e integram a Equipe 1 - N. S. de Fátima, de Carlos Barbosa/RS. Deus seja louvado!

Robaína, com quem atuaram por 25 anos em pastorais e movimentos. Após a missa, recepcionaram os convidados, com muita alegria e delicioso buffet no Clube Português de Niterói. Que Deus continue derramando suas bênçãos sobre eles, a fim de que firmes na fé continuem dando seu testemunho de casal cristão. Sua Equipe que os ama, agradece a Deus e ao casal pelo exemplo de vida e de amor ao próximo que são para nós. (Eq.10 - N.S. das Dores - Setor Niterói A Região Rio IV)

bodas de PRATA Eq.97 N. S. dos Anjos Rio de Janeiro-RJ

Bodas de Ouro Marly e Salvador

Casal Nota Dez da Equipe 10-A de Niterói, no dia 04.10.2014, completou 50 anos do Sacramento do Matrimônio. As Bodas de Ouro foram comemoradas com a celebração de uma missa em ação de graças, presidida pelo SCE da Equipe Pe. Majela, e concelebrada pelo amigo e companheiro de caminhada cristã Cônego Elídio 46

Em setembro/2014, nossa Equipe completou 25 anos de muita amizade, companheirismo e amor. No transcorrer desse tempo, Jesus vem preenchendo tudo, voltando Seu coração amoroso insistentemente sobre nós, tocando nossas vidas, consolando, dando forças, ânimo e muitas alegrias. Ele vem agindo, e como vem agindo! Mantendo-nos de pé, unidos nas nossas diferenças. Somos sete casais buscando ser ramos viçosos unidos à videira. Somos pessoas buscando viver Cristo em todos os momentos e lugares onde nos encontramos. CM 486


“O Senhor fez em nós maravilhas, e Santo é o Seu nome!”. (Marlene e Fernando - CRE Eq. 97B - N. S. dos Anjos - Rio de Janeiro-RJ) Eq. N. S. das Famílias Rio Claro-SP

No dia 08.08.2014, com muita alegria comemoramos 25 anos de caminhada no Movimento com uma celebração eucarística em ação de graças no Santuário Nossa Sra. da Assunção, durante a missa mensal das Equipes. A celebração contou com a participação de todos os casais, além do nosso atual SCE, Pe. Joaquim Alberto Rodrigues, e do Pe. Jacob Jovino Tomazella, SCE do nosso Setor. Dos casais participantes, três deles perseveram desde o início da caminhada. Passamos por várias mudanças e perdas de casais, mas descobrimos que somos fortes quando estamos unidos, buscando nosso crescimento espiritual. Após a celebração, festejamos com uma calorosa confraternização com todos os casais e os nossos queridos padres. O Senhor fez em nós maravilhas e Santo é o Seu Nome! (Eq. 02 A - N. Sra. Das Famílias - Rio Claro-SP) Eq.04A – N. S. do Rosário Londrina-PR A Equipe Nossa Senhora do Rosário de Londrina/PR celebrou em CM 486

13/10/2014, o vigésimo quinto aniversário de fundação. A Equipe conta hoje com cinco casais e uma viúva e o Sacerdote Conselheiro Espiritual Pe. José Lino (Palotino). Pudemos comprovar na prática que a ajuda mútua e correção fraterna, tão propagadas pelo Movimento, são fundamentais para o fortalecimento dos laços entre os equipistas. O acolhimento é o grande propulsor de uma vida de equipe. Viver em equipe é acolher o outro e auxiliá-lo na caminhada que é a marcha dos filhos de Deus rumo à terra que Ele reservou para todos nós. A partir do sim de cada casal, foi possível que esta árvore crescesse, frutificasse e se mantivesse viva. Nosso mais profundo agradecimento e louvor a Deus pelos Sacerdotes Conselheiros Espirituais que estiveram presentes na nossa vida sendo equipe conosco.

30 ANOS DE EQUIPE Eq.10 - N. S. da Guia Guaratinguetá–SP Estamos em festa, comemorando 30 anos de caminhada nas ENS. A equipe 10 iniciou sua caminhada no dia 10 de agosto de 1984, tendo como patrona 47


N. Senhora da Guia. A primeira reunião aconteceu na residência de Marlene e João Roberto Galvão Nunes, Casal Piloto. Eram seis casais e mais o Padre Flávio Cavalca de Castro, Conselheiro Espiritual da Equipe, até hoje (já se vão 30 anos!). Nesses 30 anos, muitos foram os

momentos alegres comemorados pela equipe. Cada êxito de um casal, cada vitória de um dos seus filhos, cada reunião festiva, cada pequeno ou grande crescimento de cada um de seus membros, tudo teve um sabor especial. Pedimos a Deus que cada vez mais nos fortaleça na fé, para que possamos continuar nossa missão d e c a sa d os ne s t e m undo t ã o carente de amor. Como diz Padre Flávio Cavalca de Castro, viver plenamente o sacram ento do

matrimônio “PAGA A PENA”! ( Luzia e Paulo Equipe N. S. da Guia - Guaratinguetá-SP)

VOLTA AO PAI Gabriel (da Maria Manuela) No dia 18.12.2013 Integrava a Eq.01D - N. S. da Divina Providência São Paulo-SP Maria Manuela (do Gabriel) No dia 16.07.2014 Integrava a Eq.01D - N. S. da Divina Providência São Paulo-SP Maria da Conceição (Bia do Maurício) No dia 24.8.2014 Integrava a Eq.07 - N. S. do Carmo Juiz de Fora-MG Marilena (Leninha) - (do José Ulisses) No dia 20 set 14. Integrava a Eq. Nossa Senhora Rainha da Paz; RN 1 - Natal Kazuko e Sadao No dia 09.10.2014 Integravam a Eq. 42 - N. S. das Graças Mirandópolis-SP

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Meditando em Equipe O FILHO FEZ-SE HUMANO PARA NOS FAZER DIVINOS Carta aos Efésios 1,3-10 É bom o sentimento que se renova em nós cada Natal. Mas não é o mais importante, nem pode fazer-nos esquecer o cerne do Mistério da Encarnação. Desde sempre a Trindade quis criar homem e mulher, para que participassem da vida divina. Desde sempre a Trindade quis que homem e mulher participassem da vida divina pela sua união vital com o Filho. Desde sempre a Trindade quis que o Filho se encarnasse, fizesse parte da humanidade, para assim nos fazer participantes de sua divindade. Em vista da Encarnação do Filho, desde o início a humanidade, homens e mulheres de todos os tempos foram e são amados, escolhidos e chamados à felicidade da participação na vida divina, nesta vida e por toda a eternidade. O Filho Encarnado é para todos princípio de toda graça e de toda felicidade. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo: Ele nos abençoou com toda bênção espiritual, no céu, em Cristo. Ele nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo para que sejamos santos e sem defeito diante dele, no amor. Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus Cristo, conforme a benevolência de sua vontade, para o louvor da sua glória e da graça que ele derramou abundantemente sobre nós por meio de seu Filho querido.” (Ef 1,3-6) Diante do Presépio e de tudo que ele significa para nós, ouçamos a oferta que a Trindade nos faz, deixemos que o Filho Encarnado nos una a si, e nos transforme e nos faça divinos. – Que lugar Jesus ocupa em sua vida? – Ele faz você participante de sua vida divina. Como isso se mostra em sua vida?

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal

Oração Litúrgica Hino de Natal Ó Redentor do mundo, do eterno Pai gerado já antes do universo, qual filho bem-amado.

Lembrai, autor da vida, nascido de Maria, que nossa forma humana tomastes, neste dia.

E nós, por vosso sangue remidos como povo, vos celebramos hoje, cantando um canto novo.

Do Pai luz e esplendor, nossa esperança eterna, ouvi dos vossos servos a prece humilde e terna.

A glória deste dia atesta um fato novo, que vós, do Pai descendo, salvastes vosso povo.

A glória a vós, Jesus, nascido de Maria, com vosso Pai e o Espírito louvores cada dia.


visite o site oficial do Encontro

www.encontronacionalaparecida2015.com

Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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