ENS - Carta Mensal 489 - Maio/2015

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Ano LV•mai - 2015 • nº 489

carta

Mensal

Equipes de Nossa Senhora

ENS 65 anos

Brasil

__1950 .___1980.___2000.___2015.__ Casais

6500

12000

22000

I Encontro Nacional ENS - Brasília - 2003

II Encontro Nacional ENS - Florianópolis - 2009

XI Encontro Internacional ENS - Brasília - 2012

ENCARTE Ecos do EACRE p. VI RAÍZES DO MOVIMENTO Jubileu de Platina das ENS p. 13

30 ENCONTRO NACIONAL 20 Tríduo Preparatório p. 37

III Encontro Nacional ENS - Aparecida - 2015


CARTA MENSAL n0 489 • mai 2015

Editorial............................................. 01 Super-região Santíssima Trindade: unidade na diversidade”..................................... 02 Detox digital ......................................... 03 Construir a civilização do amor sejamos discípulos missionários!........... 04 Pentecostes........................................... 06 IGREJA CATÓLICA A semana nacional de oração pela unidade dos cristãos SOUC 2015.......... 08 Maria Mãe: obra prima do Criador ..................09 vida no movimento Encontro de equipes novas Região-Oeste I ...................................... 10 raízes do MOVIMENTO Meditações desérticas ............................11 Jubileu de platina das ENS ................... 13 CNSE Viúvas das ENS (CNSE) ...........................15 ACERVO LITERÁRIO DO PADRE CAFFAREL Seguindo os escritos do Padre Caffarel..... 17 TESTEMUNHO De mãos dadas...................................... 19 O exemplo faz a diferença.......................20 Vida de equipe: um caminho de santidade ........................................ 21

ENS em nossas vidas ............................ 22 Nossa primeira reunião de equipe ........ 23 Somos uma Eclésia ............................... 24 Vida de Equipe: fé fortalecida............... 25 Partilha e PCEs Tempo de escutar e meditar.................. 26 O passo a passo para a regra de vida ... 27 tema de estudo Discernindo os sinais dos tempos.......... 29 REFLEXÃO “Mais que vencedores”......................... 31 Só pode ser Jesus... ............................... 32 Maria, a mulher que acreditou ............. 33 FORMAÇÃO O Espírito e a vida de equipe ................. 34 3o ENCONTRO NACIONAL Um caminho para o Senhor ................. 36 Tríduo preparatório para o 3o Encontro Nacional das ENS do Brasil ............................................... 37 NOTÍCIAS .............................................. 41 encarte

EACRE 2015

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 24.600 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


A Paz e Alegria do Senhor Há 65 anos as Equipes de Nossa Senhora oferecem aos casais brasileiros a oportunidade de desenvolver e viver a sua espiritualidade conjugal. Viva Padre Caffarel! Obrigado Nancy e Pedro Moncau! Só no Brasil somos hoje 22 mil casais. Compartilhamos emoções, esforços e fé que fazem deste Movimento um grande matrimônio com os ensinamentos de Jesus Cristo. Para relembrar como começou essa história não deixem de ler o texto, “Jubileu de Platina”, dos nossos queridos amigos Carlos Eduardo e Maria Regina. O Senhor fez, por nós, casais equipistas, maravilhas! Numa data tão especial não poderíamos deixar de continuar desbravando as obras do Padre Caffarel. Conheçam um pouco do seu livro “O Amor e a Graça”. Como estamos há menos de 2 meses do 3º. Encontro Nacional em Aparecida, esta edição conta com as orações do Ângelus e do segundo dia do Tríduo Preparatório, além de uma reflexão da Rita e do Celso, que fazem parte da comissão de liturgia do Encontro.

Mais uma vez temos um encarte sobre os EACRE, com fotos e testemunhos desses exemplos vivos do carisma de nosso Movimento. Não poderíamos encerrar este editorial sem prestar nossa homenagem às mães. Mãe é cuidar, brincar, sorrir, ajudar, mudar, gritar, correr, cantar, pular, brigar, chorar, descordar, errar... mas sem nunca deixar de amar! Obrigado Mães! Que Deus as ilumine e assim continuem sendo o leme de nosso crescimento, o porto seguro nas nossas dificuldades, a fundação de nossas vidas. Esperamos que desfrutem e se inspirem com as palavras desta Carta Mensal. Para qualquer crítica ou sugestão não deixem de nos escrever. Boa Leitura! 

Fernanda e Martini CR da Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais dos tempos” CM 489

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Editorial

Queridos Equipistas


Super-Região

SANTÍSSIMA TRINDADE: UNIDADE NA DIVERSIDADE

Estamos celebrando neste mês a festa da Santíssima Trindade. Um conceito teológico para designar um único Deus em três pessoas divinas. Num p rimeiro mo m e n t o e s s a colocação dá a entender que temos uma discussão meramente teórica ou, pelo menos, com pouca aplicabilidade em nossas vidas concretas. Isso não é verdade! Pois, se é verdade que nós fomos criados à “imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,26), é importante sabermos qual é nosso conceito de Deus, pois, em última instância, nós somos imagem e semelhança desse conceito. A doutrina oficial da Igreja ensina que Deus é uma natureza em três Pessoas. Três em Um: Unidade na Diversidade! Cada pessoa vive da outra, com a outra, pela outra e para a outra Pessoa. Elas estão desde sempre entrelaçadas e interpenetradas, de modo que não podemos pensar nem falar de uma Pessoa, como por exemplo do Pai, sem ter que pensar e falar também do Filho e do Espírito Santo. O que possibilita isso é o amor, pois Deus é Amor (1 Jo 4,8). 2

Por que isso nos interessa? Porque a comunhão, que é a natureza da Trindade, significa uma crítica a todas as formas de exclusão e desunião que existem e persistem na sociedade, nas famílias, nas igrejas... A Santíssima Trindade representa o melhor programa para os nossos relacionamentos. Nós somos imagens e semelhança da unidade que comporta a diversidade. O saudoso São João Paulo II escreve que devemos “promover uma espiritualidade da comunhão... que significa em primeiro lugar ter o olhar do coração voltado para o mistério da Trindade, que habita em nós e cuja luz há de ser percebida também no rosto dos irmãos que estão ao nosso redor” (NMI, 43). Celebrar a Santíssima Trindade é comprometermo-nos em buscar um mundo de unidade que convive com a diversidade, onde uma não anula a outra. Como isso? Vivendo no Amor, vivendo em Deus, que é Amor!  Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 489


“detox” digital “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz exclamou: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!”(Lc 1,39-56). Com efeito, a primeira resposta à saudação de Maria é dada pelo menino num diálogo corporal, quando salta de alegria no ventre de Isabel. O ventre materno que nos abriga é a primeira “escola” de comunicação, feita de escuta e contato corporal, onde começamos a familiarizar-nos com o mundo exterior através do pulsar do coração da mãe. Este encontro íntimo entre dois seres, ainda tão alheios um ao outro, porém cheio de promessas, é nossa primeira experiência de comunicação. Após chegarmos ao mundo, ainda continuamos num “ventre”, que é a família. Um ventre feito de pessoas diferentes e inter-relacionando-se. “A família é o espaço onde se aprende a conviver na diferença” (Evangelii gaudium, 66). E quanto mais amplo for o leque destas relações, tanto mais rico é o nosso ambiente de vida. Na família, a capacidade de se abraçar, se apoiar, decifrar olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram, e todavia são tão importantes uma para a outra, é sobretudo a linguagem que nos faz compreender o que é a verdadeira comunicação, enCM 489

quanto descoberta e construção de proximidade. Mais do que em qualquer outro lugar, é na família que se experimentam as limitações próprias e alheias. Não existe família perfeita, mas não é preciso ter medo da imperfeição, da fragilidade e dos conflitos, preciso é aprender a enfrentá-los de forma construtiva, no amor e no perdão. Neste mundo, onde frequentemente se amaldiçoa, insulta, se semeia discórdia, a família pode ser uma escola de comunicação feita de benção; quando ensina a acolher em vez de combater, visitar em vez de repelir, abençoar em vez de amaldiçoar, que testemunha que o bem é possível, educando os filhos na fraternidade. Os meios de comunicação mais modernos de hoje, irrenunciáveis, principalmente para os mais jovens, tanto podem dificultar como ajudar a comunicação em família e entre as famílias. Dificultam quando se tornam uma forma de se subtrair à escuta, de se isolar apesar da 3


presença física; e favorecem quando ajudam a narrar e compartilhar, a permanecer em contato com os de longe, a agradecer e pedir perdão, a tornar sempre possível o encontro. Assim, o desafio atual é descobrir diariamente que o centro vital é o encontro, e não nos deixar arrastar pela tecnologia, limitando-nos só a produzir e consumir informação. Devemos ir além, compreendendo que nossas vidas

estão entrelaçadas, que as vozes são múltiplas, e cada uma é insubstituível, comunicando uma mensagem de vida e comunhão, nem egoísta, nem intimista, dando assim esperança e conforto às famílias mais feridas, fazendo crescer a própria Igreja, que é uma família de famílias.  Hermelinda e Arturo CR Super-Região BelémPará

CONSTRUIR A CIVILIZAÇÃO DO AMOR SEJAMOS DÍSCIPULOS MISSIONÁRIOS!

Deus disse: “não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxíliar que lhe seja semelhante” (Gn 2,18). Então, Deus criou o homem e a mulher. “Por isso, o homem deixa seu pai e sua mãe e se une à sua mulher, e eles dois se tornam uma só carne.” (Gn 2, 24). Portanto, “o amor que emana de Deus circula entre o homem e a mulher”. “O casal é a imagem de Deus e somos reflexos do seu amor”, que devemos propagar 4

aos outros, começando em nossa casa, entre o casal, com nossos filhos, familiares, no trabalho, no lazer, no trânsito, em nossa comunidade eclesial etc. O Papa Paulo VI em nome do Cristo Ressuscitado e da Igreja, exortou que devemos “anunciar o Evangelho aos homens do nosso tempo, animados pela esperança, mas ao mesmo tempo torturados muitas vezes pelo medo e pela angústia” (Evangelii Nuntiandi). Assim, devemos “estar sempre prontos a dar razões da nossa esperança” (cf. 1Pd 3, 15) àqueles que sofrem e preferencialmente aos mais necessitados. Estamos prontos a servi-Lo? A responder ao chamado “Vem e Segue-me”? Assumimos e somos discípulos missionários que, pelo nosso testemunho, anunciam a concretização de que o Reino de Deus está próximo e ao alcance CM 489


de todos? Somos instrumentos de Deus que nos convoca: Ide evangelizai. É em seu nome e dirigido por seu Santo Espírito que realizamos tal missão, caracterizada pelo amor, pela gratuidade, pela confiança, pela fé, pela esperança, pela justiça e pela paz. Sem dúvida, é um grande desafio para os tempos atuais. Não era diferente à época em que Jesus enviou os seus discípulos e os orientou dizendo: “Eis que Eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10, 16). Assim, como aquela época, o mundo atual clama, e a Igreja nos chama a “discernir os sinais dos tempos” e a Construir a Civilização do Amor. Não nos amendrontemos! O que precisamos é entregar nossa disposição de servir a Deus, com confiança e a certeza de que Ele caminha à nossa frente, como bem nos ensina Jesus Cristo: “não se preocupem em como ou o que vocês vão falar... pois não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai é quem falará através de vocês” (Mt 10,20). Como poderemos atingir hoje os corações dos casais cristãos (homens e mulheres), com muito pouco ou nenhum conhecimento voltado à busca de Deus, envoltos por uma sociedade altamente egoísta, consumista, maculada pelo individualismo e extremamente competitiva, globalizada, em que há facilidades e muitas possibilidades de nos comunicarmos, seja por redes sociais, interCM 489

net, celulares, tablets etc? Contudo, não devemos esquecer que o meio mais eficaz de evangelização ainda é nosso testemunho, como diz São Francisco de Assis: “Evangelize sempre; se necessário, use palavras.”. Convivemos com diversidade de culturas e de múltiplas diferenças de costumes e de atitudes, que nos impõem discernir e saber acolher, ouvir, dialogar, respeitar. Entretanto, devemos dar conhecimento do verdadeiro sentido de nossa fé e de nossa vida de cristãos católicos. Para isso, precisamos nos preparar com conhecimentos que nos permitam dialogar de igual para igual e não ficar sem dar respostas, estas com respeito, porém que reflitam o que acreditamos e professamos. As pessoas devem ver algo diferente em nós, pois o Amor tem que ser expresso por atitudes de respeito, carinho, solidariedade, alegria, espontaneidade de justiça e paz, em prol do próximo. Ou seja, servir o outro, fazendo aquilo que queremos que nos façam. Como equipistas, somos chamados a dar respostas a tantas indagações e o Movimento, este ano, nos pede que olhemos para o mundo em transformação de forma positiva e sejamos protagonistas da construção da Civilização do Amor. Onde? Como? Quando? Para quem? Como respostas, devemos fazer o que Jesus fez. Em sua época, a sociedade também tinha muitos problemas (falta de amor, injustiças, miséria, doenças, discriminação, dificuldades...). No entanto, 5


Ele agia concretamente. E nós? Temos essa atitude? Ele chamou os doze discípulos e lhes disse: «Ide e evangelizai a todos...” e eles assim o fizeram. Tiveram problemas, encontraram situações adversas, eram motivo de chacotas... Com certeza! Mas não desistiram. Ele chama cada um de nós, cristãos católicos - equipistas, casais, pais, homens e mulheres - desta sociedade contemporânea, que enfrenta as mesmas situações de outrora, porém com acréscimos de múltiplas diversidades em que a sociedade supervaloriza o TER e se esquece do SER; só pensa no trabalho, na comodidade e quer as coisas fáceis. É a sociedade da facilidade, do consumismo, do descartável, egoísta e competitiva, que se acostuma com o sofrimento do outro, com a violência,

com a exploração sexual e tantas outras realidades que afrontam a ética, a moral e a dignidade da vida dos homens e das mulheres. Diante de tudo isso, estejamos prontos para Ousar o Evangelho, discernir os sinais dos tempos e servir na sociedade na qual vivemos e somos parte, construindo uma sociedade que conheça e viva o amor de Jesus Cristo, fundamentada na verdade, justiça e fraternidade em busca do bem comum. Que os exemplos de Jesus, Maria e José nos motivem a apresentar ao mundo a face do Amor: Jesus Cristo, por Ele e com Ele, construir uma sociedade mais humana, justa e fraterna.  Olga e Nei CR Província Centro-Oeste Campo Grande-MS

pentecostes “Concentrando toda a história da salvação no mistério de Cristo, a Igreja lê, celebra, atualiza as maravilhas de Deus ao longo do ano litúrgico, através das diversas celebrações: da palavra, da eucaristia, dos sacramentos e sacramentais e do ofício divino” (CARPANEDO P., Revista de Liturgia, nov/dez 2003). O cristão faz de sua história uma “história de salvação”, centrando sua vida no mistério de Cristo. Este mistério se desdobra durante o ano litúrgico (solenidades e festas do Senhor e de Maria, santos e santas...) nas diversas celebrações, das quais uma delas é Pentecostes. “Nele celebramos a Vinda, o 6

Dom do Espírito do Ressuscitado, o nascimento da Igreja. Historicamente, esta festa vem da tradição judaica da “Festa das Semanas” quando, 50 dias depois da Páscoa, se comemoravam as colheitas e a Aliança do Sinai, a entrega das tábuas da Lei. Paulo, escrevendo aos coríntios, lembra esse fato do Primeiro Testamento, interpretando-o em chave cristã: “Vós sois uma carta de Cristo, escrita por nosso intermédio, escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, gravada não em tábuas de pedra, mas em tábuas que CM 489


são corações humanos” (2Co 3,3). Pentecostes, então, na alegria da colheita dos frutos do Espírito na vida dos batizados, conclui, com sentimentos de plenitude, a celebração da Nova Aliança, no Sangue do Cordeiro, que teve como desfecho o enraizamento da Lei do Amor, no íntimo dos corações, pelo Espírito que nos foi dado (cf. BUYST Y., Ano Litúrgico – celebração, teologia e espiritualidade, pg 26). A oração (Coleta) da festa de Pentecostes é uma síntese maravilhosa do seu significado: “Ó Deus que, pelo mistério da festa de hoje, santificais a vossa Igreja inteira, em todos os povos e nações, derramai por toda a extensão do mundo os dons do Espírito Santo e realizai agora no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho”. Pentecostes é a “foz” de um grande “rio”, coroando a caminhada pascal iniciada na Quaresma. “Para que o cristão possa realizar CM 489

sua missão de testemunhar o Cristo ressuscitado, para que ele possa viver o ideal da comunidade cristã, formando mais e mais o Corpo místico de Cristo, para que possa viver sua vocação e missão batismais de sacerdote, rei e profeta, Cristo garante sua presença através do Seu Espírito... Nós, cristãos, não só nascemos para a vida nova em Cristo, mas crescemos e produzimos fruto graças ao Espírito. Se Páscoa é nascimento, é vida nova, Pentecostes é crescimento, é testemunho, é o pleno desabrochar até a idade madura em Cristo (BECKHAUSER, Celebrar a vida cristã, 199). Peçamos o Dom do Espírito, configurado nos sete dons oficiais e em tantos outros “oficiosos” que devem permear nossa luta diária para a transformação da sociedade numa vida mais humana, mais justa, mais santa.  Pe. Osmar Augusto Bezutte SCE Província Centro-Oeste Rondonópolis-MT 7


Igreja Católica

A SEMANA NACIONAL DE ORAÇÃo PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS SOUC 2015 Este ano, a Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos e Cristãs (SOUC) deverá congregar, entre os dias 17 e 24 de maio, cristãos e cristãs em todos os estados do país que, juntos, celebrarão o dom da unidade. Para bem celebrar a Semana, o CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil) preparou cartazes e cadernos de oração. - No hemisfério norte o período tradicional da SOUC vai de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson porque cobriam os dias entre as festas de São Pedro e São Paulo, tendo portanto um valor simbólico. No hemisfério sul, em razão das férias, as Igrejas frequentemente acham outros dias para celebrar a Semana de Oração, como, por exemplo, ao redor de Pentecostes (de acordo com o que foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem em 1926), data também simbólica para a unidade da Igreja. Cientes da necessidade de flexibilidade, propomos que se use este material ao longo de todo o ano para expressar o grau de comunhão que as Igrejas já têm atingido e para orar juntos pela plena unidade, que é o desejo de Cristo. - Texto bíblico para o ano de 2015: João 4, 7 - Jesus lhe disse: Dá-me de beber! (Tradução ecumênica da Bíblia - TEB). O estudo e meditaFonte: Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos – Vaticano.

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ção desse texto adotam a metodologia da CEBI (Centro de Estudos Bíblicos). Largamente posta em prática na América Latina, é chamada de Leitura Contextual da Bíblia. Trata-se de uma abordagem do texto que é, ao mesmo tempo, acadêmica e popular. Nessa metodologia, o ponto de partida para qualquer teologia e interpretação bíblica é a vida cotidiana. Adotamos a abordagem que vemos em Jesus no caminho de Emaús (cf Lc 24,13-24): Que está acontecendo? De que vocês estão falando? Partindo do contexto, vamos ao texto bíblico. Nessa viagem metodológica, a Bíblia é uma lâmpada para os nossos pés, uma luz para o nosso caminho (Sl 119,105). Tomamos a Bíblia como um raio de luz a iluminar o caminho de nossas vidas. O texto bíblico nos ensina e nos transforma para que possamos dar testemunho da vontade de Deus no contexto em que vivemos. - Oferta da Semana de Oração: A oferta simboliza o comprometimento das pessoas com o ecumenismo. É uma forma concreta de mostrar que acreditamos realmente na Unidade dos Cristãos.  - Preparado e publicado em conjunto com a Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas. CM 489


Quando Deus criou a mulher, depositou nela todos os dons que tão bem conhecemos como a doçura, a persistência, a paciência, o carinho, a fraternidade, a solidariedade, a doação sem medidas, a dedicação, a abnegação, o perdão, a fortaleza e muitos outros, todos eles fruto de um amor incalculável que brota de seu coração, mas um dom se destaca de uma maneira especial: a capacidade de ser mãe. Quando Deus lhe deu essa capacidade, concedeu que ela a exercesse de várias maneiras. O caminho mais comum é o de que ela gere o seu filho em suas próprias entranhas, tornando-a assim corresponsável pela geração de uma nova vida, cujo modelo maior foi da encarnação de Jesus no Fiat de Maria. Existem varias mulheres que por diversas razões não conseguem gerar um filho. Então, sabiamente, como Deus lhes concedeu o dom de ser mãe, procuram outros caminhos para exercerem tão sublime missão, sendo que o principal caminhoé a adoção. Este é um gesto que enaltece a mulher. Em ambos os casos, a expressão do amor pelos filhos gerados ou adotados é algo que não temos como medir, mas sim sentir através do nosso relacionamento com eles. Esse amor é um caminho de CM 489

ida, sem esperar retorno. É mais um dom dado por Deus. Esse amor de mãe é um amor que não tem fim, é como se fosse a imagem do Amor de Deus por cada um de nós. É um amor que não mede esforços e sacrifícios buscando diuturnamente a felicidade de seu filho, não importando a situação pela qual ele esteja passando. A mãe nunca desiste dele. Por tudo isso é que podemos afirmar que mãe é uma obra prima de Deus, e assim ela merece mais do que nunca ser reverenciada. Mas como fazê-lo? Existem muitas datas comemorativas em nosso calendário: dia disso, dia daquilo, e dentre essas datas existe uma que é comemorada no mês de maio, que é o chamado “Dia das Mães”. Com respeito a essa data já ouvimos inúmeras vezes que “dia das mães é todo o dia do ano”. Mas pensamos que nada mais justo do que elegermos um dia específico para homenageá-las, um dia em que, deixando a rotina do dia a dia, ela receba todo o carinho e amor mais do que merecido. Esse deve ser o sentido de comemorarmos o Dia das Mães. Que Jesus Cristo, por intercessão de Nossa Senhora, Mãe Imaculada, abençoe cada uma das mães deste mundo.  Yara e Paulo Eq.01B - N. S. da Esperança São José dos Campos-SP 9

Maria

MÃE: OBRA PRIMA DO CRIADOR


Vida no Movimento

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS REGIÃO OESTE I Província sul II

Aconteceu nos dias 07 e 08 de março de 2015, no Santuário Diocesano do Sagrado Coração de Jesus em Bauru/SP, o primeiro EEN da Região Oeste I – Província Sul II, dos Setores de Bauru, Pederneiras, Garça e Piraju. Com o objetivo de finalizar a Pilotagem, o encontro foi rico em informação, formação e partilha; oportunidade de escutar muitas riquezas da Equipe formadora, que conduziu tudo com carinho e dedicação. O Encontro foi finalizado com a Santa Missa celebrada pelo Pe. Marcos Pavan, SCE Setor de Bauru, que chamou a atenção sobre palavras que causam temor e que andam esquecidas: ‘Compromisso’ e ‘para sempre’, pedindo aos casais que davam seu SIM ao MENS e ao propósito de fidelidade na busca pela santidade, que assumissem esse Compromisso com seriedade e esforço para que seja para sempre. Louvamos e agradecemos a Deus por todos estes casais, pela condução desse EEN e por àqueles que trabalharam com carinho para que tudo transcorresse da forma abençoada como ocorreu.  Viviani e Belmiro CRS – Setor B Bauru-SP 10

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Raízes do Movimento

MEDITAÇÕES DESÉRTICAS1 Uma jovem dizia ao Pe. Caffarel da tristeza que a acabrunhava por não mais encontrar satisfação alguma na sua meditação. Eis as linhas que o Pe. Caffarel lhe escreveu e que transcrevemos dos “Cahiers sur l’Oraison”. Dirigidas a uma jovem adolescente, compreende-se a linguagem um tanto sentimental empregada, mas que não perde por isso a sua força e profundidade. Minha cara Verônica, estive pensando que ficaria satisfeita em ter por escrito os conselhos que lhe dei há dias, principalmente se não reencontrou a presença de Cristo na sua meditação diária. Há vários meses que Ele lhe concedia o sentimento de sua presença, e isto era muito bom. Agora este sentimento desapareceu e eis que você está toda perturbada. Eu a compreendo; não se deixe porém ficar na inquietude. Não se canse inutilmente à procura da razão de ser dessa mudança. Nem se apresse em pensar que a culpa é sua. Pelo contrário, esforce-se em aceitar de coração aberto, de bom humor e com toda a paciência o que é uma provação. Pouco a pouco irá descobrir que as meditações aparentemente estéreis são de grande proveito. E a palavra de Cristo, também para si, se revelará verdadeira: “É útil para vós que eu me vá”.

Sua fé sairá mais pura e mais forte desta marcha no deserto, onde nada brota, onde não encontramos ninguém. Enquanto Nosso Senhor lhe deixava entrever a sua presença e o seu amor, era bem fácil unir-se a Ele, um pouco como os apóstolos, quando o seu Mestre ressuscitado aparecia no meio deles. Mas, se nada de sensível vem em seu auxílio, a sua fé é obrigada a se firmar e a se afirmar. Lembre-se das palavras de Cristo a Tomé: “Bem aventurados os que crêem sem ver”. Aplique-se portanto, muito suavemente, muito calmamente, no decorrer de suas meditações desérticas, em crer que Jesus está aí, amando a sua filha com grande amor. Nada pode glorificá-la tanto quanto esta fé imperturbável. A sua vida interior vai alcançar um segundo benefício considerável com essas meditações

1 Editorial Pe. Caffarel – Carta Mensal Dezembro a Fevereiro de 1973 - n° 9

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penosas. Lembra-se de quando estava interna no colégio? Do desejo crescente de rever seus pais, seus irmãos, à medida que os dias passavam? E a volta à casa não era tanto mais alegre quanto mais desejada? Assim também, nas suas orações áridas, o seu desejo de reencontrar o Cristo, de penetrar mais adiante no seu amor, vai se intensificar. Isto é essencial, porquanto, à medida que esta aspiração se aprofunda em sua alma, também poderá oferecer à vida de Cristo um lugar infinitamente maior. Sua graça ser-lhe-á dada com tanto mais abundância quanto maior for o vazio e a avidez interior. E esta avidez é a virtude da esperança. Terceiro benefício: como o metal no cadinho, seu amor por Cristo se vai purificando com estas orações que se assemelham assim ao purgatório. Não reparou você que, muitas vezes, ao se entregar à meditação, o seu grande desejo era reencontrar a tão agradável alegria experimentada na véspera? Prova de que não era unicamente para agradar a Deus, mas também por amor de si mesma. Quando o percebemos, deveríamos ser os primeiros a dizer a Nosso Senhor: Para livrar-me desse velho amor de mim mesmo, para que doravante eu me entregue à meditação, não pela satisfação que nela

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sinto, mas unicamente para vossa glória, peço-vos que não encontre nela maior satisfação do que seja necessário. E, mesmo que não tomemos a iniciativa, pelo menos, quando as alegrias da meditação nos são recusadas, saibamos consentir, na paz e na paciência. Principalmente, não se assemelhe àqueles que, durante todo o tempo de sua oração, esperam com ansiedade pela volta da alegria: fazem-me pensar nessas crianças que, na noite de Natal, só dormem com um dos olhos e, com o outro, espreitam a chegada dos brinquedos. Virá o dia, assim o espero, em que chegará até a ficar contente, quando a sua meditação for privada de alegria; saberá então que ama a Jesus um pouco mais do que a si mesma. Não tinha eu razão, Verônica, ao dizer-lhe que as suas meditações desérticas são muito úteis? As três grandes virtudes nelas se purificam e aperfeiçoam: a fé, a esperança e a caridade, precisamente estas virtudes que nos põem em contato com o nosso Deus e nos iniciam à sua vida íntima.  Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP

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Jubileu de Platina DAS ENS 13/05/1950 – 13/05/2015

O Senhor fez por nós, casais equipistas, maravilhas. Queridas irmãs e irmãos: que a Paz do Senhor esteja com todos vocês. Foi com imensa alegria que recebemos a incumbência de Fernanda e Martini de escrever-lhes algo sobre os 65 anos de existência das Equipes de Nossa Senhora entre nós. A história toda começou com uma palestra de um padre dominicano canadense, Marcel Marie Desmarais, a um grupo de casais no Centro de Estudos Dom Galvão, na cidade de São Paulo. Eram pessoas que faziam parte de um Movimento Mariano para homens, e resolveram constituir o centro de estudos com a participação das respectivas esposas. Em uma conferência proferida pelo Padre Desmarais, contou-lhes este que havia conhecido na França as “Equipes do Padre Caffarel”. O casal Nancy (com 41 anos na época) e Pedro Moncau (com 50 anos), se encarrega de manter contato com o Padre Henri Caffarel, na França, a quem conheciam de nome apenas, através das publicações do “L´Anneau D´Or”. Em carta dirigida ao Pe. Caffarel, em 30 de Novembro de 1949, Dr. Pedro Moncau lhe conta um pouco da caminhada feita aqui no Centro Dom Gastão, e CM 489

ressalvamos aqui um trecho desta carta bastante significativo. Escrevia Dr. Pedro: “Pelas informações que nos deu o Rv. Padre Desmarais, tenho a impressão que a finalidade da L´Anneau D´Or é sensivelmente idêntica àquela que perseguimos”, para em seguida solicitar mais detalhes do funcionamento dos grupos de casais. Em 15 de dezembro, Padre Caffarel responde a esta carta. Nesta ele inicia com as seguintes palavras: “Quero lhe falar, em primeiro lugar, da alegria e da emoção que tive ao ler sua carta. É tão impressionante pensar que, através dos oceanos, laços se ligam graças ao L´Anneau D´Or que fundei e cuja direção assumi.” Pouco mais adiante ele escreve ainda: “... como pressentiu, nossas orientações são parentes próximas. A L´Anneau D´Or e os grupos de casais que trabalham paralelamente a ele, têm o objetivo essencial de ajudar os casais a tenderem para a santidade. Nem mais, nem menos.” Estas duas cartas estão devidamente emolduradas e expostas na sala de reuniões do nosso Secretariado, em São Paulo. A partir desta primeira troca de 13


s o a s que participaram da primeira Assembleia Geral, para instalação da sociedade civil. Realizada no dia 3 de dezembro de 1958, aprovaram-se tanto os “Estatutos Sociais” das Equipes de Nossa Senhora, como a indicação e eleição da sua primeira “Diretoria Nacional”.

Carta enviada ao Pe. Henri Caffarel por Dr. Pedro Moncau em 30/11/1949

correspondências vão se aprimorando os detalhes até que se realize a primeira reunião de equipe em terras brasileiras, do outro lado do oceano, e em língua portuguesa (as equipes existentes estavam na França e Bélgica, de idioma francês). A carta de 15 de dezembro, no dizer de Dona Nancy, “constitui como que a certidão de nascimento das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, pois foi o começo de uma série de contatos que culminaram com o início, no dia 13 de maio de 1950, da primeira equipe.” Infelizmente não conseguimos resgatar os nomes dos participantes desta primeira reunião. Como era n o ss a i n t e n ção prestar uma homenagem a estes verdadeiros “pioneiros” do nosso Movimento, resolvemos representá-los todos nas pes14

Queremos expressar nossos agradecimentos a todos aqueles que, de uma forma ou outra, colaboraram para que hoje, após 65 anos de existência, possamos colher seus frutos em benefício do nosso casamento, da nossa família e do bem que semeamos no nosso convívio social e de trabalho. E o fazemos lembrando-nos das seguintes pessoas que em 1958 participaram da constituição oficial do nosso Movimento: Nancy Cajado e Pedro Moncau Junior, Padre Lionel Corbeil, Branca Doris e Nelson Gomes Teixeira, Carmem Cecília e Roberto José Bonecker, Esther Brito e Luiz Marcello Moreira de Azevedo, Ignes Magalhães e Orozimbo Loureiro Costa, José Aranha de Assis Pacheco, Maria Aparecida Ataliba e Ernesto Lima Gonçalves, Maria da Glória e João Payão Luz, Maria Heloisa e Newton Cavalieri, Maria Suzana e João Batista Villac, Monique e Gerard Duchêne, e Silvia e Osvaldo Leite de Moraes.  Maria Regina e Carlos Eduardo Heise Equipe 1ª - N. S. do Rosário Piracicaba-SP CM 489


Quando juntas com o marido, ninguém podia nos ver sozinhas que já perguntavam: cadê ele? Agora, na viuvez, que os outros continuem nos vendo ligadas ao cônjuge, mas abertas à nova situação. Todo o Evangelho nos ensina a sair de nossa comodidade, de nosso marasmo, de nosso sofrimento particular e a avançar para águas mais profundas. Marinheiro não fica parado em uma tempestade. O barco tem de ser conduzido por nós que ficamos. A fé em Jesus leva-nos a confiar e acreditar sempre em dias melhores. Todas nós, viúvas, fomos felizes e vivemos plenamente a conjugalidade. Agora, neste novo momento da vida, pelo qual todos passam ou passarão (quando não quiser passar por isso, deve morrer antes do amado), precisamos valorizar também as migalhas (Mc 7) de graça que continuam caindo sobre nós, e transformá-las em um banquete partilhado com outras irmãs sós; esse banquete que nos deve fartar, curar, enriquecer e alegrar com sinceridade. Solidarizar-se com a dor dos outros é bom; porém, precisamos curar também as nossas dores. Ninguém caminha sozinho. Por isso existem as Equipes e a CNSE. Praticamos nas reuniões a entreajuda, não no sentido teórico mas sim no verdadeiro, juntamente com testemunho de vida, com a única finalidade de que todas se beneficiem desse esforço conjunto de crescimento no plano espiritual e humano, como dom e graça recebidos de CM 489

CNSE

Viúvas das ENS (CNSE) Deus. Sempre com a intercessão de Nossa Senhora da Esperança. A Mística consiste em deixar o Espírito Santo agir nos momentos em que oramos, partilhamos, nos entreajudamos, perseveramos, tornando-nos instrumentos recíprocos de santificação. A viúva, e não só a recente, se sente presa, só na sua dor e só podemos quebrar a grade dessa prisão buscando a saída para o Alto. Muitas ficaram aniquiladas, outras se revoltaram, não admitiam o novo estado, furtando-se até a dizer: “sou viúva”, optando por “estou viúva”. Há grande diferença no emprego do verbo: “sou” é permanente e “estou”, transitório. Será que as que estão viúvas esperam se casar novamente? Lembremos-nos também que Maria, nosso modelo, foi viúva. Será que ela mereceu menos que nós? Ou que foi infeliz com José? Ou que não sofreram juntos as dores ou comemoraram as alegrias? E que dizer de dona Nancy? De nossa viuvez tão temida é que deve germinar o fruto de nossa nova vida e perdurar para sempre. Com a morte do cônjuge um ciclo se fechou. Não há como revertê-lo. Se formos nós a viver a viuvez, somos nós que devemos aceitá-la, dilatando nosso coração, afinando-o com os novos desafios, tornando-o capaz de sobreviver às dores mas também de abrir-se a todos os dons que recebemos. O amor terrestre, cortado tão radicalmente com a morte definitiva, não foi destruído; ao contrário, 15


transformou-se em uma nova vocação: um apelo à uma vida mais elevada, lembrando que todo chamado de Deus vem acompanhado de graças. E nas CNSE podemos encontrar a realização dessa vocação. Nossos filhos estão criados e não podemos ocupar-nos quase exclusivamente com eles. Não são mais a finalidade de nosso existir. Já os ensinamos a alçar voos próprios. Eles não podem preencher nossas carências, não são nossos confidentes, não são culpados por nossa viuvez. Quando Deus nos envia ou permite a provação, acrescenta a força necessária para suportá-la. Não podemos nos voltar para nós apenas, pois o Senhor sempre pediu para acolher os irmãos. As viúvas das ENS têm nesse trabalho das CNSE uma oportunidade excepcional de exercer uma ativida-

de pastoral no âmbito familiar, mais condizente com a idade e a situação de viuvez. Não sei bem o que Deus espera de mim, como devo ousar o Evangelho na ausência de meu querido, mas sei que o caminho nas ENS já foi preparado pela viúva dona Nancy. E é só assumir com coragem. Orar muito para que não me torne amarga e que Deus continue a ser a pedra angular de minha vida. Coragem, ”meninas”, vamos juntas em busca de um outro desafio. E com nossa experiência de equipistas vamos melhorar a nossa vida e a das pessoas sós (também divorciadas e solteiras) que precisam de nós. Deus seja louvado.  Maria Inês B. Marini CNSE nº 1 de Limeira-SP

Já o tinha bem compreendido aquela viúva que me escrevia: “O amor é mais do que a morte e a morte esclarece o amor. Hoje posso dizer que há um modo de amar que só a morte me revelou e me forçou a praticar”. Se a tristeza luta contra a alegria e ameaça sufocá-la, reajam, recusem-lhe toda cumplicidade. Ela é um veneno que as fará morrer. Façam aliança com a alegria; tímida e escondida, ela talvez, ainda seja apenas uma brasa sob as cinzas. Contudo, ela existe e não pode deixar de existir se o amor de Cristo está vivo em você. Se a coragem lhes faltar, procurem sem tardar Aquele que disse: “Vinde a mim, vós todos que estais cansados e abatidos...” Enquanto que com os outros terão de ser fortes e serenas, com Jesus Cristo entreguem-se à brandura de ser fracas, a fim de que ele repare suas forças e renove a sua alegria. Eu lhes deixo, ao terminar, estes dois versos de Marie-Noel, para que nas horas difíceis cantem em sua memória: “Minha força estará pronta no momento preciso. Como o manto do infante por sua mãe tecido.”

Pe. Henri Caffarel

Trecho extraido do livro “O Amor mais Forte que a Morte” pp. 40/41 - CNSE/2013

16

CM 489


Um dos livros que mais bem exprime o pensamento do Padre Caffarel sobre a “santidade conjugal” é um dos primeiros que reuniu seus escritos: O AMOR E A GRAÇA, que data dos anos 50. É uma pena que a edição em português, feita nos anos 60 pela falecida editora Flamboyant, esteja não só esgotada, mas desaparecida. Os diversos textos reunidos no livro estão, como diz o próprio Padre Caffarel no prefácio, unidos e animados por um pensamento básico: “o casamento é um mistério divino, um sacramento”. O capítulo do livro mais voltado para este tema é o que tem justamente este título: “O Matrimônio é um Sacramento”. Nele, o Padre desenvolve a resposta tão procurada pelos jovens casais à pergunta: “Mas qual é a relação entre o amor humano e o amor divino?”. Esta interrogação volta com muita frequência nos textos do Padre Caffarel, exatamente porque ele sabe que as respostas a ela vão nos colocar cada vez mais no caminho da santidade. “O que é um Sacramento?” começa ele por perguntar. E logo responde: “Antes de mais nada, é um ato de Cristo. Por trás dos objetos, dos ritos, das fórmulas (e, poderíamos acrescentar aqui CM 489

no Brasil, toda a parafernália festiva) atrás do rosto do padre cujas imperfeições humanas claramente percebemos, é um Outro que abençoa, que absolve, que consagra. Quando está administrando um sacramento, a pessoa do ministro se apaga e desaparece.” Os ministros do sacramento do matrimônio sendo os próprios esposos, o mesmo acontece com eles. “O que eles têm para se dar? Sua humanidade, tal como ela é, sua vida, tal como ela será: a meio caminho entre o bem e o mal.” Os que assistem à cerimônia do casamento, os que têm ‘experiência’ sorriem das ilusões do jovem casal: “a vida”, pensam eles, “se encarregará de desfazê-las”. “E eles teriam razão”, escreve o Padre Caffarel, “não fosse um Terceiro, que passa a fazer parte do jogo. Pois é o próprio Cristo que vem chancelar a união dessas duas criaturas. Todo casamento, assim como todo sacramento, é conferido por Cristo. Pouco importa que o padre-testemunha seja Dom Fulano ou Monsenhor Sicrano ou um vigário desconhecido: é Cristo que casa os jovens esposos e são os próprios que lhe servem de ministros. Daí, tudo muda. Essa união humana, esse amor feito de argila, é o Senhor que o assume. Na luta de cada dia, contra todas as forças 17

Acervo Literário do Padre Caffarel

SEGUINDO OS ESCRITOS DO PADRE CAFFAREL


que vão ameaçar sua intimidade, os esposos serão sustentados por uma outra força, aquela mesma que sustenta os mundos no espaço, porque ela é também a força criadora de sua vontade e de seu amor.”.

E o Padre cita a fala de uma personagem do autor Paul Claudel: “A força com a qual te amo não é diferente daquela que te faz existir”. Essa misteriosa força vai acompanhar os esposos durante a vida inteira. “Cristo não estará apenas junto deles, estará neles. É de dentro que ele quer purificar e tornar mais nobre cada instante de sua vida conjugal”. Os teólogos dizem que o sacramento dá aos esposos o direito de usufruir das graças de seu estado. O Padre Caffarel diz: é muito mais que um direito, é uma certeza: “é uma Presença, é um Deus que trabalha dentro de suas vidas”. Os jovens casais veem na sua imaginação o amor como uma espécie de paraíso e não entendem que se fale de “curar o amor”. 18

Mas na verdade, para chegar ao paraíso que é o amor, há muitos aspectos do ser humano que precisam ser “curados”. “É preciso”, diz o Padre Caffarel, “curar a febre da carne, tão sujeita à violência e aos caprichos. É preciso curar o egoísmo, essa doença espiritual: a alegria de ser amado degenera rapidamente na exigência de ser servido ou servida! Para que o corpo volte a seu papel de servidor, para abrir a alma para o dom de si e para a acolhida, Cristo está aí, como um Samaritano vigilante que reergue e cuida. Pela graça do matrimônio, algo de Cristo passa para dentro de nós, acalma a carne, dilata o coração e o ensina a abrir-se e a doar-se”. A graça da cura gera a graça da “transfiguração” e da fecundidade. Veremos, no mês que vem, o que Padre Caffarel escreve sobre estas. Por enquanto, em nosso próximo dever de sentar-se, podemos nos perguntar: quais são as enfermidades de nosso amor de casal que a graça do matrimônio já curou? E quais aquelas que ainda precisam ser curadas?  Hélène e Peter Eq.05A– N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP Monique e Gérard Eq.01A – N. S. do Sim São Paulo-SP M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N.S. do Rosário Piracicaba-SP Cidinha e Igar Eq.01B – N.S. Aparecida Jundiaí-SP CM 489


O tempo passou sem que tivéssemos ideia de que chegaríamos a uma idade tão avançada: eu, às vésperas dos (ufa!) oitenta e sete anos e Hugo com oitenta e quatro. Com muitas limitações causadas pelas nossas idades, mas juntos. Recentemente, Hugo me disse: “Que bom, Beatriz, que não nos separamos. Sinto-me feliz por estarmos vivendo nossa velhice juntos!” Essa felicidade quero testemunhar e compartilhar. Este casal de velhos chama a atenção das pessoas, nas caminhadas e nos lugares em que aparecem de mãos dadas. Algumas pessoas chegam até a parar, por alguns instantes, para nos olhar. Um casal, após a missa, fez questão de falar conosco. O que ouvi me deixou encabulada: “Vocês são tão bonitinhos... Uma raridade nestes tempos”. Por que chamamos tanta atenção? Não somos o único casal de velhos. Mas julgo estarmos entre os mais velhos. Esta é certamente a razão: nossa avançada idade, ambos ainda lúcidos, querendo fazer e resolver coisas; caminhando, embora com dificuldade. A nossa vida não foi nenhum mar de rosas, diante de tantas coisas pelas quais passamos. Casei aos 31 anos e 5 meses depois de casada, descobri que estava grávida. Fiquei muito feliz, mas perdi o bebê no 60 mes de gestação. Foi um choque, um sofrimento. Pensei que a minha vida, o nosso casamento estava acabado. Anos CM 489

depois, tive não um, mas 5 filhos. Ao longo dos anos, tivemos outros sofrimentos e crises, sobrevivemos a algumas doenças. Antes de entrar no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, numa das nossas crises, até cheguei a pensar em separar-me. Mas não podia imaginar a minha vida sem Hugo. Disse-me, então: “Aguenta, aguenta Beatriz, não acaba com a sua família!” Nossa vida, contudo, não foi só de amarguras, de dificuldades. Tivemos muitos momentos felizes: nascimento dos filhos e netos, batismos, aniversários, primeiras comunhões, formaturas, casamentos... E o ápice de todos esses momentos, a comemoração das nossas Bodas de Ouro, (14 /02/2009). Antes de encerrar, vale registrar a importância da presença do Movimento para o nosso matrimônio. O uso dos PCE oferecidos pelo Movimento ajudou-nos a valorizá-lo ainda mais, a espiritualizá-lo, a mantê-lo a salvo das injunções adversas que a vida nos apresenta sem aviso prévio. Essa felicidade de que ora usufruímos, juntos até quando for da vontade de Deus, quisera eu que outros casais também a vivenciassem. Permanecer juntos depende somente da vontade do próprio casal. Daquilo que o seu coração e a sua mente querem.  Beatriz, com a colaboração do Hugo e da filha Maércia Eq.27 – N. S. do Perpétuo Socorro Brasília-DF 19

Testemunho

de mãos dadas


O EXEMPLO FAZ A DIFERENÇA

O Setor de Edéia tem a alegria de partilhar a história de uma família de equipistas. Em 2015 três irmãos foram eleitos casal responsável de suas equipes de base: Emília (Komatsu) e Dênio, Mauricio (Komatsu) e Débora, Silvio (Komatsu) e Aida. A família Komatsu teve no pai, Massayuki Komatsu, um braço forte na educação dos filhos e na mãe, Toshie Komatsu, mulher de fé, orante e temente a Deus, uma verdadeira intercessora em favor da família e da sociedade como um todo. A mãe, sempre dedicada à igreja, tem a graça de ver seus três filhos casados e engajados no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, dizendo SIM ao serem chamados ao trabalho em prol das ENS. Em 2015 os três irmãos, eleitos CRE, participaram ativamente do EACRE. Esses três casais perceberam que 20

o Movimento das Equipes de Nossa Senhora é lugar ideal para se viver em família no mundo de hoje. Todo casal equipista comprometido com o Movimento e que vive de acordo com o que ele propõe, executando bem os PCE, tem um presente de Deus para santificação do casal e educação dos filhos. Ah! Se todos entendessem e aproveitassem a oportunidade que recebem no ato em que são convidados a fazer parte dessa linda família, certamente a igreja teria mais santos e santas. No caso da família Komatsu só pode ser uma graça recebida da Mãe das mães depois de tanta dedicação a Deus. Concluímos que quando uma mãe pede à Mãe, seus filhos são encaminhados. E ainda, que o conselho ajuda, mas o exemplo faz a diferença na vida dos filhos.  Marinalva e Francisco CR Setor Edéia-GO CM 489


demonstração de nossa união e presença no Brasil continua neste segundo encarte sobre os EACRE 2015. Além de muitas fotos que já começamos a publicar na Carta anterior, vamos dividir com vocês alguns comentários e testemunhos que recebemos, que representam o carisma de nosso Movimento. Todos citaram o alto comprometimento dos organizadores, da agenda bem definida e que se repetiu por todo o EACRE, com palestras empolgantes sobre o tema e orientações do ano, o Padre Caffarel, o 3º. Encontro Nacional e outros. Foram 50 EACRE com mais de 12.000 pessoas envolvidas. Começamos muito bem o ano, e até com uma poesia dedicada ao EACRE, que reproduzimos a seguir: Dia 07 de fevereiro De 2015 chegou Mais outra vez reunimos Com a força do Senhor Para realizarmos juntos Mais um EACRE com amor. Nos chamou a atenção, No tema que presidiu, Falando a realidade Com amor retribuiu, O padre Paulo Renato, Da Super Região Brasil. Com uma mensagem bela, Um Conselheiro a favor De todo este Movimento E com cautela falou, Falo de Dom Edmilson Que sempre fala de amor. Dioné e Luiz Eq.11 N. S. de Fátima Morrinhos-CE

ESPECIAL EACRE 2015

A


II

Região Rio GRande do Norte II

Região Rio Grande do Norte I

Região Bahia

Região Ceará II

Província NORDESTE


III

Região C-O III Região Centro-Oeste II

Província centro-oeste

Região Goiás

Região Centro-Oeste I

Região Norte III

Província NorTe

Região Norte I


IV

Região SP Norte I

Região SP Oeste II

Província sul II

Região SP Capital I

Região SP Leste II

Província sul I


V

Região Rio IV

Região Minas V

Região Minas IV

Região MInas II

província leste

Região Minas I


ECOS DO EACRE 2015 Oportunidade de renovar nosso fervor e nos empenhar ainda mais nas obras de Deus e serviços da Igreja. “OUSAR O EVANGELHO” fazendo a diferença em nosso Movimento. Como são lindas as missões de CRE, CL, Casal Piloto, Casal Informação, formas especiais de servir. Somos chamados a ter o coração cheio de bondade, de esperança; que tudo que vimos no EACRE sirva para nossa equipe, para que possamos discernir os sinais dos tempos e que o amor de Deus nos mude. Eliane e Zelonir Eq. N.S. Auxliadora- Maracaju-MS / “Não é o sentimento que gera o amor, mas sim o relacionamento”. Na convivência, Deus visitou-nos através de uma criança de 9 anos, filho de equipistas, que veio nos animar com seu acordeom, além de casais da Experiência Comunitária com show de sanfona, violão e voz. Acreditamos que conseguimos discernir a presença de Deus em cada detalhe. Tatiane e Carlos Eduardo Eq. 43 – N.S. de Guadalupe – Brasília-DF / ....Nosso Bispo, Dom Cesar, em sua Homilia, na Missa de domingo, exortou-nos: “estai prontos a escutar, ouvir mais o irmão, porque neste mundo moderno, todo mundo grita, todo mundo fala e se esquece de ouvir.”... Os palestrantes e celebrantes foram instrumentos nas mãos do Senhor: “levantemos as mãos aos céus para louvar e agradecer a Deus por todas as bênçãos recebidas”. Gorete e Manoel - CRS A – SP Leste - São José dos Campos – SP / O primeiro EACRE fechado da Região RNI aconteceu nos dias 28/02 e 01/03/15, no Centro de Eventos Mardunas e, às margens da Lagoa do Bonfim, aconteceu a Oração da manhã no domingo. Encerrou-se o EACRE com a Celebração Eucarística e Envio, presidida pelo Pe. Neto, SCE da Província Nordeste. Marta e Canindé Eq. 10D - N. S. da Medalha Milagrosa - Natal-RN A AET Irmã Maria José nos falou “juntos somos mais fortes”, este foi o sentimento de todos ao encerrarmos o encontro, com gratidão por mais esta oportunidade que o Senhor nos deu. Ivana e Wal CR Setor B - Rio Claro – SP / No coração do Maranhão bate “tuntum” e mais forte ao acolhermos dias 24 e 25/01/2015 os irmãos da Região MA/PI para o primeiro EACRE em nossa cidade. “Deus fez em nós maravilhas” e mesmo sem muita estrutura e experiência, o nosso EACRE foi uma bênção especial de Deus para todos. Ozinete e Dim- Eq. Distante- Tuntum-MA / Olga e Nei falaram do medo em servir, da necessidade de aceitar o desconhecido. Momentos de convivência, de palestras, orações e testemunhos. Ser CRE é um convite a amar mais, a motivar a equipe a amar mais, como Padre Paulo nos disse em sua palestra. Ficou claro o convite de Deus para nos manifestarmos com gestos concretos, discernir os sinais dos tempos e dizer: -“Eis que venho fazer, com prazer, a Vossa vontade, Senhor”. Elis e Jover - CL Região Centro-Oeste - Maracaju-MS / Foram dois dias iluminados com palestras objetivas e claras, testemunhos emocionantes e reuniões de grupo proveitosas. Acreditamos que todos os objetivos do EACRE foram alcançados; os casais foram tocados pela chama viva do Divino Espírito Santo e saíram convictos de que devem zelar pela unidade do Movimento para chegar à santidade. Silvia e João Cesar - CRSetor - Casa Branca/SP / Frei Paulo Sérgio fundamentou com o contexto bíblico; a Responsabilidade do CRE, Márcia e Luiz Carlos, animou-nos a ter coerentes entre fé e vida; Maria e Amâncio, CRR: ‘esse ano falaremos também da família e na família’. O baú foi o fio condutor ligando a família, o momento que vivíamos, a Deus. Lucinha e Marcos orientando sobre o Casal Animador. Foi um momento de orgulho, sem pecado, assistir à presença do MENS no Sínodo das Famílias por intermédio de Hermelinda e Arturo. Zezinha e Jailson Eq.01B – N. S. da Conceição -Jaboatão do Guararapes-PE VI


Vida de Equipe: Um Caminho de Santidade Há 22 anos nós fomos convidados pelo querido padre João para participar de uma reunião onde nos foi apresentado o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Formamos a equipe 03 “Nossa Senhora de Fátima”, tivemos uma ótima pilotagem feita pelo casal Cleuza e Luiz Fernando de Brasília, e como CE Irmã Silmei que permaneceu conosco até 2012, nos deixando uma benção, a Irmã Maria Elena. No início nossos filhos eram pequenos, hoje já vieram os netos. Iniciamos com muita expectativa e ansiedade de aprender, trocar experiências, fazer amigos e principalmente encontrar Deus e o caminho para a santidade. Já se passaram muitos anos, a equipe foi crescendo em amizade e espiritualidade, coisas aconteceram, casais se afastaram e outros entraram. A vida em equipe não é um fim em si mesma, está a serviço de seus membros. Temos que ser fiéis ao Movimento e ao carisma fundador, vivenciando de forma concreta todos os meios que as ENS nos proporcionam. A reunião mensal é o ponto alto. Sabemos que quando se encerra a reunião a equipe não termina, mas continua durante o mês, fortalecendo a ajuda mútua, mantendo vivo o espírito comunitário. CM 489

Formamos uma grande família, na qual nos comprometemos em rezar uns pelos outros, estar atentos às necessidades de cada um, participar das atividades do Movimento, celebrar datas importantes, ajudar nos momentos de dificuldade, de doenças, aceitar com respeito as diferenças e com humildade a correção fraterna. A riqueza da vida da equipe depende de cada um. Nossa vida conjugal foi transformada. Os PCE são ferramentas valiosas em nossa caminhada. A Oração Conjugal tem nos unido cada dia mais e o Dever de Sentar-se renova nossa aceitação das diferenças e o dom do perdão. Por meio da Regra de Vida, aumentamos o esforço para corrigir os defeitos para que o amor de Deus cresça em nossa vida de casal. A Meditação é um encontro muito particular com Deus, e a Escuta da Palavra nos faz estar atentos ao chamado de Deus. Ainda temos o Retiro, onde buscamos novas energias e nos reabastecemos de forças para continuar a caminhada. É uma benção pertencer às ENS. Que Nossa Senhora nos ajude a ser testemunho do amor de Deus a outros casais.  Suzete e André Equipe 03 N. S. de Fátima Anápolis-GO 21


ENS EM NOSSAS VIDAS Edgard e eu nos mudamos para Lagoa Santa-MG no ano de 2003. Por ele ser militar da Aeronáutica, a carreira nos faz, de vez em quando, deixar uma cidade, amigos, comunidade e “aterrizar” com a família em um ambiente diferente. Nosso pároco à época, e mais tarde SCE, nos convidou a conhecer as Equipes de Nossa Senhora. Depois da experiência comunitária e pilotagem, fomos inseridos nas Equipes.. No ano de 2006, pouco tempo depois de assumirmos como CRE, o Edgard foi novamente movimentado. Desta vez mudar de cidade foi mudar de país e muito nos preocupou a adaptação da família. Para atender às nossas orações, conhecemos e fomos acolhidos como irmãos nas ENS do Paraguai. Fomos apresentados em uma missa mensal, e imediatamente arrebanhados para nossa querida ASU 12. De volta ao Brasil, e a Lagoa Santa, fomos novamente inseridos em nossa equipe de origem, que possuía casais antigos e outros novos. Mais um ano se passou, éramos novamente CRE, mas Deus nos deu uma missão maior ainda. Nossos filhos já crescidos, a mais velha com 20 anos e o caçula com 17, e vem a notícia: grávida! Tantas ideias e tantas dúvidas. Com 42 anos, a gravidez não seria como dos dois primeiros. Entretanto, um fato nos trouxe a certeza da presença de Deus em nossas vidas, amparada pela vivência no Movimento das ENS. Era setembro de 2011. Com dois meses de gravidez, fomos a uma peregrinação ao Santuário de N. S. da Piedade, próxi22

mo a Belo Horizonte, representando nossa Equipe. Nossa intenção era, terminada a missa, retornar para Lagoa Santa. Porém, pediram-nos para acompanharmos a procissão ao final da missa, e fazer uma leitura de um trecho do Evangelho nas pausas para reflexão. Meio sem jeito de dizer não, ficamos e quando a Santa Escritura foi entregue ao Edgard, ele começou a ler o Evangelho de Lucas 1, 26-38 - a Anunciação de Maria e a encarnação do Verbo. Naquele momento que vivíamos, marcou-nos sobretudo o final do trecho, nos versículos 36 e 37, onde diz: “Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque para Deus nada é impossível.” Da paz que veio em nossos corações brotou Carolina, que trouxe uma alegria imensa à nossa casa. Com apenas três meses, ela esteve conosco no Encontro Internacional, em Brasília. Lá pudemos reencontrar nossos irmãos paraguaios da Equipe ASU 12 e ter a felicidade de apresentar a eles a nova “sobrinha”. Nossos dois filhos mais velhos também foram ao EI, mas representando as Equipes de Jovens de Nossa Senhora. Assim, podemos dizer que Deus nos acompanhou até aqui e, com o carinho, o apoio e o incentivo de nossos irmãos Equipistas seguiremos em frente, com a graça de pertencer às Equipes de Nossa Senhora.  Maria Cláudia, do Edgard. Eq. N. S. de Loreto Lagoa Santa-MG CM 489


NOSSA PRIMEIRA REUNIÃO DE EQUIPE Abaixo, uma mensagem que mandamos para nossas filhas, preocupadas em achar algum sentido para o caso da última 3a.feira1. Ao mesmo tempo em que ficamos agradecidos pela acolhida carinhosa, pelo zelo que tiveram conosco, manifestamos o nosso compromisso de estar sempre com vocês, “Para Deus”!!! Filhas... Considerando a nossa fragilidade humana, atenuados os efeitos dos nocautes (pois a sensação é de que fomos nocauteados), uma memória dos fatos e um sentimento de gratidão, pois fomos protegidos: Descemos a rua, de carro, procurando o número e como não deu para ver paramos no meio da quadra, lado oposto. Atravessamos e fomos ao primeiro prédio; tocamos, e ninguém atendeu; percebemos que não era o prédio que procurávamos. Neste minuto apareceram os assaltantes. Sem atendimento do interfone foi fácil para eles. Rua tranquila, sem movimento, com arma na mão, pediram a chave do carro, um deles já correu para o carro ligando. O outro, tirando o que tínhamos, correu logo em seguida para o carro, mandando que ficássemos quietos. Numa inspiração, eu disse: Ele vai voltar...e num ímpeto, corremos para o outro prédio, tocando o interfone, portão aberto

prontamente, pois nos esperavam. Foi o tempo de empurrar o portão da rua, o assaltante armado já voltava chamando-nos. Corremos para porta blindex: passamos e empurramos com força fechando-a! Subimos as escadas correndo. Livramo-nos!!! Tremia...tremia...nunca vi a possibilidade de morrer tão de perto! Agora... imaginem: Se tivéssemos nos dirigido ao prédio certo, os assaltantes poderiam ter subido para o apartamento conosco, ou se não tivéssemos corrido, um de nós, ou, nós dois, poderíamos ter ido com eles, ou sei lá o que mais poderia ter ocorrido, prefiro nem pensar!!! Com isto, vamos ficar mais atentos, fazer a nossa parte e reconhecer que fomos protegidos... que Nossa Senhora cuidou de nós... Seu pai tinha uma imagem de Nossa Senhora no bolso...e lá ficou! Hoje, me mostrou a medalhinha, acariciando-a!!! Continuaremos na busca do nosso equilíbrio espiritual, com erros e vontade de acertar; não vamos desistir desta convivência: é muito bom partilhar a fé e amor... bons exemplos são inspiradores, principalmente, entre famílias! Mama e papa!  Lourdinha e Edward Eq.05 - N. S. de Fátima Belo Horizonte-MG

1 Fomos introduzidos numa Equipe já formada, e 3a feira foi o dia de nossa primeira participação na Reunião.

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SOMOS UMA ECLÉSIA Participar do Movimento das Equipes de Nossa Senhora para nós é motivo de muita alegria. Moramos em Uruaçu/GO, nascemos no seio da Igreja Católica e sempre buscamos assumir a nossa fé. Quando éramos solteiros tínhamos uma vida intensa em meio a grupo de jovens, acampamentos, congressos e éramos apaixonados por tudo o que envolvia a missão. Após nos casarmos, sentimo-nos um pouco deslocados pois, a partir daquele momento, éramos um casal e precisávamos nos encontrar como tal. Continuar servindo sim, porém juntos e de forma diferente. Alguns anos se passaram e recebemos o convite para participar da pilotagem de uma equipe que estava iniciando. Já havíamos ouvido falar nas ENS, mas não fazíamos idéia da amplitude e profundidade do Movimento. Assim iniciou a nossa vida de equipe, sendo pilotados por um casal de Goiânia, que uma vez por mês viajavam 600 Km entre ida e volta, para nossas reuniões. Após quatro anos caminhando juntos na Equipe Nossa Senhora da Guia, podemos testemunhar que os anseios iniciais do nosso matrimônio foram preenchidos e podemos dizer: NOS ENCONTRAMOS. Durante nossa caminhada de equipe, fomos conhecendo cada irmão, aprendendo a partilhar e confiar. Ocorreram muitos encon24

tros, chegadas e partidas. Muitas pessoas entraram e saíram e isto às vezes nos entristecia. A nossa maior tristeza foi no fim da pilotagem, quando faleceu D. Esteli. Ela e Sr. Carlos eram exemplos de vida matrimonial e perseverança na fé e no amor. Hoje, a nossa vida de equipe é muito intensa e ficamos felizes de olhar para cada irmão e sentir que todos estão desejosos de progredir na vida espiritual, nos PCE’s, de participar de tudo o que é proposto pelo Movimento. Como é bom ter Cristo em primeiro lugar em nossas vidas e, por conseguinte ter a amizade de cada um e perceber que a coparticipação não se limita apenas à reunião formal. É importante ressaltar a presença do nosso SCE Pe. Rogério que nos acompanha desde o início. Ele nos aconselha, nos orienta e nos corrige. Podemos afirmar que além de nosso conselheiro, é também nosso amigo e sabemos que podemos contar com o seu apoio, como também ele pode contar com o nosso. Podemos orar assim: “Senhor nós te damos graças pelo casamento de nossos dois sacramentos, o sacerdócio e o matrimônio”. Enfim, de fato, através do Movimento temos vivido a experiência dos primeiros cristãos, somos uma pequena Eclésia.  Gilda e Rodrigo Equipe Nossa Senhora da Guia Uruaçu-GO CM 489


VIDA DE EQUIPE: FÉ FORTALECIDA Estamos sempre em equipe, procurando nossa evolução espiritual, na busca incessante da santidade, mas nada pôs tão à prova nossa caminhada equipista rumo à santidade como o que vamos relatar. Há cerca de sete meses fui surpreendido com o diagnóstico de um câncer no esôfago. Recebi a notícia sozinho! Ao ler o resultado da endoscopia, me desesperei..., chorei por exatos 2 minutos... Depois, a preparação e a caminhada equipista me fortaleceram e com muita fé tive coragem para enfrentar a doença. Temos duas filhas que também vivenciam a caminhada equipista e isto também foi de suma importância para que uníssemos forças em torno de uma fé inabalável na condução do tratamento. O passo seguinte foi contar para a família, que dentre inúmeras sessões de chororô, acabou entendendo que o choro seria apenas um desabafo e que teríamos, mais do que nunca, que nos fortalecer na fé e que a vivência dentro do Movimento das Equipes de Nossa Senhora seria um elo fundamental para esta caminhada. Comecei o tratamento com quimioterapia e cirurgia. O apoio da família equipista nos fortalecia cada dia mais. Eram orações CM 489

de toda parte, novenas, palavras de encorajamento e principalmente vários testemunhos que sempre nos enriqueciam e nos encorajavam. Só nós sabemos das dificuldades que passamos e só nós sabemos também o quanto crescemos espiritualmente e o quanto a vivência equipista foi importante nesta fase de nossas vidas, não só fortalecendo nossa fé, mas unindo cada vez mais nossa família. Hoje estou encerrando o tratamento com radioterapia e estou curado, praticamente não falamos mais na doença em casa, saímos fortalecidos desta batalha graças, também, a uma vida de equipista vivida em plenitude e em família, onde obtive cotidianamente o apoio inabalável de minhas filhas e de minha amada esposa Gislana, que sempre estiveram ao meu lado com amor e dedicação. Agradeço muito por estarmos inseridos no Movimento das ENS e das EJNS, tendo a certeza que se não fosse a vivência contínua nestes Movimentos que buscam o crescimento espiritual e a santidade, não passaríamos por este probleminha sem que deixasse maiores sequelas.  Gabriel (da Gislana) Equipe Nossa Senhora de Guadalupe Goiânia-GO 25


Partilha e Pontos Concretos de Esforço

Tempo de escutar e meditar Vivemos em um mundo corrido, onde diariamente somos envolvidos pelas milhares de informações que recebemos, deixando-nos muitas vezes perdidos. Chegamos a virar “massa de manobra” pois, pouco a pouco, vamos perdendo a capacidade de parar, pensar, refletir e nos perguntar: Para onde iremos? Como diz a canção popular, estamos “deixando a vida nos levar”, perdendo o protagonismo de nossa história pessoal. Padre Cafarrel propôs para as Equipes os “Pontos Concretos de Esforço” - grande ferramenta para que sejamos protagonistas de nossa história – para, com eles, configurar nossa vida à vida de Cristo e nos tornars um outro Cristo já aqui nesta terra. Dentre os PCEs gostaria de destacar dois deles: “Escuta da Palavra” e “Meditação”. São uma parada no nosso dia para sabermos para onde estamos indo; momento de colocarmos nossa vida no rumo certo: Cristo. A “Escuta da Palavra” nos leva a um contato direto com Deus: vamos percebendo as maravilhas que o Altíssimo realizou na História da Salvação e tomando posse desta ação para nossa vida. Nos damos conta que somos capazes de viver esta mesma História, enchendo-nos da Palavra que nos edifica e nos transforma em pessoas novas, renovadas pelo Espírito do Senhor. A “Meditação” é uma joia preciosa, pela qual abrimos a nossa vida para Deus. Nela é que vamos escutando o Seu chamado, onde escu26

tamos o “Levanta-te!” (JN 3, 2). Na Meditação conseguimos discernir para onde iremos e, assim, sair dessa massa de manobra e nos tornar fermento na massa. Fermento que vai multiplicando a misericórdia e o amor divino no meio do povo. Santo Inácio de Loyola nos adverte: “Não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear as coisas internamente (Santo Inácio de Loyola, Exercícios Espirituais)”. Com estas fecundas palavras, entendemos bem a beleza da “Meditação” e, ao mesmo tempo, entendemos o caminho que nos leva a sermos verdadeiros cristãos, saindo do tempo cronológico e entrando no tempo “Kairótico”, ou seja, tempo da Graça de Deus! É na Graça que somos mais humanos, mais próximos do Senhor Deus do Universo, mais próximos das pessoas e do mundo! Na Graça sabemos onde queremos chegar e com nossas atitudes vamos criando, gradativamente, a grande civilização do amor que já nos pedia o Papa Paulo VI. “Escutar” e “meditar” constituem o caminho perfeito para que um equipista possa levar adiante a sua missão matrimonial e, junto com seu cônjuge, viver profunda e profusamente um matrimônio fundamentado no amor, um amor extraído da Palavra, e de modo especial das ações de Jesus, que nos mostra o caminho da salvação, fim último de cada cristão.  Pe. Wallace do Carmo Zanon SCE Equipes 02B e 87H Brasília-DF CM 489


O PASSO A PASSo PARA A REGRA DE VIDA Anotações de uma equipista, em 1954, ouvindo palestra proferida por Pe. Caffarel sobre a Regra de Vida. Exercitar-se em amar e servir a Deus. Nenhum de nós vai se exercitar, na prática, em todas as virtudes ao mesmo tempo. Cada um de nós deve ter a sua estratégia pessoal, com percepção de certos detalhes. Não confundir programa de vida (comunhão, orações, leituras, deveres) com os Pontos particulares deste programa, sobre os quais é preciso fazer um esforço especial. Praticar determinada virtude para não permitir desequilíbrio na vida. Os esforços devem ser bem determinados. Como organizar uma Regra de Vida? Principalmente, interrogar o Senhor. Quando estabelecer a Regra de Vida? Em momentos em que tenhamos a possibilidade de rever a nossa vocação cristã. Finalidade da Regra de Vida: fazer com que Deus seja soberano na vida dos nossos lares. É isto uma obrigação. Nossa vocação sobrenatural consiste na caridade que nos une a Jesus Cristo e que nos conduz até o Pai. Ao pensar na Regra de Vida, considerar: do que nos devemos desembaraçar, para não apagar a Vida de Deus em nós? Alimentamos suficientemente esta Vida? CM 489

Qual deve ser o conteúdo da Regra de Vida? A Regra de Vida é principalmente pessoal. A orientação geral é de abandono à Providência. Dizer sim a Deus. Exercitar a caridade. Exemplos: - A importância de ver no próximo que abordamos, um membro de Cristo (ver os trabalhadores, não como braços, mas como homens criados por Deus). - Pode-se fazer Regra de Vida comum aos dois cônjuges. Mais exemplos: 27


Primeira qualidade de uma Regra de Vida: escrita e curta. Fixar o essencial. Regra de Vida mínima: impor-nos um mínimo abaixo do qual nunca deveremos descer. Concretizar. Nada significa dizer apenas “devo ser mais caridoso”. Descer até os detalhes (por exemplo, a falta de pontualidade que leva ao enervamento e, consequentemente, à falta de caridade). Quando pensar na Regra de Vida? Todos os dias, no fim da oração. Controlar a sua execução, por exemplo, por ocasião do exame de consciência diário. Observar a Regra de Vida por amor a Deus. Por que não se auxiliariam, marido e mulher, em praticar a Regra de Vida?

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No Dever de Sentar-se, troca de ideias franca sobre a prática da Regra de Vida (Haverá, entretanto, pontos sobre os quais poderse-á não falar ao cônjuge). Pode haver troca de ideias sobre a Regra de Vida, na própria equipe. A revisão da Regra de Vida: cuidar da Regra de Vida, como o jardineiro cuida do jardim. Saber fazer a sua revisão, quando é pouco específica. Saber corrigi-la, se por acaso demais pretensiosa... Adaptá-la também ao tempo litúrgico (Quaresma, Advento...). Perigos a evitar na Regra de Vida: a Regra de Vida não convém da mesma maneira a todos os temperamentos. Cada qual deve escolher uma Regra de Vida “sob medida”. A Regra de vida deve nos impor um mínimo de exigências. Desconfiar de uma vida feita de regulamentos. O Cristianismo não é uma religião de regras, mas de caridade. Se quiserdes fazer comparações é com Cristo que devereis vos comparar.Cuidar para que o espírito não seja abafado pela letra. Desconfiar do formalismo.  Fonte: Extraído da CM de agosto de 1954.

A Regra de Vida é o ponto sobre o qual cada membro do casal decide pessoalmente concentrar seus esforços a fim de melhor seguir sua direção de crescimento e responder com alegria ao chamado de amor que Deus lhe dirige. (Documento A Regra de Vida, p. 12)

- Apresentar fisionomias sorridentes. O sorriso, quaisquer que sejam as circunstâncias, por mais que custe... - Incluir a oração na própria vida (por exemplo, um médico que, entre duas consultas, faz dois minutos de recolhimento: a acolhida aos doentes fica assim beneficiada). - Esforços também no plano natural: a graça se apoia sobre a natureza, sobre os animais, o solo, a água.

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DISCERNINDO OS SINAIS DOS TEMPOS

Tema de Estudo

DISCERNIR OS SINAIS DOS TEMPOS, Tema de Estudo proposto pelas ENS para este ano, com objetivo de despertar-nos para a realidade contemporânea, ao mesmo tempo em que provoca interrogações quanto ao nosso papel em perceber as evoluções do mundo atual e as atribuições que competem ao cristão de hoje. Indagações são apresentadas à luz do Evangelho, o que favorece um olhar consciente e de fé num mundo dilacerado pelos sentimentos egocêntricos, descompromissado com o pobre, alheio às deformidades morais e sem respeito muitas vezes ao ser humano, sem deixar que a esperança num mundo melhor torne-se utopia, mas, realidade que podemos mudar a partir das nossas atitudes, construindo uma sociedade humanitária onde o Amor de Deus possa atingir a sua plenitude. DISCERNIR OS SINAIS DOS TEMPOS é olhar o mundo de forma positiva e sentir nele a presença de Deus, revendo comportamentos e juízos que impedem a instauração do Reino de Deus. DISCENIR OS SINAIS DOS TEMPOS é olhar a transformação do mundo e, no seu processo de desenvolvimento, sentirmos o chamado de Deus para participarmos. Sua criação não está acabada, ainda continua e devemos contribuir para sua conclusão. “Não vos conformeis com este mundo” (Rm 12,2), que o “espírito da vaidade e da malícia não modifique a atividade humana ordenada ao serviço de Deus e do homem, em instrumento de pecado” (Gaudium et Spes 37) pág. 22. DISCENIR OS SINAIS DOS TEMPOS é construir, segundo os desígnios de Deus, a ‘civilização do amor’, pautada no testemunho que implica discernir, em meio a

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tantos desvalores e representações fictícias, o verdadeiro amor humano que, em intimidade com o Amor divino, revela-se em uma de suas formas: o amor conjugal, pois, afinal, o homem foi feito para o amor. DISCENIR OS SINAIS DOS TEMPOS é respeitar a pessoa humana e, a partir da observação dos sintomas de desumanização da sociedade, ter subsídios essenciais para combatê-los. “Tudo quanto existe sobre a Terra deve ser ordenado em função do homem, como seu centro e seu termo” (Concílio Vaticano II) pág. 45. DISCENIR OS SINAIS DOS TEMPOS é amar o pobre, enxergando naquele irmão um igual, que não vive apenas de pão, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus. DISCENIR OS SINAIS DOS TEMPOS é estar presente, é ser presente para o outro. O essencial é a disponibilidade para ouvir e a caridade para aceitar o outro sem críticas, ajudando-o com os fardos e as cruzes, num amor impregnado de sabedoria. “Não se trata de reconhecer o outro como meu semelhante, mas, de minha capacidade de me fazer semelhante ao outro” (Papa Francisco) pág. 63. DISCENIR OS SINAIS DOS TEMPOS é ser discípulo de Cristo hoje. Que, além de misericórdia, paciência e perseverança, tenhamos a “coragem para permitir a este Deus que está junto de nós, que nos liberte e nos cubra de alegria. A coragem é a virtude que mais necessitamos hoje na Igreja.” (Timothy Radcliffe) pág. 79. DISCENIR OS SINAIS DOS TEMPOS é ver na globalização uma probabilidade para a expansão da presença do Evangelho. O amor pessoal de Deus por cada um de nós é o coração de nossa fé. “É somente quando cada um renunciar totalmente a sua própria vontade que poderá aparecer a única vontade do Cristo. Quando cada um renegar suas paixões, seus ódios, submeter seu corpo e seu espírito à obra do Espírito Santo, então e somente então, o corpo místico de Cristo se manifestará e agirá no seio da Igreja para reunir os corações, os princípios e as ideias.” (Padre Matta-El-Maskine) pág. 89. Que neste ano de 2015 possamos DISCENIR OS SINAIS DOS TEMPOS e, à luz do Evangelho, preservando o sentido e a dignidade da vida, interroguemo-nos quanto ao nosso casal cristão no mundo.  Rita e Sodré Eq.01A – N. S. das Graças São Gonçalo-RJ 30

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Não raro, casais só percebem que seus casamentos estão desmoronando quando se encontram em meio a uma enxurrada de desentendimentos, que os levam a viver uma qualidade de relacionamento muito ruim. A esse cenário, alguns costumam chamar de “inferno de vida”. O homem e a mulher modernos não são mais sábios que aqueles do tempo das cavernas. Continuam - e isso se aplica a nós, casais das ENS - a cometer os mesmos erros, reagindo não pelo que o outro é, mas pelo que dele está registrado dentro de suas mentes. Os veem a partir de si mesmos, como afirmam os psicólogos. Se nos atritamos continuamente, arquivamos na memória mágoas, ressentimentos, humilhações, que vão alimentar mais desentendimentos e agressões. Nessa ocasião de profunda dor, devemos nos lembrar de que, como diz o Papa Francisco, “a nossa tristeza infinita só se cura com um amor infinito”. Só Deus pode nos dar força para reconstruir o presente e projetar um futuro de felicidade a dois e como família. Não devemos desistir nunca daqueles que amamos, mesmo que a situação que estejamos vivendo sugira o contrário. Para que possamos fazer o que é certo, tenhamos certeza que Ele permanece ininterruptamente junto a nós, até o final dos tempos, porque “Deus não vê o que somos, mas CM 489

o que podemos chegar a ser com seu poder”. Ele não quer que nenhuma família seja destruída pelo obscurantismo do egoísmo humano. Na perspectiva de dias melhores, quaisquer que sejam as circunstâncias que nos envolvam, deixemos aflorar aos nossos lábios um cântico de confiança: o nosso socorro vem sempre do Senhor, “Criador do Céu e da Terra” (Sl 120, 2). É Ele que tornará possível vivermos a santidade no matrimônio, mas devemos dar a nossa contribuição, atentando para a nossa frequência na eucaristia e, notadamente, a fidelidade aos PCEs, que geram uma vida interior unida a Deus, reduzindo as vontades individuais dos cônjuges à vontade de Deus. Assim, superando crises, mostraremos ao mundo o valor do matrimônio cristão, que passa por dificuldades, mas que as supera porque tem a serena certeza de que “o amor se constrói ao longo do tempo, mediante os sucessos e fracassos, porque não existe casal perfeito”. Existe um Deus que, na Sua misericórdia, nos convida a viver a riqueza desse sacramento e que dá a Sua graça e força como penhor do Seu amor, para que Nele possamos ser “mais que vencedores”.  Fátima e Luiz Eq. 05B – N. S. d’Ajuda Jaboatão dos Guararapes-PE 31

Reflexão

“MAIS QUE VENCEDORES”


SÓ PODE SER JESUS... Para discernir os sinais dos tempos, é preciso abrir nossa mente e nosso coração, para que o Espírito Santo entre em ação e faça conosco comunhão. Somente Ele nos dará uma nova visão para que, com os olhos da alma e a sabedoria que vem do Senhor, possamos acolher, praticar e testemunhar o Seu amor. Colocar nossas vidas nas mãos do Pai é permitir que uma chuva de graças caia sobre nós e nos limpe e purifique interiormente, deixando-nos mais conscientes de que a união do casal, da equipe, da família e da igreja são uma grande riqueza. Assim devem ser os crentes: Agradecidos porque Jesus e Maria estão aqui nos acompanhando, abençoando e ajudando. Somos responsáveis uns pelos outros; somos responsáveis por dar continuidade à obra da criação e para cumprir nossa missão é necessário que haja desapego e liberdade. Ousar o Evangelho é saber se doar, sem discriminar. Ir primeiro ao encontro do Senhor, escutando-O e deixando que Ele nos envie ao mundo, pregando, aprendendo, ensinando e amando. Esse mundo envolve a família, a Igreja, a comunidade, a equipe e as pessoas que no dia a dia necessitam do imenso valor do alimento da Palavra e da Eucaristia. A escuta da palavra, a oração e a meditação nos ajudarão a discernir o que Deus quer que façamos. Busquemos inspiração no projeto de Jesus. Quem tem fé não tem medo, não é covarde e defende a paz, a justiça e a verdade. Não sejamos escravos do Ter ou do Poder. Desejemos as riquezas de Deus, que podem ser partilhadas com todo ser. Mudemos nosso olhar, não julguemos para não sermos julgados. Procuremos valorizar as qualidades na esposa, nos filhos, nos amigos, na comunidade, na sociedade. Mergulhar em águas profundas espiritualmente falando, é acreditar que lá no fundo do nosso ser está o mais precioso de todos os tesouros, coberto de brilho, cheio de luz iluminando o caminhar. Essa inquebrável “pedra angular” que nos atrai, que nos seduz e nos conduz, só pode ser Jesus.  (Reflexão - eacre 2015 – Região Oeste I - Paraguaçu Paulista/SP)

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Célia e Pedro Norberto Eq.14B Bauru SP CM 489


MARIA, A MULHER QUE ACREDITOU Pobre Maria! Ter de crer que aquela criança, que trazia no seio, era o filho do Altíssimo. Sim, foi simples concebê-lo na carne, mas extremamente mais comprometedor concebê-lo na fé! Que caminho! Infelizmente não existe outro. Não há outra opção. - Amedrontada por teres acreditado, queres porventura, Maria, voltar atrás, pensar que não é verdade, que é inútil tentar, que é uma ilusão admitir um Deus que se faz homem, que não há Messias para a salvação, que tudo é um caos, que no mundo domina o irracional, que na competição vencerá a morte e não a vida?

Não! Se crer é difícil, não crer é morte certa. Se esperar contra toda esperança é heroico, não es- perar é morte certa. Se amar custa o teu sangue, não amar é o inferno. Creio, Senhor! Creio porque quero viver. Creio porque quero salvar alguém que se está afo- gando: o meu povo. Creio porque crer é a única resposta digna de Ti, que és o Transcendente, o Infinito, a Salvação, a Vida, a Luz, o Amor, o Tudo. Sim, nada é mais claro do que esta noite escura, nada é mais visível do que o Deus invisível, nada está mais perto de nós do que este Deus infinitamente longe, nada é menor do que este Deus infinito. - De fato, Ele conseguiu ficar no teu pequeno seio de mulher, Maria, e tu pudeste aquecê-lo com teu corpo delicado e belo. Maria! Minha irmã! - Feliz és tu que creste! - digo-te eu nesta noite, com entusiasmo, como te disse tua prima Isabel, naquela noite quente em Ain Karim.  Carlos Carretto* Colaboração da Equipe da Carta Mensal * Religioso italiano, escritor (1910 -1988)

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Formação

O ESPÍRITO E A VIDA DE EQUIPE “Tinham um só coração e uma só alma” (At 4,32) . “Carreguem os fardos uns dos outros” (Gl 6,2). “Acolhei uns aos outros como o Cristo vos acolheu” (Rm 15,7).

Estes ensinamentos de Cristo remetem-nos a refletir sobre o viver das primeiras comunidades, bem como a de Jesus e seus apóstolos. Devemos ser “um só coração e uma só alma”, assumindo uns aos outros, vivendo a solidariedade fraterna, tornando nossa equipe uma verdadeira comunidade de casais cristãos que testemunham essa unidade, o amor ente si e o amor de Deus para com todos. Para viver o “Espírito de Equipe” é necessário que todos busquem uma mesma experiência de vida cristã: ENCONTRAR JESUS CRISTO e Nele sermos comunidades de vida e reflexos de Seu amor. 34

Em equipe reunimo-nos em nome de Jesus Cristo, que se faz presente, vivo e atento a todos; amando cada um como é, com seus dons, dificuldades, alegrias, tristezas, fazendo parte de um mesmo corpo, que tem um mesmo estado a alcançar: a santidade. Este estado de santidade ficou claro para nós, não na primeira hora, mas algum tempo depois, quando chegamos ao entendimento de que a nossa Reunião de Equipe não é um encontro somente humano e de amigos; antes de tudo, a Reunião de Equipe é um encontro onde celebramos a presença do Cristo, onde cada um, durante CM 489


o mês, procura viver e se preparar muito bem para a Reunião e para ela levar o Cristo que está em seu coração vivendo o real Espírito de Equipe. Quanto mais nos empenhamos na convivência fraterna com os irmãos da equipe, mais unidos e íntimos nos tornamos e, em consequência, dispomo-nos sempre mais à vigilância do cuidado uns com os outros, e Jesus Cristo nos recomenda: ‘Tenham um só coração e uma só alma’ (At 4,32), ‘Carreguem os fardos uns dos outros’ (Gl 6,2). É oportuno perguntar: A vida de nossa equipe, pelo testemunho de nosso viver, é estímulo para que outros casais sintam-se atraídos para viver em equipe? A nossa vida tem sido instrumento de ajuda mútua aos casais da equipe para descobrirem as suas necessidades, as do Movimento, da Igreja e do Mundo? Na equipe, também comprometemo-nos a subir juntos. Haverá dias em que um ou outro estará cansado, desanimado. É então que precisará ainda mais do apoio de seus irmãos. Portanto, no ponto de partida, está implícita a mesma norma do alpinista: “Quando eu adormecer, acorde-me; quando eu estiver cansado, sustente-me; quando eu cair, levante-me!”. A base da vida de equipe é a caridade fraterna. É em nome dela que não se deixará para trás aquele que está cansado. É em nome da caridade que não se abandonará aquele outro que ficou entorpecido e relutante no esforço. ‘Deixar adormecer um companheiro no meio do caminho é abandoná-lo’ (O Espírito e as Grandes LiCM 489

nhas do Movimento, pág. 22 e 23). Quanto mais frequentemente nos encontramos, tanto mais viveremos o Espírito e a Vida da Equipe, ou seja, mais exercitaremos o espírito de equipe, de partilha e ajuda mútua. Em outras palavras o “Viver em Equipe” não deve se limitar à reunião mensal; é preciso que ocorram frequentes ocasiões de encontros entre os seus membros, para reforçar os laços de estima, de intimidade, de lealdade e de comprometimento entre os casais, para “nos assumirmos” uns aos outros no auxílio mútuo, fraterno e solidário. Para isso, cada equipe tem que usar de criatividade e iniciativas; durante o mês, esforcem-se para intensificar a vida de equipe: na oração em união e por intenção dos seus membros, para comemorar momentos festivos, participar juntos da Eucaristia, para convivência, bem como nos momentos de dificuldades que apelam por solidariedade. Oportuno lembrar, embora a equipe tenha o Casal Responsável, ao qual compete incentivar, zelar pelo bem de todos e o bem viver do Espírito de equipe, que tais atribuições e responsabilidades não são somente dele, e sim de todos, que têm a mútua submissão ao compromisso ou corresponsabilidade em ajudar a cada um dos integrantes da equipe que também lhes são confiados. Jesus Cristo para sempre seja louvado!  Olga e Nei C R Provincial Centro-Oeste 35


30 Encontro Nacional

UM CAMINHO PARA O SENHOR

Vindos de todas as Províncias, os equipistas brasileiros reunir-se-ão em nome de Cristo em Aparecida/SP para celebrar a unidade do Movimento, o sentido de pertença e aperfeiçoar a sua formação. Seremos mais de 7 mil equipistas reunidos no Santuário Nacional sob o Tema “Matrimônio Cristão: Festa da Alegria e do Amor Conjugal”. Para colhermos os frutos e crescermos na fé e na espiritualidade conjugal, é preciso preparação. Seria bom que avaliássemos nossa vida cristã, nossa vida de equipe e nossa adesão ao Evangelho. Sugerimos que todos os equipistas, mesmo aqueles que não irão comparecer, rezem o Angelus diariamente e organizem celebrações e orações especiais na intenção do Encontro. A ida a Aparecida deve ser considerada Peregrinação, pois caminharemos para um Santuário Mariano e, como peregrinos, devemos adorar a Deus, escutar a sua voz, acolher o Evangelho, manifestar o amor e a fé em Deus e arrepender-nos dos nossos pecados. Para aproveitarmos a Peregrinação - que é um caminho para o Senhor - e vivermos à luz da fé, temos de participar integralmente de toda 36

a programação do Encontro. Os equipistas, como peregrinos, deverão atentar para as virtudes da compreensão e da paciência, para que possam valorizar o que é importante. A Basílica de Aparecida desperta sentimentos de fé, oração, beleza e admiração, ao mesmo tempo é local propício para ouvir a Palavra de Deus e meditar. A oração em preparação ao Encontro nunca é demais, pois o próprio Jesus se recolhia para orar ao Pai antes de uma situação especial. Por isso, sugerimos que os casais peregrinos incluam uma Missa a mais na semana em intenção ao Encontro. Aos casais equipistas peregrinos que estarão em Aparecida, desejamos que compareçam de coração aberto para o amor e em busca de “um caminho para o Senhor”. Rogamos a Deus que o 3º Encontro Nacional das ENS seja uma bênção de Deus para os casais e suas famílias e que a poderosa intercessão de Nossa Senhora Aparecida traga a verdadeira alegria do Matrimônio Cristão. Que todos os equipistas do Brasil possam Ousar o Evangelho e saber “discernir os sinais dos tempos”, sendo verdadeiros missionários em suas comunidades. Que Nossa Senhora Aparecida nos abençoe.  Rita e Celso Eq.1 – N. S. das Graças Caçapava/SP Comissão de Liturgia CM 489


TRÍDUO PREPARATÓRIO PARA O 3º ENCONTRO NACIONAL DAS ENS DO BRASIL 2º Dia: A OFERTA DE DEUS 1. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. - Sejam muito bem-vindos. Que bom terem atendido a nosso convite. Pela segunda vez estamos reunidos para um momento de reflexão, de oração e de partilha. Isso porque queremos prepararnos para participar, de perto ou de longe, do 3º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora. Pedimos que Deus nos ajude a fazer desse evento um momento de graça para casais e famílias do Brasil. 2. Canto de abertura CANTIGA DE MATRIMÔNIO Eu te agradeço tanto, por esse amor bonito Que entrou na minha vida, entrou e foi ficando e me envolveu. Me trouxe um novo encanto, mostrou-me o infinito E aquela dor doída, a dor da solidão não mais doeu Eu disse aonde eu ia; contei-te os sonhos meus, Disseste que era teu o meu caminho, encheste a minha vida de carinho, Disseste que também buscavas CM 489

Deus. Eu te agradeço tanto, por este matrimônio, Que se tornou meu sonho, que é muito mais bonito que eu pensei É grande, é puro, é santo, é cheio de lembranças É feito de esperanças, te amo e para sempre te amarei Com Deus por testemunha, eu juro neste altar Que venha o que vier em nossos dias Por entre mil tristezas e alegrias, Pra sempre, sempre, sempre vou te amar. (Pe. Zezinho) 3. Leitura do Livro do Gênesis, capítulo 1, 27-28; 2, 18-25: “E Deus criou o ser humano a sua imagem; à imagem de Deus o criou: homem e mulher os criou; Deus os abençoou e disse: - Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a ... Javé Deus disse: - Não é bom que o homem esteja só: quero fazer-lhe um auxílio que lhe corresponda... Então Javé Deus fez descer sobre o homem um sono profundo, 37


e ele adormeceu; tirou-lhe uma das costelas e fechou a carne em seu lugar. Com a costela que havia tirado do homem, Javé Deus formou a mulher e a conduziu ao homem. Então o homem disse: - Desta vez esta é carne de minha carne e osso de meus ossos. Será chamada mulher porque do homem foi tirada. Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Os dois, o homem e a mulher, estavam nus, mas não sentiam vergonha.” 4. Refletir Nós, seres humanos, fomos criados para ser semelhança, imagem, reflexo de Deus. Por isso somos capazes de conhecer, amar e viver em comunidade, à imagem da Trindade. Para isso ele nos criou como homens e mulheres, para que, em nossa igualdade e diversidade, o refletíssemos de modo que não poderíamos fazer se fôssemos apenas homens ou mulheres. Através de nossa convivência diária e em todas as circunstâncias é que nos formamos mutuamente, corrigindo-nos e educando-nos. Só assim chegamos a ser pessoalmente o que Deus planejou que sejamos. Não seria bom para o ser humano ser apenas ho38

mem ou mulher. Às carências do ser homem ou mulher, e às possibilidades de enriquecimento que essa diversidade traz, Deus acrescenta o amor. Amor que vem da Trindade e leva esse homem em direção a essa mulher, amor que é necessidade e oferta, afeto e atração, dom espiritual e força cujas raízes se afundam na carne e nos hormônios. Para o Adão e a Eva de todos os tempos, Deus oferece um projeto de amor e de alegre felicidade. Não lhes dá o paraíso, mas garante que, se o quiserem, poderão trazê-lo de volta. Um poderá ser para o outro auxílio, graça, força, proteção. Auxílio sempre marcado pela fragilidade humana, mas sendo, mesmo assim, o mais seguro dos auxílios humanos, porque sacramento do amor de Deus. Igual, mas diferente, em que o outro se poderá descobrir refletido e decifrado, sem perder seu mistério. Porque uma graça misteriosa do Senhor o permitiu, ambos encontraram-se e um foi para o outro revelação de Deus. Juntos sentiram a força para deixar pai e mãe, seguranças e tranquilidades, refazendo a aventura da humanidade, ou melhor, a saída, o êxodo do povo de Deus para viver a Aliança. Descobrem-se portadores do amor fecundo que vem de Deus, desafiam os medos e atrevem-se a gerar outros e outras que possam assumir a aventura da vida, na procura da felicidade e da alegria, na procura ansiosa de uma vida que nasce de Deus e a Ele leva de volta. E quase CM 489


sem se darem conta, são sutilmente enviados a anunciar pelo testemunho da sua vivência o maravilhoso projeto de amor que lhes foi ofertado desde sempre.1 Por que vocês se casaram? Que estavam procurando? Em que seus desejos se realizaram? Que ainda está faltando para que estejam satisfeitos? Que pretendem fazer para que seu casamento seja ainda mais caminho de felicidade, alegria e realização? Que vocês vão fazer para que os jovens, principalmente os de sua família, vejam o casamento como uma bênção de Deus? 5. Canto de meditação: A Ti meu Deus A Ti, meu Deus, elevo o meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A Ti , meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer. A tua ternura, Senhor, vem me abraçar e a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração, eu quero sentir o calor de tuas mãos. A Ti, meu Deus, que és bom e que tens amor, ao pobre e ao sofredor vou servir e esperar. Em ti, Senhor, humildes se alegrarão, cantando a nova canção de esperança e de paz.

6. Abrir-se - Quais foram suas maiores alegrias no casamento? - Como sua vida conjugal tem ajudado você a viver o Evangelho? - Como seus filhos, seus parentes e amigos veem sua vida de casal? - Que vocês e seus irmãos equipistas irão fazer para mostrar o casamento como caminho de alegria, felicidade e santidade? 7. Orar Vamos agora responder a Deus numa oração espontânea, pedindo-lhe também pelo bom êxito do 3º Encontro Nacional das ENS no Brasil. Sinta-se à vontade para abrir seu coração. - Digam para Deus o que vocês diriam se fossem Adão e Eva, face a face, ao se descobrir como casal. - Alegrem-se, agradeçam, peçam adorem. - Relembrem as oportunidades que aproveitaram, e também as que desperdiçaram. - Repassem seu filhos e filhas, um a um, o que representaram em sua vida, suas qualidades, limitações, cuidados, alegrias, sonhos... - Olhe para netos, bisnetos, para todos que o amor de vocês dois trouxe e trará para a vida. Faça deles uma oferta a Deus.

1 Questões e sugestões: aproveitem as que lhes parecerem mais adequadas à sua realidade.

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- Quantos anos de casamento? Como pensam viver os próximos anos, até que um fique esperando o outro na paz do Senhor? 8. Conversar - Partilhem informações e comunicados referentes ao Encontro. - Façam uma lista dos equipistas de sua cidade, setor e equipe que irão até Aparecida. - Os que não irão participar vejam o que podem fazer para ajudar os que irão a Aparecida: oração, ajuda financeira, cuidados da casa e da família... Organizem-se. - Programem alguma atividade para os dias do Encontro. - Que vocês irão trazer do Encontro para os que não puderam participar? 9. Oração pelo bom êxito do 3º Encontro Nacional das ENS Senhor nosso Deus, abençoai o 3º Encontro Nacional de nossas Equipes. Somos casais que querem chegar à felicidade e à perfeição pela vivência do amor conjugal, da paternidade e da maternidade. Esperamos que esse encontro seja um momento forte de nossa caminhada, mesmo para os casais que não puderem estar em Aparecida. Ajudai-nos, para que sejamos casais peregrinos, desalojados, a caminho de rumos novos que nos apontais. Reunidos na casa de Maria, 40

mãe de Jesus e esposa de José, queremos retomar alento para a caminhada, agradecer o amor que nos destes, alegrar-nos por ser homens e mulheres que se amam, cantar vossas bondades, renovar nossas esperanças, e ajudar todos a perceber que nos dais o casamento como caminho de felicidade e realização. É o que vos pedimos por Cristo, vosso Filho, pela intercessão de Maria, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. 10. Canto Final: Magnificat O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome! A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador! Por que olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita! O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome! Seu amor para sempre se estende, sobre aqueles que o temem! Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos; derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada. Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre Amém! O poderoso fez em mim maravilhas e Santo é o seu nome!  CM 489


Notícias

BODAS DE OURO

Em 05/09/2013, os setores de São José dos Campos estiveram em festa por ocasião das Bodas de Ouro do casal Juracy e Rubens, da Equipe 03A, comemoradas em missa mensal celebrada pelos padres Rogério Félix e José Roberto Fortes Palau, hoje bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Cinquenta anos de vida a dois! Cinquenta anos de alegrias, tristezas e trabalho. Cinquenta anos de amor e fidelidade dados um ao outro, como o mais belo dos presentes. Alimentados pela Tua palavra, banhados pelo Teu Espírito, sob o manto de Maria. Nós caminhamos para Ti. Abençoado sejas Tu, nosso Deus.(Marina e Rachid- Eq. 03A – N. S. das Graças - São José dos Campos-SP)

BODAS DE DIAMANTE

No dia 17 de fevereiro de 1955, casavam-se Laura e Antônio Eurides Rizzo, integrantes da Equipe 02 - Nossa Senhora do Bom Conselho, de Assis-SP. O Setor de Assis alegremente comemorou os 60 anos da celebração deste matrimônio. CM 489

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JUBILEU DE PRATA

A Irmã Cléia, AET da Eq. 6F – Nossa Senhora das Graças, da Região Rio V, completou 25 anos de vida consagrada. Deus abençoe a sua vida e a sua Equipe!

EQUIPE COMEMORA 15 ANOS

A Equipe 5A Nossa Senhora dos Aflitos Parelhas-RN celebrou seus 15 anos de existência.

VOLTA AO PAI Dirce (do Rubens), em 19/12/2014 Integrava a Eq. 3D N. S. do Desterro São Paulo-SP Ieda (do George), em 28/01/2015 Integrava a Eq. 03 N. S. de Fátima Niterói-RJ CM 489

Eduardo (da Joseilde), em 09/11/2014 Integrava a Eq. 04 N. S. Auxiliadora Maceió-AL 42


Meditando em Equipe ENVIADOS COM A FORÇA DO ESPÍRITO Dia 24 de maio celebramos a festa de Pentecostes, a manifestação da vinda do Espírito sobre a Igreja. Que fizemos da presença do Espírito em nós? É o questionamento que todos na Igreja temos de nos fazer, os da hierarquia e cada um de nós, diante da realidade que nos cerca. “Ao chegar o dia de Pentecostes, todos estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído semelhante ao de uma forte ventania e encheu toda a casa onde estavam. E apareceram-lhes línguas como de fogo, que se repartiam, pousando sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia se expressar. [...] Então Pedro, de pé, junto com os Onze, ergueu a voz e dirigiu ao povo estas palavras: [...] Jesus de Nazaré foi por Deus credenciado junto de vós, por meio de milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou entre vós por meio dele, como bem sabeis. Este homem, que tinha sido entregue segundo o desígnio preestabelecido e a presciência de Deus, vós o prendestes e o matastes, pregando-o na cruz por mãos de gente má. Mas Deus o ressuscitou, libertando-o das angústias da morte, pois não era possível que ele ficasse detido sob seu poder. (At 2,1-24) - Que fazemos para cada vez mais abrir espaço para o Espírito em nossa vida? - Como o Espírito tem inspirado nosso matrimônio? - A que iniciativas de apostolado o Espírito nos tem levado?

Oração litúrgica: Sequência de Pentecostes1 - Espírito de Deus,/ enviai dos céus/ um raio de luz! - Vinde, Pai dos pobres,/ dai aos corações/ vossos sete dons. - Consolo que acalma,/ hóspede da alma,/ doce alívio, vinde! - No labor descanso,/ na aflição remanso,/ no calor aragem. - Enchei, luz bendita,/ chama que crepita,/ o íntimo de nós! - Sem a luz que acode,/ nada o homem pode,/ nenhum bem há nele. - Ao sujo lavai,/ ao seco regai,/ curai o doente. - Dobrai o que é duro,/ guiai no escuro,/ o frio aquecei. - Dai à vossa Igreja,/ que espera e deseja,/ vossos sete dons. - Dai em prêmio ao forte/ uma santa morte,/ alegria eterna. Amém.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal 1 “Sequência” vem do latim, sequência (continuação). Designa o canto que, em algumas ocasiões, segue a aclamação do “Aleluia”, antes do Evangelho. Atualmente conservaram-se algumas sequências: para o dia de Páscoa, Victimæ paschali; para o Pentecostes, Veni, sancte Spiritus; para o Corpo de Deus, Lauda, Sion; e para a Virgem Dolorosa, o Stabat Mater.


ORAÇÃO DO ANGELUS

Rezada às 06h00 – 12h00 – 18h00 Na intenção do 3o Encontro Nacional das ENS A/ O Anjo do Senhor anunciou a Maria, R/ E ela concebeu do Espírito Santo. Ave Maria... A/ Eis aqui a escrava do Senhor. R/ Faça-se em mim segundo a Vossa palavra. Ave Maria... A/ E o Verbo se fez Carne, R/ E habitou entre nós. Ave Maria...

A/ Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. OREMOS: Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, para que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de vosso Filho Jesus Cristo, cheguemos por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. Glória ao Pai.... Amém.

visite o site oficial do Encontro

www.ensaparecida2015.com.br

Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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