Ano LV• jun-jul - 2015 • nº 490
carta Equipes de Nossa Senhora
Mensal
A caminho do Encontro Nacional Aparecida 2015
IGREJA CATÓLICA São Pedro, São Paulo e Santo Antonio p. 2, 6 a 8 ENCARTE Demonstrações financeiras 2014 30 ENCONTRO NACIONAL Tríduo Preparatório p. 42
CARTA MENSAL n0 490 • jun/jul 2015
Editorial............................................. 01 Super-região São Pedro e São Paulo AD intra - AD extra................................ 02 Misericórida, Senhor! ........................... 03 Servir com amor.................................... 04 Respeito da pessoa humana.................. 05 Seja de Pádua ou Lisboa Antônio é um exemplo de santidade..... 06 Os homenageados dos festejos juninos............................... 08 correio da eri Discípulos Missionários......................... 09 Zona Euráfrica amizade e comunhão.... 10 igreja católica Corpus Christi...........................................12 O pão do céu e a bebida da salvação.... 13 O Viver das equipes de Nossa Senhora.... 15 vida no movimento Província Leste ...................................... 16 Província Sul II ....................................... 17 Província Sul III ...................................... 17 raízes do MOVIMENTO Sois Católicos?..........................................19 Mas afinal, quem é a virgem para o Senhor? ..................................... 20 ACERVO LITERÁRIO DO PADRE CAFFAREL Seguindo os escritos do Padre Caffarel..... 21
beatificação do padre caffarel Atualização no processo de beatificação...................................... 23 TESTEMUNHO Rubens, um legado de fé!..................... 26 Uma equipe de membros antigos..........27 Vida de equipe experiência dos primeiros cristãos .......................... 28 Há 62 anos equipista ............................ 29 Partilha e PCE Jovens casais e os PCE........................... 31 PCE na prática ...................................... 32 REFLEXÃO É preciso dialogar.................................. 34 Como está minha fé?.............................. 35 O amor e os sentidos ........................... 36 “O caminhar com Cristo” ..................... 37 FORMAÇÃO Viver os pontos concretos de esforço .......................................... 38 Coparticipação um processo em evolução.......................................... 39 3o ENCONTRO NACIONAL Encontro de alegria! ............................. 40 O logo e o hino do 3o Encontro ............ 41 Tríduo preparatório para o 3o Encontro Nacional das ENS do Brasil ................... 42 NOTÍCIAS .............................................. 46
encarte
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2014 Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Foto capa (casal) - Henrique Rodrigues da Cunha - Responsável: Ivahy Barcellos - Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 24.600 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
Editorial Queridos Irmãos Equipistas: Paz e Alegria do Senhor! Desde o mundo antigo, as peregrinações, sob o ângulo histórico e religioso, consistiam em jornadas realizadas individualmente ou em grupo para um determinado lugar consagrado, uma cidade ou um templo marcado por um acontecimento especial. As peregrinações cristãs têm sua fonte de inspiração no Antigo Testamento, na história de Abraão e nas andanças do povo israelita, retratadas, por exemplo, no Êxodo. Jesus também tinha o hábito de peregrinar a Jerusalém. Vamos a Aparecida movidos por algo muito importante: celebrar juntos a vida da família, fazendo a experiência da unidade e da comunhão. Desejamos um Encontro santo, revelador, integrador, demonstrador do carisma deste Movimento. Que ele seja mais um pilar de sustentação das ENS no mundo. Ainda este mês celebramos São Pedro, São Paulo e Santo Antônio. Padre Paulo Renato, SCE-SRB e Frei Arthur, SCE da Província Leste, nos falam sobre eles, suas inspirações e motivações. Que o Corpo e o Sangue de Cristo, celebrados nesse dia 4 de junho, nos fortaleça ainda mais em nossa fé . Boa Leitura! Fernanda e Martini CR da Carta Mensal
Tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais dos tempos” CM 490
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Super-Região
São Pedro e São Paulo ad intra – aD extra Neste mês estamos celebrando a festa de São Pedro e São Paulo. Celebrar esses dois apóstolos tem uma grande importância para a vida e a missão da Igreja. Podemos dizer, sem desmerecer a memória de outros grandes homens e mulheres do Cristianismo, que Pedro e Paulo são as “colunas da Igreja”. Celebrálos juntos nos recorda uma mensagem eclesiológica fundamental: a missão da Igreja é ad intra e ad extra! O que significa isso? Quem já teve a oportunidade de visitar a Basílica de São Pedro, no Vaticano, ou mesmo apreciá-la por fotos, deve recordar que são as imagens de Pedro e Paulo, em grande destaque, de um lado e de outro na entrada da Basílica Vaticana, que “dão as boas vindas” aos fiéis peregrinos que chegam do mundo inteiro. Além das “boas vindas”, as imagens de Pedro e Paulo transmitem uma mensagem. A figura de Pedro evoca, por sua missão recebida de Cristo, a preocupação com o cuidado interno da Igreja: “... tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja.” (Mt 16,18). São a ele confiadas a condução da Igreja e a missão de mantê-la fiel ao Projeto de Deus. O governo da Igreja exige fidelidade que, depois de Pedro, vai sendo exercida pelos Papas em todas as diversas circunstâncias da História. Paulo é o apostolo dos gentios, ou 2
seja, o apostolo daqueles que não são judeus. Sobre ele pesa a responsabilidade de anunciar a Palavra de Deus aos fiéis de culturas fora do Judaísmo. Paulo anuncia aos gregos a verdade sobre Jesus Cristo alargando as fronteiras do Evangelho até os confins da Terra. Em ambientes diversos e muitas vezes hostis, Paulo não deixa de anunciar o que acredita ser a melhor notícia: Jesus Cristo. Caríssimos, celebrar esses dois apóstolos é celebrar a missão da Igreja que está direcionada em dois flancos: para dentro e para fora (ad intra e ad extra). A Igreja tem a responsabilidade de cuidar, zelar, formar e ajudar os fiéis a manterem-se dentro do caminho trilhado por Jesus. Sem descuidar dessa dimensão interna, é também sua responsabilidade anunciar aquilo que ela acredita ser a melhor mensagem para um mundo mais humano, justo e solidário: a boa notícia do Evangelho. Neste mês, renovemos nossa fidelidade à Igreja, pedindo a intercessão de Pedro para que continuemos fiéis ao Evangelho e, ao mesmo tempo, a intercessão de Paulo para que a ousadia desse mesmo Evangelho nos impulsione para além dos nossos limites, anunciando sempre a Boa Nova. São Pedro e São Paulo, rogai por nós! Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 490
MISERICÓRIDA, SENHOR! Tudo em nossa vida começa com um encontro. E Jesus já está à nossa espera... e nos dá muitas oportunidades de nos encontrarmos com Ele, e uma delas este mês é no Santuário de Aparecida, um lugar especial no qual a Mãe fará chegar nossa prece junto a Ele. Ele nos diz: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.” ( Lc 6, 36). E o lugar privilegiado deste encontro é a misericórdia de Jesus, em relação aos nossos pecados. O caminho mais fácil é acusar, julgar e condenar os outros, muitas vezes pelas nossas próprias faltas: “Mas quem sou eu para julgar, se sou capaz de cometer ações piores?”. Este pensamento é o nosso trunfo para iniciarmos a mudança. A capacidade de se envergonhar e acusar a si mesmo, sem “terceirizar” nossa culpa, faz surgir em nós o desejo de responder, de mudar e vislumbrar uma vida diferente, uma vida na qual nos tornamos mais generosos e misericordiosos com os outros. Não tenhamos vergonha de sentir vergonha diante de Deus, pois isto é uma virtude! As impurezas e maldades que temos no coração só podem ser eliminadas com um gesto: bondade. “Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem”, como nos fala o profeta (Isaías 1, 17). CM 490
A Boa Nova deve transparecer em nosso rosto, nas nossas atitudes e na maneira como tratamos os outros. Ser fiéis ao nosso carisma significa “manter aceso o fogo e não adorar as cinzas”, nos diz Mahler.Centrados em Cristo, podemos ser braços, pés, mãos, mente e coração para servir Jesus em cada pessoa marginalizada, abandonada e sem fé, muitas vezes decepcionada com a Igreja, com o Movimento, ou prisioneira do seu próprio egoísmo. Francisco nos diz: “A luz de Cristo ilumina os momentos mais sombrios da nossa existência, e podemos compartilhá-la sorrindo com quem sorri, chorando com quem chora, caminhando com quem perdeu a esperança, contando nossa experiência de fé a quem busca um sentido para a vida e para a felicidade”. Hermelinda e Arturo CR Super-Região 3
SERVIR COM AMOR
Nós, Cidinha e Vail, desde o Colegiado Nacional de agosto de 2014, atendendo ao chamado do Senhor, dissemos sim para assumir a responsabilidade que nos foi confiada como Casal Secretaria/Tesouraria da SRB. Quando se fala em Secretaria/Tesouraria, vêm logo à nossa mente trabalhos burocráticos, finanças, órgãos governamentais, como se essas atividades fossem desvinculadas da vida cristã. Cremos que os cristãos estão no mundo para servir a Deus e evangelizar o povo que ainda não O conhece, e isso implica abrir mão de alguns confortos também para cumprir alguma missão que lhes seja atribuída, que envolve compromissos com o Reino de Deus na sociedade em que estamos inseridos e que, por sua vez, possui regras. Nesse sentido, temos que pensar no Movimento como uma organização que, como tal, 4
exige algumas atitudes dos seus equipistas. Uma das necessidades urgentes é o recadastramento dos seus membros. Pensando nisso, lembramo-nos que no tempo de Jesus eram difíceis as viagens para chegar ao local do recenseamento, e hoje dispomos da tecnologia e não podemos retroceder a esse avanço que é uma realidade e nesta perspectiva é que devemos juntos, com amor, assegurar a qualidade do nosso sistema Magnificat, atualizando-o. Quanto à Tesouraria, sentimo-nos muito honrados em participar da SRB também nessa área, por entendermos que é de grande responsabilidade administrar as finanças que nos são confiadas pelo povo de Deus. Agradecemos a acolhida, o carinho e as manifestações de apoio e amor cristão que recebemos todos os dias dos nossos queridos irmãos equipistas. Pedimos a vocês que nos acompanhem com suas orações, que invoquem as luzes do Espírito Santo pela intercessão de Nossa Senhora, para o nosso fortalecimento e para que façamos este trabalho com zelo, fidelidade e temor de Deus. Abraços carinhosos em Cristo. Cidinha e Vail CR Secretaria/Tesouraria CM 490
O RESPEITO DA PESSOA HUMANA Ao falar da pessoa, o pensamento cristão reconhece que, ao longo de sua história, o ser humano sempre se questionou a respeito do seu valor, dignidade e posição no mundo. Mediante as mais variadas formas, no mais profundo da sua interioridade, a pessoa também se perguntou, e ainda se pergunta o que de fato ela é, quais as suas características essenciais e como buscar explicações racionais que possam satisfazê-la a respeito do valor da sua própria vida humana e do seu processo de personalização. A dignidade da pessoa humana é tão antiga quanto o próprio homem. Este tema nos faz repensar se estamos respeitando a nós mesmos e a pessoa que está ao nosso lado. Sem o reconhecimento e respeito da dignidade mútua, não se estabelece um relacionamento verdadeiramente cristão entre duas pessoas. Portanto, reconhecer e respeitar a dignidade própria e a do outro é pré-requisito para relacionamentos cristãos. Pois a dignidade procede do fato de cada um de nós ter sido criado por Deus, à Sua imagem e semelhança (Gn1, 27). Este dom, dado por Deus, é perene. Ninguém pode tirar e nem o próprio Deus o toma de volta. Então, toda pessoa, independente de como vive, tem dignidade. “Todos os homens são essencialmente iguais, perante Deus e perante os outros homens. O homem vale mais pelo que é do que pelo que tem. Sua missão divina é de ser CM 490
coparticipante na obra criadora de Deus e de construir o Reino de Deus, nesta terra. Foi originalmente constituído por Deus em estado de justiça; tem uma vocação altíssima, sublime, divina: é chamado por Deus à comunhão perpétua na vida eterna; para a comunhão com Deus, em Cristo; para participar da natureza divina; tem por isso capacidade de conhecer e amar a Deus; autor, centro e fim de toda a vida econômico-social; é e deve ser o princípio, sujeito de todas as instituições sociais” (Gaudium et Spes). A passagem do Evangelho de Jesus segundo Marcos (10, 4652), fundamento e inspiração da nossa reflexão, retrata a história da cura do cego Bartimeu e permite que percebamos: 1) Bartimeu como representante daqueles que estão em miseráveis condições e que pouca ou nenhuma chance têm de sair dessas situações – a não ser que sejam alcançados por Cristo, representado, hoje, pelos seus seguidores; 2) Bartimeu como exemplo daqueles que exercem fé salvífica em Jesus, fé que leva à ação do seguimento; 5
3) Bartimeu como discípulo de coragem, que não mede esforços nem sacrifícios para seguir o Filho de Davi – mesmo que esse seguimento leve à cruz; 4) Jesus como o compassivo Salvador, o Messias de Deus que, prontamente, se detém para atender um grito por ajuda. Que exemplo para a nossa vida! Cristo, que nunca deixa de estar ao alcance da nossa voz, da nossa oração, passa às vezes mais perto, para que nos atrevamos a chamá-lo com força. Comenta Santo Agostinho: “Temo que Jesus passe e não volte”. Não podemos deixar que a graça passe como a água da chuva sobre a terra dura. Temos de gritar para Jesus muitas vezes: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim! Ao chamar por Ele, consolam-nos
estas palavras de São Bernardo, que tornamos nossas: “O meu único mérito é a misericórdia do Senhor. Não serei pobre em mérito enquanto Ele não o for em misericórdia. E como a misericórdia do Senhor é abundante, abundantes são também os meus méritos”. O Mestre mostra o respeito e a gentileza que são devidos ao próximo: quando talvez parecesse óbvio que o desejo daquele cego era voltar a ver, Jesus quis saber dele próprio: “o que você quer que eu faça por você?”. Nós, Igreja de Jesus, devemos segui-lo no cuidado dos irmãos, sem nos esquecermos de ouvi-los com carinho e atenção. Bete e Carlos Alberto CR Província Leste
Seja de Pádua ou Lisboa, Antônio é um exemplo de santidade Os santos são exemplos concretos de que a vontade de Deus pode se manifestar de maneira efetiva na vida de todos aqueles que creem no amor de Deus e vivem segundo os seus preceitos. Como nos diz Santo Agostinho no sermão 23, 4: “Nossa vocação é o amor, e o nosso destino é participar da santidade do Amor.” Nesse sentido, temos a oportunidade de nos inspirarmos na figura de quatro grandes santos de nossa caminhada cristã católica na história: Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo, os conhecidos e festejados “santos juninos”. Em São João Batista, São Pedro e 6
São Paulo vemos uma estreita proximidade temporal com a figura salvadora de Cristo Jesus. Com São João Batista, temos aquele que preparou o caminho do Messias e foi um dos protagonistas do batismo de Jesus e a confirmação de sua divindade pela presença do “Espírito em forma de pomba”. (cf. Lucas 3, 22). Da mesma forma, vemos a figura de Pedro junto a Jesus recebendo o comando do grupo e de sua futura igreja (cf. Mateus CM 490
16, 18-19). E em São Paulo vemos aquele que assume a sua conversão como ponto de partida para uma nova vida (cf. Atos dos apóstolos 9, 4-5), transformando a experiência do contato interior com Jesus em razão primeira para ser anunciador da Palavra de Deus e expandir sua mensagem universal. Dentro deste contexto de exemplos de santidade, onde entra Santo Antônio? Na verdade, sua história de vida cristã começa no final do século XII quando foi batizado com o nome de Fernando na cidade de Lisboa, Portugal. Sempre dedicado aos estudos, o jovem Fernando entrou no mosteiro de São Vicente de Fora como noviço da Ordem de Santo Agostinho. Desde seu ingresso mostrou grande habilidade para os estudos sendo enviado para o Mosteiro agostiniano de Santa Cruz de Coimbra, grande centro de estudos em Portugal em sua época. Nesta cidade, o noviço Fernando conhece os missionários Franciscanos que se dedicavam à pregação e à conversão cristã. Decidido a dedicar-se a estes dois ideais, ele entra para a Ordem de São Francisco e muda seu nome para Antônio, costume antigo entre aqueles que entram para a vida religiosa. De fato, a mudança de nome buscava expressar o desejo e a missão do religioso em sua nova etapa de vida. A de ‘Antônio’ seria a meditação, a pregação da Palavra e a pobreza. Depois de frustrada a sua primeira tentativa de missão e pregação em Marrocos, o frade Antônio se muda para a região da Sicília, na Itália, até se instalar na cidade de CM 490
Pádua, onde desenvolverá grande parte de seus trabalhos. Pela sua grande capacidade intelectual e formação anterior como noviço agostiniano em Portugal, Antônio dedicou-se à pregação e à conversão dos cristãos, assim como a ministrar aulas de Teologia nas primeiras universidades italianas surgidas no início do século XIII. Junto a sua atividade intelectual, Antônio cultivava a sua espiritualidade com grandes períodos de asceses, recolhimento para orações e ajuda aos pobres e necessitados. Sua fama de santidade e milagres correu por todo o território italiano ao longo de sua vida. O frade Antônio morreu no dia 13 de junho de 1231, no convento das Clarissas de Arcella, no subúrbio da cidade de Pádua na Itália. No ano seguinte foi canonizado pelo Papa Gregório IX e, desde 1263, seus restos mortais se encontram na Basílica de Santo Antônio construída nesta mesma cidade. Sua devoção se fez forte e amplamente divulgada em nosso país pelos portugueses que o evocavam como Santo Antônio de Lisboa, cidade de seu nascimento e começo da vida religiosa. No Brasil, ele é devotamente comemorado em todo o território no mês de junho e clamado pelos fiéis em suas necessidades, desde a perda de chaves até enlaces matrimoniais. Para nós, cristãos, Santo Antônio, seja de Pádua ou de Lisboa, é exemplo dos cristãos, como os demais que comemoramos no mês de junho, que se dedicam a assumir a Palavra de Deus e a viver conforme a vocação do amor, não importando a proximidade histórica, mas a 7
cercania ao amor a Deus. Este é o convite de santidade a ser vivido por casais, sacerdotes e religiosos nas ENS. Santo Antônio de Pádua – e também de Lisboa, do Brasil,
de toda Igreja Católica –, rogai por nós. Frei Arthur Vianna Ferreira, OSA SCE da Província Leste
Os homenageados dos festejos juninos As festas juninas são eventos tradicionais do calendário brasileiro e um bom retrato da diversidade cultural do país. Mas sua origem remete às festas populares europeias, principalmente de Portugal, que vieram para o Brasil durante o processo de colonização. Na bagagem, os portugueses trouxeram as comemorações de alguns santos católicos que são celebrados no mês de junho. Santo Antônio 13 de junho Normalmente representado em imagens segurando o menino Jesus, ele é o famoso santo casamenteiro. É invocado para ajudar solteiras e solteiros a encontrarem seu par ideal “arrumar casamento”. Há várias simpatias populares para “pressioná-lo” nessa ajuda aos desesperados: deixá-lo de cabeça para baixo ou, separá-lo do menino Jesus até o pedido ser atendido. Ele é eficaz também na busca por encontrar objetos perdidos. É bastante comum também as Igrejas distribuir os tradicionais pãezinhos de Santo Antônio. Em vez de comê-lo, o pão deve ficar guardado em uma lata de mantimento para garantir fartura de comida durante o ano. São João 24 de junho O dia 24 é o auge das festividades, exatamente quando se comemora o aniversário de São João Batista, o santo festeiro. A lenda diz que nesse dia ele prefere dormir o dia todo para não ver as fogueiras na Terra e ficar com vontade de descer e comemorar também. Por isso mesmo, as pessoas soltam fogos de artifício para tentar acordá-lo. Entre os costumes católicos, a Festa Junina é marcada pelo levantamento do mastro de São João. São Pedro - 29 de junho Pedro foi um dos doze apóstolos de Jesus, tendo o dia 29 dedicado a ele. É nesse dia que se rouba o mastro de São João para marcar o fim das festas juninas. Como características do festejo para São Pedro, estão a fogueira em formato triangular e o pau-de-sebo. Na sua lista de missões, São Pedro é o guardião das portas do céu e responsável por fazer chover na Terra. Além disso, protege pescadores e viúvas. (Fonte Portal EBC - Leyberson Pedrosa – www.ebc.com.br)
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Na última carta que vos dirigi falei da importância de dois pontos concretos de esforço – o dever de sentar-se e a oração conjugal – como meios fundamentais para promover e viver o mistério do amor conjugal. Nunca será demais insistir neste ponto, que para mim representam um aspecto fundamental na metodologia do nosso Movimento, para viver o nosso carisma, ou seja, testemunhar na Igreja e no mundo o mistério do sacramento do matrimônio e o ideal da santidade em casal. A vocação à santidade, caríssimos casais, faz parte essencial do mistério e da missão da Igreja. Aqui se encontra uma das grandes aquisições do Concílio Vaticano II. A Constituição dogmática sobre a Igreja, a Lumen Gentium, dedicou um capítulo inteiro a este tema da vocação universal à santidade, que não diz respeito apenas a um grupo na Igreja, mas a todos os cristãos, desde o Santo Padre ao mais simples dos fiéis: todos somos chamados à santidade. Esta sensibilidade pela vocação universal à santidade foi fruto também do nosso Movimento, cujo carisma e vocação foi desde o princípio procurar os meios de viver a santidade em casal. «Procuremos juntos», foi a resposta do Pe. Caffarel ao primeiro grupo de casais que a ele se dirigiu em 1939, pedindo-lhe CM 490
que os ajudasse nesta procura. Como horizonte que dá sentido e orientação ao nosso existir, a santidade não é uma questão que esteja à mercê das nossas opções pessoais, como uma alternativa ou como uma possibilidade entre tantas que pudéssemos escolher. Só há dois caminhos, segundo a Escritura e a tradição sapiencial da humanidade: o caminho da vida e da verdade, que nos conduz ao Bem, ao Sumo Bem que é Deus; ou o caminho da falsidade e, por conseguinte, da morte. Na Escritura encontramos esta Palavra: coloco diante de ti dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte (Dt 30, 19). Segue o caminho da vida e viverás, que o outro, que parece fácil e atraente, leva-nos para longe de nós mesmos e para a morte, para a destruição do homem e das suas relações, como se pode ver hoje na crise das famílias e das sociedades, num mundo profundamente doente. No documento programático do seu ministério petrino, a exortação apostólica Evangelii Gaudium, o papa Francisco insiste na afirmação de que todos nós, cada qual na sua condição, devemos ser «discípulos missionários» (EG 120), isto é, «enviados» para dar testemunho àqueles que vivem na nossa periferia, ou seja, ao nosso lado, a alegria de sermos discípulos do Senhor que nos amou e 9
Correio da ERI
Discípulos missionários
se entregou por nós, segundo as palavras do apóstolo S. Paulo (Gl 2,20). Desejo verdadeiramente que esta minha carta vos encontre bem. Recebei as minhas muito cordiais
saudações, ao mesmo tempo que invoco para vós as mais abundantes graças e bênçãos de Deus. Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj SCE da ERI
Zona Euráfrica: amizade e comunhão Tivemos os nosso primeiro encontro pessoal com a Zona Euráfrica quando éramos responsáveis da SR Espanha. Foi um belo encontro em casa do Vasco e da Ana, nossos antecessores na ERI. Descobrimos a riqueza da troca de experiências a nível internacional; a Síria ainda pertencia à nossa Zona, e Samia e Amer relatavam-nos os primeiros episódios da catástrofe actual. Descobrimos também a beleza do acolhimento dos equipistas locais. Como não voltar às nossas regiões com o desejo de progredir no caminho que o Senhor mostrou às Equipes de Nossa Senhora? Herdamos um estilo de comunidade aberta ao encontro e à solidariedade. A entreajuda material é uma característica da Zona, neste tempo de crise económica na Europa. A configuração da Zona permite-nos tudo isto; somos apenas 5 casais: os responsáveis das quatro super-regiões: Itália, Espanha, África Francófona e Portugal, (as regiões da África Lusófona) e nós como Casal Ligação da ERI. 10
Nos reunimos duas vezes por ano, e não são raras as visitas que os casais de uma super-região fazem às outras para colaborar em jornadas de animação ou de formação. Assim, cresce entre nós uma amizade forte. Depois do último Colégio Internacional, atrevemo-nos a viver cinco dias de convívio em Nova York, e graças ao Pe. Javier Grande, SCE da Super-Região Espanha, vivemos momentos inesquecíveis, como a missa celebrada no Central Park, rodeados pelas pessoas que por ali passeavam. Que sentido e que força tudo ganha quando um padre faz parte do grupo!
Entre nós há diferentes expressões culturais de uma mesma fé, que são sinais da universalidade da Igreja. Enquanto nos países da Europa o número de equipes está estabilizado, a África cresceu cerca de 56% desde 2008. CM 490
5 casais responsáveis das quatro Super-Regiões: Itália, Espanha, África Francófona e Portugal, (as regiões da África Lusófona) e nós como Casal Ligação da ERI
Devemos contribuir para que este desenvolvimento continue e esteja de acordo com o carisma fundador. Existem também contrastes nos desafios que se levantam ao matrimónio e à família, objeto da atual reflexão na Igreja. As ideologias dominantes na Europa, que conduzem à rejeição da religião, à falta de respeito pela vida, à aversão ao compromisso, ao aumento dos divórcios, ainda não conquistaram a África, mas ameaçam-na. No entanto, a África sofre as suas próprias ameaças, muito antigas, que se referem à dignidade da mulher e das crianças, a concepções errôneas do casamento, velhas e novas formas de poligamia, conflitos étnicos, etc. No início deste ano, na Zona Euráfrica éramos mais de 3.200 equipes, mais de 38.000 equipistas e mais de 2.300 conselheiros espirituais.Temos os seguintes desafios : Desafio da Formação. Todos estão implicados na progressiva implantação do plano proposto pela ERI. A SR Portugal vai abrindo caminho e partilha generosamente materiais e experiências, sem esquecer as necessidades das suas regiões africanas. A SR África Francófona tem feito um esforço para formar quadros de responsáveis, CM 490
o que é necessário para levar a cabo o desenvolvimento das equipes em todos os países da zona. A Espanha e a Itália adotam pouco a pouco os seus próprios esquemas, tendo uma atenção especial pelos EEN. Desafio da Expansão: novos territórios e novos países onde há cristãos, mas não há equipes, como é o caso da Albânia, da Croácia e da Eslovênia. A SR Itália é um dos pontos de apoio para esta expansão. Desafio da Nova Evangelização: Portugal e Espanha partilham o desejo de realizar um projeto de acompanhamento dos casais que vivem nas periferias da Igreja, valorizando a Experiência Comunitária das Equipes de Nossa Senhora: a capacidade de escuta e de acolhimento, a compreensão profunda do valor do matrimônio, a pedagogia do Amor que temos desenvolvido e a nossa eclesialidade. Na Zona Euráfrica, queremos viver um autêntico espírito de comunhão e desejamos que as nossas equipes, comunidades vivas onde padres e casais se encontram, sejam reflexo da Igreja unida e missionária. José Antonio e Amaya Marcén-Echandi CL da Zona Euráfrica 11
Igreja Católica
CORPUS CHRISTI A festa solene e procissão de Corpus Christi teve seu início no ano de 1263 na cidade de Orvieto, Itália. A instituição dessa solenidade, que este ano será comemorada no dia 04 de Junho, está relacionada com o milagre eucarístico de Bolsena – Itália, acontecido naquele ano. Conta a história que um sacerdote de costumes rígidos e corretos, de nome Pedro de Praga, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia. Não conseguindo livrar-se desse pensamento, resolveu peregrinar a Roma para rezar no túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo. De passagem por Bolsena, Pe. Pedro celebrou a Santa Missa na cripta de Santa Cristina, quando aconteceu o que se tornou conhecido como o milagre de Bolsena. No altar da celebração, o sacerdote, ainda atormentado de dúvidas após a consagração, não conseguiu continuar a missa. A hóstia branca havia se mudado milagrosamente em carne viva. Entre as mãos trêmulas do sacerdote res-
pingava sangue, manchando o Corporal; contudo, suas mãos não se mancharam porque a parte da hóstia que estava entre seus dedos havia conservado o aspecto do pão ázimo (sem fermento). O sacerdote levou a hóstia milagrosa e as peças, com o Preciosíssimo Sangue, para a sacristia, avisando, a seguir, as autoridades eclesiásticas. O Papa à época, Urbano IV, que tinha a residência pontifícia em Orvieto, informado do prodigioso acontecimento, encarregou o Bispo local de trazer para a cidade a Hóstia e o Corporal; pessoalmente, Urbano IV, acompanhado pela corte pontifícia e pelo povo, foi receber o Bispo portador dos objetos milagrosos na entrada da cidade. No ano seguinte, o Papa Urbano IV lançou ao mundo um novo preceito sobre a festa de Corpus Christi. O documento prescrevia que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes de cada ano, fosse celebrada uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor, e a primeira aconteceu em 1338, quando a procissão conduziu o Corporal Eucarístico pelas ruas de Orvieto, e o colocou em artístico relicário.
Cidade de Orvieto
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Erenita e Attanazio Eq.02B - N. S. das Vitórias Brasília-DF CM 490
Mosaico - Última Ceia - Catedral de Bremem
O pão do céu e a bebida da salvação (Cat. 22, Mystagogica 4,1.3-6.9: PG 33, 1098-1106) (Séc.IV)
Tendo em vista o dia de Corpus Christi, seria oportuno lembrar um texto do século quarto, de S. Cirilo de Jerusalém (315-387?). Temos aí um testemunho da fé dos primeiros séculos. “Na noite em que foi entregue, nosso Senhor Jesus Cristo tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e deu-o a seus discípulos, dizendo: ’Tomai e comei: isto é o meu corpo’. Em seguida, tomando o cálice, deu graças e disse: ’Tomai e bebei: isto é o meu sangue’” (cf. Mt 26, 26-27; 1Cor 11,23-24). Tendo, portanto, pronunciado e dito sobre o pão: “Isto é o meu corpo”, quem ousará duvidar? E tendo afirmado e dito: “Isto é o meu sangue”, quem se atreverá ainda a duvidar e a dizer que não é o Seu sangue? Recebamos, pois, com toda a convicção, o Corpo e o Sangue de Cristo. Porque sob a forma de pão é o corpo que te é dado, e sob a forma de vinho, é o sangue que te é entregue. Assim, ao receberes o corpo e o sangue de Cristo, te transformas com ele num só corpo e num só sangue. Deste modo, CM 490
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tendo assimilado em nossos membros o seu corpo e o seu sangue, tornamo-nos portadores de Cristo; tornamo-nos, como diz São Pedro, participantes da natureza divina (2Pd 1,4). Outrora, falando aos judeus, dizia Cristo: Se não comerdes a minha carne e não beberdes o meu sangue, não tereis a vida em vós (cf. Jo 6,53). Como eles não copreenderam o sentido espiritual do que lhes era dito, afastaram-se escandalizados, julgando estarem sendo induzidos por Jesus a comer carne humana. Na Antiga Aliança havia os pães da propiciação; por pertencerem ao Velho Testamento, já não mais existem. Na Nova Aliança, porém, trata-se de um pão do céu e de um cálice da salvação que santificam a alma e o corpo. Assim como o pão é próprio para a vida do corpo, também o Verbo é próprio para a vida da alma.
Por isso, não consideres o pão e o vinho eucarísticos como se fossem elementos simples e vulgares. São realmente o corpo e o sangue de Cristo, segundo a afirmativa do Senhor. Muito embora os sentidos te sugiram outra coisa, tem a firme certeza do que a fé te ensina. Se foste bem instruído pela doutrina da fé, acreditas firmemente que aquilo que parece pão, embora seja como tal sensível ao paladar, não é pão, mas é o corpo de Cristo. E aquilo que parece vinho, muito embora tenha esse sabor, não é vinho, mas é o sangue de Cristo. Antigamente, bem a propósito, já dizia Davi nos salmos: O pão revigora o coração do homem, e o óleo ilumina a sua face (Sl 103,15). Fortifica, pois, teu coração, recebendo esse pão espiritual e faze brilhar a alegria no rosto de tua alma. Com o rosto iluminado por uma consciência pura, contemplando como num espelho a glória do Senhor, possas caminhar de claridade em claridade, em Cristo Jesus, nosso Senhor, a quem sejam dadas honra, poder e glória pelos séculos sem fim. Amém.” Colaboração Padre Flávio Cavalca SCE Carta Mensal (Veja em http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/audiences/2007/documents/hf_ben-xvi_ aud_20070627.html, um texto de Bento XVI sobre S. Cirilo)
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Maria nos ensina como proceder ao ouvir as Palavras do Senhor: “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração.” (Lc 2,19). Preocupada com o que ouvia, não ponderou, não argumentou, não buscou explicações, recolheu-se a seu interior e passou a meditar o que ouvia. Aceitou e viveu o que o Senhor lhe disse: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,38). Maria ensina a vivência da “Escuta da Palavra”: escutar, meditar e viver as Palavras do Senhor. O silêncio de Maria evoca um complexo prisma de ressonâncias. “Quando digo silêncio no caso de Maria estou pensando em sua disponibilidade e receptividade. Quando digo silêncio de Maria, quero significar expressões como profundidade, plenitude, fecundidade. Quisera evocar, também, conceitos como fortaleza, domínio de si, maturidade humana. E, de maneira muito especial, os vocábulos Fidelidade e Humildade, que consideraria quase sinônimos de silêncio”. Maria, ao visitar Isabel, nos mostra um aspecto da mística das Equipes de Nossa Senhora: a fé no poder do “Auxílio Mútuo” fraternal manifestando-se na vivência do espírito de cooperação, eis no seu conjunto a ideia-força, a ideia-motriz, a mística das Equipes de Nossa Senhora.” Acolhimento, atenção, diálogo.
Maria
O VIVER DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA. Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. [...]” (Lc 1,46-55). “O Magnificat, conhecido como o Cântico de Maria, é um hino de louvor, que contém citações do Antigo Testamento. Apresenta uma imagem de Deus que o Novo Testamento recebe como herança do Antigo Testamento. Três atributos de Deus são mencionados no Magnificat: Deus é transcendente, Deus é misericordioso, Deus é forte. O poder de Deus se manifesta na sua ternura e na sua misericórdia. A memória da promessa feita aos antepassados é a forma concreta de misericórdia divina e, ao mesmo tempo, a causa da iniciativa divina na encarnação do Filho Unigênito de Deus. O Magnificat apresenta um paralelismo entre a libertação do povo eleito do Egito e a libertação anunciada quando do anúncio do nascimento de Jesus. No anúncio do nascimento de Jesus, a humanidade passa da escravidão do pecado para a filiação divina em Cristo.” Edyr e João Eq.10 - N. S. de Lourdes Rio de Janeiro-RJ
“O Silêncio de Maria”, Frei Ignácio Larrañaga – A mística das Equipes de Nossa Senhora, “O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento”.– Pe Carlos Alberto Contieri, sj, “Bíblia dia a dia, ano A”, Paulinas Editora.
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Vida no Movimento
FORMAÇÃO DE NÍVEL III REGIÃO RIO I: RJ/RECREIO Província Leste
Nos dias 21 e 22 de março de 2015, participamos da Formação III da Província Leste, no Convento Madre Regina, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Bem recebidos e acolhidos pela Beth e Carlos Alberto, Casal Provincial, foram iniciadas as Palestras e Grupos para discutirmos os Temas propostos. Apesar de ainda não nos conhecermos, sentimos como se estivéssemos em nossa equipe de base; estabeleceu-se clima de amizade e companheirismo durante todo o Encontro. Os Temas, abordados com clareza, foram de grande valor para o conhecimento do Movimento; o clima de espiritualidade contribuiu muito para o excelente andamento dos trabalhos. 16
Quatro fatores foram essenciais para o sucesso desta Formação: a organização impecável, responsabilidade da Província Leste; as reuniões de grupos - oportunidade única de trocar ideias e experiências da região, que abrange quase 20% das Equipes do Brasil; as palestras bem transmitidas por casais que conhecem o Movimento e a carinhosa dedicação das Irmãs do Convento em nos receber e servir. Ficamos muito felizes por participar dessa Formação, colher os frutos ali distribuídos para melhor “servir” conforme os ensinamentos do Senhor e com fidelidade ao Carisma fundador do Movimento. Lourdes e Carlos / Ligia e Ramón Eq. 1 – N. S. do Amor Rio de Janeiro-RJ CM 490
EEN: ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS Província Sul II
REGIÃO SP NORDESTE RIBEIRÃO PRETO/SP Foram dois dias de imensa alegria: o 1º EEN da Região SP Nordeste, Província Sul II, aconteceu nos dias 14 e 15 de março de 2015, em Ribeirão Preto, na Casa Bakhita. Agradecemos aos Irmãos Canossianos que tão bem nos acolheram em sua Casa de Retiro. Estavam reunidos casais de seis Setores com muitos casais jovens. Agradecemos à Equipe de Formadores que veio de longe: Brotas, São José do Rio Preto e Votuporanga, o CRP, sempre atento, comunicativo e humilde. Também se fez presente o CRR que, sem descanso, organizou a acolhida de todos. Estes casais, bem preparados, informaram, formaram e alegraram os corações sedentos de conhecimento. Estas Equipes Novas saíram de lá no mínimo fortalecidas e cheias de fulgor para continuarem a caminhada como Equipistas. Que Maria, nossa Mãe e Medianeira, ampare estes casais e não deixe que este “fogo” se apague. Maria José e Agenor CRS B - Ribeirão Preto/SP CM 490
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ACOLHENDO O EACRE COMO PRESENTE DE DEUS Província Sul III
Região PARANÁ SUL Queridos irmãos equipistas, irmãos de fé e de busca pela santidade conjugal:Estamos no início da nossa caminhada nas ENS, nossa equipe está no segundo ano e recebemos para 2015 a benção de sermos o CRE. Acolhemos essa responsabilidade e acolhemos o EACRE como presente e dom de Deus. Muita oração, formação, testemunhos, orientações e também descontração e alegria. Presenciar o carinho envolvido e a demonstração de total oblação pelo próximo nos faz testemunhar o quanto é maravilhosa essa caminhada. E juntos, esse exercício é muito melhor! Ficamos felizes e honrados com a presença do CRP, Adria18
na e Hudson, que passaram as Orientações para 2015 e também do SCE da Província, Pe. Antônio Junior, que falou sobre o Tema de Estudo e frisou que “o mundo está carente de homens e mulheres que vivam a santidade: assim, somos chamados a fazer a diferença em um mundo cada vez mais descartável e consumista, para sermos fermento de renovação na Igreja”. Auxiliados na reflexão e discernimento sobre a caminhada no Movimento, nesses dias fomos abastecidos e fortalecidos para mais um ano de crescimento espiritual pessoal, conjugal e em equipe. Letícia e João Paulo Eq. 32B - N. S. Auxiliadora Curitiba-PR CM 490
Sois católicos? É católica vossa Equipe de Nossa Senhora? Não vos apresseis em me responder. Não é suficiente estar inscrito nos registros paroquiais para ser católico; é preciso, antes, ser “permeado” pela catolicidade da Igreja. Quanto mais viva for, no homem, no grupo esta catolicidade, mais verdadeiramente católicos serão eles. Para que possais me responder, será mister que eu vos diga em que consiste esta catolicidade da Igreja. De início, eliminemos uma falsa definição: não é porque ela se estende por todo o universo que nossa Igreja se denomina católica, “A Igreja” - escreveu o Pe. de Lubac – “era já católica na manhã de Pentecostes, quando todos os seus membros estavam contidos dentro de uma pequena sala.” Dizer que a Igreja é católica é reconhecer a vontade de Deus de reunir toda a humanidade em um só Corpo; é afirmar que a riqueza espiritual da Igreja é destinada a todos os homens, sem exceção; que nela e somente nela podem e devem os homens encontrar a concretização de suas aspirações humanas e religiosas; e formando apenas um único todo, não exige de cada um que abdique sua personalidade, sua originalidade. Já nossa Igreja é maravilhosamente diversa e una. Pensai nos seus variados ritos: latino, grego,
maronita, copta... nas suas múltiplas espiritualidades: beneditina, franciscana, inaciana... E como não será ainda mais admirável a diversidade dentro da unidade, e quanto não será mais rebrilhante a catolicidade da Igreja, no dia em que as grandes civilizações indianas, chinesa, árabe entrarem para o seu seio – abandonando aquilo que nelas é caduco e errado – com suas admiráveis riquezas culturais e espirituais. Mas, voltemos à nossa questão. Um grupo é verdadeiramente católico quando se interessa, com fraternal interesse, por todas essas raças e civilizações, por todas essas classes sociais, ainda afastadas da doutrina de Cristo, quando desejam, um impaciente desejo, que ingressem todas elas na barca de Pedro – pelo amor que lhes têm, a fim de que elas tenham “oportunidade de realização” para todos os seus recursos espirituais: e também, (e em primeiro lugar, por amor à Igreja) a fim de que nela a santidade de Cristo resplandeça nas mais variadas formas. Pelo contrário, o grupo que excluísse dos seus pensamentos, de seu amor, de sua oração – explícita ou simplesmente por esquecimento, indiferença, desconhecimento – esta grande intenção de converter os povos, não mais mereceria o seu título de católico, pois nele o espírito de seita abafou o espírito católico. Espírito sectário, espírito
1 Editorial do Pe. Caffarel, Carta Mensal no 6, ano II, julho de 1954
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Raízes do Movimento
SOIS CATÓLICOS?1
católico: dois termos opostos e contraditórios. Mais concretamente ainda: o grupo de casais que se fecha em seu círculo recusando outros casais de nível social diverso ou de outra educação, que recusa acolher um casal porque estrangeiro, porque convertido do judaísmo ou protestantismo, este grupo trai a catolicidade da Igreja. Isto é racismo religioso, sectarismo e nunca catolicismo.
Queria vos pedir hoje apenas uma coisa, que indagásseis: nos vossos casais, nas vossas equipes, a catolicidade da Igreja está presente, é viva, inspiradora; ou o espírito de seita existe de forma a ressecar os corações? Henri Caffarel Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP
Mas afinal, quem é a Virgem para o senhor? As Equipes serão então protegidas contra o intelectualismo e o espírito de crítica – este é o primeiro benefício da intimidade do cristão com a Virgem. Os corações serão guardados na humildade, quem poderá bancar o esperto junto a Nossa Senhora? O amor fraterno reinará: é sempre assim quando a mãe está com os filhos... Então a fonte de alegria nunca secará, porque a “Causa de nossa alegria” estará conosco! ... Conheci um empresário que fazia prospecção de petróleo no Marrocos, na Arábia, etc..., que tinha indústrias em diversas partes do mundo. Profundamente cristão, ele acabava de me contar o lugar importante que a Virgem ocupava em sua vida. Eu quis compreender o porquê disso e perguntei: “Mas afinal, quem é a Virgem para o senhor?” Grande foi a minha surpresa – e o meu constrangimento – ao ver esse homem tão forte emocionar-se, seus olhos encherem-se de lágrimas, enquanto deixava escapar: “Minha Mãe!”. Imediatamente, mudei o rumo da conversa, envergonhado como alguém que, sem querer, surpreendeu um segredo de amor e feliz como alguém que descobriu porque nossos robustos ancestrais da Idade Média tinham uma tal veneração por Maria. Seja o conjunto de nossas Equipes uma cátedra para a glória de Nossa Senhora! E que possamos todos trabalhar nela com o vigoroso entusiasmo dos construtores da Idade Média! (Pe. Caffarel - Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora, maio de 1949)
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Detend o - n o s n o seu livro O Amor e a Graça, vimos no mês passado o pensamento do Padre Caffarel sobre a importante graça que o sacramento do matrimônio confere ao casal: a graça da cura 1 . Mas no mesmo capítulo daquele livro, intitulado “O Matrimônio é um Sacramento”, ele acrescenta que “esta graça interior de cura e purificação não é a única. Ou melhor, ela é apenas o germe de outra graça: a de engrandecimento e de transfiguração. Pela graça de Cristo, o amor aprende não apenas a se manter, mas a se superar. Ele supera-se pelo desprendimento total de si mesmo e pelo sacrifício em prol do outro.” E o Padre Caffarel acrescenta essa magnífica imagem do casamento: “O cristianismo cabe inteirinho entre a noite da Sexta Feira Santa e a alvorada da Páscoa, ou seja, em um mistério de morte e de ressurreição. Morrer para ressuscitar, esta é a lei da vida cristã, esta é a lei do amor cristão. [...] Desapegar-se dos prazeres e do conforto para que o outro seja mais feliz, é morrer e ressuscitar; renunciar ao bem estar que a presença do outro causa, para que ele ou ela cum-
pra uma missão necessária em outro lugar, é morrer e ressuscitar; aceitar que ele ou ela sofra para sair melhor do sofrimento, é morrer e ressuscitar; aceitar de ser incompreendido, negligenciado, talvez até esquecido, se por meio deste suplício obtêmse as graças excepcionais de que o outro ou a outra precisa, é morrer e ressuscitar.” É algo muito além do combate ao egoísmo. “Trata-se por ve ze s , d e re nunc i a r a o goz o mais normal, mais legítimo, mais exigido pelo coração humano: o de saber-se e sentir-se amado.” É nisso que consiste esse engrandecimento, essa transfiguração do amor conjugal. “A graça conjugal não é uma graça de conforto e de facilidade!” Superar os obstáculos humanos para chegar à última e definitiva ressurreição é fruto da presença de Cristo em nosso casal. Depois da graça da cura e da graça da transfiguração, Padre Caffarel fala-nos também da graça de fecundidade que Cristo nos concede através do sacramento do matrimônio. Poder-se-ia pensar que esta graça é um convite a ter o maior número possível de filhos. Mas não se trata disso, não se trata de um prêmio que Cristo daria à maior q u a n t i d a d e ! O a mor c ri s tã o,
1 Ver na Carta Mensal de maio 2015 “Seguindo os escritos do Padre Caffarel”
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Acervo Literário do Padre Caffarel
SEGUINDO OS ESCRITOS DO PADRE CAFFAREL
através do sacramento de matrimônio, dá um novo valor ao conceito de fecundidade. “Não se trata de nada menos, diz o Padre Caffarel, do que de dar filhos a Deus.” A expressão parece meio extravagante e pomposa, mas mostra bem o alcance da geração de filhos na visão cristã. “Ela esclarece o sentido da procriação e esclarece sobretudo o sentido da educação. Procriar consiste em fazer um ser humano; educar significa fazer crescer este ser humano não somente nas possibilidades infinitas de ordem humana, mas também na infinidade divina da graça do batismo.” Os p ais, co lab o r a d o re s d e Deus e co-redemptores com Cristo, têm a tarefa não somente de despertar no filho o sentido de Deus, “mas devem moldá-lo aos poucos para assemelhar-se a seu Irmão divino”. A graça de fecundidade do matrimônio lhes torna possível, dia após dia, de esculpir uma obra prima: “um filho semelhante ao Filho de Deus”. A esta perspectiva de fecundidade, podemos acrescentar um outro aspecto muito realçado em outros textos do Padre Caffarel. Ao vivenciar o amor de Deus que os une no sacramento de matrimônio, o casal dá testemunho da presença de Cristo em sua vida e torna mais ampla a sua fecundidade, empenhando-se a trazer outros casais a desejar desfrutar dessa presença. *** 22
Ao concluir esse capítulo do livro O Amor e a Graça, Padre Caffarel tira uma conclusão fundamental para todos nós, casais cristãos: “No Evangelho, quando Cristo ia operar um milagre, exigia a fé: ‘Tu crês...? Vai, tua fé te salvou...’. Àqueles que se comprometem no matrimônio, (e o Padre acrescenta: um amor bem sucedido é também um milagre), não é diferente o que Cristo pede: ‘Vocês creem que sou eu que estou à obra no amor de vocês? Vocês creem que a cada instante eu lhes ofereço o poder de se superarem?” Ao se darem o sacramento de matrimônio, e quando dizem sim um ao outro, na verdade é a Cristo que o casal está dando seu sim. Parece mais um bom assunto para o próximo dever de sentar-se: será que temos esta fé? Será que cremos nisso? Em que momentos de nossa vida conjugal sentimos a força da graça que nos permitiu superar nossas fraquezas e apegos humanos? Nosso testemunho da presença de Cristo atende à fecundidade que Ele espera de nós? Que lhes parece? Hélène e Peter Eq.05A - N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP Monique e Gérard Eq.01A - N. S. do Sim São Paulo-SP M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP Cidinha e Igar Eq.01B - N. S. Aparecida Jundiai-SP. CM 490
Foi transposta uma etapa importante no caminho que levará à beatificação do Pe. Caffarel: o inquérito diocesano terminou no dia 18 de Outubro de 2014 em Paris, e a 10 de Dezembro o dossier foi entregue à Congregação para a Causa dos Santos em Roma. É preciso aguardar o decreto de validade que dirá se o inquérito foi conduzido segundo as regras da Igreja. A próxima etapa será a redação da “positio”: a partir do inquérito, mostrar a vida, as virtudes e a santidade do Pe. Henri Caffarel. Este processo é habitualmente longo, dada a precisão exigida na descrição da vida do futuro santo. Desta vez, temos dois pedidos: 1. Todos temos de pedir ao Senhor que faça um milagre pela intercessão do seu servo o Pe. Caffarel. – Um milagre é uma cura física, instantânea e definitiva. O milagre é uma “confirmação do céu”. Confirma o que a Igreja pretende proclamar: a santidade do servo de Deus, que pode depois ser percebida pelos fiéis como um exemplo. – Se, pela oração do Pe. Caffarel, Deus intervém de forma extraordinária na vida de alguém, isso confirma a santidade do Pe. Caffarel. 2. Devemos também pedir ao Senhor graças pela intercessão do Pe. Caffarel. CM 490
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Com efeito, muita gente pede a um santo que a ajude na multiplicidade dos acontecimentos da sua vida quotidiana. Pede-se com frequência ao Pe. Caffarel que interceda junto ao Senhor para problemas de casal, reconciliações… mas também para coisas materiais, físicas…
– Pedir-lhe que intervenha junto de Deus é mostrar que o Pe. Caffarel está presente na nossa vida quotidiana, que pensamos que a sua ação tão fecunda na terra é também — e mesmo mais — fecunda agora que acreditamos que ele está no céu, na presença de Deus. Agradecemos que nos comuniquem as graças que receberem: elas são sinais da presença do Pe. Caffarel no meio de nós. É no meio dessas graças que um milagre será dado por Deus ao seu povo. Que o Senhor nos abençoe a todos! Padre Paul-Dominique Marcovits, o.p. Association les Amis du Père Caffarel Carta aos correspondentes Março de 2015 Nota: No caso das equipes brasileiras recomendamos o contato com os responsáveis de setor que farão a comunicação aos demais responsáveis chegando a Super-Região Brasil. 23
Beatificação do Padre Caffarel
Atualização NO PROCESSO DE Beatificação
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2014 Equipes de Nossa Senhora
Queridos irmãos em Cristo! Com as graças de Deus, a contribuição leal e generosa de cada casal Equipista, apresentamos as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e as Notas Explicativas, para o devido conhecimento de todos vocês, equipistas do Brasil. Secretaria e Tesouraria
balanço patrimonial (em R$)
31.12.2014
31.12.2013
31.12.2012
Circulante 4.799.255 Circulante- XI Enc. Internacional Circulante- III Enc. Nacional 4.302.222 Não Circulante 938.072 Total Ativo 10.039.549
3.345.654 26.924 558.255 955.872 4.886.705
20.888 3.414.763
90.226
67.807
585.179 4.211.300 4.886.705
152.012 3.194.944 3.414.763
ATIVO 3.241.863 152.012
PASSIVO Circulante 96.885 Provisões Outras Obrigações - Encontros 4.880.446 Patrimônio Líquido 5.062.218 Total Passivo 10.039.549
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO (em R$) RECEITAS Contribuições Receitas Diversas Receitas Financeiras Total das Receitas
3.169.190 577.779 307.683 4.954.651
2.961.665 325.130 236.013 3.522.808
2.711.413 299.372 186.621 3.197.407
Despesas com Encontros 1.453.701 Carta Mensal e Despesas Postais 841.645 Desp.c/Adm.Equipes 186.787 Despesas com Pessoal 278.085 Despesas Gerais 385.366 Total das Despesas 3.145.584
906.480 792.310 148.168 237.289 422.112 2.506.459
768.794 894.375 145.908 218.922 331.936 2.359.935
1.016.350 3.136.801 4.153.150
837.472 2.299.329 3.136.801
DESPESAS
RESULTADO Resultado do Exercício Fundo Patrimonial RESULTADO ACUMULADO
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909.067 4.153.149 5.062.216
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NOTAS EXPLICATIVAS Exercício 2014
1. Ativo 1.1 – No
total do ativo circulante está incluído o valor de R$4.880.446,00 referente ao saldo do III Encontro Nacional recebido até o dia 31.12.2014.
2. Passivo 2.1 – No Passivo circulante está registrado o valor de R$4.880.446,00 correspondente ao saldo do III Encontro Nacional recebido até 31/12/2014. 3. Receitas 3.1
– As contribuições leais e es-
pontâneas no ano de 2014 totalizaram R$ 3.169.190,52, o que representam um aumento de 7% em relação ao ano de 2013.
3.2 – Receitas Diversas registra o valor de R$577.778,00 relativo ao ressarcimento de livros e documentos do Movimento, ressarcimento de despesas e outras contribuições. 3.3 – Receitas Financeiras registram o valor de R$307.683,32 referente ao valor bruto auferido com aplicações financeiras.
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4. Despesas 4.1 – No ano de 2014 houve um crescimento no total das despesas do Movimento de 25,5%. 4.2 – Despesas com Encontros registram todas as despesas do Colegiado Nacional, Encontros Provinciais, Colegiados Provinciais, reuniões da equipe da SuperRegião, Sessões de Formações, Encontro Nacional de Coordenadores dos EEN e encontro nacional de CRS, bem como todas as despesas de transportes relacionadas a estes eventos. 4.3 – Despesas com Pessoal incluem os gastos com os funcionários do Secretariado, salários, encargos e benefícios, bem como todo o serviço de terceiros com os respectivos encargos. 4.4 – Despesas Gerais correspondem aos gastos gerais, como a edição de livros, impressos e documentos do Movimento, despesas bancárias e financeiras, despesas de custeio do Secretariado, Projeto Vocacional, Contribuição anual à ERI e outros gastos administrativos. 4.5 – O Total das despesas com a Carta Mensal, Encontros e Impressos, somaram R$2.295.346,00 o que representa aplicação de 73% dos recursos recebidos em Formação dos Equipistas do Brasil, demonstrando nossa linha de priorizar as aplicações em benefício dos Equipistas.
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Testemunho
Rubens, um legado de FÉ! O casal Jacy e Rubens Villaça participou da equipe 11 de Bauru desde a sua formação, sempre demonstrando postura exemplar, espiritualidade invejável, profundo interesse pela pedagogia das ENS e pela vivência dos PCE. Jacy faleceu em 2004, mas Rubens continuou a caminhada com os irmãos equipistas até o seu retorno para o Pai em 2014, logo após a equipe completar 40 anos de existência. Muito prestativo, de coração acolhedor, Rubens jamais deixou de pedir, nas reuniões, pela alma da Jacy. Sempre tinha abordagens inteligentes, citações oportunas de sua bagagem cultural e contribuição valiosa no estudo dos temas, o que ocasionou uma brincadeira por parte do Padre Sé, então SCE da equipe, ao ouvir uma de suas explanações: “Que ótimo! Agora não preciso preparar a Homilia do domingo!” Um homem que vivia para a família, que contava, com alegria, sobre os filhos e seus feitos na profissão. Com dedicação e amor também exerceu seu papel de avô, pois durante muitos anos, cuidou de, diariamente, levar os netos para a escola. Um homem agradecido a Deus, tranquilo e feliz, sempre lembrando de sua esposa Jacy. Apaixonado e agradecido pelas ENS, logo após a comemoração dos 40 anos da equipe, escreveu uma carta de despedida para os irmãos equipistas e outra para os filhos. Avisou sua família da exis26
tência das cartas e comentou com os familiares que, no momento oportuno, as encontrariam. Logo após o seu falecimento, sua filha encontrou as cartas no meio dos seus documentos, e foi com profunda emoção que a entregou à família equipista a carta-testemunho que lemos a seguir. Esta carta foi motivo de grande comoção entre todos os equipistas da cidade, que agradeceram a Deus o fato de terem podido conviver com Rubens durante todos esses anos!
RUBENS BONINI VILLAÇA Transcrição da carta deixada por ele: Equipistas da 11A N.S. do Desterro Paz e Amor Quando lerem esta carta, já terei ido para a casa do Pai, e estarei junto da Jacy. Durante o tempo que estivemos juntos (desde 1974) na “nossa” Equipe 11, sob a proteção da Senhora do Desterro, formamos uma verdadeira Família. Estivemos juntos de em atividades, que serviram, e muito, para aprendermos as coisas de Deus. As nossas reuniões foram semCM 490
pre sérias e com alegrias. Não significa que não tivemos tristezas que, em conjunto, foram superadas. Assim, rimos juntos, oramos juntos e choramos juntos. A nossa vida (Jacy e eu) teve dois períodos: antes e depois de sermos equipistas. A Jacy e eu, sempre os consideramos verdadeiros irmãos.
Só posso dizer de coração, aberto: VALEU. Um forte abraço a todos Rubens Rezem sempre por nós.” Ivanny /Sebastião, Terezinha/Nero, Heloisa/Arnaldo,Cariene, M.Luisa/ Pedro, M.Cecília/Helco Eq.11 - N. S. do Desterro Bauru-SP
UMA EQUIPE DE MEMBROS ANTIGOS
Como nossa equipe, hoje, percebe o apelo à santidade (indagada no questionário que nos foi enviado)? Vamos responder exemplificando. É o caso do esforço despendido para manter continuamente alto o gosto pela vida, assim citado pelo então Papa João Paulo II, na sua penosa fase final, ao se referir à sua missão de expandir a boa nova evangélica. Nossa equipe foi fundada em 1958 e assumiu o compromisso solene em 1963. Com o decorrer do tempo, vários de seus membros “voltaram para o Pai”, depois de dignificarem com o seu exemplo CM 490
de fiéis ao amor de Deus até o fim... É desnecessário dizer que os remanescentes, todos originários da primeira hora, excetuando um que foi admitido posteriormente, são oito longevos, isto é, porque não dizê-lo, são bem antigos. A caçula já completou 80 anos, três estão atingindo os 90, três já ultrapassaram, sendo que a decana, com seus 97, ostenta lucidez invejável. E quanto aos conselheiros espirituais? Atualmente é Frei Lino que nos dá seu apoio espiritual. Conhecedor profundo do Movimento, dispensa-nos interesse e carinho especiais, e faz a diferença 27
de faixa etária, pois apenas rodeia os 50 anos. É o sucessor de quatro sacerdotes que nos acompanharam em nossa história, mas já retornaram à casa paterna. Transmitiram, porém, exemplos e conhecimentos inesquecíveis. Diante deste quadro, não é difícil entender a alegria com que foi recebida a notícia de uma possível reunião. A satisfação reinante pela aproximação do encontro, já vale o esforço despendido para atender ao convite. Dos que tinham condições de comparecer, apenas um foi impedido por repentino achaque. Acontece, e os longevos sabem disso. Não faltou assunto, pois todos queriam falar. Depois de uma hora aguardando Frei Lino, que celebrara missa, a reunião correu célere, em clima da maior fraternidade, “matando a saudade”, como se diz. Dentro dos assuntos versados, foi comentada a expansão do Movimento, principalmente no Brasil, o que constitui notícia alentadora para nossa equipe, que vivenciara
os primórdios claudicantes de seu início. Não menos surpreendente é a presença do casal Hermelinda e Arturo no Sínodo dos Bispos, conforme publicado na CM 486 – dezembro de 2014, pedindo pressa ao magistério em dar aos padres e aos fiéis, primordialmente aos casais jovens, as grandes linhas de uma pedagogia pastoral que ajude a adotar e a observar os princípios acordados pela Humane Vitae. Logo em seguida, veio o almoço com a oração de Frei Lino e generalizado elogio à cozinheira. Fica a pergunta: um encontro tão rico de valores humanos, cujos participantes se empenharam seriamente em superar as inúmeras dificuldades para estarem presentes, pode ser uma resposta viva ao “apelo à santidade” proposto no Questionário? Pensamos que sim. Foi a ocasião para agradecermos a Deus tanta longevidade, tanto “gosto pela vida”. Idalina e Fernando Eq.01 - N. S. do Monte Serrat Santos-SP
Vida de Equipe Experiência dos primeiros cristãos Quando fomos convidados para entrar nas Equipes de Nossa Senhora, acreditamos que sentimos um pouco daquilo que os primeiros casais das ENS sentiram. Moramos em Uruaçu/GO, nascemos no seio da Igreja Católica e quando éramos jovens, solteiros, tínhamos uma vida intensa em meio a grupos de jovens, acam28
pamentos e congressos. Após nos casarmos nos sentimos um pouco deslocados, pois a partir daquele momento éramos um casal e precisávamos nos encontrar como tal, continuar servindo sim, porém juntos e de forma diferente. Participamos do Encontro de Casais com Cristo e foi um ótimo ponto de partida. CM 490
Algum tempo depois, recebemos o convite para participar de uma equipe que estava iniciando. Já havíamos ouvido falar nas ENS, mas não fazíamos ideia da amplitude e profundidade do Movimento. Após quatro anos caminhando na Equipe Nossa Senhora da Guia, podemos testemunhar que os anseios iniciais do nosso matrimônio foram preenchidos e com muita alegria podemos dizer: NOS ENCONTRAMOS. No decorrer da nossa caminhada de equipe, fomos conhecendo cada irmão de equipe, aprendendo a partilhar, a confiar. A história da nossa equipe é muito bonita, com muitos encontros, chegadas e partidas. Pessoas entraram e saíram, por motivos diversos, que às vezes nos entristeceram. A nossa maior tristeza foi quando faleceu uma irmã equipista, pois ela, juntamente com o esposo, era para nós um exemplo de vida matrimonial e perseverança na fé e no amor. Hoje, a nossa vida de equipe é
muito intensa e ficamos felizes de olhar para cada irmão e sentir que todos estão desejosos de progredir na vida espiritual, nos PCE’s, de participar de tudo o que é proposto pelo Movimento: formações, Missa mensal, Mutirão, etc. É bom saber que temos Cristo em primeiro lugar em nossas vidas, temos também a amizade de cada um e a coparticipação não se limita apenas à reunião formal. É importante ressaltar a presença do nosso SCE Pe. Rogério que nos acompanha desde o início. Ele nos aconselha, nos orienta e nos corrige. Podemos afirmar que além de nosso conselheiro, é também nosso amigo e sabemos que podemos contar com o seu apoio, como também ele pode contar com o nosso. Enfim, de fato, através do Movimento temos vivido a experiência dos primeiros cristãos, somos uma pequena ecclesia. Gilda e Rodrigo Eq.06 - N. S. da Guia Uruaçu-GO
Há 62 anos Equipista Com surpresa, ouvimos Pe. Caffarel dizer em 1972, no Brasil: “Não estou certo de que os equipistas tenham bem compreendido o que significa espiritualidade conjugal”. Há um grande desejo de vida espiritual, marido e mulher individualmente, mas espiritualidade conjugal é mais do que duas espiritualidades individuais vividas juntas,” CM 490
( cf, Nancy Moncau, “ENS no Brasil”- Ensaio sobre seu histórico” pg.124) Procuramos rever os nossos conhecimentos. E, sobretudo, pedindo as luzes do Espírito para entender o que era uma séria lacuna em nossos conhecimentos. Em 1982, quando da criação do Pontifício Conselho da Família pelo Papa João Paulo II, fomos nomeados como um dos seus membros. 29
Tivemos oportunidade de ouvir inúmeras conferencias. Dom Dionigi Tettamanzi, nomeado Cardeal de Milão discorreu sobre “A sacramentalidade do matrimonio e a espiritualidade coniugal”, e disse :. “a espiritualidade conjugal é uma espiritualidade radicada no sacramento do matrimonio e alimentada permanentemente deste”. Para entender isto é imprescindível ter presente o verdadeiro significado do sacramento do matrimonio. Este, contudo, é bem pouco conhecido, mesmo entre católicos praticantes. O Concilio de Trento, declara, como finalidade do sacramento do matrimonio : “levar o amor natural à sua perfeição, e assim santificar os cônjuges”. Sessão XXIV Denz,1797) É o Papa João Paulo II declara na Exortação Apostólica “Familiaris Consortium” 13 : “O efeito primeiro e imediato do matrimônio não é a graça sobrenatural, mas o vínculo natural” ( vd..CIC 1641) Vê-se, pois, que o nosso sacramento não se destina a nos tornar mais piedosos, mais rezadores, mais assíduos à igreja, mais fiéis ao terço ou mais adeptos de novenas ou leitores frequentes de leituras espirituais. Não estamos com isso querendo dizer que tais práticas sejam condenadas. O enfoque é completamente outro. Todos sabemos, que os sacramentos são sinais sensíveis que produzem a invisível graça divina. Assim qual o sinal próprio deste sacramento? Esclarece Pe. Caffarel: “é atra30
vés de todas as realidades da vida conjugal tornadas, pelo sacramento, instrumentos de sua graça, que Cristo santifica os membros do casal: seja pela troca de agrados corporais, seja pela comunhão de bens espirituais” (revista L´Anneau d´or nº111,pg.330 ) E invocando o Episcopado da América: “O ato sexual corresponde ao momento da máxima densidade sacramental da vida matrimonial porque atravéz de nenhum outro ato, pode-se refletir melhor a misteriosa e total comunicação de amor que Cristo vive em sua Igreja (CELAN : La família a la luz de Puebla, pag. 39) Mas aí está, em nosso entender, uma missão própria dos casais, porquanto só quem vive o encantamento do beijo entre marido e mulher, só quem acostumou-se a vibrar com o carinho e a ternura do abraço que une os dois, só quem conhece a meiguice com que se elogiam, só aqueles que conhecem o ardor com que os dois se abraçam com uma boa notícia, só aqueles que não trocam festa alguma pelo encantamento de uma conversa amorosa, é que vivem realmente o sacramento, geram a graça divina e se tornam mais imagem Daquele que é Amor . Tenhamos presente o que o papa João Paulo II disse: “Devemos responder ao apêlo da Igreja por uma nova evangelização baseada no amor humano” ( Guia das ENS pag.47). Esther e Luiz Marcello Eq.01A – N. S. do Sim São Paulo-SP CM 490
Nós nos casamos há pouco mais de um ano e, poucos meses após o casamento, tomamos a decisão de ingressar no movimento das ENS. Durante a pilotagem, fomos introduzidos aos PCE. Logo depois, foi desafiador assumir o compromisso de ser CRE pois, em decorrência do pouco tempo de ENS, tínhamos logrado experiência relativamente pequena acerca dos pontos concretos de esforço. Talvez por sermos casados há pouco tempo, raramente discordamos. Praticamente, não brigamos. Por que, então, dedicar-se a um PCE profundo como o dever de sentar-se? A resposta veio por intermédio da notável palestra do Pe. Luís Henrique no EACRE 2015 da Região Minas II. Por que os PCEs são tão difíceis? Porque são esforços (como o próprio nome já diz) e exigem força além da natural. O esforço é a única forma de alcançar a virtude. Ninguém se torna grande atleta ou grande músico sem árduo empenho. Da mesma forma, ninguém alcança vultosa espiritualidade sem significativo esforço e disposição. Mesmo os maiores santos da Igreja apenas lograram seu desenvolvimento espiritual após grandioso empenho de vida CM 490
e de oração para Jesus. O exercício, o esforço, é o que nos faz ser a pessoa que queremos ser. É preciso esforço homogêneo e contínuo. Por exemplo: não adianta o indivíduo rezar 3 horas seguidas e achar que já rezou pela semana inteira. Cada dia tem a sua história, desafios e acontecimentos. Assim, em cada dia, será necessário exercitar a espiritualidade, para que nós realmente nos tornemos pessoas melhores. Os PCEs devem ocorrer mesmo quando as emoções não estão à flor da pele (quando choramos, brigamos...). O mais importante é exatamente quando não achamos necessário ou não estamos com vontade. É aí que eles são essenciais, quando tudo parece bem. Jesus não é um médico em que você vai quando fica doente. Jesus é um ESTILO DE VIDA. O dever de sentar-se é PCE exemplar nesse sentido. É errado pensar que o dever de sentar-se só é necessário quando há incômodos por parte de algum cônjuge. Seria como pensar que um time de basquete só deve treinar quando perde um jogo. Pelo contrário, é exatamente quando está tudo bem que o dever de sentar-se e todos os outros PCEs serão mais importantes para o desenvolvimento espiritual do marido e da mulher. Daiane e João Flávio Eq.15C- N. S. Aparecida Belo Horizonte-MG 31
Partilha e Pontos Concretos de Esforço
JOVENS CASAIS E OS PCE
PCE na prática Em nosso primeiro retiro tínhamos pouco tempo de equipe e estávamos muito animados com todas as novidades e maravilhas que o Movimento nos apresentava nesse primeiro ano. Nosso chamado foi para recompletar uma equipe que, na época, estava com apenas três casais. Confessamos que até o dia do retiro, a vivência de alguns PCEs ainda era algo um pouco abstrato para nós. Em alguns casos duvidávamos até da real necessidade. Porém nesse dia fomos apresentados na prática e não só na teoria - a todos eles. Através de uma dinâmica simples, elaborada pelo SCE do setor na época, Padre Sérgio, fomos chamados a dialogar sobre algum problema que estivesse prejudicando nosso matrimônio e nosso crescimento espiritual; e materializar em algo escrito que seria guardado em uma caixinha de papel para ser apresentada aos pés de nosso Senhor. Escutamos uma Palavra apropriada, meditamos, oramos e conver-
samos. Identificamos algo que nos atrapalhava muito e não estávamos conseguindo vencer. Fomos orientados em como deveríamos transformar aquilo em uma regra de vida. Tivemos verdadeira fé que, a partir daquele dia, com seriedade e perseverança, poderíamos superar esse obstáculo. Em pouco tempo começamos a sentir os benefícios na nossa vida conjugal. Passamos a ter mais paciência um com o outro e modificamos a forma de encarar os problemas e desavenças. Amadurecemos muito nesse ponto e hoje, quase dez anos depois, conseguimos ver como nos modificou para melhor. Somos gratos a Deus por nos ter aberto a mente, o coração e o espírito, num só dia, às maravilhas dos PCEs. Especialmente o retiro e a regra de vida. O Senhor nos toca na simplicidade! Mônica e André - CRS Eq.07 - N.S. da Luz Magé-RJ
APRENDER A SILENCIAR Note como Deus fez a natureza silenciosa, calma e produtiva. Não sentimos e nem vemos a planta crescer, mas cresce sem cessar. Uma floresta inteira cresce sem fazer barulho. É no silêncio que a natureza produz suas maravilhas: a flor que se abre, a borboleta que deixa o casulo, a fruta que amadurece, a criança que se desenvolve, as trilhões de es32
trelas que brilham… A natureza não tem pressa. Tudo acontece no silêncio, como numa bela sinfonia. É por causa do silêncio que tudo existe: a música surge do silêncio; a arte nasce dele; a inspiração, a poesia e a bela música, surgem no silêncio; nós a escutamos porque fazemos silêncio; e ela vai além de CM 490
nós. Onde cessa a fala começa a música. Quem se arrisca a falar sem aprender no silêncio, se arrisca a ensinar coisas erradas. O autor da “Imitação de Cristo”, o monge Thomas de Kemphis, disse que “ninguém fala com segurança, senão quem sabe se calar.” A sabedoria nos vem da meditação e da oração, e essas duas realidades só podem acontecer no silêncio. O silêncio dos homens às vezes está mais perto da verdade do que suas palavras. Os homens se gastam tanto em palavras que não entendem o silêncio de Deus. É na medida que a alma recebe no silêncio, que ela dá na atividade. Madre Teresa de Calcutá disse que: “Quanto mais recebermos do silêncio da oração, mais nos entregamos a uma vida ativa. Temos necessidade do silêncio para tocar as almas.” O religioso que não aprendeu a silenciar, meditar e rezar, acaba caindo no ativismo doentio e frustrante. Ele pode até semear com abundância, mas a semente é estéril, não germina. É tão rara a paz divina nos corações dos homens porque não sabem encontrar-se com Deus na própria alma, em silêncio. E ninguém toca os corações dos homens e os enriquece sem primeiro abastecer-se a si mesmo, por uma vida interior em Deus, no silêncio. Para serem ajudados espiritualmente, os homens não CM 490
precisam de simples homens, mas de “homens de Deus”. Somente aqueles que são fortes pelo contato com o “Hóspede da alma” podem ir sem receio e firmes ao encontro das criaturas para socorrê-las, nos ensina Raul Plus. O amor se exprime mais pelo silêncio do que pelas palavras. É sabedoria saber se calar até o tempo certo de falar. André Maurois disse que os homens temem o silêncio como temem a solidão, porque ambos lhes dão uma visão do terrível vazio da vida. Mas esse vazio só pode ser preenchido quando, no silêncio e na meditação, encontramos a sua causa e nos fortalecemos para superá-lo. Ele é o remédio que o homem moderno não compra nas farmácias. Muitos se agitam no mundo e quebram o precioso silêncio. Pois bem, há um provérbio alemão que diz que: “A melhor resposta à cólera é o silêncio”. Voltaire avisava aos cortesãos do rei francês que “na corte, a arte mais importante não é a de falar bem, mas a de saber calar-se.” O fato de o silêncio ser de ouro explica por que ele é tão raro. A Palavra de Deus diz que: “Há quem se cala por não saber falar, e há quem se cala porque reconhece quando é tempo de falar” (Eclo 20,6). Prof. Felipe Aquino Donizeti da Silvia Eq.07 - N. S. Madre de Deus Mogi das Cruzes-SP 33
Reflexão
É preciso dialogar Reflitamos sobre a importância de estarmos atentos ao outro, no modo de agir e falar, mas que deixamos na maioria das vezes de fazer, porque esbarramos na velha desculpa do corre-corre da vida, que nos tira atos básicos como acordar e olhar para o outro ao nosso lado, dar um beijo, um abraço, um sorriso, ou somente o de falar um “bom dia”. Se não prestamos atenção nestas pequenas ações, a vida passa rapidamente e deixamos de dar importância aos gestos e olhares de nosso cônjuge, e com o tempo deixamos de perceber o que o outro possa estar sentindo. Confundimos momentos de tristeza do outro com aspereza, e momentos de alegria com pouco caso do outro. Conversar, falar do que sentimos nunca é demasiado. Independentemente do nosso tempo de convivência, um ano ou trinta anos, precisamos estar sempre atentos ao outro, pois é preciso carinho e atenção – quem não precisa? Para isto, nos são apresentadas regras bem simples: o dever de sentar-se – um dos pontos concreto de esforço, e porque o dever? Para não tornarmos nosso diálogo um hábito rotineiro, sem importância. Marcar um encontro, a princípio pode-se pensar: banal! Mas devemos assumir como um compromisso e refletir: Gostamos 34
de estar juntos e de acolher o outro? Gostamos de falar e de ouvir um ao outro? Marquemos este encontro e, perante Deus, coloquemos nossos problemas, nossas desavenças, abramos nossos corações e deixemos que o Espírito Santo aja sobre nós e conduza esse diálogo. De preferência, escolhamos um local onde não possamos ser incomodados, desliguemos nossos celulares, este momento é só nosso. O motivo? Evitar uma tormenta, o estouro de uma crise caso isto já possa estar ocorrendo. Coloquemo-nos diante de Deus, e humildemente reconheçamos nossas faltas, nossa impotência diante dos problemas que se apresentam. Sem acusações, esforcemo-nos para ouvir, falar, aceitar e perdoar - sejamos humildes. A vida é feita de pequenos trajetos. Nem sempre sabemos o caminho. É preciso parar, perguntar e seguir em frente. Às vezes, procuramos motivos para uma regra de vida, esta passou um dia a fazer parte da nossa vida, do nosso mês, dialogar para não estarmos distantes. “Ó Tu, que habitas no fundo do meu coração, eu me ofereço a ti, no fundo do meu coração.” (Padre Caffarel) Leila e Fernando CRR Rio II CM 490
COMO ESTÁ MINHA FÉ? Gostaria de partilhar um sentimento muito forte, fruto de uma experiência vivida na reunião mensal do mês de março, cujo tema foi o capítulo “2ª Reunião – Reunidos em Nome de Cristo” do livro: Reunião de Equipe – Tema de Estudo, o qual as ENS em formação inicial devem estudar. Durante a semana anterior à reunião mensal, nosso SCE Pe. Quefren nos mandou mensagens informando que receberíamos uma visita especial na reunião, um convidado ilustre, o que despertou a curiosidade de todos os casais. Os integrantes da equipe se manifestaram questionando quem seria, o padre fez mistério e desconversou dizendo que tinha certeza que todos gostariam da visita, porém sem dar pistas de quem seria. Pensamos que era o casal ligação ou o casal CRS. No sábado, dia da reunião, quando chegamos descobrimos que a visita era o próprio Jesus. Realmente foi uma surpresa, sentimos uma paz incrível, uma “formalidade espiritual” que encheu os corações dos casais presentes. O padre informou que seria uma reunião um pouco diferente. Foi feita a acolhida, a aclamação, a escuta da Palavra e logo em seguida ele informou que as preces espontâneas não seriam feitas como de costume, com o crucifixo passado de mão em mão, e sim com o Cristo em nossas mãos. Conforme Ele pasCM 490
sava de mão em mão, notei semblantes alegres e olhos cheios de lágrimas, não de tristeza, mas de muita alegria por estarmos tão perto dAquele que cura tudo, pode tudo, é tudo e salva a todos que estão dispostos a segui-lo. Todos estavam emocionados ao fazerem suas preces e agradecimentos, algumas delas, não ditas, feitas do nosso coração para o dEle, ao final, todos estavam com feições mais leves e alegres. Depois fizemos um momento de perdão e cura em casal e finalmente todos comungaram. Realmente nosso SCE estava inspirado pelo Espírito Santo. Após este momento, uma dúvida me veio à mente e pedi para partilhar com a equipe: por que nossa reunião foi tão carregada de espiritualidade e nossas preces espontâneas foram tão fortes e significativas, cheias de emoção e entrega? Será que foi porque Nosso Senhor estava fisicamente presente na Partícula Consagrada? Mas Ele mesmo disse que “onde dois ou três estão reunidos em Meu nome aí estou no meio deles” (Mt 18,20). Então, o que houve? Na minha mente a resposta surgiu como um puxão de orelha! Onde está a sua fé? Fé é acreditar naquilo que não se vê, portanto minha fé se demonstrou fraca, pois em todas as reuniões anteriores Ele estava comigo e eu não O senti como senti 35
naquele momento. Por isso gostaria de partilhar com os irmãos equipistas, para que esse deslize não ocorra com vocês. Peço perdão a Deus e ao mesmo tempo agradeço por Ele acreditar que
posso ser salvo pela sua misericórdia. Maril e Luciano Eq.13 - N. S. do Carmo Aracaju-SE
O amor e os sentidos
Outro dia parei para pensar na resposta que nossa filha do meio deu a uma pergunta minha: “Filha, porque você gosta tanto da cama da mamãe?” Ela respondeu, com a naturalidade e inocência de uma criança de três anos: “Porque tem cheirinho de papai e mamãe!”. Cheguei à conclusão de que o amor tem cheiro, tem gosto, é palpável, é visível, tem som; é pra ser vivido com os cinco sentidos! Quem não se lembra do sabor daquela comida da avó, da mãe? Qual tempero é usado em maior quantidade que a deixa tão gostosa? O amor. Por que a música que foi tema 36
do casal na juventude ainda aquece o coração? Por que sentimos o cheiro da pessoa amada de longe? Na família também é assim: o amor, para ser pleno, é vivido, partilhado, conhecido, acariciado com todos os sentidos. Já parou para refletir sobre isto? Qual cheiro traz seu leito hoje? Que sabores tem oferecido aos seus? Quais sons são ouvidos no seu lar? Que atitudes têm sido vistas no seio familiar, que toques têm ocorrido? Se tudo isso foi feito com amor, tudo é justificável, é edificante e agradável a Deus. Luciana e Danilo Eq.03 - N. S. Aparecida Monte Alegre de Minas-MG CM 490
“O Caminhar com Cristo” Como é difícil a caminhada da vida com Deus! Muitos desistem pelo meio do caminho. Muitos são vencidos pelos apelos do mundo. É preciso que saibamos que o caminhar com Deus não nos deixa imunes, tão pouco a salvo, de nossas cruzes. Mas, com certeza, a presença de Deus em nossas vidas nos faz muito mais fortes para podermos transformar aquilo que pode ser transformado e aceitar o que não podemos mudar. Isso tudo faz parte de um emaranhado de escolhas que fazemos no decorrer de nossa existência, muitas vezes na tentativa de driblar sofrimentos. Imagine como seria nossa vida se Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, não nos protegesse! Se Nossa Senhora não intercedesse por nós junto ao Pai! Nossa caminhada, que já é árdua, seria ainda mais difícil. A única certeza que devemos ter é que, caminhando com Deus, ainda que tenhamos quedas, lutas e perdas, seremos vencedores. Se mantivermos nossa tranquilidade e serenidade, de repente receberemos um sinal. É Deus agindo. Amar a Deus e segui-lo muda a forma de vivenciarmos nossas aflições e tristezas. O afastamento de Deus é um dos maiores pecados que o cristão pode cometer! Sabemos que a natureza humana nos impulsiona a sermos imeCM 490
diatistas e buscarmos caminhos mais fáceis, nos quais os resultados são mais rápidos, mas sem durabilidade. E por vezes escolhemos ser do mundo, nos afastando do caminhar com Deus. No mundo temos ilusões de felicidade, amor, paz e justiça. No lugar da felicidade, o mundo nos oferece momentos felizes que se vão com a mesma intensidade com que chegaram. Ao invés de amor, o mundo proporciona paixão, que dura pouco, fica só por um dia. E você pode se perguntar: e a paz e a justiça, essas duas últimas o mundo pode nos dar? Não, porque a verdadeira paz e justiça vêm do amor de Deus por nós! O que Deus te oferece é um reino de paz, justiça, alegria e amor. Não um amor com data de vencimento. Mas um amor incondicional de doação. Essa é a vida que Deus nos oferece se nós decidirmos segui-lo. “Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1,12). Reconheçamos que somos filhos de Deus e saibamos, com seus ensinamentos, discernir os sinais dos tempos, para que cumpramos a tarefa de ousar o Evangelho. Magnificat! Cristiane e Fábio Eq.13A – N. S. da Alegria Belém-PA 37
Formação
VIVER OS PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO A palavra “concreto” define ação e a palavra “esforço” solicita discernimento, criatividade e perseverança. Os PCEs não devem ser vistos como imposição, mas como oportunidade de crescimento pessoal e conjugal que abrange todo o nosso ser. São atitudes a despertar e não “coisas” a cumprir num caminho de conversão que, pouco a pouco, vai transformando nossa vida. Esses são pontos que nos oferecem os meios mais adequados para realizar um verdadeiro encontro com o Senhor (Mística dos PCE e Partilha-Álvaro e Mercedes Gomes). Eles são 06: Escuta da Palavra, Meditação, Regra de Vida, Oração Conjugal, Dever de Sentar-se e Retiro. Dos 05 momentos da REUNIÃO MENSAL os PCEs têm um momento só para eles e se chama PARTILHA DOS PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO.É um tempo forte em que nos responsabilizamos e ajudamos mutuamente na busca das três atitudes que assimilamos na pilotagem e que são a base dos Pontos Concretos de Esforço: - busca assídua da vontade de Deus; - busca da verdade sobre nós mesmos; - experiência do encontro e da comunhão. Os PCEs culminam em ações, mudanças e transformações. É o ponto de partida e caminho de conversão. O processo de conversão 38
acontece quando saímos da infantilidade e atingimos a maturidade. Se isso não acontece fica impossível assumir o outro em si mesmo. Fica impossível viver o Cristo no esposo ou esposa. A espiritualidade conjugal é a experiência de DEUS que fazemos. Começa com a primeira pessoa indo para o outro. Para que possamos viver a Espiritualidade Conjugal é preciso começar por nós. Ninguém pode fazê-lo por nós. Daí parte a Palavra, escutar com assiduidade A PALAVRA DE DEUS. Aquilo que Deus fala para mim, eu esvazio de mim mesmo e ELE vem. Meditação: eu e Deus dialogando, encontro e conversa. É quando eu entro em cena. Já não só escuto o que Ele tem a me dizer, mas falo para Ele. Regra de Vida: o meu propósito de ser uma pessoa melhor, progredir na direção de um crescimento espiritual e humano. Oração Conjugal rezar juntos um pelo outro todos os dias, renovação do seu SIM a Deus. Dever de sentar-se é o diálogo a três. A cada mês é um tempo de verdadeiro diálogo conjugal, sincero sob o olhar do Senhor num ambiente tranquilo. Não é um ajuste de contas. O dever de sentar-se mantém vivo o amor e evita a rotina de nossa vida de casal. Retiro. O retiro é o momento de silêncio, revisão, fixação e determinação. Ele propicia as diretriCM 490
zes da vida espiritual ao longo do ano. A cada ano somos convidados a escutar a Deus e a buscar qual o plano Dele para nós, casal. Os PCEs são os meios propostos pelas ENS que nos levam a fazer uma experiência de amor, a mergulhar intensamente. O que é o amor? O amor é quando saímos de nós mesmos e vamos em direção ao ou-
tro. Vamos para o cônjuge, vamos para os filhos, comunidade e igreja. Os PCEs nos propiciam um amor encorajado e que progride. Além disso, revelam nas nossas vidas a presença de Deus. Fomos criados para amar! Este é o convite! Elaine e Waldeir Eq.06 - N. S. do Carmo Belo Horizonte-MG
COPARTICIPAÇÃO
Um processo em evolução Documento ENS: A Coparticipaçãpo / 1995
Embora a separação entre Partilha e Coparticipação só tenha ocorrido nas modificações introduzidas nos Estatutos em 1972, o espírito que norteia a Coparticipação está presente desde as primeiras equipes, na França. É o próprio Pe. Caffarel que escreve acerca dos primeiros tempos no Movimento (1938 a 1945). “Há uma segunda área onde se manifesta um aprofundamento nesses anos: a amizade entre os casais. Favorecida pela alegria das descobertas feitas em comum, a amizade tinha nascido esponta-neamente no seio do primeiro grupo. No clima grave dos anos de guerra, ela descobriu em maior profundidade as exigências da caridade de Cristo. A cruz está presente no lar dos casais daqueles primeiros anos. Assim, o aspecto terceiro do título Cooperação, no capítulo dos Estatutos, que trata da Mística das Equipes, assim se expressa: “Não seria ilusório pretender ajudar os amigos a levarem uma vida espiritual, sem auxiliá-los primeiramente a superar as próprias preocupações e dificuldades? É por isso que os casais das ENS praticam largamente o auxílio mútuo, tanto no CM 490
plano material como no plano moral, obedientes ao ensinamento de S. Paulo: carregai os fardos uns dos outros... Esforçam-se, portanto, em satisfazer à quádrupla exigência da amizade fraterna; dar, receber (é mais difícil do que dar), pedir (é ainda mais difícil), saber recusar (a simplicidade em pedir não pode existir onde não haja a simplicidade em recusar o serviço pedido, quando este não puder ser prestado sem uma dificuldade excessiva)”. Por ocasião da Segunda Inspiração, surge mais fortemente o caráter de comunidade de fé das E.N.S. e somos então convocados a vivermos profundamente o encontro e a comunhão. “A própria palavra ‘comunhão’ já indica que não se trata de atingir um determinado nível de perfeição, mas que cada casal, em união com os demais, se integra num processo vivo e dinâmico, visando reconciliar o que está dividido, aproximar o que está afastado, fortalecer o que está inacabado, realizar uma tarefa comum no contexto do amor fraterno que nos une a Cristo” 39
3o Encontro Nacional
ENCONTRO DE ALEGRIA!
Caríssimos irmãos, estamos a poucos dias do início do 3º Encontro Nacional em Aparecida! Deus seja louvado! Não vemos a hora de nos encontrar com todos vocês que lá estarão, e celebrarmos juntos a vida da família, fazendo a experiência da unidade e da comunhão. Sem dúvida, será uma grande festa! Desde o início da preparação do 3o E.N., diversas comissões de casais equipistas se esmeraram em preparar tudo com muito carinho, para que o 3o Encontro Nacional acontecesse da melhor forma possível: equipes da hospedagem, de transporte, de traslados, da acolhida, da alimentação, secretaria, financeiro, apresentação, animação, comunicação... E lá se foram dois anos de intensos trabalhos, com muita oração para perceber em tudo a vontade de Deus. Agora chegou a hora de arrumarmos as malas e com muita animação desfrutar de tudo o que Deus preparou para nós! E o que devemos levar para Aparecida? Sugerimos que em nossas malas coloquemos muita alegria, entusiasmo, abertura de coração, desejo de crescer, muitos abraços para serem distribuídos, sorrisos, disposição para 40
o encontro com os irmãos etc, etc. Será que vai caber tudo nas malas? Tomara que sim! Se for possível, levemos também algumas lembrancinhas de nossas regiões para serem trocadas com casais de outras localidades durante os intervalos de refeições e lanches – como é gostoso conhecer irmãos equipistas de outros lugares, parece até que somos velhos amigos de muitos anos... É a nossa “identidade equipista”! O Tema do Encontro é maravilhoso: “Matrimônio Cristão: Festa da Alegria e do Amor Conjugal”. De fato, o que celebraremos no 3o Encontro Nacional será apenas uma pequena imagem do nosso matrimônio quando celebramos a vida, quando vivemos a comunhão no dia a dia, ou a partilha, a doação, o serviço, o diálogo... o amor! E a festa? A festa em nossas vidas de casais cristãos é o prenúncio das Bodas do Cordeiro com a sua Igreja, quando todos nós seremos recebidos em Sua glória para a grande festa que não terá fim. Por isso somos alegres, por isso festejamos, por isso “fazemos tudo o Ele nos pede”, porque somos o Seu povo e Ele é o nosso Deus. “Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21,3). Nosso coração está muito feliz! Nosso coração exulta em Deus nosso Salvador! Ele fará em todos nós grandes coisas! Aleluia! Nena e Ronaldo Pedroso CC de Animação CM 490
o logo e o hino do 3o encontro Queridos Equipistas, Faltam poucos dias para o 3º Encontro Nacional em Aparecida. Começamos devagar, chamando companheiros, construindo o caminho. Logo a visão clareou e as comissões de serviços se envolveram nas atividades, cores, sons, nomes. Nesta caminhada, dois signos se destacaram: a Logomarca e o Hino. Ganharam identidade, projeção e são reconhecidos por muitos. Para a logomarca foi elaborado um concurso que contou com participantes de todas as Províncias. Num Encontro dos Casais Regionais em Itaici/SP, em agosto/2013, foi realizada uma eleição e a logomarca vencedora foi a do casal Eliana e David Yang, de SP Capital. Eles contaram que elaboraram e enviaram a proposta no final do prazo de entrega. E foi a eleita. Quanto ao Hino, foram convidados alguns casais equipistas
Logo - Eliana e David Yang, Eq.16D - N. S. Medjugorje São Paulo-SP
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com o dom da música. Uma comissão formada por equipistas ligados à música analisaram as contribuições. A escolhida foi a composição da Equipe 14 A Nossa Senhora Serva, de Jundiaí/ SP. A música é do Edison e a letra fizeram todos juntos; arranjo do maestro Júlio Ricarte do PEMSA (Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida), cuja orquestra estará na Abertura do Encontro. No site www.ensaparecida2015.com.br você encontra a letra e ouve a interpretação da Equipe acompanhada do violão e da orquestra do PEMSA. Agradecemos a Deus por estes irmãos que foram dóceis ao Espírito Santo e deram vida a estes signos que representarão um momento tão importante: encontro da família equipista no Santuário Nacional de Aparecida/SP. Vera e Renato CC do 3o Encontro Nacional das ENS
Hino Eq.14A - N. S. Serva Jundiaí-SP
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TRÍDUO PREPARATÓRIO PARA O 3o ENCONTRO NACIONAL DAS ENS DO BRASIL 3º Dia: FAZER O MUNDO NOVO DO AMOR E DA PAZ 1. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. – Menos de um mês e começará o 3o Encontro Nacional das ENS no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Neste momento de reflexão, oração e partilha, queremos preparar-nos para esse momento de graça. O casal é amado, escolhido e enviado por Deus para levar ao mundo uma mensagem de vida, amor e esperança. Deve revigorar o dom recebido para fazer de seu matrimônio um motivo de alegria para todos. 2. Canto de abertura1: Grava-me Grava-me como um selo em teu coração Grava-me com o selo da graça que é força e palavra em teu coração. Grava-me com o amor que não passa de graça em graça E se faz doação. Refrão: Grava-me com o selo do amor, que é mais forte que a morte Em teu peito, Senhor (bis). Grava-me como um selo em teu
braço, Senhor. Grava-me com uma seta afiada que fica cravada na alma a dor Grava-me em tua mão delicada que deixa inflamado o meu coração. (Pe. Joãozinho) 3. Leitura do Livro de Tobias, dos capítulos 7 e 8: “ 12 Raguel chamou sua filha Sara e, quando ela se apresentou, tomou-a pela mão e entregou-a a Tobias, dizendo: “Recebe-a, pois ela te é dada por esposa, segundo a lei e a sentença escrita no livro de Moisés. Toma-a e leva-a sã e salva para a casa de teu pai. E que o Deus do céu vos dê boa viagem e a paz”. Chamou depois a mãe da moça e mandou que trouxesse uma folha de papiro, e redigiu o documento do matrimônio, pelo qual dava a Tobias sua filha por esposa, conforme a sentença da Lei de Moisés. Depois disso começaram a comer e a beber. Raguel chamou sua mulher Edna e disse-lhe: “Irmã, prepara o outro quarto e leva Sara para lá”. (...) 1 Quando acabaram de comer e beber, decidiram ir dormir; conduziram, pois, o jovem e o introduziram no aposento. (...) Entretanto, os pais haviam sa-
1 Os cantos sugeridos podem ser trocados conforme as preferências dos particulares
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ído e fechado a porta do quarto. Então Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: “Levanta-te, minha irmã! Rezemos e peçamos a nosso Senhor que tenha compaixão de nós e nos salve”. Ela se levantou e começaram a rezar e a pedir para obterem a salvação. E começaram a dizer: “Bendito sejais, Deus de nossos pais, e bendito seja vosso nome por todos os séculos dos séculos! Bendigam-vos os céus e vossa criação inteira em todos os séculos! Vós criastes Adão e criastes Eva, sua mulher, para ser sua ajuda e amparo, e de ambos nasceu o gênero humano. Vós mesmo dissestes: ‘Não é bom que o homem fique só: façamos-lhe uma ajuda semelhante a ele’. E agora, não é por luxúria que tomo esta minha irmã, mas com reta intenção. Dignai-vos ter piedade de mim e dela e conduzirnos juntos a uma idade avançada! E disseram em coro: Amém! Amém!” E dormiram a noite toda.” 4. Refletir Na imaginosa narrativa bíblica, Tobit e Ana, Raguel e Edna eram dois piedosos casais levados para longe da pátria. Duas famílias vítimas da violência, da guerra, da pobreza e do sofrimento. Sabiam o que era sofrer, e só com muita fé podiam olhar para o futuro. A resposta de Deus foi o amor. O amor CM 490
que vigiava no coração de Sara, e o amor que brilhou nos olhos de Tobias quando a viu. A vida de todos foi diferente depois que se encontraram. No querer de Deus é sempre assim que acontece quando o amor une uma mulher e um homem. É como se o mundo voltasse ao começo, e Adão e Eva se vissem pela primeira vez, e como quando o mundo renascia renovado do dilúvio. Amar é recomeçar sempre de novo a construir o mundo dos homens, a reescrever o poema imaginado por Deus. É tecer na trama da vida uma aventura única, só deles, entrelaçando alegrias e dores, descobertas e perdas. De novo Adão e Eva se unem, não só para tentar a felicidade possível como casal e como família, mas também para obedecer ao “sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28), gerando humanidade nova de mais amor e mais união. Como será bom quando houver uma floração de casais como Sara e Tobias, comprometidos com o amor e dispostos a gerar um mundo novo. Ou melhor: um mundo novo já está renascendo porque há tantos Sara e Tobias. Já vemos tantos casais que não se deixam vencer pelo exílio de um ambiente desfavorável, mas acreditam na proposta de Deus e têm coragem de amar sem limites. Não são ingênuos, mas sabem que sua fidelidade ao amor pode garantir para o mundo um futuro melhor. É isso. O futuro será melhor porque há tantos casais que veem 43
o casamento como “Festa da alegria e do amor conjugal”. Estão prontos a seguir as propostas de Jesus, fazendo tudo que ele lhes diz, prontos a ir pelo mundo levando as talhas que encheram com o vinho generoso do amor que encontraram.2 • Olhando para o passado, até hoje, como Deus foi tramando sua história de amor? • Depois desses anos vividos no casamento, que mensagem vocês podem transmitir? • O casamento deve tê-los feito mais santos e mais sábios. Então, como podem ajudar os casais de seu ambiente? • Vocês são felizes no casamento. Como podem fazer que o mundo acredite que “o matrimônio cristão é festa da alegria e do amor conjugal”? 5. Canto de meditação: Como vai ser nossa festa? Como vai ser? Nossa festa não pode seguir: Tarde demais para buscar outro vinho e servir. Refrão: Em meio a todo sobressalto, é Maria quem sabe lembrar: Se meu Filho está presente, nada pode faltar! (bis) Mas que fazer? Se tem água tem vinho também. Basta um sinal e em Caná, quem provou: tudo bem! Como não crer? A alegria da vida
nos vem quando os irmãos põem à mesa seus dons e o que têm. 6. Abrir-se − Como o casamento ajudou você a crescer como pessoa? − Como o casamento ajudou você a crescer na vida cristã? − Como o casal está ajudando outros casais, principalmente os mais necessitados de apoio? − Até onde vai seu comprometimento com as propostas das Equipes de Nossa Senhora?
7. Orar Vamos agora responder a Deus numa oração espontânea, pedindo-lhe também pelo bom êxito do 3o Encontro Nacional das ENS no Brasil. Sinta-se à vontade para abrir seu coração. − Se vocês fossem Sara e Tobias, ou Edna e Raguel, ou Ana e Tobit, que vocês diriam a Deus, quais seriam seus pedidos? − Olhem para tantos casais a seu redor, jovens ou idosos, vejam sua felicidade e suas lutas. Agradeçam e peçam por eles. − Orem pelos casais que ainda não descobriram a felicidade do amor que tudo perdoa. − Orem pelos que gostariam de se ter casado, mas não o puderam fazer. − Orem pelo que assumiram a vida no amor celibatário. − Peçam que Deus os ajude a mos-
2 Questões e sugestões: aproveitem as que lhes parecerem mais adequadas à sua realidade.
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trar a todos como é bom o matrimônio. 8. Conversar − Partilhem informações e comunicados referentes ao Encontro. − Partilhem textos, fotos, vídeos, sites etc. sobre o encontro futuro e os passados. − Como poderão ajudar os que irão a Aparecida? − Relembrem o conteúdo dos dois encontros anteriores, Brasília e Florianópolis. 9. Oração pelo bom êxito do 3º Encontro Nacional das ENS Senhor nosso Deus, abençoai o 3 o Encontro Nacional de nossas Equipes. Somos casais que querem chegar à felicidade e à perfeição pela vivência do amor conjugal, da paternidade e da maternidade. Esperamos que esse encontro seja um momento forte de nossa caminhada, mesmo para os casais que não puderem estar em Aparecida. Ajudai-nos, para que sejamos casais peregrinos, desalojados, a caminho de rumos novos que nos apontais. Reunidos na casa de Maria, mãe de Jesus e esposa de José, queremos retomar alento para a caminhada, agradecer o amor que nos destes, alegrar-nos por ser homens e mulheres que se amam, cantar vossas bondades, renovar nossas esperanças, e ajudar todos a perceber que nos dais o casamento como caminho de felicidade e realização. CM 490
É o que vos pedimos por Cristo, vosso Filho, pela intercessão de Maria, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. 10. Canto Final: Magnificat O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome! A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador! Por que olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita! O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome! Seu amor para sempre se estende, sobre aqueles que o temem! Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos; derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada. Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre Amém! O poderoso fez em mim maravilhas e Santo é o seu nome!
Colaboração Padre Flávio Cavalca 45
Notícias
BODAS DE OURO Marina e Titinho Essa data tem que ser comemorada; afinal de contas, são 50 anos de amor, cumplicidade, respeito e batalhas. Este é um casal muito querido nas ENS, exemplo para todos os casais que convivem com eles. Marina e Titinho integram a Equipe 10-Nossa Senhora da Conceição, em Teresópolis. A eles nosso carinho. (Iensuny e Francisco - CRS Teresópolis - Teresópolis-RJ)
Netinha e Cesário Em 21/02/2015 Eq. 01B - Imaculado Coração de Maria Natal-RN
Heloísa Helena e João Maurício Em 21 de abril de 2015 - 43 anos de ENS “O Senhor fez em nós maravilhas”! Obrigado Senhor! Obrigado Conselheiros e irmãos equipistas que nos deram as mãos nesta caminhada. Equipe 5, N. S. da Paz Guaratinguetá-SP
BODAS DE PRATA Cristina e Antônio Integrantes da Eq.17 – Nossa Senhora da Conceição, de Aracaju, celebraram 25 anos de Matrimônio. A comemoração ocorreu na Missa de Abertura do Pós-EACRE do Setor A de Aracaju, na Capela do Colégio Arquidiocesano, no dia 01 de março de 2015, presidida pelo Pe. Anderlan, SCE do Setor. (Noélia e Francisco - CR Setor A - Aracaju-SE) 46
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Vanilde e Amintas Em 27/07/2015 Eq. 02 – N. S. Aparecida Nossa Senhora Aparecida-SE Ana e Djalma Em 23 de dezembro de 2014 e com as bênçãos de Deus, comemoraram seus 25 anos de casados. Eles fazem parte da Eq.01 - N. S. das Graças. Na ocasião, o SCE Pe. João Paulo presidiu a Missa e renovaram a sua aliança de amor com Cristo. Toda a equipe esteve presente e – como sempre – muito alegres, brindaram o casal com um saboroso jantar. Somos gratos a Deus por vivenciarmos momentos tão bonitos em nossa Equipe. (Suzete e Otoniel - Eq.01 - N. S. das Graças - Pesqueira-PE)
JUBILEU DE OURO SACERDOTAL Frei Eduardo Quirino Oliveira-OP No dia 08 de abril, completou 80 anos de idade, 50 anos de Sacerdócio e 43 anos na Eq. 04B, na região SP Capital 1. Agradecemos sua vida de dedicação ao sacerdócio. Deus continue abençoando-o! (Rachel e Fernando - CR Região São Paulo – Capital 1) Pe. Ângelo Galatto, Em 11/07/2015 SCE das Eq.01A e 05B de Criciúma-SC
JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL Pe. Vilmar Vicente, Natural de Florianópolis, celebra seu jubileu de prata de sacerdócio no dia 30/06/2015. SCE das Equipes de N. S. de Fátima (Setor B) e N. S. do Rosário (Setor A), ambas de Florianópolis, entrou para o Movimento em 2012. Tem sua vida sacerdotal pautada na formação de novos padres (atualmente é diretor administrativo da Faculdade Católica de Santa Catarina - FACASC) e na valoriação da família e do matrimônio. No último dia 23/03, por ocasião das comemorações do aniversário de sua cidade natal, em homenagem prestada pela Câmara de Vereadores, CM 490
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Pe. Vilmar foi condecorado com as medalhas Francisco Dias Velho e Virgílio Várzea, em reconhecimento aos seus 25 anos de sacerdócio e serviços prestados à educação e à evangelização. Agradecemos ao Pe. Vilmar sua dedicação e pedimos a Deus que continue abençoando seu sacerdócio. (Andréea e Julio - CR Setor B - Florianópolis-SC)
ORDENAÇÃO PRESBITERAL Flávio Pereira, Hachid Ilo, José Jorge Santos, Tiago de Macêdo e Tobias Glêriston
No dia 28.08.14, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em Campina Grande-PB, foram ordenados presbíteros, pela imposição das mãos de sua Excelência Reverendíssima Dom Frei Manuel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap, Bispo da Diocese de Campina Grande, os Diáconos e Acompanhantes Espirituais Temporários (na foto, da esquerda para direita): Hachid ILo (Equipe 4), Tiago de Macêdo (Experiência Comunitária), José Jorge (Equipe 11), Flávio Pereira (Equipe 6) e Tobias Glêriston (Acompanhante Espiritual de uma EJNS). Todos os equipistas do Setor Campina Grande saúdam, com alegria, os novos sacerdotes da nossa Igreja, que, com tanto amor e dedicação, têm contribuído com as ENS e EJNS em nossa cidade. Que o Senhor torne fecunda a vocação desses nossos irmãos.
VOLTA AO PAI Cecília (do Armando), em 08/02/2015 Integrava a Eq.1A - N. S. do Sim São Paulo/SP
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Meditando em Equipe ELE ESTÁ PARA FICAR ENTRE NÓS Em 4 de junho temos o dia de Corpus Christi, como se diz tradicionalmente em latim. Celebramos um aspecto particular da Eucaristia: a presença real de Jesus, não só no momento da Missa, mas também depois. Vejamos o Evangelho: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: ‘Tomai, isto é o meu corpo’. Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. Jesus disselhes: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus’. Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.” (Mc 14,22-26)
Reflexão
Jesus ressuscitado continuava e continua realmente presente entre seus discípulos de outrora, e entre nós agora. Quando, porém, Jesus se mostrava aos discípulos, conversava com eles e permitia que o tocassem, ele estava presente de maneira especial entre eles. Assim também hoje, o Jesus que está sempre realmente entre nós está também realmente presente de um modo especial na Eucaristia. Não estamos diante de uma ideia, de uma imagem ou de apenas uma lembrança, mas de uma pessoa. − Que significado tem para você a presença de Jesus na Eucaristia? − Como isso influencia sua maneira de ser e de orar? − Como poderá aprofundar seu relacionamento com Jesus?
Oração Litúrgica (Hino das Primeiras Vésperas da Festa)
Vamos todos louvar juntos o mistério do amor, pois o preço deste mundo foi o sangue redentor, recebido de Maria, que nos deu o Salvador.
Observando a Lei mosaica, se reuniu com os irmãos. Era noite. Despedida. Numa ceia-refeição. Deu-se aos doze em alimento, pelas suas próprias mãos.
Tão sublime sacramento adoremos neste altar, pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar. Venha a fé por suplemento os sentidos completar.
Veio ao mundo por Maria, foi por nós que ele nasceu. Ensinou sua doutrina, com os homens conviveu. No final de sua vida, um presente ele nos deu.
A Palavra do Deus vivo transformou o vinho e o pão no seu sangue e no seu corpo para a nossa salvação. O milagre nós não vemos, basta a fé no coração.
Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador. Ao Espírito exaltemos, na Trindade, eterno amor. Ao Deus Uno e Trino demos a alegria do louvor.
Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal
VENHA PARTICIPAR Santuário Nacional Basílica
Santuário Nacional Tribuna Bento XVI
Celebração Eucarística presidida pelo Cardeal dom Raymundo Damasceno Assis - Arcebispo de Aparecida (SP)
Terço Luminoso – saída do Centro de Eventos Pe Vitor Coelho de Almeida. Traga sua vela.
*01 de julho (quarta feira) – 09h00 01 de Julho (quarta-feira) – 17h30
*02 de julho (quinta-feira) – 08h10 01 de julho (quarta-feira) – 18h00 Oração da Manhã e 09h00 – Celebração Eucarística - presidida pelo Cardeal dom Odilo Pedro Scherer – Arcebispo de São Paulo (SP)
Ato Público em louvor a Deus pelas ENS e pela beatificação do Pe.Caffarel
*transmitidas pela TV Aparecida, Rede Vida e pelo site www.a12.org.br
visite o site oficial do Encontro
www.ensaparecida2015.com.br
Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br