2 minute read

L’incontro con Howard Carter

Creacións www.eoiferrol.orgLiterarias

123

Advertisement

EOI Ferrol

Número 19 ANO 2021

Diálogo

Hoje no Mercado do Peixe da Magdalena

Quase lá vai um século, foi em 1923 que o Sr. Arq. Rodolfo Ucha te desenhou. De estilo modernista, com figura esbelta, magra, executada de forma harmoniosa, permaneces cá a observar o Arsenal, a Praça Velha, a muralha. Embora não te deixem ver o mar, porém sabes que está por trás e manténs-te com o teu máximo esplendor e dignidade.

Hoje estou aqui, ao pé de ti, como tantas vezes em tempos passados. O tempo não é o mesmo. Contudo, parece-se com aquele da geada -- o frio no chão, o cheirinho a peixe fresco e o burburinho das peixeiras. São lembranças da infância, naquela altura sentado num banco a comer o bolinho doce, e hoje a observar contigo o varredor de rua e as pessoas que passam.

As gaivotas no telhado estão a vigiar essas caixas de peixe, empilhadas no camião como escadas, não sabemos se para subir ou para descer; e os protagonistas no teu interior: as pescadas, os tamboris, as sépias, e um cardume de peixe e marisco que fica com um olhar triste à espera - como artistas no palco - de que qualquer cliente decida comprar.

O mercado do peixe da Madalena é um local singular e imprescindível, não apenas como espaço para fornecer alimentos, mas também enquanto edifício arquitetónico único, muito interessante e que devemos manter vivo apesar de que hoje em dia outras fórmulas de venda estão a tentar absorver os mercados tradicionais.

Pois, caro amigo, vou-me embora! Contudo, visitar-te-ei qualquer dia.

Abraço!

Manuel Rodríguez Feijoo

Po-C1-1

Creacións Literarias

Diálogo

124

EOI Ferrol Número 19 ANO 2021

Creacións www.eoiferrol.orgLiterarias

Foto: Cassowary Colorizations

L’incontro con Howard Carter

Credo che fosse una buia e desolata sera di pioggia quando incontrai Howard Carter, l’egregio egittologo. Era un posto al sud di Holborn, a Londra, dove andava con Leslie, un amico comune dai tempi dell’Università. Carter era un uomo di statura imponente: era estremamente snello, con una figura slanciata, piuttosto spilungona. Dal cappello spuntavano spessi capelli bruni e ispidi che cominciavano a incanutire. Il naso lungo e dritto presiedeva un viso allungato che il sole desertico aveva abbronzato dopo lunghe giornate presso gli scavi. Lo sguardo profondo denotava un’intelligenza consapevole.

Marcate rughe solcavano la fronte ampia, lasciando intravedere quello che sembrava a mio avviso una notevole capacità di concentrazione. Se mi avessero chiesto avrei affermato che era preoccupato por qualcosa di importanza vitale ma coloro che lo conoscevano bene dicevano che era la sua espressione abituale. Portava i baffi grigi, in parte per i capelli che cominciavano a impallidire, in parte per la polvere egiziana che mai riuscì a togliersi totalmente.

I suoi colleghi parlavano solitamente della sua costanza e determinazione, ciò che si poteva indovinare dalla sua forte mascella angolare.

Dopo alcune parole di cortesía, mi parlò del suo prossimo viaggio in Egitto. Niente presagiva che poco dopo avrebbe scoperto la tomba di Tutankhamon, la scoperta che lo spinse all’Olimpo dell’ Archeologia.

Era in fretta e disse addio. Lo vidi allontanarsi con le spalle leggeramente incurvate. Come se portasse un peso incommensurabile.

Andrés Mosquera Beceiro It-C1.2-1

This article is from: