em foco/ Ronaldo
Pereira Junior
RONALDO PEREIRA JUNIOR É O NOVO CEO DA Ri
Happy
E
m um bate-papo exclusivo com a CEO da EP Grupo, Marici Ferreira, o executivo Ronaldo Pereira Junior, que assumiu em julho o comando do Grupo Ri Happy, conta sua trajetória profissional, os desafios do cargo assumido em meio à pandemia, as expectativa e projeções para a companhia. Confira!
sua experiência no varejo ótico e o que este mercado em particular lhe ensinou sobre consumo e vendas? RONALDO PEREIRA JUNIOR – Em 2003, fui sócio e cofundador da General Optical, uma empresa pequena que surgia em um mercado dominado pela importação. Havia um gap que no meu entendimento representava uma oportunidade muito interessante para trabalhar com o licenciamento de celebridades e personagens. Nesta fase, eu aprendi sobre o universo da importação e da indústria nacional. Foi quando lançamos a marca da apresentadora Ana Hickmann (que até hoje é a segunda maior marca de óculos no Brasil, perdendo apenas para a Ray-Ban) e depois vieram várias outras experiências com linhas dos personagens da Warner Bros. e foi aí o meu primeiro contato com o universo infantil. Depois, trabalhamos com marcas como a Speedo e Cartier (uma das mais caras e desejadas marcas de óculos), fizemos joint-venture com empresas italianas, chinesas e foi um período de "harmonização" da produção local com os importadores, licenciadores e veículos de comunicação. Colaboramos para a construção de um setor saudável e forte. Depois fui para a Óticas Carol e lá foram 11 anos e outra experiência enriquecedora. Queríamos acabar com aquela história de balcão, muito comum à época, que dizia que se vendia o que queria e não o que o cliente desejava. Também conseguimos mostrar e provar para os grandes players globais que tínhamos espaço para triplicar o segmento ótico e adequar o preço para a realidade do nosso mercado. Um exemplo é o case com a Ray-Ban. Em 2010, os óculos Ray-Ban eram comercializados por 300 dólares; na pré-pandemia, custavam 100 dólares. Reduzimos o preço da marca, e quintuplicamos o consumo no Brasil. É preciso democratizar o acesso, gerar mais desejo pelo produto e crescer o mercado como um todo. Se não houver um setor organizado e protagonista da história, não haverá uma evolução. Eu vivi essa história e acredito que se assemelha à de brinquedos.
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ESPAÇO BRINQUEDO REVISTA
Fotos: Renato Padalka
REVISTA ESPAÇO BRINQUEDOS & PAPELARIA – Nos conte a
EBP – Você assumiu o comando da Ri Happy em julho, em plena
quarentena. Como foi esse desafio? RONALDO PEREIRA JUNIOR – Primeiro, deixar a companhia
onde estava há mais de uma década já foi um grande desafio. Há 3 anos era para ter concluído o meu ciclo na Óticas Carol. No fim deste ano eu havia determinado encerrar o meu ciclo, então eu o antecipei. Estes meses estão sendo imprescindíveis para que eu possa conhecer a companhia. Não sou CEO de “escritório”; sou CEO de “rua”. Acredito que faz a diferença estar em campo, ir às lojas, entender o mercado, especialmente os mais desenvolvidos, para que assim possamos nos espelhar.
EBP – O Grupo Ri Happy iniciou a construção de uma plata-
forma focada em famílias com crianças de 0 a 12 anos de idade. As ações realizadas solidificaram este posicionamento, uma vez que as famílias estavam mais juntas do que nunca? RONALDO PEREIRA JUNIOR – É importante ampliarmos o nosso portfólio, atingirmos desde as futuras mamães, incluirmos serviços, trabalharmos informação etc. Obviamente,