/design na prática
CHOCOLATE TAMBÉM É
BRINQUEDO?
Como aproveitar mais a data da Páscoa para promoções de brinquedos e papelaria
RODRIGO LEME Arquiteto pós-graduado em Marketing com ênfase em Ciências do Consumo. Atua em modelagem de negócios para indústria e varejo em design de produtos, branding e PDV. Diretor do Grupo Criativo e Partner do Grupo².
"Somente 5% das vendas durante a Páscoa são de brinquedos e apenas 4% são de livros"
76 / ESPAÇO BRINQUEDO REVISTA
Toda conversa sobre consumo transita por compreender comportamento e hábitos e, por este motivo, passa a ser uma conversa sobre gerações. Cansa um pouco, confesso, mas se o público-alvo são os jovens, senta que lá vem história. As gerações mais novas, famosas por sua maior ênfase em saudabilidade, podem fazer com que datas tradicionais se tornem ricas fontes de oportunidades para diversos nichos, sendo a geração Alfa reconhecida por sua grande influência nas tomadas de decisões da família. Considerem a Páscoa, por exemplo; já imaginaram se parte do incremento de vendas que a categoria chocolate tem (em torno de 17%) fosse direcionado para produtos mais educativos ou mais criativos? Todos brigam por atenção em datas "commodities": Natal, Dia das Crianças, entre outras… e uma atitude inusitada pode se tornar destaque em comunicações e promoções de brinquedos em meio a tanto doce. De acordo com a pesquisa proprietária da Hibou Insights e Pesquisas de 2023, em todo território nacional, 60% dos brasileiros compram chocolate na Páscoa e só 5% compram brinquedos. Não dá pra negar que existe uma verba (e uma oportunidade) para migrar a atenção do consumo para outras categorias. Ainda na mesma pesquisa, 4% das vendas nesta época são livros, e gigantes 35% das vendas são produtos de categorias diversas.