Revista Licensing Brasil | Ano 9
www.licensingbrasil.com mai/jun ano 9 nº 44
| Nº 44 EP GRUPO www.licensingbrasil.com
Varejo é sinônimo de oportunidade para as marcas!
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ÍNDICE
(20) (44) Propriedade no assunto 10 Curtas do licenciamento 12 Entrevista – Mauricio de Sousa 16 Capa – O licensing no varejo 20 Trends – Marcus Macedo 28 Executivo & Cia – Marcelo Mouad [Semaan] 30 Vitrine – Feira Abrin 2015 32 Agente – Hasbro 36 Em destaque – Destinos turísticos dos personagens 38 Empresa – Flamboyant 42 Especial – Cobertura Road Show EP Grupo 44 Design – Estúdio n’Ovo 46
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Jurídico – Siqueira Castro 48 Tendência – Play 50
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EDITORIAL
Trate de inovar! Marici Rosana Ferreira (MTB 36727)
A
‹ Conselho editorial ›
de artigos esportivos cujo ambiente remete a uma trilha real são apenas al-
Ano 9 – Ed. 44 – Mai/Jun – 2015 Espaço Palavra Editora e Arte Ltda.
‹ Direção-geral e jornalista responsável ›
David Diesendruck (Redibra), Ênio A. Kohler (Lepper), Kiko Smitas (Fantasias SulAmericana), Ana Amélia de Cesaro e Aurélia Picoli (Play Consultoria Infantil), Marici Foroni (Foroni), Gustavo Bacchi (Riclan), José Martins (Panini), Marcus Macedo (Exim), Edson Sawa (Regina Festas) e Germano Costa (Brandili).
‹ Revisão ›
Renata Lopes Del Nero Lu Peixoto ‹ Redação › Kika Martins Lívia de Vivo ‹ Arte › Wilson Alves Rening Masuyama ‹ Departamento comercial › Alessandra Aragon Frate Daiane Miranda Sandra Olegário ‹ Marketing › Livia Gimenes ‹ Administrativo › Cristina Venâncio
‹ International sales ›
Multimedia, Inc. (USA) Tel. +1-407-903-5000 E-mail: info@multimediausa.com ‹ Administração, publicidade e redação › Rua Arapapi, 45 Indianópolis – São Paulo CEP: 04516-020 Tels. (11) 5092-5588/ (11) 5094-0403 E-mail: contato@epgrupo.com.br [ Assinaturas ] (11) 5092-5588 ou pelo site www.epgrupo.com.br As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores e podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. As fotos utilizadas nesta edição pertencem ao banco de imagens da Revista Licensing Brasil e podem ser utilizadas desde que citada a fonte. A Revista Licensing Brasil possui distribuição nacional para diretores, gerentes de marketing e demais pessoas envolvidas no mercado de licenciamento dos setores de publicidade, acessórios, alimentos, brinquedos, canais de TV, confecção, cosméticos, higiene e limpeza, papelaria, promocional, tecnologia e informática. Profissionais de outros setores poderão adquirir os exemplares por meio da assinatura da revista.
s últimas ações de licensing realizadas no varejo internacional provam que ainda existem inúmeras possibilidades para o desenvolvimento do setor no mercado brasileiro. Iniciativas como uma rede
chinesa de lanchonetes atrelada à marca de um game ou uma loja americana guns exemplos de estratégias capazes de dar mais visibilidade às marcas no ponto de venda. Pensando nisso, preparamos uma matéria de capa sobre esse tema, com a contribuição de alguns peritos no assunto. As tendências externas somadas à experiência de agentes e consultores podem ampliar as ferramentas de licensing no varejo e, consequentemente, as vendas. Estude novas possibilidades e trate de inovar! Por falar em know-how, entrevistamos o cartunista Mauricio de Sousa e sua filha, Mônica, diretora comercial da Mauricio de Sousa Produções (MSP). Há décadas seus quadrinhos figuram entre as histórias favoritas da molecada e a proporção alcançada pelas aventuras ultrapassa o limite editorial. Os personagens do gibi invadiram a TV, os filmes, o teatro e o universo online, entre outras plataformas, passando também pelo licenciamento de produtos. Um interessante modelo de negócio sob diferentes aspectos. Confira o bate-papo! Não resta mais dúvida de que os personagens ganharão o mundo. Desta vez, o lançamento de atrações turísticas em diferentes destinos parece um excelente caminho para o segmento. Por meio de pacotes e roteiros que incluem cruzeiros, quartos de hotel tematizados e espetáculos para toda a família, abre-se outra vertente de negócios que pode gerar uma infinidade de ideias para os licenciadores. Ainda tem muito território para ser explorado... Acompanhe. Ainda entre os destaques desta edição, a cobertura da Abrin 2015 e do pioneiro Licensing Road Show. Promovido pelo EP Grupo no primeiro dia da feira, o encontro reuniu 120 convidados dos mercados de brinquedos, papelaria, festas e alimentos, em um hotel ao lado do pavilhão. Mais uma iniciativa da revista, endossada por grandes agentes do mercado. Vale a pena conferir tudo o que rolou! Tem muito mais conteúdo a seguir... Leia e prepare-se para o segundo semestre!
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PROPRIEDADE NO ASSUNTO COM OS PRIMEIROS BRINQUEDOS IMPORTADOS PELA SUNNY BRINQUEDOS, FOI POSSÍVEL ENTENDER QUE HAVIA UMA GRANDE NECESSIDADE NO MERCADO NA VINDA DE PRODUTOS QUE NÃO SÓ DIVERTEM, MAS QUE CONTRIBUEM PARA A EDUCAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. LINHAS DE PLAYMOBIL, BEN 10 E POWER RANGERS PERMITEM QUE A CRIANÇA USE A IMAGINAÇÃO PARA CRIAR E ENTRAR NA VIDA DOS PERSONAGENS” Sharon Czitrom, responsável pelo Marketing da Sunny Brinquedos Fonte: Dezoito.com
QUANDO HÁ TANTOS FILMES NOVOS E GRANDES, SEMPRE É UM DESAFIO. TODO MUNDO QUER SE DESTACAR” Marty Brochstein, executivo da Lima (Licensing Industry Merchandisers’ Association) Fonte: Gazeta do Povo/NY Times
OS OVOS DE CHOCOLATES MAIS CAROS RESPONDERAM POR 40% DA PROCURA NO ANO PASSADO, NO QUAL AS FAMÍLIAS OPTARAM PELOS PRODUTOS PREMIUM PARA OS FILHOS, APOSTANDO NO CONVÍVIO FAMILIAR. OS BRINQUEDOS E PERSONAGENS LICENCIADOS ESTÃO EM 9 EM CADA 10 OVOS DADOS ÀS CRIANÇAS. ESSE PÚBLICO AUMENTOU A EXIGÊNCIA DO BRINQUEDO QUE VEM DENTRO DO OVO, ENCARECENDO A COMPRA” Cesar Moro Tozetto, presidente da Associação Paranaense de Supermercados – Apras Fonte: Bem Paraná PARA MIM, É APENAS UMA QUESTÃO DE QUEM TEM RELEVÂNCIA PARA UMA AUDIÊNCIA, SEJA UMA ESTRELA ATUAL, UMA LENDA, CELEBRIDADE VIVA OU JÁ FALECIDA. QUANTO ÀS LENDAS VIVAS, QUE MUITAS VEZES CONTAM COM GRANDE APELO DEMOGRÁFICO, ELAS PODEM SER COOL NOVAMENTE NA ERA DO MARKETING RETRÔ” David Schwab, diretor geral da Octagon First Call, agência de celebridades Fonte: NYSportsJournalism.com
MAIS PESSOAS DO QUE NUNCA VÃO A CINEMAS LOCAIS PARA ASSISTIR A FILMES FEITOS PELA INDÚSTRIA NORTE-AMERICANA E DE OUTRAS PARTES DO MUNDO. NÃO É UM CASE DE SUCESSO APENAS DOS ESTADOS UNIDOS, MAS UMA HISTÓRIA MUNDIAL SOBRE O VALOR DA CRIATIVIDADE E A IMPORTÂNCIA DE UMA HISTÓRIA BEM CONTADA” Chris Dodd, director da MPAA – Motion Picture Association of America Fonte: LA Times
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O DIA DO CONSUMIDOR BRASIL JÁ CAMINHA PARA SE TORNAR MAIS UMA DATA IMPORTANTE PARA O E-COMMERCE BRASILEIRO. NOSSA INTENÇÃO É APROVEITAR ESSE MOMENTO PARA TRAZER OFERTAS QUE COM CERTEZA AGRADARÃO A PAIS E MÃES QUE BUSCAM AO MESMO TEMPO POR PRODUTOS DE QUALIDADE E ECONOMIA” Lucas Neves, head de marketing da Bebê Store Fonte: FirstCom Comunicação
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LICENCIAMENTO DO Senninha no Discovery Kids O Instituto Ayrton Senna realizou em abril um evento para apresentar a animação Zupt!, com o Senninha. O personagem estreou no Discovery Kids em uma série de 13 drops de animação 2D, com um minuto de duração cada. Eles são veiculados nos intervalos da programação e seu conteúdo reforça valores como preservação do meio ambiente, generosidade e perseverança. Também ganharam destaque no evento os produtos licenciados com o Senninha e o apoio das mães a brinquedos que estimulem a criança positivamente. Segundo as mamães da plateia, o desenho é uma oportunidade de incluir o ídolo brasileiro no imaginário infantil. Mauro Ratto, da área de licenciamento do IAS, explicou que o plano é aumentar ainda mais a presença do personagem em bens de consumo: “Para mim, hoje é um dia muito especial. Finalmente neste ano, graças à oportunidade que o Discovery Kids está nos dando, estamos levando o Senninha para a televisão. Nossos planos são ambiciosos e vamos trabalhar muito a linha de alimentos e de brinquedos, porque acreditamos que elas apresentam ótimas oportunidades”. Para quem quiser acompanhar de perto o personagem, o Instituto Ayrton Senna criou uma página oficial do Senninha no Facebook: www.facebook.com/SenninhaOficial. Heróis e fadas invadem o quarto das crianças Com o lançamento das coleções Avengers, Frozen, Sininho e Marie, a Lepper ampliou seu portfólio de produtos licenciados. Afinal, o envolvimento das crianças com os personagens também impulsiona a indústria têxtil. No segmento, a Lepper lidera o ranking nacional de marcas licenciadas, com 24 personagens infantis no portfólio da linha Lepper Kids. Entre os favoritos da criançada estão a Peppa Pig, os Minions, o Hot Wheels, o Spiderman, a Monster High, o Ben 10, a Moranguinho, o Frozen e a Barbie. Para 2015, a empresa prepara ainda mais novidades. Os produtos Lepper estão à venda nas maiores lojas de cama, mesa e banho do Brasil. Para obter mais informações, acesse www.lepper.com.br. Endemol Brasil agencia Cake Boss Buddy Valastro O confeiteiro e apresentador Buddy Valastro, responsável pelo sucesso da TV Cake Boss, vai estrelar um novo reality show na televisão brasileira. A Endemol Brasil fará a produção do programa, que será exibido na Rede Record e no Discovery e tem previsão de estreia para o segundo semestre deste ano. Além de estar à frente desse projeto, a Endemol Brasil também agenciará a carreira de Buddy como talento para campanhas publicitárias e licenciamento de produtos, que podem ser brinquedos, itens de utilidade doméstica e alimentos, com o nome do confeiteiro. Para obter mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 3095-3663 ou pelo e-mail willian.almeida@endemolbrasil.com.br.
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LICENCIAMENTO DO Macakids para a Secretaria de Educação de Vila Velha A marca Macakids está cada vez mais forte no Espírito Santo. Desta vez, os macaquinhos capixabas entraram para a Secretaria de Educação da cidade de Vila Velha. Os personagens foram licenciados pela prefeitura para ajudarem na educação ambiental de toda educação infantil do município “canela-verde”. Mais de 40 mil crianças serão beneficiadas com uma cartiO prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, o empresário e criador dos personagens, Maikel Santos, e a secretária de Educação, Iracy Carvalho.
lha de 28 páginas contendo uma história em quadrinhos e dicas de preservação. O lançamento será em maio, na semana em que a cidade completa 480 anos.
Animação líder de audiência no mundo chega ao Brasil Em abril, chegou à grade dos brasileiros a série de aventuras do pequeno pinguim Pororo e seus amigos: o urso polar Poby, a raposa Eddy, a castor Loopy e o dinossauro Krong. Os personagens habitam uma pequena aldeia perto da floresta. Exibidos em um canal de TV por assinatura, os episódios chegaram ao Brasil após 10 anos de exibição e sucesso em mais de 130 países. Também é possível acompanhar alguns episódios no novo canal “Pororo – o pequeno pinguim” pelo Youtube. A iniciativa de trazer a animação líder de audiência na Coreia para o Brasil partiu da empresa Contents 360 e de parceiros, como a KOCHAM (Câmara de Comércio, Indústria e Cultura Brasil-Coreia) e o Centro Cultural Coreano, que trabalham para promover e divulgar a cultura coreana aqui.
Bonecas de Papel O design retrô nunca esteve mais em alta do que nos últimos tempos. É possível visualizar suas influências em cada canto. Tudo que é bom, volta! A arte e a moda são cíclicas e pessoas como a artista Denise Brandt estão afiadíssimas com as novas tendências. Por isso, sua marca Boneca de Papel® nos remete às bonecas de antigamente, mas com uma interpretação moderna: design flat, foco na geometrização e cores de uma doçura incomparáveis. É uma marca de muito bom gosto e, agora, a agência Proenter passa a licenciá-la. A marca promete surpreender com sua versatilidade de aplicação: cama/mesa e banho, gift, brinquedo, vestuário, entre muitas outras possibilidades. Para obter mais informações, entre em contato com Silvana Rocco pelo telefone (11) 3511-6655 ou pelo email srocco@pro-enter.com.br.
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Supermarcas preparada para o Exterminador do Futuro Com estreia prevista para 2 de julho, o filme Exterminador do Futuro – Gênesis terá seu programa de licenciamento aberto no Brasil. A agência responsável pelas negociações é a Supermarcas. A história produzida pela Paramount Pictures promete movimentar as bilheterias. Quando John Connor (Jason Clarke), líder da resistência humana, envia o Sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta para 1984 para proteger Sarah Connor (Emilia Clarke) e salvar o futuro, uma mudança inesperada cria uma linha do tempo fragmentada. Agora, o Sargento Reese se encontra em uma nova e desconhecida versão do passado, na qual ele encontra aliados improváveis, incluindo o Guardião (Arnold Schwarzenegger), perigosos inimigos e uma nova missão inesperada: redefinir o futuro. O filme de ação e ficção científica dá margem a uma série de linhas licenciadas. Outra novidade das telinhas a ser negociada pela agência será o próximo Missão Impossível. Os interessados devem entrar em contato com a Supermarcas pelo telefone (51) 3086-9700.
Brasilflex investe em lançamento licenciado Na última edição da feira Abrin, a fabricante de brinquedos Brasilflex apresentou grandes licenças para seu principal lançamento, o Big Bolhão. O brinquedo para fazer bolhas gigantes chega ao mercado com quatro personagens em destaque: Frozen, Galinha Pintadinha, Avengers e Mickey. É um produto divertido e voltado para todas as idades e já vem com líquido especial para garantir belas bolhas de sabão ao ar livre.
Linha Bubble Guppies A área de Consumer Products da Viacom Brasil apresenta sua linha de produtos inspirada nos Bubble Guppies, personagens da animação exibida pelo canal Nickelodeon. Em cada episódio os personagens exploram um tema único, por meio do canto, da dança e de brincadeiras imaginárias, espelhando como as crianças em idade pré-escolar aprendem. Agora, entre as novidades, está o DVD Bubble Guppies De volta para a escola, lançado pela Paramount Home Media. As novas aventuras abordam o início das aulas em seis episódios, a fim de auxiliar as crianças na fase pré-escolar, propondo atividades lúdicas e divertidas. Para as brincadeiras em casa, a Viacom apresenta a linha de produtos desenvolvida pela Fisher-Price e comercializada com exclusividade pela rede Ri Happy/PBKids. Amigos do Banho Bubble Guppies, Molly Banho Divertido e Molly e Acessórios são alguns dos produtos que chegam ao mercado para divertir a hora do banho dos pequenos.
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ENTREVISTA
Turma forte no licenciamento
M
auricio de Sousa nasceu em Santa
pas, calçados, decoração, livros e outros. Confira o
Isabel, no Estado de São Paulo, em
bate-papo de Mauricio e Mônica com a Licensing
1935. Antes mesmo de completar 25
Brasil e saiba mais sobre essa história.
anos de idade ele criou seu primeiro personagem – o cãozinho Bidu – e começou ali a jornada envol-
Licensing Brasil – Desde a infância você foi es-
vendo os famosos quadrinhos da Turma da Mônica
timulado para que se tornasse um desenhista?
e a Mauricio de Sousa Produções (MSP).
Que influências o acompanham ainda hoje?
Atualmente a empresa atua com diversas fren-
Mauricio de Sousa – Com pai poeta e desenhista
tes e suas propriedades são referência no merca-
e mãe poetisa e sensível, aprendi que a arte, a criação,
do brasileiro de licenciamento – Mônica Sousa é
são dons soberanos. Não devem se curvar à dúvida ou
quem responde por este setor na MSP. São mais de
ao medo. Devem ser livres, iluminados. Isso me permite
150 indústrias licenciadas para criar produtos em
sentar à mesa de desenho ou à frente de um teclado
categorias que passam por jogos, brinquedos, rou-
de computador com a certeza de que as ideias fluirão.
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LB – Você se considera um empresário ou um artista bem-sucedido? Mauricio – Sou um artista que aprendeu a cobrar. LB – Depois de tantos anos publicando quadrinhos, como você encara a revolução digital? Mauricio – É mais uma maravilhosa superfície para receber minhas criações. LB – Seu trabalho passeia por diferentes plata-
Mauricio e Mônica Sousa
formas – apps, redes sociais, vídeos. Atualmente você tem algum projeto voltado para o cinema? Mauricio – O cinema, por si só, deixou de ser
LB – Qual a importância do licenciamento de marcas para a Mauricio de Sousa Produções?
rentável. Mas, acoplado a outras plataformas de co-
Mônica Sousa – O licenciamento é uma das
municação, faz um bom eco. E, por isso, temos dois
maiores forças da MSP. Hoje responde por 90% do
projetos para cinema sendo montados.
faturamento da empresa. São mais de 3 mil produtos com 150 parceiros. Estamos presentes em todos os
LB – Qual a sensação de ver seus personagens
segmentos: editorial, higiene pessoal, brinquedos, es-
presentes na vida das pessoas, em uma gama tão
colar, alimentício, entre outros, e estamos crescendo
grande de produtos licenciados?
muito no digital!
Mauricio – Isso me dá a certeza de que estamos realizando um bom trabalho com um bom material de apoio.
LB – Qual foi o primeiro produto licenciado com personagens da Turma da Mônica e em que ano? Mônica – A partir dos anos 60 iniciou-se o licenciamento com uma gama de produtos, por exemplo,
Nosso conteúdo é atual e representa o dia a dia das famílias.
Com os produtos licenciados da Turma da Mônica conquistamos gerações de consumidores.
materiais de festas, roupas, bonecas, mas o que teve maior repercussão foi o personagem Jotalhão, que ilustra há mais de 35 anos as embalagens do extrato de tomate Elefante. LB – Como você avalia a evolução do mercado de licensing, desde o início do trabalho na área até hoje? Mônica – Temos uma história de sucesso! Nosso conteúdo é atual e representa o dia a dia das famílias. Com os produtos licenciados da Turma da Mônica conquistamos gerações de consumidores.
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ENTREVISTA LB – Como buscam atuar no mercado de licenciamento e selecionar seus parceiros? Mônica – Somos criteriosos na seleção de nossos
Isso faz com que o nosso portfólio de parceiros tenha a maior diversidade de produtos em todos os segmentos para diferentes faixas etárias.
parceiros. Procuramos o desenvolvimento de produtos que tenham a sinergia com nossos personagens, que tragam a diversão em seu DNA e que cuidem do bem-estar dos consumidores/fãs.
LB – Quais os valores/atributos transmitidos pelos personagens da Turma da Mônica? Mônica – Ética, respeito às diferenças, a família como base de amor, segurança para a criança e cida-
LB – Mônica Toy trouxe outras categorias de produtos para licenciamento? Mônica – Mônica Toy é uma série em 2D com foco
dania são alguns dos principais pontos que buscamos enfatizar e trabalhar a cada dia dentro da nossa empresa, com os nossos parceiros e colaboradores.
no público jovem, são animações de 30 segundos dos
É importante salientar que a marca Turma da Mô-
personagens da Turma da Mônica em versão Toy Art,
nica não é utilizada apenas em produtos licenciados,
com linguagem universal. É um formato novo; essa é
mas também em centenas de campanhas sociais de-
a primeira família de personagens que já foi pensada
senvolvidas pelo Instituto Cultural Mauricio de Sou-
para o mercado internacional. Esta turma nasceu no
sa. A Turma já foi utilizada em campanhas de saúde,
universo digital, com lançamento no canal oficial da
educação, cultura e ecologia para a Organização Pan-
Turma da Mônica no YouTube. Hoje, está presente em
-Americana da Saúde (OPAS), WHO, Unicef, Unesco,
cadernos, mochilas, linha de casa e decoração.
WWF, Associação Americana do Coração e também em campanhas dos ministérios da Saúde, Educação,
LB – Poderia falar um pouco sobre o portfólio de marcas atual?
Agricultura e Transportes, com mais de 70 milhões de revistas institucionais distribuídas gratuitamente. A
Mônica – A Mauricio de Sousa possui diversas
MSP também produziu uma série de revistas em qua-
turminhas, como Turma da Mônica, Turma do Chico
drinhos para campanhas do escritório regional para as
Bento, Monica Toy, Turma da Mônica Baby, Turma do
Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Penadinho, Turma da Mônica Jovem, entre outras. LB – Qual a expectativa para os próximos anos na área de licenciamento?
É importante salientar que a marca Turma da Mônica não é utilizada apenas em produtos licenciados,
Mônica – Nosso foco está na área digital e internacional. Queremos ganhar o mundo! LB – O público pode esperar novidades na Turma da Mônica para os próximos meses? Mônica – A abertura do Parque da Mônica com
mas também em centenas
certeza é um dos momentos mais esperados deste
de campanhas sociais
ano, além do aplicativo Caixa de Quadrinhos, que lan-
desenvolvidas pelo Instituto
çamos em março, e da parceria com a Agaxtur para
Cultural Mauricio de Sousa.
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o pacote “Turma da Mônica em Bariloche”, além de outras novidades que estão por vir.
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CAPA
O J E R A V O N G N SI
N E C I OL
O LICENSING NA Lugar ideal para tocar o consumidor, o ponto de venda deve ser explorado pelas marcas na concretização do imaginário!
A
o entrar em uma loja e se deparar com um ambiente tematizado, seja por um filme, um personagem, seja por uma
marca, o cliente vivencia uma importante etapa no processo de compra. Quando o ponto de venda consegue dar continuidade ao conceito que envolve uma marca, concentrando todos os respectivos produtos em uma mesma área, diferenciada e interativa, a decisão de compra se concretiza com mais facilidade. Dinâmica comprovada em diversas pesquisas. Essa experiência de entretenimento é a chave para a conexão entre conceitos, desejos e consumo. Entretanto, as possibilidades do licensing no varejo vão muito além de ambientação de lojas, ações de marketing e promoções. Em Hong Kong,
Xbox One ganha lanchonete fast-food na China, o primeiro restaurante do mundo a vender o combo hambúrguer, refrigerante e batata frita personalizado com a marca do console de jogos da Microsoft. A rede de fast-food Triple-O’s é famosa em Hong Kong por atrair a atenção dos clientes com ações de marketing inusitadas. Fonte: Olhar Digital – 24/2/2015 – http://olhardigital.uol. com.br/noticia/xbox-one-ganha-lanchonete-fast-food-em-hong-kong/46970.
recentemente foi colocado em prática um projeto pioneiro, associando o combo de uma lanchonete
Segundo o diretor da Com LicenSa – empresa es-
fast-food a um console de game, no caso, o Xbox
pecializada em gestão estratégica de marcas licencia-
One da Microsoft. Em um primeiro momento, a ini-
das e desenvolvimento de produtos – Gian Catinella, o
ciativa causa estranhamento, mas a ideia da rede
mercado europeu é um pouco mais conservador nesse
Triple-O’s, colocada em prática temporariamente,
sentido. Quando se trata de inovação e branding, os
foi bem-sucedida.
norte-americanos saem na frente. “As lojas da Disney
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nos Estados Unidos são excelentes referências de exposição de produtos licenciados no varejo. A loja da 5ª Avenida, em Nova York, utiliza espaços modulares para expor produtos de cada personagem, com sortimento completo de artigos, desde confecção até papelaria. Além disso, a coordenação de cores das linhas é impecável. Com isso, fica quase impossível resistir à
Além da exposição que influencia significativamente o resultado de vendas, a interação dos objetos de decoração da loja com os clientes faz com que os sonhos se façam presentes
compra”, explica Gian. No Brasil, o crescimento do licenciamento nos últimos anos ampliou consideravelmente a oferta de
lançamento de um filme deve estar na loja antes da estreia. O que nem sempre acontece no Brasil.
produtos; especialmente, de artigos infantis. Porém, o
O fato é que existem inúmeras outras possibi-
espaço das lojas para exposição é limitado e obriga o
lidades a serem exploradas, além do que tem sido
varejo a selecionar apenas uma parte das linhas para
realizado pelo mercado nacional. Os atributos que
compor o mix. Definir em qual delas apostar é a gran-
uma propriedade transfere a um produto licenciado
de dificuldade da maioria das redes, assim como ava-
podem despertar o interesse e o consumo não ape-
liar a melhor propriedade para determinada categoria
nas deste, mas de toda uma linha casada. “Além da
de produto, escolher o local para devida visibilidade de
exposição que influencia significativamente o resul-
um item, promover a marca e, até mesmo, antecipar-
tado de vendas, a interação dos objetos de decora-
-se ao declínio de um personagem; estes são alguns
ção da loja com os clientes faz com que os sonhos se
dos obstáculos a serem vencidos no ponto de venda.
façam presentes. Seja por meio de espelhos, luzes,
De acordo com o especialista, outro aspecto compli-
sons, seja por meio de displays com os personagens,
cado é disponibilizar o produto para o consumidor no
o importante é que o espaço de vendas complete a
tempo correto. Por exemplo, uma linha inspirada no
conexão“, observa Gian. Se o varejo souber trabalhar em parceria com os fornecedores e agentes de licenciamento, o valor da marca pode dobrar.
FATURAMENTO DE VAREJO – BRASIL
Em 2014, o mercado revendedor como um todo faturou 13 bilhões e 200 milhões de reais com licen-
2012: 12 bilhões de reais.
ciamento. Crescimento de 6%, em relação ao ano
2013: 12 bilhões e 480 milhões de reais – Crescimento
anterior. A melhora na compreensão do conceito de
de 4%, em relação ao ano anterior.
licensing, somada à infraestrutura do varejo brasileiro,
2014: 13 bilhões e 200 milhões de reais – Crescimento
um dos principais mercados de produtos licenciados
de 6%, em relação ao ano anterior.
entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), tem au-
Previsão para 2015: Aumento de 4%, o que elevará
xiliado muito no posicionamento do negócio no País.
o faturamento do setor para aproximadamente
“A escolha correta da marca licenciada a ser aplicada
R$ 13,7 bilhões.
em um produto e o desenvolvimento criativo das cole-
Fonte: Abral.
ções são fundamentais para o aumento das vendas”, complementa o consultor.
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CAPA ATENÇÃO! EXPLORE MELHOR O PONTO DE VENDA: • O VAREJO COMO EXTENSÃO DO ENTRETENI-
• MERCADO INTERNACIONAL – O mercado
MENTO – Dê continuidade ao sonho construído pela
europeu é um pouco mais clássico e, normalmente,
licença. Isso é fundamental para a decisão de compra
a exposição de licensing no varejo segue o conceito
do consumidor. Por exemplo, o filme Frozen estabe-
de store in store. Basicamente, consiste em corners
leceu conexão com seu público no ponto de vendas,
de uma determinada marca licenciada dentro de uma
fazendo alusão ao filme e aos personagens de diferen-
grande loja. Já o mercado americano, talvez por ser a
tes formas. Com isso, possibilitou a correta, consciente
casa de algumas marcas, experimenta formatos dife-
e bem-sucedida identificação da linha na área de ven-
renciados, tais como os espaços modulares de expo-
das. No exterior, algumas ações incluem até sensações
sição e a coordenação de cores empregados na loja
como cheiros, iluminação diferenciada e música para
Disney da 5ª Avenida, em Nova York. Com uma co-
impacto e reconhecimento imediato da marca.
ordenação bem feita dos produtos ocorre o que chamamos de coleção “E”, ou seja, o cliente compra este
• FERRAMENTA – Use as marcas licenciadas e suas mensagens como canal de entretenimento para o con-
“e” mais algum outro artigo. Com isso, aumenta o tíquete médio, pois são vendidas mais peças.
sumidor. Ao associar uma licença a um artigo, transferimos uma parte do sonho, ou seja, um valor único. O
• PLANEJAMENTO – Não basta a campanha pro-
licenciamento é a ferramenta perfeita para diferenciar
mocional ser bacana, se o produto não corresponder.
produtos e gerar valor. Principalmente, aos chamados
Todos os fatores, desde os brindes e preços até a co-
commodities - feijão, arroz, sabão em pó etc. Os fabri-
municação, devem estar alinhados para que a iniciati-
cantes desses produtos ainda não se deram conta disso.
va seja um sucesso no ponto de venda. Se a campanha prevê brindes, estes têm de ter valor e quantidade
• VITRINE TEMÁTICA – Consiste em um podero-
adequados.
so atrativo, mas ainda pouco explorado no Brasil. Nos Estados Unidos, grandes redes utilizam o recurso em
• PERCEPÇÃO DO CLIENTE – Com relação ao
épocas como o Natal. Vale lembrar que este é um dos
produto licenciado, os clientes entendem que os per-
recursos mais importantes para aumentar as vendas.
sonagens agregam valor e, por isso, estão dispostos a
Explorar vitrines tematizadas por licenças pode ser
pagar um pouco mais caro por eles – cerca de 20%
uma excelente oportunidade.
acima do valor de um item não licenciado.
• MARCAS ADULTAS – Existem alguns exemplos
• RESULTADOS – As melhores experiências na di-
de lojas cuja decoração traduz todo o conceito e ex-
vulgação das licenças no ponto de vendas são aquelas
periência da marca. Na Coreia, uma rede de lojas da
feitas com a participação de licenciadores e licencia-
Discovery Expedition vende produtos para a prática
dos, desenvolvendo junto as campanhas, alinhando
de esportes radicais. Além dos artigos, a ambientação
metas, os custos de produção, a divulgação e medin-
transmite aos clientes o cenário perfeito de uma gran-
do as vendas.
de expedição. É a experiência aliada aos produtos para facilitar o processo da venda.
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Fonte: Com LicenSa.
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O LICENCIAMENTO NOS DEBATES SOBRE VAREJO
Para a tríade “arquitetura, inovação e design” foi
O 2° Fórum Brasileiro de Shopping Centers, promo-
convidado Bernardo Fort-Brescia, presidente da Arqui-
vido pelo Grupo Doria, em fevereiro na cidade de São
tectonica, dos mais relevantes escritórios de arquitetu-
Paulo, apresentou, pelo menos, dois painéis com temáti-
ra dos Estados Unidos que é especializado na concep-
cas pertinentes ao licenciamento. Foram eles: Uma Nova
ção de espaços organizados na área do varejo, o que,
ideia de shopping muito além das compras; e Arquitetu-
novamente, demonstra devoção ao licenciamento.
ra, inovação e design como vetores do crescimento dos
Está superado o tempo em que eventos desti-
shoppings centers. Essa evidência materializa a tendên-
nados ao debate sobre o varejo se restringiam aos
cia de que o licenciamento é instrumento relevante na
aspectos notórios da atividade como ponto, mix, es-
construção e na consolidação do varejo.
toque, comunicação e preço. O licenciamento tende
Não só o varejo procura uma nova identidade, mo-
a ocupar cada vez mais espaço como protagonista
tivado pela inserção da digitalização no comportamen-
de uma nova era na qual não há limites de atuação.
to dos consumidores, como o licenciamento descobre
É importante que os profissionais de licenciamento,
espaços para explorar o potencial dos sinalizadores de
principalmente os dedicados às empresas que licen-
marcas, produtos e serviços como catalizadores das de-
ciam marcas, percebam-se como integradores de so-
cisões de compra.
luções em todos os setores da economia, mas princi-
Em um universo cada vez mais subjetivo, no qual o
palmente para o varejo.
gerenciamento das percepções sobrepõe-se às concretu-
Licenciar é mais do que fornecer adesivos com per-
des e, muitas vezes, às verdades absolutas, tratar de um
sonagens ou marcas. Quando se fala de comércio no
“muito além” e de “arquitetura, inovação e design” é
todo e de lojas no particular, licenciar é uma “omniex-
assumir a importância dos pilares do licenciamento.
periência” capaz de influenciar e impactar os resul-
Podemos reduzir a atividade do licenciamento como
tados de um produto, marca ou serviço. E esse foi o
a proposta do “muito além” sustentada pela “arquite-
recado deixado pelo fórum que ainda apresentou as-
tura, inovação e design”. Por isso, algo próximo ao que
pectos da interiorização e da expansão de shoppings
expoentes do setor como Marcos Gouvêa de Sousa e
no Brasil. Dois temas muito sensíveis no cenário atual.
Luiz Alberto Marinho, entre outros, defenderam durante
Acrescentar ao repertório do varejo os conceitos
os debates.
do licenciamento é, além de uma adequação aos no-
No momento “muito além”, os organizadores do
vos tempos, reconhecer e respeitar o consumidor e
evento tiveram a inspiração de convidar Eduardo Acuña,
sua atual capacidade de abstração. Esta é uma ten-
presidente da Cinépolis Brasil, o grupo exibidor mexica-
dência irreversível diante dos apelos de um mundo
no que em menos de uma década conquistou a segun-
cada vez mais virtual.
da posição no País, superando as empresas nacionais de cinema. Considerar o cinema nesse ambiente além das
André Porto Alegre é conselheiro de Admi-
compras é reconhecer que os centros comerciais são ce-
nistração e diretor executivo da Associação dos
nários propícios para o entretenimento e que este é o
Profissionais de Propaganda (APP).
verdadeiro terreno fértil e original do licenciamento.
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CAPA LICENÇAS NO VAREJO BRASILEIRO Ri Happy “Além da ambientação de loja, recursos como material de ponto de venda por tempo determinado também podem ser usados pelas marcas e pelos fabricantes licenciados no varejo. O comércio no segmento de brinquedos já explora bem as licenças e faz um trabalho muito bom com os fornecedores e as empresas de licenciamento. O desafio ainda são os lançamentos de filmes. Nesse ponto, o mercado norte-americano atua muito melhor do que nós. Trabalhar com licenças está no DNA de nossas bandeiras e o desafio é nos aprimorar nesse sentido. Este é o nosso dia a dia. Operações como ações promocionais, materiais de ponto de venda inovadores e exclusivos fazem a diferença no aumento das vendas. Nossa principal dificuldade é a existência de muitos produtos parecidos entre as licenças. Carecemos de inovação. A percepção do cliente sobre o produto licenciado é indiscutivelmente maior, quando conta com uma ação especialmente dedicada à linha. Esta é a realidade do segmento de brinquedos e, invariavelmente, é o que o cliente procura” – Sandra Haddad, diretora comercial da rede Ri Happy/PBKids.
Brascol “Além da ambientação de loja, podem ser usados recursos como promoções (sorteio de viagens, por exemplo) entre outras dinâmicas que levem o cliente não apenas a conhecer o produto licenciado, mas também o tornem mais propenso a adquiri-lo. A Brascol tem desenvolvido um trabalho com fornecedores e licenciadores, criando espaços, eventos e promoções dentro da loja e têm sido bem proveitoso. O mercado nacional poderia explorar melhor essas ferramentas no sentido de realizar uma aproximação maior entre licenciadores e licenciados, fazendo um trabalho para fortalecer a cadeia de negócios. Todas as operações que trouxerem novidades e vantagens para o comprador aumentarão as vendas. O cliente se sente bem mais valorizado, sente que a ação foi desenvolvida para ele e fica propenso a comprar mais” – Antonio Almeida, superintendente da Brascol.
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Lojas Renner “A parceria entre os licenciados/fabricantes e varejistas pode se dar além da ambientação do ponto de venda como com a utilização de e-mail marketing e a realização de promoções em conjunto (varejista e licenciado), que se fortificam com a união de duas grandes marcas. Além disso, a troca de conhecimento sobre o cliente é de extrema importância, pois ajuda a aprimorar o desenvolvimento dos produtos com foco nos desejos e necessidades do consumidor. A Renner já fez ações até mesmo com marca adulta, por meio do site e das demais redes sociais (Instagram e Facebook) e teve excelente retorno. Nas lojas, o mais importante é o produto. Precisa ter identidade com a licença, qualidade e informação de moda. Outro ponto relevante é a sua apresentação no ponto de venda (visual/merchandising), que precisa estar impecável para atingir o objetivo de sinalizar para o cliente as licenças, fazendo com que o produto se sobressaia por suas características. Tudo isso precisa ser feito sem agredir o restante da loja. Não podemos deixar um produto licenciado “solto” no ponto de venda. É importante que a coleção conte uma história e que desperte o desejo do cliente na exposição. Se falamos de super-heróis, é importante ter uma gama de camisetas com, no mínimo, três ou quatro diferentes personagens, coordenando-os entre si, que levarão o cliente a esse mundo de histórias em quadrinhos, resultando na venda por conta de todo o contexto estabelecido (produto, ponto de venda e informação de moda)” – Henry Costa, diretor de produto da Renner.
CONFIRA A EXPERIÊNCIA DE ALGUNS AGENTES.
nalidade de cada segmento, como volta às aulas, férias, Dia das Crianças etc. Além disso, temos um “Gostamos de levar diversão ao varejo com nossos espaços interativos, contação de histórias, visitas dos personagens. Para comemorar o aniversário da Magali de 50 anos, montamos uma oficina gastronômica para as crianças, por exemplo! Outra grande oportunidade foi a livraria da Turma da Mônica com a Saraiva, montamos estandes nos corredores de shopping com toda decoração e atividades para crianças e vendas de produtos exclusivos. Trabalhamos diretamente com cada licenciado para atuação diferenciada no varejo. Focamos na sazo-
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kit de materiais de ponto de venda para ações com o pequeno varejo. Algumas operações fazem a diferença para aumentar as vendas, tais como buscar pontos estratégicos nas lojas, dar visibilidade em vitrines, e-commerce, cross promotion (como varejo, licenciado e redes de cinemas), combos de produtos, campanhas “comprou-ganhou”, entre outras. O consumidor/fã quer estar próximo à Turma da Mônica, quando proporcionamos essa aproximação nas mais diferentes plataformas, a escolha do produto é a continuidade da experiência” – Mônica Sousa, executiva da MSP.
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CAPA
“A Viacom/Nickelodeon motiva os varejistas a desen-
ponto de venda. Os varejistas brasileiros podem inovar nas
volverem, além do material do ponto de venda, campa-
campanhas, desenvolvendo-as em parceria com empresas
nhas que entreguem aos consumidores uma experiência
de outros mercados, brindes diferenciados, maior envolvi-
de compra, como Meet & Greeting com os personagens;
mento com conteúdos digitais. Desde que começamos a
contação de histórias; viagens que possivelmente não
operar diretamente no Brasil, desenvolvemos muitas ações
fariam sem participação na campanha etc. O varejo in-
com varejistas parceiros das categorias de brinquedos, con-
ternacional, principalmente em algumas categorias, não
fecção, acessórios e publicações. O cliente que entra em
sobrevive sem as novidades de licenciamento. A demanda
uma loja cuja ação promove uma licença tende a fazer a co-
por marcas é intensa, porém o ciclo de vida de uma marca
nexão emocional com esta. Depois, vai admirar a qualidade
no mercado internacional é menor que no Brasil. As lojas,
dos produtos, se realmente retratam a experiência que esse
principalmente de brinquedos, e hipermercados traba-
consumidor tem com a marca e, em seguida, os atrativos
lham muito bem os pontos de venda e impactam até mes-
da campanha. Neste ano, temos de focar e ser criativos,
mo o consumidor que não pretendia comprar. O volume
trabalhando muito de perto dos varejistas e licenciados para
de vendas é tão grande que permite ao varejista um con-
atrair os consumidores” – Angela Cortez, diretora sênior
trato direto com a indústria e a oferta de linhas exclusivas,
de licenciamento da Viacom/Nickelodeon Brasil.
principalmente nos Estados Unidos. Um fator importante
Ação recente: Campanhas de lançamento do filme
para o sucesso em uma campanha é o planejamento, des-
Tartarugas Ninja na Rihappy – premiada como “Melhor
de a compra de produtos até a chegada da mercadoria no
campanha de varejo de 2014” – e do Bob Esponja.
pação do consumidor, durante e após o processo de com“Gerar uma experiência de compra atrativa é funda-
pra. As ações com agrupamento de linha e tematização
mental para a satisfação dos consumidores de hoje, cada
cenográfica trazem resultados bastante positivos. Além
vez mais conectados. O uso das ferramentas de tecnolo-
disso, quando as ações trazem uma premiação desejada
gia, como QRCodes, realidade aumentada, holografias,
pelo consumidor também temos bons resultados (como
leva novos conteúdos, entretenimento e maior visibili-
festa de aniversário da Galinha Pintadinha, viagem à Nova
dade à marca no ponto de venda. Além disso, o envol-
York com a Capricho). O consumidor de hoje deseja ser
vimento das redes sociais em campanhas promocionais,
especial e único. Com uma ação, ele se sente valorizado e
o uso de hashtags e os compartilhamentos são recursos
mais próximo à marca” – Patricia Maria Gomes, geren-
valiosos. As grandes redes de varejo internacionais ex-
te de Trade Marketing da Redibra.
ploram a experiência de compra nos cinco sentidos. As
Ação recente: Galinha Pintadinha no mercado inter-
ambientações possuem muitos elementos cenográficos,
nacional, por meio de agências na Espanha, na Argenti-
recursos tecnológicos, interativos e trazem maior envol-
na, no México, no Chile, na Colômbia e no Peru, envol-
vimento do consumidor com a marca. O varejo brasileiro
vendo redes regionais da América Latina como Falabella,
é bastante segmentado. Dentro das suas particularida-
Cencosud, além de redes locais como El Corte Ingles e
des, as redes devem trazer inovação e estimular a partici-
Palacio de Hierro.
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®
Brasil. Em alguns pontos de vendas a quantidade de produtos licenciados é muito grande, assim como de materiais promocionais. Dessa maneira a loja acaba ficando poluída e nenhuma marca tem boa visibilidade. Temos tido ótimas experiências nos pontos de vendas
“Para a ambientação da loja podemos fornecer
com as ações que fizemos que envolvem a presença
materiais de POP como displays de sinalização, cubos,
da personagem e a realização de oficinas infantis. As
balões metalizados e adesivos de vitrine. Além disso,
operações que geram um benefício extra para o con-
realizamos ações promocionais com entrega de brin-
sumidor na hora da compra do produto e também
des com mecânicas variadas. Também promovemos
as que proporcionam uma experiência diferenciada. A
ativações como a visita da personagem Hello Kitty
percepção do cliente é muito positiva, porque a ação
à loja, assim como a realização de oficinas recreati-
faz com que ele fique muito mais envolvido ao “mun-
vas infantis. Essas ações são sempre divulgadas em
do” do personagem” – Ponciana de Carvalho Lo-
nossas redes sociais e sites. No mercado internacio-
pes, coordenadora de Trade Marketing da Sanrio.
nal também são utilizados muitos materiais de POP e
Ação recente: A Sanrio é uma empresa japone-
são feitos espaço/corners especiais da Hello Kitty no
sa, com escritórios pelo mundo e produtos Hello Kitty
grande varejo. Avaliando o que foi feito no varejo no
presentes em mais de cem países, por isso tem diver-
exterior e foi bem-sucedido, para aplicar também no
sificada experiência internacional.
De acordo com Gian, é preciso diagnosticar as condições do mercado e, a partir delas, definir claramente as oportunidades da marca. “As melhores campanhas são aquelas que ainda não foram feitas, as que surpreendem o consumidor e trazem ganho real. O licenciamento brasileiro está evoluindo. Mas é necessário ter clara a estratégia a ser seguida, para que uma marca não canibalize outra, minimizando suas oportunidades de venda”, orienta. Por fim, o produto licenciado,
IMPORTANTE! No ponto de venda, a marca deve fazer a conexão com o universo digital. Iniciativas mais agressivas de varejo, como a abertura de lojas próprias e conceituais, são oportunas na atual corrida pelo espaço perdido para o e-commerce. A simultaneidade entre os princípios atração, conexão e experimentação bem-sucedida é o que fideliza o cliente.
com adequação de preço, exposição que remeta ao sonho e uma promoção inovadora envolvida, deve ser a base para criação de novas iniciativas e para me-
Serviço:
lhor exploração do varejo. “Como bem definiu Walt
Com LicenSa
Disney: ‘quando fazemos fantasia, não devemos per-
www.comlicensa.com
der de vista a realidade’.”, finaliza Gian.
contato@comlicensa.com
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TRENDS – NOVOS MERCADOS
Licenciamento 2.0 A
maioria de nossos leitores sabe que sou um
com colarinho dobrado, uma patente que ganhou o
entusiasmado defensor do mercado de li-
mundo com a marca Van Heusen. Com o tempo, a
cenciamento para consumidores adultos.
empresa (agora PVH – Phillips Van Heusen) adicionou
Em 2014, escrevi nesta coluna que exatos 50% da
novas marcas a sua linha de produtos e, com o obje-
receita bruta gerada pelas 20 maiores empresas de
tivo de focar em seu principal negócio – camisas –,
licenciamento do mundo originam-se de marcas fora
passou a licenciar alguns de seus produtos e marcas
do universo infantil. Por diversas razões, essa realida-
para outras empresas.
de ainda não está espelhada no Brasil, ainda que eu
Em 1950 a empresa foi pioneira no uso de cele-
preconize que a tendência é caminharmos nessa dire-
bridades em sua publicidade usando nomes como
ção. Mencionei ainda que a maior empresa de licen-
Ronald Reagan, Charlton Heston e Mickey Rooney.
ciamento do mundo é a ‘The Walt Disney Company’,
Com uma estratégia que mistura operações próprias
claramente focada no universo infantil com fatura-
com licenciamento a PVH consolidou sua posição no
mento global de US$ 48,8 bilhões (US$ 3,98 bilhões
mercado de moda com três unidades de negócios an-
dos quais referentes a licenciamento).
corados pelas marcas Calvin Klein, Tommy Hilfiger e
Nesse ranking, a segunda maior empresa de licen-
Heritage Brands. É justamente nesse modelo de ne-
ciamento do mundo é a PVH Corp. com faturamento
gócio que a PVH alcançou posição tão significativa.
no varejo de US$ 18,9 bilhões (US$ 8,2 bilhões oriun-
Quando percebe uma oportunidade de complemen-
dos das marcas) em 2013, sendo basicamente 100%
tar sua linha de produtos com uma marca que não
focados no mercado não infantil. Imagino que todos os
lhe pertence, eles a licenciam, como licenciados. Da
leitores reconhecem a primeira empresa, mas tenham
mesma forma, quando a oportunidade de expansão
dúvidas sobre a segunda. Talvez mencionando suas
de uma marca própria é percebida, eles a licenciam,
marcas fique mais fácil: Calvin Klein, Tommy Hilfiger e
como licenciadores.
Heritage Brands (Izod, Arrow, e Speedo entre outras).
Os executivos da PVH conhecem a força do licen-
A história da PVH é bem interessante e demonstra,
ciamento e a usam de forma a otimizar suas opera-
de forma inequívoca, como o licenciamento pode ser
ções de atacado, varejo e vendas on-line. Atualmente
uma poderosa ferramenta de crescimento.
a receita com licenciamento apresenta margens de
A empresa nasceu em 1881, pelas mãos do casal
contribuição perto de 100% (isso mesmo que você
Moses e Endel Phillips que, com seus filhos, costu-
leu!) e a expectativa é de crescimento entre 8% e
ravam à mão camisas para os trabalhadores das mi-
10% para os próximos quatro anos. Nesse cenário, o
nas de carvão da Pensilvânia. Mais tarde, os Phillips
Brasil é mercado-chave nas projeções da empresa, seja
juntaram-se a um imigrante holandês chamado John
com a marca Calvin Klein, seja com a Tommy Hilfiger.
Manning van Heusen, inventor da primeira camisa
Tal crescimento e musculatura, considerando que
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a empresa adquiriu sua maior estrela (Calvin Klein)
Aqui, ainda prevalece a ideia da verticalização em
em 2003, é em boa parte explicada pela estratégia
marcas, o empresário ou executivo do varejo prefere
de consolidar-se no mercado jovem e adulto, buscar
investir em suas próprias marcas a pagar por um licen-
incansavelmente os mais altos níveis de qualidade e
ciamento sem se dar conta de que seu negócio é ven-
certamente operar uma bem-sucedida mistura de li-
der produtos e servir clientes e não necessariamente
cenciamento com operações próprias.
construir marcas.
O Brasil possui uma estrutura de varejo muito
Quem sabe se por aqui o varejo focasse mais na
sofisticada, não apresenta os níveis de concentração
operação de venda e serviços e gastasse menos tem-
que observamos nos Estados Unidos e na Europa e
po e recursos construindo suas marcas próprias (que
lida com sucesso com uma logística de distribuição
como o nome diz, são próprias!), não alcançássemos
extremamente complexa e difícil, seja pela falta de in-
níveis de sucesso ainda mais relevantes que os atuais?
fraestrutura adequada, seja pelas enormes diferenças
Porém, essa é uma longa discussão no país onde tudo
regionais. Entendo que isso é um ponto positivo para
parece, mas não é...
o nosso país. Por outro lado, o empresário brasileiro de varejo pouco conhece do licenciamento e isso está
Marcus Macedo é diretor da Associação Brasileira
claro na quantidade de marcas licenciadas encontra-
de Licenciamento – Abral e sócio na Santa Cruz
das nas lojas, em comparação a marcas próprias.
Marketing.
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EXECUTIVO & CIA.
Marcelo Mouawad Formação: Engenheiro civil, com especialização em Marketing, pela Poli/USP. Empresa: Comercial Semaan Cargo: Diretor comercial Tipo de indústria: Distribuição, atacado e varejo Data de fundação: Janeiro de 1961 Profissional do mercado há: 24 anos Filosofia do executivo: Analisar o histórico do mercado, com o retorno atual e as previsões para o futuro na busca de reconhecer padrões e agir assertivamente. Da cabine de controle: O ano de 2015 começa com muitas incertezas, principalmente econômicas. A instabilidade do dólar e o atual cenário político provocam uma diminuição da intenção de compra. Esta situação exige muito estudo das estratégias comerciais em todos os níveis, pois as oportunidades deverão ser procuradas com lentes de aumento. Na Semaan, nós nos antecipamos aos percalços e mantemos diferenciais tais como melhores prazos, produtos com bom valor agregado e alto giro, preços competitivos e direcionamento para nossos clientes sobre as tendências do segmento. Prós e contras do mercado brasileiro: Trata-se do mercado mais empreendedor do mundo e não faltam oportunidades. Além disso, temos um mercado consumidor pulverizado em um grande território e que hoje, em volume, é um dos maiores. Por outro lado, a alta carga tributária, uma legislação com exigências conflitantes que geram burocracia e a falta de eficiência da mão de obra, devido ao baixo investimento em educação, e o déficit de infraestrutura do setor produtivo pesam contra os negócios. Técnicas mais adotadas: Proximidade real com as equipes de venda e consumidores, treinamentos nas lojas, conceituação e valorização das linhas de produtos, monitoramento e participação online, principalmente nas mídias sociais e, acima de tudo, fé em Deus e nas pessoas. Esse conjunto funciona bem. Minhas referências: Em primeiro lugar, certamente, o meu pai Semaan Mouawad. Não posso deixar de citar meus professores do ginásio e colegial, os padres e meus técnicos do basquete, pois influenciaram minha vida pessoal e profissional. Melhor ferramenta de marketing: Sem dúvida, o boca a boca. O Facebook, hoje, é a menina dos olhos das campanhas por amplificar essa propaganda. Vender é... Uma dose de encantamento do cliente, uma de avaliação do real custo/benefício do produto e outra de conhecimento acerca do que está sendo oferecido. Equipe treinada é sinônimo de: Resultados acima da média e longevidade. Lição de vida: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós” – versículo bíblico citado por Cristo no Sermão da Montanha. Oportunidades geradas para o Brasil: A valorização e a busca do real consumidor brasileiro, por meio da oferta e do desenvolvimento junto à indústria de um mix de produtos mais adequado a seus desejos e anseios. Tenho orgulho: De fazer parte da evolução da Semaan e, nesse caminho, ter deixado boas lembranças e expectativas positivas aos que conviveram comigo. Palpite: Todo o valor estará cada vez mais agregado à propriedade intelectual. Pretendo parar quando... Ainda não vejo um final, mas quero que seja bem bonito, feliz e abençoado. Por enquanto, sem planos de parar. Sigo focado no atendimento, a fim de cumprir as metas que desenhei para trilhar meu caminho.
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VITRINE
Predominantemente licenciada!
Skates e patinetes Coca-Cola [Bel Fix]
Linha de Jogos O Show da Luna [Brinquedos Estrela]
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Linha de cozinha Lilica Ripilica [Bang Toys]
CrystalFantasy Disney [Copag]
Nova linha Hello Kitty [Braskit]
Boneco Pocoyo [Cardoso]
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Pelúcia Mickey [Dican]
Boneca Elsa Frozen [Elka]
Almofadas linha Disney [Fom]
Pelúcia Pou [Grow]
Copos da Disney [Girotondo] Skate Angry Birds [Fun Divirta-se/ Barão Distribuidora]
Frozen Bracelete Mágico de Gelo [Intek]
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Móbile de plástico da Turma da Mônica [Kitstar]
Bonecas Descendentes Disney [Hasbro]
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VITRINE
Pelúcias do filme Home – DreamWorks [Long Jump]
Mordedor Galinha Pintadinha [Latoy]
Cozinha Chiquititas [Magic Toys]
Fantasia com a respectiva boneca Disney Princesa [Mimo Brinquedos] George de empurrar [Lider Brinquedos]
Bonecos As Tartarugas Ninja [Multikids]
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Pelúcia musical – O Show da Luna [Multibrink]
Bonecos Amigo do Torcedor [Novabrink – Babybrink]
Travesseiro Galinha Pintadinha [Neopan]
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Jogo Achei! Luciano Martins [Nig]
Bebê Motorista – Mundo Bita [Semaan Distribuidora]
Maquininha de Costura Lalaloopsy [Play Cis]
Fantasia Doutora Brinquedo [Rubies Fantasias]
Bonecos Divertida Mente [Sunny Brinquedos]
Body Galinha Pintadinha [Sulamericana]
Castelo Frozen [Xalingo]
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Caixa Registradora Frozen [Yellow]
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AGENTE
H
á dez anos a Hasbro licencia suas marcas
de é Mágica”, produzida pela Hasbro Studios e que
no mercado brasileiro, trabalhando junto
está no ar em mais de 180 territórios pelo mundo.
com importantes parceiros. Ícones como
Além da relevância comercial, a franquia transmite
Transformes, My Little Pony, Equestria Girls, Mr. Po-
mensagens socialmente relevantes de tolerância e
tato Head, Play-Doh e Monopoly ajudam a formar o
amizade, que agradam também aos pais. Neste ano,
portfólio de peso dessa empresa global. No Brasil, a
serão mais de 200 licenciados ao redor do mundo,
primeira marca licenciada foi My Little Pony, para mo-
em mais de 17 categorias de produtos inspirados na
chilas Xeryus, em 2005.
série animada.
Aliás, trata-se de uma marca que segue forte até
Play-Doh é outra marca que promete para 2015.
hoje. “My Little Pony foi relançada em 2010 com uma
A propriedade teve um forte crescimento no merca-
estratégia global de sucesso aliando entretenimento,
do de brinquedos nos últimos anos e nos próximos
licenciamento e varejo. Desde então, vem crescendo
meses serão lançados produtos licenciados nas áreas
e já representa globalmente aproximadamente 650
de arts & crafts, atividades, ar livre e volta às aulas.
milhões de dólares americanos em vendas no varejo,
Já a franquia Transformers ganhou uma série anima-
em todos os produtos de consumo”, diz Leandro Sil-
da para a televisão: Transformers Robots in Disguise,
va, gerente sênior de licenciamento da Hasbro para
que inclui integração tecnológica, pela qual os con-
Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil.
sumidores poderão escanear um QR code que estará
A popularidade dessa licença foi impulsionada
impresso nos brinquedos e produtos licenciados. O
pelo hit da série animada “My Little Pony: A Amiza-
código libera o acesso a conteúdos digitais gratuitos para que o consumidor possa continuar se divertindo virtualmente.
ESTREIAS PARA AGITAR! - Nova série animada Transformers Robots in Disguise, no Cartoon Network. - Nova temporada da série animada My Little Pony: A Amizade é mágica, no Discovery Kids. - Longa-metragem My Little Pony, previsto para 2017. - Equestria Girls com novo filme animado.
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ALGUMAS MARCAS DA HASBRO • Transformers • Transformers Rescue Bots • My Little Pony • Equestria Girls • Littlest Pet Shop • Mr. Potato Head • Play-Doh • Nerf • Nerf Rebelle • Doh Vinci • Monopoly
os materiais criativos disponíveis e os principais temas e destaques das histórias desde cedo nos permite ter um produto muito mais bem integrado que se encaixa na aparência geral da marca. Procuramos sempre melhorar a exposição e a presença de nossas propriedades no varejo, bem como apoiar nossos licenciados na abertura de novos canais”, diz Silva. Para ele, o mercado de licenciamento está amadu-
Parcerias no licenciamento – A Hasbro está
recendo. “O licenciamento já é identificado como uma
sempre em busca de licenciados para levar suas
grande possibilidade de crescimento com grande inves-
marcas ao varejo. “Buscamos parceiros que parti-
timento de marketing por parte das licenciadoras. Além
lham os mesmos valores e princípios éticos da Has-
disso, eventos importantes como os Fóruns e a Feira de
bro, que são líderes em sua categoria e compro-
Licensing, produzidos pelo EP Grupo, auxiliam muito na
metidos com o desenvolvimento de produtos de
captação de novos parceiros de negócios”, finaliza.
qualidade”, diz Silva. O executivo explica que, para sucesso das parcerias no licenciamento, a Hasbro trabalha em colaboração com as equipes de desenvolvimento na elaboração
CASE DESTAQUE!
dos guias de estilo das marcas. “Assim fica mais fácil
Equestria Girls teve seu filme lançado
para os nossos licenciados entenderem a melhor for-
no Dia das Crianças de 2013, no canal Dis-
ma de incorporar os valores de cada marca em seus
covery Kids, junto a sua linha de bonecas.
produtos, bem como em seu negócio. Compreender
Menos de dois anos desde o lançamento, a propriedade já tem mais de 15 licenciados presentes em várias categorias, tais como mochilas, cadernos, vestuário, acessórios, promoções, publicações, brinquedos e fantasias. Seus filmes, quando exibidos no canal Discovery Kids, continuam apresentando excelentes resultados de audiência.
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EM DESTAQUE
Vamos viajar? Personagens agitam as férias e o mercado de licenciamento
O
s agentes que apostam em licenciamento para fins turísticos advertem: diversão e bons negócios garantidos. Inicia-
tivas nessa linha surgem aqui e ali, e o mercado ainda tem muito para licenciar quando o assunto são viagens. Para as férias de julho deste ano, por exemplo, foi anunciado um acordo entre a operadora Agaxtur e a Mauricio de Sousa ao Vivo para levar a Turma da Mônica até Bariloche. “É uma parceria muito feliz, na qual as famílias terão um contato marcante com os personagens e o universo Turma da Mônica. Será o primeiro destino internacional dos personagens e espero que seja o primeiro de muitos”, declarou Mauro de Sousa, diretor da Mauricio de Sousa ao Vivo. Os pacotes para Bariloche incluem passeios, atividades com os personagens e brincadeiras na neve.
Segundo Aldo Leone Filho, presidente da Agaxtur, a presença da turma é um importante elemento no pacote: “É, sem dúvida, um diferencial
Ver ao vivo os
personagens que estão conosco desde a infância é algo inesquecível. Nós sabemos muito o valor disso e sem dúvida essa bagagem com a Disney ajuda muito agora com a Turma da Mônica
importante para quem viaja, principalmente para as famílias”, diz ele. A empresa também é a operadora oficial da Disney no Brasil. “Isso nos dá uma expertise incrível. Cada grupo que levamos para lá volta encantado. Ver ao vivo os personagens que estão conosco desde a infância é algo inesquecível. Nós sabemos muito o valor disso e sem dúvida essa bagagem com a Disney ajuda muito agora com a Turma da Mônica”, completa. Falando em Disney, é impossível não lembrar sua frota de navios, operante desde 1998. Entre os pacotes oferecidos neste ano estão os do Disney Magic e Disney Wonder, com destinos na Europa e
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ências e natureza: o Discovery at Sea. Fruto de um acordo entre a empresa Princess Cruises e a Discovery Consumer Products, o cruzeiro tem atividades relacionadas às marcas e à programação da Discovery, com experiências interativas que foram concebidas para trazer aos viajantes conhecimento sobre a vida, a história e a natureza dos lugares visitados. O conteúdo é baseado em propriedades da marca como Science Channel e Animal Planet e programas como Mythbusters e Shark Week. Hospedagem divertida – Em terra firme, as férias também podem ser repletas de personagens. Crédito foto: David Roark
Recentemente, a Viacom International Media Networks (VIMN) anunciou um acordo para desenvolver o Nickelodeon Hotels em parceria com o Karisma Hotels & Resorts. O nome ainda é provisório, mas a iniciativa inédita para hotéis internacionais da Nickelodeon já está confirmada. A previsão é no Alasca. Eles levarão passageiros para uma imer-
de que o Nickelodeon Punta Cana, na República
são no universo do sucesso de bilheteria “Frozen – Uma Aventura Congelante”. Durante o trajeto, o navio será transformado em um reino de inverno com diversas atrações temáticas e os passageiros que passarem pela Noruega, a terra que inspirou o reino de Arendelle, participarão de atividades em terra firme com a presença de Anna e Elsa. Para oito viagens em 2016, a Disney preparou também a atração chamada “Dia Star Wars em alto mar”, que marcará a estreia oficial dos heróis e vilões da saga na Disney Cruise Line. A Hello Kitty, propriedade da Sanrio, também já se familiarizou com a vida em alto mar. Ela marcou presença no Chilli Beans Fashion Cruise com um espaço especial no Costa Favolosa, em março deste ano. Por fim, ainda falando em cruzeiros, ganha destaque uma parceria que atrai tanto famílias com crianças, quanto adultos apaixonados por ci-
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EM DESTAQUE
Nosso acordo
para desenvolver o Nickelodeon Hotels nos dará a oportunidade de expandir nossa parceria existente e oferecer um estilo de experiência Nickelodeon que toda a família pode participar e desfrutar
Hotels nos dará a oportunidade de expandir nossa Dominicana, seja aberto no final de 2016. Quem
parceria existente e oferecer um estilo de experiên-
se hospedar nesses locais poderá curtir a presença
cia Nickelodeon que toda a família pode participar e
dos personagens favoritos da Nickelodeon, como
desfrutar”, disse Gerald Raines, vice-presidente sê-
Bob Esponja, Dora e As Tartarugas Ninja.
nior global da Nickelodeon Recreation Partnerships.
“Acreditamos que o local elevará o parâmetro
Voltando ao Brasil, há o caso do Mabu Thermal
das férias em família em destinos tropicais cobiça-
Grand Resort de Foz do Iguaçu, que fez um acordo
dos. Nosso acordo para desenvolver o Nickelodeon
com a área de licenciamento da Globo para levar os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo às suas instalações. Diversas atrações com a temática
Viajando para torcer
do Sítio envolvem a área de lazer do resort.
A parceria entre o Cruzeiro Esporte Clube e a
Entre as atividades, está a contação de histórias da
Primus Turismo – agência mineira de turismo – nas-
Dona Benta. Além disso, os hóspedes podem apren-
ceu em 1994. Foi em 2014 que a Primus assumiu
der a preparar receitas da Tia Nastácia, como o seu fa-
as operações da licenciada Cruzeiro Esporte Tour.
moso bolinho de chuva. No lago Mabu, o Tio Barnabé
Os serviços da empresa incluem atender torcedores
está sempre pronto para ensinar as crianças a pescar
cruzeirenses que querem viajar, oferecendo paco-
e, para quem gosta de literatura, há uma biblioteca
tes, passagens aéreas, hospedagem e organizando
que oferece as principais obras de Monteiro Lobato.
visitas aos centros de treinamento do Cruzeiro Es-
“Transportamos o Sítio do Pica-Pau Amarelo do mun-
porte Clube. Além disso, a agência promove ações
do da ficção para o real, tornando a emoção um senti-
de integração entre os sócios-torcedores e campe-
mento presente nas crianças e nos adultos”, comenta
onatos e eventos do clube.
Douglas Meneses, o gerente geral de marketing da Rede Mabu Hotéis & Resorts.
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EMPRESA
F
undada em 1996, no município de Casta-
Ofertando um mix com 65 itens, a empresa pro-
nhal, no Pará, a indústria de laticínios Flam-
duz desde iogurtes tradicionais, gregos e funcionais,
boyant está atualmente instalada em uma
até leites fermentados e sobremesas lácteas. Em des-
área de 15.000 m² e conta com mais de 500 colabo-
taque, o consumidor encontra a linha Flamboyant
radores diretos. Em seu portfólio, uma vasta gama
Exotic, com sabores regionais de açaí com guaraná e
de produtos que inclui linhas de licenciados. Para o
cupuaçu. Também chamam atenção as linhas licen-
gerente de marketing Jeová Campos, a qualidade
ciadas do Pica-Pau, a do Patati Patatá e a nova linha
da produção foi responsável pelo destaque da em-
BioMais Ana Hickmann.
presa no mercado ao longo desses quase 20 anos
Falando em Woody Woodpecker (o Pica-Pau), ele
de história: “Também é importante a eficácia na
foi o primeiro personagem licenciado para produtos
prestação de serviços. Sempre buscamos soluções
da empresa – a iniciativa aconteceu em 2011. Se-
tecnológicas inovadoras para aprimorar a produção
gundo Campos, foi um importante passo para agre-
e investimos na qualificação de colaboradores em
gar valor à marca Flamboyant. “Nossa experiência
todos os setores da empresa”, diz ele.
nos mostra que obtivemos um ganho expressivo em
Com o licenciamento, criamos um forte apelo e um diferencial junto ao mercado varejista e, principalmente, alinhamos nossa estratégia de produto com o nosso target
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faturamento e distribuição. Com o licenciamento, criamos um forte apelo e um diferencial junto ao mercado varejista e, principalmente, alinhamos nossa estratégia de produto com o nosso target”, diz ele. Além disso, o executivo enxerga que as marcas atuais ainda têm bastante a oferecer, à medida que estão desenvolvendo e ampliando projetos atuais. “Ainda temos oportunidades de avançarmos com as licenças que trabalhamos hoje, seja com novos produtos, seja com a distribuição em novos mercados”, resume. De Castanhal, os laticínios são distribuídos para cidades nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Visão de mercado – Segundo Campos, o licen-
e têm diferentes perfis de consumidores, que variam
ciamento de marcas avança e ainda tem muito a
conforme o público-alvo de cada marca. E, para
oferecer: “apesar do avanço nos últimos anos, acre-
movimentar o ponto de venda, a Flamboyant geral-
ditamos que o Brasil ainda precisa saber aproveitar de
mente promove ações de degustação ou “compre-
maneira mais eficaz e inovadora as oportunidades que
-ganhe”, com brindes personalizados.
o universo do licenciamento oferece, como a ampla possibilidade de agregar ações efetivas no ponto de venda e desenvolver novas parcerias comerciais”. No processo de seleção de licenças atuais, a Flamboyant realizou pesquisas para avaliar a adequação das franquias aos produtos, o potencial de vendas e sua credibilidade junto ao consumidor. Para 2015, a empresa planeja o lançamento de novas linhas e a ampliação de algumas já existentes. “Além disso, estamos modernizando e investindo ainda mais no nosso parque industrial e lançaremos outras novidades em breve. Outro ponto importante é levar os produtos da Flamboyant para nossos mercados, sempre de maneira competitiva.”, finaliza Campos.
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NX Zero, Paula Fernandes, Neymar e Manu Gavassi foram alguns dos premiados da noite
ESPECIAL
A
primeira edição do Licensing Road Show aconteceu em 7 de abril, no Novotel, em São Paulo. Organizado pelo EP Grupo, o evento veio para
reunir agentes, representantes do varejo e fabricantes em diversos segmentos de produtos, fomentando licenciamento de marcas no Brasil. Foi uma manhã movimentada com apresentações de Nickelodeon, Redibra, Hasbro, Tycoon 360, Sato Company, LuK Marcas e Disney. Veja quem passou por lá!
Juliana Luiz e Betina Zeterka (Bmart) e Tatiane Tardelli (Nickelodeon)
Plateia no Licensing Road Show
Kiko Smitas (SulAmericana), Renato Zindeluk Luciana Ramos (Francal) e (Luk Marcas) e Rodrigo Rocha (Jandaia) Cláudia Oliveira (Meleka Kids)
Rodrigo Rocha (Jandaia), Ricardo Soares (Pacific), Carolina Barati (Tilibra) e Claudia Franco (Santino)
Vinicius Silveira e Fernanda Saul (Redibra), Denise Philip (TV PinGuim) e Patricia Gomes (Redibra)
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Adriana Amiralian e Lígia Sposito (Phisália)
William Shyu e Fernanda Cancela (Positivo)
Ana Saraiva, Maria Eugenia, Daniela Diesedruck e Tatiana Musa (Redibra)
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Gian Cantinela (Com LicenSa), David Diesendruck (Redibra), Érika Gicomelli (Tycoon 360) e Luis Tanigushi (Com LicenSa)
Ana Amélia (Play), Darlene Rodriguez, Bryony Bouyer e Leandro Silva (Hasbro)
Priscila Ito, Juliana Mengai, Alessandra Valini, Rachel Costa e Joana Portugal (Nickelodeon)
Marco Aurélio Darcie, André Ribas Darcie e Tommy Darcie (Bumerang Brinquedos)
Graziela Angeli (Regina Festas), Ana Amélia e Caroline Kamakura (Play)
Luciana Ramos (Francal), Maria Eugênia e Fernanda Saul (Redibra)
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Angela Savi, Mirella Lavrini, Melanie Gouvea e Carolina Carvalheiras (Pernambucanas)
Priscila Haddad (Disney)
Graziele Angeli, Luiz Henrique e Fernanda Badan (Regina Festas)
Camila Ayako (Long Jump), Ligia Russiano (Foroni) e Juliana Mengai (Nickelodeon)
Edson (Pacfic), Fabiano Flaminio (Alto Astral) e Ana Beraldi (SulAmericana)
Nelson Sato, Everton Kinoshita e Adriano Sato (Sato Co.)
Carolina Andrade e Tais Yoshimura (Xeryus)
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DESIGN
Style Guide
Q
uem está no mercado do licenciamento há
marca, como o visual de um catálogo, um anúncio de revis-
um pouco de tempo sabe que style guide
ta, cartazes e muitos outros formatos de divulgação.
ou guia de estilo é o manual de artes para
Style guide promocional
o designer criar os novos produtos e artes para uma
O guia de estilo promocional é um projeto pouco vis-
marca. Recapitulando a descrição de uma matéria an-
to, pois pode ser substituído pelo guide de estilo para
terior, esse material deve passar algumas característi-
embalagens. Porém, a grande diferença é o fato de nes-
cas básicas da marca, como:
te caso ser usada a embalagem do cliente licenciado, e
1. estilo de criação do visual de seus produtos;
não a embalagem da marca. Seu foco são os projetos
2. estilo gráfico da marca no período de validade
de divulgação com período de baixa duração, como lan-
do material;
çamento de filmes, temas de datas específicas e ações
3. formas de uso da marca;
pontuais para um evento − por exemplo, Copa do Mun-
4. restrições de uso da marca e do material;
do ou Olimpíadas. Também abarca diferentes tipos de
5. artes adequadas para os diversos tipos de pro-
aplicações, tais como:
duções de produtos.
In-pack – É a promoção na qual se agrega um brinde
Porém, existem diversos tipos de style guides que
ou benefício dentro da embalagem de um produto. Ex.:
podem ser usados por uma marca para posicionar os
caixa de cereal com um boneco dentro do pacote – pode
seus produtos, de acordo com a necessidade de cada
ser aplicado com ou sem o personagem do licenciado.
projeto ou ação. Neste artigo, descreverei alguns dos principais tipos: Style guide de produto
On-pack – É a promoção na qual um brinde ou benefício vem preso fora da embalagem de um produto, ou ele é até mesmo dado por meio de um cupom.
O guia de estilo para o desenvolvimento de produ-
Ex.: uma colher decorada junto com um pote de iogurte.
tos é o material de uma marca usado para a criação
Co-branded (near pack) – Ação em que o consu-
visual e gráfica de novos artigos. Esse material deverá
midor ganha um brinde na compra de um produto da
carregar a essência da marca como estilo visual, tipos
promoção.
de acabamentos, cores e as dicas e permissões de uso do respectivo material. Style Guide de Embalagem O mesmo modelo de guia de estilo de marca é o material de embalagem que contém os arquivos e padrões visuais para o desenvolvimento dos diversos tipos e possibilidades de embalagens. Style guide de ponto de venda O guia de estilo para ponto de venda é um material extremamente cobiçado e necessário para o desenvolvi-
Self-liquidating – É a ação promocional com troca em quiosque – na maioria das vezes, com custo extra para o consumidor. Ex.: compre 3 itens e, com mais R$ XX , receba um copo especial do personagem. Ponto de venda – É o material decorativo para a promoção da marca nos diversos móveis e equipamentos que compõem o ambiente do ponto de venda. Os materiais mais usuais são: faixa de gôndola, cartaz, adesivo de chão, testeira, banner e testeira de gôndola.
mento de peças para campanhas de marketing e também de materiais de divulgação dos produtos de uma
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Gustavo Pettinatto Lúcio é diretor da agência Estúdio n’Ovo.
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JURÍDICO
O papel do varejo no combate à pirataria
M
uito tem se falado sobre as ações de com-
bater esse tipo de crime? Muitos atribuem tal respon-
bate à pirataria no Brasil, onde é fácil per-
sabilidade ao governo, que possui o poder de polícia
ceber que, apesar de alguns avanços na
para combater os ilícitos. Já outros atribuem essa res-
última década, muito ainda há para se fazer.
ponsabilidade ao judiciário, que deveria condenar com
A ABRAL, preocupada com o crescimento da pirataria
rigor todos aqueles que participam de atos de violação
das propriedades dos seus associados, tem liderado algu-
da propriedade intelectual. Há também quem apon-
mas ações que certamente trarão excelentes frutos para
te a indústria como responsável, uma vez que é ela a
o segmento. As discussões acerca da necessidade de en-
maior prejudicada pela oferta de produtos pirateados
frentarmos o tema permearam todas as reuniões que até
e, ainda, aqueles que culpam os consumidores, que,
aqui tivemos desde a mudança na presidência e diretoria
em última análise, são os que acabam por alimentar
da ABRAL. Assim, é tempo de agir! Para isso, definiu-se
essa intrincada rede do crime. E o que falar do papel do
um planejamento estratégico, contendo algumas ações
comércio varejista nessas ações?
que serão levadas a cabo até o final deste ano.
Digo, sem pestanejar, que, além de governo, judiciário,
Entre estas ações, ganha destaque a elaboração de
indústria e consumidores, o varejo é um dos segmen-
uma cartilha informativa, dirigida aos agentes públicos
tos que mais tem a se beneficiar com o combate à pi-
responsáveis por brecar a entrada de produtos falsifica-
rataria. A capilaridade do comércio varejista é uma im-
dos em nosso País. Estreitaremos cada vez mais laços
portante arma contra a ilegalidade, pois o seu poder
com a Receita Federal, a fim de promover uma inten-
de penetração junto aos consumidores é (ou deveria
sa troca de informações entre o segmento e os agentes
ser) um forte aliado na luta contra as práticas ilegais.
aduaneiros, o que certamente trará um incremento nas
Já imaginaram se associações e câmaras de comércio
apreensões de produtos falsificados que vêm do exterior
e de lojistas ou mesmo os representantes de shopping
e que inundam o nosso comércio.
centers promovessem uma verdadeira união de esfor-
Outra cartilha, com a mesma intenção, será dispo-
ços, tendo como bandeira o respeito à propriedade in-
nibilizada aos varejistas, para que os próprios lojistas e
telectual, programando uma campanha de observância
distribuidores possam fomentar a necessidade de se pre-
à legalidade e de combate às falsificações? No mínimo,
servar as práticas legais de comércio; afinal, é sabido que
isso traria um aceno para a população dos verdadeiros
aqueles que vendem e ofertam produtos não licenciados
prejuízos trazidos pela pirataria.
estão sujeitos a sanções civis e criminais. Este é o objetivo
A conscientização dos consumidores é a melhor for-
principal deste pequeno artigo: despertar a necessidade
ma de se enfrentar esse problema. Sim, consumidores
do varejo de enfrentar duramente a pirataria.
estes, muitas vezes, verdadeiros heróis, que resistem à
De quem afinal é a responsabilidade de se com-
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oferta de produtos ilegais, privilegiando a compra dos
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produtos oficiais. Cada consumidor que adquire um pro-
A complexidade do “fenômeno” da pirataria faz
duto original deveria ser reverenciado pelos lojistas for-
com que ela deva ser combatida com repressão severa
mais, com agradecimentos expressos pela sua escolha.
e com a conscientização da população acerca dos males
A tentação de se comprar um produto ilegal é
que ela produz.
imensa, principalmente pelos baixos preços pelos
Sem dúvidas que a repressão é missão do Estado,
quais são ofertados, mas todos nós sabemos que,
mas a conscientização é papel de todos nós, inclusive
além de serem de qualidade ruim, na maioria das ve-
do varejo.
zes causam danos à saúde e à segurança dos consumidores, além de não recolherem impostos, gerarem
Márcio Costa de Menezes e Gonçalves é sócio
empregos em outros países e alimentarem organiza-
da Siqueira Castro Advogados, coordenador da
ções criminosas, que, além desses produtos, trazem
área de Propriedade Intelectual, presidente do ICI
para o nosso País drogas, armas e munições!
– Instituto do Capital Intelectual, diretor jurídico da
Essa é outra reflexão importante. A pirataria é co-
ABRAL, tendo sido Secretário Executivo do Conse-
mandada e financiada por grandes organizações crimi-
lho Nacional de Combate à Pirataria, do Ministério
nosas, espalhadas pelo mundo, e que atualmente movi-
da Justiça. É diretor-adjunto de Relações Interna-
mentam mais recursos financeiros do que o narcotráfico,
cionais e Comércio Exterior do Centro das Indús-
segundo levantamento realizado pela Interpol.
trias do Estado de São Paulo – CIESP.
Nov/Dez 2013
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TENDÊNCIA
Questão de ponto de vista!
Q
uais eram os personagens que te faziam rir
tumados a ver e, sim, um romance divertido e, claro,
quando você tinha 8 anos de idade? Cer-
utópico como tem de ser. Alguns desses desenhos vêm
tamente muitos de nós, porque sim me in-
inserindo pílulas de romance – o que, para os meninos,
cluo nesta turma, falariam saudosamente de Pica-Pau,
parece causar ainda mais graça. Afinal, tentar namorar
Chaves, Scooby-Doo e, claro, Tom e Jerry.
a menina que não gosta de você e que te faz parecer
Agora pergunto: as crianças de hoje continuam
um bobo só pode ser engraçado nessa idade. Já des-
achando graça dos mesmos personagens? Incrivelmen-
cobriram quais desenhos abordaram ou abordam isso?
te ou não, elas continuam rindo deles SIM. Em uma
Outra diferença desses para os desenhos – chama-
pesquisa que a Play realizou com mais de 349 crianças
remos de “clássicos” para não entregarmos a idade
detectou-se que esses personagens continuam “arran-
– está no gráfico. Recentemente, apresentamos um
cando” boas gargalhadas, mas o que mudou, então?
desses desenhos para um diretor de empresa envolvi-
Bom... A lista é bem grande e começa pelos nomes
do com licenciamento há muitos anos, e inicialmente
dos novos “engraçados” das crianças. Se pensarmos
recebemos um olhar debochado, seguido de uma ri-
que Titio Avô, O Incrível Mundo de Gumball, Irmão
sada e do comentário: “Isso é engraçado só de olhar,
de Jorel, Clarêncio o Otimista, são nomes de dese-
mas como falo para os representantes?”. Bom, isso
nhos animados, bem animados, Bob Esponja, Hora de
sim deve ser engraçado, mas o fato é que realmente
Aventura, Minions, Simpsons, Apenas um Show são
não precisamos fazer esforço para começar a rir de
até que bem “normais”. Ouse chamar Apenas um
um cachorro elástico, de uma esponja que usa cueca,
Show de Regular Show e verá o que acontece conti-
ou de um gordinho com “pança”, que delicadamente
go... Porque para eles a graça já parte do nome e errar
os meninos chamam de pancinha.
não é uma opção, a não ser que faça parte da piada.
Em meio a tantas mudanças, cabe a nós tentar ter
Outra mudança está na entrada do romance na
o mesmo ponto de vista deles ou simplesmente aceitá-
vida dos meninos. Não o romance como estamos acos-
-lo, já que entender algum episódio parece mais complicado do que usar uma HP. Devemos nos lembrar de que eles não só vieram para ficar, como representarão
Alguns desses desenhos
a próxima geração do humor. Isso é importante, mas
vêm inserindo pílulas de
te de nossos. O que parece fundamental para não dei-
– o que, para os meninos, parece causar
romance
ainda mais graça
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acrescentam aos deles o que chamaríamos gentilmenxarmos escapar nada. Afinal, que outro gênero, além do humor, vem crescendo tanto? Aurélia Picoli e Ana Amélia de Cesaro são sócias-diretoras da Play Pesquisa e Conteúdo Inteligente.
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