O Pátio - Edição 45

Page 1

ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE

-

CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA

10 contos ANO VI

.

NÚMERO 45

.

ABRIL 2007

CRAVOS EM ABRIL

.

JORNAL MENSAL

Semana das Ciências

Feira do Livro na EPM-CELP

DESTAQUES

CRAVOS EM ABRIL

Prémio Baltazar Rebelo de Sousa 2 A nossa Gente 5 Balanço da Avaliação do Segundo Período 6 25 de Abril - Uma visão Moçambicana 8 Semana das Ciências 12 Centro de Formação 14 Centro de Recursos 15 Le Français à l’EPM-CELP 18 Países e Povos na Nossa Escola 20


EDITORIAL CRAVOS EM ABRIL e outras coisas mais... Eis-nos chegados, mais uma vez, ao mês de Abril, desta feita ao mês de Abril do ano de 2007. Abril é, de facto, um mês de intensas e gratas recordações; é um mês mágico de mágicas datas, é um mês sábio de sábios números claros, que têm e dão sentido à memória e à história recente de Portugal; Abril é, sem dúvida, um mês de intensas euforias passadas, mas que se querem e desejam sempre revividas e recordadas. E foi “Depois de um Adeus!”, cantado no silêncio gritado de uma rádio, que tudo começou... Foi então que a cor rubra de uma bandeira desceu à rua e tingiu de tinta vermelha a ponta dos caules verdes de muitos cravos... E o que era opressão e noite, passou a ser voo e madrugada, passou a ser liberdade - passou a ser liberdade de opinião, liberdade de expressão, liberdade de ser, liberdade de mudar... E se assim foi, assim há-de ser... Por isso, vale sempre a pena recordar e relembrar estas datas e ensiná-las aos mais novos, como forma e caminho de revisitar valores, procedimentos e atitudes, tão gustosamente conquistados. Para além da memória do 25 de Abril, este número do nosso “Pátio das Laranjeiras” dá-nos ainda outras coisas mais, coisas mais recentes e próximas: dá-nos uma reflexão sobre a avaliação do segundo período, dá-nos os astros e a ciência praticada pelos nossos alunos e professores, dá-nos a cooperação com Moçambique, dános sugestões de leitura... E é por isso que eu, mais uma vez, aqui vos deixo esta, sob a forma de Jornal Escolar.

A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas

notícias curtas

Explosões no Paiol de Malhazine

Prémio Baltazar Rebelo de Sousa

Moçambique é, frequentemente, palco de tragédias: ora é a falta de água (seca), ora é o excesso dela (cheias) e, no mês passado, tivemos o rebentamento de um antigo paiol de munições, que causou o pânico na cidade e a morte de mais de uma centena de pessoas, tendo também provocado alguns estragos na estrurura da escola: vidros partidos, tectos falsos danificados, portas rebentadas, etc. Dada a importância do facto, embora atrasado no tempo, o PL resolveu transcrever a notícia que o professor Alexandre Areias escreveu no Blog da escola.

“No dia 22 de Março, por volta das 15 horas, ocorreram intensas explosões no paiol de Malhazine, em Maputo, que tiveram o seu apogeu às 17 horas, tendo deixado, por um período de meia hora, espessas nuvens de fumo na cidade. Laulane, Hulene, Bagamoyo, Jardim e Aeroporto foram os bairros mais atingidos pelas explosões, cujos estrondos podiam ser ouvidos até no centro da cidade. Na escola portuguesa, altura em que decorria o concurso matemático Canguru sem Fronteiras, algumas janelas ficaram danificadas pela força dos estrondos, mas, felizmente, não houve consequências graves. “ Aqui fica uma imagem, obtida a partir de uma das entradas da Escola. AA/VR

2

Aquando da visita do Professor Marcelo Rebelo de Sousa à EPMCELP, no passado dia 26 de Abril, foi anunciado oficialmente e instituído o Prémio Baltazar Rebelo de Sousa. Este prémio destina-se ao aluno melhor classificado do 11º ano e tem o valor equivalente ao de uma propina anual. Assim, o aluno premiado ficará isento do pagamento de propinas no 12º ano. Baltazar Rebelo de Sousa, pai de Marcelo Rebelo de Sousa, foi um dos últimos governadores de Moçambique e foi um acérrimo defensor das reformas nas colónias, na linha de Marcelo Caetano. TN

MUCAVELE na EPM-CELP José Mucavele (José Alfredo Cavele) – Músico e investigador da música etno-cultural moçambicana deixou-nos um testemunho acerca da sua vivência do 25 de Abril de 1974. Antes da Revolução de Abril de 74, eu era conhecido aqui em Moçambique como “Zé do trompete”. Fazia parte de um grupo de músicos, denominado “Conceito”, composto sobretudo por estudantes universitários. Como participava nas suas reuniões e na


A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas

notícias curtas

notícias curtas

distribuição de panfletos de apoio à Frelimo e à luta contra o fascismo, comecei a ser perseguido pela PIDE. Devido a este facto refugieime no distrito do Chokué onde um grupo de amigos me ajudou. Foi nessa altura que soube da revolução que se deu em Portugal e “pulei de alegria”, assim como o administrador que nesse momento estava comigo. Tratou-se de uma revolução, não só dos portugueses, mas de todos os que viviam debaixo da dominação do fascismo português. Graças a isso estamos todos livres. Esta data deve ser vista como um símbolo de libertação dos nossos povos. A coragem dos oficiais que se rebelaram contra o fascismo é de respeitar e de revalorizar como património de todos nós. Após a Revolução muitas mudanças ocorreram na minha vida, alcancei a liberdade, pude ter um emprego e escolher o que queria fazer. Pude participar directamente na política do meu país. Agora sou eu mesmo, com uma personalidade própria, com direitos. Sou o músico José Mucavele. Acredito que hoje sou o que sou, graças à coragem dos oficiais que em 1974 fizeram o golpe. MMS

LIMPEZAS NA VALA para proteger a Escola

7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana

A chuva em Moçambique é uma força da natureza que nada deve à moderação, ora primando por uma ausência prolongada, ora assumindo dimensões diluvianas, num e noutro caso com consequências imprevisíveis e, muitas vezes, dramáticas. Foi para minorar os efeitos das enxurradas que, após as inundações de 2002, o Estado Português implementou e financiou a instalação, nas imediações da Escola, de um sistema de drenagem que muito nos tem valido. Mas a sua funcionalidade depende, como é natural, de uma manutenção atempada e regular, evitando a sua deterioração e a consequente diminuição de eficácia. É nesse contexto que se inserem os trabalhos de reabilitação realizados durante este mês de Abril, uma vez mais implementados e custeados pela Escola Portuguesa de Moçambique. EM

No dia 7 de Abril comemora-se, em Moçambique, o Dia da Mulher Moçambicana. Este dia foi instituído em memória de uma heroína da luta pela independência de Moçambique, Josina Machel. Josina Machel morreu a 7 de Abril de 1971 e simboliza a luta pela liberdade e pela emancipação da mulher. Nunca é demais lembrar que muito há ainda por fazer pela igualdade entre todos os seres humanos no planeta. Em Moçambique, as mulheres ainda mantêm um estatuto de subalternidade relativamente aos homens, que se manifesta na falta de oportunidades, no sofrimento e na injustiça. Por esta razão, o Dia da Mulher Moçambicana pode e deve ser um momento de reflexão e de tomada de consciência sobre a condição da mulher moçambicana nos dias de hoje. TN

3


MATEMATICANDO EM ABRIL EquaMat No dia 14 de Abril de 2007, a EPM-CELP foi invadida por uma multidão de futuros matemáticos, os quais se digladiaram, não com espadas e varapaus como nos tempos antigos, mas com algo muito mais poderoso: potências, sucessões, equações do 2º grau, funções...ou seja, todo um manancial de artilharia pesada. O objectivo era simples: mostrar quem eram os melhores matemáticos e obviamente ganhar o direito e o dever de representar condignamente a EPM-CELP na final portuguesa da EquaMat e MAT12, a decorrer na primeira semana de

Maio, no campus da Universidade de Aveiro. Para aqueles que andarem mais arredados destas lides, a EquaMat é uma competição nacional de matemática, realizada on-line e destinada a alunos do 3º ciclo do Ensino Básico. Cada nível de ensino - 7º, 8º e 9º - realiza a sua própria competição e as várias equipas, constituídas por dois elementos, tentam responder às perguntas propostas em cada nível, num total de 20, no mínimo de tempo possível. Associando os conteúdos leccionados na sala de aula ao jogo e ao desafio, os alunos têm a

possibilidade, através da EquaMat, de testar os seus conhecimentos de uma forma lúdica, atractiva e apelativa, desenvolvendo ainda mais o gosto e o entusiasmo pela disciplina. A EPM-CELP marca a sua presença neste torneio desde 2004, sempre com honrosas participações. Desta feita, foram apurados os alunos que se baterão em Aveiro já no início de Maio, ao lado de centenas de equipas oriundas de várias escolas do Ensino Básico e Secundário do país. AA / EM

Mais uma vez, como sempre acontece todos os meses, o Grupo de Matemática propõe-te a participação em actividades lúdicas, que, sob a forma de charadas ou problemas, girem à volta da matemática. Eis, aqui, a proposta do mês de Abril. Participa e espera pelos resultados. Boa sorte e boas reflexões matemáticas!... PARTICIPA!

2º CICLO

3º CICLO

SECUNDÁRIO

Até cresce água na boca!

Gatos e Ratos...

Uma desgraça celeste...

Oito gatos apanham oito ratos em oito minutos. Quantos gatos são necessários para apanharem 80 ratos em 80 minutos?

Um planeta roda à volta do Sol no sentido dos ponteiros do relógio. Entretanto, um asteróide que está em órbita pode colidir com o planeta. O asteróide roda no sentido contrárioao dos ponteiros do relógio e está a 60 graus do ponto de intersecção das órbitas.

A Catarina vai fazer um bolo que leva dois decilitros de leite. Comptrou um pacote de um litro, mas a mãe só tem uma media de meio litro e outra de três decilitros. 1. Como deve fazer para medir os 2 dl, sem utilizar qualquer outro recipiente? 2. E se o bolo só levasse 1 dl, como poderia obter essa quantidade?

O planeta leva sete anos para dar uma volta inteira ao sol. O asteróide completa a sua órbita em 36 anos. Daqui a quanto tempo colidirão?

Atenção: não vale deitar leite fora!

Vai a httP://moodle.edu-port.ac.mz/Matemática/Problema do Mês ou entrega a tua resposta ao teu professor de Matemática até 29 de Abril!

4


AAEPM-CELP EPM-CELPEM EMFOCO FOCO A Nossa Gente

Donos de uma vida invejável de viagens e aventuras pela Europa, África e Ásia, a Dra. Manuela e o Engº Adelino Frias preparam-se para encetar mais uma fase nas suas vidas tão preenchidas. Nascida em 1937 nas Mouriscas, em Abrantes, no distrito de Santarém, a Dra. Manuela fez aí o ensino primário após o que partiria para Angola onde prossegue os seus estudos. Viveu em Nova Lisboa, actual Huambo e fez os exames do 5° e 7° anos, de então, em Sá da Bandeira, actual Lubango. Regressa a Portugal com 19 anos e, como não se adapta à cidade de Lisboa, parte para Coimbra, onde se licencia em Físico-Químicas. É aí que conhece o seu futuro marido. O engº Adelino Frias nasce em Coimbra a 7 de Junho de 1936 e é lá que realiza todos os seus estudos, que culminam com uma licenciatura em Matemática. Já casados, vão de férias a Angola, onde surge a oportunidade de trabalharem como professores no Instituto Industrial de Nova Lisboa. Anos depois, de regresso a Lisboa no gozo de licença graciosa, o Engº termina o curso de Engenharia Geográfica. Quando regressa a Angola, é integrado na Missão Geográfica de Angola, mantendo, em simultâneo, a actividade de professor a tempo parcial. Em 75, na sequência da independência de Angola, regressam a Portugal, onde a Drª Manuela é integrada no Quadro Geral de Adidos, o que não acontece ao engº Frias pela sua situação de destacado em Angola. Neste período, a Drª. Manuela, após procura insistente de emprego, ingressa como docente no ISEL. Entretanto inicia o Estágio na Escola Secundária Machado de Castro, em Lisboa. Em Junho de 1980 partem para Macau onde o Engº se mantém até finais de 1998 e a Dr.ª até 1999. Aí, o Engenheiro ocupa o lugar de Adjunto e, mais tarde, de Director dos Serviços de Cartografia e Cadastro de Macau, enquanto a Dra. Manuela continua a exercer funções docentes, tendo sido a última reitora do Império

no Liceu Infante D. Henrique, assumindo, depois, em 1993, o cargo de Presidente do Conselho de Gestão do Complexo Escolar de Macau até 1998. Reforma-se nessa altura e ingressa, por mais um ano, na Direcção dos Serviços de Educação e Juventude. Devido ao retorno de Macau para a administração chinesa, o Engenheiro transita para o Centro Nacional de Informação Geográfica até 2002, altura em que o serviço é extinto e o seu pessoal integrado no novo Instituto Geográfico Português. Aí assume o cargo de Director do Centro de Informação Cadastral. Em 2004, reforma-se. Quando chegou o convite da Dra. Albina para ingressarem na Escola Portuguesa, abraçaram mais este projecto de peito aberto. “Viemos para Moçambique a convite da Dra. Albina, pela amizade que lhe temos, e também pelo nosso amor por África, onde vivemos tanto tempo, ainda que noutro país”, refere a Dra. Manuela. Eu vim para exercer funções técnicopedagógicas e por vezes ser “ as pernas da Dr.ª Albina”. O engº Adelino refere ter vindo em funções técnicopedagógicas, fundamentalmente em apoio da Presidente em funções na área da gestão. Quando interpelados sobre a fase que mais os realizou a nível profissional e pessoal, é o engenheiro que toma a palavra, para dizer que apesar de África ter sido emocionante, o que mais o realizou profissionalmente foi Macau, que espera revisitar em breve. “Enquanto estive na Missão Geográfica de Angola, andava no mato a fazer trabalho de campo, na área da Geodesia para o que tinha de abrir picadas, subir serras a pé, fazer pontes para atravessar cursos de água, em suma, a desbravar a mata. Percorri mais de metade de Angola, mas Macau foi verdadeiramente especial, principalmente pela vivência em comum das três comunidades e pela possibilidade de desenvolver projectos de interesse para a soberania de Portugal e da República Popular da China. Agora que se preparam para partir, por imperativos de ordem pessoal, fazem um balanço muito positivo da sua passagem pela EPM e confessam-se com pena de regressar, diz a Drª Manuela “por adorar os pequeninos”, como carinhosamente lhes chama, e por sentirem que podiam ainda continuar a ser úteis nesta Escola que tão bem os acolheu. Levam dela muito boas memórias, por ser “muito dinâmica, sempre com actividades, uma Escola única, sobretudo pela personalidade extraordinária da sua Presidente”. Para já, pretendem ir a Macau, matar saudades e ver amigos, e, em seguida, à Austrália visitar a família de que têm muitas saudades, em especial do seu único neto. E depois, logo se verá... EP/EM

5


A EPM-CELP EM FOCO BALANÇO DA AVALIAÇÃO DO SEGUNDO PERÍODO Como é já hábito nesta Escola, efectuou-se uma reflexão generalizada sobre os resultados obtidos pelos alunos durante o 2º período, tendo-se realizado várias reuniões entre a Direcção e os próprios alunos. A informação que se segue dá conta da análise efectuada.

Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico Pré-Escolar A nível da Educação PréEscolar, o Projecto Curricular foi cumprido e os objectivos propostos alcançados. De uma forma geral, o desenvolvimento global dos alunos é bom, revelando estes, um bom conhecimento a respeito dos temas abordados ao longo do período. O pré-escolar durante este período e no âmbito da comemoração do dia Mundial da Água realizou uma visita de estudo à Praia do Clube Marítimo. Esta actividade envolveu a observação e

exploração do meio, jogos de água e exercícios físico-motores.

1º Ciclo Quanto ao 1º ano foram avaliados 87 alunos e os resultados são positivos. Em termos de comportamento, no 1º ano duas turmas apresentaram um comportamento classificado de “Satisfaz”, enquanto as outras duas turmas revelaram um comportamento avaliado com a menção de “Satisfaz Bem”. No segundo ano foram avaliados 81 alunos e o aproveitamento global foi tido como bom. Todas as turmas tiveram um bom comportamento atribuindo-se a menção de “Satisfaz Bem”.

Relativamente ao 3º ano foram avaliados 106 alunos e não há disciplinas com percentagens negativas, tendo havido uma boa recuperação a nível do Inglês, da Matemática e da Língua Portuguesa. Em termos de comportamento, atribuiu-se a menção de “Satisfaz” à maioria das turmas. Quanto ao 4º ano de escolaridade foram avaliados 108 alunos. Houve uma boa recuperação relativamente ao 1º período, sendo a média de todas as turmas, em termos de aproveitamento, de “Satisfaz Bem”. O comportamento foi considerado bastante satisfatório em duas turmas e satisfatório nas outras duas. Comparativamente ao primeiro período, regista-se em geral uma evolução positiva em termos de aproveitamento em todos os anos do 1º Ciclo. No que respeita às actividades extra-curriculares e de complemento curricular, a programação também foi cumprida. Registe-se ainda que neste período foram comemoradas as seguintes efemérides: o dia de S. Valentim, que foi dinamizado pelos alunos do 4º ano, foi comemorado no Auditório Carlos Paredes; o Carnaval foi comemorado com um

6

desfile com trajes confeccionados pelos alunos e docentes, alusivos ao Projecto Educativo; no Dia do Pai foi elaborada pelas crianças uma lembrança para oferecer aos respectivos pais; no dia da Floresta foi elaborada uma “árvore humana”, no campo de jogos da escola; na Páscoa, realizou-se o jogo “À procura dos ovos da Páscoa”. Foram também realizadas as visitas de estudo que estavam programadas no plano de actividades.

2º e 3º Ciclos do Ensino Básico 2º Ciclo Neste período, no 2º Ciclo o aproveitamento foi suficiente em quase todas as turmas, com excepção do 5º D, que apresentou um aproveitamento insuficiente. As disciplinas que apresentam maior percentagem de insucesso são a Matemática e a Língua Portuguesa. Em termos de comportamento, nos 5ºs anos a classificação média foi de “Suficiente”, excepto na turma C, que foi de “Bom”. Nos 6ºs anos, o comportamento médio nas turmas foi de “Suficiente”, nas turmas A e B), e de “Bom” na turma C.


A EPM-CELP EM FOCO 3º Ciclo Nos 7ºs anos houve uma melhoria de aproveitamento relativamente ao 1º período. O aproveitamento, em geral, foi “suficiente”, com excepção do 7º D, que teve um aproveitamento “insuficiente”. Em termos globais, existem 22 alunos com aproveitamento insuficiente, sendo a disciplina que apresenta uma maior taxa de insucesso a da Matemática. O comportamento das turmas do 7º ano foi de “Suficiente”, com excepção da turma C que teve um comportamento considerado “Bom”. A nível do 8º ano, a média do aproveitamento é de “Suficiente”, com excepção da turma C que tem um aproveitamento “Insuficiente”. O 9º ano apresentou um aproveitamento médio “Suficiente”, bem como um comportamento médio também “Suficiente”. As disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa foram as que apresentaram maior taxa de insucesso.

Embaixador na EPM-CELP No dia 27 de Abril, visitou-nos o embaixador de Portugal o Sr. Dr. Marcelo Duarte Mathias, que nos brindou com estas amáveis palavras, que retirámos do “Livro de Honra” da nossa escola:: “Gostaria de expressar o meu reconhecimento como português, e felicitar a Doutora Albina Santos Silva bem como todos aqueles que a acompanham nesta aventura do ensino da língua e da cultura portuguesa a todos títulos inovadora e notável. Bem hajam!” A.C.

Formação para Professores da EPM-CELP Secundário Nas turmas do 10º ano, o aproveitamento foi em geral “Suficiente”, sendo a disciplina de Matemática a que apresentou a maior taxa de insucesso. Verificouse uma melhoria em relação ao 1º período. O comportamento apresentou-se em termos médios como sendo “Suficiente” em todas as turmas. A nível do 11º ano, o aproveitamento foi “Suficiente” em duas turmas e “Bom” numa das turmas, verificando-se uma melhoria relativamente ao 1º período. Em termos de comportamento, este foi “Suficiente” em todas as turmas do 11º ano. Finalmente, as turmas do 12º ano apresentaram um aproveitamento médio com a classificação de “Suficiente”, em todas as turmas e um comportamento “Suficiente” em duas turmas e “Bom” nas outras duas. Verificou-se uma melhoria em relação ao 1º período.

O Centro de Formação, aproveitando a presença do Professor José Matias Alves em Maputo, convidouo para realizar uma pequena acção de formação intitulada “Projecto Educativo: um instrumento para a mudança”. Nesta sessão formativa, que teve lugar no dia 17 de Abril, estiveram presentes vários docentes da Escola, com os quais o Professor José Matias Alves debateu a importância da concepção partilhada de um Projecto Educativo, do qual todos se sintam parte integrante. É esta visão que se pretende aplicada ao Projecto Educativo da EPM-CELP. AC

TN

7


A EPM-CELP EM FOCO

L

O 25 de Abril - Uma visão Moçambicana A área disciplinar de História promoveu a realização de um conjunto de actividades alusivas à Revolução do 25 de Abril de 1974, dando assim cumprimento ao previsto no seu plano de actividades. Das actividades empreendidas com vista à celebração desta efeméride, contam-se: uma exposição respeitante à Revolução dos Cravos na sala de História; a exibição de um documentário e de um diaporama, no átrio principal da Escola e no espaço Fernando Pessoa, respectivamente; uma Mesa Redonda subordinada ao tema 25 de Abril O Olhar Moçambicano na Biblioteca Poeta José Craveirinha, onde estavam, igualmente, expostos depoimentos da sociedade civil moçambicana acerca da sua vivência durante esta época, recolhidos pelos alunos. Este ano, a ênfase dada à comemoração do 25 de Abril centrou-se na divulgação da perspectiva moçambicana sobre as influências que este processo revolucionário português teve em Moçambique. Houve, assim, a preocupação de incentivar e divulgar o testemunho da sociedade civil moçambicana, envolvendo os alunos na recolha de informação escrita e visual, de forma a compreenderem a complexidade do processo histórico em questão. Do conjunto de actividades referenciadas destaca-se a Mesa Redonda realizada no dia 26 de Abril, na Biblioteca da EPM-CELP. Foi um momento de extrema importância, pela possibilidade de se escutar o testemunho de quem,

longe de Portugal, recebeu os ecos do que seria um momento capital para o acelerar da independência de um país - Moçambique. À visão moçambicana juntou-se o testemunho de quem, de perto, viveu a revolução. Esta actividade destinada a alunos do ensino secundário e a docentes, contou com a participação da Presidente do Conselho Directivo Dr.ª Albina Santos Silva, de três ilustres cidadãos moçambicanos, o Dr. António Sopa e a Dr.ª Amélia Souto, eminentes historiadores e professores universitários, e o Mestre Malangatana, artista plástico que dispensa apresentações, e ainda com a participação do Dr. Marcelo Rebelo de Sousa que se

encontrava de visita à EPM-CELP. Através do testemunho do Dr. António Sopa, foi possível conhecermos a acção política da cidade da Beira na construção de uma oposição ao regime colonialista e, ao mesmo tempo, entendermos o impacto que a Revolução dos Capitães de Abril teve na sua vida. Já com o testemunho da Dr.ª Amélia Souto foi possível conhecer o caminho de

8

militância e entrega à causa da construção de um país traçado por uma jovem que, sendo filha de um militar português, teve que revelar uma persistência notável para abraçar o sonho da liberdade e da construção de um país que era também seu. Também para esta cidadã moçambicana, a notícia do 25 de Abril que lhe chegou enquanto estava na Suécia foi, para além de todas as dúvidas sobre os protagonistas da revolução, um

momento marcante para a sua caminhada. Mestre Malangatana chegou cantando Grândola Vila Morena e não demorou a encantar a assistência que vibrou com a música e a limpidez de um testemunho que lembrou o quão difícil era viver sem liberdade, mas apelou à necessidade de os jovens não voltarem a cometer os erros do passado. A partilha de testemunhos surgiu e rapidamente se percebeu que, independentemente de se estar em Portugal ou em Moçambique, as reacções eram semelhantes e pautavam-se, por um lado, pelo receio de saber exactamente os contornos reais da revolução e, por outro, pela euforia de um tempo novo em que a liberdade reinaria. Era como se todos os sonhos de uma sociedade igual começassem a ser reais. Assistir a esta partilha de vivências constituiu uma oportunidade única de conviver de perto com alguns dos heróis de um tempo em que o poder político anulava o pensamento livre. (Continua na p.12)


EPM-CELP EM FOCO Marcelo Rebelo de Sousa visita a EPM-CELP No dia 26 de Abril, a EPM-CELP teve a honra de receber a visita de Marcelo Rebelo de Sousa, eminente personalidade da comunicação social e da política portuguesas. Marcelo Rebelo de Sousa nasceu em Lisboa no ano de 1948, filho de Baltazar Rebelo de Sousa, figura destacada do Estado Novo que desempenhou o cargo de Governador de Moçambique entre 1968 e 1970 e se assumiu como reformista do regime de Salazar, evidenciando uma visão estratégica de mudança que viria até a ser elogiada pela própria Frelimo.

Marcelo Rebelo de Sousa licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, com uma média de 19 valores, onde fez um doutoramento em Ciências Jurídico-Políticas. Actualmente é professor catedrático da Faculdade de Direito. No seu percurso de vida destaca-se uma militância política bastante activa na ala socialdemocrata, sendo membro do PSD, partido de que chegou a ser líder entre 1996 e 1999. Desempenhou igualmente vários cargos governamentais, entre os quais se salienta o de Ministro dos Assuntos Parlamentares, no VIII Governo Constitucional. É presidente da Assembleia Municipal de Celorico de Basto, terra dos seus avós. Na sua actividade jornalística foi um dos fundadores do Jornal “Expresso” em 1973 e do Jornal “Semanário” em 1983, no qual exerceu o cargo de director até

1987. Hoje em dia é considerado um dos mais notáveis comentadores políticos da televisão, estando desde 2005 ao serviço da RTP, protagonizando o programa “ As Escolhas de Marcelo” em que comenta assuntos de actualidade política, económica, cultural e desportiva. Durante a sua visita à Escola Portuguesa de Moçambique interveio informalmente na palestra “25 de Abril um olhar Moçambicano”, promovida pelo grupo de História, relatando a sua experiência durante esta época de importância capital na história da democracia portuguesa. Da sua intervenção emocionada, própria de quem ajudou a fazer renascer a liberdade, transpareceu a consciência de que muitos dos sonhos de Abril continuam por cumprir, nomeadamente o sonho de

memória do seu pai, o prémio Baltazar Rebelo de Sousa, que será atribuído ao aluno com melhor classificação no final do 11º ano (1200 €, valor da propina do 12º ano de escolaridade), sendo o mesmo atribuído no ano seguinte, no dia da Escola. Foi uma honra receber este ilustre português cuja actividade política e cívica em prol de uma cidadania mais digna muito nos lisonjeia. EP Como é já tradição, a direcção desta Escola pede a todos os ilustres visitantes que assinem o Livro de Honra desta instituição. Nele, cada visitante poderá deixar as suas impressões. E assim também se cria a memória desta casa. Eis as palavras que Marcelo Rebelo de Sousa nos deixou:

uma sociedade mais justa, mais solidária, com um sistema de ensino, de saúde, de justiça capaz de responder em qualidade e celeridade a todos os cidadãos. Esta não foi, de forma alguma, apenas uma visita de cortesia. Marcelo Rebelo de Sousa percorreu atentamente, as instalações da escola, interessou-se pelas várias actividades nela desenvolvidas, dialogando com os alunos, os funcionários e professores de uma forma simples e aberta. O Dr. Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou o ensejo para nos deixar um legado, em homenagem à

9


FOTOREPORTAGEM RELEMBRAR O 25 DE ABRIL DE 1974 Uma visรฃo Moรงambicana

FM

10


FOTOREPORTAGEM SEMANA DAS CIÊNCIAS

FM/VR

11


EPM-CELP EM FOCO (Continuação da página 8)

Apenas 33 anos passados sobre a Revolução de Abril, nada mais urgente do que a valorização da LIBERDADE que a todos confere uma enorme responsabilidade: a do exercício de uma cidadania plena que não se restrinja à mera luta pelo bem estar individual. Na verdade, se o sonho da democracia se cumpriu, muitos sonhos de Abril ainda ardem na forja. EP O 25 de Abril dos mais pequenos O Dia da Liberdade, como não podia deixar de ser, foi assinalado a preceito pelos mais pequenos, com a realização de várias actividades comemorativas. Os pequeninos do pré-escolar, depois de conversarem animadamente sobre o valor da liberdade, fizeram coloridos cravos em papel e trocaram-nos entre si, num salutar convívio inter-salas. Os mais crescidinhos do 1º ciclo, reunidos no Auditório, puderam assistir a um diaporama explicativo que, de forma clara e resumida, os elucidou sobre os factos que ocorreram em 74, os seus antecedentes e a importância de que se revestiram, para um povo ávido de liberdade. Após a apresentação do diaporama, dois alunos do 4º ano, a Iva da turma B e o Dércio da turma A, mantiveram um diálogo esclarecedor sobre o significado da data. Mas a efeméride foi ainda recordada noutras vertentes: o coro da EPM cantou as canções “Menina dos olhos tristes”, “Grândola vila morena” e “Somos livres”, e dois alunos, um do 4ºC e outro do 4º D, declamaram um poema intitulado “Ser Livre”. E como desta liberdade surgiu a liberdade de Moçambique, os alunos do 4º ano fizeram um desfile com trajes moçambicanos. EM

SEMAN A D AS CIÊNCIAS SEMANA DAS A Semana da Ciência é um evento anual dinamizado pela Área Disciplinar de Ciências, que tem como principais objectivos promover a ciência e a tecnologia, bem como despertar o interesse dos jovens estudantes por estas áreas do saber. Dando mais ênfase ao contexto e à aplicação prática, a aprendizagem da ciência torna-se mais relevante para as necessidades e aspirações dos jovens. Ao longo desta semana, foi desenvolvido um conjunto de actividades, que passaram por palestras sobre Saúde Bucal e sobre as Alterações Climáticas, por uma “ Tempestade de questões sobre sexualidade”, por um concurso de Fotografia sobre a Poluição na Cidade de Maputo e pelo visionamento do documentário “Uma verdade inconveniente”, de Al Gore. No Pátio das Laranjeiras, esteve ainda patente uma exposição que contemplava os trabalhos realizados pelos alunos ao longo do período, bem como uma perspectiva da evolução da ciência no que diz respeito à tecnologia/eventos: “Os cientistas e seus eventos ao longo da história”. Esta semana dedicada à ciência culminou com a com a Noite de Astronomia, dinamizada pelas professoras de área de projecto do 7º ano, Isabel Oliveira, Cecília Noronha, Lurdes do Vale e Edma Aleixo. Para aguçar o interesse e satisfazer a curiosidade dos mais pequenos, os laboratórios da Escola estiveram de portas abertas a 26 e 27 de Abril. Nesses dias, os alunos do primeiro ciclo visitaram os Laboratórios de Biologia-Geologia e o de Química, onde puderam assistir à exemplificação e à explicação de algumas experiências simples. AB e EM

Higiene oral No passado mês de Abril, a médica dentista, Dra Rute Gomes, e estudantes finalistas do ISCTEM vieram à Escola para avaliar o estado de saúde dos nossos alunos. Na sala de cada turma do 6º ano, fomos observados cuidadosamente um a um. Dias depois, houve uma palestra no auditório sobre a higiene oral orientada pelas mesmas pessoas do ISCTEM. Através dela, pudemos aprender a lavar correctamente os dentes, os cuidados gerais a ter com os dentes e as doenças que podemos contrair se não cuidarmos bem da nossa boca. No final da palestra, cada um de nós recebeu o resultado da

12

observação efectuada. Deste modo, pudemos saber o estado dos nossos dentes. Os que não apresentaram nenhuma cárie dentária receberam um diploma pela boa conservação dos seus dentes. Por fim, todos nós recebemos um kit que incluía uma escova de dentes, uma pasta dentífrica e um sabonete. Ana Alice e Francisco, 6º A

Debate e esclarecimento de questões sobre a sexualidade Na tarde do dia 18 de Abril, no Auditório, participámos numa sessão de debate e esclarecimento sobre questões da sexualidade, orientado pela Médica Escolar e pelas nossas professoras de Ciências. Na sua globalidade, as questões que debatemos já tinham sido colocadas anonimamente por nós, na caixa das perguntas.


EPM-CELP EM FOCO No início, houve “um clima de vergonha” em dizer o que ia na nossa cabeça, mas depois ficámos mais à vontade para discutir e colocar outras questões relacionadas com a nossa idade, a da puberdade. Francisco e Ana Alice do 6º A

Concurso de Fotografia 8ºs Anos

Inserido nas actividades da Semana das Ciências, realizou-se, na nossa Escola, um concurso de fotografia destinado aos alunos do 8º ano. Ao longo do 2º período, nas aulas de Área de Projecto, as turmas do 8º ano de escolaridade elaboraram uma compilação de fotografias tiradas pelos alunos em diversos locais da nossa cidade, sobre o tema “Problemas Ambientais na Cidade de Maputo”. Estas fotografias estiveram expostas ao longo da Semana das Ciências, que decorreu de 16 a 20 de Abril. A Semana das Ciências terminou com uma palestra sobre o mesmo tema, orientada pelo Dr Madyo Couto, após a qual foi seleccionada a turma vencedora do concurso de fotografia, a turma do 8ºC. Os nossos parabéns! MN

PR OJECT OS DE PROJECT OJECTOS UMA NO VA DISCIPLIN A NOV DISCIPLINA Relato em 1ª Pessoa A palestra que proferi tinha como objectivo sensibilizar os jovens da comunidade escolar sobre a problemática do abuso do álcool entre os jovens de hoje. A palestra foi dirigida aos alunos do 12º Anos e 10º Anos. Os alunos dos 9º Anos compareceram em sua grande maioria, excepto os alunos dos 12º Anos, onde estiveram presentes menos de 1% dos 70 alunos inquiridos sobre este tema. Isto sérvio para confirmar que os jovens na sua grande maioria não se preocupam e ignoram que o abuso do álcool constitui um grande problema para a nossa faixa etária juvenil. Os estudantes dos 12º Anos, é que deveriam comparecer com maior audiência nesta palestra para observar os resultados dos inquéritos sobre as suas relações com o álcool. A palestra teve imprevisto por parte do convidado que pretendia trazer para a palestra que faz parte da AA (Associação dos Alcoólicos Anónimos), que era para dar a conhecer a sua experiência que passou com o abuso do álcool e fazer ver de que o álcool é uma das drogas que matam! Preferi a palestra, só que houve alguns problemas externos na projecção, por parte da informação que era impossível ler, porque tinha mesma cor que o fundo. Isto fez com que perdesse algum tempo. O tempo não foi suficiente porque os 45 minutos de apresentação não deram para expor toda a informação interessante sobre o tema, o que fez com que eu ficasse atrapalhado. No decorrer da palestra os estudantes mostraram se interessados, faziam perguntas, expunham dúvidas sobre o tema, eu lançava algumas curiosidades e pareciam sinceros.

13

Acabei de proferir a palestra, houve um pequeno debate, onde mostravam se interessados com a palestra, mas por causa do tempo fui a obrigado a acabar com a palestra. Com a palestra, pelas suas atitudes que eles mostraram, verifiquei que muitos jovens infelizmente ainda não consideram o álcool como sendo uma droga, visto que os seus pais, familiares, consomem o álcool habitualmente. Isto faz com que para eles não constitua nenhum problema, e motivos para se questionarem porque é que sempre temos que conviver com a presença do álcool em qualquer ocasião. Tudo isto acontece porque o meio em que nos encontramos, a nossa sociedade integra como fonte de vida normal, o que alimenta a falta de preocupação para muitos jovens.

MALÁRIA No âmbito da disciplina de Área Projecto do 12º Ano, os alunos Antuia Biva, Diane Mungumana, Karen Ruas, Pedro Aresta, Raj Popotlal e Shamila Sulemane desenvolveram um trabalho com o tema “A Malária”. Entre as muitas actividades desenvolvidas, destaca-se as visitas ao Hospital Central de Maputo, ao Centro de Investigação em Saúde de Manhiça, à Direcção nacional de Saúde e ao Ministério da Saúde. A realização de uma palestra no Auditório Carlos Paredes da EPMCELP, para os alunos do 11 º Ano e 12º Ano. Um teatro para sensibilizar os alunos do 4º Ano e uma exposição para toda a comunidade escolar. Todas as actividades decorreram num ambiente saudável onde foram tiradas as dúvidas sobre esta doença, tendo-se assim alcançado o principal objectivo do grupo, informar a comunidade escolar sobre as causas, consequências e prevenção da doença da Malária. AC


CENTRO DE FORMAÇÃO A Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de ensino e Língua Portugesa é uma instituição de ensino de utilidade pública muito “sui geniris”. Para além de uma Escola Integrada, que possui todos os níveis de ensino do sistema de ensino português (do Pré-escolar ao Ensino Secundário) possui também um Centro de Recursos e um Centro de Formação, por onde passa muita da cooperação, ao nível da Educação, de Portugual com Moçambique. Neste mês de Abril, o Centro de Formação esteve particularmente activo, ao desenvolver duas acções de formação destinada à cooperação com Moçambique. Os textos que se seguem dão-nos notícia dessas acções de formação.

Formação de Formadores para Escolas Profissionais de Moçambique Decorreu de 9 a 14 de Abril, no Auditório Carlos Paredes da nossa Escola, o curso de formação de formadores subordinado ao Tema “Projecto Educativo – Um Instrumento de Mudança Positiva”, integrado no Programa das Escolas Profissionais de Moçambique. Solicitado pelo MEC e patrocinado pela Fundação Portugal-África, este curso, sob o lema “Educar-FormarVencer” e destinado a dirigentes do Ministério e a Directores de Escolas moçambicanas, foi brilhantemente orientado pelo Dr. José Matias Alves. Mestre em administração escolar, investigador e director do Correio da Educação, este também professor do Ensino Secundário, durante quase uma quinzena brindou com a sua presença a nossa Escola, acerca da qual, gentilmente, tece rasgados elogios no seu blog www.Terrear.com. Visivelmente impressionado, regista nesse blog o que apelida de “impressões digitais” deixadas pela Escola: a beleza e a harmonia do edifício e dos espaços; a funcionalidade dos espaços e dos equipamentos, a humanização e a multiculturalidade dos espaços, que transformam a Escola num “museu de muitas culturas”, e a diversidade dos

Ao Dr. José Matias Alves, os nossos maiores agradecimentos pela generosidade com que mimou a EPM-CELP. EM alunos “de muitas nacionalidades, de diversas origens, línguas, civilizações e culturas”. Destaca ainda a “organização e a liderança intuída: rigor, ordem, disciplina” e, em jeito de conclusão, a ambição que faz desta Escola uma “agência de origem e matriz portuguesas e que deve ser um centro de referência, orientação, animação, formação de outras escolas portuguesas”. O referido curso, centrado, como o próprio nome indica, na importância do projecto Educativo na Escola (PEE), tinha como objectivos implementar uma reflexão sobre o conceito e as características da escola enquanto organização; conhecer o conceito e as exigências do projecto, identificar constituintes do PEE, debater metodologias de construção do PEE, conhecer metodologias de avaliação do PEE, reconhecer a importância das lideranças e da gestão estratégica no desenvolvimento do PEE e configurar um PEE para a escola de pertença (em termos de traços e hipóteses gerais). Da formação, que os participantes consideraram de grande valia para as escolas moçambicanas, e da experiência por terras de Moçambique, o Dr. José Matias Alves colheu uma forte impressão positiva, salientando o grande impacto de acções desta natureza e, em particular, da Escola Portuguesa de Moçambique, naquilo que é a “lusofonia”.

14

IX Jornadas de Formação

As IX Jornadas de Formação para Professores e Técnicos do Sistema Educativo de Moçambique, decorreram de 28 de Abril a 5 de Maio e abrangeram as seguintes áreas: Filosofia; Leitura e Escrita; Ciências Naturais; Educação Visual e Ofícios; Matemática; Língua Portuguesa; Geografia; Psicologia do Desenvolvimento; Direito; Educação Física e Desporto Escolar; História; Informática; Contabilidade e Gestão; Educação Infantil. Estes módulos, com 16 horas cada um, inserem-se numa perspectiva de formação contínua, essencialmente de índole pedagógico-metodológica e científica. As IX Jornadas foram efectivamente frequentadas por 256 formandos. Este é seguramente um dos grandes e continuados contributos da EPM-CELP à causa da cooperação bilateral na educação e formação. AC


CENTRO DE RECURSOS Quadro interactivo SMART BOARD O Centro de Recursos, entre muitas outras funções, tem por responsabilidade proporcionar, gerir e manter as condições técnológicas que conduzam à possibilidade de inovação pedagógica. Foi por essa razão que Centro propôs, à direcção da EPM-CELP, a aquisição de dois SMART BOARD, instrumento tecnológico inovador, que, muito em breve, substituirá o velho “Quadro de Giz”. Apresentamos agora algumas observações relativas à primeira experiência de contacto com esta nova tecnologia por parte dos alunos da nossa escola.

Os alunos do 8ºB foram os primeiros alunos na EPM - CELP a testar esta nova ferramenta, o quadro interactivo SMART BOARD. Mas afinal o que é um Smart Board? O quadro interactivo Smart Board tem uma superfície sensível ao toque, onde se pode explorar qualquer tipo de aplicação, como web sites, softwares específicos, apresentações em power point, etc... O Smart Board pode aumentar a motivação e o desempenho dos alunos, pois a aula passa a ser interactiva e dinâmica. Basta tocar na superfície do Smart Board para seleccionar ícones, menus e controlar qualquer tipo de software. Os alunos vêem imagens vibrantes, vídeos, e interagem fisicamente com o material, movendo letras, números, palavras e imagens com os dedos. Com o Smart Board, o professor prepara a aula no seu computador e depois publica-a no moodle. É simplesmente espectacular.

Para que esta iniciativa fosse possível, a presença das editoras moçambicanas, que acederam ao convite para participarem neste evento, falamos da Mabuko, da Escolar Editora, da Imprensa Universitária

e da Texto Editores, foi crucial. O público acorreu com frequência às bancas montadas folheando, namorando os exemplares expostos que iam de encontro aos mais diversos perfis de leitor. Quem por lá passou, pôde apreciar e, se o desejou, comprar exemplares de literatura Infanto-juvenil, de literatura portuguesa, africana, estrangeira, livros didácticos, dicionários, ensaios, livros técnicos, enfim, havia de tudo um pouco nesta homenagem ao livro. Em jeito de conclusão, é de assinalar que os alunos do primeiro ciclo e do segundo ciclo se mostraram particularmente interessados nesta actividade, revelando até uma saudável avidez na procura deste amigo que se espera os acompanhe pela vida fora: o livro. Um nota de franca esperança para o livro e para a leitura, que sabemos atravessarem tempos difíceis. Um alerta também para a responsabilidade em não deixar morrer a chama da curiosidade que impele os mais novos para a descoberta do prazer da leitura. AC/EP .

VR/ AA

Feira do livro na EPM-CELP Nos dias 23 e 24 de Abril realizou-se uma Feira do Livro na EPM-CELP promovida e organizada pela Biblioteca Poeta José Craveirinha com o apoio da direcção desta instituição de ensino cujo objectivo primordial foi a promoção da leitura, como pilar essencial na formação integral do aluno. Sendo o dia 23 de Abril, o Dia Mundial do Livro, esta foi uma forma da EPM-CELP se associar à celebração desta efeméride, festejando o livro, proporcionando um contacto diferente com este instrumento pedagógico e facilitando a sua aquisição no espaço escola.

15


ESCOLHAS DA BIBLIOTECA CONVERSAS COM O SÉCULO XX

Em 1900 Sigmund Freud, judeu e austríaco publica “A interpretação dos sonhos” que ao formular o conceito de “inconsciente”, revolucioná a forma de encarar o Homem e abrirá as portas às Ciências chamadas Humanas. O indivíduo é colocado no centro: a sua história, as suas pulsões, recalcamentos, serão merecedoras de uma atenção científica Um século mais tarde exactamente no ano 2000, é descoberto o código do genoma humano, deixando em aberto a vertente de engenharia genética. Alguns anos antes tinha-se realizado a primeira clonagem em animais que concretizaria a premonição de Huxley em “Admirável Mundo Novo” e levantaria inúmeras questões éticas relativas às possibilidades que se abrem com a criação de seres de laboratório. A genética, essa sereia que nos canta tantas promessas, não nos atrairá para um abismo onde o totalitarismo se aliará - como num passado ainda recente com o nazismo - ao progresso da ciência? Entre estes dois marcos – um que coloca o indivíduo como sujeito e o outro em que a ciência e o poder

se substituem a Deus nos destinos do Homem - oscilará o século XX, ora pendendo para a democracia ora para o totalitarismo. O Holocausto, materializando o Inferno total, trará a prova de que apesar das correntes humanistas de pensamento, à sua sombra – na pulsão que se oculta - fermenta e frutifica a destruição e instucionaliza-se o Mal. A ciência com os seus progressos incalculáveis tanto ao nível da medicina, como dos transportes e comunicações, da física, da nova aliança entre ciência e tecnologia, trouxeram no mesmo sopro, benefícios imensos e a possibilidade de aniquilamento total do nosso planeta. Os perigos ecológicos igualam ou ultrapassam o aumento da longevidade pela invenção das vacinas, a penicilina não contrabalança o perigo da bomba atómica que paira sobre as nossas cabeças, etc. As conquistas que se alcançaram em termos de direitos humanos não impediram que houvesse duas guerras mundiais, campos de concentração e que se cavasse um fosso cada vez maior entre ricos e pobres. As independências dos países colonizados ainda não se concretizaram em verdadeira autonomia económica e política. O século XX revolucionou as comunicações, reduzindo as distâncias mas não foi capaz de melhorar a qualidade da comunicação humana, havendo cada vez mais solidão e suicídios. O progresso tecnológico proporcionou um conforto enorme a milhões de pessoas mas a poluição que provoca pode estar na origem do aumento de doenças como o cancro e constitiu um perigo para o equilíbrio ambiental. As vacinas erradicaram algumas doenças tais como a varíola, mas imediatamente surgiram outras mais mortais ainda como a Sida.

16

As revoluções trouxeram muitas promessas de igualdade mas ao cristalizarem-se em poderes políticos ressuscitaram as clivagens sociais anteriores. Disto nos fala o século XX na entrevista virtual que Jorge Letria concebe e escreve sob o título “Conversas com o século XX”, publicado em 2001 e na qual o século XX conta a sua história, fala das guerras, das grandes descobertas científicas, técnicas e tecnológicas, das revoluções. Jorge Letria vai enumerando as contradições inerentes a cada progresso, a cada processo histórico, demostrando que tudo comporta aspectos negativos e positivos e que nos cabe a cada momento com consciência fazer as escolhas que permitam um desenvolvimento equilibrado e sustentável. Que histórias conta este século, que lembranças positivas guarda, que expectativas viu cumpridas, que raízes gostaria de ver extirpadas do seu seio para que não voltassem a fructificar? Este século do grande desenvolvimento e da suspeita, da publicidade e dos excedentários, dos “direitos humanos” e das hetacombes mais mortíferas da História, foi um mostruário de paixões e de erros, como serão todos afinal, só que neste divisámos pela primeira vez a possibilidade da “liquidação maciça do homem” e o fim dos recursos naturais. Com o sábio “equilíbrio da balança” a que se referiam os Persas, José Jorge Letria dirige-se aos jovens numa atitude de esperança em relação à racionalidade e ao bom senso das novas gerações e pretende galvanizá-las ao diálogo franco e tolerante, que não impeça o pensamento crítico mas não fique tolhido pelo espectro pesado da História. George Steiner diria que “O homem é cúmplice daquilo que o deixa indiferente”


PSICOLOGANDO O apelo à consciência que não deixa lugar à indiferença é o que motiva este livro que poderá ser objecto de discussão em aulas de História, Ciências ou Filosofia.

José Jorge Letria Nasceu a 8 de Junho de 1951 em Cascais. Cursou Direito, História e História da Arte e fez uma Pós graduação em Jornalismo internacional. É jornalista desde 1970 tendo sido editor de jornais como o Público e Diário de Notícias. Foi professor de jornalismo no ensino secundário, experiência de que se serviu para publicar dois livros sobre o assunto. Desde finais dos anos sessenta que se destacou como compositor e intérprete de canções de intervenção ao lado de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francismo Fanhais e Manuel Freire. Foi um dos poucos civis que estiveram ao corrente da sublevação militar do 25 de Abril de 1974. Iniciou o seu percurso político no PCP, tendo-se desvinculado deste partido por motivos ideológicos em 1991, aderindo mais tarde ao PS. Conta com cerca de duas centenas de títulos publicados, dos quais mais de metade são de literatura infanto-juvenil nos quais se destaca pela variedade de temáticas e pelo carácter interventivo dos temas que aborda: a cidadania, a ecologia, a literatura portuguesa e os seus autores, a História de Portugal... Tem livros traduzidos em espanhol, francês, italiano, checo, russo e alemão. Em 1992 foi agraciado com a medalha da International des Arts et des Lettres de Paris, juntamente com Natália Correia e David Mourão Ferreira e foi condecorado pelo Presidente da República com a Ordem da Liberdade. TN

A MÚSICA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM! A educação deve ser vista como um processo global, progressivo e permanente, que necessita de diversas formas de estudo para o seu aperfeiçoamento, e a educação musical nas escolas, não podia deixar de integrar este processo. Uma investigação levada a cabo por cientistas canadianos da universidade de McMaster, sugere que as aulas de música podem ajudar a melhorar as capacidades de aprendizagem nas crianças, ao proporcionarem diferentes padrões de desenvolvimento neurológico, e ainda a motricidade e as áreas sensoriais por meio do ritmo e do som. O primeiro passo para que a criança aprenda a escutar bem consiste em permitir que ela faça experiências sonoras com as qualidades do som como o timbre, a altura e a intensidade, ficando, depois disso, em posição de escuta (Ducorneau, 1984). A criança precisa ser sensibilizada para o mundo dos sons, pois é através da audição que ela possui o contacto com os fenómenos sonoros. O processo de aquisição da linguagem, por exemplo, desde o aprender a falar até o aprender a ler e a escrever, tem como base a sensibilização para um mundo sonoro e harmonioso. Uma iniciação à aprendizagem da leitura e da escrita deficiente no professo auditivo, com todas as suas envolventes como a consciência fonética, fonémica e fonológica e memória auditiva, pode comprometer o sucesso dessa aprendizagem. A música quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, criatividade e outros dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta tão rica actividade educacional dentro das salas de aula. A música, por meio da melodia, tem ainda um papel importante na formação do processo afectivo. Ela desperta no indivíduo um mundo de prazer para a mente e para o corpo que facilita a aprendizagem e também a socialização. AM

17


EPM-CELP EM FOCO Le français à l’EPM-CELP

Le français est Sophistiqué comme une robe de fiancée Chique comme une princesse Romantique comme une mer de roses Elégant comme une vieille dame Gai comme un oiseau bleu 7º D

Le français est très beau d’écouter Je suis en train d’apprendre à le parler Et au professeur, je vais demander : Vous pouvez répéter ? Bruno Pepe, 8 C

Le français pour moi c’est Un monsieur chic Une dame chique Ils mangent du caviar Et boivent du champagne Ils parlent d’amour Muhamad Omarji, 8º A

Pour moi le français c’est Une langue élégante Un voyage imaginaire en France La forme la plus belle de dire « Je t’aime » Inês Campos, 8º C

EPM Ecole Portugaise du Mozambique Ecoutez tous Parlons français ensemble Mais parlons aussi portugais ensemble 7º A

Les couleurs Vert, jaune, rouge Noir, blanc, jaune, vert, rouge Ce sont les couleurs de nos drapeaux Le Portugal, le Mozambique, la France 7º A

Pour moi, le français c’est Une langue spectaculaire Parce qu’en français je m’exprime D’une forme très pure. Artur, 8º C

18

Qui sont nos voisins ? Une maison ? Une école ? Quelle maison ? Quelle école ? La maison est petite, grande ? L’école est française, américaine ? Nous sommes tous voisins ! 7º A


EPM-CELP EM FOCO Ambre, parles-tu français? Ambre Elsa Alfredo nasceu em Montpellier, no sul de França, a 29 de Setembro de 1989. Filha de mãe francesa e pai moçambicano tem crescido entre as duas culturas, sentindo-se por isso uma alma franco-moçambicana. Ambre frequenta a turma E do décimo segundo ano e aspira seguir arquitectura . Pátio das Laranjeiras – Como caracterizas a tua relação com a França? Ambre Alfredo – Tenho uma relação muito próxima com a França. A minha mãe é Francesa e a minha primeira língua foi o francês e isso influencia muito a minha forma de ser e de ver o mundo, como é natural. Vivi até aos nove em França nas cidades de Paris, Pau e Montpellier. Nesta última, foi onde passei mais tempo. Frequentei o ensino pré-escolar, à excepção de um ano que passei no Congo, e quase todo o primeiro ciclo em França. Tenho muito boas recordações desses tempos de escola. Embora já esteja há nove anos em Moçambique continuo a ir à minha terra natal durante as férias pelo menos de dois em dois anos e isso faz com que continue a sentirme próxima desse país de que tanto gosto e que também sinto meu. P.L. - Como te sentiste quando vieste para Moçambique? A.A. - Em termos linguísticos não foi fácil, porque não falava bem português, o 4º e 5º anos ainda fiz na Escola Francesa. Quando fui para a Escola Verney comecei a aprender a falar português correctamente e a barreira linguística foi ultrapassada. Em termos sociais, senti-me bem, porque as pessoas são muito extrovertidas, muito simpáticas. Depois há todas as belezas naturais que seduzem qualquer um, não há praias como as moçambicanas.

P.L. - Quais são as grandes diferenças entre a vida em Moçambique e em França? A.A. - Se pensarmos no desenvolvimento socio-económico e cultural, não é possível estabelecer comparação, as diferenças são tantas…Os problemas económicos condicionam decisivamente o modo como se vive a cultura. Lembro-me de frequentar bibliotecas desde muito cedo e isso não

enquanto que os moçambicanos são mais afáveis, mais calorosos, enfim, mais extrovertidos. P.L. - Se tivesses que apresentar a França, que dirias? A.A. - Vale a pena conhecer este país de língua delicada e musical! França é um exemplo de riqueza cultural, histórica, para além de ter uma diversidade geográfica e climatérica que pode ir de encontro aos mais diferentes gostos. É obrigatório conhecer, pelo menos, Paris, Strasbourg e Montpellier. P.L. - Obrigada por nos dares a conhecer um pouco da tua vida e de teu outro país, La France. Merci! A.A. - Merci!

EP

Montpelier, Place de la Comedie, cidade natal de Ambre.

costumo ver cá. Mesmo que as pessoas queiram ir, a oferta é muito limitada. Em França a vida cultural, a variedade de estilos é notável, parece-me uma sociedade muito aberta. Em Paris parece que há de tudo um pouco. Moçambique tem muitas dificuldades económicas, a influência da cultura tradicional ainda é muito forte. Penso é que os franceses são mais introvertidos, reservados,

19

Localização de Montpellier


ÚLTIMA PÁGINA Países e Povos na Nossa Escola

Reconhecimento para quem o merece! O Padre José Maria, Director da Casa do Gaiato, recebeu uma condecoração atribuída pelo Governo Português no âmbito da sua acção junto da instituição a que preside e cuja acção benemérita ao nível da acção social tão necessária é num país de tantas carências. Conhecendo de perto e colaborando com o trabalho da Casa do Gaiato e do seu director, a EPM-CELP regozija-se com o reconhecimento institucional do seu trabalho, associando-se com júbilo a tão honrosa e merecida distinção. Bem haja Padre José Maria pelo seu empenho e dedicação em prol do ser humano. EP

FRANÇA

Hino nacional: La Marseillaise Capital: Paris 48° 522N 2° 19,592E Maior cidade: Paris Língua oficial: Francês Governo: República Formação - Estado francês: 843 (Tratado de Verdun)

- Constituição actual: 1958 (5ª República) Entrada na UE: 25 de Março de 1957 Area Total: 547 028 km² População - Estimativa de 2006: 63. 587 700 de pessoas hab. - Densidade: 112 hab./km² PIB (base PPC) Estimativa de 2005 - Total: $1,83 trilhôes USD - Per capita: $29.316 USD IDH (2003) 0,938 (16º) – alto - Esper. de vida:79,60 anos - Mort. infantil: 4,26/mil nasc. - Analfabetismo: 0,10% Moeda: Euro (EUR) Fuso horário: - CET (UTC+1) - Verão (DST) CEST (UTC+2) Cód. ISO: FRA Cód. Internet: .fr Cód. telef.: +33 Website do governo francês: www.elysee.fr Fonte WikipidiA (http://www.wikipedia.org/)

Pátio das Laranjeiras, n.º 45 Directora: Albina Santos Silva . Coordenação Editorial: Vítor Roque . Coordenação Executiva: Jorge Pereira, António Aresta . Redacção: Teresa Noronha, Vítor Roque, Eugénia Marques, Estela Pinheiro, Ana Castanheira . Concepção Gráfica e Paginação: Vítor Roque. Fotografia: Filipe Mabjaia e Vítor Roque . Colaboração: Alexandra Melo, Alexandre Areias, Armindo Bernardo, Área Disciplinar de Matemática, Ana Catarina . Revisão: Vítor Roque, António Aresta . Produção: Centro de Recursos Educativos, Abril de 2006 Propriedade: Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, Av. do Palmar, 562 . Caixa Postal 2940 . Maputo . Moçambique . Telefone: 00 258 21 481300 . Telefax: 00 258 21 481343 , www.edu-port.ac.mz . E-mail: patiodaslaranjeiras@edu-port.ac.mz . epm-celp@edu-port.ac.mz

20


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.