AAEPM-CELP EPM-CELPEM EMFOCO FOCO A Nossa Gente
Donos de uma vida invejável de viagens e aventuras pela Europa, África e Ásia, a Dra. Manuela e o Engº Adelino Frias preparam-se para encetar mais uma fase nas suas vidas tão preenchidas. Nascida em 1937 nas Mouriscas, em Abrantes, no distrito de Santarém, a Dra. Manuela fez aí o ensino primário após o que partiria para Angola onde prossegue os seus estudos. Viveu em Nova Lisboa, actual Huambo e fez os exames do 5° e 7° anos, de então, em Sá da Bandeira, actual Lubango. Regressa a Portugal com 19 anos e, como não se adapta à cidade de Lisboa, parte para Coimbra, onde se licencia em Físico-Químicas. É aí que conhece o seu futuro marido. O engº Adelino Frias nasce em Coimbra a 7 de Junho de 1936 e é lá que realiza todos os seus estudos, que culminam com uma licenciatura em Matemática. Já casados, vão de férias a Angola, onde surge a oportunidade de trabalharem como professores no Instituto Industrial de Nova Lisboa. Anos depois, de regresso a Lisboa no gozo de licença graciosa, o Engº termina o curso de Engenharia Geográfica. Quando regressa a Angola, é integrado na Missão Geográfica de Angola, mantendo, em simultâneo, a actividade de professor a tempo parcial. Em 75, na sequência da independência de Angola, regressam a Portugal, onde a Drª Manuela é integrada no Quadro Geral de Adidos, o que não acontece ao engº Frias pela sua situação de destacado em Angola. Neste período, a Drª. Manuela, após procura insistente de emprego, ingressa como docente no ISEL. Entretanto inicia o Estágio na Escola Secundária Machado de Castro, em Lisboa. Em Junho de 1980 partem para Macau onde o Engº se mantém até finais de 1998 e a Dr.ª até 1999. Aí, o Engenheiro ocupa o lugar de Adjunto e, mais tarde, de Director dos Serviços de Cartografia e Cadastro de Macau, enquanto a Dra. Manuela continua a exercer funções docentes, tendo sido a última reitora do Império
no Liceu Infante D. Henrique, assumindo, depois, em 1993, o cargo de Presidente do Conselho de Gestão do Complexo Escolar de Macau até 1998. Reforma-se nessa altura e ingressa, por mais um ano, na Direcção dos Serviços de Educação e Juventude. Devido ao retorno de Macau para a administração chinesa, o Engenheiro transita para o Centro Nacional de Informação Geográfica até 2002, altura em que o serviço é extinto e o seu pessoal integrado no novo Instituto Geográfico Português. Aí assume o cargo de Director do Centro de Informação Cadastral. Em 2004, reforma-se. Quando chegou o convite da Dra. Albina para ingressarem na Escola Portuguesa, abraçaram mais este projecto de peito aberto. “Viemos para Moçambique a convite da Dra. Albina, pela amizade que lhe temos, e também pelo nosso amor por África, onde vivemos tanto tempo, ainda que noutro país”, refere a Dra. Manuela. Eu vim para exercer funções técnicopedagógicas e por vezes ser “ as pernas da Dr.ª Albina”. O engº Adelino refere ter vindo em funções técnicopedagógicas, fundamentalmente em apoio da Presidente em funções na área da gestão. Quando interpelados sobre a fase que mais os realizou a nível profissional e pessoal, é o engenheiro que toma a palavra, para dizer que apesar de África ter sido emocionante, o que mais o realizou profissionalmente foi Macau, que espera revisitar em breve. “Enquanto estive na Missão Geográfica de Angola, andava no mato a fazer trabalho de campo, na área da Geodesia para o que tinha de abrir picadas, subir serras a pé, fazer pontes para atravessar cursos de água, em suma, a desbravar a mata. Percorri mais de metade de Angola, mas Macau foi verdadeiramente especial, principalmente pela vivência em comum das três comunidades e pela possibilidade de desenvolver projectos de interesse para a soberania de Portugal e da República Popular da China. Agora que se preparam para partir, por imperativos de ordem pessoal, fazem um balanço muito positivo da sua passagem pela EPM e confessam-se com pena de regressar, diz a Drª Manuela “por adorar os pequeninos”, como carinhosamente lhes chama, e por sentirem que podiam ainda continuar a ser úteis nesta Escola que tão bem os acolheu. Levam dela muito boas memórias, por ser “muito dinâmica, sempre com actividades, uma Escola única, sobretudo pela personalidade extraordinária da sua Presidente”. Para já, pretendem ir a Macau, matar saudades e ver amigos, e, em seguida, à Austrália visitar a família de que têm muitas saudades, em especial do seu único neto. E depois, logo se verá... EP/EM
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