Mês Setembro nº 5
Uma história original com muito significado.
Uma surpreendente história sobre a vida de um menino muito especial. Um poema interessante em que as qualidades da amizade são valorizadas. Um poema envolvente que relata o sentimento de uma relação forte.
Índice e destaques
Índice Editorial………………………………..…3 As Nossas Sugestões……………….4 Histórias Narrativas…………………8 O Menino de Chocolate..………….8 O Hotel e os seus Segredos…….11 Confusão…………………………………18 Um dia de Sonho……………………..19 Histórias Poéticas………….………..27 Bem-querer…………………...………27 A Amizade…………………………….…29 Angústia…………………………………..31 Vontade Vã……………………………..33 O Teste…………….……………………..35 O Caminho…………………………….35 Festejando a Poesia………………..38 Pretérito Imperfeito………………..40 Críticas e Sátiras………………………42 Porquê ler?………………………………42 Regras para Trabalhos Enviados………………………………….45
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Destaques Histórias Narrativas Menino de Chocolate - Uma surpreendente história sobre a vida de um menino muito especial. Confusão - Uma história original com muito significado
Histórias Poéticas Bem-querer - Um poema envolvente que relata o sentimento de uma relação forte A Amizade – Um poema interessante em que as qualidades da amizade são valorizadas
Críticas ou Sátiras Porquê Ler? – Opinião sobre o acto de ler sobre outras actividades de lazer
Ficha Técnica: Mês de Setembro n.º 5 via internet – ebook Editora e Proprietária: Marta Sousa Redacção: Marta Sousa, Vitor Figueiredo, Nuno Guimarães, Ana Maria Teixeira, Mena Silva, Patrícia Teixeira, Tânia Spranger Grafismo: Marta Sousa Interdita a reprodução para fins lucrativos ou comerciais dos textos e interdita Escrita Criativaa reprodução sem a indicação do respectivo nome do autor.
Editorial
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Durante este mês de Outubro tivemos novidades bastante agradáveis que consistem em já serem mais de 300 pessoas a gostar da Revista Escrita Criativa no Facebook e pelo apoio e divulgação que temos vindo a sentir de todos os nossos leitores. Muito obrigada a todos pelo vosso interesse e pela vossa divulgação! Já tivemos bastantes pedidos para que a Revista haja em formato impresso, infelizmente ainda não nos é possível mas estamos a trabalhar fortemente para que torne uma realidade! O nosso logótipo continua o mesmo uma vez que não tivemos quem respondesse ao nosso desafio, mas tivemos quem o aprovasse, de qualquer forma quem desejar melhorar a nossa imagem poderá sempre enviar a sua proposta para asnossashistorias@hotmail.com Neste número contamos com a participação de Nuno Guimarães que irá apresentar o seu livro “Chei(r)os de Palavras” no dia 4 de Novembro às 17 horas no espaço Vivacidade Espaço Criativo no Porto. Para quem não conhece e deseja saber mais pode ver nas Nossas Sugestões as palavras de Angêlo Vaz referentes a este livro. Contamos também com a colaboração de Ana Maria Teixeira que mais uma vez nos envolve com a sua poesia, com a história profunda de Tânia Spranger e o conto infantil muito criativo de Patrícia Lopes. Sem contar com o poema sobre a amizade de Mena Silva sempre muito original. Contamos com as vossas sugestões, comentários e textos em asnossashistorias@hotmail.com Marta Sousa
Escrita Criativa
As Nossas Sugestões
4
chei(r)os de palavras de Nuno de Guimarães Palavras de Nuno Guimarães: O meu novo livro de poesia está prestes a ser publicado pela CORPOS EDITORA, este livro resulta do facto de ter vencido um concurso promovido pela WORLD ART FRIENDS. Convidei para fazer a nota introdutória deste novo projecto o amigo, pintor e poeta Ângelo Vaz. aqui Vos deixo as palavras que ele escreveu e que tanto significam para mim:
"nota breve se como leitor fosse menos atento, desviava-me do título da obra e tentava entrar no seu conteúdo. mas aconteceu o contrário, desviei-me do jogo de palavras e fiquei preso ao título tentado procurar o que não se procura, mas se encontra. chei(r)os de palavras, perfumou minha curiosidade tentando entrar no interior do autor. nuno guimarães tem dentro dele um laboratório de odores, um jardim de flores coloridas, prazer sexual nas palavras, Escrita Criativa
5 saudades e sede de encontrar a vida, a morte, as inocências e o amor. chei(r)os de palavras, é um pequeno dicionário de versos cheios de desejos que esventra o interior do autor. poemas há que são uma catasta, em que o autor se “tortura”, em leito de amor. as palavras, os versos, as composições dançam, flutuam, abraçam, amordaçam, choram, riem e conquistam o leitor sem o prender. nuno guimarães dá espectáculo quando chega ou parte, deixa sempre um perfume mágico, por onde passa ou se fixa numa viagem sem tempo. suas palavras, são um testemunho ou testamento que nos deixa. chei(r)os de palavras, é uma enorme tela pintada, cada letra é uma cor diferente em que o autor pinta com mestria esta obra que atravessa o interior dos leitores fazendo-os embalar por mundos diversos e encontros, desencontros e… quando este livro me apareceu, estava a ler walt whitman e ricardo campos e fiquei estupefacto em como nuno guimarães soube valorizar esta obra libertando-se de todos os cânones literários, camoneanos, pessoanos e de muitos outros. libertei-me dos outros autores, adormeci-os na mesinha de cabeceira e embalei-me com um perfume diferente. é uma obra que merece lugar de destaque em qualquer prateleira de biblioteca física e espiritual. o autor libertou-se gritando bem alto, é ele mesmo e por isso, é que as suas composições têm CHEI(R)OS DE PALAVRAS..."
Ângelo Vaz Escrita Criativa
6
As Crónicas do Gelo e do Fogo De George Martin Sugestão por Vitor Figueiredo
Para quem gosta da época medieval irá, sem
dúvida
adorar
esta
saga.
George
Martin não só relata os eventos culturais, as tramas e intrigas políticas como
da
época,
transporta
o
leitor para dentro da sua escrita envolvente e
quando
apercebe
este se está
já
viciado de forma irrevogável nesta maravilhosa saga.
O que torna então “As Crónicas do Gelo e do Fogo” tão interessantes e envolventes? Será sem dúvida uma relação entre aventura, ficção e fantasia que estão tão bem Escrita Criativa
7 estruturados e conjugados que podemos comparar tais tramas a um mundo hipotético onde o cristianismo não entrou, abrindo deste modo, infinitas portas por onde explorar.
George Martin, não se deixa prender com clichés “Tolkianos” criando assim um conceito capaz de prender aos seus livros todos os que gostem do género, sem imprimir nestes a sensação de repetição de temas, o autor dispensa então as espadas mágicas e as personagens “imortais” que escapam de uma forma irrealista de todas as situações, por mais letais que sejam, causando um forte sentido de realidade e perigo iminente ao leitor, que sabe que se as personagens tiverem que morrer, morrem, quer sejam as personagens que adoremos ou as que adoremos odiar.
Com esta escrita épica George Martin promete (e tem cumprido de forma assaz) agarrar o leitor até à última página com a sua forma de escrever única conquistando milhares de leitores por todo o mundo.
Escrita Criativa
Histórias Narrativas
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O Menino de Chocolate
Vou-te contar a verdadeira história do “Chico Dark”, o menino de chocolate. Logo após o nascimento, a surpresa foi geral. A mãe, “White com Passas”, nunca imaginara ter um “Dark”, e logo a 70 %. O pai, um exemplo para toda a família, era “de Leite”, simples, gostoso e bem clarinho. No entanto tinha havido na sua família um descarrilamento chocolateiro, quando um avô aventureiro, se apaixonou por uma chocolatinha de São Tomé, de 80%. Estava ali a razão do nascimento do Chico, seu nome completo, Francisco Late Dark, na escola abreviado para Chico-Late Dark. O Chico foi crescendo feliz, embora com um feitiozinho muito especial. Era p’ro amarguito, quando lhe chegava a mostarda à tablete. Como verdadeiro chocolate que era, o Verão era uma consumição. Sabia mesmo que uns parentes italianos afastados, os Ferrero Rocher, recusavam-se a sair de casa naquele período do ano, mesmo que fossem tentados pelo Ambrósio, um fulano tenebroso ao serviço de uma duquesa queque que pretendia liquidar toda família sempre que desejava algo. No entanto, o Chico, destemido e duro como era, inventou uma O Menino de Chocolate
Escrita Criativa
9 roupagem protectora para as suas passeatas de Verão. Numa festa importante encontrou os manos Moet e Chandon, dois champanhes de riquíssima qualidade, vestindo roupas chiquíssimas prateadas, que os mantinham sempre fresquinhos. Pois, foi com eles que aprendeu o truque… encomendou coisa semelhante e resolveu o problema que o atormentava. Enquanto todos andavam de calções e t-shirts, o Chico saia de casa todo quitado com capa prateada que lhe cobria o corpo por completo, não o deixando derreter. Mesmo assim, havia dias, que sentindo-se amolecer, tinha de correr para o hipermercado mais próximo, e meter-se uns bons minutos numa arca congeladora sem ninguém ver. Foi numa destas aventuras derretidas, que o Chico foi apanhado pela controladora. Estava escondido no meio dos camarões congelados, e quando encontrado no lugar errado, foi logo colocado na prateleira respectiva, a dos chocolates. Era o início da sua grande aventura! Poucos segundos depois, sem tempo para fugir, foi comprado por um menino encantado. Apaixonado, e porque sabia que a sua namorada coleccionava chocolates, levou-o com muito carinho para a sua amada, que feliz com uma prenda tão bonita, a colocou numa vitrina linda, com montes de chocolates. Fez muitos amigos, chocolates de origens diversas e de raças multicores. Brincava muito com os endiabrados Smarties e estudava com o coelhinho da Páscoa, um sábio na arte de ensinar tudo o que um
O Menino de Chocolate
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10 chocolate deve saber. No entanto, embora de vidro, aquilo era uma autêntica prisão… Tinha tantas saudades, de voltar a ser um chocolate livre e travesso. Um dia apaixonou-se pela mais recente moradora, Regina de seu nome. Descendente de uma família Imperial, era linda, doce, soft, recheada … Juntos sonhavam com a liberdade e derretiam-se em beijinhos. Uma noite, distraidamente a menina dos chocolates deixou a porta da vitrina aberta. Foi o milagre tão esperado. Era Verão, e embrulhados em prata, os dois fugiram e eu próprio não sei onde hoje vivem. Tenho no entanto o pressentimento que Chico-Late e Regina são felizes, vivem perto de um congelador, porque derretem-se de amores um pelo outro…
Nuno Guimarães
O Menino de Chocolate
Escrita Criativa
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O Hotel e os Seus Segredos Era um Hotel antigo, conhecido pelos quatro ventos pelo seu prestígio, qualidade e atenção pelos seus clientes. Em épocas de Verão aperaltava-se todo, cheio de orgulho para receber os seus turistas. No natal enfeitava-se como uma verdadeira árvore de natal. Parecia estar constantemente a dizer “olha para mim que eu sou bonito”. Era difícil não olhar realmente, era monstruoso, com três andares altivos nas suas pequenas varandas ao estilo vitoriano e que se alongava por uma avenida inteira. Por dentro, tem todos os luxos que possa querer, cem quartos, seis suites de luxo, salas de conferências, e ainda com Spa e ginásio para que não se ganhe nem mais uma grama nos corpos elegantes, sem contar claro com as galerias comerciais, onde se podia comprar “aquela” mala nova e/ou toda a roupa necessária, caso se tenha esquecido de meter na mala, desde que não se esqueça a carteira ou do cartão dourado. É um Hotel em que era fácil esquecer os empregados mas eles também eram importantes a dar todos aqueles mimos aos clientes e atenção. Aquela paciência que parece que não se esgotava, seria pelos seus belos ordenados? Sim, porque um Hotel tão orgulhoso tinha que pagar bem aos seus empregados, não é verdade?
O Hotel e os seus Segredos
Escrita Criativa
12 A verdade é que os ouvidos deste hotel tinham muito para contar sobre as suas celebridades mas também sobre os seus empregados. Quem diz que a vidas dos ricos são mais emocionantes que a dos pobres? O Hotel achava os empregados os mais interessantes, a cada intriga, traição e coscuvilhices. Os ricos estavam demasiado habituados a esconder-se por trás de máscaras e ficam pouquíssimo tempo para se saber a sua verdadeira vida. Mas por vezes tinha-se histórias interessantes. Como por exemplo a mulher que foi deixada no Hotel durante a noite onde o seu amante deixou-lhe a conta por pagar e ela arrumou o quarto a fingir que não tinha dormido lá e fugiu pelas traseiras. Coisas que só as paredes do Hotel sabiam, porque só o Hotel era realmente senhor de toda a verdade. Com mais de cem empregados entrelaçados pelos fios do destino dão histórias mesmo muito interessantes. Um bom exemplo era a história da cozinheira com o gerente do ginásio que almoçavam e jantavam todos os dias juntos. O gerente do ginásio um homem robusto, musculoso e atraente insistia que Maria, a cozinheira, deveria fazer exercício físico. Maria era uma mulher roliça, gorducha, que parecia um querubim de tão vermelhinha que ficava sempre que lhe falavam de dietas e ginástica.
O Hotel e os seus Segredos
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13 O gerente, Inácio, era um trinca-espinhas na opinião de Maria que nem comer um bom prato comia e sempre que ela lhe perguntava se queria mais vinha com aquela desculpa “tenho que ter cuidado com a linha” o que traduzido na cabeça de Maria queria dizer: “a tua comida não é boa suficiente para eu comer mais”. Até que um dia Inácio fez-lhe uma proposta: - Eu como mais da tua comida, se fores comigo passar três horas no ginásio. – Propôs ele. Maria pensou que Inácio estava a dizer aquilo pois tinha gostado mesmo da comida pela primeira vez na sua vida. Ela ficou tão feliz que aceitou logo, pensando que aquilo era apenas uma desculpa para ele comer. Mas quando Inácio acabou de comer, ele relembra-a: - Então às 18 horas venho-te buscar. – Como quem diz “não me escapas”. Maria nada respondeu apenas olhou apreensiva para ele. Mas logo de seguida pensou “Ah! Ele esquece-se!” Mas Inácio não se esqueceu. Para Inácio parecia inadmissível uma pessoa que pensa 24horaspor dia em comida, não estava nada
O Hotel e os seus Segredos
Escrita Criativa
14 admirado de Maria parecer uma adorável bolinha de carne. Comer uma refeição feita por Maria era realmente uma tentação para uma pessoa que queria manter a sua forma. Inácio com 35 anos gabava-se do seu aspecto físico. Enquanto Maria com menos cinco anos que ele não se podia dizer a mesma coisa. Quando às seis da tarde, Maria viu Inácio à sua frente parecia que ia ter um ataque. Perguntou-lhe como de nada soubesse: - O que fazes aqui por estas horas? Queres lanchar? – Tentou encontrar o tom mais natural e esquecido possível. - Não, temos um ginásio por três horas combinado para hoje, não te lembras? – Resmungou ele com uma voz de comando. - Ah…já me lembro… mas eu vou sair agora e estou muito cansada, sabes que trabalhar numa cozinha é muito cansativo! – Desculpou-se Maria tentando se esquivar à sua própria promessa. - Pensasses nisso antes, agora, vamos lá p´ró ginásio! – Comandou mais uma vez Inácio empurrando-a pelo hotel fora até ao ginásio. Após Maria mudar de roupa, foram para as máquinas, as elegantes senhoras ficaram chocadas com a gordura de Maria assim como das suas formas simples e despreocupadas com a mesma. Inácio não lhe
O Hotel e os seus Segredos
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15 perdoo um instante, após de andar de bicicleta e passadeira foi fazer step e aeróbica. Ao fim de duas horas e meia, Maria já rezava por um banco, uma cama ou outra coisa qualquer onde pudesse descansar. Inácio vendo que Maria já não podia mais deixou-a descansar. Maria estava tão cansada que nem conseguiu protestar contra aquele tratamento. - Tu fazes comida tão deliciosa que para repetir eu teria que fazer o treino que tu fizeste hoje ou até mais, por isso não repito, tu pelo contrário devias fazer mais destes exercícios para abateres essa gordurinha a mais. Perdoo-te a meia hora podes ir embora. - Nunca mais… cá me apanhas… podes ter a certeza… - disse Maria ainda a arfar de cansaço. Inácio sorriu e foi atender uma cliente do ginásio.
No dia seguinte Maria estava cheia de dores no corpo. Doía-lhe todos músculos até doía-lhe até aqueles que não desconfiava que existiam. Mas no entanto durante o stress de uma cozinha que está sempre à disposição para servir refeições, ela sentia-se mais leve e os
O Hotel e os seus Segredos
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16 movimentos pareciam mais fáceis de fazer. Se Maria fosse uma máquina, ela diria que seria como lhe tivessem oleado as dobradiças. Durante a hora de almoço não insistiu com Inácio para repetir o prato. Ele é que lhe perguntou: - Então queres repetir a dose? – Perguntou ele com malícia na voz. - Repetir a dose de comida? Quero. – Respondeu Maria inocentemente. - Não; se queres repetir o treino de ontem? – Perguntou ele meio a brincar meio a sério. - Queres me matar?! Não nem pensar! – Gritou ela. - Calma! Não era hoje, era amanhã, olha que te fazia bem. – Inácio tentou acalmar e aconselhar. - Só se tu passasses a comer dois pratos bem servidos por dia – brincou Maria sem nunca a pensar que ele fosse aceitar. - Está tudo bem por mim, assim até arranjo companhia para o meu treino semanal, que faço duas vezes por semana. – Respondeu ele alegre.
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17 Maria pensou que não ia aguentar, pensou em dizer que não, mas ao ver Inácio tão alegre e até a ceder a sua dieta para ter a sua companhia, Maria não conseguiu dizer negar-se. Passando três meses, Maria estava mais magra e conseguia resistir mais ao stress da cozinha e ainda ter energia para fazer outras coisas depois do trabalho e Inácio estava feliz porque tinha uma companheira para fazer ginástica e agora não sentia arrependido de comer mais um pouco da deliciosa comida de Maria. Porque comer bem e ter cuidado com a linha não tem que ser necessariamente opostos mas sim complementos de uma vida saudável. E assim acaba uma das muitas histórias que o nosso antigo e famoso Hotel tem para contar, o resto ainda fica por desvendar…
Marta Sousa
O Hotel e os seus Segredos
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Confusão Civilização corrupta, cega, cínica, cadavérica. Compromissos constantemente cuspidos, cagados, confundidos, congelados...Criminosos! Comadres, compadres, católicos convertidos, compram consciências cedem conivências, contradizemse, corrompem-se...Cruzes, credo canhoto!!! Caminho conturbado, confuso, caótico. Com coragem conseguir conquistas cruzando crescimento, compreensão, conhecimento, compaixão. Construir cidadania criticando, conspirando, contagiar companheiros, camaradas, combater cobardes compondo começos credíveis, coerentes, comestíveis. Conversas curiosas, comoventes, confortantes, carinhosas...contigo, comigo, connosco, com cerveja, cigarros, cogumelos - cumplicidade conjunta, colectiva.
Tânia Spranger
Confusão
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Um dia de Sonho (História de carácter infantil) Vou contar-vos a história de dois irmãos que não tinham uma ligação muito próxima, não o amor que irmão deve ter. Um dia tudo mudou. Tom e Lana viviam na pequena vila de Ivalice com a mãe. O pai deles já tinha falecido há uns anos. Ivalice era uma vila muito pequena, por isso, era habitada por uma pequena população. Existia um pequeno bosque, acerca do qual circulavam rumores na vila que era assombrado, que depois de entrar jamais seria possível sair, nunca ninguém soube o que realmente existia para além do bosque ou se os rumores eram verdadeiros. A população de Ivalice foi expressamente proibida de entrar no bosque e também havia muita gente que nem ousava lá entrar. Um dia, como sempre, Tom e Lana estavam a brincar só que como não tinham uma ligação muito forte e próxima nunca brincavam um com o outro, só estavam juntos na hora das refeições e ao deitar. Tom brincava com a sua pequena e velha bola que lhe tinha sido oferecida pelo pai e Lana com a sua velha boneca de trapos. Tom estava tão aborrecido que acabou por se fartar de estar sempre a fazer a mesma coisa, e ainda por cima não tinha com quem brincar, porque o resto da população já tinha uma certa idade. Tom desde o falecimento do seu pai que se isolou por completo de Um Dia de Sonho
Escrita Criativa
20 todos. Ele decidiu então entrar no bosque, sempre ficara curioso sobre o que haveria lá, e acreditava que era algo bom, quase mágico. Isto, porque antes de o seu pai falecer disse-lhe que o bosque não era nada do que a população de Ivalice julgava e acreditava ser, referiu que gostava muito que Tom e sua irmã um dia fossem lá, foi a única vontade que expressou antes de falecer. Isso foi o que despertou em Tom uma enorme curiosidade imensa, além de desejar cumprir a última vontade de seu pai. Tom decidiu-se, largou a bola e dirigiu-se para o bosque, entrou e aquilo era um cenário esquisito, cheio de pedras, arbustos e árvores despidas e assombrosas. Era uma paisagem que o assombrava, fazia este tremer de medo. Mesmo assim, isso não o parava, destemido e fazendo-se de valente foi avançando, ultrapassando alguns pequenos obstáculos que pela sua frente se iam deparando, até que ouviu um barulho que parecia vir de trás, por entre os arbustos. Tom parou e dirigiu-se lentamente para desvendar o que era. Foi muito devagar...devagar com receio de afugentar o espião seja quem fosse e quando finalmente estava perto aproximou-se e destapou o arbusto com as suas pequenas mãos e quem é que estava lá? A sua irmã Lana! Tom ficou sem reacção quando a viu e de repente ficou sério e disse a ela para voltar para casa. Lana começou quase a chorar por causa da atitude do irmão, o que o fez sentir-se um pouco
Um Dia de Sonho
Escrita Criativa
21 mal e então, mesmo contrariado permitiu que ela o acompanhasse na aventura. Lana ficou muito contente e lá prosseguiram os dois, o seu caminho pelo bosque. Pelo caminho viram muitos trilhos que iam dar a qualquer sitio, mas onde? Lana viu um esquilo à sua frente e começou a persegui-lo. Tom começou a chamá-la para que ela não se afastasse, mas, ela estava tão entretida atrás do esquilo que não ligava. Então, Tom ficando muito resmungão foi atrás dela porque não a podia perder. Afinal, que iria ele dizer à sua mãe se aparecesse em casa sem a irmã? Ele seguiu-a até um sítio que ambos ficaram maravilhados, era um lindo rio com umas pedrinhas no meio, lá no fundo havia uma queda de água com as cores do arco-íris reflectidas neste. Tom ficou intrigado com as pedrinhas que estavam formadas de uma maneira esquisita, parecia uma maneira de chegar à queda de água, mas como e para quê? pensou ele. Tom ficou curioso, então decidiu passar aquele caminho, saltando de pedra em pedra, Lana foi atrás, aquele caminho era arriscado porque podiam ser levados pela corrente. Lana conseguiu passar a primeira pedra mas na segunda escorregou e caiu, Tom ouviu os seus gritos de socorro, olhou para trás e viu a sua irmã em apuros, voltou para onde ela estava e salvoua. Lana ficou muito assustada, então ele sentiu que devia olhar por ela, e então, colocou-a nas suas cavalitas dizendo a ela para se
Um Dia de Sonho
Escrita Criativa
22 agarrar bem e depois foi saltando de pedra em pedra até finalmente chegar à dita queda de água. Tom não via nada de especial nesta, Lana queria agarrar as lindas cores do arco-íris, e então estendeu a mão para tal, com o impulso passou o outro lado da queda de água e caiu no chão. Quando se levantou com alguma dificuldade porque tinha ferido o seu joelho na queda, olhou para a frente e deparou-se com uma abertura esquisita, uma espécie de entrada, avisou Tom e este veio logo ver o que se passava. Tom quando chegou perto de Lana ficou alarmado com a ferida no joelho de Lana causada pela queda, rapidamente, como o pai sempre o tinha estimulado para a aprendizagem de primeiros-socorros, sacou de uma navalha que tinha no bolso e cortou pela raiz algumas plantas do tipo curativas, cortou algumas lianas e folhas e com elas fez um suporte que sustentasse as plantas curativas no joelho de Lana, fazendo um tipo de compressa. Ficou admirado pela irmã não ter chorado por se encontrar com o joelho esfolado, em vez disso ela sorria grata pela amabilidade do seu irmão Tom. Tom então centrou a sua atenção na tal entrada que o intrigava, era um portão feito de flores e ramos de árvores. Decidiu passar por ela, e quando a passaram ficaram deslumbrados com o que estavam a visualizar, uma linda paisagem cheia de flores de varias espécies, inúmeras borboletas a pairarem no ar de diversas cores e uns
Um Dia de Sonho
Escrita Criativa
23 insectos esquisitos com os quais nunca se tinham deparado, lá no fundo havia uma espécie de cascata a correr, eles aproximaram-se com enorme curiosidade do sitio de onde ela corria, e de repente saíram de lá três animais esquisitos que carregavam com eles um Gato?? Pelo menos parecia, esses pequenos animaizinhos aproximaram-se dos dois irmãos e ficaram alarmados com a presença deles. O gato apresentou-se como sendo o Rei Xiau, disse-lhes que eles estavam no reino de Valência e que não deviam estar lá, que deviam sair imediatamente porque não era permitido a entrada de desconhecidos. Por trás do Rei Xiau apareceu o esquilo que Lana outrora tinha perseguido. Apresentou-se como Stitch, informou ao Rei Xiau que a culpa de eles terem entrado tinha sido dele, por acidentalmente eles o terem seguido. O Rei Xiau ficou muito aborrecido e deixou a situação nas mãos dele virando as suas costas para se ir embora. Stitch apresentou outros seus amigos, eram uns animais muito esquisitos mas engraçados. O animal vermelho coberto de pêlo chamava-se Rox e o outro Olhão, Olhão porque tinha além de dois olhos, mais dois olhos por cima da cabeça que mais pareciam antenas, seu corpo era de tom verde. Stitch revelou-lhes que há muito tempo havia uma criança que tinha sido o primeiro humano a entrar no reino de Valência. Levou-os a um sítio que ficava no meio de um lago onde tinha uma pedra, os dois
Um Dia de Sonho
Escrita Criativa
24 irmãos ficaram surpresos quando leram o nome que estava inscrito numa pedra com a figura em pedra de alguém, era o nome e a figura de seu pai esculpida em pedra- Henry Matos. Stitch ficou contente com esta revelação, porque Henry tinha sido o primeiro humano com quem Rei Xiau tinha tido contacto e com quem tinha travado uma grande e forte amizade. O Problema foi que Henry tinha prometido que iria sempre visitá-los, principalmente ao Rei Xiau, até quando se tornasse adulto, mas nunca mais apareceu para os visitar, já se tinha passado muito tempo desde então. Tom deu-lhes a trágica notícia da morte do seu pai, que ele tinha adoecido e ficado de cama durante longos anos acabado por morrer. Rox, Olhão e Stitch ficaram muito tristes com a notícia, perceberam que tinham que informar o Rei Xiau o quanto antes. Encontraram-no o pé da entrada do portão cabisbaixo, parecia estar a lembrar-se de alguém. Stitch apressou-se a ir em seu encontro e contou-lhe o que tinha descoberto, Rei Xiau ficou sem palavras, confessou que se sentia mal porque sempre tinha pensado que Henry o tinha abandonado a ele e aos seus outros amigos do reino de Valência, ou simplesmente se tinha esquecido da promessa que outrora tinha feito de os visitar sempre. Rei Xiau decidiu como maneira de diminuir a sua culpa por ter duvidado de Henry, dar acesso livre a Tom e Lana
Um Dia de Sonho
Escrita Criativa
25 para sempre que quisessem de os vir visitar, somente tinham que certificar-se de que não eram seguidos. Como já estava a anoitecer Stitch ficou encarregue de os acompanhar ate à saída do bosque de Ivalice, os nossos dois amigos despediramse de todos os seus novos amiguinhos e partiram. Ao chegarem à saída do bosque, Stitch despediu-se dos dois e deu-lhes um convite em folha para uma festa que se iria realizar no dia seguinte no reino de Valência. Os dois irmãos agradeceram e foram para casa. Próximos de casa, estava a mãe deles que os esperava na porta da casa que estava tão preocupadas por estes ainda não terem chegado, a mãe finalmente avistou os seus dois filhos e reparou em algo que ficou emocionada, levando as mãos à cara. Tom pela primeira vez estava de mãos dadas à sua irmã Lana como dois verdadeiros irmãos. Tom admitiu que afinal a sua irmã não era assim tão chata e que até era uma boa companhia. A mãe ficou maravilhada e ao mesmo tempo contente com a afirmação de seu filho, Lana também ficou feliz, porque sempre se sentiu magoada com a maneira que Tom lhe tratava, sempre com enorme desprezo. Entraram em casa, famintos e a mãe questionou-lhes por onde é que eles tinham andado durante todo aquele tempo. Os dois irmãos olharam um para o outro com um olhar de cumplicidade e de
Um Dia de Sonho
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26 repente responderam em coro que tinham vivido um dia repleto de aventura e fantasia e que estavam gratos a seu pai. A mãe não percebeu nada, mostrando-se confusa, mas ficou muito grata e aliviada por eles terem regressado sãos e salvos, e acima por tudo, por agora os seus dois filhos se darem melhor que antes. Tom finalmente percebeu porque é que seu pai queria tanto que eles fossem ao bosque. E assim, todos os dias depois das refeições Tom e Lana iam visitar os seus novos amigos, onde todos os dias eram repletos de diversão e fantasia no maravilhoso e mágico reino de Valência que mais parecia que estavam dentro de um sonho, a viver um sonho. Porque um Mundo assim como Valência só mesmo nos nossos Sonhos.
Dedicado a todos aqueles que sempre sonharam e que até hoje, ainda, em seus corações carregam esses mesmos sonhos! Nunca deixem que o sonho se extingue, afinal “o sonho comanda a vida”.
Lena Amurita (Patrícia Teixeira)
Um Dia de Sonho
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Histórias Poéticas
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BEM-QUERER
Quantas vezes o nossos pensamento vagueia Por esta simples mas louca ideia Sobre algo simples mas de grande valor Que é a de encontrar o verdadeiro amor.
Mas o que é amor verdadeiro?... Não sei se o consigo definir! Gestos simples chegam para o garantir!
E tantos gestos mo demonstraram nesta data Quantas palavras ditas e escritas Sem necessidade de mencionar a palavra exacta!
Bem-querer
Escrita Criativa
28 Há tanto carinho no ar... Que por mais que tente não sei explicar Mas brotam lágrimas do meu olhar Quando leio ou escuto o vosso invocar!
Por isso tinha que escrever Estas simples letras para vos agradecer Todo este carinho todo este bem-querer!
E aproveito também para dizer Que procura louca Que em vão nos apouca... Que pensamento insano Procurar amor quando ele está ao nosso lado todo o ano!
Ana Maria Teixeira
Bem-querer
Escrita Criativa
29
A Amizade
A amizade pode ser Caminho para o amor Sentimento tão forte Que nem sempre se dá valor No entanto pode ser Eterno para além da morte.
Há quem cultive amizade No dar, receber, conviver! Partilhar, viver! Sente-se a felicidade! Por tudo isto, valeu a pena nascer!
A Amizade
Escrita Criativa
30 Não tem preço a amizade Quando esta é verdadeira Pois todos temos apreço Que seja usada com lealdade Assim seremos felizes a vida inteira
Mena Silva
A Amizade
Escrita Criativa
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Angústia
Com a vida me agasto Evito o nefasto Corro incessantemente Pareço demente Esqueço-me Perco-me Não encontro o meu norte É tudo má sorte. A vida é complicada Acordo cansada Nunca me acomodo Vivo do meu modo Tento observar E tudo compilar Nesta mente delirante Trabalho constante
Angústia
Escrita Criativa
32 Que não fortalece Que ensandece Tudo o que procuro É obscuro. Pela vida faço abstinência Dura penitência Para uma mente Tão diligente Para um ser tão insistente Que muito pretende Mas que nada entende.
Ana Maria Teixeira
Angústia
Escrita Criativa
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Vontade vã
Perdida na dimensão humana e urbana Gente ainda por ser ouvida, espreita Aqui e ali, Como almas à espera de algo Que sabem que não vem E que não sabem o que é.
Almas sem luz À espera de um único momento Vazio de existência. Algo que se perdeu Algo que se achou O mundo que chorou por ver chorar E custa a se alegrar por ver sorrir.
Vontade Vã
Escrita Criativa
34 Mundo de lutas internas Em que cada um quer se afirmar Para nada receber Sen達o meras palavras.
Marta Sousa
Vontade V達
Escrita Criativa
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O TESTE
Todos nós passamos por uma provação. É a vida que nos quer testar Para saber se somos fracos ou fortes Para nos aprovar ou desaprovar.
De maior ou menor provação Já todos temos um certificado Mas para a vida o validar Tem de ser autenticado.
Todas as provas são complicadas O que deixa as nossas vidas marcadas. Vezes sem conta revemos o enunciado Pois o teste é muito intrincado.
Teste
Escrita Criativa
36 Toda a provação nos cessa o pensar Sentimo-nos confusos, não conseguimos raciocinar Rezamos para que a vida nos transmita algo iluminado Para rapidamente lhe entregarmos o enunciado.
Tarefa difícil de realizar Quando não temos ninguém para ajudar E todos queremos tirar vinte valores Para que a vida nos dê o certificado sem favores.
Ana Maria Teixeira
Teste
Escrita Criativa
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O Caminho
Perder-me para me encontrar Ser o medo Para ter fé Parecer correr Para não chegar… Mas para quê recear? Se tenho medo hoje, Não é mudança de lugar ou situação Que o irá terminar; Mas sim a mudança de disposição. Porque ninguém sabe o caminho que vai encontrar Porque o incerto é a única coisa concreta na vida E o medo é a pedra onde tropeçamos.
Marta Sousa
O Caminho
Escrita Criativa
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FESTEJANDO A POESIA
Hoje é o dia mundial da poesia Não pode contudo ser um dia de fantasia. Também é dia mundial do sono Não pode contudo ser um dia morno.
A este dia também juntaram o dia da árvore Mas não façamos alarde Pois junto dela não nos podemos sentar para ler um poema E qual fantasia, qual sonho se trabalhar é o nosso lema.
Como eu gostaria de fazer parar o tempo Correr para o jardim e uma árvore plantar Para que me desse calor ou sustento E debaixo da qual eu me pudesse abrigar.
Festejando a Poesia
Escrita Criativa
39 Abrigada das inclemências da vida poderia sonhar, No meu livro todas as poesias escrever, Nas minhas ideias divagar. Que bom seria então o meu viver.
Mas como não é possível fazer parar o tempo Como não podemos viver sem trabalhar Já foi bom este momento Pois parei um pouco para fantasiar.
Ana Maria Teixeira
Festejando a Poesia
Escrita Criativa
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Pretérito imperfeito
Continuo a querer demasiado Por isso sinto tanta insatisfação, Sinto que algo está errado Toda a minha vida é desilusão.
A minha entrega é total Mas a minha obra continua inacabada, Por isso sinto o fracasso real O que faz de mim uma pessoa frustrada.
Quero tanto que não posso Na minha mente abarcar Nem mesmo com muito esforço Nem com muito batalhar.
Pretérito Imperfeito
Escrita Criativa
41 Já não consigo sorrir Nem sonhar como sonhava Pois só penso no porvir E na obra inacabada.
Ana Maria Teixeira
Pretérito Imperfeito
Escrita Criativa
Críticas ou Sátiras
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Porquê ler?
Porque adoro ler?
Porque ler quando hoje em dia há tantas coisas aliciantes como a televisão ou os jogos e as suas consolas, tão práticos que se pode levar no bolso para qualquer lugar como alguns livros que também podem ser transportados para todo o lado e ser lidos em qualquer lugar.
Assim como os jogos, os livros levam-nos para um outro mundo onde a nossa concentração é chamada e absorvida quase completamente. Nos jogos caso esta concentração não seja dada, perdemos. Por vezes até mesmo com toda a nossa atenção perdemos na mesma…
Então porquê ler em preferência disso tudo?
Porquê Ler?
Escrita Criativa
43 Porque o livro é um novo mundo, uma história por desvendar? Mas os jogos também o são, um jogo de “RPG” o é e até mesmo uma telenovela ou um filme. Mas ler é diferente, porquê? Porque ler não pode nem é igual para todos e não faz mal se lê devagar ou rápido. Não há como ler mal mas sim como não ter prática de ler. Pode-se jogar mal sempre um jogo ou até mesmo vários jogos. As novelas, filmes, etc. implicam uma duração, uma continuação obrigatória e por vezes até um horário obrigatório (quando se vê na televisão). A ler não, colocamos na “pausa” quando quisermos sem ter que saber exactamente onde ficámos. Ler tem detalhes escondidos por entre as folhas que apenas ao reler se demonstram para nós. Além disso só o hábito de descanso e tranquilidade do acto de esfolhear um livro e ler cada palavra saboreando-lhe o sentido com o seu gosto e tempo.
Porquê Ler?
Escrita Criativa
44 É algo único para cada um de nós, assim como a mensagem do livro, cada um lê aquilo que mais gosta ou mais se identifica. Por vezes são simples passagens outras é a história do livro em geral. O que importa é que ler é uma acção pessoal e única para cada um de nós. Marta Sousa
Porquê Ler?
Escrita Criativa
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