Infografs Abril de 2011

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Abril 2011 Ano 11 Número 56

Boletim Informativo da Assingrafs e Singrafs

Tudo pronto para o

jantar-dançante

do empresário gráfico 17 de junho no Samyr Buffet

Compre seus convites agora, não deixe para depois página 6

Conheça o perfil do novo funcionário da empresa gráfica página 2

Palestra discute habilidades necessárias para fazer bons negócios

Saiba tudo sobre a Norma ISO 12.647 entrevista com Bruno Mortara

página 3

páginas 5 e 6


Artigo

O perfil ideal do novo funcionário de uma empresa gráfica Manoel Manteigas de Oliveira O avanço tecnológico em todos os segmentos de produção e a evolução nas formas de organização do trabalho exigem dos profissionais menos habilidades manipulativas e mais conhecimentos tecnológicos e científicos, os quais devem ser base para o desenvolvimento de raciocínios lógicos que levem a inovações. Os antigos artesãos da indústria gráfica tinham que dedicar grande parte do seu tempo ao esforço de “domesticar” materiais por meio da habilidade manual e, por isso, o conhecimento tecnológico por trás dessas operações nem sempre aparecia com sua devida importância. Agora, o conhecimento de como as coisas funcionam e, principalmente, do porquê elas não funcionam tornase um fator de diferenciação decisivo. Antes, um profissional “habilidoso”, mas sem conhecimento consistente do processo, podia ter lugar - agora não mais. É fundamental que o profissional tenha competências para lidar com sistemas informatizados - não basta dominar alguns softwares. Também é imprescindível ler e compreender manuais e literatura técnica inclusive em inglês -, manipular parâmetros numéricos para controle dos processos e de compreender, e aplicar, normas técnicas. Os trabalhadores devem, ainda, ser capazes de compreender os processos de produção como um sistema, ser criativos e agir com iniciativa para propor, e implementar, melhorias no processo dentro de programas de aumento constante de qualidade e produtividade. 2 - Infografs

O segmento de pré-impressão foi, sem dúvida, o departamento da gráfica que mais se transformou tecnologicamente. No entanto, também a impressão está exigindo outro tipo de profissional, ao mesmo tempo em que funções estão sendo eliminadas. Por um lado, as máquinas de impressão e acabamento tradicionais já se encontram num alto grau de automação. Hoje, uma equipe de duas pessoas pode conduzir uma moderna impressora de quatro ou cinco cores. Há menos postos disponíveis para ajudantes de impressão. De outro lado, esses equipamentos incorporam recursos de controle computadorizado que exigem outros conhecimentos do impressor em lugar de “simplesmente” saber imprimir. Uma sala de impressão moderna inclui a conexão de todos os recursos de automação para se constituir redes de gerenciamento de serviços, incluindo transmissão de dados para acerto de serviços e a programação das sequências de entradas em máquina. Esses sistemas integrados dão conta também de levantar os apontamentos de produção automaticamente, emitindo relatórios gerenciais úteis para controle de produtividade e melhoria de processos. O objetivo

é que os equipamentos passem a fazer parte de um sistema de fabricação integrado por computador, o CIM (Computer Integrated Manufacturing). Um sistema como esse, funcionando na sua melhor performance, permite, por exemplo, que um mesmo operador comande duas ou três máquinas. Aprender continuamente é fundamental para se permanecer no mercado de trabalho. Não só aprender mais sobre o que já se faz, mas também aprender para onde vão a tecnologia e os negócios. Quanto maior a base de conhecimento geral sobre processos e tecnologias, maior a probabilidade de uma migração para funções novas.

Manoel Manteigas de Oliveira é diretor das Escolas SENAI Theobaldo De Nigris, Felício Lanzara e da Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica; e diretor de tecnologia da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica).

No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.


Expediente

Ciclo de Palestras

2º Secretário António José Simões Vieira Gameiro 1º Tesoureiro José Hamilton Ferreira 2º Tesoureiro Adriano José de Souza Assis

Para o consultor empresarial Heli Gonçalves Moreira, é preciso criar ações que sejam difíceis de serem imitadas para se destacar da concorrência

Diretoria Responsabilidade Social Edneide P. Silva Cortês Tecnologia da Informação Alessandro Coelho Meio Ambiente Wagner Pereira de Carvalho

Heli Gonçalves Moreira, consultor empresarial e sóciodiretor da HGM Consultores, realizou a palestra Negociar Arte ou Habilidade, na sede da Assingrafs/ Singrafs, no dia 1º de março. Cerca de 30 pessoas participaram do evento, que faz parte do Ciclo de Palestras Assingrafs.

Segundo o palestrante, isso significa que deve haver comprometimento com os objetivos, mas também disposição para o empreendedor fazer algo diferente para se destacar da concorrência. “Tem que haver ações que jamais ou dificilmente serão imitadas. Tem que fazer acontecer”, falou.

1º Vice-Presidente Antonio Ferreira 1º Secretário William Eduardo Gomes de Souza

Fazer e acontecer são habilidades necessárias para bons negócios Reflexões sobre a evolução das ideias

Moreira começou a palestra com uma pergunta: “Qual é a diferença entre habilidade e arte?” O que ninguém soube responder foi definido em uma frase pelo palestrante: “A habilidade é o conjunto de conhecimento, competência, aptidão, capacidade e objetivos; enquanto arte é perceber e transmitir sensações e estados de espírito, além de criar e utilizar processos e meios diferentes e inovadores”.

Presidente Odair Paulino

Presidente António José Simões Vieira Gameiro 1º Vice-Presidente Aníbal João Ultramari 1º Secretário Odair Paulino 2º Secretário Laércio Feiteira

Heli Gonçalves Moreira

O palestrante afirmou que há três pontos principais para que o gestor tenha uma boa empresa. Primeiro: os funcionários têm de estar bem preparados e devem ser bem tratados, porque eles são a melhor propaganda da empresa. Segundo: é preciso cuidar das lideranças, porque não existe equipe sem um guia. Terceiro: cuidar do ambiente de trabalho é fundamental para que os colaboradores se sintam em casa. “Trabalhar infeliz não rende.” Uma das dicas de Moreira é tentar prever as reações da outra parte (cliente). Quem negocia tem que ser sensível às necessidades do consumidor e utilizar argumentos persuasivos.

1º Tesoureiro Antonio Ferreira 2º Tesoureiro Adriano José de Souza Assis Conselho Fiscal José Alberto Silva Filho José Euclides Coelho João Luiz Junqueira Caires Jurandir Marchioretto Marco Antonio de Almeida Sérgio Valdomiro de Mesquita Diretor Superintendente Fuad Sayar Rua Gonçalo Fernandes, 153 - 10º andar Conj. 101/102 - CEP 09041-410 Santo André - SP Telefax: (11) 4438-8922 e-mail:sindicato@singrafs.org.br site: www.singrafs.org.br

Assessoria de Comunicação

Telefone: 11 4123-8159 Jornalistas Responsáveis Danilo Angrimani (MTB 8.130) Irineu Masiero (MTB 20.406) James Capelli (MTB 15.680) Reportagem: Deise Cavignato Diagramação: Francis Lima

Impressão:

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Artigo

Abandono de emprego Reinaldo Finocchiaro Filho

tecnicamente estará caracterizado o abandono de emprego, podendo após ser processada rescisão contratual por justa causa fundamentada na alínea “i” do artigo 482 da CLT, quitando as verbas de direito, observando previsão contida na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria para os procedimentos administrativos.

No caso em tela, para caracterização do referido instituto, é necessário o atendimento de dois requisitos: o primeiro deles é a falta ocorrida de forma contínua durante certo período. O segundo requisito consiste na própria intenção ou interesse do empregado de não retornar ao trabalho. Perante a CLT, não temos um prazo mínimo para configuração do abandono de emprego; todavia, através da Súmula 32 do TST, que é destinada ao benefício previdenciário, pacificou-se o entendimento, através das jurisprudências, que a presunção está configurada quando o empregado não comparece ao trabalho por mais de 30 dias ou não justifica o motivo de não o fazer dentro desse lapso.

Por fim, lembramos que a justa causa é o ato mais grave cometido pelo empregado e a matéria precisa ser analisada com cautela, observando o caso concreto.

Assim, para configurar o abandono de emprego, o empregado precisa se ausentar do trabalho por período superior a 30 dias, devendo a empresa durante este período encaminhar telegramas com aviso de recebimento e cópia do teor, solicitando o comparecimento do empregado na Empresa para justificar as faltas ocorridas no período. Ultrapassado referido interregno, com envio dos telegramas pela empregadora e sem o comparecimento ou justificativa do empregado, 4 - Infografs

Reinaldo Finocchiaro Filho é consultor da Consultoria Jurídica Dráusio Rangel

Para configurar o abandono de emprego, o empregado precisa se ausentar do trabalho por período superior a 30 dias, devendo a empresa durante este período encaminhar telegramas com aviso de recebimento e cópia do teor

Inicialmente, esclarecemos que a natureza jurídica do abandono de emprego, fundamentado na alínea “i” do artigo 482 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), está compreendida na desistência do empregado em continuar trabalhando ou na falta de interesse em manter o contrato de trabalho.

À Guisa de Errata “A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão, os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornamse visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar.” Monteiro Lobato

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Norma ISO 12.647 controla processos de produção gráfica A Norma ISO 12.647 tem o objetivo de padronizar o processo de produção gráfica de forma que todo impresso – independente do local onde for produzido – terá sempre a mesma aparência (colorimétrica). A Norma é internacional. Em outros países, já existem processos de certificação e entidades reconhecidas que fornecem esses certificados. No Brasil, a certificação da Norma ISO 12.647 está em fase de implantação pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e não tem data para entrar em vigor.

é necessário ter um método, uma metodologia de controle. Em geral, clientes se queixam de alterações em cores de impressos que, às vezes, não mantêm o padrão solicitado. A introdução da ISO 12.647 resolveria esse problema? BRUNO MORTARA – Quando se adota a Norma, o inconveniente das cores de impressão fica limitado a praticamente zero. O grande objetivo dos controles – de papel e tinta, por exemplo, previstos na Norma

O consultor da indústria gráfica e professor da pós-graduação do SENAI Bruno Mortara tem 25 anos de experiência no setor e foi pioneiro no uso de tecnologias digitais. Mortara é sócio diretor da empresa Prata da Casa e diretor da ABTG Certificadora. Nesta entrevista, ele discorre sobre as vantagens da introdução da Norma 12.647 no Brasil.

BRUNO MORTARA – O principal equipamento para atender à ISO 12.647 é o treinamento. Visitei recentemente um salão gráfico, que tem equipamentos de custo altíssimo, em torno de R$ 10 milhões e poucos instrumentos de controle (densitômetro e nenhum espectrofotômetro). Segundo nossa realidade, o empresário gráfico investe muito em hardware; investe um pouco em software; mas quando se fala em treinamento, em conhecimento, não existe a mesma disposição de investimento. Nesse sentido, existe mão-de-obra especializada para atender à ISO 12.647? BRUNO MORTARA – Só em casos específicos, em algumas gráficas. Se o cidadão souber fazer todos os controles da Norma, terá condições de manter seu processo controlado, mesmo se os insumos não estiverem descritos na ISO 12.647.

Leia: O que é a Norma ISO 12.647 e por que ela foi criada?

Qual é o principal benefício dessa Norma para o empresário gráfico?

BRUNO MORTARA – A primeira parte da Norma ISO 12.647 foi publicada em 1996. Era genérica. Discorria sobre parâmetros e métodos de medição. Posteriormente, nos anos seguintes, foram publicadas outras normas da mesma família, cada uma cobrindo um diferente processo de impressão gráfica. Todas falam de pontos de controle do processo de impressão. O processo de produção gráfica é reconhecidamente de difícil controle. É muito mais fácil fazer automóvel, torneira, tijolo. Para controlá-lo,

BRUNO MORTARA - O grande benefício é estabelecer controles, procedimentos. Com isso, o tempo de acerto da máquina cai dramaticamente. Um acerto que demoraria 40 minutos poderia ser reduzido para 10 minutos. Cai também a quantidade de retrabalho. Assim, ao invés de o gráfico produzir 10 jobs, fará 15 com o mesmo equipamento, numa mesma unidade de tempo. Todos os custos caem – gastos com papel e tinta, principalmente. A Ugra (Schweizer Kompetenzzentrum für Medien- und Druckereitechnologie) –

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Bruno Mortara

12.647 – é poder prever o resultado final. Independente da gráfica onde o serviço for desenvolvido, seja em Taiwan, em Iowa, o resultado será sempre o mesmo. As gráficas terão de trocar seus equipamentos?

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entidade certificadora suíça – estima que o retorno do investimento na implantação da Norma acontece em até seis meses. Como o sr. vê a realidade hoje da indústria gráfica? BRUNO MORTARA – Toda a cadeia gráfica vive um momento dramático. Estamos sendo ameaçados pelo lobby eletroeletrônico com a desmaterialização da comunicação impressa. A ideia de que o papel é fruto da devastação ambiental já foi vendida e comprada. De acordo com esse lobby, o uso do papel seria nocivo à sustentabilidade. O senso comum já incorporou isso. É muito difícil convencer o grande público consumidor de que todo o papel utilizado hoje no País seja oriundo de

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floresta de manejo, com retorno do carbono à natureza. Como sair dessa situação? BRUNO MORTARA – Imagine um transatlântico fazendo água, atingido por dois torpedos –a falácia da não sustentabilidade do papel e a desmaterialização da comunicação impressa. Essa é a indústria gráfica hoje. O desafio de sua tripulação para manter esse navio navegando é conciliar, em um ambiente inóspito, uma impressão de alta qualidade com a mesma repetitividade e essa qualidade ser percebida pelo cliente. É preciso mostrar para o empresário gráfico que ele precisa de qualidade em um mundo comoditizado. Esse será o seu diferencial: qualidade, que vem dos benefícios do ensino e do tempo.

A família da ISO 12.647 Nesse conjunto de normas, cada uma delas cuida de um processo específico de reprodução: • Parte 1: Parâmetros e métodos de medição; • Parte 2: Processo de impressão litográfico offset plano e rotativa com heat-set; • Parte 3: Processo de impressão litográfico offset coldset para jornais; • Parte 4: Processo de impressão gravura; • Parte 5: Processo de impressão silk screen; • Parte 6: Processo de impressão flexográfico; • Parte 7: Processo de prova, fora da impressora, a partir de dados digitais (publicado em 2007); • Parte 8: Processo de provas de verificação (ainda não publicado).

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