Boletim Informativo da ASSINGRAFS e SINGRAFS
Abril 2013
Ano 13
Número 66
Diretorias da ASSINGRAFS e do SINGRAFS reúnem-se para definir Planejamento Estratégico págs. 4 e 5
Notícias Presidentes da ASSINGRAFS e do SINGRAFS tomam posse - pág. 6 Entrevista com o presidente eleito da ASSINGRAFS - pág. 7 Xaar promove workshop sobre novas oportunidades no mercado da impressão digital - pág. 8 Artigos Vamos nadar juntos para não morrer na praia- pág. 2 Senai exibe documentário sobre a história do linotipo - pág. 3 Atividade de composição gráfica não tem incidência de IPI - pág. 8
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INFOGRAFS
Artigo
Expediente
Vamos nadar juntos para não morrer na praia António José Simões Vieira Gameiro, Tonzé
Escrevi (ou desabafei) na última edição deste Infografs que, como empresário diante do mercado financeiro, sinto-me igual a uma raposa perseguida por algozes. Vou escrever agora sobre outra sensação: a de ser refém dos juros bancários. Acredito que os colegas do setor gráfico entendam bem isso. Ficamos como náufragos em um mar de variações nas taxas de juros. Quando parece que vai dar pé e você poderá finalmente descansar de tanto nadar, vem uma onda e leva você de volta para o fundão, sem terra à vista, sendo obrigado a bater pernas para não morrer afogado na dívida. O Banco Central divulga queda de juros. Você se anima e vai discutir com seu gerente a renegociação do seu saldo devedor em condições aparentemente melhores. Nunca é como a imprensa divulga. Nunca é como o governo apregoa. É sempre pior. As condições são unicamente benéficas para o mercado financeiro. O que é uma burrice extrema, uma vez que os responsáveis por fazer a roda da economia girar somos nós, os empresários, empreendedores, contratantes... Mas aos olhos da realidade econômica nacional, nunca ganhamos o papel de mocinhos. Somos eternos bandidos. Só que não é bem assim, como bem sabemos. Vejam que coisa: dei uma olhada no site do Banco Central do País e descobri que a variação de juros para crédito pessoal do tipo prefixado variaram nas instituições financeiras do Brasil de 0,91% ao mês (11,48% ao ano) até 17,40% ao mês (585,52% ao ano). É um absurdo! São dois bancos (o primeiro e o último da tabela) brasileiros que vivem sob mesma legislação. O que define tamanha diferença de taxas? Quais os critérios? Como havia dito, quem precisa de dinheiro para pagar impostos, passivos trabalhistas, fazer ampliações ou para qualquer outra coisa está jogado no mar com os tubarões.
Presidente José Hamilton Ferreira 1º Vice-Presidente Aníbal João Ultramari 1º Secretário Edneide Pereira da Silva Cortez 2º Secretário Wagner Pereira Carvalho Jr. 1º Tesoureiro Jurandir Marchioretto 2º Tesoureiro Antonio Ferreira
Volto a afirmar que o porto seguro dos empresários do setor gráfico é a união, o sindicato. Precisamos nos posicionar em grupo contra essa variação de juros que vai de simples marola a tsunami que destrói qualquer saúde financeira.
Presidente António José Simões Vieira Gameiro 1º Vice-Presidente Adriano José de Souza Assis 1º Secretário Odair Paulino
Nossa instituição, inclusive, tem estudado a hipótese de criar uma cooperativa de crédito. Parece-nos em primeira análise uma forma de enfrentar as variações insanas desse mercado financeiro. Seria uma boia para nos segurarmos um pouco mais na superfície da água escura, ameaçadora e profunda que se transformou o oceano dos negócios gráficos. Vamos continuar pensando nisso e sua opinião é muito importante.
2º Secretário José Hamilton Ferreira
Enfim, como sou da Baixada Santista, conheço bem o mar e aposto que vamos passar por mais esse desafio para retornarmos à praia firme, com sol e água verdinha. Mas antes ainda há muito trabalho e precisamos nadar juntos para enfrentar os tubarões.
Diretor Superintendente Fuad Sayar
Um grande abraço.
1º Tesoureiro Antonio Ferreira 2º Tesoureiro Oscar César Hansen Conselho Fiscal Titulares José Alberto Silva Filho Mateus Petricelli Sérgio Valdomiro de Mesquita Suplentes João Luiz Junqueira Caires Laércio Feiteira Roberto Cortez
Assessora de Comunicação Paula Franco
Rua Gonçalo Fernandes, 153 - 10º andar Conj. 101/102 - CEP 09041-410 Santo André - SP Telefone: (11) 4438-8922 e-mail:sindicato@singrafs.org.br site: www.singrafs.org.br
Assessoria de Comunicação
Telefone: 11 4123-8159
Jornalistas Responsáveis Danilo Angrimani (MTB 8.130) James Capelli (MTB 15.680) Diagramação: Francis Lima
António José Simões Vieira Gameiro, Tonzé Presidente do SINGRAFS
Impressão:
No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.
INFOGRAFS
fonte: http://www.circuitousroot.com/artifice/telegraphy/tty/codes/
Artigo
LINOTIPO Manoel Manteigas de Oliveira
fonte: wikimedia.org
No dia 20 de março, foi exibido na Escola Senai Theobaldo De Nigris um documentário sobre a máquina linotipo. O filme, americano, mostra a saga de uma das invenções mais importantes da humanidade. A primeira grande revolução na comunicação humana foi o próprio advento da escrita, há cerca de 4.000 anos a.C.. Depois houve uma verdadeira explosão de conhecimento com a invenção dos tipos móveis por Gutenberg, por volta de 1450 d.C.. O terceiro acontecimento revolucionário foi justamente a invenção da linotipo em 1866, por Ottmar Mergenthaler. Essa máquina é uma proeza mecânica que foi chamada por Thomas Edison de a “oitava maravilha do mundo”. Graças ao enorme aumento de produtividade trazido pela linotipo, a produção de jornais, livros e revistas teve um espetacular impulso. A redução de custos no processo gráfico tornou esses itens muito mais acessíveis para as massas.
Máquina Linotipo de 1940
interior do Paraná. Ele soube da apresentação e resolveu manifestar-se, informando que trabalha continuamente montando formas tipográficas e imprimindo. Ele informou, também, que recentemente haviam sido compradas diversas novas fontes para melhorar a qualidade da impressão. Para quem não sabe, fonte é uma coleção completa de tipos móveis, com dezenas de unidades de cada caracter. Johannes Gutenberg
Após a exibição do documentário, foi feita a demonstração de uma linotipo que a Oficina Tipográfica São Paulo e o Senai mantêm em funcionamento. Foi emocionante ver a alegria de antigos linotipistas misturada à curiosidade de dezenas de jovens visitantes que viam, pela primeira vez, aquele prodígio da engenharia do século 19 em funcionamento. Poucos dias depois, recebemos uma mensagem pelo Facebook de um profissional que é tipógrafo numa cidade grande do
Tudo isso para dizer como é complexo o nosso segmento, desde o ponto de vista tecnológico. Sabemos que há várias tipografias ainda em funcionamento comercial, mas é impressionante saber que há oficinas em desenvolvimento, fazendo investimentos novos para continuar imprimindo em tipografia! É claro que são situações muito excepcionais, mas não deixa de ser intrigante. Alguma conclusão a ser tirada disso? Talvez nenhuma, mas alguns gostarão de saber que no meio de tantas dificuldades da crise econômica e da concorrência das mídias eletrônicas, que no meio desse turbilhão tem gente
vivendo profissionalmente da arte tipográfica. Talvez possamos concluir que as tecnologias de comunicação deverão sempre coexistir e se complementar, sem que uma nova tecnologia chegue a eliminar completamente outra mais tradicional.
Manoel Manteigas de Oliveira é diretor das Escolas Senai Theobaldo De Nigris, Felício Lanzara e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica; e diretor de tecnologia da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica)
50 quilos de papel reciclado evitam o corte de uma árvore e o consumo da água é 50% menor.
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DESTAQUE
Diretorias da ASSINGRAFS e do SINGRAFS reúnem-se para definir Planejamento Estratégico As discussões, realizadas durante três dias, foram mediadas pelos consultores Mauro Pedro Lopes e Ubiraí Beber Quinze diretores do SINGRAFS e da ASSINGRAFS participaram de um encontro nos dias 15, 16 e 17 de março, para estabelecer o Planejamento Estratégico para os próximos três anos. As discussões foram mediadas pelos consultores Mauro Pedro Lopes e Ubiraí Beber, da Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Empreendedor. Ao longo do final de semana de reuniões e debates, os participantes discutiram os seguintes temas: cenários da indústria gráfica, mapeamento da cultura organizacional, valores, diretrizes estratégicas, oportunidades, ameaças, pontos fortes e pontos fracos das entidades. Além de projetar a visão das instituições para 2016. A abertura do evento foi feita, às 9h, pelo professor Manoel Manteigas de Oliveira, diretor da Escola Senai de Artes Gráficas Theobaldo de Nigris, que falou sobre os desafios da indústria gráfica, planos a longo prazo e políticas econômicas vigentes (“baixos investimentos geram baixa produtividade”).
António José Simões Vieira Gameiro, Tonzé
Segundo Manteigas, a indústria gráfica deve olhar-se como provedora de soluções de comunicação, procurar possibilidades de negócio, ser parceira e não somente fornecedora. “A gráfica não é apenas impressora. O empresário não pode pensar só dessa forma. É preciso haver integração, convergência, sinergia”, afirmou. Ele observou que mudança de ramo, fusão com outras empresas, fechamento fazem parte da normalidade no mundo dos negócios. “Não tem outra maneira senão pensar em conjunto sobre estratégias e planejamento de negócio. Muita gente fala em planejamento estratégico, mas pouca gente faz. Por isso, parabéns à ASSINGRAFS e ao SINGRAFS que estão cumprindo uma grande missão que é agregar as pessoas e enfrentar a crise de frente”, afirmou o diretor da Escola Senai. O encontro de Planejamento Estratégico teve também a presença do presidente do STIGABC (Sindicato dos Trabalhadores
Alessandro Coelho, José Hamilton Ferreira e William de Souza
Gráficos do Grande ABC), Isaias Karrara. Após a palestra de Manteigas, o representante laboral citou a reportagem em que o senador Eduardo Suplicy (PT) discursava sobre os contratos firmados entre o governo brasileiro e a China para impressão de livros didáticos. “Trata-se de uma situação caótica em relação à concorrência predatória”, disse Karrara.
No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.
O profes
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A gráfica não é apenas impressora. O empresário não pode pensar só dessa forma. É preciso haver integração, convergência, sinergia Manoel Manteigas
Nós temos de ter uma visão estratégica. Somos o segmento que mais emprega no Brasil Cesar Chaves
O professor do Senai Manoel Manteigas de Oliveira
César Chaves e Mauro Pedro Lopes “Hoje, somos menos de 6 mil. É preocupante essa redução drástica. A tecnologia eliminou mão de obra. Temos dificuldade com a concorrência predatória. Estamos vivendo em um turbilhão.”
Isaias Karrara Para o presidente do STIGABC, “precisamos nos organizar melhor e buscar uma solução que seja boa para ambas as partes; precisamos ter um olhar diferente; organizar um seminário e discutir qual rumo dar ao setor gráfico. Em conjunto. Não dá para a gente caminhar sozinho.” Karrara afirmou que, em 1990, havia12 mil trabalhadores gráficos no Grande ABC.
Fechando o ciclo de palestras, o consultor do ramo gráfico César Chaves, da Gráfica Imprensa da Fé, responsável pelas relações políticas do setor gráfico junto ao Senado Federal, lembrou, em sua apresentação, que a indústria gráfica não tem representação junto ao governo federal. “Há a necessidade de organização para construir uma relação política com o governo. Um lobby forte”, afirmou. Segundo Chaves, a indústria gráfica ainda é muito familiar. “Nós temos de ter uma visão estratégica. Somos o segmento que mais emprega no Brasil”.
O mediador das discussões, Mauro Pedro Lopes, explicou que o ciclo de palestras feitas pelo professor Manteigas, Karrara e César Chaves teve o objetivo de sensibilizar o empresário frente às mudanças que acontecem no mercado. “Após esse ciclo fornecemos ferramentas para criar o plano estratégico. Nossa ideia é dar instrumentos para que os empresários lidem com a crise e se preparem para as mudanças sinalizadas nas palestras.”
Sobre se as relações políticas podem acrescentar ao trabalho das entidades, o consultor gráfico afirmou que as entidades têm várias ideias, ações, pleitos, mas falta organizá-las. “Falta trabalhar alguns aspectos para que se tornem mais técnicos, concretos, funcionais. É preciso organizar e ter alguém que se disponha a fazer isso.”
50 quilos de papel reciclado evitam o corte de uma árvore e o consumo da água é 50% menor.
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NOTÍCIA Presidentes da ASSINGRAFS e do SINGRAFS tomam posse Cerimônia aconteceu no dia 18 de fevereiro, e foi marcada por homenagens e foco no futuro
Odair Paulino homenageado
Tonzé assina ata de posse
A noite do dia 18 de fevereiro foi marcada pela cerimônia de posse da nova diretoria da ASSINGRAFS (Associação das Indústrias Gráficas do Grande ABC e Baixada Santista) e do SINGRAFS (Sindicato das Indústrias Gráficas do ABCDMRP, RGS e Baixada Santista). Em clima de confraternização, Odair Paulino, ex-presidente da ASSINGRAFS e atualmente 1º secretário do Sindicato, fez um breve resumo das ações feitas durante sua presidência e agradeceu o empenho e afinco de seus colaboradores. “Uma andorinha só não faz verão”, citou Paulino. Antes de José Hamilton Ferreira assumir a presidência da Associação, os novos diretores e integrantes do Conselho Fiscal assinaram a ata de posse.
José Hamilton Ferreira
agradeceu os diretores e integrantes do Conselho Fiscal pelo empenho em seus trabalhos e lembrou a importância em planejar a sucessão. “A nossa Convenção me permite ser reeleito, mas não ficarei no cargo para sempre”, disse. “O desejo de renovação vem junto com a necessidade de os empresários prepararem-se para mudanças O novo presidente da ASSIN- drásticas na área gráfica.” GRAFS aproveitou a oportunidade para agradecer Paulino, Eleito como vice-presidente entregando-lhe uma placa em do Sindicato, Adriano José de homenagem aos seus feitos na Souza Assis enfatizou a necesAssociação e pela amizade de sidade de se pensar no futuro. anos. Emocionado, o 1º secre- “Nosso setor vem passando por tário do SINGRAFS agradeceu a mudanças de uma forma muito lembrança e salientou a impor- rápida. É importante começarmos a refletir sobre como estatância do trabalho em equipe. mos e como estaremos daqui Dando continuidade à cerimô- a três anos, e como isso pode nia, António José Simões Vieira afetar o SINGRAFS e a ASSINGameiro, o Tonzé, reeleito pre- GRAFS”. sidente do SINGRAFS, também Em seu discurso de posse, Hamilton afirmou que o trabalho será árduo, mas que não tem medo de errar. Frisou que é preciso encontrar maneiras de aumentar a participação dos demais empresários gráficos da base no dia a dia da entidade, e não somente “dos mesmos de sempre”.
Segundo a diretoria eleita, o novo triênio da ASSINGRAFS e do SINGRAFS inicia soprando ventos de mudança, união e renovação.
No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.
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ENTREVISTA “Nosso maior desafio será trazer gente nova, com novas ideias” José Hamilton Ferreira, presidente eleito da ASSINGRAFS, fala de seus planos à frente da associação
“Temos necessidade de fortalecer nossa marca, deixando a entidade mais forte”
Há seis anos, José Hamilton Ferreira começou a frequentar o SINGRAFS. Vinha na companhia do pai, Antonio Ferreira, o Toninho, da Gráfica Senador. Dois anos depois, era eleito tesoureiro e agora na última eleição chegou à presidência da ASSINGRAFS.
ajudar, de colaborar com a instituição. Meu pai sempre me disse que a nossa classe precisa ser mais representativa, buscar por melhores condições.
Discreto, organizado (ele vai a toda reunião sempre com uma pauta de temas que serão discutidos), agregador, Hamilton recebeu com surpresa a indicação para concorrer à presidência da Associação. Em um primeiro momento, disse não, mais tarde, disposto a colaborar, decidiu aceitar o desafio de suceder Odair Paulino. Leia a entrevista:
HAMILTON – Nosso intuito é juntar as pessoas, agregar. Mostrar para o associado que nossa instituição é facilitadora. Somos uma instituição que irá ajudá-lo e que ele sentirá prazer em participar.
Como você reagiu ao ser convidado para participar da eleição à presidência da ASSINGRAFS? HAMILTON – Foi uma surpresa muito grande. Nunca me passou pela cabeça assumir esta responsabilidade. Não aceitei. Falei que não queria, mas depois avaliei melhor e entendi que é uma forma de crescimento pessoal, é também uma oportunidade de
Quais seus planos para a ASSINGRAFS?
Qual será seu maior desafio? HAMILTON – O momento que a indústria gráfica vive hoje é muito grave, é desesperador. Por isso, nosso maior desafio será trazer gente nova, com novas ideias. Precisamos trazer mais pessoas, estabelecer novos objetivos e conseguir alcançá-los. Temos necessidade de fortalecer nossa marca, deixando a entidade mais forte.
O jantar em homenagem ao empresário gráfico e a festa de confraternização no final do ano serão mantidos ou cancelados? HAMILTON – Ambos serão mantidos, é claro. São eventos tradicionais, muito importantes. Podem ser feitas reformulações na programação, mas não faz sentido simplesmente cancelá-los. Essas festas são uma oportunidade de rever os amigos e se elas forem extintas vamos acabar perdendo esses contatos. Como vão as preparações para o jantar em homenagem ao empresário gráfico no dia 21 de junho? HAMILTON – A organização do jantar está pronta. A banda foi contratada, o buffet também, assim como a decoração e os demais preparativos. Este ano será no Piazza Demarchi, em São Bernardo. É um local bonito, tem um salão amplo, o estacionamento é fácil. O cardápio que escolhemos é VIP. Os convites já começaram a ser vendidos. Esperamos que muita gente compareça.
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Atividade de composição gráfica não tem incidência de IPI Marcelo Fonseca Boaventura O STJ (Superior Tribunal de Justiça), em recente decisão, entendeu que a prestação de serviços de composição gráfica não possui incidência de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), sujeitando-se apenas ao ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza). No caso, a Fazenda Nacional defendia que mesmo com o recolhimento do ISS (Imposto Sobre Serviços) a empresa seria obrigada a recolher também o IPI (Imposto Sobre Industrialização), pois, segundo seu entendimento, realizava serviços para industrialização (ISS + IPI). Contudo, o STJ reiterou entendimento trazido pela súmula 156 de não incidência de IPI nas empresas gráficas que realizam prestação de serviços e recolhem ISSQN. De acordo com aquele tribunal, a elaboração de impressos com as características requeridas pelo destinatário, tais como a logomarca, a cor, eventuais dados e símbolos, indica de pronto a prestação de serviços de com-
posição gráfica personalizada, sujeitos apenas à incidência do ISS. O relator destacou que, caso ocorresse equívoco nas entregas, como a troca de destinatários, um estabelecimento não poderia servir-se da encomenda de outro que veio ter a suas mãos por mero acaso ou acidente de percurso. Concluiu o julgado que a prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, está sujeita apenas ao ISS e não se submete ao ICMS ou ao IPI. O Poder Judiciário havia definido a correlação da atividade de composição gráfica com a atividade gráfica em geral. Para o órgão, composição gráfica engloba toda atividade gráfica desenvolvida pela empresa. Definiu-se que produtos personalizados são todos aqueles com características apresentadas por quem fez a encomenda, não servindo para venda a outros compradores.
Na contramão das decisões judiciais, a Receita Federal, em resposta a consultas formuladas, destaca que a atividade gráfica é operação mista que comporta industrialização e prestação de serviço, onde deve incidir simultaneamente o IPI e o ISS (Processo de Consulta nº 53/12). Pelo entendimento da Receita, independentemente da empresa sujeitar-se à incidência do ICMS ou do ISS, não exclui a incidência do IPI quando da ocorrência da atividade industrial gráfica. Destaca ainda que o fato de operações caracterizadas como industrialização, pela legislação do IPI, se identificarem com quaisquer dos serviços relacionados na lista anexa à LC nº 116, de 2003, sujeitos ao ISS, não impede a incidência do IPI sobre os produtos resultantes dessas industrializações). Apesar das respostas da Receita colidirem com as decisões do Poder Judiciário, muitas empresas já foram autuadas
por deixarem de recolher IPI. A Receita Federal não aceita o entendimento do STJ de que nos casos de composição gráfica personalizada o único imposto a recolher seria o ISS. Conclui-se que as empresas que realizam composição gráfica personalizada estão sujeitas apenas ao ISS. A Receita Federal não concorda com esse entendimento e continua autuando empresas que recolhem apenas ISS e deixam de recolher o IPI. Assim, as empresas que se sentirem prejudicadas pelas autuações da Receita poderão bater as portas do Poder Judiciário para evitarem mais essa abusividade.
Marcelo Fonseca Boaventura é advogado e presta assessoria jurídica tributária ao SINGRAFS
Palestra Xaar promove workshop sobre novas oportunidades no mercado da impressão digital A Xaar, fabricante mundial de cabeças de impressão, realizou o workshop Novas Oportunidades de Negócios na Impressão Digital, durante a Fespa Brasil, realizada no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, de 13 a 16 de março. Fespa é uma abreviação de Federation of European Screen Printers Associations (Federação Europeia da Associação de Impressores Digitais). O worshop da Xaar aconteceu no dia 14 de março. A programação esclareceu as diferenças entre as tecnologias de impressão piezo e sob demanda. A apresentação mostrou as diferentes cabeças de impressão e as soluções disponíveis no mercado. Foram discutidos ainda os benefícios da recirculação e a aplicação mais apropriada para cada tipo de trabalho. Após uma pausa para o coffee break, o workshop voltou às 15h30, abordando o fluxo de trabalho. Foi explicado o funcionamento do equipamento inkjet e os processos envolvidos para conquistar qualidade, principalmente, como é feita a manutenção.
Apresentação da Xaar aconteceu na Fespa Brasil
Foi explanada a importância da manutenção preventiva para garantir um bom trabalho. O workshop procurou desmistificar a ideia de que a cabeça de impressão é a única responsável pela qualidade de impressão. Também foi mencionado o “mito” do sistema de impressão Plug & Play.
No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.