RSN_18_Junho_2010

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Em Destaque

FICHA TÉCNICA:

O Sonho continua...

TÍTULO Sancho Notícias

PROPRIEDADE Escola Secundária D. Sancho I DIRECTOR Benjamim Araújo

A Escola e o Sonho...

REDACÇÃO Prazeres Machado Carolina Martins Óscar Cardoso Abel Moreira

Em diálogo...

O Sonho em Projecto...

O Sonho em acção...

DESIGN GRÁFICO Paula Ferreira

O Brilho do Sonho...

COLABORADORES Raquel Ermida André Silva DATA DE PUBLICAÇÃO Março de 2010

O Sonho noutras Línguas...

NÚMERO 18

O Sonho na Escrita...

PERIODICIDADE Quadrimensal TIRAGEM 1000 Exemplares DISTRIBUIÇÃO Gratuita MORADA Avenida Barão da Trovisqueira 4760-126 V. N. de Famalicão Tel: 252 322 048 Fax: 525 374 686 http://www.esds1.pt

E-mail: ce.es.d.sancho@mail.telepac.pt

O Sonho ... e o Desporto... O Sonho ... e os Números


Editorial Há coisas muito importantes... Há coisas muito importantes. Todos nós sabemos. No entanto, é preciso saber que as referidas coisas não se encontram nem as aprendemos nos livros, em aulas ou em acções de formação. Estas devem passar de mim para ti e de nós para vós através de gestos, de comportamentos, de atitudes e de exemplos de vida. As palavras são um investimento oco, se não corresponderem a algo verdadeiro. E, porque as palavras encerram grandes pensamentos, num editorial diferente, deixo o registo de alguns, que penso estarem relacionados com a vida da Escola D. Sancho I. Coisas importantes que quero dizer de uma outra maneira. “A Educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é preparação para a vida, é a própria vida”. (John Dewey) “As escolas fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos são, sem dúvida, as oficinas da humanidade” (Comenius) “Educação nunca foi despesa, sempre foi investimento com retorno garantido”. (Arthur lewis) “Todos nós temos sonhos. Mas, para os tornar realidade, é preciso uma enorme quantidade de determinação, dedicação, auto-disciplina e esforço”. (Jesse Owens) “A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele mas, aquilo, em que nos transforma”. (John Ruskim) “A coragem consiste não em arriscar sem medo, mas em estar decidido quanto a uma causa justa”. (Plutarco) “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar” (Voltaire) “Não somos poupados a sofrimentos, mas é-nos dada a possibilidade de reagir e continuar a avançar se temos saudade do que fica atrás; também nos é permitido sonhar com o que está adiante. Se conservarmos o sabor de derrotas que tivemos, também planeamos a vitória que se segue”. (Paulo Geraldo) Ficam para reflexão estes pensamentos que escolhi. Afinal, eles sempre nos deixam algo a que nos possamos agarrar. Agora, o fim do ano lectivo está a chegar e já cheira a Verão. Por isso, quero desejar a todos os alunos, pais, encarregados de educação, funcionários e professores umas férias plenas de tranquilidade, como merecem todos aqueles que durante um ano de trabalho executaram as suas tarefas ou actividades com dignidade e profissionalismo. Deixo a todos um bem-haja pelo companheirismo, amizade, ajuda e estima que vim sentindo ao longo deste ano. Boas férias com um descanso sadio.

O Director Benjamim Araújo

Nota Redactorial Sonha-se, projecta-se e constrói-se, tem sido a linha orientadora da equipa de trabalho da revista Sancho Notícias, só possível de concretizar com a colaboração da comunidade educativa. Apraz-nos registar a crescente participação espontânea dos alunos e o esforço mobilizador de alguns professores. Destacamos, hoje, o valioso contributo da professora Paula Ferreira, a quem devemos a concepção do novo logótipo e da capa deste número, e da direcção da escola, que sempre se mostrou receptiva a novas propostas e solicitações. Pedimos desculpa aos autores dos textos que, por limitações de espaço, não pudemos publicar. Desejamos a todos um final de ano tranquilo e que possam gozar o merecido descanso.

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A Escola e o Sonho...

A Escola, o Sonho e a Realidade António Pinto, prof. de Filosofia

Em tempos que já lá vão, a escola, por si só, constituía um sonho para muitos dos rapazes que viviam longe das grandes cidades. Era um sinal de libertação do trabalho árduo e difícil dos lavradores, operários e mineiros. Era um sinal de fuga à pobreza, de libertação das amarras das fronteiras das aldeias, de abertura de horizontes, de novas vivências e de novas experiências, da liberdade nua e crua de quem só periodicamente tinha de prestar contas. A escola constituía uma aventura longe do manto protector dos pais, uma promessa de realização de sonhos na grande cidade que ultrapassavam, em larga medida, o restrito campo da formação académica. Mudaram-se os tempos, mudaram-se as condições sociais, mudaram-se os interesses e as vontades, contudo, a escola continua e continuará a ser um local de construção de sonhos e de utopias. Dos sonhos que cada um vai construindo ao longo desta caminhada que poderá terminar numa universidade, mas que é feita de êxitos e de fracassos, de alegrias e de desapontamentos que em alguns momentos dessa nossa, ainda curta, vida nos obrigam a refazer, reformular ou redefinir os projectos que sonhamos. Nem sempre esta reformulação é pacífica porque representa o abandono de sonhos que, com ternura e ambição, ingenuamente fomos construindo. A escola é o local de amizades e de desavenças, de solidariedade e de cooperação, de competição desenfreada e de destruição de auto-estima dos que, sendo companheiros, são também uma ameaça, mesmo que irreal, à realização dos nossos projectos. É o local onde brotam amores e desamores, onde se constroem personalidades e identidades. É o local do sonho, mas também do pesadelo. Do pesadelo para os alunos marcados pelo insucesso, pela marginalização e pela opressão. Do pesadelo para os alunos que não conseguem adaptar-se a um modelo de ensino e de aprendizagem que não se adequa ao seu próprio processo de desenvolvimento cognitivo e intelectual. Do sonho, tornado pesadelo para os professores que, diariamente, têm de enfrentar alunos indis-

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ciplinados e mal educados e que não são responsabilizados pelo seu comportamento e cujo interesse será passar o tempo como se não tivessem de prestar contas à sociedade que paga a sua mais do que precária educação. A escola é o local do sonho de uma realização profissional que se esfumou, resultante das sucessivas reformas, contrareformas, congelamentos e quejandos. Do sonho que se vai esfumando nas centenas de km que, diariamente, muitos professores têm de fazer e na angústia da sua colocação no ano seguinte. E isto já não é a realização de um sonho, é a luta pela sobrevivência. Mesmo assim, para estes professores, o sonho vai comandando a sua vida, porque, com uma fé inabalável e indiferentes às desconsiderações de que, muitas vezes, são alvo, continuam a estimular esta fábrica de sonhos que é a escola. A escola é e continuará a ser lugar de sonhos e de utopias ao nível da acção educativa. Da educação de cidadãos livres, justos, solidários e cooperativos, de cidadãos conscientes, críticos, responsáveis e interessados no bem comum, de cidadãos que procuram a sua realização pessoal, mas também o desenvolvimento social. Será que a escola cumpriu a sua missão? Olhemos para a crise que estamos vivendo (onde param os responsáveis?) e para as soluções que vão sendo apresentadas e retiremos as conclusões. Continuo a sonhar com uma escola livre, autónoma e democrática, engajada com a construção de projectos de vida e de realização pessoal, mas que transmita os valores essenciais à construção de uma sociedade mais justa e solidária. Eu continuo a sonhar com uma escola capaz de uma educação com valores, de uma educação transformadora, capaz de criar um mundo melhor. Aquilo que somos e projectamos ser é fruto de escolhas racionalmente fundamentadas, de sonhos e de utopias que começamos a construir na escola.


A Escola e o Sonho...

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Longos foram os anos... Raquel Ermida, 1206

Longos foram os anos que por aqui todos nós passámos... Para alguns, certamente, não terá sido mais do que uma efémera passagem. Para outros, a palavra escola foi muito para além dos limites do significado que o dicionário nos impõe. Mais do que um estabelecimento de ensino, mais do que o conjunto de professores e respectivos discípulos (se é que assim nos podemos actualmente intitular), mais do que um local onde se dá a troca de saberes, a escola é (e perdoemme o cliché) a nossa segunda casa, senão, às vezes, quase a primeira. Eu nunca cresci muito, é certo, mas recordo-me que no meu 7º ano era particularmente pequena. Era a segunda vez que nesta Escola se acolhiam alunos tão novos e, portanto, desde logo nos tornámos os benjamins de todos os que a ela pertenciam. Com mil cuidados fomos recebidos e tudo era pensado minuciosamente para os recém-chegados. Mas o tempo fez-nos crescer, coisa irremediável essa, e levou-nos a conhecer rapidamente todos os cantos à casa. Sim, porque na verdade, à primeira vista , com apenas 12 ou 13 anos, esta era a interminável escola Secundária D. Sancho I; por mais que percorrêssemos esses gigantescos corredores, com salas cujos números mais pareciam quartos de hotel (e, segundo me consta, isto foi coisa apenas da minha cabeça), ela parecia-nos eternamente nova, um mistério por descobrir. Contudo, isso foi-se desmistificando. Aqueles pirralhos num instante se transformaram nos adolescentes que ainda hoje somos (mas, admitamos, com um pouquinho mais de responsabilidade) e rapidamente se adaptaram à casa. Sim, porque as salas, os corredores, o ginásio, os campos de futebol, os balneários, o bar, a reprografia, a entrada, o portão da frente e o portão de trás tinham, todos eles, o seu simbolismo próprio, as suas próprias regras e o seu lugar, nem que tenha sido inconsciente, na nossa própria memória. Porém, um dia, decisões têm que ser tomadas. E aí não se pede apenas aos miúdos que decidam que querem ser doutores, ou engenheiros, ou então uma outra coisa qualquer não menos digna que as outras todas. Pede-se a pessoas com apenas 14 anos de idade que decidam, em parte, que área

consideram ser a sua no futuro. São alunos ao reboliço, pais ao reboliço, professores ao reboliço, funcionários que, por via de perguntas simples como “o que queres ser quando fores grande?”, também ficam ao reboliço… toda a comunidade escolar entra em acção para garantir que a escolha é feita e dali sairão pessoas felizes e realizadas. Finalmente, as decisões são tomadas. Para muitos, a estadia seria prolongada, porém, as circunstâncias exigiram uma mudança penosa. Para outros, foi o continuar da caminhada, todavia, inicia-se outra etapa, uma nova realidade. Esta foi a minha realidade. Foram 6 anos, agradeço que não tenha sido mais nenhum, por certo. Neste momento, o desejo de mudança e de continuidade mistura-se com o de nostalgia e saudade das felicidades aqui vividas. Não dá para particularizar os maus momentos, porque esses, agora descontextualizados no tempo, valem pouco à beira daquilo que é o todo. Eu mudei, menos que isso não seria esperado, mas sei que mudei a Escola, tal como cada aluno que por aqui passou, porque fomos e continuaremos a ser a sua história. Fomos passado, mas também seremos futuro. E se algum dia nos destacarmos na sociedade, lembraremos a Escola que nos formou, nos educou e preparou para o Mundo. Queria terminar este testemunho, mas, na verdade, não sei como encerrar este capítulo, que foi dos mais longos da minha pequena narrativa. Sendo-me impossível agradecer a todos em particular, faço-o a quem um dia me coseu um botão das calças quando a linha me saiu, a quem me mimou, ajudou e foi a incansável amiga de todas as horas, faço-o a quem um dia me mostrou como ler era bom, como representar era maravilhoso, como a magia das palavras estava no seu significado e no sentido que tinham para nós, faço-o a quem me confiava as senhas, se desfazia em simpatia para ter a certeza que ficava bem, faço-o a quem abria o portão, a quem tomava conta das salas, e a alguém que, inesquecivelmente, será amigo, agradeço as longas conversas sobre os conflitos do Mundo e a matéria de História. Esta foi a Escola Secundária D. Sancho I.

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A Escola e o Sonho...

A Escola dos nossos sonhos... Domingos Manso de Araújo, prof. Filosofia

Na escola dos meus sonhos, há quinze alunos por turma, um computador por sala, um multimédia, um quadro interactivo por piso, um gabinete de estudo, uma biblioteca com todos os autores e filmes referidos nos programas, um refeitório silencioso, um bar amplo e acolhedor, um espaço exterior relvado, um pavilhão multidesportos, uma piscina aquecida e pouco mais. Na escola dos meus sonhos, os alunos cumprimentam os professores, trazem todo o material necessário, nunca chegam atrasados, empenham-se, são curiosos, interrogam, têm dúvidas, querem saber mais, acreditam na vida e têm esperança no futuro. Na escola dos meus sonhos, os professores trabalham com prazer, são competentes e eficientes, sabem muito, contam histórias aos alunos, partilham os seus sucessos e fracassos, incentivam o diálogo, partilham experiências, colaboram, dinamizam e formam os alunos nos valores da virtude. Na escola dos meus sonhos, tudo isto ocorrerá em simultâneo, tudo isto será o reflexo da sociedade, tudo isto será o desejável transformado em realidade. Mas, como tudo isto é simultaneamente impossível, desesperadamente longínquo, podemos trabalhar nas partes possíveis para transformar as imperfeições da nossa realidade. Assim, a escola dos nossos sonhos pode não implicar grandes mudanças no ambiente físico, grandes alterações no material didáctico, grandes revoluções nos currículos, grandes cedências às leis do mercado, se tivermos a coragem de alterar as experiências, se tivermos a ousadia de mudar de cultura educacional. Basta, para o efeito, seguir algumas técnicas psicopedagógicas ligeiramente inovadoras, aparentemente simples, idealmente possíveis. Diz, quem as aplicou, que tudo mudou, que a escola deixou de ser maçadora, que os professores abandonaram o psiquiatra, que os alunos controlaram melhor a sua ansiedade, que a indisciplina diminuiu, que o prazer em aprender regressou às escolas. Eis algumas das técnicas: música ambiente na sala de aula, sentar os alunos em círculo ou em U, apresentar uma exposição interrogada e dialogada, humanizar o conhecimento e o professor, educar a auto-estima e participar em projectos sociais. A música clássica, calma, agradável, permite desacelerar o pensamento, acalmar os níveis de stress, aliviar a ansiedade, predispondo para a atenção, a concentração e melhor assimilação da informação. Sentar os alunos em círculo ou em U, para além de permitir ultrapassar a frieza das colunas e a fealdade das nucas, permite ter uma visão mais simpática de um rosto humano à frente dos olhos, cria a ilusão do grupo, facilita a interacção, promove a participação, acalma o pensamento, liberta o tímido, melhora a concentração e diminui a ansiedade. A exposição interrogada e dialogada provoca a inteligência dos alunos, instaura-lhes as dúvidas mais do que

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as certezas, obriga-o a reflectir sobre o que ouve e transforma o aluno num ser participante do conhecimento; evita-se, deste modo, espectadores passivos da informação, escravos do consumismo, senhores de verdades absolutas, arrogantes, cínicos, insensíveis, potenciais psicopatas do futuro. “Assim formamos pensadores e não repetidores de informação. A exposição interrogada conquista primeiro o território da emoção, depois o palco da lógica e, em terceiro lugar, o solo da memória.”1 A humanização do conhecimento e do professor pode sacrificar alguma da informação dos currículos, mas tem a vantagem de potenciar o interesse, o aprender com prazer, o reflectir a vida ao vivo. Contar histórias dos cientistas, dos homens, dos filósofos, dos políticos torna-os mais próximos, mais interessantes, mais acessíveis, mais humanos. Contar histórias reais, pessoais, e mesmo ficcionadas, para além de permitir respirar, brincar e relaxar, cria tal impacto emocional que inevitavelmente impele o aluno à partilha, à participação e à compreensão. Um conhecimento com vida e personalizado cria mais envolvência e predispõe para a assimilação e para a aprendizagem. Na sequência disto, torna-se mais fácil educar a auto-estima, elogiar antes de criticar, ouvir antes de repreender, aconselhar antes de ralhar. Por fim, a participação em projectos sociais, como a sida, a droga, a violência, a fome e a velhice, alerta a consciência, desperta para valores da solidariedade, combate o egoísmo e humaniza o ensino. Qual é a escola dos meus sonhos? Enquanto o click emocional não funcionar, enquanto a motivação do aluno não despertar, enquanto a exposição interrogativa não perturbar, enquanto as histórias não agradarem, o melhor será insistir na regra, na disciplina, no currículo, na exigência lógicodiscursiva, na maçadora informação do mundo, no ajuste às flutuações do mercado, na leitura sistemática, na formação, pelo exemplo. Pelo sim pelo não, venha lá a escola nova, venham lá os computadores, a internet, o multimédia, os quadros interactivos, os filmes, que são um precioso meio didáctico pedagógico e que, usados com moderação, surtem tanto efeito quanto a interessante biografia dos cientistas, quanto o impacto emocional das histórias pessoais. Com a vantagem de que aí não fazemos figura de “palhaços.” 1 Cury, Augusto, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, Pergaminho, p. 127


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O Sonho continua... Sonhando-me num novo mundo: a Universidade… Marta Ferreira (Uma universitária sonhadora)

Já lá vai quase um ano (quem diria!) desde que comecei a desenhar na minha tresloucada mente o que iria ser de mim depois de abandonar a D. Sancho I para voos mais altos, paragens mais longínquas. Não estava a contar com as missões quase impossíveis e os adamastores dos cabos aparentemente intransponíveis que iria ter de enfrentar quando avançasse, destemida, ingénua e sonhadora, para a nova etapa da minha vida: a Universidade. O meu sonho, quando entrei na Universidade, era tornar-me alguém, não que já não o fosse, mas sejamos sinceros: quem realmente sabe quem é quando vive atormentado pelo acne e pelas hormonas destabilizadas? Não que a Universidade seja uma cura para os “monstros” da puberdade (aliás, continuo com problemas espinhosos e as hormonas ainda mais destabilizadas – é o efeito da Primavera!), contudo, que ajuda a assentar a cabeça em questões mais importantes e de cariz existencial, isso ajuda. Questões como “Quem sou?”, “O que faço?” e “Para onde vou?” assolam a nossa mente enquanto nos vemos atolados de trabalhos, apresentações, testes e exames sobre matérias que, em parte, não parecem ter qualquer tipo de interesse num futuro profissional, principalmente, se depois de três anos de licenciatura e dois de mestrado em Línguas e Literaturas Europeias, acabar como os restantes sonhadores, desempregados e frustrados com um governo que muito promete e pouco cumpre. Mais do que formação, a Universidade oferece-nos autoconhecimento. É uma nova etapa cheia de obstáculos que nos vão moldando. Vamos-nos adaptando ao mundo que nos cerca, que nos assusta e arrebata com a sua grandeza. No entanto, tudo é feito num processo moroso e bastante complexo, apesar de quase nem nos apercebermos das pequenas mudanças que se vão desenrolando no âmago do nosso ser e que, em conjunto, formam o nosso “eu”, a cada dia renovado pela experiência de sobreviver mais 24 horas ao compasso estonteante da vida de estudante universitário. Contudo, neste momento, apesar de saber que sou, de certa forma, alguém, não faço a mínima de quem esse “alguém” seja. Um ano não é suficiente para desvendar os mistérios duma personalidade em constante mutação como a minha. Por vezes, sinto que me perco a mim mesma no ritmo alucinante do meu amadurecimento e desenvolvimento pessoal. Tanto ajo de forma consciente e matura como, no minuto seguinte, sou uma pirralha com as suas maluqueiras. E, afinal, quem sou eu? A jovem mulher matura e inteligente ou a pirralha que faz loucuras e age por impulso? Talvez uma mistura das duas. Pelo menos, por agora, assim o é. O melhor que posso fazer agora é aproveitar cada momento e deixar-me

levar pela hilariedade de tentar conhecer-me, desconhecendome. Aprendi neste ano que tenho ainda muito que aprender e, acima de tudo, há muito para sonhar. O meu sonho pode ainda não se ter concretizado, pois ainda sou uma estranha para mim mesma, mas um dia realizar-se-á. Estranho-me mais a cada dia. Conhecer-me vai requerer tempo, paciência, trabalho, reflexão… vai requerer loucuras e juízo; uma pirralha e uma mulher que, dentro de mim, vão travando a batalha do auto-conhecimento. É um desafio? Sim, completamente! Vendo bem as coisas, não há nada melhor para caracterizar o sonho do que “desafio”. Felizmente, eu adoro desafios. Por isso digo: Que venham eles!

Um Sonho mais alto...

Ana Azevedo, ex-aluna do C. P. Contabilidade

Ingressei na D. Sancho em 2006, ano em que abriu o curso profissional de Técnico de Contabilidade, o qual terminei em 2009. Aquando da minha matrícula, foi-me dado a conhecer que a vertente prática do curso era bastante marcada, não só a nível de Contabilidade, mas também a nível de Gestão, o que me agradou profundamente porque, após a sua conclusão, poderia trabalhar numa área em que me tinha especializado e não apenas ter o 12º ano, não desvalorizando as outras modalidades de cursos. No fim da formação curricular, como é conhecimento de todos, é feito um estágio profissional, tendo sido esta uma das experiências mais marcantes na minha jovem vida. No final do curso, resolvi voar mais alto e perspectivar um novo sonho: ingressar no ensino superior. Concorri e entrei em Gestão e Administração Hoteleira, curso em que é necessário perceber a dinâmica de uma empresa, não só a nível financeiro, mas também a nível de recursos humanos e físicos, noções que adquiri com o estágio que a escola me proporcionou; sendo assim, esse estágio e a experiência do curso em si levaram a que hoje entenda a dinâmica de um empresa melhor do que alunos que nunca tenham trabalhado numa. Não

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O Sonho continua...

posso deixar de referir a PAP (Projecto de Aptidão Profissional), também uma experiência interessante que a escola me proporcionou. Hoje, na faculdade, tenho de desenvolver um projecto semelhante, de maior envergadura, evidentemente, mas a realização da PAP dotou-me das bases necessárias. Estou deslumbrada com o curso que frequento e sinto que a D. Sancho desempenhou um papel decisivo para o alcance deste meu sonho a nível formativo e profissional. Termino este meu testemunho, deixando um conselho aos actuais alunos e, possivelmente, meus futuros colegas académicos: aproveitem ao máximo o tempo no secundário e dêem o vosso melhor para conseguirem bons resultados; acreditem, esse é um tempo que vos vai deixar saudade e isto da faculdade custa na carteira e nos “miolos”. Mas enfim, tudo vale a pena em nome de um sonho…

ção de eventos e festas de e para toda a comunidade escolar. Hoje em dia, quando caminho pelas ruas das cidades e me deparo com alguns homens e mulheres, que outrora foram meninas e meninos, sinto que, de algum modo, faço parte das suas vidas, o que faz de mim uma pessoa mais rica e mais preenchida. Contudo, esta foi uma caminhada durante a qual me deparei com alguns obstáculos, principalmente nestes últimos anos, os quais têm a ver sobretudo com a falta de educação e formação cívica que alguns alunos apresentam. Por outro lado, o papel do professor (e formador) encontrase condicionado por constrangimentos de vária ordem; lamentavelmente, quando, por vezes, reivindicam o direito ao respeito pelo seu trabalho e dignidade, são vítimas de perseguições por parte de estudantes, pais e meios de comunicação social. Numa sociedade assim, é difícil ser-se professor, e será ainda mais difícil que as asas do sonho continuem a voar…

A realização do Sonho... Marília Macedo, Prof. de Tec Secretariado

A escola proporcionou-me a realização de um sonho que já acalentava desde a infância. O conhecimento e a sua transmissão sempre exerceram enorme fascínio em mim e, ainda hoje, encaro a actividade docente com orgulho e satisfação. Leccionei mais de 40 anos em várias cidades e vilas. Comecei ainda muito nova, tendo na altura solicitado a meu pai a emancipação antes do tempo habitual (há mais de 40 anos, somente aos 21 anos se era maior de idade). Ensinar não significa apenas transmitir conhecimentos, mas também formar cientificamente os alunos, respeitando-os na sua individualidade, fazendo com que se tornem verdadeiros cidadãos, parte integrante de uma sociedade que se pretende coesa, génese de uma nação. O convívio e partilha de vivências com jovens são deveras gratificantes. Com eles, aprendi sempre algo. Aprendi sobretudo a ter uma visão mais aberta perante o mundo e a sociedade em geral, pois tive o privilégio de acompanhar várias gerações. Por outro lado, a sua força e garra, aliadas ao entusiasmo rápido e espontâneo, exerceram em mim o efeito de um “elixir da juventude”. Ao longo da minha carreira, desenvolvi relações sólidas com alunos e docentes e actuei no sentido de reduzir as distâncias que, por vezes, se evidenciavam entre ambos. Em paralelo com as aulas, dinamizei actividades que fomentaram o convívio, nomeadamente, através da realização de visitas de estudo, simulações de actividades nas empresas e da organiza-

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A beleza do Sonho... Joana Ferreira, Enfermeira

Na Escola, comecei por dar o primeiro passo na longa caminhada que visava o alcance do meu sonho: estudar, licenciarme, dedicar-me à promoção da saúde e ao tratamento e acompanhamento em todo o processo de doença das pessoas. Assim, na minha perspectiva, a Escola Secundária D. Sancho I, com todos os seus actores: colegas, funcionários e professores, em muito contribuíram para a construção da minha identidade pessoal e profissional. Aqui cresci, adquiri competências cognitivas, solidifiquei técnicas sócio-afectivas, princípios éticos e morais, que me levaram a atingir favoravelmente todos os meus objectivos.. Contudo, a escola também me reporta para os momentos lúdicos com os amigos, professores, tais como as festas temáticas, o baile de finalistas, as visitas de estudo organizadas a Inglaterra, Alemanha, França, Suíça, onde conhecíamos os hábitos, o quotidiano, a cultura dos diferentes povos, as provas desportivas que fomentavam em nós espírito de interajuda e de equipa. Tal como Elleanor Roosevelt afirmou ” O Futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos".


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O Sonho continua... O Professor que nunca desejou sê-lo... Manuel Branco, prof. Mecanotecnia

Como disse um dia Vergílio Ferreira, em Aparição, “...a profissão de professor saiu-me”. Em pequeno sonhava ser advogado ou piloto de aviação civil, nunca equacionei a possibilidade de vir a ser professor. No entanto, descartei cedo a hipótese de me vir a tornar advogado, por perceber que não se coadunava com a minha personalidade. Piloto ainda hoje gostaria de ser. Fui um dia convidado, pelo Director de uma escola, para dar umas aulas. A princípio, receei não ter sido talhado para tais funções. Fui ficando e esta profissão acabou por me realizar. Comecei a leccionar nesta escola no ano lectivo de 1988/89 e por cá fiquei vinte anos. Construí aqui parte da minha carreira. Dei aulas de Práticas Oficinais de Mecânica e Mecanotecnia aos cursos de Formação de Metalomecânica. A componente técnica era muito valorizada e recordo com saudade a forma como se formavam técnicos de excelente qualidade, que facilmente entravam no mercado de trabalho e conquistavam grande sucesso profissional, ocupando cargos de chefia. Outros constituíam as suas próprias empresas. Havia também os que prosseguiam estudos e ingressavam no ensino superior. Quando hoje me cruzo com estes homens realizados e de bem com a vida, reconheço que o meu trabalho valeu a pena. No meu último ano de trabalho, leccionei os cursos profissionais. Agora que terminei a minha carreira, olho para esta escola e sei que aqui construí alguns dos meus sonhos pessoais e profissionais, porque só na concretização dos sonhos dos alunos, o professor reconhece a realização dos seus.

Eu tinha um Sonho...

Carlos Miguel Silva, antigo aluno, Contabilista

Estudei na escola D. Sancho I entre 2006 e 2009, frequentei o curso profissional de Contabilidade, tendo sido um dos alunos que ‘’inaugurou’’ os cursos profissionais na escola, visto que estes se iniciaram em 2006 e … ainda bem que o fiz. Quando decidi mudar de estabelecimento de ensino, tinha como objectivo ir para uma escola que inovasse e me desse bases para o futuro e a D. Sancho, com a sua oferta educativa, prontificava na perfeição aquilo que eu procurava. A princípio, visto que se tratava de um curso com uma carga horária rígida, não foi fácil lidar com certas situações e exigências; contudo, hoje reconheço que tal até foi benéfico, pois trabalho numa empresa e não tive dificuldades em adaptar-me ao horário, o qual é semelhante ao que cumpri aquando da componente de formação na D.Sancho. Eu tinha um sonho: trabalhar na minha área após a conclusão do curso e, felizmente, consegui concretizá-lo. Porém, os sonhos não param e até penso em voltar a estudar brevemente, ir para a universidade em regime pós-laboral para continuar a evoluir na minha área e conhecer outras. Sublinho que tudo isto foi/é possível graças às pessoas que me acompanharam durante o curso, não esquecendo aquelas que me acompanham diariamente e me dão sempre todo o apoio de que preciso. Cheguei a pensar várias vezes que a escola não iria contribuir substancialmente para a concretização dos meus sonhos, mas, actualmente, reconheço que ela é a porta que se abre para que os sonhos se tornem realidade e que um sacrifício hoje será recompensado no futuro.

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10 O Sonho continua... Recordações...

Inês Grenha, estudante de Medicina

Recordações?! Seria bem mais fácil falar de sentimentos… Há já tantas frases estereotipadas que poderia convocar… Claro que ao recordar estou a envolver o sentir, o sentir de novo, sentir o que senti quando… E para isso preciso fazer um “return to”, como os que fazemos quando vemos um filme e a cena foi tão boa que é preciso voltar atrás e ver de novo. Sim, as recordações da D. Sancho também são boas e merecem ser lembradas. Foram seis anos (do 7º ao 12º) e os que mais recordo são, curiosamente, o primeiro e o último. O 7º ano foi a adaptação, que se supunha difícil e acabou por se revelar a mais agradável das surpresas. Há já muitos anos que a D. Sancho não tinha ensino básico e nós, habituados a que na Júlio Brandão assumisse protagonismo quem era do último ano, não estávamos preparados para voltar ao início de um ciclo. Contudo, fomos recebidos com tanto carinho e mimo por parte dos funcionários e alunos mais velhos, que rapidamente nos sentimos integrados. Quanto aos professores, posso afirmar que foram mais comedidos na manifestação de afectos, o que se compreende devido à necessidade de imposição de regras e concertação de procedimentos. O medo acabou por estar sempre presente ao longo do ano, ou porque nos avisavam que, com a mudança de escola e ciclo, as notas podiam descer, ou porque nos diziam para ir ter com a “Dona isto” ou a “Dona aquilo” e nós ainda não sabíamos quem eram; para nós, era bem mais fácil ir ter com a senhora do 2º piso, a funcionária do bar que não reclamava quando passávamos à frente, as senhoras de quem tínhamos de fugir para poder ir pelas escadas centrais (sim, “eu ainda sou do tempo” em que era “suposto” usar apenas as escadas laterais). Porém, o 7º ano passou, as “senhoras” ganharam nome (não que esteja a menosprezar os homens, mas há que convir que o sexo feminino sempre teve maior expressão na escola) e os anos foram-se seguindo, mais ou menos atribulados, com mais ou menos alegria. Deles recordo as tardes deitada na relva junto à caixa de areia, depois de lutas de água e sermões deste e daquele, os vidros partidos pelas bolas de voleibol e basquetebol em que não devíamos pegar, os truques para abrir o portão junto à cantina, … O 12º ano acabou por chegar depressa e agora recordo-o com alguma nostalgia, devo confessar. Só se falava em exames, universidade, faculdades, viagem e baile de finalistas, livro de curso, sair ou não de casa no ano seguinte, … Enfim, imensa coisa em que pensar, imensa gente de quem nos despedirmos, um número incrível de pequenos momentos para viver e mais tarde poder lembrar. Foi um ano intenso, muito mais do que julgava, mas também muito mais fácil, muito mais natural e fluente. Tudo foi acontecendo, fomos aproveitando, guardan-

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do bocadinho aqui e bocadinho ali. Foi, sem dúvida, um dos anos da minha vida de que mais gostei, apesar deste ou daquele momento que preferia esquecer, daquela manhã de Março que tanto nos abalou, mas também nos fortaleceu (“Deus ao mar o perigo e o abismo deu / mas nele é que espelhou o céu.”). Quando me pedem para recordar o que passei na D. Sancho, como fizeram agora e, por isso, este artigo, vejo tudo a correr: muitas caras, muitos nomes, muitos nomes sem cara e caras sem nome, muitos momentos de alegria e choro, muitos sentimentos, muito arrependimento, exaltação e euforia, muita saudade… saudade de quem ficou, do que ficou, do que não terei mais. Agora, que estou “cá fora”, estou bem, mas tenho de reconhecer que, aí, em muito me concretizei. Para os que ficam, que vivam muito; para os que saem, que tenham tanto para recordar como eu!

Nesta escola...

Célia Silva e Sofia Silva, 1205

Pediram-nos que escrevêssemos sobre os nossos sonhos e as nossas expectativas para o futuro mas, quando as teclas estavam diante de nós, as ideias não surgiam... Simplesmente porque quando aqui chegámos éramos da opinião de que os sonhos são demasiado difíceis de alcançar e as expectativas demasiado altas, mas hoje há uma ideia assente e inquestionável: não somos os mesmos que éramos quando aqui chegámos. Aquilo em que acreditávamos, as nossas opiniões, o que julgávamos correcto, deram lugar a novos objectivos e metas. Como haveríamos nós de escrever sobre o nosso futuro se desconhecemos o amanhã? Se estamos tão indecisos sobre o que realmente desejamos fazer das nossas vidas? Ora aí está... A verdade é que não existe nenhum livro ou nenhum site que nos indique qual a escolha mais acertada. Há, contudo, uma coisa que podemos afirmar com absoluta certeza e da qual não duvidamos da sua existência: nesta escola, acompanhados pelos professores que fazem diariamente um trabalho fantástico e pelas profundas amizades e laços que aqui criámos, o nosso futuro tornou-se mais claro e a nossa vida muito mais rica. Aqui desenvolvemos competências, tornámo-nos autónomos, alargámos os nossos horizontes e adquirimos cultura. José Saramago disse que são os sonhos que mantêm o mundo na sua órbita. Indubitavelmente, estes levam a que lutemos por mais e melhor e, ainda, que os sonhos sejam difíceis de alcançar, pois se há coisa com a qual não podemos competir são as expectativas, a base do nosso futuro passou por esta escola e as pessoas que seremos amanhã foram modeladas pelas que nos acompanharam, desde o momento em que aqui chegamos até àquele que será o adeus a esta "casa".


Em diálogo...

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A Sancho Notícias, mais uma vez com a preciosa colaboração dos jovens redactores Raquel Ermida e André Silva, entrevistou o Director da Escola, Eng. Benjamim Araújo.

“Este trabalho é algo que me satisfaz e dá prazer...” Está à frente dos destinos da D. Sancho há vários anos. Concluiu, no entanto, o primeiro ano como Director. O que mudou neste modelo de gestão? Eu diria que não mudou nada. Em termos concretos de execução das tarefas, não há grande diferença. As atribuições do Presidente do Conselho Executivo eram as mesmas das do Director, acresce uma única diferença, que é o termo de responsabilidade. Enquanto anteriormente era repartida por um colégio de cinco pessoas, neste momento, recai exclusivamente sobre o Director. Tudo o resto se mantém. Como Director, que prioridade estabelece para a escola? A prioridade foi, desde logo, definida há um ano, aquando da entrega do meu projecto de acção para a eleição do cargo de Director, e tem a ver, essencialmente, com duas linhas orientadoras: a educação para a cidadania e o sucesso educativo dos jovens desta Escola. A primeira directiva está a ser trabalhada em todas as vertentes e num processo transversal, em todas as turma e disciplinas, e isso está a ser conseguido, penso eu. Relativamente à segunda, essa é uma meta a atingir até ao final destes quatro anos de projecto educativo. Neste momento, segundo os indicadores que temos, no final do primeiro ano ,alcançaremos esses objectivos. Isto é positivo, uma vez que estamos perante metas ambiciosas. Qual considera ser a tarefa mais penosa de um Director? Quem corre por gosto não cansa. E este trabalho é algo que me satisfaz e dá prazer e, por isso, não considero nenhuma das tarefas que desempenho demasiado difícil. Claro que não estou a dizer que é fácil gerir uma escola com estas dimensões, com as exigências que hoje nos são impostas, mais as responsabilidades relativas à formação, educação e questões sociais, que acabam por ser transpostas para o contexto escolar e às quais a escola tem que responder. E aqui sim, a gestão destes conflitos torna-se mais complicada. As preocupações dos alunos são as minhas preocupações. Se eu sei que, no final do dia, um aluno vai insatisfeito para casa, esse seu problema também se torna o meu, fazendo tudo para que ele seja resolvido. As questões de indisciplina também me apoquentam. Quando o dia corre com normalidade, os alunos estão satisfeitos por causa dos bons resultados que obtiveram, em testes ou em exames, eu partilho, igualmente, da sua satisfação.

De facto, a verdade é que o número de alunos desta escola tem vindo a aumentar. O que nos poderá dizer sobre essa realidade? Fazendo uma retrospectiva acerca desta escola, que eu já conheço desde muito jovem, recordo que há uns anos atrás, tinha eu acabado de chegar e ainda não desempenhava este cargo, para o qual fui convidado um ano depois, reparava que, na altura das matrículas, havia filas na Escola Júlio Brandão às 4h e 5h da manhã para que os alunos não viessem para a D. Sancho I. E isso preocupou-me bastante. Intrigavam-me as causas que levariam os alunos a não quererem vir para a D. Sancho. Depois de devidamente analisadas essas causas, definimos planos de acção para inverter esta tendência. E, desde logo, o nosso plano de intervenção focalizou-se no ensino básico, constituímos uma boa equipa pedagógica, com os melhores horários da escola, em que o quadro técnico que trabalhava com o 701 era igual ao que trabalhava com o 702 (salvo raras excepções) e o horário que estas duas turmas tinham era exactamente igual. E assim sucessivamente, nos 8º e 9º anos. Estas mudanças fizeram com que, passados dois ou três anos, os alunos passassem a fazer fila para conseguirem ingressar na D. Sancho I. Os resultados académicos desses alunos, quer a nível interno, quer externo, levaram os pais a perceber que aqui se estava a ministrar um ensino de qualidade. Talvez por isso tenhamos tido estes resultados tão positivos. Tal facto levou-nos a aplicar a mesma política no

“As preocupações dos alunos são as minhas preocupações”

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12 Em diálogo... “O tecido empresarial do concelho acredita na formação que é dada na D. Sancho I” início do Secundário. E os resultados estão, novamente, à vista: há uns anos, encontrávamo-nos na cauda do ranking das escolas do concelho, hoje, com trabalho constante e programado, somos das escolas mais bem colocadas, quer no ensino básico, quer no secundário. Como avalia a evolução dos nossos cursos profissionais a nível de qualidade? A escola D. Sancho começou exactamente por aí, por ser “a escola técnica”, mesmo após o 25 de Abril. Na verdade, nas redondezas de Famalicão, não havia escolas que proporcionassem essa formação técnica aos alunos. E, a partir dessa data em que passa a ser disponibilizada essa formação técnica, as pessoas que terminavam o curso dito profissional iam chefiar secções de fábrica (facto que se sucedeu até 1975). A realidade era que muitos dos empresários famalicenses procuravam “beber” desta escola os técnicos que aqui eram formados. Porém, logo a seguir ao 25 de Abril, e por razões políticas, foi abolido o ensino técnico, e nós vimos de facto o estado em que o país ficou em termos de mão-de-obra qualificada. Passados alguns anos, voltou-se a investir na formação profissional, que funciona há já cerca de 25 anos e tem vindo a dar resposta a essa mão-de-obra não qualificada. Contudo, as escolas profissionais públicas e privadas não foram, muitas vezes, capazes de dar uma resposta eficaz pela ausência de mecanismos, quer físicos quer financeiros. Foi, novamente, então, entregue este tipo de ensino às escolas profissionais, que têm garantido óptimos resultados. A nossa única frustração é não conseguirmos obter emprego para todos aqueles que daqui saem formados. Porém, neste momento, temos uma taxa de cerca de 99% de empregabilidade. O tecido empresarial do concelho acredita na formação que é dada na D. Sancho I. A nossa escola será brevemente alvo de intervenções de requalificação. Para quando está marcado esse início de obras? Considera que uma nova escola irá abrir portas a um ensino de maior qualidade? A nossa previsão para o início das obras é Julho deste ano. O processo de execução será faseada, aliás, como o de todas as escolas que já sofreram intervenções. Esta é, contudo, aquela em que é mais fácil esse faseamento, não havendo perturbação do seu normal funcionamento. Não sei se conhecem o projecto, mas este está feito para uma divisão em três fases de construção. A primeira situar-se-á nos dois campos, com um bloco em cada um deles, destinados a salas de aula. A vantagem reside no facto de que, durante a sua construção, as aulas continuarão a decorrer com normalidade nas infra-estruturas já existentes. Quando esses dois blocos estiverem totalmente funcionais, mudar-nos-emos para lá, evitan-

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do, deste modo, o uso de contentores. Para além disto, teremos um novo espaço desportivo, um novo espaço balnear para os alunos, um auditório, um bar, uma cantina pedagógica, entre outras coisas. Todas as salas serão dotadas de material didáctico, de modo a fazer desta uma escola do século XXI. Todas estas obras estão planeadas para decorrerem durante 18 meses. Claro que, com esta nova escola, e apesar de termos conhecimento de casos em que essas novas infra-estruturas sofreram vandalizações por parte dos alunos, pretendemos exactamente atingir aquilo a que nos propusemos: o sucesso escolar e a educação para a cidadania. Diga-nos então, quais são as condições necessárias para termos uma Escola de sonho? Para mim, e já o disse várias vezes, uma escola de sonho seria uma escola sem barreiras, mas sei que é impossível. Correm-se muitos riscos quando não se tem uma vigilância apertada e o meu maior medo é saber que, quanto a isto, algo falhou. Porque eu sei que, no fundo, tenho uma porta aberta. Porém, já conheci muitas escolas, muitas delas em vários pontos da Europa e, daquilo que já vi, reconheço que temos uma óptima escola. A Escola de sonho não é só e apenas aquela que está dotada de excelentes materiais didácticos que facilitam e apoiam a aprendizagem. Existem muitos alunos que finalizaram o 12º e que já sentem muitas saudades desta Escola, porque mais que o edifício, ficaram os laços de amizade e as recordações. Gostaria de deixar uma mensagem à Comunidade neste final de ano lectivo? Aquilo que gostaria de transmitir era um pouco da minha tranquilidade e serenidade em relação à escola e aos exames, ou seja, eu queria que toda a comunidade educativa, nomeadamente os alunos, tivesse calma para que terminássemos o ano, mais uma vez, em grande. Eu, enquanto Director desta escola, procurarei garantir que esta calma e tranquilidade sejam também transmitidas aos pais, assegurando-lhes que os seus filhos estão bem entregues.

GOSTO DE...

Uma viagem: Egipto Um filme: Ben-Hur Um prato: Cozido à portuguesa Um livro: A Bíblia Um clube: Futebol Clube do Porto Um lema: “Quando vieres por bem, traz um amigo também”


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O Sonho em Projecto... Estágio em Valência

Artur Passos, prof. de Contabilidade

No desenvolvimento do projecto “Preparar a Vida activa com o know-how Europeu” e no âmbito do programa Leonardo Da Vinci, onze alunos da Escola Secundária D. Sancho I partiram, no passado dia 15 de Maio, para Espanha, onde vão realizar um estágio curricular de seis semanas em empresas de Valência. Neste estágio, vão participar 2 alunos do curso Técnico de Secretariado (Sofia Castro e Juliana Silva) , 2 do curso Técnico de Contabilidade (Carla Ferreira e Tânia Granjo), 2 de Manutenção Industrial (Tiago Azevedo e Fernando Teixeira), 2 de Análises Laboratoriais (Orlanda Amaral e Ana Duarte), 2 de Gestão de equipamentos Informáticos (Nuno Lemos e Marcos Sá) e 1 de Electrotecnia(Bruno Ribeiro). No mundo actual de transformação contínua e turbulenta, de oportunidades de trabalho decrescentes, da universalização de conhecimentos através da mobilidade transnacional, os formandos encontrarão formas de se diferenciarem dos demais, uma vez que esta experiência lhes permitirá obter um know-how actualizado em regiões com outras potencialidades. Deste modo, ficarão melhor habilitados em termos de criatividade, adaptabilidade, decisão, empreendedorismo, desenvolvimento de relações interpessoais, inovação profissional e tecnológica, o que constituirá uma mais-valia aquando do seu ingresso no mercado de trabalho. Os alunos foram acompanhados por dois professores, Mª Elisabete Rodrigues e Manuel Ângelo Oliveira, e pelo coordenador do projecto, Artur Passos. A D. Sancho deseja-lhes um bom e eficiente estágio.

CULTURAL MIGRATION IN AUTOBIOGRAPH Mª Antonieta Costa, Coordenadora de Projectos

O 2º meeting deste projecto decorreu entre 6 e 9 de Maio, em Faenza (Itália), onde marcaram presença mais de vinte nacionalidades. Como o próprio nome indica, o objectivo é promover a troca de experiências de vida entre e/imigrantes nos países parceiros (Alemanha, Portugal, Itália, Roménia e Polónia) e motivá-los para a escrita criativa, sendo o tema a narração da sua própria biografia. Com a presença do Presidente da Libera Università per Adulti (LUPA), Arturo Frontali, da responsável pela instituição Iside Cimatti e do representante da municipalidade, o Vice-Prefeito Dr. Massimo Isola, a apresentação pública das autobiografias no Teatro Comunale Masini, em Faenza, foi o momento alto do encontro, onde os dois formandos dos Cursos EFA, Laurinda Silva (que viveu largos anos na Venezuela) e Carlos Santos (natural de S. Tomé e Príncipe) compartilharam alguns episódios marcantes das suas vidas com os demais participantes. Este projecto tem coordenação da professora/formadora Maria Antonieta Costa que acompanha e supervisiona a redacção das autobiografias.

PARENTS AND CHILDREN LEARNING BY DOING TOGETHER Mª Antonieta Costa, Coordenadora de Projectos

Num dia-a-dia que deixa cada vez menos espaço para a vida familiar, é importante que sejam criados momentos em que essa relação se estreite e se estabeleçam laços indestrutíveis entre os progenitores e a sua descendência. É sobre este tema que se trabalha neste projecto. Aqui, todas as actividades promovidas têm como primordial objectivo juntar pais e filhos num trabalho de colaboração e salutar convívio, promovendo o fortalecimento das relações entre ambos. No segundo encontro, que decorreu em Nysa (Polónia), de 28 de Abril a 2 de Maio, esteve presente o formando Pedro Araújo, do Curso EFA, turma TAG1, que venceu um concurso lançado na nossa escola para a melhor sugestão de uma actividade familiar. O objectivo desta reunião foi fazer o balanço das actividades realizadas até ao momento e a respectiva avaliação do seu impacto na aproximação dos elementos familiares. Este projecto tem coordenação do professor/formador Artur Passos, que planifica e organiza as actividades.

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14 O Sonho em Projecto... D. Sancho termina mais um projecto europeu Mª Antonieta Costa, Coordenadora de Projectos

Decorreu no Liceo Scientifico e Tecnico Industriale Statale Enzo Sicilano, em Bisignano, de 22 a 27 de Maio, o último encontro do projecto Right of Earth Citizenship - Natural Resources for Sustainable Development, que se centrou na consciencialização dos seus intervenientes da importância da preservação do nosso Planeta, no que respeita à utilização das energias renováveis. A delegação portuguesa teve como participantes o Director da escola, Engº Benjamim Araújo, a coordenadora do projecto em Portugal, professora Isabel Costa, as professoras Maria Antonieta Costa e Ana Paula Silva e as alunas da turma 01, do 12º ano, Ana Rita Silva, Diana Pimentel, Joana Silva, Lara Braga, Rita Isabel Vilas Boas, Sara Pereira e Valéria Inês Barbosa. Ao longo do projecto, os alunos desenvolveram, em Língua Inglesa (Língua de comunicação do projecto), trabalhos de pesquisa sobre o tema, tendo tomado contacto com as diversas formas de energias renováveis, nomeadamente as desenvolvidas em Portugal e aprendendo também vocabulário específico. Acrescente-se ainda a construção de um painel fotovoltaico, na escola, sob a direcção do professor Filipe Pereira.

ARE WE MASTERS OR SLAVES OF TIME? Mª Antonieta Costa, Coordenadora de Projectos

Como vai a gestão do seu tempo? Faz, a cada dia, alguma coisa para a melhorar? Perde a noção do tempo quando conversa com alguém? Planeia as suas tarefas de forma a cumprir, com alguma folga, os prazos estabelecidos? É pontual no trabalho/escola e em outros eventos? Estas são algumas das muitas questões em que assenta a reflexão feita ao longo deste projecto pelos formandos dos Cursos EFA que nele participam. Trata-se, em suma, de aprender a gerir melhor o tempo para nos tornarmos mais organizados e produtivos, numa época em que todo o nosso tempo é constantemente cronometrado pelas diversas imposições do nosso quotidiano. Este projecto reúne como parceiras, para além da nossa escola, instituições da Bélgica, Eslovénia e Polónia. De momento, os participantes responderam a um questionário base e receberam formação sobre o tema. Este projecto tem coordenação da professora/formadora Ana Paula Silva, que planifica e organiza as actividades.

Limpar Portugal... Diana Silva, Sandra Miranda, Rui Vasco, Marina Silva, 1205

Somos o grupo V da turma 1205. O tema do nosso trabalho na disciplina de Área de Projecto é “Desportos Radicais no Ambiente”.Assim, participámos na actividade “Limpar Portugal”, no dia 20 de Março de 2010. Tudo começou num dia chuvoso, reunimo-nos às 8h, junto ao pavilhão desportivo da freguesia de Gavião, e fomos divididos por grupos para seguirmos para as lixeiras assinaladas. Limpámos duas lixeiras com sucesso. O lixo mais comum era sacos de plástico, latas, garrafas, materiais de construção e até alguns animais mortos. Todo o lixo recolhido, que foi bastante, ficou a cargo da Câmara Municipal de V.N. Famalicão, para mais tarde ser levado para uma lixeira. Na nossa área, a limpeza ficou concluída da parte da manhã, enquanto noutros locais se prolongou pela tarde toda. Reparámos que a negligência em relação ao ambiente é muita e a falta de civismo também, pois, mesmo havendo locais próprios para depositar o lixo, as pessoas colocam-no fora desses espaços.

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O Sonho em acção... Zep Fest Área de Projecto, 1207

Como todos os estudantes do 12º ano, este ano tivemos uma disciplina (quase) nova: Área de Projecto. Aproveitando a oportunidade, procurámos elaborar algo diferente, dinâmico e que trouxesse uma lufada de ar fresco à actividade artística da nossa escola.

Pretendemos que este nosso testemunho sirva de desafio para que, nos próximos anos, outras turmas dêem continuidade a este tipo de actividades. Têm uma disciplina que abre muitas portas … (é bem mais do que os dois blocos semanais que muitos julgam inúteis). Abram a mente e deixem-se levar, o Zeppelin acabou de descolar!

Palestra com Jerónimo de Sousa Área de Projecto, 1205

Na sequência de várias actividades desenvolvidas ao longo do ano (entrevista e workshop de cantautor escocês Sandy Kilpatrick, a entrevista aos Monstro Mau, ao Legendary Tigerman), organizámos um concerto de encerramento do projecto, que se realizou no dia 7 de Maio. Alugámos um camião-palco que nos proporcionou as melhores condições para realizar um grande espectáculo. Actuaram os BEM, banda de Hip Hop famalicense e, como cabeças de cartaz, Scream Of The Soul, banda de Hard Rock da nossa cidade que fechou o festival. Para o nosso sucesso, foi decisiva a colaboração da direcção da escola, da nossa professora Vanda Tavares, que desde o primeiro momento nos apoiou incondicionalmente, assim como de outros professores e funcionários que se revelaram fundamentais para a concretização plena da actividade. A todos os nossos agradecimentos muitos especiais.

No âmbito do trabalho de Área de Projecto do grupo VII da turma 1205, realizouse, no dia 27 de Abril, uma palestra subordinada ao tema “O Sistema Político Português”, que contou com a presença do Secretário Geral do Partido Comunista, Jerónimo de Sousa. A sessão iniciou-se com breves palavras de boas vindas pelo Director da Escola, a que se seguiu a comunicação do deputado Jerónimo de Sousa que, logo a seguir, respondeu às perguntas dos alunos. Foi um momento que contribuiu, de uma forma muito concreta, para esclarecer dúvidas e dialogar com o representante de um dos partidos fundadores do sistema político português actual.

Feira das Profissões... Serviço de Psicologia

No momento em que alguns alunos estão prestes a concluir um ciclo de estudos e necessitam de fazer opções, a Escola Secundária D. Sancho I abriu, no dia 20 de Abril, as suas portas a uma feira de profissões. Esta iniciativa pretendeu responder às dúvidas e solicitações dos mesmos, orientando-os a nível profissional e vocacional. Marcaram presença diversas entidades, como a CIOR, DUAL– Centro de Formação Profissional, IEFP–Instituto do Emprego e Formação Profissional, DA Vinci e Exército Português. Sabendo que a multiplicidade de oferta, por vezes, dificulta a escolha, o Gabinete de Psicologia e Orientação tem vindo a desenvolver um trabalho de acompanhamento dos alunos, ajudando-os a fazer as escolhas acertadas, tanto àqueles que seguem para o ensino superior, como aos que iniciam o ensino secundário.

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16 O Sonho em acção... Aromas de Abril Sabores de Liberdade... Raquel Ermida, 1206

Ivo Machado, Rui Mesquita, Alunos, Professores e Pais: esta foi a receita que possibilitou uma noite memorável para todos os presentes que viajaram no tempo e regressaram ao passado. Nessa altura, até nos teatros, estavam presentes autoridades competentes que evitavam que qualquer acontecimento atentasse contra a autoridade do Estado e daquilo que eram os seus ideais. E assim foi: as músicas de intervenção ficaram a cargo do Professor Ivo Machado e do professor Rui Mesquita, os poemas e as manifestações de desagradado pelo Regime couberam aos alunos e pais e, por fim, a “vigilância” do espectáculo foi feita por dois PIDES que, sucessivamente, iam questionando tudo e todos acerca do que se ouvia nas canções interpretadas. As recordações foram imensas e a assistência, composta pela Comunidade Escolar, viveu momentos de grande saudosismo, ao cantar temas que lhes traziam à memória os velhos tempos, em que a busca pela liberdade se tornava cada vez mais imperativa. De cravo na mão, traduziu-se o entusiasmo que se apoderava, cada vez mais, dos presentes. O 25 de Abril foi, deste modo, celebrado de uma maneira simbólica, em que o objectivo de unir a Comunidade em nome dos valores da Liberdade foi atingido!

Estivemos na Mostra Pedagógica... A nossa Escola marcou presença na iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, designada Formação e Empreendedorismo - Oferta e Projectos na Quinzena da Educação, nos dias 14 e 16 de Abril, dando a conhecer o que de melhor e mais criativo se desenvolve nalgumas disciplinas.

Os grupos disciplinares das Ciências da Natureza, das Ciências Experimentais e de Electrotecnia destacaram-se pela originalidade das suas apresentações e pela forma dinâmica como conseguiram envolver os visitantes. As Ciências da Natureza proporcionaram a observação microscópica de água estagnada e de embriões de galinha

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em diferentes estádios de desenvolvimento (quatro, sete e nove dias); também foi posível a visualização, à lupa, de insectos e flores e ainda a observação de lâminas delgadas de algumas rochas, nomeadamente basalto e granito. O grupo de Electrotecnia, procurando soluções económicas e de preservação ambiental, apresentou um sistema autónomo baseado em energias renováveis, um kart, um carrinho de mão motorizado, um seguidor solar, um sequenciador de led`s, uma casa inteligente e um interruptor crepuscular. As Ciências Experimentais apresentaram a Física e a Química na Cozinha, que compreendeu a confecção de pão, bolo no microondas, requeijão e manteiga, entre outras experiências. Estas iniciativas pretendem abrir a escola à comunidade, mostrando não só o que tem para oferecer aos alunos que desejam frequentá-la, mas também que se assume como um elemento activo e integrado nesta mesma comunidade.


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O brilho do Sonho... FESTA DOS FINALISTAS 2009/2010

O Director saúda todos os presentes

O Presidente do Conselho Geral discursando Os apresentadores da cerimónia

Entrega de prémios aos melhores alunos

A festa foi bonita...

Entrega do livro de curso

As coordenadoras/organizadoras da festa

O Presidente da A. Estudantes

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O Sonho em acção...

Visita à Cidade Invicta...

Visita a Madrid...

Turma 1107

Cristina Rodrigues, 1108

No dia 31 de Março de 2010, as turmas 1003, 1004, 1009 e 1108, acompanhadas pelas professoras Paula Azevedo, Luísa Leite e Hortense Alecrim, partiram com destino a Madrid. A viagem decorreu durante a noite e o ânimo era tanto, que quase ninguém adormeceu. Ainda escuro e com muito frio, chegámos a Salamanca; aí visitámos locais de interesse histórico, como a Plaza Mayor. Logo de seguida, retomámos a viagem até Ávila, onde fomos surpreendidos pela queda neve. No dia 3 de Maio, no âmbito da disciplina de Geografia, partimos de comboio em busca da Zona da Ribeira, no Porto. Fomos engolidos na rotina de muitos, mas foi com especial sabor que observámos a paisagem envolvente que se ia revelando ao longo a viagem. Quando chegámos, visitámos as típicas ruas, cobertas por todas aquelas casas antigas que guardam histórias de vida; histórias guardam também os rabelos (os barcos típicos que transportam as pipas do vinho do Porto), as pontes, como a ponte das barcaças (sabe–se que, durante as revoluções francesas, os portuenses fugiram para o outro lado da margem, destruindo a ponte para os franceses não tomarem posse da invicta); vimos e sentimos todos os encantos do Douro e, após o almoço, entrámos nos deslumbramentos da cidade… perdemo –nos entre os pregões do Bolhão, entre o cargo oficial da Avenida dos Aliados (câmara municipal); visitámos o Palácio da Bolsa, acompanhado pela Igreja da Ordem de S. Francisco e, posteriormente, subimos às alturas do Clérigos. À hora prevista, dirigimo-nos para a Estação de S. Bento, onde nos despedimos do maravilhoso dia que passámos na cidade invicta.

Finalmente, chegámos a Madrid e fomos almoçar à Atocha. De tarde, fizemos uma visita guiada pela cidade, passando pelo Palácio Real e pela Basílica de San Francisco. Dirigimo-nos depois ao museu Reina Sofia. De seguida, exaustos, mas deslumbrados com a beleza da cidade, fomos para o hotel.

Visita a Lisboa... Turmas 1112 e 1210

Nos dias 11 e 12 de Março, as turmas de Secretariado 1112 e 1210 realizaram uma visita de estudo a Lisboa, passando pela Assembleia da República, Fundação Mário Soares e Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

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No dia seguinte, deslocámo-nos para o Parque Warner. Mal abriram as portas das diversões, fomos logo andar em tudo e mais alguma coisa. O parque Warner é inspirado nos estúdios de Produção de Hollywood, as suas ruas recriam as decorações e cenários dos filmes. A zona converte-se num autêntico palco de cinema, no qual podemos desfrutar ao vivo e directamente das cenas mais arriscadas protagonizadas pelos actores. No final do dia, partimos rumo a casa. Todos muito cansados e felizes, aproveitámos a viagem para retemperar energias. De madrugada, chegámos à nossa escola, onde já os nossos pais nos esperavam com muitas saudades.


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O Sonho em acção... Visita à Escola Superior de Turismo e Gestão... Turma 1207

A visita começou com uma fascinante e inspiradora vista para a praia norte de Viana do Castelo, mesmo em frente da ESTG. Fomos muito bem recebidos pelo Prof. Carlos Fernandes, que já nos tinha presenteado com uma palestra na escola. Na presença do vicepresidente e de um dos alunos finalistas do curso, foram esclarecidas as nossas dúvidas em relação ao ensino superior. Os cursos da ESTG, principalmente o de Turismo, são direccionados para o mercado de trabalho, por isso, a vertente prática de formação e a ligação às empresas constituem uma prioridade. Após uma visita guiada pelas instalações, das quais destacamos a biblioteca coma sua ampla vista para o mar, tivemos a oportunidade de visitar o museu Navio Fundação Gil Eanes e o Centro Histórico de Viana. Assim terminámos esta visita de estudo, esclarecedora para uns e uma certeza para outros. Relembrando uma citação do Prof. Carlos Fernandes: “Conhecimento não é aquilo de que nos lembramos, mas sim aquilo que não conseguimos esquecer”.

Visita à Universidade do Minho... Alexandra Novais, 1106

No passado dia 14 de Abril, realizou-se, na Universidade do Minho, o “Dia Aberto - Escola de Economia e Gestão”, actividade destinada a alunos do ensino secundário. O seu principal objectivo foi proporcionar a estes alunos informação e o contacto com testemunhos sobre a realidade académica, vantagens, mais-valias e potencialidades na área de economia e gestão. Nesse sentido, as turmas 1106 e 1205, na companhia das professoras Joaquina Peixoto e Isilda da disciplina de Economia, deslocaram-se a esta universidade. De manhã, assistiram a uma palestra, a qual contou com a presença dos responsáveis de cada licenciatura da área, que elucidaram os presentes sobre a estrutura de cada curso. O testemunho por parte de alunos da Universidade revelou-se bastante proveitoso, uma vez que informaram os seus futuros colegas relativamente a todas as dificuldades que terão de ultrapassar, mas também revelaram as qualidades, vantagens e conhecimentos que o curso lhes proporcionará. Ao meio-dia, fez-se a pausa habitual para almoço, que teve lugar na cantina. Seguiu-se uma visita guiada às instalações da Universidade. Para terminar o dia, foram praticadas diversas actividades desportivas nos respectivos pólos, entre elas, escalada. As expectativas em relação a esta visita eram elevadas, não só porque os alunos estavam curiosos para conhecer as licenciaturas existentes na sua área, mas também porque iam conhecer uma universidade que, futuramente, poderá ser a sua escola superior. Os alunos envolvidos na actividade deixam um grande obrigado à escola e às professoras por lhes terem proporcionado uma experiência tão enriquecedora e pertinente para o seu futuro.

“A febre dos anos 80” Joana Carvalho, Patrícia Campos, Paulo Brandão, Rute Machado, 1206

Ao longo do ano, o Grupo I da turma 1206 abordou a temática dos anos 80. Esta década ficou conhecida como “década perdida”. Foi um período de mudanças marcantes na história do século XX. Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década em que o exagero e a ostentação foram marcas registadas. Durante o 2º Período, uma das actividades que o grupo realizou foi um karaoke para a turma. Esta actividade teve como finalidade dar a conhecer os artistas musicais que mais se destacaram nesta época e, também, proporcionar um momento de entretenimento e descontracção. Visto que a lista de artistas era muito vasta, decidimos dividi-la em três rondas: a primeira em português, a segunda em inglês e, por último, uma em português e inglês. Após as actuações, cada grupo pontuou os restantes, de modo a apurar um vencedor (Grupo II). Tal como pretendido, a turma correspondeu positivamente, superando as nossas expectativas. O projecto continua a ser desenvolvido, como podem verificar no nosso Blog:

http://anos80sancho.blogspot.com

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O Sonho em acção...

Actividade Integradora Turma TAG2

A turma EFA TAG2, no âmbito da actividade integradora relativa ao Núcleo Gerador Culturas de Urbanismo e Mobilidade, foi ao encontro de três pontos negros na zona urbana de Vila Nova de Famalicão. A turma fez, em primeiro lugar, o levantamento de uma amostra de pontos negativos em termos de urbanismo e mobilidade na cidade de Vila Nova de Famalicão. De seguida, seleccionou três casos que ilustram bem a falta de cuidado com as pessoas possuidoras de dificuldades motoras. Fez um cartaz de chamada de atenção para os problemas de urbanismo e mobilidade na localidade. Além disso, desenvolveu uma visita pedestre aos locais seleccionados, que se realizou no dia 1 de Março, entre as nove e as onze da noite. Sendo assim, os três casos seleccionados foram os seguintes: Primeiro caso: Quem tem que resolver algum assunto nas Finanças, depara-se com um pequeno obstáculo de seis degraus. Falta uma rampa. Segundo caso: de uma forma geral, quase todas as passadeiras na cidade estão mal colocadas e constituem um dos maiores perigos causadores de acidentes para os peões com dificuldades de mobilidade. Para podermos ter uma ideia, escolhemos uma passadeira junto à Universidade Lusíada: de um lado temos um degrau, do outro lado, onde existe uma rampa, a passadeira encontra-se a cerca de dois metros. Terceiro caso: o difícil acesso às caixas multibanco em Famalicão, obstáculo que exemplificamos com um caso junto à Câmara. 1º caso 2º caso 3º caso

Cursos EFA comemoram o Dia dos Museus Artur Passos, prof. de Contabilidade

Uma pequena maravilha de som, luz e cor foi o resultado do trabalho desenvolvido pelas turmas dos Cursos EFA TAE1, TAE2 e TE1 da Escola Secundária D. Sancho I. Este projecto foi levado a cabo no Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave da nossa cidade, e consistiu num interessante espectáculo enquadrado no âmbito da comemoração do Dia dos Museus (18 de Maio), com o título Quadros do Têxtil. A ideia partiu do museu do Têxtil, nas pessoas da Drª Rosário Alves e do Engº Paulo Peixoto, e foi muito bem acolhida pela Direcção da escola, tendo ficado a cargo da formadora Nilza Jardim e contado com a participação de outros formadores das referidas turmas. Cerca de 400 pessoas assistiram deliciadas a um desfile de moda, que ilustrou a evolução do têxtil nos contextos político, económico e social ao longo de várias épocas, desde os inícios do século XX até à actualidade. Deste modo, os formandos puderam aplicar os conheci-

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mentos adquiridos e celebrar, não só uma importante efeméride, mas também uma actividade de primordial importância para o concelho.


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O Sonho em acção... Seminário sobre Desporto Escolar Mª Paula Machado, prof. Ed. Física

O Núcleo de Estágio de Educação Física da Escola Secundária D. Sancho I, no âmbito do seu Seminário, desenvolveu o tema “A participação dos alunos no Desporto Escolar”, tendo como principal objectivo compreender as razões pelas quais os alunos praticam ou não Desporto Escolar. Com a realização desta actividade, pretendeu não só dar cumprimento a uma norma do Regulamento de Estágio Pedagógico: “realizar actividades de âmbito científico e pedagógico na escola onde o Estágio funciona”, mas também estudar um problema relevante e de interesse para a comunidade escolar, assim como reforçar a actuação da Escola como verdadeiro espaço cultural, informativo e formativo. A escolha do tema teve como fundamento a convicção de que na nossa sociedade é essencial a prática desportiva, uma vez que este fenómeno social, correctamente desenvolvido, representa uma importante fonte de valorização das pessoas e da sua qualidade de vida. É crescente o interesse que o desporto tem vindo a alcançar em diferentes contextos, o que pressupõe a necessidade de aumentar, de forma expressiva, os estudos sobre os motivos que levam as pessoas a praticá-lo nas actividades desportivas.

Ida ao Teatro

António Paiva, prof. de Português

No passado dia 26 de Março, as turmas do 11º, 12º ano, dos cursos tecnológicos, em conjunto com as turmas dos cursos EFA, deslocaram-se ao Teatro Carlos Alberto, Porto, para assistirem à peça “O Deus da Matança”. Com os professores de Português e os Formadores de CLC (Cultura Língua e Comunicação) deleitaram-se com a peça da autoria de Yasmina Raeza. O enredo caracterizava um (suposto) encontro civilizado entre casais, com o fim de resolver um dissabor entre os filhos. O encontro acaba por ser tudo menos civilizado e o encenador, João Lourenço, aproveita o espaço cénico para dar ainda mais ênfase à antítese dicotómica parecer/ser, tirando todo o proveito de um texto que combina leveza e seriedade crítica, humor e crueldade. Neste espectáculo, os actores Joana Seixas, Paulo Pires, Sérgio Praia e Sofia de Portugal acentuaram a excelência desta representação. A ida ao teatro proporcionou-nos bons momentos de disposição e companheirismo escolar. Logo de início, a peça cativou a nossa atenção, prendendo-nos até ao fim a um ritmo alucinante, com a mistura de humor e o espelho de cada um de nó, levando-nos à reflexão. O homem das cavernas existiu há tanto tempo, mas parece que ainda lá estamos, quando confrontados com situações quotidianas que depressa nos levam à intolerância e à intransigência. Turma 111 do Ensino Nocturno

X Edição dos Jogos Aquáticos Mª Paula Machado, prof. Ed. Física

Na manhã do dia 21 de Maio de 2010, realizou-se, na Piscina Municipal de V. N. de Famalicão, mais uma actividade do grupo de Educação Física organizada pelo Núcleo de Estágio de Educação Física, denominada “Jogos Aquáticos”. Esta acção, que se realiza pela décima vez, consistiu numa competição de Mini Pólo Aquático, tendo como principais objectivos motivar os alunos para a prática da natação, proporcionar o contacto socializador entre alunos de diferentes turmas e promover a participação numa actividade desportiva com carácter competitivo. A actividade decorreu de forma excelente, tendo sido evidente o entusiasmo e o espírito competitivo manifestados pelos 130 alunos participantes, distribuídos pelas 27 equipas que entraram nos jogos, assim como o apoio constante dos alunos que assistiam. Os professores e professores estagiários envolvidos nesta actividade felicitam todos os alunos presentes.

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O Sonho noutras Línguas...

La lecture en classe de Français Carmo Amorim, prof. de Francês

Dans les classes de Français, nous avons lu un conte dont le titre est « Pierrot ou les secrets de la nuit » qui est très amusant et agréable. C’est un livre qui parle de trois personnages : Colombine, Pierrot et Arlequin. Colombine et Pierrot sont amis mais ils sont très différents : elle aime le jour, le blanc et l’été ; il aime la nuit, la lune, le noir, le blanc et le bleu et l’hiver. Ils se rencontrent aux crépuscules parce qu’elle travaille dans le jour et lui, la nuit. Je n’ai pas aimé la fin. Personne ne sait ce qui s’est passé avec Colombine, Pierrot et Arlequin. Je conseille la lecture de ce conte parce que c’est très agréable et facile à lire.

Jessica, 1112

Net Notícias: Um blogue especialmente concebido para quem quer aprender Francês sozinho e onde encontras todo o tipo de exercícios, explicações e testes de nível em http:\\jaimelefrancais.blogspot.com Encontras todo o tipo de exercícios, explicações e testes de Português, 10º ano, em http:\portuguesnadsancho.blogspot.com Um blogue à tua medida e que dispensa qualquer professor. Aconselha-o aos teus familiares e amigos que pretendam estudar Português, 10º ano, sem saírem de casa.

La classe 1112 prépare la dramatisation du conte pour le 7 juin, à 13:30.

Pour moi, ce conte a une grande et jolie histoire d’amour entre deux jeunes qui se connaissent depuis leur enfance. Toute la situation change quand Arlequin arrive et séduit Colombine. Je n’ai pas aimé la fin de l’histoire parce que Michel Tournier l’a laissé ouverte à notre imagination et je n’aime pas de genre de fin dans les histoires. Mariline,1112 J’ai lu le conte « Pierrot ou les secrets de la nuit » et je l’ai adoré. C’est une histoire belle. Premièrement, l’auteur, Michel Tournier, situe l’histoire dans un v illage - Pouldreuzic – avec deux personages. Puis apparaît un autre personnage – Arlequin – est la manière dont ce personnage change l’histoire, c’est drôle. L’auteur laisse la fin de l’histoire à notre créativité. C’est une histoire que je conseille à tout le monde de lire. Mariana, 1112

Exame da Alliance Française (DELF) Os alunos Ana Isabel Machado Fernandes, Sara Daniela Machado de Sousa, da turma 802, e André António Veloso Pedrosa, da turma 901, deslocaram-se, nos dias 6 e 7 de Maio, à Escola Secundária Padre Benjamim Salgado de Joane, a fim de realizarem o exame de Francês da Alliance Française. Este exame permite certificar a aprendizagem efectuada na escola à disciplina de Francês e os alunos da nossa escola demonstraram possuir as competências da disciplina, dados os resultados obtidos. O sucesso destes alunos poderá servir de incentivo aos outros, para o próximo ano. O exame só deve ser solicitado por quem se sente verdadeiramente preparado e pretende obter um diploma oficial de domínio da língua francesa. Solicita-se aos Encarregados de Educação que repensem esta possibilidade e, talvez no próximo ano, a escola D. Sancho venha a ter mais alunos diplomados. A entrega dos diplomas será em Outubro. Parabéns aos examinandos pela coragem e pelos resultados.

O Dia do Inglês... Paula Silva, prof. de Inglês

No dia 18 de Março de 2010, foi celebrado na Escola Secundária D. Sancho I o Dia do Inglês. Assim, durante todo o dia, foram servidas iguarias tipicamente inglesas no bar da escola : chá (simples ou com leite), muffins, bolo inglês e scones quentinhos cozinhados na hora pelos alunos. No turno da noite, não se fugiu à regra e as formandas do curso EFA de Acção Educativa aceitaram o desafio de elaborar algo de totalmente novo para todas. Sem receio, seguiram a receita e meteram as mãos na massa: Resultado: os melhores scones da região, fofos e saborosos. O balanço da actividade foi considerado extremamente positivo, uma vez que todas participaram com entusiasmo para que este dia fosse um sucesso.

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O Sonho noutras Línguas...

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“TV pros and cons” Sara Sousa, 802

- Ronald, turn off the TV. You really need to study! - Mum! I’ve just turned it on! Come on! Just this programme, please! - No, that’s not true! You have been watching TV since we arrived home! - Well, I can study tomorrow afternoon… - No! Read this news item. It’s about TV and its advantages and disadvantages. - Ok… “Nowadays everyone watches TV. Who hasn’t ever pressed a remote control to switch on his/her favourite channel or programme? It’s such a usual thing that we almost forget that some decades ago (and not many) radio was for people what TV is for us today. But now TV can be the source of many problems for kids and teens all over the world that can’t control themselves and spend too much time in front of a screen. Television is making people passive, which can make them obese and stop them from doing healthier and more important things like practising sport, reading, studying and communicating with the family and friends. There are some good and educational programmes about animals and wild life, about history, the news and documentaries that show us what’s happening in the world and all of its wonders. Sometimes it even shows us things (concerts, live shows, events, etc.) that happen far away from the place where we are, but there are other programmes that show people too much violence and bad lifestyle and eating habits that, unfortunately, are influencing young people, especially children. TV also makes us think that life is very easy and that we don’t have to try hard to get what we want. In spite of its disadvantages, TV is a good way to relax if we don’t watch too much. TV also reduced the distances in the world: if something is happening now on the other side of the planet, everybody here will know it in the next minute because we watch it on TV” - Ok, mum, I know and understand I’ve been watching too much TV lately and that my marks at school have been affected because I don’t study… I’ll try to watch less TV, I promise. I’ll make something like a timetable: there will be time to study, time to be with my friends and also some time to watch TV. - Perfect, dear! Go study now.

My Favourite Book Isabel Cunha, 1108

“Extremely loud and incredibly close” by Safran Foer This book was written by Jonathan Safran Foer, who is my favourite writer too. “Extremely loud and incredibly close” is a very creative, moving, funny, emotive and magic novel. It is a story that could really happen. It takes us to the world of Oskar, a nine-year-old boy, who is a jeweller, an astrophysicist, an actor, a pacifist, an inventor, a collector of stamps and butterflies that died by natural causes, an archaeologist, and many other things. Oskar lost his father on the tragic 11th September and lives trying to understand his own pain and feelings. The action takes place in New York. The kid found a key inside an envelope with the name Black, in the middle of the things of his father. His curiosity and instincts take him through an interesting demand for the lock of the mysterious key. The adventure is so fascinating because Oskar is very intelligent and captivating. The story starts mixing and connecting with letters written in Dresden during WWII, until we understand that these letters are from Oskar’s grandfather, supposedly dead but, in fact, he

is hiding in the apartment of Oskar’s grandmother. In the end, Oskar realises that the demand didn’t help him to clear up his feelings. The truth is that his father is dead and he couldn’t do anything to bring him back. On the other hand, the demand helps Oskar in the relationship with his mother and his grandmother and it also helps him to understand a little bit more the world and human behaviours. I love this book because it can be, at the same time, serious and funny and the main character, Oskar, is very-well constructed and very striking. This story makes me smile but it breaks my heart too.

Maths Teacher

Inês Neves e Sara Carvalho, 901

I’m a student and I have a dream job. In the future, I want to be a maths teacher. My favourite subject is maths. I love calculus, reasoning, formulas, etc. I’m always doing exercises. Every single day I arrive home and do some exercises to practise and just because I like it. On the other hand, I love to explain things to other people. So, I think I’m going to love being a maths teacher. To make my dream come true, I’ll continue to practise every day and I hope one day I’ll teach other students.

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O Sonho na Escrita...

Porque te Amo, Guillaume Musso

Deixo-vos, assim, a minha sugestão de leitura e respeito a vontade do próprio autor, que menciona: “Para preservar a surpresa, não revele o fim deste livro aos seus amigos!” José Marques, 1106

Até que o Rio Nos Separe, Charles Martin

bela do planeta. A água escorria-lhe pelos lóbulos das orelhas e pela ponta do nariz. Se existia glória nos céus, estava a derramar-se sobre Abbie.” Até que o Rio nos Separe é um livro onde as memórias boas e a força de vontade parecem ser as únicas coisas capazes de mover Abbie numa luta contra o tempo e onde Doss mostra que está com ela para partilhar muito mais do que apenas bons momentos. Célia Silva, 12.05

Uma verdadeira sucessão de emocionantes surpresas. É assim em Porque te Amo, o quarto romance de um dos mais recentes escritores franceses, Guillaume Musso, autor do best-seller E Depois. O mistério e o suspense temperam esta envolvente história, que consegue prender o leitor desde o seu início ao seu fabuloso final. Este livro relata-nos os meandros de um estranho desaparecimento. Layla, uma menina de cinco anos, desaparece sem deixar rasto num centro comercial em Los Angeles. Os pais, desfeitos, acabam por se separar. Cinco anos mais tarde, Layla é encontrada exactamente no mesmo sítio onde tinha desaparecido, envolta num estranho mutismo. À alegria do reencontro sucedem-se, então, as interrogações. Onde esteve Layla durante esses anos? Com quem? E não menos importante, porque voltou? As respostas parecem óbvias, mas estão longe de o ser… Aqui tudo o que parece não é, à excepção do amor infinito de um pai por uma filha que não acredita que esteja morta e por quem desce aos subúrbios numa tentativa frustrada de diminuir a dor. Esta leitura leva-nos a um ritmo alucinante pelos caminhos incontornáveis da mente humana. Ao longo desse caminho, todas as nossas certezas são colocadas em dúvida, mas, uma vez mais, o autor nos surpreende...

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“Rumo à Felicidade” Ela era uma modelo famosa e filha de um poderoso senador. Ele vivia num parque de caravanas e era pintor. Aparentemente, não tinham nada em comum, mas Abbie e Doss souberam, desde o seu primeiro encontro, que iam ficar juntos para sempre. Contudo, após dez anos de casamento, Abbie enfrenta uma doença terminal e decide elaborar uma lista com as dez coisas que quer fazer antes de morrer. Assim, Doss resolve tornar realidade os últimos desejos da sua mulher e decide descer o rio St. Mary com ela, numa viagem que mistura alegria e tristeza, saudade e uma verdadeira história de amor. “Começara a chover, a água era fria e caía em pingos grossos. Era um daqueles momentos. Se pestanejarmos, perdemo-lo. Continuava a ser a mulher mais

Dia após dia, o relógio não pára O ponteiro mostra sempre as mesmas horas. Um igual ao outro? Nem sempre. Um melhor outro pior. E cá vou eu, seguindo… Procurando um sentido para a vida, Esforço-me, luto… Mas quase nunca com sucesso E cá vou eu, seguindo… Tropeço na busca de um sonho, Encontro muitos obstáculos pela estrada, Sem tempo, levanto-me à pressa. E cá vou eu, seguindo… E até quando terei forças? Penso na ingratidão do destino, Pretendo entender este rumo, E cá vou eu, seguindo… À conquista da Felicidade! Ana Alves e Marlene Sampaio, turma TM


O Sonho na Escrita...

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Um Conto... André Pedrosa, 901

A primeira sensação é de toda uma vida a desabar. A segunda assume-se como uma completa atitude de desespero, desorientação. No fim, há que lutar. É curioso o modo como se processam as mudanças, as transformações que se dão a nível da nossa vida. Lembra-me, um pouco, a destruição de uma torre cuidadosamente construída em blocos. Vivemos obcecados pela sua construção, mas nunca nos detemos a pensar o quão frágil poderá ser aquela estrutura, a não ser quando é abalada pelo impacto de uma força vinda do exterior. Mas a vida não é uma torre de blocos. E as agressões que nela são exercidas são incomparáveis àquelas a que estamos sujeitos. Creio firmemente que a nossa componente emocional é o que nos faz evoluir. Não obstante, motivada pela antítese que é a vida do ser humano, será também o que nos destrói. Foi isso que senti, que sinto agora, que é necessário em alguma altura vir a sentir-se quando se descobre que o nosso filho de cinco anos é molestado pela nossa companheira. É neste momento que a enorme torre de blocos cai por terra. E nós vamos perecendo, perdendo bocados, enquanto o nosso rosto se torna cada vez mais sombrio e taciturno. Perdi um bocado, quando o meu filho me recusou um abraço, quando se retraiu para me dar a mão, quando tremia com a presença de outras pessoas. Fui perdendo bocados ,assim, ao longo dos anos. Depois da tempestade vem a bonança. Em circunstância alguma isto me passou pela cabeça. No entanto, digo a verdade, quando afirmo que me passou pelas mãos, quando digo que me serviu de guia durante longos anos, quando digo que está guardado na terceira gaveta da minha mesa-de-cabeceira. Ler fora um dos prazeres mundanos que deixara para trás, quando soubera da notícia que mudou a minha vida; falta-

va-me a motivação, faltava-me o carinho com que devemos abraçar uma história quando a lemos. E, no entanto, à semelhança de atitudes absolutamente inexplicáveis que por vezes temos, deixei que a minha atenção fosse atraída por aquele livro. A sinopse revelou-me que o caso do homem acerca da qual se prendia a narrativa se debatia, tal como eu, com o desespero de lidar com o filho que fora molestado pela mulher, e de que forma a personagem estava a conseguir lidar com a situação. Involuntariamente, envolvi-me naquela história. É mais uma das pequenas particularidades dos livros. Quando bons, conseguem, mais que captar a atenção, submeter-nos a uma transição para outra dimensão, tal e qual como se a nossa essência fosse sugada para o interior daquelas páginas. Tudo se intensifica, e é admirável de constatar que é capaz de alterar estados de espírito, intervir em relações, modificar pontos de vista. Na verdade, encaro o livro como uma das mais nobres obras de concepção humana. Tendo em conta, ainda, que poderá vir a ser muito útil como arma de defesa pessoal. Na história, o panorama, lentamente, vinha a alterar-se, a situação melhorava. Invejei aquele homem por estar a conseguir. Então, eu próprio decidi tentar. E fiquei feliz por ver que, em parte, consegui. Não permiti que aquela personagem não fosse eu, que aquele rapazinho que começava a tornar-se homem não fosse o meu filho. Possivelmente, não devo a vida àquele livro. Devo-lhe, contudo, a minha paz de espírito. Perdi o meu filho há quatro anos num acidente de viação. No entanto, todos os dias sou brindado com a imagem do seu rosto, quando pego naquele que foi o meu guia durante longos anos e que, no final de todos os dias, é guardado na terceira gaveta da minha mesa-de-cabeceira.

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O Sonho na Escrita...

Celebração do Dia Mundial do Livro

Fátima Santos, Isabel Carvalho e Isabel Marques, dinamizadoras do projecto “Leitura em Acção”

A melhor forma de homenagear o Livro é ler. Assim aconteceu, no dia 23 de Abril, no átrio da Escola. O cenário estava montado para convidar à leitura. De forma informal, muitos foram aqueles que se deixaram seduzir pelo apelo do momento e deram voz a muitas palavras que ansiavam por leitores. Alunos, funcionários e professores anunciaram uma obra da qual foi lido um excerto. Apesar do número significativo de participantes, o silêncio evidenciou a seriedade e o respeito que o evento merecia. Em sintonia, nas salas de aulas, todos aqueles que aderiram à comemoração do Dia Mundial do Livro partilharam livros, poemas e excertos marcantes. E, nesse dia, na nossa escola, ouviu-se “Barca Bela” de A. Garrett, o conto A Menina Perversa de Isabel Allende, Cartas a Sandra de Vergílio Ferreira, Mar me quer de Mia Couto, …

“Vamos viajar?” Coordenação da Biblioteca

“VAMOS VIAJAR?” é uma actividade que pretende mostrar aspectos de países cuja língua é estudada na escola. Assim, pretende-se ilustrar algumas características de Portugal, Espanha, França e Inglaterra. Esta actividade é realizada pelos alunos do Ensino Básico e os temas são também escolhidos por eles. Os trabalhos expostos na Biblioteca foram realizados pelas turmas 701 e 801. A equipa da Biblioteca agradece a todos os alunos que se empenharam na realização desta actividade e agradece também às funcionárias D. Ângela e D. Lurdes, pela ajuda prestada.

Flashes em Bagagens... Sofia Silva, André Silva, Carla Rodrigues, Célia Silva, 1205

À primeira vista, a ideia de fazer uma exposição parece algo vulgar, visto que muitos já o fizeram e, por isso, é pouco original… Todavia, a nossa vontade era fazer algo de excelência, que marcasse. Percebemos que, tão importante como o conteúdo, é a estética, é necessário atrair os sedentos de curiosidade e apelar aos sentidos. A preparação foi exaustiva e demorada, mas, reunidos os materiais, chegava a parte mais complexa – a montagem. Passadas seis horas de movimentos pendulares constantes (cola, prega, fixa, desce, sobe, corta e recorta…), eis a obra cujo tema – O Turismo – representa três nobres cidades: Porto, Barcelona e Los Angeles. A obra nasceu… O sentimento de orgulho e satisfação estava patente nos nossos rostos. Contudo, foi o reconhecimento da comunidade escolar que constituiu o verdadeiro prémio.

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O Sonho ... e o Desporto O Rugby

Francisco Carvalho, prof. Ed. Física

O Rugby, como modalidade desportiva, constitui um excelente vínculo para cultivar princípios fundamentais de formação, salientando o espírito de equipa, de entreajuda e de empenho. Esta modalidade teve origem em Inglaterra em 1823 quando um estudante, de nome Web Wellis, do Colégio de Rugby, no decorrer de um jogo de futebol, agarrou a bola com a mão e começou a correr ao longo do campo, desviando-se de colegas e adversários, perante o espanto geral, colocando-a no chão dentro da baliza adversária. Esta atitude completamente inesperada foi o ponto de partida para o aparecimento da modalidade. Inicialmente, era jogada com uma bola redonda, mas, a partir de 1850, a bola passou a ser oval. Embora possa parecer um desporto complexo, é extremamente fácil de jogar. Pelas suas características, torna os seus praticantes corajosos (pela necessidade da aplicação correcta dos princípios defensivos e ofensivos); inteligentes (pela compreensão a que obriga um jogo de conquista e de combate na lógica da escolha das opções correctas face às diversas

situações que forem surgindo); com grande capacidade de adaptação (face à enormidade de situações de incerteza que o jogo permite) e solidários (pelo forte espírito de equipa que se desenvolve). Ou seja, existe um enorme transfer para o futuro ao nível profissional e social, daí podermos convictamente afirmar que a prática do rugby constitui uma enorme preparação para a vida. Na nossa escola, o Rugby começou a ter tradições no ano lectivo de 2008/09; fomos campeões regionais na variante de rugby de 9 e vice-campeões de Tag-Rugby (conquistando o apuramento para a fase final no Estádio Nacional em Lisboa. No presente ano lectivo, fomos campeões regionais e nacionais de Tag-Rugby.

A equipa campeã nacional com o o internacional João Júnior

Os campeões com o Director

Palavras do Director: Mal iria uma Escola que não proporcionasse condições de prática desportiva aos seus estudantes. Sou da opinião que o Desporto é uma escola de virtudes e nós, na D. Sancho I, incentivamos a sua prática, não só porque a actividade física é fundamental para um estilo de vida saudável, mas também pela sua vocação humanista e pelo convívio entre escolas e entre alunos que as competições de Desporto Escolar proporcionam. Esta nobre modalidade já é uma efectiva realidade com 2 anos de existência já com alguns títulos ganhos, o que muito nos orgulha. Parabéns a todos os que iniciaram e desenvolveram este Projecto, com a certeza que podem contar com todo o meu apoio e colaboração.

Mas, afinal, o que é o Tag-Rugby? É uma variante do rugby em que as equipas são mistas, onde não existe contacto nem placagens. Os jogadores jogam com um cinto com duas fitas na zona das ancas e só podem ser parados quando o adversário consegue retirar uma das fitas. Assim, privilegia-se o jogo ofensivo e os princípios do ataque que, como em qualquer outra modalidade, valorizam a beleza do jogo. A Federação Portuguesa de Rugby tem apostado fortemente neste projecto, cativando centenas de jovens para a prática da modalidade Em todas as iniciativas estão presentes vários atletas internacionais que convivem, jogam e arbitram alguns jogos, proporcionando momentos inesquecíveis como aquele que vivemos com os internacionais João Júnior e Jorge Segurado.

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O Sonho ... e o Desporto

RAIO X: Aula de Educação Física Isabel Columbano, prof. Ed. Física

Procurarei neste artigo apresentar o trabalho desenvolvido com as minhas turmas no 2º período lectivo, contextualizado numa dinâmica dual. Ou seja, por um lado, o “olhar” da professora numa perspectiva didáctica e, por outro, uma reflexão sensorial dos discentes, exprimindo as aprendizagens efectuadas e as emoções sentidas no momento em que concluem determinada matéria de ensino.

Desportos Colectivos (Andebol e Futebol)

Com a turma 11º01, abordei o Andebol e com o 12º05 o Futebol. Em ambas as turmas, a orientação metodológica consistiu na procura da Educação Desportiva, através do movimento corporal, permitindo a realização das seguintes acções: -Iniciação à vida social e colectiva através do jogo e da competição desportiva entre os grupos (Dimensão da táctica de jogo); -Iniciação à técnica, através da aprendizagem específica dos gestos desportivos (Dimensão da Técnica individual); - Exercitação do esforço progressivo e doseado em relação à faixa etária e à capacidade fisiológica dos educandos (Dimensão física e psicológica do treino);

O andebol é um excelente jogo de equipa porque, para além de nos ajudar a compreender a importância de trabalhar com os outros, para um objectivo comum, também possibilita o desenvolvimento físico (a velocidade, a força, a resistência) e psicológico (a persistência, a concentração e a sagacidade).” Carole e Inês, 11º01

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A prática desta modalidade conseguiu despertar na turma uma motivação extraordinária, ou não fosse este o desporto mais mediático do mundo. Procurámos, durante as aulas, desenvolver a aptidão motora geral e específica para a prática desta modalidade. Contudo, apesar da importância dos aspectos técnico tácticos, também o nosso espírito desportivo foi posto à prova, principalmente ao nível da ajuda e respeito pelo adversário, como se fosse da nossa equipa. Por isto mesmo, o Futebol contribuiu para que crescêssemos como “pessoas”. Elisa, Marta, Patrícia, Sérgio, Virgílio, 1205

Ginástica Acrobática

A Ginástica Acrobática procura, à semelhança da Ginástica Artística, promover a aquisição de habilidades corporais, bem como exigir do discente competências emocionais de esforço, atenção, autodisciplina e perseverança essenciais e transversais no processo ensino aprendizagem.

A Ginástica Acrobática foi uma experiência nova e agradável que enfatizou o espírito de grupo e companheirismo, entre os elementos do nosso grupo de trabalho. Esta temática, para além de melhorar as nossas aptidões motoras, nomeadamente a força, a flexibilidade, a postura corporal, desenvolveu também a nossa criatividade e autonomia, uma vez que o objectivo era criar as nossas coreografias. Ana Isabel, Carlos, Cristiana Barbosa, Cristiana Marlene, Joana, Juliana e Sílvia,1204


O Sonho ... e o Desporto

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A Escalada

Esta matéria de ensino insere-se no âmbito das actividades de exploração da natureza. Na escola, em situação de escalada, procura-se atingir três objectivos: - Que o aluno conheça e utilize o equipamento específico da actividade, bem como identifique as respectivas funções do material que é utilizado para equipar a via de escalada (mosquetões, descensores, cordas e nós); - Que o aluno encontre, ao escalar a via, soluções para ultrapassar os obstáculos que lhe aparecem; - Que aquele que faz segurança, transmita ao colega escalador um sentimento de confiança que lhe permita trepar com segurança. O que torna a escalada tão atraente e empolgante é o desafio que esta proporciona aos seus praticantes. Todos os elementos do grupo, no início, estavam um pouco receosos em praticar esta modalidade, uma vez que esta exigia de nós uma destreza inabitual (trepar uma parede, com várias pegas espalhadas aleatoriamente, de espessuras e tamanhos diferentes). Apesar do objectivo final de chegar ao topo da parede da escalada não ter sido alcançado por nenhum de nós, consideramos que ultrapassámos outras metas, tais como: dar sempre o melhor de nós e, aula após aula, ir sempre mais além. Pelo desafio gerado, estamos agora com saudades de praticar novamente escalada”. Anabela; Michelângelo; Rui; Sara Daniela; Sara Isabel e Vânia,1207

Aptidão Física

Esta área de trabalho é transversal ao longo do ano escolar. Nela treinamos, de uma forma sistemática e progressiva, as capacidades motoras dos alunos. Dada a importância desta área na saúde de uma pessoa, irei elencar, muito sinteticamente, alguns benefícios que advêm da exercitação da capacidade condicional - Força. Durante muitos anos, falar do treino da força num Desporto era sinónimo do treino dos halterofilistas, onde havia uma hipertrofia muscular, em geral, com uma produção de movimentos lentos, pouco flexíveis e, claro está, um modelo de exercícios nada adequado às vivências motoras que necessitamos para o quotidiano. Por estas razões, acreditou-se que os exercícios com pesos não eram aconselháveis. Contudo, a evolução do conhecimento, dentro da área da força, tem vindo a alterar a ideia original sobre esta temática e, actualmente, a ciência considera imperioso treinar esta capacidade. Em termos desportivos, o treino da força permite: aumentar a força muscular; maximizar a velocidade de deslocação; incrementar a explosividade gestual; desenvolver força estrutural para dominar o corpo no contacto com o adversário. Na área da Saúde, a exercitação da força leva-nos a uma melhoria da função cardiovascular e respiratória; diminuição da massa gorda e manutenção ou aumento da massa muscular; aumento da massa óssea e /ou prevenção da sua perda (prevenção da osteoporose); melhoria da função imunitária. Concluindo, um corpo com bons índices de massa muscular é sinónimo de força, o que traduz, de uma maneira geral, saúde.

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O Sonho ... e os Números

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Concurso EQUAmat Equipa do Plano da Matemática II

As Nossas Equipas No dia 28 de Abril, decorreu a fase final do concurso EQUAmat na Universidade de Aveiro, na qual, da Escola D Sancho I, participaram trinta alunos, em equipas de dois elementos, concretizando-se assim mais uma das iniciativas desenvolvidas no âmbito do plano da Matemática II. A prova do EQUAmat está dividida por anos de escolaridade e este ano só inscrevemos alunos dos 7.º, 8.º e 9.º anos. Os participantes, devem superar uma prova constituída por 20 níveis, tendo um tempo limite de 30 minutos, com duas vidas por nível, ganhando a equipa que superar o maior número de provas no menor tempo possível.

A iniciativa foi divulgada aos alunos, tendo sido bem aceite, pois houve muitos interessados em participar. Mas, como segundo o regulamento, só podiam participar 15 equipas de cada escola, os professores do Departamento de Matemática decidiram que os alunos seleccionados deveriam ser aqueles que apresentaram melhores resultados no final do segundo período, e assim aconteceu! Antes do dia da prova, os alunos tinham oportunidade de efectuar treinos on-line, quer individualmente, quer em conjunto, com a sua equipa. No entanto, alguns tiveram dificuldade em instalar o software necessário, nos seus computadores, para se

poderem preparar para a competição, pelo que a oportunidade de treinar ficou reduzida ao espaço escolar, que também foi limitado. Apesar destes contratempos, os nossos alunos ficaram bem posicionados na lista de resultados, que foi divulgada através da Internet, tendo-se revelado muito empenhados. Pelo que pudemos observar e ouvir, os alunos consideraram a experiência positiva, tendo demonstrado interesse e gosto em voltar a participar em próximas edições deste evento. Estão todos de parabéns! Os Nossos Objectivos Esta actividade tinha como principais objectivos promover o gosto pela matemática, promover uma cultura de Qualidade/ Excelência no processo de ensino/aprendizagem, implementar uma cultura de reconhecimento e valorização das boas práticas educativas, reforçar a actuação da Escola como verdadeiro espaço cultural, informativo e cultural, estimular a prática da inovação educacional e desenvolver as condições propiciadoras para a melhoria das relações humanas entre todos os intervenientes no processo educativo. Julgamos que estes objectivos foram plenamente alcançados.

“A Matemática que gira” Equipa do Plano da Matemática II

No dia 27 de Maio, a sub-directora da nossa Escola, Dra. Amélia Figueiredo, entregou o prémio aos três elementos da equipa vencedora do concurso do logótipo alusivo ao tema “Matemática que gira”. Este concurso foi promovido no âmbito do plano da Matemática II e realizado em parceria com a disciplina de Educação Visual, durante o segundo período, concretizando-se, assim, a interdisciplinaridade prevista no currículo escolar. Aqui fica registado o momento em que as alunas da turma 701, Francisca Costa, Francisca Azevedo e Maria João Jerónimo, receberam uma pen-drive, bem como o logótipo vencedor escolhido pelo júri. A partir de agora, sob este lema, este será o símbolo a utilizar em todas as actividades desenvolvidas pelos alunos do ensino básico, pois tudo gira com a Matemática. Esta pode e deve ser vista como uma disciplina gira, quando compreendida e apreciada em toda a sua importância no desenvolvimento da Humanidade, assim como das capacidades e hábitos de trabalho dos alunos.



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