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A morte e a transmigração da alma

O Espírito nunca nasce e nem morre em qualquer tempo; nunca vem a ser ou cessa de existir. Ele é não nascido, eterno, permanente e originário. Ele não se extingue quando o corpo se extingue. (2.20) vedaivNaaiXaNa& iNaTYa & Ya WNaMaJaMaVYaYaMa( ) k-Qa & Sa Pauåz" PaaQaR k&- gaaTaYaiTa hiNTa k-Ma( ))21)) vedävinäçinaà nityaà ya enam ajam avyayam kathaà sa puruñaù pärtha kaà ghätayati hanti kam Ó Arjuna, como pode uma pessoa que pensa que o Espírito é indestrutível, eterno, não nascido e imutável, matar alguém ou fazer com que alguém seja morto? (2.21)

A MORTE E A TRANSMIGRAÇÃO DA ALMA

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vaSaa&iSa Jaq<aaRiNa YaQaa ivhaYaNavaiNa Ga*õaiTa Narae_Parai<a )

TaQaa Xarqrai<a ivhaYa Jaq<NaaNYa(ANYaaiNa Sa & YaaiTa NavaiNa dehq ))22)) väsäàsi jérëäni yathä vihäya naväni gåhëäti naro 'paräëi tathä çaréräëi vihäya jéënäny anyäni saàyäti naväni dehé

Assim como uma pessoa coloca uma nova roupa após desfazer-se das velhas, similarmente, a entidade viva, ou a alma individual,

adquire um novo corpo após jogar fora o velho corpo. (2.22) De modo semelhante a uma lagarta que abandona seu corpo por outro a entidade viva (a alma) obtém um novo corpo após ter abandonado o antigo (BrU 4.4.03). O corpo físico também pode ser comparado com uma prisão, um veículo, uma residência, bem como uma roupa corpórea sutil que necessita ser trocada freqüentemente. Morte é a separação do corpo sutil do corpo físico. A entidade viva é um viajante. A morte não é o final da jornada da entidade viva. A morte é como uma área de des-

canso onde a alma individual troca seu veículo e a jornada continua. A vida é contínua e infinita. A morte inevitável não é fim da vida; é somente o final de algo perecível, o corpo físico. NaENa& i^NdiNTa Xañai<a NaENa& dhiTa Paavk-" ) Na cENa & ©e dYaNTYaaPaae Na XaaezYaiTa MaaåTa" ))23)) nainaà chindanti çasträëi nainaà dahati pävakaù na cainaà kledayanty äpo na çoñayati märutaù AC^eÛae_YaMadaùae_YaMa( A©e Ûae_XaaeZYa Wv c ) iNaTYa" SavRGaTa" SQaa<aur( Acl/ae_Ya& SaNaaTaNa" ))24)) acchedyo 'yam adähyo 'yam akledyo 'çoñya eva ca nityaù sarva-gataù sthäëur acalo 'yaà sanätanaù As armas não podem cortar o Espírito, o fogo não pode queimá-lO, a água não pode molhá-lO, e o vento não pode secá-lO. O Espírito não pode ser cortado, queimado, molhado, ou seco. Ele é eterno, todo penetrante, imutável, imóvel e original. O štma está além do espaço e do tempo. (2.23-24) AVYa¢-ae_YaMaicNTYaae_YaMa( Aivk aYaaeR_YaMauCYaTae ) TaSMaadev& ividTvENa& NaaNauXaaeicTauMahRiSa ))25)) avyakto 'yam acintyo 'yam avikäryo 'yam ucyate tasmäd evaà viditvainaà nänuçocitum arhasi

O Espírito é dito como imperecível, incompreensível, e imutável. Sabendo que o Espírito é como tal você não deve lamentar-se pelo corpo físico. (2.25) No verso anterior, KŠa convidou-nos para não nos aborrecermos sobre o espírito indestrutível. Uma questão pode ser levantada: Deverá alguém lamentar-se pela morte (do corpo destrutível) dos seus familiares de alguma maneira? A resposta sucede-se:

R€m€nanda Pra€d – O Bhagavad-G…t€ AQa c ENa& iNaTYaJaaTa & iNaTYa& va MaNYaSae Ma*TaMa( ) TaQaaiPa Tv& Mahabahae NaENa& XaaeicTauMahRiSa ))26)) atha cainaà nitya-jätaà nityaà vä manyase måtam

tathäpi tvaà mahä-bäho nainaà çocitum arhasi

JaaTaSYa ih Da]uvae Ma*TYaur (Da]uv& JaNMa Ma*TaSYa c ) TaSMaadPairhaYaeR_Qa eR Na Tv& XaaeicTauMahRiSa ))27)) jätasya hi dhruvo måtyur dhruvaà janma måtasya ca tasmäd aparihärye 'rthe na tvaà çocitum arhasi Mesmo se você pensar que o corpo físico nasce e morre perpetuamente, então, Ó Arjuna, você não deve lamentar-se, porque a morte é certa para aquele que nasce, e o nascimento é certo para aquele que morre. Portanto, você não deve lamentar-se sobre a morte inevitável. (2.26-27)

Não se deve lamentar a morte de qualquer um, em todos. A lamentação é devida ao apego, e o apego amarra a alma individual na roda da transmigração. Portanto, as Escrituras sugerem que não se deve enlutar, mas orar por vários dias após a morte do corpo para a salvação da alma que partiu. A inevitabilidade da morte, e a indestrutibilidade da alma, de qualquer forma, não justificam a permissão de matar desnecessariamente numa guerra injusta, ou mesmo o suicídio. As Escrituras Védicas são muito claras neste ponto, a respeito em matar seres humanos ou qualquer outra entidade viva. As Escrituras dizem: Ninguém deve cometer violência contra qualquer um. O matar não autorizado é punível em todas as circunstâncias: uma vida por uma vida. O Senhor KŠa está encorajando Arjuna para lutar – mas não para matar de forma libertina - para estabelecer a paz, a lei e a ordem por sobre a Terra, de acordo com o dever de um guerreiro. AVYa¢-adqiNa >aUTaaiNa VYa¢-MaDYaaiNa >aarTa ) AVYa¢-iNaDaNaaNYaev Ta}a k-a PairdevNaa ))28)) avyaktädéni bhütäni vyakta-madhyäni bhärata avyakta-nidhanäny eva tatra kä paridevanä

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