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O Caminho do Serviço Abnegado

R€m€nanda Pra€d – O Bhagavad-G…t€ AJa uRNa ovac JYaaYaSaq ceTk MaR<aSTae MaTaa buiÖJaRNaadRNa ) TaiTk& k-MaRi<a gaaere Maa& iNaYaaeJaYaiSa ke Xav ))1)) arjuna uväca jyäyasé cet karmaëas te matä buddhir janärdana tat kià karmaëi ghore mäà niyojayasi keçava VYaaiMaé[e<aev vaKYaeNa bu iÖ& MaaehYaSaqv Mae ) Tadek&- vd iNaiêTYa Ya eNa é[eYaae_hMaaPanuYaaMa( ))2)) vyämiçreëeva väkyena buddhià mohayaséva me tad ekaà vada niçcitya yena çreyo 'ham äpnuyäm Arjuna perguntou: se Você diz que adquirir conhecimento é melhor do que agir, então por que quer que eu me ocupe nesta guerra horrível, Ó KŠa? Parece que Você quer confundir a minha mente, aparentemente, por palavras conflitantes. Diga-me, decisivamente, uma coisa pela qual eu possa alcançar o Supremo. (3.01-02) Arjuna estava no modo da ilusão; ele acreditava que o Senhor KŠa pensava numa vida contemplativa melhor do que uma vida de obrigações normais. Algumas pessoas ficam freqüentemente confusas, e que a salvação é possível somente por uma vida devotada ao estudo das Escrituras, contemplação, e aquisição de autoconhecimento. O Senhor KŠa esclarece isto pela menção dos dois maiores caminhos da prática espiritual - dependendo da natureza individual no seguinte verso:

é[q>aGavaNa(ovac l/aeke _iSMaNa( iÜivDaa iNaïa Paura Pa[ae¢-a MaYaaNaga ) jaNaYaaeGaeNa Saa&:YaaNaa& k-MaRYaaeGaeNa YaaeiGaNaaMa( ))3)) çré-bhagavän uväca loke ' smin dvi-vidhä niñöhä purä proktä mayänagha jïäna-yogena säìkhyänäà karma-yogena yoginäm

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O Senhor KŠa disse: neste mundo, através do tempo, Eu tenho declarado um duplo caminho de disciplina espiritual: o caminho do autoconhecimento para os contemplativos, e o caminho do trabalho não-egoísta (desapegado) (Seva, Karmayoga) para todos os

outros. (3.03) “Seva ” ou “Karmayoga ” , significa sacrifício, serviço abnegado, trabalho altruísta, ação meritosa, entregar-se, de algum modo, para os outros. Algumas pessoas, freqüentemente, ficam confusas como Arjuna, e pensam que levar uma vida devotada aos estudos das Escrituras, e contemplação, para aquisição de conhecimento transcendental, talvez seja melhor para o progresso espiritual do que fazer alguma obrigação materialmente. A pessoa realizada em Deus não a considera a si própria como a fazedora de qualquer ação, mas somente um instrumento nas mãos do divino, para Seu uso. Isso favorecerá apontando que ambos conhecimentos, metafísico e serviço abnegado, possuem a intenção de alcançar o Ser Supremo. Estes dois caminhos não são separados, mas complementares. Na vida, a combinação destes dois modos é considerada o melhor. Leve ambos, o serviço abnegado e uma disciplina espiritual de aquisição de autoconhecimento com você, como citado nos seguintes versos: Na k-MaR<aaMaNaarM>aaNa(NaEZk-MYa| Pauåzae_énuTae ) Na c SaNNYaSaNaadev iSaiÖ&SaMaiDaGaC^iTa ))4)) na karmaëäm anärambhän naiñkarmyaà puruño 'çnute na ca sannyasanäd eva siddhiàsamadhigacchati Na ih k-iêT+a<aMaiPa JaaTau iTaïTYak-MaRk* Ta( ) k-aYaRTae ùvXa" k-MaR SavR" Pa[k*-iTaJaEGauR<aE" ))5)) na hi kaçcit kñaëam api jätu tiñöhaty akarma-kåt käryate hy avaçaù karma sarvaù prakåti-jair guëaiù Não se alcança a liberdade do cativeiro do Karma pela simples abstenção do trabalho. Ninguém alcança a perfeição meramente abandonando o trabalho, porque ninguém pode ficar sem ação, mesmo por

um momento. Tudo no universo é dirigido pela ação – realmente não tem saída – pelas forças da natureza. (3.04-05) Não é possível, para qualquer um, abandonar por completo as ações por pensamento, palavras e obras. Portanto, deve-se sempre estar ativo em serviço ao Senhor, pelos vários meios que se escolher, e jamais ficar sem trabalho, porque a mente vazia é a fábrica do diabo. Executar as ações até a morte, sem o desejo da mente é melhor que abandonar o trabalho e conduzir a vida como um asceta, mesmo após a realização em Deus, porque mesmo um asceta não pode fugir da pulsação da ação. k-Ma eRiNd]Yaai<a Sa&YaMYa Ya AaSTae MaNaSaa SMarNa( ) wiNd]YaaQaaRNa( ivMaU!aTMaa iMaQYaacar" Sa oCYaTae ))6)) karmendriyäëi saàyamya ya äste manasä smaran indriyärthän vimüòhätmä mithyäcäraù sa ucyate Qualquer um que refreie os sentidos, mas, que mentalmente pensa nos prazeres sensoriais é chamado de embusteiro. (3.06) O crescimento de uma pessoa provém do trabalho generoso, mais que da existência desse trabalho ou da prática do controle dos sentidos, antes dessa pessoa estar naturalmente pronta para isso. Trazer a mente sob controle é difícil, e a vida espiritual transformase numa zombaria sem comando sobre os sentidos. Os desejos podem tornar-se dormentes e, então, voltarem à tona trazendo problemas, como uma pessoa dormindo que acorda devido ao passar to tempo. As quatro metas da vida humana – fazer as obrigações, acumular riquezas, gozo material e sensual, e alcance da salvação – foram designadas na tradição Védica, para o natural e sistemático crescimento individual e do progresso da sociedade. O sucesso na vida espiritual não chega prematuramente vestindo roupas açafrão, por manter um A rama ou meio de vida, sem primeiro conquistar os seis inimigos: luxúria, ira, ambição, orgulho, apego e inveja. É dito que semelhante embusteiro (que pelo gozo dos sentidos diz os controlar) faz um grande desserviço para Deus, sociedade e para si mesmo, e

tornar-se privado de felicidade neste e no outro mundo (BP 11.18.4041). Um monge fingido é considerado pecaminoso e um destruidor da ordem de vida ascética.

POR QUE ALGUÉM DEVE SERVIR AOS OUTROS

YaiSTviNd]Yaai<a MaNaSaa iNaYaMYaar>aTae_JauRNa ) k-Ma eRiNd]YaE" k MaRYaaeGaMa(ASa¢-" Sa iviXaZYaTae ))7)) yas tv indriyäëi manasä niyamyärabhate 'rjuna karmendriyaiù karma-yogam asaktaù sa viçiñyate

Aquele que controla os sentidos – pela educação e purificação da mente e do intelecto – e que ocupa os órgãos dos sentidos e as

ações no serviço abnegado é considerado superior. (3.07) iNaYaTa& ku-å k-MaR Tv& k MaR JYaaYaae ùk Ma R<a" ) XarqrYaa}aaiPa c Tae Na Pa[iSaÖyedk-MaR<ah( ))8)) niyataà kuru karma tvaà karma jyäyo hy akarmaëaù çaréra-yäträpi ca te na prasiddhyed akarmaëah Execute suas obrigações porque o trabalhar é, deveras, melhor do que cruzar os braços. Mesmo a manutenção do seu corpo seria impossível sem trabalho. (3.08) YajaQaaRTk-MaR<aae_NYa}a l/aek-ae_Ya& k-MaRbNDaNa" ) TadQa | k-MaR k-aENTaeYa Mau¢-Sa®" SaMaacr ))9)) yajïärthät karmaëo 'nyatra loko 'yaà karma-bandhanaù tad-arthaà karma kaunteya mukta-saìgaù samäcara

Os seres humanos são limitados pelo trabalho (Karma) que não é realizado como serviço abnegado (Seva, Yajña). Portanto, tornese livre do apego egoísta aos frutos do trabalho, fazendo suas obrigações eficientemente como um serviço para Deus, para o

bem da humanidade. (3.09)

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