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Seti I (1293-1279 a.Cb

Os objetivos que Horemheb perseguia com ajuda dos “asiáticos” eram a centralização do poder, o fomento da vida econômica e a segurança da fronteira norte. 23 Para isso, Horemheb podia reportar-se a uma tradição da 13ª dinastia (1785-1650 a.C.). Daquele tempo preservou-se um papiro com uma lista de 95 pessoas da terra e 48 “asiáticos”. 24 Como Horemheb acreditava não poder confiar o prosseguimento das suas reformas a ninguém do círculo de sacerdotes intrigantes de Tebas nem a nenhum longínquo parente real, ele designou Paramessu, o futuro Ramsés I, como seu sucessor.

Com Ramsés I começou o novo período Raméssida. 25 Em Êxodo, a tomada do poder por essa nova linhagem de soberanos, que inclui toda a 19ª e a 20ª dinastia, é caracterizada com as palavras: Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José (Êx 1.8).

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b) Seti I (1293-1279 a.C.)

Quando Ramsés I morreu após um governo de pouco menos de dois anos, o governo passou para seu filho, Seti I, de acordo com o processo natural de hereditariedade. É provável que Seti I já fosse corregente nos tempos do seu idoso pai, e tivesse plena consciência do novo começo na história do Egito empreendido por seu pai. Orgulhosamente acrescentou às datações dos seus primeiros anos de governo designações como “início da infinitude”, “início da eternidade” e “renovação do nascimento”. Essas expressões representam a “enfática marca do início de uma nova época”. 26

Uma das novidades do seu programa político foi a transferência da capital do reino para a parte norte do país, na região das localidades modernas de Qantir, Sama’na, Tell el-Dab’a e Chata’na, a cerca de 100 km do Cairo. 27

A faixa de terra que agora entra em foco era a parte oriental do delta do Nilo, a terra de Gósen. Ali – como em toda parte do território egípcio – os descendentes de Jacó viviam como colonos livres e independentes.

Isso acabou então. O povo de Israel foi recrutado para serviços em obras públicas, sem ser pago por isso 28 . Esse trabalho forçado era uma espécie de imposto 29 de um tipo que não podia ser pago em dinheiro, mas tinha que ser liquidado por meio de trabalho. 30 O termo técnico para essa contundente “piora das condições de vida” 31 é

servidão ou serviço de carregador (cf. Êx 1.11s).

A afirmação de que os descendentes de Jacó foram requisitados à força para a construção das cidades-celeiros de Pitom e Ramessés (Êx 1.11) é um “fragmento histórico”. 32 A notícia da construção de Pitom e Ramessés é a “mais importante informação geográfica” em Êxodo, porque disponibiliza “material concreto e historicamente convincente” 33 , permitindo, assim, a localização e datação da servidão dos descendentes de Jacó. 34 O

volume das obras logo acirrou a servidão (Êx 1.13s). Na área de escavações de Qantir encontrou-se grande número de muros de adobe. Com espessura de 2,10 m, esses muros

Cf. Friedel, pg. 309. Cf. Herrmann, Mose, pg. 306. Cf. Otto, Ägypten, pg. 167-169. Idem pg. 170. Cf. Pusch, Pi-Ramesse, pg. 126. Cf. Hertz (ed.), pg. 207. Cf. Hirsch, Exodus, pg. 7. Cf. Leibowitz, pg. 26. Holzinger, pg. 2. Gressmann; citado segundo Schmidt, Sinai und Mose, pg. 26. Herrmann, Geschichte, pg. 87s. Cf. Schmidt, Sinai und Mose, pg. 26.

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