#3 Newsletter ACeS Espinho/Gaia

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#3 Newsletter ACeS Espinho/Gaia Editorial Edição 3 Saúde do Adulto Outubro de 2018

O objetivo da newsletter é contribuir para a partilha de experiências e conhecimentos, de forma a promover uma melhor comunicação e articulação interna e o enriquecimento de todos os profissionais. Após o sucesso da primeira edição da newsletter do ACeS Espinho/Gaia, reforça-se a iniciativa de manter uma newsletter com uma periodicidade trimestral, partilhandose agora a 3ª edição, agradecendo-se os inúmeros contributos de qualidade enviados pelas várias unidades funcionais e colaboradores do ACeS. Nesta 3ª edição da newsletter poderão encontrar os seguintes artigos: 1. Qualidade e Segurança – uma cultura efetiva para todos os nossos utilizadores – Comissão de Qualidade e Segurança ACES Espinho/Gaia 2. Plano Local de Saúde – USP Espinho/Gaia 3. Prevenção de Quedas nos idosos – Projeto “+Fisio” – USF Canelas 4. Projeto Espaço ao Cuidador – UCC Arcozelo/Espinho 5. Caminhada da USF Aguda 2018 – USF Aguda 6. Acupuntura na prática clínica – USF Canelas


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Qualidade e Segurança - Uma Cultura efetiva para todos os nossos utilizadores “... os mecanismos que as instituições de saúde e os seus profissionais terão que utilizar para assegurar que os cuidados de saúde que prestam aos cidadãos respondem aos critérios da qualidade definidos pelo Departamento da Qualidade na Saúde.” Despacho n.º 3635/20131 As políticas de saúde em Portugal, nos últimos 30 anos produziram várias mudanças. As ofertas de cuidados de saúde têm sofrido grandes transformações influenciadas por diversos tipos de agentes2. O sistema de saúde resulta de um processo evolutivo de aperfeiçoamento constante influenciado por determinantes, sendo que estes não derivam apenas das decisões governamentais, mas também da participação e adesão das forças envolvidas, sobressaindo os profissionais de saúde e os cidadãos. A par desta evolução, a qualidade em saúde tem vindo a merecer uma crescente e prioritária atenção, à semelhança do que acontece na atividade económica. O próprio conceito evoluiu, na direção da satisfação dos indivíduos ou populações, surgindo os conceitos de qualidade e satisfação do cliente/utente, cada vez mais interligados3. Para a governação da saúde, o desafio centra-se em conseguir compatibilizar a promoção e a proteção da saúde das pessoas, daí que, a aposta na centralidade do cidadão, no contexto da sociedade do conhecimento e da inovação e na gestão de mudança nos sistemas de saúde, tenha sido a tónica das últimas décadas4. Na atualidade, constata-se que os utentes em geral ambicionam (sendo mesmo um direito fundamental de todo o cidadão) o acesso a cuidados de saúde de qualidade, em todos os seus níveis. Os serviços de saúde, reconhecendo-lhes legitimidade para tal exigência, respondem a esta nova exigência com a adequação dos seus recursos físicos, formação dos seus profissionais e alinhamento das suas políticas de saúde. A qualidade em saúde engloba questões bastante amplas pelo que devemos ter presente, alguns componentes importantes inerentes à própria saúde, tais como: acessibilidade, eficácia, eficiência e oportunidade. Assim sendo, a qualidade não pode ser avaliada ou julgada apenas em termos técnicos pelos profissionais de saúde, é necessário reconhecer preferências individuais e sociais, procurando equacioná-las na garantia de equidade. No setor da saúde, a qualidade deixou de ser uma condição opcional e tornou-se uma prioridade, uma exigência e um requisito de grande importância na gestão das instituições de saúde, representando a sua responsabilidade, a sua ética e o seu respeito pelos utentes/clientes que a elas recorrem. Desta forma, este paradigma implica a adequação dos cuidados de saúde às necessidades e expectativas do cidadão imperando o melhor desempenho desejável, de todos os profissionais.

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Diário da República, 2.ª série — N.º 47 — 7 de março de 2013- Despacho n.º 3635/2013

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Barros, P. P. (2009). Economia da saúde: Conceitos e comportamentos (2ª ed.). Lisboa: Almedina

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Direcção Geral da Saúde. (1999). Instrumentos para a melhoria contínua da qualidade. Lisboa: Direcção Geral da Saúde 4

Barros, P. P. e Simões, J. A. (2007). Portugal: Health system review. Health Systems in Transition, 9, 1-163. Recuperado em 6 de Maio de 2001, em http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0004/107842/E90670.pdf.


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A qualidade e os serviços de qualidade são sem dúvida um pilar fundamental de qualquer setor de atividade. Em todas essas áreas dizemos que não basta que uma organização esteja provida de requisitos da qualidade, é necessário que esses requisitos estejam disponíveis e que possam ser utilizadas na sua melhor potencialidade, ou seja, com qualidade. Nesses termos, qualidade pode ser entendida como confiabilidade. Uma das características mais importantes das organizações de elevada fiabilidade é a preocupação comum da organização na possibilidade de falhar, ou seja deve estabelecer-se como assente que se cometem erros, daí a necessidade de formar os profissionais para saberem reconhecer e recuperar esses erros5. A Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde e Portugal, tem como prioridade a Segurança do doente. Neste sentido, as políticas nacionais para a qualidade e segurança no sistema de saúde, direcionam-se, a nível nacional, para ações vocacionadas para o desenvolvimento de intervenções de melhoria na cultura de segurança e monitorização a evolução das mesmas. A cultura de segurança de uma organização é o produto de valores individuais e de grupo, atitudes, perceções, competências e padrões de comportamento que determinam o compromisso com a segurança, e o estilo e competência da gestão da segurança de uma organização de saúde (OMS, 2009)6. É necessário que as instituições de saúde e todos os profissionais de saúde tenham perfeito conhecimento de todos os aspetos da cultura de segurança organizacional, imprescindíveis para a implementação de medidas eficazes que visem evitar e prevenir erros e incidentes que ocorrem na prestação de cuidados de saúde aos doentes. Pelo exposto, assiste-se a que a qualidade, está de facto, ligada à segurança; na verdade, não existirá qualidade sem segurança, sendo que a Segurança do Doente é considerada a nível mundial um grave problema de saúde pública 7. Os eventos adversos associados aos cuidados de saúde causam anualmente grande morbilidade e mortalidade evitáveis e podem ocorrer em todo o tipo e diferenciação de unidades de saúde, com destaque para as infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS), quedas e outros eventos preveníeis. Esta realidade representa para a sociedade elevados encargos, incluindo maior utilização dos cuidados de saúde, perda de rendimento, aumento de absentismo ao trabalho e diminuição da qualidade de vida (National Quality Forum, 20158; Recomendação do Conselho da União Europeia, 20099). Com a publicação do Despacho nº 3635/2013, cada ACeS deve criar uma Comissão da Qualidade e Segurança (CQS), para assegurar a promoção, monitorização, facilitação e integração das orientações definidas, anualmente, pelo Departamento da

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Reason, J. (2000). Human error: models and management. BMJ : British Medical Journal, 320(7237), 768–770.

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União Europeia. Recomendação do Conselho, de 9 de junho de 1999, sobre a segurança dos pacientes, incluindo a prevenção e o controlo de infeções associadas aos cuidados de saúde. Jornal Oficial da União Europeia, 2009 7 World Health OrganizationPatient safety study: Rapid assessment methods forestimating hazards: Report of a WHO working group meeting,WHO, Geneva (2002). 8

NQF: Patient Safety 2015; disponível em: http://www.qualityforum.org/Patient_Safety_2015.aspx EUR-Lex - 32009H0703(01) - EN - EUR-Lex - Europa EU; disponível em: https://eur-lex.europa.eu/legalcontent/PT/TXT/?uri=CELEX%3A32009H0703%2801%29 9


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Qualidade na Saúde da Direção Geral de Saúde e que se enquadram na Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde 2015-202010. Por forma a promover uma decisão informada e facilitar a implementação das ações necessárias sobre as matérias em causa, integram esta Comissão da Qualidade e Segurança Espinho-Gaia (CQSEG), elementos de algumas áreas do ACeS, com diferentes intervenções no domínio da Qualidade e Segurança do utente: • PPCIRA – Enf. Cândida Santos • Núcleo da Segurança do Doente – Enf. Telma • Saúde Pública – Dra Helena Amorim • Gabinetes do utente e do cidadão: Dra Leopoldina Gomes • Representantes das UF: médico, enfermeiro e secretário clinico: Dra Helena Milheiro, Enf Rui Cardeira, SC Sandra Pereira • Equipa Local de Acompanhamento (ELA) – Dr. Jorge Vinagre O Presidente da CQSEG, nomeado pela ARS Norte, é o Dr. Silva Henriques. A Comissão da Qualidade e Segurança do ACeS Espinho-Gaia (CQSEG) reúne pelo menos mensalmente e compromete-se a operacionalizar a implementação da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde em conjunto com a imprescindível e preciosa colaboração de todas as unidades funcionais do ACeS.

Comissão de Qualidade e Segurança ACeS Espinho/Gaia

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ESTRATÉGIA NACIONAL PARA A QUALIDADE NA SAÚDE 2015 – 2020; disponível em: file:///C:/Users/Enf%20Isabel%20Silva/Documents/Downloads/i021567.pdf


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Plano Local de Saúde No âmbito do Plano Local de Saúde (PLS) 2017-2020 do ACeS Grande Porto VIII - Espinho/Gaia foram definidas como problemas de saúde prioritários: 1) Acidente Vascular Cerebral 2) Perturbações Depressivas 3) Tumor Maligno do Cólon e Reto 4) Enfarte Agudo do Miocárdio 5) Tumor Maligno da Traqueia, Brônquios e Pulmão 6) Diabetes. A intervenção sobre os determinantes de saúde relativos a problemas, como por exemplo obesidade, abuso de tabaco, hipertensão ou atividade física, será uma forma importante de contribuir para a obtenção de ganhos em saúde relacionados com estes problemas. Na sequência da avaliação intercalar do PLS 2017-2020, e através da reutilização de indicadores contratualizados e disponíveis através do Sistema de Monitorização da Administração Regional de Saúde (SIARS) foram abstraídos e sumariados dados entre 2014 a 2017. O acompanhamento das grávidas tem sido mais adequado. Houve uma diminuição da proporção de turmas abrangidas no âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar. No que concerne aos hábitos tabágicos, existe um maior registo, mas uma menor proporção de fumadores com consulta relacionada com hábitos tabágicos. Há um menor registo dos hábitos alcoólicos. Por outro lado, o registo do rastreio do cancro colo-rectal tem aumentado. Relativamente aos indicadores relacionados com Diabetes Mellitus (DM) denota-se uma diminuição geral da vigilância e/ou registo de vigilância destes doentes, bem como um aparente agravamento do controlo dos doentes (através dos indicadores de HgbA1c – apenas 1 em 3 indicadores mostrou uma melhoria), apesar de uma maior proporção de doentes com indicação para insulinoterapia em terapêutica adequada e de um melhor controlo da hipertensão e dislipidemia nestes doentes. Também existiu um aumento da proporção de doentes em monoterapia com metformina, bem como um maior estudo de risco de DM. Quanto à hipertensão arterial os indicadores também mostram uma diminuição quer no acompanhamento quer no controlo dos doentes hipertensos. A prescrição prolongada de ansiolíticos, sedativos ou hipnóticos em idosos tem vindo a diminuir. Em conclusão, nem todas as áreas definidas como prioritárias no ACeS Grande Porto VIII - Espinho/Gaia estão a ter uma melhoria dos indicadores analisados. Assim, projetos de investigação e intervenção nestas áreas poderão ser um contributo essencial para uma melhoria nestas áreas prioritárias e na promoção da saúde na população abrangida pelo nosso ACeS.

Equipa de Planeamento em Saúde


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Prevenção de quedas nos idosos – projeto “+Fisio” As quedas nos idosos, que facilmente provocam fraturas e TCE, são uma queixa muito frequente nos serviços de saúde. De facto, sabemos que 88% dos acidentes domésticos e de lazer na população com mais de 75 anos se devem a quedas (Portugal, 2010), com as consequências que delas advém como sejam a imobilidade, dependência e mesmo a morte em alguns casos. Assim, a prevenção primária das próprias quedas reveste-se da maior importância na manutenção do envelhecimento ativo e saudável. Então, porque continuamos a aceitar que a diminuição do tónus muscular, do equilíbrio e da densidade óssea são alterações fisiológicas obrigatórias do envelhecimento em vez de uma consequência que devemos tentar ultrapassar? Porque nos esquecemos do papel dos CSP de fornecer à população os instrumentos e conhecimentos necessários para que os utentes possam cuidar da sua saúde e prevenir eventos futuros? A verdade é que não conseguimos encontrar tempo no meio do ajuste terapêutico e da abordagem dos problemas agudos para explicar ao utente como organizar o ambiente domiciliário de forma a reduzir o risco de acidentes. Podemos reforçar a importância do exercício físico, mas temos tempo para ajustar o tipo de exercícios ao doente à nossa frente? Idealmente teriamos uma equipa multidisciplinar de fisioterapia e nutrição para um apoio mais individualizado e adequado, um sonho distante parece-me. Há que encontrar soluções. Nesse sentido, a USF Canelas, em parceria com a Junta de Freguesia de Canelas e a equipa de fisioterapia da Ibero Life, Lda, desde Fevereiro que proporciona aos seus utentes um programa de fisioterapia com este objetivo. Através de 2 sessões de 1 hora por semana, os utentes são convidados a participar em exercícios que pretendem aumentar a força dos membros inferiores, o equilíbrio estático e dinâmico, a mobilidade funcional e a velocidade de marcha. Embora ainda não tenha sido concluído o estudo da diminuição do risco de queda desta população que beneficia do programa, o feedback atual dos utentes e profissionais da USF é bastante positivo, pelo que nos parece que será uma iniciativa com sucesso, para se manter e eventualmente ser replicada. Luciana Almeida, Médica Interna de Medicina Geral e Familiar USF Canelas lmalmeida@arsnorte.min-saude.pt


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Projeto Espaço ao Cuidador

Os cuidados de saúde primários têm como objetivo primordial a melhoria do nível de saúde da população da sua área geográfica. À crise financeira, ao envelhecimento da população, associa-se a perda de princípios básicos da vida, a nível de responsabilidade social. Cuidar de um familiar deve ser uma responsabilidade presente, que deve estar acima de interesses de satisfação pessoal ou conveniências. Esta prestação de cuidados só pode ser efetiva e eficiente, se os cuidadores se encontrarem capazes no seu contexto global (contexto físico, emocional, espiritual, psicológico e formativo) e possam contar com acompanhamento dos profissionais de saúde. A UCC Arcozelo/Espinho pretende ser uma equipa presente na sua área de intervenção, com responsabilidade nos fatores que sejam as necessidades da sua população. Neste sentido, e tendo por base o aumento do Índice de Dependência de Idosos entre 2011 e 2016 (de acordo com dados do INE consultados a 09/04/2018: Espinho sofreu um aumento de 29,6% para 37,6% e Vila Nova de Gaia de 21,8% para 26,3%), foi reelaborado o projeto “Espaço ao Cuidador” com o objetivo de ser um espaço de formação, partilha de experiências, expressão de dificuldades e emoções, compreensão e apoio aos que assumem a responsabilidade de cuidar, sejam cuidadores informais ou cuidadores formais. O projeto “Espaço ao Cuidador” tem por objetivos:
 • Desenvolver estratégias, junto dos cuidadores informais da área de abrangência da UCC, para a aquisição de competências nas diversas áreas de atuação; • Dar a conhecer os recursos existentes na comunidade, potenciando-os; • Capacitar os cuidadores para a manutenção da sua estabilidade bio/psico/social/emocional.
 Para os atingirmos contamos com a equipa multidisciplinar (enfermeiros, médico, assistente técnica, assistente social, psicólogo e nutricionista) da UCC e URAP. População Alvo Todos os cuidadores informais inscritos e/ou residentes na área de influência da UCC Arcozelo / Espinho. Durante o ano de 2017 teve as seguintes características: • Realizados 3 grupos no polo de Arcozelo e 3 grupos no polo de Espinho; 
 • Cada grupo foi alvo de 10 sessões distribuídas por 10 semanas consecutivas, com 1 sessão por semana, no polo de Arcozelo às segundas feiras das 14:30 às 16:00 e no polo de Espinho às terças feiras das 14:30 às 16:00. 
 • Foram aplicados: o Instrumento de avaliação da sobrecarga: Escala da sobrecarga do cuidador (SEQUEIRA, C; 2007); o Documento para avaliação do conhecimento e para recolha de dados do cuidador e da pessoa dependente (elaborado com referência a conhecimento científico existente); o Instrumento de avaliação da satisfação.
 Todos estes instrumentos foram aplicados na primeira e na última sessão do grupo de sessões; • No decorrer de cada grupo de sessões foi sendo elaborado em conjunto com os cuidadores, um Manual do Cuidador, para servir, após o término das sessões, de guia orientador para o mesmo. Pretendeu-se com esta abordagem conseguir uma maior responsabilização e envolvimento por parte do cuidador, dando-lhe espaço para falar da sua experiência, podendo contribuir para o esclarecimento de dúvidas existentes e consequente


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melhoria do documento, com o sentimento de pertença. Relativamente aos indicadores e metas obtivemos os seguintes resultados: • Percentagem de cuidadores referenciados que participaram do projeto com ganhos em conhecimentos no âmbito do Cuidar – 25% 
 • Percentagem de cuidadores que participaram no projeto com redução de sintomatologia psicológica – 44% 
 • Taxa de satisfação com o acompanhamento no projeto Espaço ao cuidador – 100% satisfeito ou muito satisfeito. Segundo a Plataforma Saúde em Diálogo “Urge aumentar a Literacia – capacitar o doente e o cuidador para compreenderem a informação, construírem valores e exercerem autonomia”, acompanhando a evolução demográfica da sociedade. 
 Aguardamos a vossa referenciação! Selena Rocha, Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico Cirúrgica UCC Arcozelo/Espinho


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Caminhada da USF Aguda 2018 No âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, a USF aguda acredita ser essencial o desenvolvimento de um conjunto alargado de atividades orientadas para o incentivo à prática regular da atividade física e diminuição do sedentarismo. Seguindo esse padrão, esta unidade desenvolve anualmente a “Caminhada da USF AGUDA” para promover a atividade física e, sempre que possível, utilizar a unidade como espaço de intervenção. Além das principais orientações, serão abordados temas como o aquecimento e o alongamento, antes e depois da atividade física, o calçado e o vestuário adequados, a alimentação e a importância da hidratação durante a atividade. A USF procura estimular a interação direta com os utentes, fornecer informação sobre os benefícios da atividade física e recomendações para a sua prática, bem como sugerir exercícios e aconselhar espaços públicos a utilizar. Estes benefícios serão evidenciados para os diferentes grupos e pessoas, considerando nomeadamente, a idade, a condição de saúde (doenças crónicas e comorbilidades) e o contexto socioeconómico em que estão inseridos. A estreita relação que existe entre o profissional de saúde e o utente potencia estratégias para o trabalho desta equipa multidisciplinar e intersetorial no aconselhamento de estilos de vida saudável. Esta iniciativa, ancorada nos vários anos de experiência, decorre da vontade de melhorar o acompanhamento ao nível local nos Cuidados de Saúde Primários e, assim, tornar esta experiência mais apetecível para os nossos utentes. USF Aguda | Usf.aguda@arsnorte.min-saude.pt


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Acupuntura na prática clínica No passado dia 8 de junho decorreu, na Unidade de Saúde Familiar (USF) Canelas, o Workshop “Acupuntura Médica”. Este foi promovido pelo Núcleo de Formação do ACeS Espinho-Gaia e teve como formadoras a Dra. Ana Rita Mourão, médica especialista em Medicina Geral e Familiar (MGF) e a Dra. Joana Relva, médica interna de MGF, ambas pós- graduadas em Acupuntura Médica e médicas na USF. A organização do mesmo ficou a cargo da Dra. Isabel Amorim, também médica interna desta Unidade e elemento pertencente ao Núcleo de Formação. Assim, a USF Canelas acolheu médicos internos e especialistas e enfermeiros dos Cuidados de Saúde Primários do ACeS e de outros da região Norte que demonstraram interesse em querer saber um pouco mais acerca desta técnica terapêutica.
O Workshop foi constituído por duas partes. A primeira parte correspondeu à componente teórica, em que as formadoras começaram por contextualizar a importância da Acupuntura Médica enquanto técnica terapêutica, informando que é uma Competência Médica reconhecida pela Ordem dos Médicos. Foram abordados as indicações, contraindicações, procedimentos para a prática segura, mecanismos de ação e possíveis efeitos adversos da Acupuntura. A segunda metade da sessão teve um cariz prático, em que os próprios participantes serviram de modelos para a Dra. Ana Rita e a Dra. Joana exemplificarem as técnicas de forma orientada aos diferentes problemas apresentados pelos intervenientes. A sessão foi pautada pela interatividade entre as formadoras e os formandos, os quais tiveram oportunidade para esclarecer inúmeras dúvidas e participarem ativamente ao longo de duas horas de workshop. A formação terminou com um pequeno lanche-convívio, dando-se continuidade à troca de experiências e conhecimentos entre todos os intervenientes.
Por conseguinte, a dinamização desta sessão clínica poderá representar um pequeno avanço no sentido de se divulgar a prática de Acupuntura Médica por profissionais capacitados e treinados e, possivelmente, a instituição desta prática no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente a nível dos Cuidados de Saúde Primários, oferecendo, assim, mais uma opção terapêutica aos utentes. Joana Magna Oliveira Relva, USF Canelas jmorelva@arsnorte.min-saude.pt Isabel Ferreira Amorim, USF Canelas icamorim@arsnorte.min-saude.pt


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Ficha Técnica A Newsletter ACeS Espinho/Gaia pretende ser uma ferramenta de comunicação interna e externa do ACeS, que pretende partilhar e divulgar os projetos e atividades realizadas nas várias unidades funcionais. Submissão de artigos para a próxima edição: A próxima edição da Newsletter terá como tema central a Saúde do Idoso, não sendo, no entanto, excluídos artigos de outro âmbito. Todos os interessados deverão enviar os seus artigos para o e-mail aces.espinhogaia@arsnorte.min-saude.pt até ao dia 25 de Novembro, de acordo com a seguinte estrutura: 1. 2. 3. 4.

Título Nome do(s) autor(es) da notícia, local de trabalho e contacto de e-mail; Fotografia; Texto, com máximo de 350 palavras.

Contamos com a vossa colaboração! Grupo de trabalho para Newsletter ACeS Espinho/Gaia: • • • •

Ilda Maradeia Caetano, representante do CCS Maria João Paiva Teles, USF Boa Nova Sofia Rocha, USP Diogo Silva, USP

Em caso de dúvida ou necessidade de contacto: aces.espinhogaia@arsnorte.min-saude.pt


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