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intervenção na cidade gráfica
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Universidade Catรณlica de Pernambuco - UNICAP Arquitetura e Urbanismo Disciplina Expressรฃo Grรกfica Profs. Lula Marcondes e Diego Inglez de Souza 2018.1
O projeto ‘Intervenção na Cidade Gráfica’ surgiu como um meio de aplicar na realidade os conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina ‘Expressão Gráfica na Arquitetura’ ministrada no 3° período do curso de Arquitetura e Urbanismo pelos professores Diego Inglez de Souza e Lula Marcondes. A partir das experiências desenvolvidas nos semestres anteriores com o exercício ‘Meus Lugares - Pequeno Tratado do Imaginário Afetivo da Cidade’, em que os alunos escolhiam bairros, ruas ou praças da Região metropolitana do Recife para desenvolver campanhas de valorização e (re)conhecimento da cidade, solicitamos aos alunos que procurassem eleger uma problemática no entorno que os cerca e intervir nesta realidade de modo a transformá-la, colaborando com a promoção e melhoria de estabelecimentos comerciais e de serviços populares. A ideia foi levar à um público que normalmente não acessa o mercado formal de design as ferramentas e recursos gráficos no sentido de melhorar a comunicação visual de seus empreendimentos. Ao incitar os alunos a oferecer seus serviços para clientes reais, resolvendo problemas cotidianos através dos recursos da comunicação visual, do design gráfico e das artes como um todo, proporcionamos aos mesmos uma tomada de consciência com relação ao mundo contemporâneo, a cidade em que vivem, o campo profissional que escolheram e os desafios que destas condições decorrem. Os resultados falam por si só.
Maria do Maria do beco Beco Gabriela Cabral Giovanna Beltrão Hana Gouveia Rafaela Black Thalita Brasileiro Yuri Paes
Neo do Neo do Camarão Camarão
Artemis Artemis Nicolly Falcão Paloma Tabosa Gabriella Figueiroa Larissa Figueiredo Natiany Gayão
Geraldo Sapateiro Geraldo Sapateiro (azul marinho, c
Josué Pelúcias Josué Pelúcias Beatriz Medeiros Beatriz Sousa Giulia Lemos Eduarda Moreno Talyssa Avort
Julia Vasconcelos Lizandra Lourrainy Luciana Duarte Marcela Campos Maria Paula Gomes Thaís Costa
Grupo Partilhar Grupo partilhar
Esquina das Flores Amanda Muniz Antônio Novaes Camila Carvalho Letícia Peccolo Maria Clara Lustosa
Luiza Queiroz Emanuela Bezerra Gabriela Almeida Nathália Pasini Thalita Moura
Julio RochaArtesão Artesão Julio Rocha - #DBB970
Chá-mate Brasília Chá-mate Brasília Bianca Oliveira Lucas Lisboa Pedro Delgado Vanessa Brito Victória Sousa
Beatriz Sobral Bruno Tinoco Luciana Lima Tiago Austrogésio
Luiza Seara Mylena Hidalgo Vitória Lucena
Índice Maria do Beco 8
Artemis 12
Josué Pelúcias 16
Chá-mate Brasília 20
Esquina das Flores 24
Neo do Camarão 28
Geraldo Sapateiro 32
Julio Rocha Artesão 36
Grupo Partilhar 40
Maria das Marias, Maria de Timbaúba,
Maria do Beco
Quem é essa Maria? Nascida em Timbaúba, e vivendo em Recife há 13 anos, dona Maria ou Maria do Beco (denominação criada pelos frequentadores do beco), como muitas Marias, veio para cidade grande trabalhar em casa de família. Após alguns anos e com muito esfor ço, junto de seu marido, conquistou seu próprio comércio (ponto de venda de água mineral) ,na Rua Olímpia, Bairro de Santo Amaro, da cidade do Recife. Aos poucos, e segundo suas pala vras, “por ser uma mulher desenro lada”, conseguiu estabelecer uma mercearia, o seu orgulho de domin go a domingo.
Onde fica esse beco? Segundo Lefebvre, “A cidade é uma mediação entre mediações”, são vivências que podem e devem se encontrar para o enriquecimento de uma cidade. Partindo dessa ideia, questionou-se que beco era aquele que todos os dias os pedestres passam e não “reparam”. A rua da Olímpia, segundo as pala vras da cabeleireira Ivanete, que mora e trabalha há 30 anos na região, sempre foi uma rua sem saída, contudo, transformou-se ao passar dos anos de uma rua residên cias, a uma rua de comércios popu lares. Foi chamada pelos locais como beco largo por um tempo, depois com o crescimento de vida universitária ao redor, de beco do vinho, ponto de encontro estudantil e, hoje, simples mente beco da Olímpia.
-
“De repente coloquei uma prateleirazinha de coisa, depois fui comprando e aumentando e deu certo, mas depois o negócio aqui do lado queimou tudo que era meu, aí eu comecei tudo de novo, e graças a Deus deu tudo certo”.
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-
-
-
Chá-Mate Brasília Mariado doBeco Beco Maria Grupo: Gabriela Cabral Giovanna Beltrão Hana Gouveia Thalita Brasileiro Rafaela Black Yuri Paes Local: Beco da Olímpia Bairro de Santo Amaro
-
ipe equ a d &b op s). t o sto af o ta! r r a p pre os o n a ç r d a ca bor esp (fo rar i t e s. r Ob
Dona Maria e o beco Força da mulher do interior, resili ência, trabalho de domingo a domingo, são alguns itens que se pode encontrar entre pães, cereais, laticínios na mercearia Maria do Beco. Em razão desta riqueza, e do fato de que muitos estudantes, funcio nários e professores da unicap, passam todos os dias pelo beco mas não o percebem, a proposta gráfica se propõe a revelar as potencialidades de dona Maria e do beco da Olímpia. Intervenção gráfica Buscou-se na história de Maria, as referências necessárias para elabo rar uma intervenção gráfica em sua mercearia, gerando os seguintes produtos: um logotipo para seu comércio, estampas para ecobags, arte para imã de geladeira, estam pa para boné para entregadores de água, e arte visual para redes sociais. Dona Maria por si só foi o elemento chave de coesão do conceito gráfi co, as linhas do seu rosto narram sua trajetória, e foi tudo que se precisava para criar um conceito diferenciado.
“A gente botou um negoci nho aqui, e foi né? Na base da amizade a gente foi crescendo” A imagem de seu rosto vetorizado em preto e branco, remete à cone xão de sua família com xilogravura, a paleta de cores, com tons de ama relo, remete ao entardecer de Timbaúba, sua terra natal, e ao mesmo tempo fazem com que se crie uma imagem expressiva o suficiente para chamar atenção de qualquer transeunte. O fluxo da criação gráfica, portanto, confluiu para a área da imagética, fazendo da própria dona Maria um elemento forte, exprimível através de uma imagem, centralizadora de atenções e de já reconhecido, patri mônio do beco.
Para a maioria das pessoas, os becos são, na melhor das hipóteses, zonas liminares. Habitando o espaço entre "aqui" e "lá", eles existem, mas por causa de suas adjacências. Na pior das hipóteses, eles são escuros, úmidos e até perigosos -vistos pelos habitantes da cidade como espaços mortos. No entanto, para alguns visionários, o espaço negativo que os becos ocupam não estão,absolutamente,mortos; estão apenas dormentes, esperando por um renascimento em algo funcional e novo. Alderton, Matt. "De espaços mortos a espaços públicos: Como os becos podemmelhorar nossas cidades" [From Dead Space to Public Place: How Improving Alleys Can Help Make Better Cities] 24 Jan 2017.
2
1
1-Mercearia Maria do Beco 2-Beco da Olímpia
Imagética.
Adjetivo. Estrutura abstrata e genérica advinda da dinâmica de imagens. Caracterizada pela observação humana.
Nascida
em
Recife,
Dona
Jacilda,
a
sua
desde pequena, Artemis ado- mãe, teve um papel importanrava ver a sua mãe costuran- te na trajetória de costureira do. Sua diversão era diferente da sua filha. Foi o grande da
de
outras
crianças,
ao exemplo
que
invés de preferir brincar na menina,
hoje
a
pequena
uma
mulher,
rua com os seus amigos, ela adquiriu para si e sempre foi gostava mesmo era de sentar a orientadora de Artemis em e observar com um olhar de tudo que envolvesse a costuadmiração a dona Jacilda cos- ra. turando.
Artemis
se
Artemis
mudou Grupo:
para o endereço atual em Gabriella Figueiroa Carpina há mais de 11 anos. Larissa Costa Porém, encontrou dificuldade Natiany Gayão em achar alguém para cuidar Nicolly Falcão de seus filhos ainda peque- Paloma Tabosa nos,
pois
trabalhava
em
Recife e sua carga horária Local: era
extremamente
pesada, Carpina - PE
no qual dificultava a sua participação na rotina da família. Portanto,
acabou
abandonando o emprego e decidiu
unificar
paixões,
suas
comprou
máquina
de
costurar
duas uma para
ganhar o seu próprio dinheiro naquilo
que
gostava
e
se
sentia bem. Foi
ganhando
sua
clientela aos poucos, e seus antigos sempre Logo olhar,
após,
decidiu
reproduzir
as
de
começar peças
desde
o
princípio
sempre foi perfeccionista com os detalhes. Ao longo dos anos, a menina foi crescendo e começou a não gostar das roupas que a sua mãe confeccionava para
ela,
sempre
então
falava:
Jacilda “Artemis,
aprenda a costurar para fazer suas
próprias
roupas!”,
e
então ela decidiu começar a produzir, tendo como base os moldes do seu tamanho que ganhou de sua grande professora.
do
seu
a nharam aonde quer que ela de morasse.
para a clientela em suas bonee
gostaram
que
tanto modo de costurar, a acompa-
roupas que a mãe dela fazia cas,
conhecidos
“ É questão de dom e de gostar!” -DINIZ, Artemis.
Através de uma integrante do grupo, que mora na cidade de Carpina, foi apresentada a história de vida de Artemis e logo de início despertou o interesse de todo o grupo em ajudá-la, e principalmente, em conhecê-la. Em seguida, realizou-se o primeiro contato com Artemis, que se interessou e abraçou a ideia deste trabalho. Foi realizada uma primeira visita física do grupo no ateliê, e observou-se a precariedade da divulgação do seu trabalho como costureira. No local, não havia placa, nem nada que pudesse informar à população que naquela residência existia um ateliê de costura. Ainda na visita, Artemis apresentou duas logomarcas que ela mesma tinha criado e que nunca foram utilizadas. Diante disso, foi proposto a criação de uma nova logo inspirada na deusa Ártemis.
Por todos os anos que Artemis desenvolveu seu trabalho, nunca houve divulgação formal de suas atividades. A princípio, foi desenvolvido o marketing digital, com o auxílio das redes sociais para divulgar o seu trabalho através de fotos dos seus produtos autorais. Foi
observada
a
necessidade
de
elaborar uma placa para indicar a localização de seu ateliê, além da criação de outros produtos que seriam úteis para ela, como: etiquetas para roupas, cartões de visita, sacolas plásticas, capa para roupas, painel para fotos e placa de aviso de “pedidos encerrados”. O design de etiquetas foi criado para ser utilizado nas roupas de suas autorias. Também foi feito o cartão de visita que tem como objetivo divulgar o seu trabalho de diversas formas: através das redes sociais, número de telefone e e-mail e informando o endereço do ateliê de costura. As sacolas plásticas, foram criadas com sua logomarca para armazenar e entregar suas encomendas. As capas para roupas, foram desenvolvidas com o intuito de proteger as frágeis
Ártemis é uma das deusas mais veneradas da mitologia grega. Ela é a deusa da caça, da lua, da castidade, do parto, e dos animais selvagens. Considerada como uma grande caçadora, tem como símbolos o arco e a flecha. Com o intuito de relacionar o nome de Artemis com a mitologia grega em sua logo, adotou-se o arco e a flecha. Para relacionar à costura, a flecha foi substituída por uma agulha de costura. O arco e a agulha, foram posicionados estrategicamente após o nome “arte”, criando uma analogia com a arte de costurar. Na logomarca, as cores exploradas foram preto e dourado, pois foi a única solicitação feita pela cliente.
peças de aluguel. A placa de aviso de “pedidos encerrados”, foi criada devido à necessidade de informar aos clientes que não será possível, no momento, receber novas encomendas.
JOSUÉ PELÚCIAS
Josué Lúcio da Costa, 40 anos, é um homem muito dedicado, nascido em São Bento na Paraíba. Em 2000, se mudou para a cidade do Recife para arriscar a sorte e tentar uma vida melhor. No início de sua carreira como vendedor autônomo, chegou a vender bonés, CD’s, meias, acessórios para celulares e diversos, apenas na tentativa de conseguir algum lucro no fim do mês mesmo sem nenhuma experiência com vendas. Algum tempo depois fez parceria com seu primo, e, juntos, começaram a vender bonecos de pelúcia no seu próprio carro, os quais são, até hoje, encomendados de pequenos trabalhadores em Lajedo (interior de Pernambuco).
Josué se fixou em lugares específicos onde trabalha até os dias atuais, são eles: a Rua Gervásio Pires, ao lado do Shopping Boa Vista e na Rua 48, ao lado do restaurante China 48 onde sua presença já é marca registrada, afinal de contas, está lá há 18 anos.
O vendedor é casado há 20 anos e tem dois filhos, Lucas e Luan. A família continua morando no interior enquanto ele mora sozinho em uma casa perto do Imip, no bairro da Boa Vista, e mesmo trabalhando na cidade os visita sempre que possível. A rotina de Josué é sempre igual, de domingo a domingo. Acorda, e as 6:30h da manhã já está indo para a Gervásio Pires onde fica até o início da noite. Em torno das 18:30h já está na Rua 48 onde fica até as 22h. Durante a semana, dependendo da movimentação, alterna os lugares e horários. Isso acontece principalmente nos domingos quando, no horário da tarde, o movimento é intenso no China 48 atraindo clientes e chamando atenção ao seu negócio. Por causa das dificuldades de se viver na cidade grande e a saudade da família, Josué já foi embora de Recife três vezes, mas acabou voltando pelas maiores dificuldades do sertão e a falta de conhecimentos de outros centros urbanos para morar.
pe qui e a bd p& o s). t fo sto a! a o r r ret s pa p o o n a aç car ord esp rb (fo a r i et s. r Ob
Josué Pelúcias Grupo: Beatriz Souza Beatriz Medeiros Giulia Lemos Maria Eduarda Moreno Talyssa van der Avort Josué Costa Local: Bairro do Espinheiro
Sonhador e guerreiro são adjetivos que Ele pretende continuar nesse ramo e combinam muito com Josué. É um homem que expandir cada vez mais o seu negócio. Os não desiste de seus objetivos, sonha em cresbonecos variam entre R$10,00 e R$70,00 e cer e acredita em um futuro próspero no qual são vendidos para clientes de todas as idades, dos mais novos aos mais velhos. Os poderá dar uma vida melhor para sua família. Nas suas palavras “A vida não é fácil, nem personagens de desenhos infantis fazem aqui e nem no sertão, mas correndo atrás fica muito sucesso com a clientela, que está sempre a procura de brinquedos “da moda”, menos difícil. Tem que correr atrás”. Acreditamos, assim, que o objetivo do como a porquinha Peppa Pig e seu irmão Jorge, a boneca da Minnie e do Mickey etc. trabalho tenha sido alcançado: além da criação da uma arte gráfica com a função de O vendedor não se queixa do seu carro, o qual apelidou de “Caveirão”, todavia, promover uma maior divulgação do trabalho do comerciante, também pudemos aprender se queixa da falta de divulgação da sua marca e falta de oportunidades. Para ele, sua com ele que, ao nos esforçarmos podemos alcançar nossos propósitos e atingir nossas carreira decolaria com algum investimento externo, de algum sócio ou alguém que visse metas. São pessoas como Seu Josué que nos futuro em seu trabalho. Ele já pensou em criar inspiram a acreditar numa sociedade esforçada e trabalhadora, que se envolve com sua uma loja física, mas, em virtude dos altos impostos e do aluguel acima do seu orçamen- profissão de forma assídua. to, optou por permanecer vendendo os bonecos de pelúcia no carro. Contudo, Josué já divulgou seu trabalho no Bazar do Baby e na OLX (ambos sites de vendas).
Chá-Mate Brasí lia
Na
busca
por
estabelecimentos cujo horário de funcionamento se
comerciais de relevância histórica e estende até às 19h. Além de Paulo, sociocultural em Recife, a equipe seu irmão, que trata de questões tomou conhecimento da lanchonete jurídicas e auxilia no translato e Chá-Mate Brasília. Na loja 28 do compra de mercadorias, também edifício Brasília, localização privile- conta com o apoio de Sr. Manoel e giada do centro da cidade na qual a sua Kombi. dinamicidade fica por conta dos taxistas, comerciantes e transeuntes Antigamente era possível encontrar que circulam por esta região, a área vários
estabelecimentos
de
chá
pe qui e a bd p& o s). t fo sto a! a o r r ret s pa p o o n a aç car ord esp rb (fo a r i et s. r Ob
Chá-Mate Brasília
Grupo: é abraçada por um dos marcos locais mate no centro de Recife, e foi Bianca Oliveira da arquitetura modernista, o Edf. depois de provar a bebida no Lucas Lisboa
Pernambuco, e pela Praça do Sebo, “Dunga Mate” que o pai de José Pedro Delgado um dos pontos de parada do Circuito decidiu investir no negócio. Hoje, a Victória Rodrigues da Poesia, com sua amistosa estátua lanchonete da família Pinheiro é Vanessa Brito uma das únicas referências à este Cliente José Pinheiro período.
de Mauro Mota.
Local:
Foi na década de 60 que o Sr. Manoel Pinheiro, pai de José Pinheiro, deu
Bairro de Santo Antônio
início à história do negócio da famí-
O cargo chefe da lanchonete é o
lia, ainda enquanto barraquinha de
mate com limão que, servido geladi-
cachorro quente na Rua da Roda, em
nho, é a melhor pedida para ameni-
frente à loja n°1 do Edf. Brasília. Nos
zar o calor rotineiro da cidade. Sr.
anos 70, Sr. Manoel abre a Lancho-
José conta com 6 funcionários que
nete Popular no mesmo edifício. Por fim, em 84, na loja n°28 nasce o
vão te atender com muito esmero e .fachada original .acervo pessoal
está aberto de segunda a sábado.
melhor mate do centro de Recife, o Próximo à praça do sebo e ao Edf. Chá-Mate Brasília.
Pernambuco, no coração da cidade, Lamentavelmente
o
interesse
da
o Chá-Mate Brasília completa seus população por esta área da cidade já 34 anos de história, atendendo à não é mais o mesmo da década de taxistas, comerciantes, moradores 70. Com isso, a lanchonete, apesar e transeuntes que contribuem para de contar com seus fiéis clientes, que se perpetue a vida ativa no centro. apresentava uma necessidade de .Seu José Pinheiro .acervo pessoal
.câmera yashica MF1 .internet
Sr. José se formou em administração na UFPE em 1994. Em 87, saiu do CPOR e foi trabalhar na Lanchonete Popular do seu pai no intuito de juntar dinheiro para comprar uma câmera
fotográfica
Yashica
MF1,
devido ao seu interesse por fotografia analógica. Atualmente José administra o negócio do pai numa intensa jornada de trabalho. Às 4h30 sai do Hipódromo, bairro onde mora na zona nome de Recife, para abrir o estabelecimento,
ressignificar sua marca, mantendo a fechando
a
caixa
registradora: Com base nos produtos oferecidos
essência concebida ao longo de seus “dessa vez é por minha conta, pela lanchonete, parte do proposto 34 anos de história. A partir dessa fiquem à vontade. É minha forma na intervenção foi a personalização demanda, foram propostas algumas de retribuir tudo que vocês fizeram de cardápio e descartáveis, adesivaintervenções
para
que
Sr.
José por mim. Sucesso!
ção do balcão lateral e cartão-fideli-
pudesse intensificar o potencial do
dade. Além disso, a fachada princi-
seu negócio, sem perder a aura
pal, voltada para uma rua transver-
característica dos anos 70.
sal à Av. Dantas Barreto, também recebeu a nova identidade visual,
Muito receptivo desde o primeiro
imediatamente despertando a curio-
encontro, Sr. José compartilhou um
sidade dos que ali passavam.
pouco da sua trajetória desde a época
de
estudante.
Natural
A
de
expectativa
dos
participantes
Caruaru, firmou raízes em Recife
desta ação é de que Sr. José possa
com sua família e há quatro anos
atingir um número maior de pesso-
toca, com o auxílio do irmão, o negó-
as,
cio do pai aposentado. Sr. José que,
demandas publicitárias de gerações
por opção, nem possui aparelho
contemporâneas.
atendendo
principalmente
às
telefônico, aceitou de muito bom grado as intervenções propostas, entusiasmado por enfim ter uma identidade visual que poderá solidificar ainda mais o espírito do seu estabelecimento. Ao fim da interven-
.Seu José Usando o carimbo .acervo pessoal
ção física, no momento de fazer jus ao tradicional mate com limão, foi assim que Sr. José se colocou,
.Seu José, um de seus funcionário e o grupo em frente à nova fachada .acervo pessoal
.cartão fidelidade
.proposta para balcão
.acervo pessoal
.acervo pessoal
.corpo descartável
.corpo personalizado
.acervo pessoal
.carimbo em descartável
.acervo pessoal
.acervo pessoal
Bebidas
Chá-mate Leite . . . . . . . . . . . . . . . . . Limão . . . . . . . . . . . . . . . . Limão ao leite . . . . . . . . Maçã . . . . . . . . . . . . . . . . Maçã ao leite . . . . . . . . Maracujá . . . . . . . . . . . . . Maracujá ao leite . . . . Simples . . . . . . . . . . . . . . . Toddy . . . . . . . . . . . . . . . . Vitaminado . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .
3,20 2,70 3,70 2,70 3,70 2,70 3,70 2,30 3,20 4,00
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3,60 3,90 3,70 4,00 4,00 3,70 4,20 3,70 4,00 4,00 4,00 3,60 3,70 3,70 3,70 3,80 4,00 4,00 3,60 3,60 4,00
. . . .
4,00 4,00 4,00 4,00
Sucos Abacaxi . . . . . . . . . . . . . . Abacaxi com hortelã . . . . Acerola . . . . . . . . . . . . . . . Ameixa . . . . . . . . . . . . . . . Cajá . . . . . . . . . . . . . . . . . Cajú . . . . . . . . . . . . . . . . . Coquetel . . . . . . . . . . . . . . Goiaba . . . . . . . . . . . . . . . Graviola . . . . . . . . . . . . . . Guaraná do amazonas . . Laranja . . . . . . . . . . . . . . . Limão . . . . . . . . . . . . . . . . Manga . . . . . . . . . . . . . . . Mangaba . . . . . . . . . . . . . Maracujá . . . . . . . . . . . . . Mamão . . . . . . . . . . . . . . . Misto . . . . . . . . . . . . . . . . . Pinha . . . . . . . . . . . . . . . . . Tamarindo . . . . . . . . . . . . . Tangerina . . . . . . . . . . . . . Uva . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Água copo aberto . . . . . Água copo pequeno . . . Água c/ gás 330ml . . . . Água 500ml . . . . . . . . . . Água 1,5l . . . . . . . . . . . . Cerveja lata . . . . . . . . . . Refrigerante lata . . . . . .
. . . . . . .
. . . . . . .
0,60 0,30 2,00 1,50 2,80 3,60 3,60
Sanduíches Americano . . . . . . . . . . . Bauru . . . . . . . . . . . . . . . Cachorro quente . . . . . . Cheeseburguer . . . . . . . Hambúrguer . . . . . . . . . Misto quente . . . . . . . . . Pão com ovo . . . . . . . . . Pão com manteiga . . . . Queijo coalho . . . . . . . . Queijo prato . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .
6,90 5,80 4,20 5,90 4,60 5,80 2,80 2,00 4,60 4,60
Diversos Bolinho de bacalhau . . . . Bolo de bacia . . . . . . . . . . Bolo de mandioca . . . . . . Bolo de milho verde . . . . Bolo inglês . . . . . . . . . . . . Bolo pé-de-moleque . . . . Bolo pudim . . . . . . . . . . . Bolo souza leão . . . . . . . . Broa de milho. . . . . . . . . . Coalhada . . . . . . . . . . . . . Coxinha . . . . . . . . . . . . . . Croquete . . . . . . . . . . . . . Empada . . . . . . . . . . . . . . Pão de galinha . . . . . . . . . Pão de queijo . . . . . . . . . . Pastel . . . . . . . . . . . . . . . . Salada de frutas . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
3,00 2,00 2,50 2,80 2,50 2,50 3,20 2,80 2,50 2,30 3,00 2,80 2,60 3,10 3,10 2,90 2,30
*Acréscimo de 0,20 para sucos com leite.
Abacate Banana . Mamão . Mista . . .
. . . .
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. . . .
. . . .
. . . .
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. . . .
Café
Cafézinho . . . . . . . . . . . . . . 0,60 Leite em copo . . . . . . . . . . 1,50 Leite maltado . . . . . . . . . . . 3,60
.cardápio - frente .acervo pessoal
.acervo pessoal
CUR IOSIDADES DA ER VA-MATE QUE TALVEZ VOCÊ NÃO SAIBA... Certamente você já ouviu falar no chimarrão ou tererê. Pois bem, o que poucos sabem é que estas bebidas tipicamente indígenas são originárias da erva-mate, assim como o chá mate. A erva é preparada para consumo através de três etapas: o corte, o sapeco e a secagem – processo de produção herdado dos índios. Suas fol has são trituradas e infundidas para serem consumidas em forma de chá (quente ou gelado). Ainda em meados de 1858 o mate já era referência de cordialidade e socialização: “é o mate a saudação da chegada, o símbolo da hospitalidade, o sinal da reconciliação. Tudo o que em nossa civilização se compreende como amor, amizade, estima e sacrifício, tudo o que é elevado e bom impulso da alma humana, do coração, tudo está entretecido e entrelaçado com o ato de preparar o mate, servi-lo e tomá-lo em comum.” Seja vendido em galões, gelado e com suco de limão nas praias do Rio de Janeiro, ou na loja número do Edf. Brasília, no centro de Recife, o chá mate te vai bem quer esteja acompanhado de amigos, de um livro, ou apenas de seus pensamentos.
CHÁ- MATE BRASÍ LIA
Vitamina da fruta
.adesivo em descartável
CHÁ- MATE BRASÍ LIA A LENDA DO CHÁ MATE Uma tribo indígena nômade se deteve nas ladeiras das serras onde nasce o Rio Tabay. Quando retomou seu caminho, um dos membros da tribo, um índio velho e cansado pelos anos, ficou refugiado na selva, na companhia de sua filha Yaríi. Um dia, chegou, ao esconderijo do velho, um homem que possuía uma pele de cor estranha e que se vestia com roupas esquisitas, a quem receberam com generosidade. O velho ofereceu ao visitante uma carne assada de acuti, um roedor da região e um prato de tambu, que é preparado com uma larva de carne branca e abundante que os Guaranis criam nos troncos de pindo. Conta a lenda que o visitante era um enviado do deus do bem, que quis recompensar tanta generosidade proporcionando-lhes algo que pudessem oferecer sempre aos seus visitantes e que poderia encurtar as horas de solidão às margens dos riachos onde descansavam. Para eles, fez brotar uma nova planta no meio da selva, que chamou de Yaríi, deusa que a protegia, e confiou seus cuidados a seu pai, Cáa Yaráa, ensinando-lhe a secar seus ramos ao fogo e a preparar uma iguaria que poderiam oferecer a todos os que os visitassem. Desde então, a nova planta cresce, oferecendo folhas e galhos para preparar o mate.
Doces
Doce em calda . . . . . . . . . 2,30 Fatia de torta . . . . . . . . . . . 3,20 Pudim . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,10
.cardápio - verso .acervo pessoal
Esquina das Flores
Seu Erivaldo nasceu no interior do Há aproximadamente 5 anos, estado de Pernambuco, na cidade de devido a uma mudança no sentido
Quando adulto, decidiu da avenida, a prefeitura exigiu que migrar para a capital em busca de Seu Erivaldo saísse do local sem uma qualidade de vida melhor. Já em muitas explicações. Como ele já Bonito.
Recife, organizou sua vida, arrumou estava instalado naquele ponto da um trabalho e formou sua família. avenida há 17 anos, os lojistas da
Imediatamente após a mudança, galeria vizinha permitiram sua estadia na esquina da calçada em um quiosque, embaixo de uma árvore.
Esquina das Flores
Apesar da ajuda cedida pela gale- Grupo: ria, Seu Erivaldo precisaria pagar Amanda Muniz aluguel pelo espaço utilizado. Antônio Novaes Camila Carvalho Letícia Peccolo Maria Clara Lustosa
Local: Bairro de Boa Viagem
começou a trabalhar meio período em uma fábrica de flores, no turno da manhã, enquanto à tarde e à noite conseguia um dinheiro extra vendendo
flores
nas
ruas,
nos
restaurantes e nas portas de shows para
complementar
a
renda
e
sustentar sua família.
Entretanto, por não possuir formalização do quiosque como uma área comercial, o pagamento nunca foi efetivamente solicitado e realizado. Seu
Erivaldo
formalizar
seu
nunca
conseguiu
negócio,
mesmo
tendo ocupado o espaço por tanto tempo, porém segue trabalhando e tornando o espaço onde trabalha sempre
sociável,
com
colegas,
vizinhos de trabalho e clientes, vendendo suas flores pra sustentar sua família.
Com o passar do tempo, começou a sonhar com seu negócio próprio, até que, no ano de 1996, ele finalmente decidiu começar a vender flores em uma barraca própria, que se localizava na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, no próprio asfalto, de forma autônoma e informal. Trabalhava sozinho de sábado a sábado e em datas comemorativas recebe a ajuda da sua esposa e do seu filho.
caracterização do objeto ser sempre relacionada a formas mais orgânicas e delicadas, e assim adaptamos para o desenho atual. O material gráfico, em sua essência, foi realizado a fim de facilitar a vida de seu Eviraldo e trazer mais identidade e conforto ao seu trabalho. As aplicações partiram de conceitos práticos, como a camisa, o boné e a etiqueta. A camisa facilita sua identificação na rua e faz com que ele não precise estar usando outras roupas durante o trabalho; o boné, característico de Seu Erivaldo, também ajuda na identificação e o protege do sol; e, por fim, a etiqueta torna a entrega mais caprichada e com mais identidade gráfica.
A parte gráfica do trabalho foi pensada a partir do conceito minimalista, e por termos optado pelo comércio de flores como nossa área de trabalho, foi desenvolvido um desenho de logo a fim de expressar essa estética em conjunto com o gosto do nosso cliente, que optou por cores e formas mais compostas. Fomos em busca de algo que fosse característico e icônico da cidade do Recife e escolhemos uma flor típica da região, a flor de mandacaru, particular do sertão. Por perceber que a flor de mandacaru não teria espaço na identidade de uma barraca de venda de flores, o desenho foi adaptado para cores e formas mais genéricas que agradassem mais o cliente e comunicasse mais com o público através de cores mais contrastantes e desenhos mais orgânicos. Com as cores, uso dois tons de verde e um tom de vinho, este que se destaca na figura. Assim que começamos a desenhar o logo, realizamos experimentos com figuras geométricas de flores, que logo percebemos não funcionar muito devido à
erivaldo
Erivaldo 9.8824-2818 Avenida Conselheiro Aguiar, n. 1360 Boa Viagem, Recife
Nem só de comidas das barracas de praia vive a região litorânea do Recife. Vira e mexe, o frequentador do local é abordado por algum vendedor ambulante ou então algum vendedor que tenha um ponto fixo em determinado local, com uma clientela que sempre cresce. Se durante a semana são poucos os que se arriscam, durante o verão e nos finais de semana, eles se multiplicam e se confundem com a paisagem do local.
Néo do Camarão Grupo: Beatriz Sobral Bruno Tinoco Luciana Lima Tiago Austrogésio Local:
´
Av. Armindo Moura, Piedade.
Além desse material gráfico, foi produzido um uniforme com objetivo de melhorar a apresentação pessoal de Neo. Na estrutura, foi empregada sua nova logomarca para complementar seu novo guarda-sol, além da confecção do suporte de madeira que irá receber a caixa de isopor onde seu produto é conservado. Agora todos esses elementos serão vistos de forma padronizada, avivando seu comércio.
N eo
d o C a m ar
ã
o
Néo, como é mais conhecido, já conhece a rotina de vendedor há 13 anos, vendendo seu camarão na divisa do bairro de Boa Viagem e Piedade, em frente ao posto Ipiranga da Av. Armindo Moura. Gosta desse tipo de comércio e diz que não tem tempo ruim para vender camarão, que é pescado por ele mesmo. Tudo começou quando seu pai, também pescador, fez com que ele começasse a participar do processo de pesca e consequentemente da venda de seus produtos. Depois de um tempo, se tornou autônomo e como ainda não possuia um ponto fixo, foi vender seus produtos nas areias da praia de Boa Viagem. Por ser muito comunicativo e ter uma boa qualidade de serviço , conseguiu com a administração do posto Ipiranga da Av. Armindo Moura, montar uma pequena e humilde estrutura em sua calçada e poderia guardar seus materias no depósito do mesmo, o que facilitaria seu processo de lojística.
Por ter passado tanto tempo no mesmo ponto, ficou bastante conhecido na região, conquistando clientes fixos. A única forma de divulgação entre seus clientes era o famoso “boca-a-boca”. Segundo ele “as vendas são melhores aos sábados e domingos no período da manhã, quando a praia está lotada e quando muitas famílias resolvem fazer um almoço especial para ocasiões especiais”. Apesar de Néo afirmar que não existe tempo ruim, o próprio enxerga os obstáculos de vender seus camarões pela falta de uma divulgação adequada, dificultando em percentual seu trabalho, assim como inúmeros outros vendedores que possuem problemas semelhantes. Diante dessas informações, nada mais que justo que sua logomarca e sua carta de apresentação fizesse uma boa referência ao seu produto. O camarão criado utilizou-se do conceito minimalista, com formas geométricas, repetições simétricas e precisos acabamentos em seu desenho. Com essas características, a logo irá atender as necessidades visuais para a sua divulgação, em que todos os finais de semana irá ser montado em seu ponto para venda.
´
A paixão e resistência de um sapateiro
Nascido e criado na cidade do Recife, hereditariamente de pai para filho Geraldo Carlos dos Santos, traba- ou de mestre para ajudante. E com lhou desde cedo com calçados em isso, cabe aos sapateiros existentes uma fábrica no bairro de Campo cultivarem a transmissão dessas Grande, onde adquiriu habilidades e técnicas de trabalho para gerações vários conhecimentos para poste- futuras como forma de preservar a riormente atuar de forma autônoma. existência da profissão. Na década de 70, quando ele passou a se dedicar exclusivamente como Com o decorrer das décadas, as sapateiro, ainda não possuía um revoluções industriais e tecnológi-
Geraldo Sapateiro
estabelecimento fixo e trabalhava de cas trouxeram mudanças bruscas forma muito simples na própria para sociedade. Isso porque, a Grupo: calçada da Rua Dona Julieta, guar- modernização dos processos produ- Luiza Iumatti dando seus instrumentos de traba- tivos fez com que itens confecciona- Emanuela Bezerra lho em uma oficina mecânica próxi- dos de artesanalmente e com mate- Gabriela Almeira ma. Nesta mesma área, um espaço riais caros, perdessem espaço para Nathália Pasini lhe foi cedido pela dona da Faculda- os produtos fabricados em largas Thalita Moura de São Miguel, cujo local possuía a escalas, que possibilitou o baratea- Cliente: finalidade de armazenar materiais mento das mercadorias. Com o Geraldo Carlos de natação pertencentes à institui- grande crescimento do capitalismo Local: ção. Funcionando no mesmo lugar e sua forte influência no progressi- Encruzilhada até os dias de hoje, Seu Geraldo que começou
nessa
profissão
ainda
quando era uma criança, trabalha ate hoje, com 63 anos, e realiza diversos tipos de consertos em sapatos, cintos e bolsas com muito esmero. Essa tradicional profissão, consiste no conserto ou confecção de calçados que são cuidadosamente tratados por essas pessoas que praticam esse oficio de forma artesanal. Os conhecimentos para atuação nessa área são quase sempre passados
vo consumismo das pessoas, a fonte de renda. preferência passou a ser obter mais Torna-se possível perceber que a produtos de baixo custo e que sobrevivência da profissão está cada possuem uma curta vida útil. Tal vez
mais
ameaçada,
sendo
de
fato repercutiu diretamente na vida grande valia a preservação desse profissional dos sapateiros, pois ofício como elemento da identidade aqueles clientes que tinham antes histórica
social.
sapatos caros que valiam a pena pensamento
Tomando
como
esse
partido,
foi
ser consertados, hoje dão priorida- encontrada para a realização deste de a compra de sapatos com pouca trabalho essa figura singular e digna duração, acarretando uma brusca de grande admiração, por sua luta e queda na procura por esses servi- persistência nessa profissão. Esses ços. Com a mudança de mercado, fatores sapateiros como o Sr. Geraldo se imediata viram
obrigados
a
ampliar
foram
responsáveis
persuasão
para
por
com
o
sua grupo, que logo foi cativado pela
tabela de serviços oferecidos para temática. assim garantir seu sustento, pois a demanda de consertos já não era suficiente por fornecer uma boa
Seu Geraldo já havia chamado atenção de uma das integrantes do grupo que frequentemente passava pela região. A simplicidade na qual ele trabalhava em seu espaço e que não possuía qualquer informação sobre que tipo se serviço era ali realizado, foram responsáveis por envolver nossa imediata atenção. O título “Seu Geraldo, a paixão e resistência de um sapateiro”, foi escolhido a partir de sua surpreendente história de uma vida toda dedicada ao trabalho com esta tradicional função. Com base na associação deste oficio como algo legado da historia, foi-se pensado na produção de uma identidade estética mais simples e clássica que transmitisse a ideia de tradição deste sapateiro que se encontra no mesmo local há décadas. As ideias planejadas a principio foram promover a concepção de uma logomarca para cartões de visita em forma de adesivos, para serem colados nas sacolas de devolução dos serviços a fim de proporcionar uma propagação indireta, já que a mesma sacola pode ser utilizada por outras pessoas que tomarão conhecimento das funções prestadas pelo cliente. Foi proposta também, a elaboração de panfletos para ser distribuída pela região, uma camisa com logomarca e mudança de fachada, mas essa não foi possível pelo fato do espaço não ser próprio do cliente. A transformação foi feita, então, no balcão onde Seu Geraldo trabalha, o qual foi pintado e aplicado um grande adesivo com a nova logomarca e algumas outras informações.
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Geraldo Sapateiro
Geraldo Sapateiro
Por fim, a realização e execução deste trabalho acarretaram importantes aprendizados, uma vez que foi possível trabalhar com um cliente aberto a novas mudanças e que possui uma trajetória considerada rara para o cenário dos dias de hoje. A gratificação na realização dessa atividade veio com o sorriso e gratidão expressadas por Seu Geraldo, que com felicidade vestia a camisa que possuía seu mais novo logo.
Engenho Maranguape - Paulista
O trabalho do nosso grupo foi inspirado na arte de Júlio Márcio da Rocha Neto, mais conhecido por Júlio Rocha. Artesão da cidade de Paulista, no bairro do Engenho Maranguape, ele tem como principal foco do seu artesanato, esculturas de mulheres negras feitas de papel machê, representadas das mais variadas formas, grávidas, floristas, entre outras. Estudava na Escola técnica do Janga, onde foi proposto uma oficina de artesanato com material reciclável, o tema retratado foi a consciência negra, o que fez com que ele desenvolvesse a ideia de sua boneca e não parando por ai, ele continuou aperfeiçoando sua obra prima até chegar no resultado atual, buscando também se expressar através de outros tipos de arte, pinturas, esculturas em outros materiais como o barro, a reciclagem se tornou um mania, tudo que ele encontra e vê um potencial, ele a guarda para uma futura obra à espera de uma inspiração que segundo ele é “A vida, a natureza, o ser humano, o convívio em sociedade, os animais e a vida”. As bonecas de Júlio aos poucos começaram a fazer sucesso e ele que nunca tinha se imaginado como artista, passará a ser um. No início ele as vendia por dez reais, independente de tamanho, com o trabalho aperfeiçoado hoje elas são vendidas a quarenta e cinco reais. Apesar de ter um trabalho pouco divulgado, existe uma grande procura, costuma receber em média de 30 encomendas ao mês, que nem sempre consegue atender devido ao curto tempo livre que lhe resta com a faculdade e a sua mobilidade reduzida, devido à sua distrofia muscular de cinturas. A lojinha que de Julio e de sua mãe, dona Maria Verônica, surgiu do sucesso da boneca, a oficina preencheu a busca pelo comércio que dona Verônica sempre quisera abrir. Iniciou-se no terraço da casa e com o tempo a lojinha cresceu e hoje está ocupando a garagem da casa. O dinheiro arrecadado com a lojinha é destinado à sua fisioterapia e as demais despesas, pouco se sobra para investir em exposições de maior visibilidade, como as feiras de artesanato no bairro do Recife.
A principio o projeto gráfico foi pensado apenas para Julio Rocha, mas conforme conversamos a respeito, percebemos que não tinha como deixar a lojinha de sua mãe de fora, que apesar de ser vinculada desde o seu inicio ao seu artesanato, é um comércio independente que vai além de seus produtos e por está razão decidimos fazer de maneira integrada para os nossos clientes duas identidades gráficas que giram em torno das bonecas africanas, as quais se tornaram a porta para o mundo do artesanato deles, em razão disto a utilizamos como principal item do desfecho gráfico. As bonecas pensadas por Julio para a oficina do artesanato com materiais recicláveis, tinha como tema a consciência negra, ele trata do tema exaltando e resgatando a cultura afrodescendente em sua obra, de acordo com isso foi decidido trazer essa cultura para a sua marca, utilizando-se de uma estampa étnica africana em torno de obra prima. Em sua identidade gráfica, desenvolvemos produtos que atendesse as diferentes necessidade dos clientes. Julio, visando auxilio na divulgação da sua arte, foram feitos os seguintes produtos: Cartões de visita, Estampas adesivas, Padronização da sua Fã Page no facebook (perfil, capa e fundo para postagens), desenvolvemos também um modelo para sua própria ecobag. Na marca da loja, utilizou-se da própria filosofia por trás de seu nome “Mistura das Artes”, fazendo uma analogia com uma manchas de tintas misturadas com uma marca d’água da boneca que unifica a loja à arte de Julio; no momento que a tinta ultrapassa o quadrado utilizado na logomarca, está representando o fato de que não há limites para a arte, ela transborda aos paradigmas e resiste às dificuldades do dia a dia, às limitações físicas e financeiras, nós mostra que com a arte pode se ir além do imaginável. A loja, Mistura das Artes, visa mais visibilidade do seu local por se localizar em um lugar com pouca visualização, atraindo poucos clientes, para resolver isso foram elaborados: Uma placa (com logo informativa, informando formas de pagamento e indicando como chegar à loja), Um banner (com os mesmo artifícios, reforçando a entrada por trata-se de uma rua sem saída) e adesivo para a entrada da loja.
Julio Rocha Artesão Grupo: Julia Vasconcelos Lizandra Lourrâiny Luciana Duarte Marcela Campos Maria Paula Gomes Thaís Costa Cliente: Julio Rocha Local: Engenho Maranguape - Paulista
Capa do facebook Foto do perfil do facebook
Eco bag.
Cartão de visita.
Adesivo (placa).
Banner
Amostra dos produtos realizados e planejados pela equipe para retribuir um pouco do carinho e atenção que recebemos dos clientes Julio Rocha, artesão muito talentoso e dedicado, e a proprietária da lojinha Mistura das Artes, sua mãe, Maria Verônica, uma pessoa gentil e amorosa.
Antes de aparecermos com a proposta de intervenção gráfica na lojinha de Julio Rocha e sua mãe, eles por sua conta, contrataram um grafiteiro para fazer uma arte no muro, visando melhorar a visibilidade do seu negocio. Entretanto, o muro não favoreceu a divulgação, pois o local da grafitagem fica de frente a rua em que a lojinha se localiza, não permintindo que possiveis clientes tenham acesso a arte e impossibilitando os mesmo a conhecer o traba-
Entrega dos produtos aos clientes e recebimento do pagamento que foge do convencional. O retorno que obtivemos vai além do financeiro. O sorriso que recebemos pagou qualquer adversidade que, por ventura tenhamos passado. A satisfação de dever cumprido e clientes satisfeitos nos fez perceber que gentileza e comprometimento com proximo, sem esperar nada em troca, é capaz de mudar o mundo. Com toda certeza podemos dizer que o maio retorno foi nosso.
A parte gráfica do trabalho foi resultado de uma interação entre uma ideia já utilizada pela instituição e uma proposta mais moderna. A escolha do título “ Grupo Partilhar ” deve-se pelo fato de que ali todos trabalham em grupo e assim partilham de alguma forma experiências e ajuda entre si, tendo como subtítulo a frase “iluminando caminhos” pois é através dessa ajuda compartilhada que os voluntários iluminam o caminho de outras pessoas abrindo novas oportunidades tanto na vida pessoal quanto profissional Quanto as imagens utilizadas, a borboleta com o pontilhado, mantida da antiga logo a pedidos dos voluntários, remete a transformação e as pessoas de diferentes idades mostram que os serviços oferecidos são abertos a diversas faixas etárias.
Doando, partilhando,
e iluminando vidas!
3254.5901
O grupo partilhar É uma instituiÇÃo sem Fins lucrativos que promove o bem estar pessoal e coletivo atravÉs do atendimento psicolÓgico, identificando necessidades e proporcionando oportunidades de desenvolvimento atravÈs de uma rede multiprofissional.
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