volume IV
intervenção na cidade gráfica
Este livro de Memórias Afetivas da Cidade é parte da prática lúdica da disciplina de Expressão Gráfica na Arquitetura do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco, ministrada pelos professores Igor Villares e Lula Marcondes, com monitoria da aluna Andressa Zerbinatti. Recife, outubro de 2019
O projeto “Intervenção na Cidade Gráfica”, surgiu como um meio de aplicar na realidade os conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina “Expressão Gráfica na Arquitetura” ministrada no 3º período do curso de Arquitetura e Urbanismo pelos professores Igor Villares e Lula Marcondes. A partir das experiências desenvolvidas nos semestres anteriores com o exercício “Meus Lugares - Pequeno Tratado do Imaginário Afetivo da Cidade”, em que os alunos escolhiam bairros, ruas ou praças da Região Metropolitana do Recife para desenvolver campanhas de valorização e (re)conhecimento da cidade, solicitamos aos alunos que procurassem eleger uma problemática no entorno que os cerca e intervir nesta realidade de modo a transformá-la, colaborando com a transformação e melhoria de estabelecimentos comerciais e de serviços populares. A ideia foi levar ao público que normalmente não acessa o mercado formal de design as ferramentas e recursos gráficos no sentido de melhorar a comunicação visual de seus empreendimentos. Ao incitar os alunos a oferecer seus serviços para clientes reais, resolvendo problemas cotidianos através dos recursos de comunicação visual, do design gráfico e das artes como um todo, proporcionamos aos mesmos uma tomada de consciência com relação ao mundo contemporâneo, a cidade em que vivem, o campo profissional que escolheram e os desafios que destas condições decorrem. Os resultados falam por si só.
Equipes e Lugares:
Marcelo Pescados
Cajazeiro
Beatriz Barros
Clara Oliveira
Gabriela Fernandes
Heloysa Carvalho
Gabriella Gouveia
Maria Eduarda
Marianna Almeida
Maria Letícia
Raquel Dutra
Mariana Brito
André Doces
Pet Bonito
Clara Harger
Delane Laura
Gabriela Ferreira
Eduarda Von
Laura Lima
Luiz Henrique
Mariana Miranda
Marina Britto
Maria Luiza
Vitor Hawatt Paulo Bandeira
AR. Pífano Beatriz Dantas
Casa Rosa
Eduarda Alves
Agueda Penna
Elena Clari
Eduarda Xavier
Maria Amélia
Ingrid Neiva
Patrick Lopes
Roberta Filizzola Victoria Teixeira
Dogueiros em Ação Amanda Barbosa Denilson Oliveira
Índice Marcelo Pescados
08
André Doces
12
AR. Pífano
Dogueiros em Ação
Cajazeiro
Pet Bonito
Casa Rosa
16
20
24
28
32
36
40
Este projeto tem como finalidade ajudar
o
microeemprendedor
Pediu demissão deste cargo, pois
a
segundo ele: “Temos que ter um
aprimorar a identidade visual do seu
objetivo na vida, querer ser algo e
negócio, afim de ampliar seu público.
construir uma coisa a mais”.
Encontramos um cliente para este projeto,
Marcelo
de
A partir disso resolveu dar início
Albuquerque
as suas vendas de pescados,
Martins, um vendedor do bairro de
boca. Revendendo os produtos
cido, pelo seu carísma e sua boa quali-
para
dade de mercadoria, ele é vendedor de
uma
Grupo:
comissão.
Gabriela Fernandes Gabriella Gouveia
guiu comprar uma moto, passou a
sua determinação e força de vontade seus
ganhar
Depois de um tempo, ele conse-
frutos do mar. Optamos por ele pela alcançar
Marcelo Pescados
começou a vender no boca a
Candeias. Um homem bastante conhe-
para
pe qui e a bd p& o s). t fo sto a! a o r r ret s pa p o o n a aç car ord esp rb (fo a r i et s. r Ob
Raquel Dutra
entregar a domicílio e abriu um
sonhos.
Marianna Almeida
ambiente no bairro Escada na casa
Nascido na Paraíba, Marcelo é filho de
da
sua
Beatriz Barros
sogra.
Local:
pescador e o seu pai possuia ate uma
Rua
carteira de pescador. Então desde
Candeias
pequeno ele e o seu irmão mais velho, acompanharam o pai nas pescarias e suas viagens no período das férias. Quando ficou adulto passou a construir sua própria família, veio a necessidade e vontade de melhorar, pois a pescaria lá na Paraíba era muito fraca. Mesmo com toda situação de busca de melhoria, ele terminou o esino médio, mas trabalhando ao mesmo t
e
m
p
o
.
Vem de uma família com poucos recursos e veio para Recife
em 2010 na
busca de melhoria de vida. Pois a sua cidade natal não tinha um desenvolvimento como Recife. Seu pai serviu como inspiração n
e
g
para o seu novo
ó
c
i
o
. Com o passar do tempo, esse espaço Qunado veio para recife trabalhou foi se desenvolvendo, o comércio foi cerca de um ano e meio como servente crescendo e a demanda aumentando de pedreiro. Logo em seguida traba- cada vez mais. Contudo, sua moto já lhou durante sete anos como zelador estava pequena demais em um condomínio em Candeias, demanda de
para
a
entrega.
localizado proximo ao seu atual ponto Marcalo conseguiu trocar sua moto de vendas. Esse foi o seu primeiro por um carro e agora trabalha na rua trabalho
de
carteira
assinada. vendendo seus produtos no porta
mala. Atualmente seu carro fica estacionado na rua Comendador Sá B
a
r
r
e
t
o
.
Comendador
Sá
Barreto,
Após conversamos com Marcelo sobre ideias para a logomarca do seu negócio ele nos falou que gostaria que houvesse ondas, um peixe e a cor azul, a partir disso nós reunimos para a criação da sua logomarca, inicialmente foi criado uma logomarca com duas ondas, um peixe sob elas e abaixo das ondas o nome “Marcelo Pescados” em um tamanho grande, alinhando com o comprimento das ondas, tendo o peixe menor sob. Apresentamos a Marcelo que gostou e aprovou. Porém, após um assessoramento melhoramos a logomarca, aperfeiçoando suas proporções e alinhamento, deixando assim, 5 ondas e no mesmo tamanho e alinhamento do nome( que diminuiu) e do peixe. Ao apresentar a Marcelo, ele foi sincero ao dizer que gostou mais da primeira, a partir disso começamos a conversar com ele para saber o seu ponto de vista, o porque dele ter gostado mais da primeira e explicar os motivos da segunda ser melhor graficamente. Foi explicado a ele sobre as proporções, o alinhamento, que o nome ser maior não significava que chamaria mais atenção e sim ter mais ondas junto ao peixe pois isso remeteria aos seus produtos. Depois dessa conversa, o cliente compreendeu e se convenceu que a segunda era muito mais vantajosa para ele. Toda a logomarca foi vetorizada é feita no programa Illustrator.
#
3
6
#
5
5
D
6
9
7
4
2
B
5
PRIMEIRA
IDEIA
DE
LOGOMARCA
LOGOMARCA
FINAL
O próximo passo foi o desenvolvimento de um cardápio que pudesse auxiliar aos clientes que vão ao seu ponto de vendas a indetificar os tipos de frutos do mar vendidos e os seus respectivos preços. Para isso, a ideia inicial era fazer algo simples, com cores que não se sobrepusessem aos da logomarca nem aos nomes e preços dos produtos. Para isso, foi criado um cardápio com escamas vetorizadas e em tons de azul mesclando do mais claro ao mais escuro por toda a região da folha, contendo a logomarca no lado superior direito é uma barra clara em baixo com o contato de Marcelo. Porém, ao final não gostamos muito e resolvemos aumentar a opacidade das escamas e colocar apenas na lateral como se fosse uma margem. Quando a mudança foi realizada, todos aprovaram. Também foi feito uma capa para o cardápio, contendo as escamas e a logomarca na parte central para poder chamar atenção de quem estivesse vendo. A criação de um banner seria a próxima etapa a ser realizada, o propósito seria colocá-la em frete ao carro para a sua identificação, mas devido a temporada de pesca optamos por um cavalete onde ele pode escrever com giz os frutos do mar que ele estão disponíveis no momento e o preço já que ambos mudam com a temporada. Também foi feito cartões para ele poder distribuir aos fregueses, nesses cartões contém sua logomarca, as escamas na lateral seguindo o padrão do cardápio e seu contato. Durante a visita, o grupo perguntou a Marcelo se havia alguma predileção por alguma cor especifica que quisesse incorporar ao trabalho que estávamos fazendo, ele respodeu sobre a importância da cor azul, por representar a cor do mar e ser sua favorita. Então todo o nosso trabalho foi feito em cima de quatro tons de azul, indo do mais claro ao mais escuro.
Marcelo Pescados Vendedor de Frutos do Mar (81)99472-3047(CLARO) (81)99277-4800(CLARO) (81)99897-8361(TIM) Marcelopescados88
CARDÁPIO R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ MARCELO PESCADOS -
994723047 (CLARO) 992774800 (CLARO) 998978361 (TIM)
Carlos André De Souza, 35 anos, reside no bairro linha do tiro, e sempre trabalhou como vendedor ambulante, vendendo acessórios para celular e sons portáteis nos ônibus e nas ruas do Recife, porém, para ele, o negócio não estava rendendo lucros e foi então, há 3 meses, que ele começou a vender seus doces, feito por ele mesmo. André, como gosta de ser chamado, tem uma rotina cansativa, pois, começa a vender seus doces a partir de meio dia e quando volta para casa, ainda precisa fazer os doces para vender no outro dia, ele trabalha de segunda a sábado e tem uma folga no domingo.
O objetivo desse trabalho é ajudar o cliente a aumentar seu negócio a partir de uma identidade visual, quando estávamos à procura de um microempreendedor que estava disposto a mudar seu trabalho de forma positiva, encontramos André, vendendo seus doces na parada de ônibus da rua João de barros, boa vista, bairro onde ele mais anda para vender seus doces.
André leva os doces em uma caixa de papelão e uma de plástico, e como ele não possui conhecimentos na área de criação de logo, pegou na internet um design já pronto, para vender seu produto. Quando uma das integrantes do grupo nos contou sobre André, nos interessamos em ajuda-lo. Apresentamos a André o nosso trabalho e o intuito dele, fizemos a proposta, e ele pareceu gostar da ideia de melhorar e divulgar a identidade visual do seu produto.
André Doces Grupo: André Souza Clara Harger Gabriela Ferreira Laura Lima Maria Luiza Mariana Miranda Local: Ruas do Recife
O cliente não possuía um nome nem uma logo própria, então, a construção da identidade visual foi feita do zero. Os únicos pedidos do cliente foram, o nome, André doces, e pediu que as cores fossem tons de verde e rosa.
A ideia principal foi construir a logo a partir da forma de um brigadeiro vetorizado. Os primeiros rascunhos foram feitos a partir da desconstrução do brigadeiro, colocados como plano de fundo de um brigadeiro vetorizado, porém ao analisarmos o design em um todo, a logo não agradou muito, pois não dava o destaque que queríamos para atrair o consumidor.
oces éD
And r
Depois de muitas pesquisas e encontros, decidimos manter a paleta de cores e o brigadeiro vetorizado como elemento principal, porém alteramos as formas do fundo, tiramos os brigadeiros de fundo e adicionamos apenas formas descontruídas com as cores escolhidas.
Alexandre Rodrigues, foi para Belo onde o nível de bactérias é menor, Jardim, interior de Pernambuco, fazer sendo o melhor período para a retiraLicenciatura em Música, e, no tempo da. Após a coleta, a taboca fica cerca que esteve por lá, teve uma aproxima- de três meses em um processo de ção forte com o Pífano, instrumento secagem e, ao fim da secagem, passa bastante antigo da cultura regional mais uma semana mergulhada na pernambucana, através das bandas de água, para tirar todo o amido do bambu e limpa-lo por dentro. Após Pifé da região e entorno. Ao voltar para sua cidade natal, levou “tratar” o material, Alexandre faz o consigo o Pífano, passando a tocar e bocal e, posteriormente, as demais confeccionar o instrumento.
aberturas com ferro quente, seguindo
Ar Pífano
a escala pitagórica, formando uma Grupo:
escala diatónica. Com isso, é feita a Beatriz Dantas finalização do instrumento, em que se Eduarda Alves remove a casca da taboca e se passa Elena Clari cera de abelha ou óleo de copaíba, Maria Amélia para ajudar no acabamento. Logo Patrick Lopes após esse processo, o isntrumento vai ao fogo, para a remoção do Local: exesso de óleo.
Itapissuma
Alexandre registra, com o pirógrafo, suas iniciais no instrumento já pronto. Porém, sem nenhum material para usar como identidade visual, foi desenvolvido,
pelo
grupo,
uma
logomarca que transmitesse a conexão entre Alexandre e o pífano. Além Há cerca de 3 anos, Alexandre deu disso, foi gerado um santinho, para início a um projeto de iniciação musi- ser usado como cartão de visita, uma
Alexandre toca e da aula de diversos instrumentos de sopro. Mas, o pífano marca sua trajetória pelo interesse em espalhar o instrumento pelos quatro cantos, mostrando que, apesar de ser um instrumento com poucas notas, é possível incorpora-lo em qualquer estilo musical.
Mais utilizado em ritmos como Maracal para crianças carentes. Com a sacolinha ecolóica e uma camisa. catu, Baião, Forró e Xote, o pífano é adesão das crianças ao projeto, ele viu O nome Ar.Pífano, surgiu a partir de um instrumento que possibilitou que a necessidade de confeccionar instru- uma brincadeira de Alexandre, com Alexandre ousasse, incorporando o mentos para essas crianças, que não as suas iniciais e os instrumentos de instrumento ao ritmo quente do frevo. tinham condições de adquirir uma sopro, que se utilizam do ar. Dessa Um grande desafio, já que o instruflauta doce, que custa, em média, 30 forma, usamos o nome para o Insta- mento é pouquíssimo usado no frevo, reais, para participar do projeto. Com a gram, criado para que ele possa que ele garante valer a pena. iniciativa de confeccionar pífanos para divulgar o seu trabalho. No momento, ele está no processo de esse projeto, por ser um instrumento produção de um disco, onde mostra de estudo mais simples para as crian- sos diferentes estilos musicais tocanos ças, de fácil transporte e que possibilinesse instrumento tradicional cultura ta a produção pelas próprias crianças,
Alexandre conseguiu recrutar diversos jovens e, hoje, o projeto tem uma média de 300 crianças, que participam de um coral e uma banda com orientação de Alexandre. De fabricação própria, os pífanos que Alexandre produz são feitos de cano de pvc ou de taboca - quando feito de taboca, faz a coleta do material na mata, em loite de lua minguante,
pernambucana. E tem o projeto de levar a cultura popular, através do pífano, para a Europa, no próximo ano (2020), por meio de um projeto de pesquisa voltado para a música popular brasileira. O Ar.Pífano vai além do trabalho de Alexandre, sendo um projeto de divulgação da cultura popular pernambucana e da incorporação de diversos estilos musicais no pífano.
Desenvolvimento desenvolvimento O material gráfico foi desenvolvido pelo grupo com a orientação dos professores Lula Marcondes e Igor Villares, que, ao longo de aproximadamente 2 meses, acessoraram no que o grupo precisou. O grupo, no primeiro encontro com Alexandre, traçou as necessidades do músico, que solicitou um cartão de visita, uma bolsa para os pífanos que confecciona e uma camisa. Traçada as necessidades de Alexandre, o grupo desenvolveu uma logomarca para ele, colocando nela a relação tão bela dele com o pífano. Essa logomarca foi o ponta pé incial para a produção dos demais produtos. O cartão de visitas foi pensado de forma a trazer a beleza do trabalho de Alexandre, contendo, na parte da frente, um verso, escrito pelo grupo, que representa o trabalho do músico andante, junto com a logomarca. No verso, os serviços prestados por Alexandre e os seus contatos. Na bolsa desenvolvida para que o pífano coubesse de forma apropriada, a logomarca e uma pintura feita manualmente nos fundos. A camisa, levou a mesma pintura e logomarca na frente. Na parte detrás,
os contatos de Alexandre.
O laranja escolhido pelo grupo para representar o Ar.Pífano, sendo uma cor que nos recorda os tons da taboca e é vívida. Foi a cor que regeu todo o trabalho, sendo uma das formas de identidade visual do grupo. No segundo encontro com Alexandre, foi sentida a necessidade de criar uma rede social para o músico, que não continha nenhuma voltada para seu trabalho. Foi criado um perfil no Instagram, chamado Ar.Pífano (@ar.pífano), voltado para a divulgação do trabalho de Alexandre: um espaço para ele divulgar suas músicas, os pífanos que confecciona e estão à venda, as aulas que dá e o projeto que possui, composto por um coral e uma banda formados por crianças carentes, que se
apresentam
de
tempos
em
tempos. O último encontro foi marcado por muita música e, nele, foram gravados alguns vídeos, onde Alexandre contou um pouco sobre como se aproximou do pífano e como faz para confecciona-lo. Ainda falou sobre seu projeto com as crianças carentes e como usa o pífano para inovar, tocando estilos músicas diversos nesse instrumento tradicional da cultura pernambucana.Nos vídeos, Alexandre dá uma “palinha” de algumas músicas, entre elas, um frevo que fez para um amigo e uma música que fez para o grupo. O desenvolvimento do trabalho ocorreu de acordo com os assessoramentos e encontros com Alexandre, sendo os produtos enviados a ele para aprovação. Os
produtos
proporcionaram
a
Alexandre uma identidade visual forte e cheia de significados. O Ar.Pífano saiu da boca do músico e se tornou sua marca, seu projeto, seu meio de divulgar, através do pífano, a cultura pernambucana.
produtos Desenvolvemos uma logomarca e um santinho, que servirá como um cartão de visita para o nosso cliente, além de criarmos um instagram, e confeccionar ecobags e camisas. A cor escolhida dá um tom vívido ao material feito para Alexandre, que visa a transformação que a música causa na vida das pessoas. O Instagram “@ar.pifano” foi criado no intuito de melhorar a divulgação do trabalho de Alexandre, no qual antes não havia nenhuma rede social voltada para essa divulgação.
Alexandre Rodrigues Produção e Venda de Pífanos Aulas de Instrumentos de Sopro
ANDANTE QUE SONHA EM LEVAR O SEU ”CANTO” POR ENTRE AS MAZELAS DESSE RECIFE DE ENCANTOS, FAZENDO DO BAMBU INSTRUMENTO PARA ENCANTAR POR AÍ.
Eventos
ano
f ar.pí fano
ar.pí
@ar.pífano (81)9.8776-2605 alexandrerodrigues_77@hotmail.com
O intuito deste trabalho tem como objetivo auxiliar o microempreendedor, que seja desprovido de noções de marketing a alavancar o seu negócio através de métodos de divulgação e identidade visual.
Kyka então decidiu unir essa ideia com o que ela ja fazia, que era adestrar cães e criar o projeto Dogueiros em Ação.
pe qui e a bd p& o s). t fo sto a! a o r r ret s pa p o o n a aç car ord esp rb (fo a r i et s. r Ob
O proejto conta atualmente com varios voluntaios, que se habilitam, a resgatar cerca de um a Em busca de possíveis clientes três cães por “temporada” e para a realização da intervenção levam para os lares educativos, na identidade visual de um esta- que são suas próprias casas. Grupo: belecimento encontramos Amanda Vieira enquanto navegávamos pela as Cada voluntário é treinado Denilson Oliveira redes-sociais a pagina Dogueiros anteriormente para saber Em Ação, que é uma organização adestrar os cães resgatados. Local: sem fins lucrativos composta por Tamarineira uma rede de patrocinadores e No critério de escolha dos caes, voluntários que colaboram para eles buscam resgatar animais retirar cães que se encontram com dificuldades de se adaptar em abrigos para educa-los e a novos ambientes e a novas encontrar lares para os mesmos. pessoas por motivos de traumas que aconteceram com ele no Sendo assim, entramos em con- passado, muitas vezes, sendo tato com eles através de suas assim cachorros adultos ou já No começo do projeto elas banredes sociais, e conhecemos idosos, ensinando o cachorro a cavam tudo do próprio bolso, Kyka Chuang, fundadora do se adaptar facilmente a rotina como banhos, exames, reméprojeto e uma das treinadoras de um futuro dono, aumenta dios, alimentos e todos os custos ndo suas chances de ser adota- para os cães, Logo depois elas comportamental de cães. do por uma boa família. ganharam alguns patrocinadores O projeto trabalha na linha de e colaboradores, porém ajuda ensino de metodologia positiva. Kyka treina e é supervisora de nunca é demais. Também conhecemos Natalia todos os treinamentos realizaCyreno, formada em direito, que dos pelos os voluntários e Durante a conversa, elas nos conheceu Kyka quando foi adotar afirma que qualquer um, que informaram que realmente preciseu primeiro cão, dentro do dedique um pouco do seu savam de ajuda quanto a parte projeto. A sua paixão por cães á tempo, consegue realizar o gráfica quanto a parte digital do levou a se aliar a Kyka nesta treino com os cães. projeto para a divulgação, não causa. somente para recrutar novos Quando a conhecemos o projeto voluntários mas também para Kyka decidiu criar o Dogueiros tinha apenas dois meses e meio chamar atenção de possíveis em Ação após assistir o docu- de existência, os primeiros cães novos patrocinadores. mentário “Dogs” da Netflix, que que eles resgataram já haviam adotados e naquele Durante nossas discussões, uma mostrou para ela pessoas em sido Nova Iorque que pegavam momento do nosso primeiro das primeiras pautas a serem cachorros prestes a serem sacri- encontro eles estavam em fase discutidas, quanto a conteúdo ficados, por conta da super-lota- de acompanhamento dos cães gráfico, foi a criação de uma ção dos abrigos onde se encon- com seus novos donos, pois nova logo marca, pois a que eles travam, e os levavam para a sua após a adoção dos cachorros usavam era uma achada na casa e ficavam com eles até eles acompanham toda a sua internet e não criada por/para acharem um dono, dando assim adaptação ao novo lar. eles. uma segunda chance de vida ao animal.
Na logo que eles utilizavam havia um humano com um cachorro, a logo que decidimos criar para eles seria uma que mantivesse a identidade da logo anterior, um humano com um cachorro, porém mais elaborada, onde ambos juntos têm o formato de uma casa, que representa o abrigo adotivo, o que foi acatado por elas. Uma outra pauta importante era a criação de produtos que tornassem os cães
Um dos cães do projeto com voluntária
Um dos cães do projeto, com produto de um patrocunador.
identificáveis para a adoção, para que quando os voluntários estivessem passeando com eles pelas as ruas, as pessoas ao olhar, pudessem identificar que eles estão disponíveis para a adoção. Produtos como bandanas para os cachorros utilizarem no pescoço e para os voluntários camisas, bonés e broches também para os identificarem como voluntários da causa. E para distribuir para o publico geral decidimos criar cartões com informações como redes sociais, email e telefone para contato para as pessoas poderem acha-los e ter mais informações sobre o projeto.
Antes e depois do Instagram
Antes e depois da logomarca
Telefone: 00000-0000 E-mail: dogueiros@emação.com @dogueirosemacao www.dogueirosemacao.com.br
Logo quando esse trabalho nos foi como seu adesivo, pelo fato de ser de apresentado, pensamos em algo cultu- onde se tem a vista dos casarões ral, que não só fosse criativo e único, antigos que tanto inspiram ele a fazer mas que também pudesse trazer suas esculturas. características do Nordeste, foi então que pensamos que a feirinha de boa Wanderson começou a talhar com viagem seria o local em que consegui- seu pai, de acordo com ele, quando ríamos achar nosso cliente já que é um ele era pequeno e via seu pai trabalugar que envolve muito da nossa lhando na madeira, ficava louco para cultura regional, com pinturas, artesa- saber como se fazia aquilo, como se natos, costuras e outras artes.
CAJAZEIRO
talhava,
então quando ficou um Grupo: pouco mais velho seu pai decidiu o Clara Oliveira ensinar e passar esse dom para sua Heloysa Carvalho geração.
Wandersson
pretende Maria Eduarda Araújo passar essas habilidades para seu Maria Letícia Lopes filho, que ainda é muito novo para Mariana Brito começar, mas que é louco para aprender e logo que ele já tiver tama- Local: nho o suficiente, vai aprender a talhar Feira de Boa Viagem como o pai e o avô. Seu pai trabalhava na pracinha desde o começo dela, cerca de 40 anos atrás, onde segundo ele, era um local mais desorganizado, “hippie”, antes da prefeitura decidir regulamentar a feira. Após o falecimento de seu pai, ele precisou continuar com o talento familiar, passando por uma seleção da prefeitura que exige que a pessoa Chegando lá, andamos pelos stands e prove que produz o artesanato, para nos deparamos com Wandersson, um que pudesse ter seu ponto fixo na cara simples, de 30 anos de idade, com feirinha. um sorriso enorme no rosto. Escultor de cajazeiro, reproduz os casarões de Olinda, as igrejas, os faróis e produz
Ficamos muito felizes com a aceitação
quadros de diversas temáticas através
dele e muito empolgadas para fazer
da madeira, pinta-os com cores fortes
um material gráfico que ele, como
e autenticas, como na vida real.
artista, gostasse. Ao longo de nossas
Quando falamos com ele e explicamos
visitas fomos mostrando o andamento
nosso trabalho e nossa proposta, ele
da arte e ele foi aprovando, dizendo o
logo se animou com a ideia, só ficou
que poderíamos alterar, sempre com
um pouco assustado com o fato de ser
um sorriso no rosto. Amamos fazer
algo que não custaria nada a ele.
esse trabalho e em ver que Wandersson ficou felliz com o resultado.
Ao longo de nossas visitas fomos conversando com ele e nos foi contando sua história de vida, como começou, de onde surgiu. Ele também nos contou de suas inspirações, em cada stand a prefeitura pôs
m adesivo
padronizado com imagens de paisagens do Recife com a logo da prefeitura e ele escolheu o da Rua da Aurora
Ao pensarmos em como faríamos a logo, procuramos começar pela origem do trabalho dele, de onde ele começa a esculpir, ou seja, a madeira. A madeira utilizada para esse tipo de escultura e muitos outros, é a madeira do cajazeiro, do pé de cajá. Então, a partir disso começamos a tentar variações do nome, como “cajá”, “cajazeira”, “cajartes”, mas decidimos, por fim, ficar com o nome “cajazeiro”, por ser um nome forte e marcante, que remete ao que buscávamos de regionalidade.
A partir da decisão do nome, começamos a pensar na imagem, na logo em si e várias ideias logo surgiram. A primeira coisa que pensamos foi utilizar as casinhas que Wandersson produz na logo, então começamos a desenhar opções, elas em sequência, sobrepostas dentro de uma circunferência, pensamos em as dispor linearmente, depois pensamos em utilizar a própria árvore de cajá na arte, mesclar as casas junto com a árvore, colocar apenas a árvore dentro de uma circunferência ou mesclar o nome com a árvore e as casas.
Conforme fomos assessorando fomos amadurecendo nossas ideias, surgiu então um “protótipo” da nossa logo, fizemos os casarões detalhados como nas esculturas, dispostas linearmente e logo abaixo delas o nome “cajazeiro” em uma fonte com uma ideia de xilogravura. Ao longo assessorarmos, percebemos que o detalhamento das casas estava chamando mais atenção que o próprio título, trazendo uma poluição visual, então decidimos simplificar as casas, deixando-as mais rústicas com característica de xilogravura mesmo e trazendo mais regionalidade a nossa arte.
Por fim decidimos utilizar uma fonte autoral, desenhada junto com as casas, digitalizamos, vetorizamos e fizemos variações de cores. A variação de cores varia junto com os produtos. Em relação aos produtos, procuramos fazer aquilo que achávamos necessário, juntamente com Wandersson, então pensamos em fazer cartão de visita, blusas, compramos sacolas de papel craft para que ele possa usar nas vendas e fizemos um carimbo com a logomarca para que ele possa deixar a marca registrada na sacola, fizemos o adesivo da parte superior da barraca dele e também fizemos ecobags e mais uma opção de blusa para venda, caso ele queira.
cajazeiro.artes praรงa de boa viagem cajazeiro.contato@gmail.com
Pet Bonito
Maria José de Almeida Lima é engenheira de formação e trabalhou na área por muitos anos até ser demitida no auge de sua carreira, por motivos de corte na empresa. Desde então, começou a fazer caminhas e roupas de cachorros e gatos em tecido na sua própria casa e, há cerca de vinte anos, faz disso o seu ganha pão. Foi quando surgiu a
PET BONITO
“PetBonito”. Seu filho Daniel, que Grupo: vive com ela, também entrou no Delane D’Laura mercado de PETS e, atualmente, Luiz Henrique vende roupinhas cirúrgicas para Maria Edduarda Von animais, confeccionadas por ele Marina Britto mesmo.
Paulo Bandeira Não faz muito tempo que Dona Maria Vitor Hawatt José teve sérios problemas de saúde e internou-se no setor de transplan- Local: tes de IMIP. Bairro de Boa viagem Foi a partir daí que criou-se a conexão entre a engenheira e o grupo. Felizmente, os problemas de saúde foram resolvidos e hoje está tudo bem, mas, apresentados à oportunidade de fazer a identidade visual de uma marca, o grupo logo considerou a cliente em questão. Acontece que há uma crescente demanda para todo tipo de acessório, alimento, até diferentes tratamentos de saúde, dentre outros, para os bichinhos domésticos. Atualmente, é possível encontrar no mercado produtos de extrema semelhança às camas da PetBonito, por um valor extremamente superfaturado. Inclusive, a própria cliente tinha como maior comprador uma grande
loja
“petshop”
de
um
shopping, que vendia as caminhas por
valores
entre
R$
300,00
a
500,00. Infelizmente, a loja em questão fechou e, portanto, a PetBonito está a procura de novos compradores. Além disso, Dona Maria José vende seus produtos quinzenalmente na feirinha do Recife Antigo. Contudo, o grupo acredita que seu potencial de vendas é maior do que o que atualmente representa. Dessa forma, surgiu a ideia de ajudar Dona Maria José a impulsionar a sua marca através do desenvolvimento
do design gráfico apresentado, com a intenção de que a mesma alcance um maior público e possa, ainda, elevar o preço de seu produto, que, atualmente, se encontra muito abaixo do mercado.
Processo criativo: O desenvolvimento da logomarca surgiu a partir da ideia de um cachorro deitado em sua caminha, para ilustrar o serviço realizado pela cliente.
Primeiramente, foi realizado um desenho em nanquim com abundância de tracos e detalhes, o qual foi computadorizado. Contudo, a imagem geraria uma grande quantidade de informações para uma logo.
Portanto, para sintetizar a ideia desejada na identidade visual da marca, optou-se por criar apenas um traço conciso. Sendo assim, eliminou-se a abundância de detalhes e o resultado foi uma logomarca minimalista.
Ideia inicial
Produtos desenvolvidos: Cuide bem da sua caminha!
Maria José
Cuidados: Querido cliente, a caminha do seu Pet foi feita com muito carinho, à mão, em tecido 100% algodão. Ela é toda revestida em zíper para que a lavagem seja feita separadamente. Indicamos que o tecido da cama seja lavado no máximo semanalmente e que seque em local sombreado e ventilado. As almofadas devem ser lavadas com menos frequência, ao menos quinzenalmente, para conservar o material e garantir mais conforto para o seu pet. Também indicamos que as deixe secar em local sombreado e ventilado. Bons sonhos! Pet Bonito.
tel:(81) 99661-6834 av. Boa Viagem, 3440 @PETBONITO_
Caminhas para Pets
Cartões de visita verticais, possibilitando adaptação para etiqueta.
Página do Instagram.
Etiqueta.
Panfletos sobre cuidados com o produto
Adesivo para da sacola Sacola com adesivo logomarca.
FLORECER DA CASA ROSA COMO CHEGAMOS A ELA? O Florecer da Casa Rosa é um projeto desenvolvido com crianças e suas famílias residentes na comunidade da mustardinha. A intenção de Dona Antônia Paz De Oliveira, conhecida como Dona Toinha foi acolher as famílias onde tem seus parentes dominados pelo mundo das drogas, além de apresentar diferentes atividades onde desperta o interesse pela arte, esporte e voluntariado.
Uma das integrantes do grupo conheceu a iniciativa de dona Toinha através de um trabalho voluntário e se emocionou com sua história de vida, convidando o resto da equipe a conhecê-la. Participamos do evento de dia das crianças e nos comovemos muito com a força de vontade dela de ajudar sua comunidade mesmo com pouco.
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Florecer da Casa Rosa Grupo: Àgueda Penna Ingrid Neiva Maria Eduarda Xavier Roberta Filizzola Victória Teixeira Local: Bairro da Mustardinha Recife-PE
COMO SURGIU O PROJETO? A pouco mais de 10 anos, dona Toinha teve um dos seus filhos preso devido as drogas. Após esse episódio de sua vida, ela resolveu desenvolver um projeto para acolher as famílias que estavam passando pela mesma situação e ajudar a cuidar de suas crianças, através de projetos desenvolvidos entre eles. Em 2009 um rapaz ofereceu sua casa para Dona Toinha desenvolver a sede do projeto, foi quando ela recebeu a doação de uma lata de tinta rosa para a decoração do ambiente. A partir daí, foi criado o nome do projeto: Florecer da Casa Rosa.
“A casa rosa é um sonho que ta crescendo cada vez mais graças as bençãos que sempre vem me ajudar.” - Dona Toinha
Após uma entrevista com Dona Toinha e visita a uma de suas atividades desenvolvidas com as crianças, coletamos o máximo de informações possíveis. Em equipe discutimos os principais pontos que seriam necessários para o projeto, foi quando o grupo optou pela produção de uma marca para o banner, uma camisa e ecobags para venda. A Casa Rosa não possuia nenhuma identidade visual. Sendo assim, criamos uma nova logo que representasse melhor o projeto. Optamos por um estilo minimalista com a escrita preta para melhor visualização e uma mancha rosa que representa a pintura desenvolvida pelas crianças na casa. Fizemos também uma rosa que tem a intenção de mostrar uma obra mais delicada e cuidadosa, inspirada na criadora do projeto. A camisa foi desenvolvida utilizando a nova logo para que Dona Toinha e os voluntários possam usar durante eventos e também como forma de divulgação. A utilização do banner foi escolhida com a intenção de uma divulgação mais rápida, fácil e momentânea, para que os moradores e visitantes da área, quando passar por perto, conhecer o trabalho desenvolvido por Dona Toinha, a fim de entrar, participar ou ajudar. As ecobags serão produzidas com intenção de venda para arrecadação de fins para o desenvolvimento do Florecer da Casa Rosa.