Exponential Magazine - Nº 11 (junho/2018)

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Foto: Daniela Yoko Taminato

M AG A Z I N E

SAIBA O QUE ROLOU NA 1ª EXPONENTIAL CONFERENCE E ENTENDA PORQUE NADA MAIS SERÁ COMO ERA ANTES.

POR UMA I.A. DO BEM VINÍCIUS SOARES APRESENTA OS 23 PRINCÍPIOS PARA TORNAR A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MAIS SEGURA. Foto: br.fotolia.com

A COPA VEM AÍ! to Fo IE SN

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EM JUNHO COMEÇA A COPA DO MUNDO FIFA DA RÚSSIA 2018 E O EXPONENCIAL MARCELO TAS JÁ ESCALOU O TIME PARA FAZER A COBERTURA DESSE GRANDE EVENTO!


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M AG A Z I N E

PÁG. 4, 5 e 6 Confira o que aconteceu na primeira edição da Exponential Conference.

Foto: Guilherme R. Alves

Foto: Rebeca Xavier

PÁG. 7 e 8 O sábado do dia 26 de maio de 2018 foi um divisor de águas na história da comunidade Exponential. Foi um dia especial na minha vida e na de tantas pessoas que estiveram com a gente na 1ª edição da Exponential Conference. E como não poderia ser diferente, essa será a nossa matéria de capa dessa edição de junho. Aqui teremos uma pincelada de tudo que rolou nesse evento épico, passando por todos os talks e painéis incríveis que levaram a galera ao delírio. Essa edição da Magazine traz também uma matéria escrita pelo Vinícius Soares da Silveira sobre os 23 Princípios de Asilomar que visam a tornar a Inteligência Artificial mais segura e ética. Outra pauta dessa edição é a cobertura da Copa do Mundo, que começa nesse mês de junho, na Rússia. Eu tive o privilégio de ser um dos 11 selecionados para me juntar ao Marcelo Tas (membro de vários grupos da franquia) nessa missão que, apesar do trabalho insano e das constantes porradas, tem sido um aprendizado incrível! E pra completar, ainda na pauta "Esportes", temos uma entrevista bem bacana com André Secco Richter, um dos sócios-fundadores da Alster, plataforma de crowdfunding que aproxima atletas de seus grandes objetivos comerciais. Foi uma revista que teve um gostinho especial de fazer (aliás, todas têm, de certa forma), porque me pegou com a cabeça ainda em chamas (e com um nível de cansaço hardcore) logo após a realização da Conference. Mas se você curtir e ficar feliz, já valeu a pena! Aproveite mais essa edição, leia com carinho e deixe seus comentários nos nossos vários grupos .

Boa leitura! ;) Bruno Seidel

Vinícius Soares da Silveira apresenta os chamados Princípios de Asilomar. Foto: br.fotolia.com

PÁG. 9 Marcelo Tas convoca seu time para cobrir a Copa do Mundo FIFA 2018. Foto: Jorge Bispo/Divulgação

PÁG. 10 Entrevista com André Secco Richter, o garanhão do esporte.

QUER ESCREVER PARA A EXPONENTIAL MAGAZINE? Curte escrever sobre futurismo, inovação ou tecnologia? Gostaria de usar esse espaço para apresentar seu projeto ou divulgar algo bacana? Então chega mais! Essa revista nasceu para ser colaborativa. Quanto mais cabeças pensando em rede, mais exponencial será o conhecimento! :)


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UM EVENTO

TRANSCENDENTAL! por Bruno Seidel

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abe aquela sensação de realização plena quando tudo dá muito certo e você se sente parte disso? Quando você vê energia positiva transbordando por todos os lados no ambiente em que você está. Quando você percebe que não há mais como mensurar os efeitos de uma transformação que já começou. Pois então, era assim que eu estava me sentindo no último dia 26 de maio, mais precisamente na EBAC (Escola Britânica de Artes Criativas), em plena Vila Madalena. Dia da 1ª Exponential Conference.

Na condição de mestre de cerimônias, eu estava encarregado de conduzir o evento no palco e anunciar as atrações que estariam por vir. Foi divertido demais entrar ao som da nossa boa e velha ata para fazer a abertura. Aproveitei para perguntar quem ali não estava em nenhum grupo, achando que meia dúzia de gatos pingados levantaria a mão. Para a minha surpresa, tinha muita gente que não estava em grupo nenhum ou que sequer sabia da existência dos Exponentials. E, tipo, isso é muito foda (no bom sentido)!

Foto: Rebeca Xavier

Esse evento foi idealizado, planejado, organizado e protagonizado pela própria comunidade Exponential. Assim como os grupos da franquia, não tinha um dono e nem alguém centralizando a porra toda. O que tinha, sim, era uma galera envolvida e empenhada num mesmo objetivo: fazer um evento incrivelmente especial. Para que isso fosse possível, contamos com o apoio de muita gente que se doou com suas expertises, seus talentos, seus serviços, seus contatos ou simplesmente com sua presença. Foi uma união de trabalhos voluntários que fez esse dia acontecer.

A Conference contou com um total de sete talks e cinco painéis, além das +200 pessoas que compareceram na EBAC para prestigiar as atrações. O mais legal de tudo, claro, era poder rever grandes amigos que há muito tempo eu não via, além de conhecer tanta gente legal com quem eu só mantinha contato virtualmente até então. O clima de confraternização e celebração começou desde cedo, quando a galera começou a aparecer.

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Fotos do evento: https://photos.app.goo.gl/iQStqxxh60aFP5YG2 Vídeo: https://youtu.be/q3XKgJOLHuY?t=1h22m [Parte 1] https://youtu.be/GQQxoEw1750?t=5m [Parte 2]


Foto: Rebeca Xavier

A primeira atração da Exponential Conference foi o painel Open Innovation, conduzido pela Daniela Yoko Taminato e com a presença ilustre de duas feras no assunto: Camila Achutti, fundadora da plataforma de educação em tecnologia Mastertech, e Marcelo Spaziani, vice-presidente de vendas para IBM América Latina. Os três falaram sobre o ambiente de inovação e o desafio das startups nesse cenário de transformação acelerada que estamos vivendo a todo instante.

no Painel EDU: Marcelo Tas, Marica Padilha e Guilherme Rodrigues Alves.

Logo em seguida foi a vez do aguardadíssimo Painel EDU, conduzido por Guilherme Rodrigues Alves e com a participação do ilustre Marcelo Tas e da experiente Marcia Padilha. Em uma conversa bastante animada e com boa participação da plateia, eles lapidaram uma nuvem de palavras que a galera julgava serem os termos mais relevantes para descrever o modelo ideal de Educação em 2050. Para Tas, as duas palavras mais importantes ao falar desse assunto são "prazer" e "discernimento". Tas também fez o favor de me deixar constrangido ao me colocar na frente do palco para sugerir um painel na próxima edição da Conference: "Como funciona o cérebro de Bruno Seidel". ¬¬

o sempre incrível Dr. Leo Aguiar fez a galera se arrepiar com sua palestra.

De volta às atividades, tivemos uma palestra com Filipe Braga Ivo, o "pai biológico dos Exponentials", contando como foi o surgimento dos grupos que evoluíram exponencialmente até virar esse fenômeno que é a franquia de grupos. E logo em seguida foi a vez do sensacional Dr. Leo Aguiar, médico e cirurgião plástico, emocionar todo mundo com sua incrível palestra. Sério, que cara especial esse Leo!

Foto: Guilherme R. Alves

da esquerda para a direita: Marcelo Spaziani, Camila Achutti e Daniela Taminato.

Filipe Braga Ivo contou como foi a criação do primeiro Exponential Group.

Depois dos painéis, tivemos um intervalo para o almoço que foi servido no próprio prédio da EBAC. Aquele momento especial para dar uma relaxada, conversar com os amigos, deixar o networking rolar solto, confraternizar, tirar muitas fotos, dar boas gargalhadas e babar com as fotos do Parque das Esculturas Francisco Brennand, de Recife-PE.

The Powerpuff Girls: Andrea Bisker, Tatiana Tosi e Mari Marcílio.

O terceiro painel do dia foi com um trio incrível de mulheres fenomenais: Andrea Bisker, Mari Marcílio e Tatiana Tosi trouxeram o tema "Consumer Behavior" pro palco e conduziram a conversa de um jeito contagiante e repleto de cases interessantíssimos. Elas conseguiram contextualizar o comportamento do consumo numa ótica que corrobora com aquilo que chamamos de "espírito do nosso tempo" (ou zeitgeist, para os mais chegados). Uma frase que me marcou demais nesse painel foi: "As pessoas amam marcas que amam pessoas".

Fotos: Rebeca Xavier

Foto: Rebeca Xavier

Antes de iniciarmos a rodada de painéis da parte da manhã, eu contei pra galera sobre como surgiu a ideia de organizar a Conference, logo após um Amigo Secreto no final do ano anterior. Também falei sobre o trabalho de curadoria de conteúdo das atas e da Exponential Magazine. Foi dito ainda, claro, que o evento era sem fins lucrativos e que toda a grana arrecadada com a venda de ingressos foi revertida em custos essenciais como segurança, alimentação, limpeza, material gráfico, equipamentos, sonorização... e que nenhum palestrante recebeu cachê para estar ali. Aliás, esse é o momento de agradecer a todas as “pessoas jurídicas” que ajudaram esse evento a sair do papel (ou do Whatsapp): Dágora, Dobra, EBAC, Explore, Futuring.Today, Futuro Exponencial, Hack Town 2018, IBM, Idetra, IGovNights, Laduo, Lasig, Mastertech, Pluvi.On, Pox, Rito, Startcity, Startup's Hack, Stylus, Sunew, Torcedores, Veggie to Go, White Rabbit, WTF!School e Zoonk. Mais uma vez, muito obrigado!

Fotos: Rebeca Xavier

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Edu Azeredo: o espírito-de-porco que todos amam amar.

Sephora trouxe, de Brasília, o case IGovNights.

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Logo depois do Edu, foi a vez da Sephora trazer um pouco da realidade de Brasília para a galera que estava lá. Ela apresentou o case do IGovNights com uma pegada totalmente maker e pró "vai lá e faz". Tudo alinhado com o senso de propósito e com o objetivo final de impactar positivamente a vida das pessoas.

Fotos: Rebeca Xavier

Na sequência da Conference, tivemos um talk super inspirador e desafiador com Edu Azeredo falando sobre O Futuro do Trabalho. Eu sempre aprendo demais toda vez que paro para prestar atenção no que o Edu tem a dizer e dessa vez não foi diferente. Sem falar nesse sotaque carioca maneiro e todo peculiar que ele tem, o que torna sua apresentação algo único, divertido e que nos faz refletir profundamente.

Hugo Santos contou o que a paternidade trouxe em sua vida.

Lu Bazanella falando de marcas, bots e a revolução da alma humana.

Foto: Rebeca Xavier

E por falar em abrir o coração, nenhuma pessoa exigiu mais da minha sinceridade ao ser chamada para o palco do que ele: Hugo Santos, o pai da Laurinha, o marido da Shirley, o hacker do Pluvi.On! Hugo é um dos melhores amigos que eu já fiz e o cara mais generoso que eu já conheci na vida. Ele foi convidado a falar sobre Inteligência Artificial no evento e, como não poderia ser diferente, arrebentou! Conseguiu explicar um assunto incrivelmente complexo de um jeito lindamente simples, didático e cativante. Um fenômeno! Lucas e Debs falaram sobre o Venus Project.

Depois de um sorteio tão divertido quanto bagunçado, onde foram distribuídos alguns exemplares da Exponential Magazine e da Dobra, tivemos a penúltima palestra do dia, que foi com a Lu Bazanella da White Rabbit. A Lu tem muita presença de palco e é uma pessoa que manja demais do tema "branding" e do impacto das marcas na vida das pessoas.

Foto: Rebeca Xavier

Fotos: Rebeca Xavier

Depois de um rápido intervalo, tivemos a exibição de um vídeo breve e explicativo sobre o The Venus Project e, logo em seguida, um painel bem curto, mas necessário, com a presença de Debora Souza e Lucas Garbellini. Ambos são pontos de contato oficiais do Venus Project no Brasil e, em sua fala, fizeram um curto resumo do que é o TVP e o conceito de Economia Baseada em Recursos, de como está o processo de tradução do livro The Best that Money cannot buy (que aqui vai se chamar O Melhor que o Dinheiro não pode comprar) e, claro, do documentário The Choice is Ours, que eu fiz questão de reforçar logo depois da fala deles.

e se um evento como esse não tivesse Catarina Papa, Bruninho Macedo e Paulo Renan? Melhor nem pensar numa coisa dessas.

Logo em seguida foi a vez do trio formado por Bruno Macedo, Catarina Papa e Paulo Renan assumir o palco para uma das atividades mais aguardadas da Conference: o Painel Xperience! Claro que rolou uma atividade que fez a galera participar junto, como já é de se esperar em painéis formados por esse trio. Tivemos rodadas inéditas do What If, o game que desafia a galera a fazer projeções futuras com as letras "e se?". Depois do painel, o grupo continuou aberto no Whatsapp e foi incorporado oficialmente à franquia: é o Exponential Whatif_. Assim que acabou esse painel, eu fiz questão de ler em voz alta uma carta (na verdade, era uma mensagem que tinha sido enviada para mim via Whatsapp) escrita pelo Lucio Mello no dia do meu aniversário. Nessa mensagem, ele falou sobre a transformação que os Exponential provocaram na vida dele.

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o monstro estava à solta!

E pra fechar o evento, claro, ele: o monstro sagrado do futurismo! O cara que põe fogo no Cabaré! O cara que faz você levar um susto quando entra no quarto! O imbatível e único JAAAAAAAACQUES BARCIA!!!!! Com sua palestra histórica e apoteótica, na qual definiu de forma incrivelmente clara e precisa o papel de um futurista, bem como as visões de futuros desejáveis, Jacques encerrou a Exponential Conference sob eufóricos aplausos e um clima de alegria indescritível. Era aquela sensação imensurável de dever cumprido e de felicidade corroendo o ambiente! Uma sensação que tomou conta do happy hour, do pós-happy hour, da Nossa Casa, da pizza, da saideira e dos confins diabólicos do Cabaré. A regra era uma só: celebrar e viver intensamente aquele momento! E que saudade violenta que me dá só de lembrar. Por fim, cabe agradecer a todos que tornaram esse evento possível, principalmente o timaço formado por Dani Yoko, Diogo Tomaszewski, Susan Moreno, Rebeca Xavier, Bruno Sabino, Robson, Vitor Signori, Marcos Dágora, Robert Wagner e, claro, a fenomenal Monique Wasserman (conheçam!). Brigadão também ao Renato Bliacheriene, que me acomodou durante uma semana inteira em São Paulo. E, por fim, a todos que estiveram lá conosco nesse dia lindo que, esperamos, seja só o começo de algo ainda mais incrível. Obrigado por tudo, galera! Vocês são foda! É nóis!


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23 PRINCÍPIOS PARA TORNAR A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MAIS SEGURA por Vinícius Soares da Silveira

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preocupação com o desenvolvimento seguro da Inteligência Artificial tem se tornado um assunto cada vez mais relevante.

Na história recente, estamos observando fortes sinais de alerta, como acidentes com carros autônomos, o robô atirador (F.E.D.O.R.), o escândalo Cambridge Analytica e a manipulação da massa, o vídeo de alerta do Future of Life Institute com a simulação dos drones assassinos, a utilização de Inteligência Artificial para geração de Fake News, Deep Fake e manipulação de vídeos em geral, entre muitos outros exemplos assustadores.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SEGURANÇA Embora uma forma definitiva de se garantir o desenvolvimento benéfico seja difícil de ser alcançada, os princípios de Asilomar, listados a seguir, se apresentam como o caminho a ser seguido para mitigar os riscos e buscar a segurança necessária. Eles são o resultado de um trabalho conjunto de pesquisadores acadêmicos e da indústria, contando com a contribuição de lideranças nas áreas de economia, legislação, ética e filosofia. Parte destes princípios podem ser implementados imediatamente, enquanto outros ainda dependerão de disrupturas tecnológicas.

PRINCÍPIOS DE ASILOMAR Aspectos de Pesquisa 1. Objetivo da pesquisa: O objetivo da pesquisa em Inteligência Artificial deve ser não criar inteligência não direcionada, mas inteligência benéfica; 2. Financiamento da pesquisa: Os investimentos em Inteligência Artificial (AI) devem ser acompanhados por investimentos em pesquisa para garantir seu uso benéfico, incluindo questões como ciência da computação, economia, legislação, ética e social. • Como podemos tornar os sistemas AI altamente robustos, de forma que eles façam o que queremos sem apresentar defeitos ou serem hackeados? • Como podemos promover a prosperidade através da automação ao mesmo tempo em que resguardemos os recursos e os propósitos das pessoas? • Como atualizar nossos sistemas legais para serem mais justos e eficientes, para acompanharem o ritmo da AI e gerenciar os riscos associados à AI? • Como definirmos os valores que a AI deve seguir e que status ético e legal estes valores devem possuir?

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3. Relação Ciência / Legislação: Deve haver um relacionamento construtivo e saudável entre pesquisadores de AI e os legisladores.

14. Benefício compartilhado: Tecnologias AI devem beneficiar e empoderar a maior quantidade de pessoas possível.

4. Cultura de pesquisa: Uma cultura de cooperação, confiança e transparência deve ser estimulada entre pesquisadores e desenvolvedores de AI.

15. Prosperidade compartilhada: A prosperidade econômica criada por AI deve ser compartilhada largamente, beneficiando toda a humanidade.

5. Evitar disputa: Equipes desenvolvendo AI devem cooperar ativamente para evitar atalhos em padrões de segurança.

16. Controle humano: Humanos devem escolher como e quando delegar decisões para sistemas AI, para atinigir os objetivos escolhidos pelos humanos.

Ética e valores

17. Não-subversão: O poder conferido aos sistemas AI altamente avançados deve respeitar e se aprimorar os processos sociais e cívicos dos quais a sociedade sadia depende, nunca subvertendo-os.

6. Segurança: Sistemas AI devem ser seguros e protegidos por toda a sua vida útil, e isto deve ser passível de verificação quando aplicável e viável. 7. Transparência das falhas: Se um sistema AI causar algum tipo de dano, deve ser possível identificar o porquê. 8. Transparência legal: Qualquer envolvimento de um sistema autônomo em uma decisão jurídica deve prover uma explicação satisfatória e auditável por uma autoridade humana. 9. Responsabilidade: Designers e construtores de sistemas de AI avançados são responsáveis nas implicações morais do seu uso, mal uso e ações, com responsabilidade e oportunidade para tratar estas implicações. 10. Alinhamento de valores: Sistemas AI altamente autônomos devem ser projetados de forma que seus objetivos e comportamentos sejam asseguradamente alinhados com os valores humanos ao longo de toda a sua operação. 11. Valores humanos: Sistemas AI devem ser projetados e operados de forma compatível com os ideais de dignidade humana, direitos, liberdade e diversidade cultural. 12. Privacidade pessoal: As pessoas devem ter direito de acessar, gerenciar e controlar os dados que elas geram, tendo em vista a poder dos sistemas AI para analisá-los e utilizá-los. 13. Liberdade e privacidade: A aplicação de AI sobre dados pessoais não deve restringir de forma injustificada a liberdade das pessoas, de forma real ou percebida.

18. Corrida armamentista em AI: Uma corrida armamentista para armas autônomas letais deve ser evitada.

Questões de longo prazo 19. Precauções com capacidade: Não havendo consenso, devemos evitar inferências sobre os limites da capacidade de sistemas AI no futuro. 20. Importância: AIs avançadas podem representar uma mudança profunda na história da vida sobre a Terra e deve ser planejada e gerenciada com cautela e recursos proporcionais. 21. Riscos: Os riscos apresentados por sistemas AI, especialmente os riscos catastróficos ou existenciais, devem ser assunto de planejamento e esforços de mitigação proporcionais aos seus impactos esperados. 22. Auto-aprimoramento recursivo: Sistemas AI projetados para automaticamente se melhorarem ou se replicarem de forma que possa rapidamente promover aumento em quantidade ou qualidade devem ser assunto de rigorosas medidas de controle e segurança. 23. Bem comum: Superinteligência deve ser unicamente desenvolvida a serviço de ideais éticos amplamente compartilhados e para o benefício de toda a humanidade em detrimento de um estado ou organização.

Traduzido de Asilomar AI Principles, por indicação do prof. Antônio Marcos Alberti, do Inatel.

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Matéria escrita por Vinicius Soares para o site futuroexponencial.com Vinicius é Engenheiro de Telecomunicações pelo Instituto Nacional de Telecomunicações, Especialista em Marketing-MBA pela Fundação Getúlio Vargas e mestrando em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Itajubá.


Foto: FourFourTwo Arabia

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TORCEDORES NA COPA!

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Copa do Mundo FIFA é a maior competição esportiva do planeta. Para os apaixonados por futebol, é um momento mágico que acontece a cada quatro anos. E para aqueles que não são tão ligados assim, mas que curtem o clima festivo que toma conta do Brasil e de tantas outras partes do mundo, é um evento repleto de acontecimentos marcantes e histórias memoráveis. Quem não lembra de onde estava quando o italiano Roberto Baggio mandou aquela bola por cima do gol do Taffarel, decretando o tetracampeonato da Seleção Brasileira? Ou do trágico 7 a 1 em pleno Mineirão, o "11 de setembro do futebol brasileiro"? São momentos assim que tornam a Copa do Mundo algo tão especial.

Foto: Jo rge Bisp o/

Divulga

ção

E foi pensando em descobrir e reunir histórias como essas que o jornalista Marcelo Tas resolveu formar uma equipe de comunicólogos com a missão de cobrir a Copa do Mundo da Rússia em 2018. Para isso, Tas lançou um curso na plataforma do site Torcedores (torcedores.com), onde passou várias dicas valiosas sobre como montar matérias, reportagens e entrevistas; sobre como cobrir um evento gigantesco e global como a Copa do Mundo e sobre sua curiosa trajetória que começou na cidade de Ituverava - SP, passou pela faculdade de Engenharia Civil da USP, pelo curso de cinema e televisão na Universidade de Nova Iorque, por personagens

inesquecíveis como o Cabeça Branca (Vídeo Show), o repórter Ernesto Varela, o Professor Tibúrcio e o Telekid (do Castelo Rá-Tim-Bum) e pela sua atuação como apresentador de programas de TV como CQC (Band), Plantão do Tas (Cartoon Network) e tantos outros. Foram 3,5 mil inscritos para o curso e, entre tanta gente dedicada e talentosa, apenas 11 foram selecionados para cobrir a Copa do Mundo da Rússia sob a regência do Tas. O time convocado é formado por Bruno Seidel, Daniel Aloisio, Débora Carvalho, Fernanda Colombo, Gabriela Garcia, Gabriel Rigoni, Gustavo Altman, Josuá Barroso, Lucas Meireles, Matheus Bosco e Thiago D'Amaral. Todos eles terão a missão de produzir conteúdo jornalístico constante e de qualidade sobre o maior torneio do planeta. A 21ª edição da Copa do Mundo começa no próximo dia 14/6, com o jogo entre Rússia e Arábia Saudita. O Brasil, que chega com moral em busca do sexto título, só estreia no dia 17, contra a Suíça. Além dos comandados de Tite, temos Espanha, França, Argentina e Alemanha despontando como principais favoritas. A final será no dia 15 de julho, no Estádio Lujniki, em Moscou. Que a equipe comandada por Tas faça uma excelente cobertura dessa Copa. E que ela termine, de preferência, destacando a conquista da sexta estrela da camisa verde-amarela.

Acompanhe a cobertura do Time do Tas na Copa do Mundo FIFA 2018 no site torcedores.com

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ENTREVISTA com André S. Richter Sócio-fundador da Alster

1 - Seu trabalho à frente da Alster começou quando você, prestes a se formar em Direito, estava mais focado em empreender, certo? Conte como foi essa encruzilhada na sua vida, que culminou na parceria entre você e seus dois sócios. ASR - O projeto da Alster, já com os sócios, começou em dezembro de 2016, um pouco mais de 4 anos que já estava formado em Direito. Seis meses antes de me formar, decidi que queria empreender. Eu tinha um sonho muito claro: empreender em algo voltado para o esporte! Não imaginava que isso aconteceria quatro anos depois de me graduar. Atleta desde pequeno em diferentes modalidades, sempre me mantive perto do esporte, e via as dificuldades de muitos amigos, e atletas de muito talento. Assim, resolvi montar a Alster. Quanto aos sócios, são dois amigos que também tem perfil empreendedor, e nós três nadávamos juntos na equipe máster de um clube de Porto Alegre. Esse contato facilitou muito a nossa parceria, e traz ganhos imensuráveis para tomarmos decisões. 2- Você acredita que, num futuro desejável, o esporte possa ser mais cooperativo e menos competitivo? ASR - O esporte tem um viés cooperativo gigantesco, ainda que o que mais se destaque na mídia sejam as competições. Para se ter uma ideia, os Jogos Olímpicos, até 1984, eram com atletas amadores. A etimologia da palavra "esporte" remete a lazer. Além do mais, o esporte praticado quando criança, e quando adulto (no amador master) tem um papel social e de desenvolvimento de valores fundamen-tais. 3- Com o fim da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, você acredita que a "década do esporte" no Brasil já acabou? Que legado esses eventos deixam para o país? ASR - A década de eventos começa com o Pan de 2007. Todavia, não vejo que tenha sido a década do esporte para o país! Em termos gerais, os resultados não foram satisfatórios. Independente disso, o brasileiro tem aumentado a prática esportiva por outras razões. Quanto ao legado, ao meu ver, ficou apenas do ParaRio2016, que surpreendeu todo mundo mostrando a capacidade, talento, garra, e sucesso dos paratletas!

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ndré Secco Richter é um apaixonado declarado por esportes. Está a frente da Alster, uma plataforma de impulsionamento ao esporte, que tem a missão de apoiar e viabilizar os sonhos esportivos de todos os atletas brasileiros. É advogado por formação com pós-graduação em gestão estratégica de negócios e também em finanças e governança corporativa, ambas pela ESPM-SUL.

4 - Qual sua opinião sobre os e-sports? Você acredita que eles possam se tornar tão ou mais populares do que as modalidades tradicionais? ASR - É um assunto que eu tenho lido cada vez mais, estou aprendendo, e ainda não tenho uma opinião formada. Mas até agora, tendo a pensar que a única forma de e-sports ser mais popular que as modalidades tradicionais é somar a sua prática à realidade aumentada. Ainda assim, acho que não se tornaria, porque não é uma modalidade barata! E um dos principais requisitos para tornar um esporte popular é o número de pessoas praticando, e a facilidade de aprendêlo e praticá-lo. Independente disso, no quesito mídia, ele já aparece entre os principais, uma vez que grandes emissoras de TV já têm programas, dentro da sua grade de horários, especiali-zados no assunto.

5- Qual sua opinião sobre o recente caso de atletas transsexuais em modalidades esportivas nas quais a força física faz toda a diferença (caso da jogadora de vôlei Tiffany e da lutadora de MMA Fallon Fox)? ASR - É um assunto muito delicado de tratar e que envolve um debate muito mais complexo que apenas opiniões. Por mais que comentem que na troca de sexo há utilização de hormônios do sexo oposto e que isso interfere nas composições físicas, qual seja a principal delas muscular, ainda assim essa pessoa durante a fase da puberdade teve o desenvolvimento de acordo com o seu gênero de nascimento. A troca de sexo, na minha opinião, tem obstáculos biológicos que dificilmente serão transpostos. Assim, devem ser respeitados por ser uma variável não controlável, e ser da natureza da nossa espécie.

6- Além de ser um importante instrumento de inclusão, o esporte também pode ter um alto potencial para propagação de bullying, uma vez que crianças mais fortes, mais magras e mais saudáveis têm mais chances de se sair melhor. Como você enxerga esse cenário? ASR - Há esportes para todos os perfis. Vide futebol americano, MMA x Sumô. Claro que há a influência da cultura. Mas o principal propagador do bullying é a má educação e o egocentrismo do que se sente privilegiado! Cabe aos profissionais da área não só serem exemplos, mas também bons analistas das capacidades de cada atleta... Vi muitas pessoas serem vexame em alguma modalidade, e um grande talento em outra! Além do mais, esse tipo de comportamento pode acontecer qualquer ambiente que exista interação social. 7- Que tipos de iniciativas em prol do esporte você acredita que ainda podemos esperar por parte das grandes corporações e do governo? ASR - governo e empresas já se desenvolveram bastante no intuito de apoiar o esporte de base, e o de alto rendimento! Temos ótimas possibilidades que beneficiam os atletas, falo qualitativamente. Todavia, ainda há uma grande parcela de tomadores de decisão nessas instituições que não percebe o custo benefício desse apoio! É importante mantermos as oportunidades, e fazermos o possível para aumentar a sua abrangência!


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REC ÉM C HEGA D@? Para você que tem dúvidas sobre a franquia de grupos Exponential, confira o nosso Guia de Sobrevivência e saiba mais sobre esse fenômeno das mídias sociais.

https://goo.gl/sqXtUo

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NA EDIÇÃO ANTERIOR A décima edição da Exponential Magazine teve um sabor todo especial

Foto: Tesla,

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e, não por acaso, trouxe na matéria de capa um apanhado histórico desde o surgimento dos grupos da franquia até a realização de eventos incríveis como Future Talks, Singularity Summit e Exponential Conference. Tivemos também uma matéria em que o Dr. Leo Aguiar nos deu spoilers sobre o futuo da saúde, uma comparação entre o legado dos dinossauros e o dos humanos e também uma entrevista com a Natasha Pádua, do site EatInnovation.

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