Exponential Magazine - Nº 25 (agosto/2019)

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M AG A Z I N E

O QUE SIGNIFICA

COMMUNITY

BUILDING UMA ANÁLISE DO CAIO VINICIUS DE MATOS SOBRE GESTÃO DE COMUNIDADES.

CONFERENCE EM DOSE TRIPLA! SE EM JUNHO JÁ FOI LEGAL DEMAIS TER A EXPONENTIAL CONFERENCE² EM SÃO PAULO, IMAGINA TRÊS EDIÇÕES NUM MESMO FIM DE SEMANA?! EM Foto: Divulgação

Foto: Divulgação EM

O BELLA CIAO GOSTE OU NÃO DA IDEIA, A CONTINUAÇÃO DE LA CASA DE PAPEL É UMA REALIDADE E JÁ ESTÁ ENTRE NÓS.


CE

NO CENTRO CULTURAL BELCHIOR

16.AGO

RUA DOS PACAJÚS, 123 - PRAIA DE IRACEMA

FORTALEZA - CE

SEXTA-FEIRA APOIO

RJ

17.AGO SÁBADO

NA WEWORK BOTAFOGO AV. PASTEUR, 154 - BOTAFOGO

RIO DE JANEIRO - RJ

RS

18.AGO DOMINGO

NA CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA RUA DOS ANDRADAS, 736 - CENTRO HISTÓRICO

PORTO ALEGRE - RS EVENTO INTEGRANTE DA PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO


Foto: br.fotolia.com

PÁG. 4 e 5 Caio Vinicius de Matos fala sobre construção e condução de comunidades. Foto: br.fotolia.com

PÁG. 6 e 7

A

gosto é um mês especial para a Magazine e para a comunidade Exponential como um todo! Foi nesse mesmo mês, em 2016, que surgiu o grupo matriz (hoje Exponential Group; também chamado de grupo principal), que mais tarde exponencializou para grupos adjacentes (os tais de spinoffs) e virou essa franquia maluca. Foi nesse mesmo mês, em 2017, que tivemos a primeira edição da Magazine. E é nesse mesmo mês, agora em 2019, que vamos ter três edições da Exponential Conference acontecendo em um mesmo fim de semana! Isso vai ser algo histórico para a comunidade! Aliás, já que essa palavra (comunidade) vem sendo dita e repetida tantas vezes em eventos e encontros dos Exponentials, resolvemos colocar na capa da edição desse mês uma matéria escrita pelo Caio Vinicius de Matos e que trata exatamente de gestão de comunidades. O Caio já tinha palestrado sobre esse mesmo assunto no palco principal da Conference² em junho e, agora, organizou todas essas ideias e embasamento para explicar o que é, de fato, uma comunidade. Claro que também teremos uma matéria destacando essas três edições da Conference que estão dando o que falar: CE (dia 16), RJ (dia 17) e RS (dia 18)! Tudo no mesmo fim de semana! A edição desse mês ainda traz uma matéria sobre a série espanhola La Casa de Papel, que recentemente voltou a ser o centro das discussões com a estreia de sua 3ª temporada no catálogo do Netflix. E para fecharmos em grande estilo essa "edição de aniversário", vai aí uma entrevista com esse cara sensacional chamado Ruben Binho, produtor musical que fez todo mundo se emocionar na Conference² e que já compôs trilhas memoráveis, além de ser a personificação do que há de melhor num verdadeiro geek! Espero que essa edição da Magazine seja digna de celebrar os 2 anos de aniversário da revista. Se você gostar, já é! Boa leitura! ;) Bruno Seidel

Fortaleza, Rio e Porto Alegre recebem mais três edições da Exponential Conference! Foto: Divulgação EM

PÁG. 8 e 9 Os assaltantes mais amados da Cultura Pop estão de volta. Foto: Divulgação EM

PÁG. 10 Uma conversa Ultra Sensacional com o talentosíssimo Ruben ‘Binho’ Feffer.

Curte escrever sobre futurismo, inovação ou tecnologia? Gostaria de usar este espaço para apresentar seu projeto ou divulgar algo bacana? Então chega mais! Esta revista nasceu para ser colaborativa. Quanto mais cabeças pensando em rede, mais exponencial será o conhecimento! :)


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AFINAL, O QUE SÃO COMUNIDADES? por Caio Vinicius de Matos

Foto: br.fotolia.com

DE ONDE SURGIU ESSE PAPO, O QUE SIGNIFICA E POR QUE É IMPORTANTE? Recentemente, termos relacionados a Comunidades (muitas vezes citados em inglês, "Community") têm se tornado cada vez mais buzzwords e entrado no vocabulário de profissionais de Marketing, Inovação, Startups, entre outros. Mas afinal de contas, do que se trata esse papo todo? É só um nome chique para Social Media? Para dar mais contexto e entender melhor do que se trata o tema para além do jargão, vamos ter que voltar para a origem disso tudo, que pode ser um passado um pouco mais distante do que imaginamos a princípio. Nossa capacidade de compartilhar ideias, nos organizarmos em comunidade e nos identificarmos como parte de um grupo com um objetivo comum foi um dos principais fatores de sucesso que garantiram a sobrevivência dos seres humanos e os grandes feitos que nos tornaram uma espécie dominante. Por isso, somos programados para nos conectar uns com os outros e buscar nos encaixar em identidades de grupos. Nesse instinto que nos acompanha desde esse passado tão remoto, comunidades representam segurança, enquanto que estar fora do grupo nos faz sentir ameaçados e prestes a enfrentar dificuldades para sobreviver. É claro que de lá pra cá muito mudou, inclusive, a forma como nos conectamos: com uma facilidade cada vez maior para se comunicar a longas distâncias, nossas comunidades deixaram de ser limitadas geograficamente e restritas ao pequeno grupo de pessoas com as quais vivemos. Passamos a fazer parte de diferentes comunidades, cada uma bastante específica e refletindo um aspecto da nossa identidade, o que nos permite nos reconhecer como parte desse grupo e nos une aos demais membros. Esses traços de identidade compartilhada podem ser dos mais variados: experiências pessoais pelas quais passamos, interesses que temos, crenças que carregamos ou objetivos e desejos. Dá pra ser desde algo mais comum, como um desejo por proteger o meio-ambiente, até um interesse bastante específico em um personagem de quadrinhos. Principalmente após a disseminação do acesso à internet, já não importa mais o quão específico e incomum seja um interesse: é sempre possível encontrar outras pessoas que compartilhem dele, ainda que estejam espalhadas por todo o mundo.

A relação do ser humano com suas respectivas comunidades está presente no nosso próprio instinto. Foto: Divulgação EM.

DE ESTUDO ANTROPOLÓGICO PARA TEMA DE INTERESSE EM MARKETING Nesse ponto o tema começa a ficar interessante, ao menos no que diz respeito a aplicação desse conceito para negócios: mesmo antes da internet ganhar força total e mudar tudo, profissionais de marketing começaram a notar a formação de grupos de consumidores que se reuniam ao redor de uma marca e passaram a estudar esse fenômeno. O autor Douglas Atkin (que viria a se tornar, posteriormente, Chief Community Officer do Meetup e Head Global de Comunidade no AirBnB) identificou essa tendência e entrevistou consumidores fãs de marcas como Harley Davidson, Apple e Nike para entender como essas empresas conseguiam despertar um entusiasmo e lealdade tão forte que era capaz de transformar seus clientes praticamente em seguidores de um culto. O resultado desse estudo foi publicado em seu livro "O Culto às Marcas", e tem tudo a ver com o desenvolvimento de comunidades: essas marcas desenvolveram uma comunicação focada em criar em seus clientes a sensação de pertencimento a um grupo exclusivo, formado apenas por pessoas com estilos de vida, maneiras de pensar ou objetivos parecidos, mas que fogem completamente da norma estabelecida e do status-quo. E posicionaram seus produtos como feitos para atender as necessidades bastante específicas desse grupo, e vinculando seu uso à identidade e estilo de vida de quem faz parte dele. Como viria a dizer o guru do Marketing Seth Godin, "People like us do things like this".


A N O 3 | N º 2 5 | E D I Ç Ã O D E A G O S T O D E 2 0 1 9 Foto: Divulgação EM.

A Harley Davidson é um dos melhores exemplos de formação de comunidades que veneram uma marca.

Atualmente, com a facilidade de conexão e mobilização de pessoas trazida pela maior taxa de acesso e velocidade da internet, tudo muda mais uma vez: o consumidor de hoje é mais exigente, mais consciente de suas individualidades em relação à média e, por isso, é menos tolerante a produtos e serviços projetados para o público geral. Além disso, esse consumidor sabe que tem um grande poder sobre a marca junto às outras pessoas que são como ele: o poder de promover essa marca ou de colocá-la no chão frente aos seus pares, tudo isso simplesmente ao compartilhar sua experiência com ela em uma rede social. E se esse relato encontrar outro consumidor com uma experiência parecida que esteja disposto a somar ao coro, e mais outro, e mais outro, e mais outro e, de uma hora para a outra temos uma onda de publicidade espontânea, seja ela negativa ou positiva, completamente fora do controle. Com todo esse contexto, fica claro que uma marca que dá o primeiro passo e se mostra mais presente e atuante junto à sua comunidade (ou às comunidades que a cercam) tem maior probabilidade de conter, ou até mesmo reverter mais facilmente os impactos negativos gerados por um relato de experiência ruim e também de criar e potencializar impactos positivos causados por experiências positivas. E isso não representa nem metade de todo o valor que uma comunidade pode trazer, que merece ser explorado com mais detalhes em um artigo dedicado apenas a esse tema.

OK. MAS POR ONDE COMEÇAR? Para criar essa conexão e organizar uma comunidade não basta criar uma Fanpage no Facebook, um perfil no Twitter e outro no Instagram, planejar um calendário de conteúdo e programar publicações. Respondendo à minha pergunta lá do primeiro parágrafo, Comunidade e Social Media não são a mesma coisa. Algumas redes sociais podem funcionar como ferramentas importantes no processo de construção, gestão e conexão das comunidades, mas o que se entende como trabalho de Social Media hoje está muito longe de ser construção de comunidades, pelo fato de, na maioria dos casos, atuar como um veículo de comunicação em massa (ainda que um pouco melhor direcionada) ou, na melhor das hipóteses, como uma maneira de permitir comunicação direta entre um cliente e uma empresa. O verdadeiro trabalho de construção e gestão de comunidades, assim como o seu maior potencial, está em promover a interação entre os diferentes membros da comunidade, sendo a marca um membro com papel de incentivador e organizador. Com esse contexto bem definido e algumas confusões desfeitas, vamos então aos pontos essenciais antes de começar uma comunidade de sucesso: Para existir uma comunidade é necessário, de início, um grupo de pessoas que tem algo em comum - mas não pode ser qualquer coisa. É importante que esse traço em comum seja algo importante para essas pessoas, algo pelo qual elas são apaixonadas ou que defina ao menos uma parte de sua identidade: quanto maior a relevância do tema central da comunidade na vida de seus membros, mais fácil é que eles se conectem a pessoas com esse mesmo traço de identidade. Em seguida, essa comunidade precisa ter onde se encontrar e se comunicar: uma comunidade forte é baseada em interações frequentes e contínuas, que criem um senso de pertencimento e confiança, e não apenas pontuais ou transacionais. Esse "onde" não precisa necessariamente ser um espaço físico, pode ser um ambiente virtual sem nenhum problema. Mas o melhor dos mundos é quando ambos são possíveis: o ambiente virtual facilita conexões mais recorrentes e permite maior abrangência geográfica, enquanto que encontros presenciais (ainda que esporádicos) promovem uma maior confiança entre os membros e a formação de conexões mais fortes. Por fim, é importantíssimo ter o auxílio de um gestor de comunidades para dar esse chute inicial, garantir o bom funcionamento da comunidade e impulsionar o engajamento. Esse profissional tem o papel de planejar ações para facilitar a conexão entre os membros da comunidade, identificação dos membros com o que a comunidade representa e também para garantir que todos os envolvidos, entre membros e a organização, empresa ou marca por trás da organização da comunidade, estejam atingindo seus objetivos e enxergando valor em fazer parte. Ao longo do tempo, com a consolidação da comunidade, muito do que compõe essas atividades começa a ser gerado de forma orgânica pela comunidade, mas ainda assim esse profissional permanece importante, agindo como interface entre membros da comunidade e a organizadora da mesma. É importante ressaltar que, embora a maior parte desse texto tenha focado um pouco mais em comunidades relacionadas a empresas ou organizações, o conceito de comunidade não se restringe a isso. Sempre existiram e continuarão existindo comunidades espontâneas e auto-geridas, mas o interessante é que a maior parte dos elementos são comuns a ambas. Nos próximos textos, pretendo trazer mais detalhes sobre como construir e gerir comunidades e também dar um pouco mais de destaque a comunidades independentes. Enquanto isso, vamos nos conectar! Fique à vontade para entrar em contato caso queira saber mais ou conversar um pouco a respeito de comunidades!

Matéria escrita por Caio Vinicius de Matos Apaixonado por descobrir coisas novas e por conectar pessoas, Caio é especialista em inovação em redes colaborativas e em construção e estratégia de comunidades. Como membro do time organizador do CreativeMornings São Paulo, busca promover a conexão da comunidade criativa da cidade.


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NEGÓCIO BOM ASSIM NINGUÉM NUNCA VIU!

A SOLUCÃO É EXPONECIALIZAR

O BRASIL BRASIL Com tanta coisa acontecendo praticamente de uma só vez, fica no ar aquela inevitável sensação de F.O.M.O. (o famoso "fear of missing out"), exatamente para representar a sensação de estar imerso em centenas de grupos de Whatsapp e/ou Telegram onde tudo parece acontecer freneticamente ao mesmo tempo, com diversos assuntos se misturando e se complementando. Será uma espécie de "Exponential Weekend", um fim de semana especial na história dessa comunidade. Os lugares onde vão acontecer essas três edições da Conference possuem uma característica em comum: são grandes centros que reúnem pessoas bastante envolvidas com a comunidade Exponential e que assumiram a responsabilidade de organizar um evento com o requinte e a importância que a Conference já consolidou em pouco mais de um ano.

CE

A Exponential Conference CE será o primeiro evento da comunidade realizado na região Nordeste do Brasil. Com a premissa de destacar “os desafios de ecossistemas para a construção de futuros não colonizados”, o evento será realizado no dia 16 de agosto (uma sexta-feira) no Centro Cultural Belchior (Rua dos Pacajús, 123, Praia de Iracema). O objetivo é promover a integração de comunidades do ecossistema cearense, debater conjuntamente questões estratégicas para o desenvolvimento do Ceará inserido no contexto regional, nacional e global e estimular o pensamento crítico dos agentes das comunidades para a construção de futuros desejáveis. Para isso, serão abordados temas como Mindset Flexível, Polimatia, Cultura e Criatividade; Forças Tecnológicas e Seus Impactos; Ecossistemas de Inovação; Cultura e Arte; Construção de Futuros e; Empreendedorismo. Tudo através de painéis e palestras incríveis com gente que manja do assunto. Quem está puxando a frente nessa é o Marcos Hirano e o Thiago Fernandes da B2INN e o sempre prestativo Petrus Rennan! Curiosamente, a data do evento (16 de agosto) marca três anos da criação do Exponential Group, o grupo matriz da franquia e que deu origem a todos os mais de 160 spinoffs.

Foto: br.fotolia.com

D

epois de duas edições incríveis em São Paulo, chegou a vez de exportar a Exponential Conference para demais regiões do Brasil. Serão três eventos em um mesmo fim de semana, em três diferentes cidades (de três regiões distintas: Sul, Sudeste e Nordeste). A ideia é justamente trazer as pautas como inovação, futurismo e tecnologia para estados e públicos que não têm acesso a esse tipo de evento ou que precisam desembolsar uma grana com passagem e estadia para ir até São Paulo que, sabemos, é onde acontecem os principais eventos de inovação do país.

A belíssima cidade de Fortaleza será palco da Exponential Conference CE.


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Foto: br.fotolia.com

RJ

O Rio de Janeiro é o principal cartão postal do país e já recebeu até a mais recente edição dos Jogos Olímpicos. Em dezembro de 2018, tivemos no Rio a primeira edição do Exponential Hangover, o evento de "final de ano" da comunidade Exponential e que, além de trazer palestras e conteúdo de primeira, foi também um momento de celebrar e de encher a cara em grande estilo. Dessa vez, o Rio vai receber a quarta edição da Exponential Conference que terá a curadoria de Brenno Faro e Rodrigo Ramos, dois caras diretamente envolvidos com os grupos da franquia. E o palco desse evento será a WeWork Botafogo, que fica na Avenida Pasteur, 154. A Conference RJ terá um grande destaque para temas como futurismo, tecnologia, inovação, Inteligência Artificial e técnicas de como estruturar um pitch. Para trazer esses assuntos, teremos feras que manjam demais desses temas e alguns nomes bem conhecidos na comunidade Exponential. Será no sábado do dia 17 de agosto.

Esse será o segundo evento dos Exponentials no Rio de Janeiro.

Foto: Divu lgaç

A quinta edição da Exponential Conference vai acontecer em Porto Alegre no dia 18 de agosto. Será durante a realização do Black Sheep Festival, um dos principais eventos de inovação do Brasil, que ocorre durante os dias 16, 17 e 18 de agosto, bem no meio do quarto distrito de Porto Alegre. O BSF terá diversos hubs em locais incríveis da cidade, com mais de 100 speakers e atividades rolando, além de palestrantas como Karol Conka (cantora), Orkut Buykukketen (Orkut/Hello), Tim Lucas (Hyper Island), Julien Deswaef (ThoughtWorks Barcelona), Munjal Budhabhatti (Deepx/Ambush), Thalita Carvalho (Canal GNT), Tati Portela (Cantora), entre tantas outras pessoas. Quem tiver ingresso para o Festival, tem entrada liberada e garantida na Conference! Teremos figuras super queridas, amadas e admiradas na comunidade Exponential, como o palestrante Prof. Dado Schneider (que deu um show à parte na Conference² com a sua Palestra Imaginária); Adriano Mazzarino, Lisa Martel, Cris Vieira, Mine Caxeiro, Giana Diesel Sebastiany, Daniel Mattos, Bruno Franco, Cecília Vanin e até o pug Batman, CEO da Dobra. Isso mesmo, teremos uma palestra com um cachorro na Conference RS! Só quem for vai entender! O local escolhido para receber esse evento é um dos pontos mais emblemáticos da capital gaúcha: a Casa de Cultura Mário Quintana, localizada no centrão da cidade e que foi residência do lendário poeta que hoje dá nome ao espaço. Quem estiver em Porto Alegre nesse fim de semana, participando ou não do Black Sheep Festival, não pode ficar de fora!

ão EM.

RS

Adriano Mazzarino será um dos palestrantes da Conference RS.


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VOLTA ÀS AULAS TERCEIRA TEMPORADA DE LA CASA DE PAPEL JÁ ESTÁ NO NETFLIX.

M

uita gente torceu o nariz em desaprovação quando o Netflix confirmou que haveria uma 3ª temporada de La Casa de Papel, uma das séries mais aclamadas dos últimos anos. Se você não assistiu absolutamente nada e ainda pretende acompanhar, fica avisado desde já que esse texto contem spoilers da 1ª e da 2ª temporada. E quando chegar os spoilers da 3ª, relaxa, você também será avisado previamente. Agora, se você assistiu às duas primeiras temporadas, deve ter achado que a série cumpriu sua finalidade como entretenimento e que entregou um final bem aceitável, com o desfecho de uma trama envolvente, repleta de suspense, adrenalina e personagens cativantes, certo? Pois o Netflix resolveu adquirir os direitos de produção da série e anunciou, ainda em 2018, que La Casa de Papel teria uma continuação. E quando o Netflix resolve pegar algo já consagrado para dar continuidade, produzir um remake ou uma nova versão, impossível não lembrar de exemplos desastrosos como Better Caul Saul e Black Mirror, que parece só piorar a cada nova temporada. Isso sem falar naquela atrocidade que foi o live action de Death Note. É por isso que os fãs acabam concluindo que a maior plataforma de streaming do mundo só quer saber de encher os cofres e que não está nem aí se uma boa série terá um bom final, desde que seu potencial de lucro seja sugado até a última gota. A segunda temporada de La Casa de Papel terminou com uma fuga eletrizante na qual os assaltantes encapuzados conseguiram saquear a Casa da Moeda da Espanha e consagrar o brilhante plano do principal personagem da série: o Professor.

Mas não sem sacrifícios: três dos personagens principais acabam morrendo durante a execução do plano. Uma dessas baixas foi o antagonista Berlin, que se sacrificou no episódio final num daqueles momentos emblemáticos que consagram todo grande desfecho. Apesar disso, o Professor consegue atingir seu objetivo maior e, além do assalto bem sucedido e de realizar o sonho do seu pai, conquista o coração da Inspetora Raquel, com quem rivalizou (e se envolveu) misteriosamente durante maior parte do enredo. ¡Ten cuidado de no esparcir los spoilers!

Como os personagens principais da trama são criminosos que estão cometendo um roubo de grandes proporções, apesar de todo o carisma, fica aquela incerteza de estarmos “torcendo para o lado certo”. Esse lance de fazer o espectador se identificar com um “vilão disfarçado de protagonista” não é inédito e tampouco raro no catálogo do Netflix. Breaking Bad, House of Cards, Ozark e Lucifer são outros exemplos de tramas que nos seduzem a torcer por alguém que não necessariamente está “fazendo a coisa certa”. Esse dilema de estarmos torcendo para heróis ou vilões torna o “final feliz” ainda mais incerto e é, possivelmente, o que mais se identifica com a vida real e os tempos atuais, afinal, tá cheio de gente de lados opostos se dizendo “embaixadores do bem”. E quem está “do lado certo”, afinal? Certamente, esse dilema foi um dos grandes charmes da série. Mas não o único, claro! La Casa de Papel se tornou um fenômeno de popularidade e se infiltrou no universo geek/nerd com fortes apelos comerciais. Os uniformes vermelhos dos assaltantes e as máscaras de Dali tomaram contas das lojas de fantasia, dos eventos de cosplay e das prateleiras de colecionadores. Mas talvez o maior patrimônio da série seja mesmo a canção que popularizou-se na carona desse sucesso: Bella Ciao, um dos símbolos da resistência italiana contra o Fascismo, se tornou também o hit máximo e indistinguível da produção. Verdade seja dita: o casamento entre La Casa de Papel e Bella Ciao é, possivelmente, a mais bem sucedida união entre uma obra de ficção e uma música já existente. E olha que nem falou-se da chatíssima música de abertura, da qual você sequer lembra.


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YOU LL NEVER WALK ALONE!

(AQUI COMEÇAM OS SPOILERS DA 3ª TEMPORADA!) No que foi talvez o momento mais importante da 3ª temporada, mais precisamente no segundo episódio, o Professor ostenta para seus comparsas o que foi, possivelmente, a maior conquista dos assaltantes. Muito maior até do que o dinheiro furtado. Ele fala justamente sobre a inversão de heróis e vilões que o ocorrido proporcionou no imaginário popular. A máscara de Dali, segundo o Professor, se tornou uma espécie de símbolo da resistência e da indignação das pessoas contra o sistema. E ele utiliza cenas de protestos e rebeliões populares que foram vistas em diversas partes do mundo (inclusive em um estádio de futebol no Brasil). Essa cena se tornou ainda mais emblemática pela música que tocou no fundo: You’ll never walk alone. Foi a mesma canção que embalou a epopeica conquista do Liverpool na Uefa Champions League deste ano. Os soldados vermelhos (não os do Liverpool, os do Professor) foram abraçados pela população e vistos como justiceiros. Nessa mesma cena, mais de 1 milhão de militantes espanhóis vão até a entrada do Banco Nacional da Espanha para protestar contra o exército, contra a polícia e contra o governo em sinal de apoio e incentivo aos saqueadores. Eles não são diferentes dos espectadores que torcem para que o plano do Professor dê certo, para que Rio seja resgatado com vida e para que os assaltantes saiam do banco vivos e ricos. Não deixa de ser uma mensagem sobre a nossa própria sensação de revolta e insatisfação com o sistema atual, no qual os reféns somos todos nós que estamos submetidos ao domínio do dinheiro, do poder público e da cartilha do estado.

A terceira temporada de La Casa de Papel deixou os fãs com uma certa sensação de frustração por não entregar um desfecho ao término do oitavo episódio. Quem pensava que seria o fim definitivo vai ter que aguardar a continuação (que, dizem, é a segunda parte da 3ª temporada e não uma 4ª), prevista ainda para 2019. Foi, aliás, um desfecho parecido com o da primeira temporada (aquela que terminou com flashbacks do Professor e Berlin cantando Bella Ciao enquanto a Inspetora entrava na casa onde supostamente encontraria todas as pistas que precisava). Outro detalhe curioso: nem na primeira temporada e nem na terceira (até agora) tivemos mortes. Reparou nisso? As únicas mortes foram todas na segunda temporada: Oslo, Moscou e Berlin. Mas, assim como na passagem da 1ª para a 2ª, temos uma personagem que está prestes a bater as botas: Nairóbi foi gravemente atingida por tiro, assim como Oslo foi golpeado na cabeça (e acabou morrendo na 2ª temporada). Outras pontas ainda ficaram em aberto: a relação entre Denver e Estocolmo parece mal resolvida antes mesmo da turma entrar no banco; o retorno de Arturito como refém nos dá a certeza de que um dos personagens mais odiados da trama voltará a bancar o espertão que só ele acredita ser; o caso mal resolvido entre Rio e Tokyo pode levar a protagonista e locutora da série a fazer o de sempre, que é atrapalhar as coisas e pôr tudo a perder; Palermo segue sendo um "novo Berlin", num misto de antipatia com uma inquestionável importância para o andamento do plano; Helsinki está prestes a viver um choque de realidade com uma iminente perda de Nairóbi; ainda não temos grandes informações sobre Bogotá (tirando o fato dele ter sete filhos, de ser "o melhor soldador do mundo" e de sempre achar que dá tempo pra tudo) e praticamente nada sobre Marselha (que tem tudo para ser uma peça fundamental na trama, principalmente por estar do lado de fora do banco); a personagem Alicia surge como uma forçação de barra para irritar os espectadores (arrogante, torturadora e chantagista) enquanto anda pra lá e pra cá com um barrigão de grávida prestes a parir; não sabemos o que o futuro reserva para a agora capturada Inspetora Raquel, que insiste inutilmente em ser chamada de Lisboa e; também não sabemos se a tal de Tatiana, antigo romance de Berlin, será aproveitada na trama. Todas essas suposições e questionamentos deverão (assim esperamos) ser respondidos nessa 4ª parte. Mas talvez o maior de todos os questionamentos seja o legado que será deixado pela série. No enredo, o Professor foi capaz de se transformar num justiceiro e de voltar o povo contra o sistema enquanto faturava uma fortuna em cédulas de Euros (e agora em barras de ouro que valem mais do que dinheiro). Será que o Netflix e os produtores da série terão êxito parecido? A parte de faturar dinheiro já está respondida.


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com Ruben Feffer Produtor musical, compositor e fundador da Ultrassom Music Ideas.

1 - Quais foram as trilhas sonoras de filmes, séries e desenhos animados que marcaram sua vida e a sua formação como músico e produtor? RF - Ah, são muitas! E muito difícil de "selecionar" assim, a dedo. Mas vamos tentar. De filmes, adoro "A Origem", "Interestelar", e "Sherlock Holmes" do Hans Zimmer (sou mega fã dele). Adoro também a trilha do "Hotel Budapest" do Alexandre Desplat. Curto muito a trilha super eletrônica criada por Trent Reznor e Atticus Ross da banda industrial Nine Inch Nails para "A Rede Social". Nessa mesma linha, adorei também a trilha do Beto Villares para o longa brasileiro "Bingo", numa vibe bem eletrônica-retro, que me remete imediatamente à série "Stranger Things", criada pelos membros da banda S U R V I V E. E eu amava as trilhas das séries "A Super Máquina" e "Miami Vice" (as originais, não os remakes). Dos longas de animação, sou muito fã do som de "Os Incríveis", do antigo filme cult "Heavy Metal", e do longa italiano "Música e Fantasia", uma paródia de "Fantasia" da Disney. Das séries animadas, eu amo a trilha super jazzy da série antiga dos Peanuts e a vibe anos 60 da série Charlie e Lolla. E a incrível trilha 100% big band dos "Padrinhos Magicos". 2 - Que tipo de informações sobre uma produção audiovisual você costuma ter antes de produzir uma trilha? Você chega a assistir antes ou só recebe um "briefing"? RF - Tem de tudo. Cada caso é um caso. Mas eu faço sempre questão de ter algum briefing, o mais detalhado possível, conversar com diretores e produtores, às vezes roteiristas e até ilustradores também, para definir bem qual o "Universo Musical e Sonoro" de um filme ou série. Quanto a assistir, claro, adoro, só que muitas vezes não tem nada ainda para assistir! O filme "O Menino e o Mundo" eram 2 horas de um animatic (rascunho literalmente rabiscado a lápis com pouco ou nenhum movimento), com vários trechos totalmente em "black" (o diretor Ale Abreu dizia "aqui eu ainda vou criar as cenas"). Aí eu e o Gustavo Kurlat pedíamos se ele não poderia nos mandar um roteiro, e ele dizia "Esse filme não tem roteiro, ele está sendo escrito pelo próprio Tuca" - que é o "menino", personagem principal do filme, que originalmente tinha o título "Tuca no Jardim".

3 - Você conhece como poucos os bastidores do Irmão do Jorel, que é um dos desenhos animados "made in Brazil" mais amados dos últimos anos. Qual você considera o motivo de tamanho sucesso? RF - O grande motivo é o verdadeiro nome do Irmão do Jorel que é... tá bom, não posso dizer isso aqui, senão me matam! (kkkk) Mas falando sério, juro para vocês, gente: o lance é que É TUDO VERDADE! Juro! Eu conheci o VERDADEIRO Jorel! O Nico! O Seu Edson e a Dona Danusa. Eles todos existem DE VERDADE! E, na real, esse é o motivo para o incrível sucesso da série, inicialmente “cult” e agora tornando-se cada vez mais “mainstream”! A incrível ressonância que a série tem com as pessoas, principalmente os brasileiros, que cresceram nesse mesmo tipo de realidade, com programas “enlatados” enchendo nossos olhos e mentes, com escolas que não têm armários com cadeados tipo “lockers” como em praticamente todos filmes e séries que assiststimos, mas têm muros com personagens “populares” bizarramente distorcidos e retratados. Parques de diversão bizarramente “habitados” por flora e fauna bizarra e surreal – além dos animais e plantas! Poderia me estender muito, mas acho que nossos respeitáveis leitores já conseguiram pegar o “espirito da coisa”, certo pessoal?

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uben Feffer (também conhecido como "Binho") é um requisitado compositor de trilhas sonoras. A mais recente delas foi feita para a animação Tito e os Pássaros. Ele também é responsável pelas canções dos longas de animação Garoto Cósmico (2007) e O Menino e o Mundo (2013), além do Irmão do Jorel, um dos maiores sucessos da história da animação brasileira.

4 - Na Exponential Conference² você vez a galera pirar em dois pocket shows memoráveis com as músicas de Irmão do Jorel e de Tito & Os Pássaros (com um bônus de "O Menino e o mundo"). Conta aí como foi essa maluquice. RF - Foi maluco mesmo! Desde quando lançamos “O Menino e o Mundo” eu queria fazer algum tipo de performance ao vivo, mas nunca tivemos “tempo” (verba, né?) pra organizar tudo isso. No Festival de Animação de Annecy, na França, quando concorremos com Tito e os Passaros, eu e meu parceiro Gustavo Kurlat fizemos um micro-pocket show só com piano e violão e voz na festa de lançamento do filme, e gostamos do que fizemos. Ano passado, na Comic Con XPerience São Paulo, a galera do Irmão de Jorel resolveu fazer um micro-pocket show bem informal também com 3 músicas pontuando a palestra que os produtores e criadores da série fizeram no evento. Dessas experiências, quando surgiu a Exponential Conference² (que eu já havia perdido a primeira, no ano anterior) eu falei pra mim mesmo – e pro Seidel: "vamos fazer alguma coisa? E se fossem uns micropocket-shows de intervenção?" E ele disse: "tá mas você vai ter 2 sets de 10 minutos cada!" Depois que eu me recuperei do susto e pânico iniciais, falei: "tá, beleza!" e fui tentar recrutar músicos "brothers" que topassem entrar nessa comigo, sem prazo, sem verba, pouquíssimos ensaios, mas muito sangue nos zóio e paixão pelo que fazemos. Quase ninguém tinha disponibilidade, mas consegui armar um super time para cada um dos shows. Para o pocket do Tito, com um medley de quatro faixas do filme (e mais um de O Menino e o Mundo) que eu mesmo editei os trechos de vídeo para passar ao vivo, tivemos, além de Kurlat na voz e violão, a cantora lírica Anamaria Leme e o violinista Vitor Zafer, que participaram da produção do filme. Para o show do Irmão do Jorel, infelizmente não consegui possibilidades de ninguém que faz as vozes dos personagens principais, mas consegui o super talentoso Robson Nunes que faz várias vozes de personagens convidados, o nosso querido Edy Consciente, que fez uma participação nos episódios do Emicida e do Criollo, não só como rapper mas me ajudando na produção dos “Beats” das bases instrumentais. E, claro, o meu querido amigo e parceiro Zé Ruivo, que dividiu os teclados comigo e cantou a parte que originalmente era do Criollo (responsa, mas ele mandou super bem, como sempre faz!) Eu mesmo editei o vídeo para projetar com cenas "oficiais" das 4 músicas que fizemos, mais um rap inédito do Edy Consciente. E, por solicitação do Seidel, fechamos com o jingle "Seja um vencedor, seja Sprock Maçã!".

5- Em países como o Japão, a trilha sonora de um anime ou uma série tem um tratamento todo especial por parte dos fãs e da indústria do entretenimento, com artistas consolidando carreiras de sucesso graças a temas icônicos. O que falta para as produções brasileiras mergulharem nessa onda? RF - A cultura brasileira é muito única e muito diferente da de outros países como os Estados Unidos, alguns locais da Europa ou o Japão. Eu costumo dizer que nós temos um pequeno mercado do Audiovisual, que está em franca expansão sim, mas ainda anos-luz desses países que têm uma verdadeira Indústria do ramo. E indústria é diferente. É a base de escala, a coisa vira rapidamente "mainstream". Aqui poucos conseguem criar e pôr no ar um projeto como uma série ou um longa. Lá, são tantos que já fazem isso, que dá muito mais espaço e visibilidade para criar a coisa toda do "fanbased", onde os fãs e o público "leigo" pode criar e contribuir com coisas de qualidade muitas vezes igual ou até mesmo superior à original. Estamos crescendo, e quando "formos grandes", esse tipo de coisa vai acabar se popularizando mais. Aqui, infelizmente, muitas pessoas às vezes nem se dão conta que “existe” uma trilha sonora especialmente criada para uma série ou um filme, quanto mais da incrível quantidade de gente, tempo e esforço necessários para isso poder acontecer. Ainda precisamos de um grande "aculturamento" para poder chegar ao patamar desses países, mas acredito que chegaremos lá, sim, com muito suor e determinação, como em tudo o que fazemos por aqui!

6 - Depois da Conference², o que os fãs do Irmão do Jorel e de animações como Tito & Os Pássaros podem esperar em mais eventos ou oportunidades de vivenciar momentos especiais como aqueles vividos no palco da Unibes? RF - Eu fiz questão de repassar e comunicar o sucesso que foram as intervenções que fizemos para a equipe de criadores e produtores do Irmão do Jorel e do Tito. Varias pessoas ficaram, sim, bastante animadas (é um trocadilho recorrente, mas não posso evitar) com esse tipo de evento, e sei que já chegou até ao canal Cartoon Network por exemplo. Em próximos eventos onde eles estarão presentes, como a CCXP, ou a Corrida Cartoon, quem sabe conseguiremos encaixar mais alguma intervenção assim. Como dizem nos "teasers" que cresci assistindo, "stay tuned" (fiquem sintonizados)!!! Muito obrigado pela oportunidade e estou à disposição para o que precisarem, inclusive tirar mais dúvidas dos projetos (meu email é ruben@ultrassom.com) – só não adianta pedirem o verdadeiro nome do irmão do irmão do irmão do Jorel (e do Nico também)!


Para você que tem dúvidas sobre a franquia de grupos Exponential, confira o nosso Guia de Sobrevivência e saiba mais sobre esse fenômeno das mídias sociais.

http://bit.ly/guia-sobrevivencia

A edição de julho da Exponential Magazine deu um destaque todo especial ao evento mais exponencial do ano: a Exponential Conference², que aconteceu em São Paulo. Uma matéria completa falando sobre tudo que rolou no palco durante as 12 horas de atividades, palestras, painéis e pocket shows. Também tivemos, na edição anterior, uma matéria sobre o desenho brasileiro Irmão do Jorel, sucesso absoluto no Cartoon Network e no Netflix. E teve também uma matéria contando sobre como um filme do agente 007 inspirou a criação do Uber, além de uma entrevista com a Jaqueline Vieira, engenheira de software e diretora de filmes para Realidade Virtual. https://issuu.com/exponentialmagazine

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