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OPEN INNOVATION Foto: br.fotolia.com
GLÁUCIA ALVES DA COSTA REVELA OS SEGREDOS DO OPEN INNOVATION, O JARGÃO DA VEZ.
ARE YOU BILINGUAL? O ENTUSIASTA DO APRENDIZADO DE IDIOMAS LUIZ FERNANDO SCHIBELBAIN FALA SOBRE A CAPACIDADE DE SE COMUNICAR NATURALMENTE EM MAIS DE UMA LÍNGUA.
Com a Copa do Mundo chegando em sua reta final, o Time do Tas analisou os avanços tecnológicos e a influência da Inteligência Artificial no futuro do esporte.
Foto: Divulgação EM.
OLHA O GOL! OLHA O GOL!
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Foto: br.fotolia.com
Glau fala sobre digitalização e mudança cultural sob a ótica do Open Innovation.
PÁG. 6 e 7
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ão me pergunte como eu consegui me organizar pra terminar a tempo essa edição da Magazine em meio à Copa do Mundo porque nem eu mesmo tenho essa resposta. Pra quem não sabe, estou trabalhando na cobertura do mundial da Rússia sob a mentoria do incrível Marcelo Tas (o próprio) na plataforma Torcedores.com. Isso sem pedir férias do meu trabalho CLT na Universidade (que me consome de 8 a 12 horas por dia) e mantendo o compromisso diário de fazer as atas e a curadoria de conteúdo dos grupos Exponentials. Tá pegado!! Mas antes que você se preocupe com a minha saúde, pode sossegar: estou conseguindo dormir de 4 a 6 horas por dia e me alimentar decentemente. Até porque com a saúde não se brinca, como já diria nosso querido Dr. Leo Aguiar. E já que estamos em clima de Copa, a edição desse mês traz uma matéria que eu mesmo escrevi para o Torcedores.com falando sobre as tecnologias que acompanham e evoluem com o passar das Copas e, claro, os fascinantes avanços envolvendo a Inteligência Artificial. Essa edição traz também uma matéria escrita pelo Luiz Fernando Schibelbain sobre a capacidade de se comunicar em mais de um idioma, o que classifica tais pessoas como bilíngues. A principal matéria dessa edição, contudo, foi assinada pela nossa queridíssima Gláucia Alves da Costa, a Glau. Contaminada pela febre do Open Innovation, ela fez um texto que contextualiza bem essa nova onda, destacando a digitalização e mudança cultural que isso tudo implica. E, pra finalizar, a cereja do bolo: uma entrevista imperdível com uma das pessoas mais incríveis com quem eu já tive a felicidade de trabalhar e que está com grandes novidades. Estou falando da youtuber Monique Wasserman, que fez nada menos do que 100 cursos em 15 meses. Apenas conheçam essa fera!
Boa leitura! ;) Bruno Seidel
Luiz Fernando Schibelbain fala sobre o princípio da complementaridade linguística. Foto: br.fotolia.com
PÁG. 8 e 9 A Copa tá rolando e a tecnologia segue evoluindo de forma exponencial. Veja o que uma coisa tem a ver com a outra. Foto: Jorge Bispo/Divulgação
PÁG. 10 Entrevista com essa bonequinha de porcelana chamada Monique Wasserman.
QUER ESCREVER PARA A EXPONENTIAL MAGAZINE? Curte escrever sobre futurismo, inovação ou tecnologia? Gostaria de usar esse espaço para apresentar seu projeto ou divulgar algo bacana? Então chega mais! Essa revista nasceu para ser colaborativa. Quanto mais cabeças pensando em rede, mais exponencial será o conhecimento! :)
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por Gláucia Alves da Costa
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pen Innovation é a expressão do momento. Muita gente já percebeu que nos dias de hoje não é possível inovar sozinho. As mega corporações atualmente se orgulham de possuírem programas de inovação aberta ou de digitalização (ou transformação digital, que é o termo mais da moda). Esses programas basicamente conectam a empresa às startups, universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento que podem gerar produtos e serviços inovadores. Com a popularização do uso do termo open innovation, apareceram algumas regras equivocadas ou generalizações incorretas, como “não é possível disrupção na estrutura já existente de uma companhia, tem que ser feita em uma empresa separada”, “vamos retirar tudo que é realizado em papel e trocar pessoas por bots, isso significa digitalização”, “vamos buscar startups que resolvam todos os nossos problemas e reduzir os riscos”, e por aí vai. Para somar a esse problema, pessoas que nunca tiveram experiências ou estudo em inovação e intraempreendedorismo, que geralmente já estavam na organização e inseridas na cultura, passaram a assumir mais uma função: a digitalização da empresa.
DIGITALIZAÇÃO E MUDANÇA CULTURAL O problema é que a digitalização, do ponto de vista de mega corporações, envolve muito mais mudanças culturais do que ferramentais, e pouca atenção é dada a isso, justamente porque falta conhecimento do que se está fazendo. O que percebo é que em um mundo de regras empíricas muitas vezes as corporações não estão conseguindo alcançar os resultados esperados de seus programas de inovação aberta. E a inovação tem sido encarada como um apêndice existente apenas para dizer que a empresa está alinhada às melhores práticas de mercado.
Porém, o que tenho presenciado é uma overdose do exponential thinking e do moon shot thinking nesse processo. Percebo a quase obsessão pelas disrupções levar a perda de várias inovações incrementais com potencial incrível, mas com menos glamour. Afinal, o “legal” é focar em não ser as próximas Kodak, Nokia e Blockbuster e não, o que em minha visão seria muito adequado também, focar em ser as próximas 3M e Ideo.
Existem diversos motivos para se pensar em inovar em conjunto com o ecossistema: não ser “atropelado” por tecnologias disruptivas e reduzir seu risco ao testá-las; entender que, num mundo com acesso democrático à informação, as melhores ideias podem vir de qualquer pessoa e estar atento a isso; perceber que a mudança de uma grande corporação é muito mais lenta, e o custo de decisões erradas é muito maior; trazer um maior número de soluções e produtos; fazer marketing positivo para o mercado; para citar alguns.
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O que os gestores corporativos precisam entender é que a pura terceirização dos problemas para as startups ou universidades sem uma cultura interna na organização que suporte estes movimentos simplesmente resulta em empresas que matam as startups, não aceitam as ideias inovadoras ou não conseguem obter resultado, de fato, de seus programas de digitalização. Por exemplo, se você, como cultura corporativa, apenas reconhece e premia acertos e pune os erros, obviamente seus executivos irão ter aversão a tomar riscos e à experimentação. E não existe inovação sem experimentação, erros e riscos! Ou, imagine que você realmente encontre uma startup maravilhosa, que pode se tornar um unicórnio e “disruptar” seu negócio. Você simplesmente vai demitir todo mundo e investir o dinheiro todo nessa startup, ou vai ter de incorporar isso ao seu negócio?
OPEN INNOVATION E GESTÃO DA MUDANÇA Em qualquer caso, não existe falar em Open Innovation, do ponto de vista do corporate, sem falar de gestão da mudança internamente. Mas, por algum motivo, as pessoas pararam de focar nisso. Tenho alguns palpites dos motivos. Essa overdose de comunicação sobre empresas que já nasceram inovadoras, que mataram negócios vigentes, acabou criando nos executivos muito mais um senso de caça ao tesouro do que de inovação de fato. Uma coisa é inovar em uma startup, que pode pivotar a qualquer momento; outra, muito diferente, é ter uma cultura de inovação em uma mega corporação, às vezes centenária, que não nasceu inovadora. Esse segundo caso é um caso de gestão da mudança, é cultura, é gente! É muito mais gente do que ferramenta aliás. E, quando você está lidando com esse cenário, por mais que o open innovation seja necessário, tem um enorme trabalho interno de estratégia de inovação e gestão de pessoas a ser feito.
Não me surpreende a famosa briga do “ROI de curto prazo” versus o “não ser a nova Kodak”, que presenciamos entre os apaixonados por disrupção e os executivos tradicionais. Em geral, nesses extremismos ninguém sai ganhando e a resposta costuma estar no meio do caminho. Há quem diga que em tempos exponenciais não existirão mais mega corporações. Alguns economistas inclusive, como prêmio Nobel Oliver Williamson, dizem que a existência dessas empresas já é por si uma imperfeição de mercado. Mas o fato é que hoje essas empresas existem e obviamente tentarão sobreviver a longo prazo. Não há mais dúvidas de que o caminho para tal seja a inovação aberta, porém, com ações internas concretas e focadas em possuir uma estratégia e uma cultura de inovação. Envolve ter um modelo de gestão da mudança robusto para que as iniciativas não morram ao serem internalizadas. E isso, não dá pra terceirizar, não dá pra fazer aberto, tem que ser trabalho interno mesmo. E dá muito trabalho.
Matéria escrita por Gláucia Alves da Costa para o site futuroexponencial.com
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Gláucia é diretora de Excelência e Inovação da Andrade Gutierrez, membro do centro nacional de referência em inovação da fundação Dom Cabral, instrutora de Open innovation e head de missões para o Vale do Silício na Pieracciani. Engenheira civil pela UFMG, Mestre em engenharia de produção com ênfase em gestão e inovação pela UFRJ, MBA pela COPPEAD UFRJ e University of San Diego, Doutoranda em Global Business com ênfase em Open Innovation.
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QUAIS LÍNGUAS BILÍNGUES USAM? por Luiz Fernando Schibelbain
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ara explicar o que acontece comigo e com muitos outros falantes bilíngues quando estamos engajados em uma conversa com quem não domina as mesmas línguas que nós. - Maria, como se diz “backup, download, homepage” em português? - Mm, eu não sei! - Mas pensei que você fosse bilíngue. Quantos falantes bilíngues encontraram-se na situação de Maria tentando traduzir um termo ou expressão para outro idioma ou tentando descrever algo ou simplesmente falando sobre um tema normalmente coberto por sua outra língua? Quando tenho de falar em português sobre metodologia de ensino de língua estrangeira, cujas pesquisas faço em inglês, me vejo em apuros. Simplesmente não consigo traduzir coisas simples e meu discurso parece truncado. A situação de Maria e a minha podem ser explicadas de maneira bastante simples: falantes bilíngues geralmente adquirem e usam suas línguas para diferentes propósitos, em diferentes contextos e com pessoas diferentes. Diferentes aspectos da vida muitas vezes requerem diferentes idiomas. Vamos chamar isso de princípio da complementaridade linguística. Se tivéssemos de utilizar os domínios bilíngues de aplicação de uma língua, como família imediata, parentes distantes, trabalho, esportes, religião, escola, compras, amigos, diversão, hobbies, etc., e se tivéssemos de anexar idiomas a esses domínios, veríamos que alguns domínios são cobertos por um idioma, outros por outro idioma e alguns se mesclam pelos dois idiomas. Muito raramente falantes bilíngues possuem todos os domínios cobertos por todas as suas línguas ativas.
Muitos falantes bilíngues vivenciam a experiência de, de repente, ter de usar uma língua que normalmente não utilizam em um domínio específico e aí problemas podem surgir. Geralmente é uma experiência frustrante. Os bilíngues tendem a hesitar e se atrapalhar nesse contexto tentando pinçar palavras de um idioma para outro tentados a esquematizar a partir de outra língua uma estratégia que funciona quando eles estão falando com outros falantes bilíngues. Quando falo com alguém que domina as mesmas duas línguas que eu, não há problemas em aplicar o codeswitching/mudança de código, ora falando em português, ora em inglês. Quando isso não é possível, tentamos usar palavras emprestadas de uma língua para outra (backup, game, etc.), mas às vezes precisamos explicá-las ou simplesmente encurtarmos a conversa.
O princípio da complementaridade linguística é responsável por muitos fenômenos bilíngues interessantes. O primeiro é a fluência. Se um idioma for falado em um número reduzido de domínios e com um número limitado de pessoas, ele não será desenvolvido tanto quanto um idioma usado em mais domínios e com mais pessoas. Isso vale para certas habilidades linguísticas, como leitura e escrita, além de níveis estilísticos ou de formalidade.
Comportamentos bem aprendidos são casos especiais do princípio - contagem, aritmética, oração, etc. - já que uma língua geralmente tem controle exclusivo desse comportamento. Quantas vezes tive de pensar muito sobre o meu número de telefone na linguagem ‘errada’, pois esse número está bem mais ativo e presente em português e não em inglês!
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Tradução é outra habilidade afetada pelo princípio. A menos que falantes bilíngues tenham domínios cobertos por duas línguas (como tradutores profissionais, que desenvolvem habilidades específicas para tal feito), ou tenham adquirido suas línguas por meio de equivalentes de tradução (estou pensando aqui em métodos muito tradicionais de aprendizado de idiomas e que tendem a bloquear a fluência oral), podem não ter recursos para produzir uma tradução adequada. Assim, embora os bilíngues geralmente possam traduzir coisas simples de um idioma para outro, geralmente têm dificuldades com domínios mais especializados. E isso é normal!
As crianças também são influenciadas pelo princípio, que explica, em parte, por que uma língua é mais desenvolvida do que outra e por que elas podem mudar para a outra língua durante uma conversa, às vezes até na frente de falantes monolíngues. Crianças ainda não desenvolveram os freios sociais e inibidores que adolescentes e adultos possuem e que, no caso do aprendizado de idiomas, tende a ser um empecilho, mas isso é outra conversa.
Basicamente, o princípio da complementaridade linguística é um dos aspectos mais difundidos do bilinguismo individual. Nós falantes bilíngues convivemos em harmonia social até que, de vez em quando, surge a interferência de uma língua sobre a outra e aí nós pausamos... e saiba que nosso cérebro estará a mil por hora quando o termo não vem na língua ativa desse momento. Mas aí o ouvinte monolíngue terá de se resignar com sua única língua e nós damos a volta e é vida que segue.
Artigo escrito por Luiz Fernando Schibelbain
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Luiz é um visionário no ensino e aprendizagem de idiomas, principalmente língua inglesa. Desde 1987 dedicando-se ao processo humano de aquisição e manutenção de língua estrangeira utilizando estratégias de formação, gerenciamento e avaliações orais e escritas por meio da experiência docente, de capacitação e escrita de regimentos bilíngues e internacionais, de vivência em países de línguas inglesa, espanhola, francesa, italiana, japonesa, alemã e russa, além de gerenciamento dos exames de proficiência e formação de Cambridge English Language Assessment e de congressos do International Baccalaureate (IB).
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A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA E A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL A SERVIÇO DA COPA DO MUNDO
COM O AVANÇO EXPONENCIAL DA TECNOLOGIA, SURGEM NOVAS FORMAS DE ACOMPANHAR A COPA DO MUNDO E ATÉ DE CATALOGAR AS PARTIDAS DO MUNDIAL, GRAÇAS AO AVANÇO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL.
Hoje, vivemos num mundo onde a comunicação instantânea faz parte de nossas vidas. Estamos diariamente e permanentemente conectados à internet, o que nos permite acompanhar um jogo de futebol enquanto conversamos com alguém que está em qualquer outro lugar do mundo. E mais: podemos fazer fotos e vídeos que reproduzem a nossa sensação naquele momento!
Isso tem tudo a ver com aquela nossa sensação de que estamos com cada vez mais dificuldade para acompanhar os avanços tecnológicos. Isso é perfeitamente compreensível! Mas e como será que isso vai interferir no nosso jeito de acompanhar a Copa do Mundo?
Quer um exemplo? Recentemente a IBM desenvolveu uma inteligência artificial que é capaz de criar vídeos personalizados com lances de jogos da Copa do Mundo. Numa parceria com a Fox Sports, a IBM utilizou o supercomputador Watson para permitir que qualquer pessoa crie seu vídeo de melhores momentos da Copa.
Chamado de World Cup Highlight Machine, a ferramenta tem um acervo com mais de 300 partidas documentadas em vídeo, que são de todos os mundiais desde o de 1958, quando o Brasil conquistou seu primeiro título. É possível filtrar os lances por ano, seleção, jogador, partida ou até mesmo o tipo de jogada: se foi um chute, um cabeceio, um gol, uma defesa, uma falta, uma mordida… Após escolher as opções desejadas, a Inteligência Artificial do Watson cria, em tempo real, um vídeo com os momentos selecionados.
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Foto: Rebeca Xavier
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e tem uma coisa que evolui numa velocidade exponencial e desenfreada é a tecnologia, não é mesmo? De 1930, ano da primeira Copa do Mundo, até os dias de hoje, muita coisa já evoluiu. Fomos do jornal ao rádio, que foi o principal meio de comunicação para acompanhar as partidas até 1970, ano em que a Copa foi transmitida ao vivo e a cores aqui no Brasil. No final dos anos 1990, tivemos o surgimento da internet nos lares brasileiros, o que alguns estudiosos classificam como a “Revolução Digital”, algo proporcional à Revolução Neolítica, de 9 mil a.C. a 3 mil a.C. e à Revolução Industrial, que mudou o mundo nos Séculos XVIII e XIX.
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Assim é possível ver, por exemplo, um vídeo com as melhores jogadas do Brasil na Copa de 1994 ou até coisas extremamente específicas, como todos os escanteios cobrados por Trinidad e Tobago na Copa de 2006. Ou as faltas que o Pelé sofreu no mundial de 1966. É mole? O site também destaca alguns vídeos populares feitos por outros usuários da plataforma.
E se você acha que esse negócio de Inteligência Artifical é caô ou coisa de ficção científica, se liga nessa:
O Goldman Sachs, que é um dos maiores bancos do mundo, utilizou um software de inteligência artificial para simular 1 milhão de variações possíveis para calcular a probabilidade de cada seleção avançar na Copa e até mesmo prever quem será o grande vencedor do torneio. Foram extraídos dados sobre atributos individuais de jogadores e de equipes, para ajudar a prever pontuações específicas de partidas.
A parte mais legal disso tudo é que, com todos os cálculos e variações possíveis, o software chegou a conclusão de que teremos, na final do dia 15 de julho, uma revanche histórica entre Brasil e Alemanha. E sabe quem foi apontado como grande vencedor? O BRASIL!!!
Se isso vai ser verdade ou não, ainda precisamos esperar pra ver. O que parece uma certeza é que novas tecnologias estão cada vez mais presentes nas nossas vidas, aprimorando o esporte e a nossa experiência como torcedores. Que tipo de tecnologias estarão a nosso serviço nessa e nas próximas Copas? Que tipo de avanços você acha que ainda estão por vir? Será que um dia assistiremos a um jogo de dentro do campo através da realidade virtual? Será que teremos um simulador de sensações que transmite as emoções de quem está no estádio ou até mesmo no jogo? Fica aqui um desafio à sua imaginação!
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Foto: Getty Images
Matéria originalmente postada em: https://goo.gl/9575yP #TimeDoTas torcedores.com
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ENTREVISTA com Monique Wasserman Blogueira, youtuber e aprendiz inquieta
1- Conta pra gente como foi que sua vida se transformou depois de ter entrado para os Exponentials e depois que você se mudou do Rio para São Paulo. MW - Eu interpreto minha vida como AE (antes de exponential) e PS (pós-exponential). O grupo, que está mais pra time, me ajudou a conhecer inúmeras pessoas incríveis e me abriu portas para conhecer um mundo antes desconhecido. Nunca mais fiquei sozinha em eventos, passei a descobrir que existe muito conhecimento e eventos acontecendo que antes eu nem ficava sabendo. Ou seja, o grupo expandiu meu horizonte e ampliou minha visão do mundo. Hoje eu me sinto parte de uma grande família. E isso ajudou muito na minha mudança pra SP. Sempre me falavam que se mudar é difícil ("você vai ficar sozinha") e eu simplesmente nunca senti isso porque conheci tanta gente através do grupo que me sinto d i a r i a m e n t e a b ra ç a d a a t rav é s d e t a n t a s mensagens no Whatsapp. 2- Quais são seus maiores influencers? Eu costumo falar que, pra me influenciar, não é necessário ter um cargo de CEO. Quem me influencia é quem eu me espelho e quem me inspira. Duas pessoas vêm prontamente à minha cabeça: Karina Colpaert e Andrea Bisker, que inclusive conheci no grupo. A Karina foi minha chefe e hoje é coach. Ela é uma pessoa que me traz uma paz e ao mesmo tempo muita reflexão. Não só admiro, mas também aprendi e aprendo muito com ela. A Andrea foi a q u e l a a d m i ra ç ã o à p r i m e i ra v i s t a ! N o s conhecemos no Singularity Summit BR e não nos desgrudamos desde lá. Ela tem um conhecimento que transborda e uma fala que traz paz e muita sabedoria! Quem estava no Conference com certeza sabe do que estou falando! Além delas, não posso deixar de falar dos vídeos TED, onde eu super aprendo e assisto diariamente um diferente! Isso influencia minha vida! Se quiser dica de TED também, conta comigo!
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onique é apaixonada por pessoas, tecnologia e aprendizado. Após 7 anos em uma multinacional, ela decidiu criar uma meta de fazer muitos cursos e após 15 meses ela participou de mais de 100 eventos educacionais. Ela compartilha seus aprendizados através das suas redes sociais, que são: @monique.wasserman, @encontresaber e @meuamigoaplicativo.
3- E que história é essa de fazer um curso por semana? MW - Sim, e é exatamente isso que me move! Para ser sincera, a meta nasceu em janeiro de 2015 e era fazer um curso por mês, principalmente sobre assuntos fora da minha área de atuação até o momento, que era RH. Mas, meu cérebro interpretou como um por semana. Fechei o ano de 2017 com 87 cursos e, em março de 2018, completei 100. Foram aulas de diversos temas: tecnologia, grafologia, inovação, comportamento humano, artesanato, futurismo, neurociência, improviso, caligrafia, pessoas, marketing, etc! 4- Desses muitos cursos que você andou fazendo nos últimos quinze meses, quais você recomenda? Muita gente vem me pedir indicação e tenho o maior prazer em ajudar! Sei que o investimento pode ser caro e às vezes não é o que a pessoa está procurando. Por isso, é importante entender qual o objetivo e expectativas de cada um. O curso que mais me marcou foi o de Neurociência para Recursos Humanos na IBMEC. E o que falo sempre para as pessoas é que elas escolham pelo professor, não só pela instituição. Foi por esse motivo que eu fiquei tão satisfeita com esse curso específico. A Janete Martins (professora) ensina neuro com indiretas, ativando nossa atenção mesmo às 22h. Mas, o que mais me chamou atenção foi o respeito que ela tinha com os alunos. Ela trabalhava com sala de aula invertida mesmo sem falar oficialmente sobre isso. Em uma aula, que eu tinha retornado da minha visita ao Facebook, ela pediu pra que eu lecionasse porque ela acreditava que eu teria muito a acrescentar pra turma. Eu, que adoro um palco, adorei contribuir e fiquei surpreendida com a atitude e humildade. Fora isso, ainda tenho uma lista para recomendar! Por exemplo: fiz curso com o nosso querido Marcelo Tas na IBMEC também, que foi incrível! Diversas palestras gratuitas na FGV, como por exemplo: Como lidar com pessoas difíceis, incluindo eu e você. Vem conversar comigo! Vou adorar indicar mais!
5- Como foi sua experiência na organização da Exponential Conference (antes, durante e depois do evento)? Meu maior aprendizado em relação a tudo que participo são as pessoas que eu levo nesse trajeto. E na Conference ganhei o maior aprendizado: conhecer pessoas tão sensacionais como Bruno Seidel, Bruno Sabino e Dani Taminato. Eles se esforçaram tanto pra ser tudo tão incrível que deu gosto de ver. Criei um carinho enorme por eles e automaticamente o evento virou meu filho também. Ele ainda é um bebê, só tem a crescer e fazer coisas lindas acontecerem! E eu espero estar sempre presente acompanhando e ajudando! Eu não sei dizer qual momento foi melhor: a angústia do pré, a felicidade do durante ou o orgulho do pós. Sei que todos me trouxeram tanta alegria e conhecimento que me sinto realizada. Foi o primeiro evento que ajudei numa organização, não foi fácil, mas foi muito enriquecedor.
6- Fale pra gente sobre o seu canal do Youtube e as novidades que vêm por aí! Eu sou uma pessoa que não consigo ficar parada (dá pra ver pela quantidade de cursos que fiz, ne?)! Antes do Youtube surgir, eu já tinha esse gostinho genuíno por compartilhar. Ano passado, quando comecei a fazer os cursos, via que em muitos deles eu não poderia comparecer e, por isso criei o @encontresaber. Eu não posso participar, mas com certeza deve ter alguém que pode. Criei a conta no Instagram com esse objetivo: facilitar a vida das pessoas em encontrar cursos/palestras incríveis que estão acontecendo. Já tem mais de 1 ano que tenho o Instagram e comecei a querer mais. Tirei muitos aprendizados de tudo que vi, vivi e ouvi nesses cursos. Por que que vou ficar com tudo só pra mim? Na minha cabeça isso não faz o menor sentido! E daí surgiu a ideia do canal do Youtube: compartilhar os cursos que participei e multiplicar o conhecimento. O importante é nunca se manter parado! Se ficar parado, a onda leva.
Conheça e se inscreva no canal da Monique no Youtube: https://goo.gl/kWqBMB
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REC ÉM C HEGA D@? Para você que tem dúvidas sobre a franquia de grupos Exponential, confira o nosso Guia de Sobrevivência e saiba mais sobre esse fenômeno das mídias sociais.
https://goo.gl/sqXtUo
NA EDIÇÃO ANTERIOR A matéria de capa da 11ª edição da Exponential Magazine não poderia ser outra que não fosse sobre a realização da Exponential Conference, evento que ocorreu em São Paulo no mês de maio. Um dia totalmente especial na história dessa comunidade. Mas a edição de junho teve também outros assuntos interessantes, como os 23 princípios para uma Inteligência Artificial mais segura, listados pelo nosso amigo Vinícius Soares da Silveira. Teve também uma matéria sobre a cobertura da Copa do Mundo encabeçada pelo nosso querido Marcelo Tas e uma entrevista com André Secco Richter falando sobre empreendedorismo no Esporte.
A Exponential Magazine chega até você graças aos seguintes apoiadores: Alina Carvalho, Ana Cláudia Seibel Schuh, Andrea Bisker, André Coelho, Arthur Garcia, Bernardo de Azevedo e Souza, Brenno Faro, Bruno Sabino, Caio Vinicius de Matos, Cassiano Calegari, Cecilia Ivanisk, Ciro Avelino, Cristiano Borges Franco, Daniela Yoko Taminato, David Medeiros Ortenzi, Debora Cristina Moraes Santos, Debora Souza, Dennis Altermann, Diogo de Souza, Diogo Tolezano Pires, Dom Queiroz, Eduardo Azeredo, Eduardo Seelig Hommerding, Everton Kayser, Fabiane Franciscone, Fatima Fernandes Rendeiro, Felipe Couto, Felipe Menezes, Filipe Braga Ivo, Gi Omizzolo, Gisele Hammerschmidt, Guilherme Massena, Gustavo Nogueira, Henrique Bastos, Hugo Santos, Ivan de Souza Cardoso, Jacques Barcia, José Luiz Gomes Ramos, Karla Rocha Liboreiro, Kelly Inoue, Leonardo Aguiar, Letícia Pozza, Lidia Cabral, Ligia Zotini Mazurkiewicz, Lucie Alessi, Lucio Mello, Luis Gustavo Delmont, Luiz Augusto Ferreira Araújo, Marcelo Amado, Márcio Silva (Frango), Mariana Francisco, Mariana Marcílio, Marcelo Tas, Mauro Federighi, Mine Caxeiro, Natasha Pádua, Paula de Souza Avila, Paulo Henrique Azevedo, Pedro Godoy, Plínio Carvalho, Régis Klein Amorim, Renato Bliacheriene, Ricardo Morgado, Ricardo Neves, Ricardo Pelin, Roberta Ramos, Roberto Wickert, Ruben Feffer Binho, Sephora Lillian, Tania Kulb, Thelma Nicoli Wiegert, Thiago Abreu, Vanessa Mathias, Victor Hugo Rocha, Victor Morganti, Vinicius Soares e Vitor Signori.
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Tá curtindo a Copa da Rússia? Para ficar ligado nessa bagaça, acompanhe a cobertura do Time do Tas no Torcedores.com
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