Foto: Divulgação Hack Town 2018
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FALTANDO POUCAS SEMANAS PARA O PRIMEIRO TURNO DAS ELEIÇÕES, WILL CEOLIN DESABAFA SOBRE ALGO QUE ESTÁ LHE INCOMODANDO.
FABIANO PORTO FALA DAS MUDANÇAS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO PELA NECESSIDADE DE ALGO MAIS QUE APENAS GANHAR DINHEIRO E AUMENTAR A PRODUTIVIDADE.
Foto: br.fotolia.com
EM Foto: Divulgação
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Foto: Divulgação EM.
Setembro é mês de hackear tudo de novo. Mais uma vez.
S
etembro será um mês repleto de emoções e de eventos incríveis! Um desses eventos, claro, é o Hack Town, que vai rolar de 6 a 9 de setembro em Santa Rita do Sapucaí - MG. Um evento que significa muita coisa para a comunidade Exponential, afinal, foi num esquenta planejando uma caravana para a edição de 2016 que surgiu o primeiro grupo de Whatsapp que, mais tarde, viria a exponencializar e gerar toda essa franquia linda! E dessa vez teremos vários membros dos grupos exponentials por lá, reunidos e também palestrando. Eu, inclusive, serei um deles (fica aqui um jabá para todos interessados em assistir à minha palestra). ^^ Além de falar sobre o Hack Town 2018, a Exponential Magazine desse mês de setembro aborda também um tema que vai só esquentar até o dia 7 de outubro: o primeiro turno das eleições presidenciais. Vale dar uma lida no texto que o Will Ceolin escreveu sobre esse assunto (sem parcialidade, eu garanto). Outro texto bem bacana que temos nessa edição é o sobre o futuro do trabalho, escrito pelo Fabiano Porto. Algo bem parecido com o que eu acredito (ou talvez queira acreditar) que seja o nosso futuro. E pra completar essa edição nº 14, temos uma entrevista com Luiza Daiane Rabuski, nerd programadora que mora no interior do Rio Grande do Sul (interior mesmo, na roça). Pra quem acha que esse meio é muito excludente ou que só tem lugar para homens hipsters e criados em meia à selva de pedra, vale muito conferir essa entrevista da Luiza, que mandou bem demais nas respostas! Espero que curtam a edição desse mês e que a gente possa se encontrar no feriadão da Independência durante o Hack Town! Vai ser sensacional!!!
Boa leitura! ;) Bruno Seidel
Will Ceolin fala sobre a disputa presidencial e sugere um debate de verdade. Foto: Divulgação EM.
Fabiano Porto compara os diferentes significados da palavra "trabalho". Foto: br.fotolia.com
Entrevista com Luiza Rabuski, nerd, programadora e fazendeira.
Curte escrever sobre futurismo, inovação ou tecnologia? Gostaria de usar esse espaço para apresentar seu projeto ou divulgar algo bacana? Então chega mais! Essa revista nasceu para ser colaborativa. Quanto mais cabeças pensando em rede, mais exponencial será o conhecimento! :)
Foto: Bruno Mazzer
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P
ela quarta vez, a pequena Santa Rita do Sapucaí, cidade sul-mineira próxima à capital paulista, reúne a comunidade inovadora da América Latina para celebrar o novo, conhecer práticas de inovação de empresas disruptivas, romper os limites das suas próprias áreas de atuação, além de ter contato com as startups que serão estrelas em breve. Durante o feriado prolongado de 6 a 9 de setembro, o HackTown reunirá o que há de mais inovador em áreas como tecnologia, inovação, startups, publicidade, empreendedorismo, games, design, música, e economia criativa. Além de empresas globalmente reconhecidas pela sua capacidade de inovação, outro atrativo é a presença de projetos independentes de todo o país, ainda desconhecidos pela maioria, mas altamente disruptivos. O HackTown traz uma programação intensa de mais de 300 palestras, workshops, debates, showcases, mentorias, apresentações de startups, exposições, entre outras atividades oficiais espalhadas por bares, restaurantes, salas de aula, auditórios, e até mesmo garagens no centro da cidade, conhecida como o Vale do Silício do Brasil.
Com apenas 40 mil habitantes, Santa Rita do Sapucaí é um inusitado polo empreendedor em tecnologia, com uma concentração de empresas do ramo que supera qualquer outra cidade da América Latina: quatro empreendimentos de base tecnológica para cada mil habitantes. “Tudo isso em um ambiente de simplicidade e arquitetura típica do interior de Minas Gerais, propício para que pessoas e ideias se conectem”, conta Marcos David (a.k.a. Robinho), um dos idealizadores do HackTown.
“A cada edição, ouvimos inúmeros casos de conexões que resultaram em negócios e parcerias incríveis”, destaca. “É este o espírito do HackTown”, complementa David. O jovem empreendedor também lembra que o p ú b l i c o, q u e ve m d e t o d o B ra s i l , principalmente pela proximidade com São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, aproveita as palestras ao máximo, mas também acaba optando por alugar um sítio ou uma casa para se hospedar, fazer churrasco e até mesmo festas com velhos e novos conhecidos. Além do formato pouco convencional inspirado no norte-americano SXSW e no alemão Tech Open Air, o HackTown, em 2017, ficou famoso por sediar, pela primeira vez fora dos Estados Unidos, uma casa do Google, com atividades exclusivas criadas p e l o g i g a n t e d a t e c n o l o g i a p a ra o s participantes do HackTown, além de um evento endossado pelo também gigante Facebook, ao ar livre, em uma tradicional pracinha de interior. Tudo isso vem levando a iniciativa a ganhar destaque nos principais congressos sobre inovação em eventos. Recentemente, o HackTown foi apresentado ao lado de gigantes como ComicCon, Campus Party, RIO2C e Burning Man, considerado o festival mais disruptivo do mundo.
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As palestras também impressionam. Entre os cerca de 300 palestrantes já anunciados para 2018, estão nomes como Dennis Wang, VP de Operações do Nubank (e ex-CEO da Easy Taxi); Milena Brentan, Talent Lead para América Latina no Airbnb; Courtney Guimarães, referência mundial em Blockchain; Flavio Proença, Head de Analytical Insights no Google; Natasha Bontempi, Head de Mindfulness e Habilidades Humanas na IBM; Amanda Alvernaz, Gerente de Marketing do Trello; Jeff Burton, co-fundador da Electronic Arts; Renata Perrenoud, Fellowship na Universidade de Harvard; Luciano Freitas, Gerente de Marketing na Uber; Henrique von Atzingen, líder do Thinklab, área de inovação e pesquisa da IBM; Lica Repetto, líder do núcleo de negócios do Porta dos Fundos; Gustavo Baldoni, diretor executivo de entretenimento da Conspiração Filmes; Daniela Rodrigues, empresária do rapper Rashid; Tânia Savaget, Facilitadora de Diálogos na Tátil Design; Isabela Aggiunti, especialista em Marketing Science no Facebook; Jesper Rhodes, Learning Designer e especialista em IoT na Hyper Island; Peter Kronstrom, diretor do Copenhagen Institute for Future Studies; Conrado Schlochauer, embaixador da Singularity University no Brasil; e Vinícius Porto, responsável pela criação do Reserva Labs, área de inovação e experimentação da Reserva, única empresa Brasileira no ranking das empresas mais inovadoras do mundo pela Fast Company. Os ingressos para o HackTown 2018 estão próximos de se esgotar. Você ainda pode comprar o seu no lote 3 em
www.hacktown.com.br por um preço muito abaixo das tradicionais conferências que acontecem nas grandes capitais. Vale conferir.
Não se deixe enganar pela tranquilidade das suas ruas: Santa Rita do Sapucaí é uma cidade ligada à tecnologia e à inovação desde a década de 60, quando foram criados a ETE, o Inatel e a FAI, três dos responsáveis por transformála em um polo gerador e que atrai mentes inovadoras. Hoje, o município abriga mais de 160 empresas de tecnologia, ganhando o apelido de “Vale da Eletrônica”. Tudo isso sem perder aquele clima de cidade do interior, com gostinho de comida feita no forno a lenha e de café quentinho passado na hora. O tipo de lugar que permite uma conexão especial entre as pessoas. O lugar perfeito para o Hack Town acontecer.
Confira lista completa em https://hacktown.com.br/#speakers
Talent Lead para América Latina no Airbnb
Guitarrista, vocalista e compositor do Autoramas, banda ícone da cena independente nacional
Empresária do rapper e compositor Rashid / Diretora da Foco na Missão Produções e Merchandising
Head de Mindfulness e habilidades humanas na IBM
VP de Operações do Nubank / Anteriormente, foi co-CEO da Easy Taxi
Co-fundador da Electronic Arts
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por Will Ceolin
A
lguns dos principais veículos de comunicação do país já realizaram entrevistas com os candidatos a presidente. Mas aqui vai um spoiler: se você assistiu a uma entrevista com cada um, não precisa assistir às outras. Elas são mais do mesmo. Repórteres fazendo as mesmas perguntas, que, em sua maioria, nada representam o que precisaria ser discutido nestas eleições: um projeto de país e gestão pública para as próximas décadas.
Perguntar 457 vezes ao Bolsonaro se ele é preconceituoso, 678 vezes para a Manuela se ela vai implementar uma ditadura comunista no Brasil ou 1076 vezes se o Lula é inocente não contribui em nada para tentar resolver os problemas da política brasileira. Tais perguntas só aumentam a polarização e o ódio entre pessoas que pensam (ou pertencem a grupos sociais) diferentes. As eleições acontecem para eleger o próximo Presidente da República (Chefe do Poder Executivo), e as pessoas responsáveis pela redação e aprovação de leis (Poder Legislativo: membros da Câmara Federal dos Deputados, do Senado Federal, das Assembleias e Legislativas Estaduais). Ou seja, são as pessoas que administrarão o país pelos próximos quatro anos, mas o que menos se discute é como cada candidato irá tentar resolver os principais problemas que o país enfrenta.
Aqui vai uma proposta maluca: que tal, em vez de ofender os adversários políticos, nós comecemos a debater de maneira civilizada e racional cada proposta? Que tal reunir ideias diferentes, elaborar hipóteses e testá-las com pequenos grupos para definir, com dados, se uma lei (ou projeto) deveria ser adotado em larga escala (ou não)? Que tal parar com discussões que não levam a lugar algum e trabalhar juntos para resolver problemas que são comuns a todos? E aqui fica uma dica: se o seu candidato (ou movimento político: Olá, PSOL, Bolsonaro e MBL) precisa de deboches ou de agressões verbais para tentar convencer que ele é a pessoa certa, ele provavelmente não merece o seu voto nem para síndico do prédio. Saber ouvir pensamentos diferentes e respeitar os outros deveria ser pré-requisito para qualquer público. Aliás, deveria ser pré-requisito para qualquer tipo de convivência social. Em vez disso, o que parece estar acontecendo é uma histeria coletiva para tentar demonizar qualquer corrente política que pense diferente e classificá-las como nazistas, comunistas, fascistas, stalinistas ou mandando você ir pra Cuba.
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Dividir para conquistar é uma estratégia que tem sido adotada há muito tempo na política, mas que precisa parar de ser aceita como algo que faz parte do jogo. Faça um exercício de reflexão: você sabe quais são as propostas do seu candidato para educação, saúde, segurança, economia, infraestrutura, ciência & tecnologia, geração de emprego, reformas política e tributária? O seu candidato está ciente do que está acontecendo no mundo e como o Brasil se encaixa nesse cenário para cada uma dessas áreas? Se a resposta é não, talvez o seu candidato esteja perdendo tempo com demais com brigas dignas de alunos de quinta série do que pensando em um projeto de país. No blog do Coletivo Mula (coletivomula.wordpress.com), você confere algumas sugestões de assuntos que deveriam estar sendo perguntados e debatidos nestas eleições, mas raramente são. Que tal refletirmos se nossos candidatos estão cientes deles e tentarmos debatê-los de maneira racional: com argumentos e ideias em vez de ofensas e deboches? Tem outras sugestões, outros assuntos, outras ideias? Seja muito bem-vind@ a compartilhá-las conosco!
REFERÊNCIAS Separação dos Poderes (Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário) https://pt.wikipedia.org/wiki/Separa%C3%A7%C3%A3o_de_poderes
Texto originalmente publicado em: https://coletivomula.wordpress.com/2018/08/06/vamos-debater-de-verdade
Foto: Divulgação EM.
Artigo escrito por Will Ceolin Sócio-fundador do Zoonk, startup que pretende melhorar a educação no mundo através de gamificação, I.A., personalização e diversão. Mora, até o fechamento dessa edição, em Berlim, na Alemanha.
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Foto: Divulgação EM.
por Fabiano Porto
O
mundo do amanhã (que se aproxima) é construído por pessoas que amam o seu trabalho. Que honram a sua capacidade produtiva e a colocam a favor do bem-estar coletivo. Está no fim a era do trabalho como obrigação e estresse. A geração que formará o futuro busca alinhar propósito e significado com suas atividades diárias. É só uma questão de tempo para esta realidade se manifestar plenamente em nossos dias. As empresas e pessoas que não entenderem isso estarão sempre em perturbação, mantendo equipes pelos benefícios financeiros ou pelo medo do desemprego. Pessoas que estão infelizes e trabalham apenas por obrigação. Não há evolução em ambientes assim. Haverá sempre improdutividade, desmotivação e desunião. Está na hora de retomarmos o controle de nosso futuro como seres humanos, capazes de transformar realidades. Podemos e devemos, como cidadãos, empreendedores e líderes, criarmos novas relações que façam mais sentido e favoreçam o equilíbrio do todo. Não podemos mais viver sob sentimentos de medo e escassez, enquanto tantas novas e antigas soluções já existem para criarmos abundância e prosperidade para todos.
Foto: fotolia.com
O sistema e crença no dinheiro não pode trifunar sobre a vida, e continuar aprisionando a vida de nossas famílias e lares. Desejos, propagandas e competições feitos para gerar dívidas que crescem a níveis irreais por taxas imorais que só concentram mais renda e poder nas mãos de uma ínfima parte da humanidade. Tudo para poucos. Escassez, miséria e suor para muitos. Este mundo que construímos não faz sentido. E tudo se reflete nas relações de poder e competição do mercado de trabalho e relações sociais.
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Vemos o velho mundo e suas hierarquias ruírem, se agarrando como podem para se manter no PODER SOBRE. Enquanto muitos já percebem que o futuro é formado pela necessidade de se criar relações que visam o PODER COM. No mundo do amanhã, a colaboração, senso de equipe e trabalho com propósito irão guiar nossas relações produtivas e a nossa capacidade de transformar o mundo em que vivemos. Já vemos diversos novos modelos sendo propostos, como a Sociocracia, Dragon Dreaming e métodos baseados em consenso e co-participação individual no todo.
Foto: fotolia.com
Ao fim, esperamos que a inteligência e a fraternidade triunfem para o trabalho voltar a ocupar sua posição original, que nunca deveria ter sido desviada, que é na construção direta de um mundo melhor para todos. Todas as mentes, todos os técnicos e conhecedores dos ofícios se unirão para trabalhar pela Regeneração Global. E todas as relações de trabalho serão modeladas para a cooperação, e não a competição.
Artigo escrito por Fabiano Porto Profissional dedicado a Gestão de Negócios e Gestão de Marketing com ênfase nos meios digitais. Sempre disposto a buscar a inovação como estratégia e o senso de equipe e propósito como solução competitiva. Apaixonado por desafios e por compartilhar conhecimentos. Movido pelo desejo de contribuir para a construção de uma sociedade mais equilibrada, inteligente e sustentável.
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L Webmaster na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc)
1- De onde surgiu o seu interesse por programação, computação e desenvolvimento? LR - O meu interesse pela computação surgiu quando ainda estava cursando o ensino fundamental. Nessa época, tive aulas de xadrez e, no turno inverso, praticava contra o computador. Por ser um esporte que desenvolve o raciocínio lógico, presumo que isso tenha me aproximado da área da computação. Além disso, sempre gostei muito das ciências exatas, principalmente da matemática. Essa era minha matéria preferida na escola. Também sempre tive curiosidade de como as coisas funcionavam e do que estava por trás de determinados sistemas. 2- Quais são suas áreas de interesse nesse vasto campo da computação? LR - O ramo da computação realmente é muito amplo mas, quando ainda estava cursando o ensino superior, três disciplinas me chamaram atenção e despertaram meu interesse: uma voltada a aplicações para dispositivos móveis, outra de Inteligência Artificial e a última sobre Big Data e Bancos de Dados. Essa última é uma área que vem crescendo muito nos últimos tempos, pois a informação se tornou fator fundamental para o sucesso de grandes negócios. Sobre as aplicações mobile, são muito importantes no momento atual. Hoje, grande parte dos acessos aos sistemas onde trabalho são realizados através do dispositivo móvel. Penso que, cada vez mais, o uso se dará através deste dispositivo e os desenvolvedores devem adaptar os sistemas para rodarem neste meio. Já sobre a IA, creio que tem muito a contribuir com a sociedade, principalmente em questões da área da saúde.
uiza é programadora, formada em Ciência da Computação, fazendeira em Rincão Del Rey, criadora de gado, gremista, fã do Cristiano Ronaldo e webmaster na Assessoria de Comunicação da Universidade de Santa Cruz do Sul.
3- Você considera o mercado de profissionais da computação muito "masculino"? Como se sente inserida nesse meio? Que há muito mais homens na área da computação, isso é inegável, porém não acho que seja uma profissão masculina. O que eu vejo é que o fato de ter menos mulheres nesse meio está muito relacionado com o contato que tiveram com as exatas ainda no ensino fundamental. Ouvia muito na escola que matemática era mais fácil para os meninos, e vice-versa. Dessa forma, associou-se a matéria com sexo masculino, e acredito que isso acabou afastando muitas mulheres dessa área. Na Universidade, por muitas vezes, eu fui a única menina da turma, mas nunca me senti excluída. Também vi muitas colegas desistirem ou trocarem de curso, mas sinto que fiz a escolha certa. 4- Como você percebe sua evolução desde que começou a trabalhar na Assessoria de Comunicação da Unisc na função de webmaster? Percebo uma grande evolução na parte da comunicação com os clientes, preocupação com a usabilidade, acessibilidade e layout dos sistemas e sites. Antes de trabalhar na Assessoria de Comunicação eu era somente desenvolvedora back-end, agora realizo também o desenvolvimento front-end, onde adquiri bastante conhecimento ao longo desses quase 4 anos. Pude perceber que o front-end também precisa de atenção durante o desenvolvimento, principalmente em questões de usabilidade e acessibilidade. Não é simplesmente fazer um layout bonito: também é necessário que essa interface seja usável por todos. A partir dessa percepção, a usabilidade acabou por ser o tema do meu trabalho de conclusão de curso.
5- Além de ser mulher, você nasceu e continua morando no interior. Você sente algum preconceito das pessoas em entenderem como alguém que vive no meio rural consegue se destacar numa área que envolve tecnologia? Acho que preconceito não é bem a palavra. A sociedade vê a pessoa do interior como sendo alguém sem estudo, sem conhecimento. Isso acontece porque muitos que vivem no meio rural não têm a oportunidade de estudar. Não vejo isso como preconceito, acho que é apenas um estereótipo. Por outro lado, essa questão de morar no interior acabou me aproximando de algumas pessoas no meio acadêmico. Os colegas tinham curiosidade de como era a vida no campo e assim acabei fazendo grandes amizades.
6- Que conselhos você daria para uma pessoa que quer trabalhar como webmaster, cientista de dados ou com programação, mas que não se considera dentro do "perfil padrão"? Primeiro: não desista. Se você realmente curte a área, gosta das exatas, esse é o seu caminho. Não se importe se você vai ser o único "diferente" na turma ou do trabalho. Na verdade, tenha orgulho. Segundo: dediquese. Essa é uma área que exige muita dedicação e comprometimento com os estudos. Terceiro, mas não menos importante: Não pare de estudar: A tecnologia está em constante evolução e você precisa se manter atualizado.
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Para você que tem dúvidas sobre a franquia de grupos Exponential, confira o nosso Guia de Sobrevivência e saiba mais sobre esse fenômeno das mídias sociais.
https://goo.gl/sqXtUo
Em agosto completamos 1 ano da primeira edição da Exponential Magazine. Na matéria de capa, um assunto que despertou o interesse dos sedentos por fofocas: o barraco envolvendo Elon Musk nas redes sociais. Foi apresentado também um delicado tema trazido por Luiz Araújo sobre a liberação da maconha. Teve uma matéria bem bacana da Dani Taminato falando sobre a 1ª edição do evento Inconformakers, além de um artigo super interessante do Diego Campos sobre o uso de Inteligência Artificial e reconhecimento facial em lojas da Ásia. E, pra completar, a entrevista do mês foi com o nosso samurai da inovação Ale Uehara! Subarashii!
A Exponential Magazine chega até você graças aos seguintes apoiadores: Ana Cláudia Seibel Schuh, Andrea Bisker, André Coelho, Arthur Garcia, Bernardo de Azevedo e Souza, Brenno Faro, Bruno Sabino, Caio Vinicius de Matos, Cassiano Calegari, Cecilia Ivanisk, Ciro Avelino, Cristiano Borges Franco, Daniela Yoko Taminato, David Medeiros Ortenzi, Debora Cristina Moraes Santos, Debora Souza, Dennis Altermann, Diogo de Souza, Diogo Tolezano Pires, Dom Queiroz, Eduardo Azeredo, Eduardo Seelig Hommerding, Everton Kayser, Fabiane Franciscone, Fatima Fernandes Rendeiro, Felipe Couto, Felipe Menezes, Fernanda Mello, Filipe Braga Ivo, Gi Omizzolo, Gisele Hammerschmidt, Guilherme Massena, Gustavo Nogueira, Henrique Bastos, Hugo Santos, Jacques Barcia, José Luiz Gomes Ramos, Karla Rocha Liboreiro, Kelly Inoue, Leonardo Aguiar, Letícia Pozza, Lidia Cabral, Ligia Zotini Mazurkiewicz, Lucie Alessi, Lucio Mello, Luis Gustavo Delmont, Luiz Augusto Ferreira Araújo, Marcelo Amado, Márcio Silva (Frango), Mariana Francisco, Mariana Marcílio, Marcelo Tas, Mauro Federighi, Mine Caxeiro, Natasha Pádua, Paula de Souza Avila, Paulo Henrique Azevedo, Pedro Godoy, Plínio Carvalho, Régis Klein Amorim, Renato Bliacheriene, Ricardo Morgado, Ricardo Neves, Ricardo Pelin, Roberta Ramos, Roberto Wickert, Ruben Feffer Binho, Sephora Lillian, Tania Kulb, Thelma Nicoli Wiegert, Thiago Abreu, Vanessa Mathias, Victor Hugo Rocha, Victor Morganti e Vinicius Soares.