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ESTRATÉGIAS PARA MAXIMIZAR A APRENDIZAGEM POR MEIO DOS FÓRUNS DE DISCUSSÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

MARTELETO, Flávio Miranda28 VEIGA, Edicléa29

RESUMO

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O presente artigo tem como objetivo central apresentar estratégias de animação e fomento da participação dos alunos em fóruns de discussão em educação a distância (EaD), que favoreçam situações de aprendizagem e troca de conhecimento entre alunos e professores. Como objetivos específicos, apresentam-se: compreender a importância do uso do fórum de discussão na EaD; minimizar a distância transacional, reforçada pela distância física promovida pela educação a distância; discutir estratégias que possam promover maior interação de alunos com professores e dos alunos entre si. Desse modo, falar de EAD é pensar na oferta de um processo de aprendizagem dinâmico e eficiente por intermédio de ferramentas tecnológicas. Pode-se dizer que a educação a distância funciona a partir de uma inserção virtual entre um estudante e um tutor EaD, separados por tempo e espaço. Partindo desse pressuposto, convém indagar: como tornar o fórum de discussão uma ferramenta de interação dinâmica e atrativa que venha favorecer o processo de ensino aprendizagem de forma significativa no contexto da EaD? Ao ter em vista que, na modalidade EaD, tanto professor quanto aluno não estão no mesmo espaço físico, todavia, ambos se relacionam a partir de uma plataforma virtual de aprendizagem (AVA). Nesse sentido, conhecer as dificuldades dos alunos se faz necessário para construção de um ambiente de aprendizado eficiente. Entender o que os estudantes esperam de uma ferramenta pedagógica pode ser um ponto de partida interessante para a construção de fóruns de discussão eficazes para a aprendizagem. Discorreremos, no presente artigo, a percepção das fragilidades dos cursos de graduação no que se refere às ferramentas de interação, como o fórum, para a construção e reconstrução do conhecimento. Palavras-chave: Aprendizagem a distância; Interação virtual; Ferramentas de aprendizagem virtual; Comunicação em EAD.

ABSTRACT

The main objective of this article is to present strategies for the enhancement of student participation in discussion forums in Distance Education (DE) favoring learning situations and exchange of knowledge among students and teachers. Specifically, we aim to understand the importance of using the discussion forum in DE; and how to minimize the transactional distance reinforced by the physical distance promoted by DE, and also point out how discussion forums can promote greater interaction between students and teachers and students with each Other. Therefore, to promote distance education we need to offer a dynamic and efficient learning process through all technological tools involved. Usually, distance education works from a virtual interaction between a student and a DE tutor, separated by time and space. Based on this assumption, it is worth asking:

28 Doutor em Ecologia e Conservação – UFPR. Professor do curso de Pedagogia da Faculdade Educacional da Lapa – PR. E-mail: flavio.marteleto@docentes.fael.edu.br 29 Doutoranda em Educação – PUCPR. Coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Educacional da Lapa – PR. E-mail: ediclea.veiga@docentes. fael.edu.br

How to make the discussion forum an interactive, dynamic, attractive tool that will favor the teaching-learning process in a significant way in the context of DE? Bearing in mind that, in the distance learning methods, both teacher and student are not in the same physical space, however, both are connected through a virtual learning environment (MLE). In this sense, knowing the students’ difficulties is necessary to build an efficient learning environment. Understanding what students expect from a pedagogical tool can be an interesting starting point for Building effective communication tools for learning. This article discusses the importance of understanding the weaknesses in communication of undergraduate courses regarding their interaction tools, focusing on the discussion forum and its importance for the construction and reconstruction of knowledge. Keywords: Distance learning; Virtual interaction; Virtual learning tools; DE communication.

INTRODUÇÃO

Entre todos os desafios presentes na educação a distância, pode-se apontar que o maior obstáculo para sua eficiência está além da separação geográfica e temporal entre o professor e os alunos e dos alunos entre si, mas principalmente na distância dentro do espaço comunicativo e psicológico entre eles, o que Moore (1997, apud BEZERRA, 2011; ALBUQUERQUE, et al., 2017) denomina “distância transacional”. Nesse sentido, as estratégias de interação aplicadas na educação a distância (EaD) têm como objetivo tentar minimizar a distância física superando a distância transacional entre os envolvidos (BEZERRA, 2011).

Nesse contexto, um fórum virtual de discussões em EaD pode ser definido como:

Uma modalidade de conversação assíncrona, intencional, dirigida a uma finalidade pedagógica de construção / reconstrução de saberes, composta por segmentos interlocutivos que constituem, a um só tempo, objetos de leitura e indicadores da pessoalidade de seu locutor. (OLIVEIRA; LUCENA FILHO, 2006 p. 3)

Nesse sentido, pode funcionar como uma ferramenta de interação eficiente para diminuir a distância transacional, reforçada pela distância física promovida pela educação a distância. Porém, o formato do fórum faz com que os alunos precisem acompanhar muitas postagens, geralmente sem uma sequência linear, dificultando a participação de muitos estudantes nesses ambientes e o seu envolvimento no curso on-line (PEDRO; RAZERA, 2018). Outros problemas dos fóruns, que levam à diminuição da sua participação, citados por alunos de EaD, são a constante presença de discussões impertinentes aos temas, poucos participantes nas discussões, postagens muito longas, censura de outros colegas, pouco tempo para a produção de um comentário, insegurança sobre o conteúdo discutido e distância da sua realidade cultural e social (OLIVEIRA; LUCENA FILHO, 2006). Para uma gestão mais eficiente desse processo comunicacional, surge, com frequência, a figura do tutor on-line ou e-moderador (PEDRO; RAZERA, 2018).

Uma interação clara e eficiente entre aluno e professor é importante para que o processo de ensino-aprendizagem seja bem-sucedido. As interações são marcadas pela busca do professor em estimular o interesse do aluno pelo conteúdo trabalhado, motivando o seu aprendizado. Entretanto, Koç (2017) reforça a ideia de que mais importante que a interação aluno-aluno é a presença do professor nos fóruns, facilitando e direcionando a aprendizagem e discussão do conteúdo e das informações.

Após algumas décadas de educação a distância, e com o aumento tanto do número de instituições quanto de cursos oferecidos, muitas estratégias didáticas foram desenvolvidas e implementadas ao longo do tempo. Os fóruns de discussão permanecem presentes em praticamente todos os cursos de EaD, e os problemas para vincular os alunos para sua participação continuam.

O objetivo desse trabalho foi levantar, na literatura, estratégias de animação e fomento da participação dos alunos em fóruns de discussão em EaD, que favoreçam situações de aprendizagem e troca de conhecimento entre alunos e professores e de estratégias que promovam maior interação dos alunos entre si e com o conteúdo. Para tal, foi feita uma revisão bibliográfica priorizando tanto trabalhos teóricos quanto estudos de caso. O intuito final é que esse texto possa ajudar profissionais e instituições a desenvolver estratégias e procedimentos metodológicos claros, que incrementem a participação de seus alunos nos fóruns de discussão, de forma a enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.

UM NOVO OLHAR SOBRE O FÓRUM DE INTERAÇÃO

O papel do tutor on-line deve funcionar como o de um professor presencial, que atua como mediador entre os conteúdos elaborados para um curso e as atividades interativas que permitem sua aplicação. Sua função é providenciar a assistência necessária ao processo de aprendizagem, auxiliando os estudantes a aprender de forma mais efetiva. Para ser eficiente, é necessário que os tutores desenvolvam uma gama variada de competências para o trabalho e a comunicação on-line que possui particularidades distintas da comunicação presencial (PEDRO; RAZERA, 2018). Al-Husban (2020) defende que os professores devem se certificar de que os estudantes tenham uma ideia clara sobre o que precisam fazer em cada atividade de um fórum de discussão, especialmente se estiverem promovendo feedback contínuo às atividades dos alunos nos fóruns.

Koç (2017) defende que, quanto maior a participação e a presença dos alunos no fórum, de uma forma geral, melhor será a sua nota ao final do curso. Percebe-se que os fóruns de discussão, como ferramenta didática, ajudam os estudantes a criar publicações que podem servir como resumos ou sínteses do conteúdo lido e produzido por eles.

Segundo Stelzer et al. (2014), a aplicação de ferramentas de ensino e aprendizagem na EaD exige planejamento prévio, uma orientação de processo e uma avaliação que permita retroalimentação e acompanhamento direto por parte do tutor. Ao tornar o estudante protagonista de sua própria aprendizagem, o ensino a distância torna o aluno o responsável pelo ritmo e realização de seus estudos, mas deve-se dar a ele o suporte necessário para atingir os objetivos de aprendizagem.

Para tal, certos requisitos são básicos e inerentes a essa modalidade de ensino, como: propiciar a relação entre docente e aluno em espaço e tempo compartilhados e não compartilhados, elaborar um plano educacional multidisciplinar, construir um suporte para o curso com ferramentas tecnológicas e a elaboração de materiais que provoquem desafios para os alunos.

A EaD concentra, em larga escala, estudantes adultos com experiência de vida e no mundo de trabalho, muitas vezes com famílias constituídas, mas, ao contrário do que se possa imaginar, eles também apresentam ansiedade quando ingressam na modalidade a distância. Essa ansiedade decorre, em geral, da preocupação que o aluno sente em não ser capaz de atender às suas expectativas de aprendizagem. Cabe ao tutor on-line tranquilizar esse estudante e acolhê-lo nesse espaço, mostrando inúmeras possibilidade, usando ferramentas de interação, como o fórum, para troca de ideias, experiências, conhecimentos, que enriquecem a sua aprendizagem.

De acordo com Al-Husban (2020), os estudantes, com frequência, compartilham experiências pessoais e conhecimentos prévios ao curso em suas intervenções nos fóruns interativos. Além disso, eles são capazes de ligar fatos e ideias, porém o foco da discussão não extrapola a informação retirada do livro da disciplina. Justificativas e análises críticas são raramente presentes nos comentários. O autor defende que:

De acordo com a Taxonomia de Bloom, do domínio cognitivo, a aplicação, a justificação e a avaliação estão no topo da taxonomia, e os alunos precisam usar essas habilidades de pensamento de nível superior. Esses resultados revelam que os fóruns de discussão são considerados uma ferramenta eficaz para estimular as habilidades de raciocínio dos alunos. No entanto, os resultados também revelaram que os alunos carecem de alguns indicadores de alto nível de pensamento crítico, necessários no ensino superior, como justificativa, utilidade prática e avaliação. (AL-HUSBAN, 2020, p. 123)

Portanto, para facilitar a comunicação, é fundamental que o professor foque em avaliar e questionar o conteúdo do comentário, sendo mais permissivo na linguagem, uma vez que uma característica dos fóruns on-line é a fluidez da comunicação. Diminuir a distância linguística entre fóruns educacionais e fóruns não educacionais pode ser o caminho para dinamizar a interação e, consequentemente, a aprendizagem em cursos de EaD (BEZERRA, 2011).

Fóruns de discussão em EaD estão limitados pela tecnologia dos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) em que estão inseridos, o que pode limitar sobremaneira as possibilidades de atendimento das necessidades apresentadas pelos estudantes. Por outro lado, só é possível que o professor ou a instituição façam escolhas ou tomem decisões que favoreçam a interação caso conheçam os anseios de seus estudantes.

Conhecer os anseios e dificuldades dos seus estudantes é ideal para construção de um ambiente de aprendizado eficiente. Entender o que eles esperam de uma ferramenta pedagógica, em especial alunos jovens e adultos, que são o principal nicho do mundo da EaD, pode ser um ponto de partida interessante para a construção de fóruns de discussão úteis para a aprendizagem. Oliveira e Lucena Filho (2006) fizeram um questionário de perguntas objetivas avaliando o que os alunos esperavam ou gostariam que fosse respeitado dentro do fórum de discussão e descreveram, de forma concreta, os principais problemas e soluções esperados pelos estudantes da utilização dos fóruns de discussão:

a) falar sobre temas de relevância para a turma e para o curso (98%): os alunos têm consciência da significação educacional do fórum, e conseguem perceber a pertinência ou não dos temas propostos, seja para si próprios seja para o curso, em seus aspectos teórico-práticos. Portanto, temas que parecem desconectados do contexto maior do semestre e do curso despertam menos interesse no grupo de discussão; b) não ter muitos participantes no grupo de discussão (96%): tanto quanto o fórum longo, o número grande de alunos que compõe o grupo de discussão dificulta o acompanhamento das ideias apresentadas e de suas ramificações, bem como induz a poucas postagens, justamente pelo receio de aumentar em demasia a extensão textual que deve ser lida a cada acesso; c) não ter postagens muito longas (94%): uma postagem longa repercute no ambiente virtual como um discurso prolixo, uma fala cansativa que não se consegue acompanhar a contento. Além disso, a própria mancha gráfica de um registro escrito longo provoca uma espécie de rejeição à leitura, pois o espaço de repouso visual necessário fica prejudicado;

d) sentir/perceber que seu espaço de fala está resguardado, e que não há preponderância de nin-

guém no ambiente virtual (92%): esse desejo está estreitamente vinculado à necessidade de aceitação e acolhimento de si pelo grupo. Sentir que o colega ou o tutor tentam “se mostrar”, sobressair-se em relação ao restante da turma, provoca um desejo de represália, fazendo com que os participantes procurem apresentar também uma sapiência ou competência exagerada a respeito de algum aspecto do tema em foco, ou, por outro lado, desperta o clássico desejo do “silêncio como resposta”, reduzindo ou extinguindo a quantidade e a qualidade das intervenções individuais. Ambas as consequências afetam negativamente os resultados que se podem obter durante a discussão e após ela, em termos de construção e consolidação de conhecimentos; e) não ver o “fórum vazio” (83%): Assim como o faz o ambiente muito cheio e congestionado por muitas intervenções, sejam da turma ou de uma pessoa em especial, o fato de se verem poucas postagens também afeta o grau de motivação de tutores e alunos para participar da discussão em andamento. Esse mesmo princípio é bastante explorado pelo marketing: prateleiras vazias não incentivam o consumo; f) não durar muito tempo (82%): a métrica de duas semanas foi a mais indicada pelos entrevistados. A partir desse tempo, a quantidade de intervenções, segundo eles, fica muito grande, principalmente quando a turma é mais participativa, o que dificulta o acompanhamento das postagens e enfraquece as linhas de discussão, que tendem a esgotar-se ao longo do tempo de vigência do fórum; g) ter mais de uma linha de discussão, ao longo do período de vigência do fórum (79%): quanto maior o tempo, maior também deve ser a arte de aprofundar os tópicos de discussão pela apresentação de novas possibilidades de exploração do tema, pois trabalhar sempre o mesmo enfoque torna-se cansativo e tende a criar a repetitividade das abordagens e o esvaziamento gradativo dos comentários. O desdobramento do tema central em linhas derivadas foi indicado como possível de ser realizado tanto por alunos quanto por tutores, desde que haja comunicação e consenso entre os segmentos a esse respeito; h) “sentir firmeza” nas colocações do tutor e dos colegas (78%): A expressão “sentir firmeza” traduz um desejo de que as informações e comentários apresentem consistência conceitual, exatidão e coerência com o assunto em foco, tanto por parte do professor-tutor quanto por parte dos alunos. Se tal não ocorre, isso afeta negativamente a confiabilidade da tutoria e do grupo de colegas, enfraquecendo o desejo de interação;

i) presença de atualidades e de informações que ampliem os horizontes científico-culturais dos

participantes (68%): além de procurarem a base teórico-conceitual ligada ao conteúdo específico, os alunos também apresentaram interesse recorrente por elementos culturais, que se apresentam em uma indicação de leitura ou de filme, no comentário de um evento ligado ao contexto em discussão, na análise de elementos da comunidade da qual fazem parte, bem como todo movimento que amplie os “horizontes livrescos” do tema em foco; j) sentir que são feitas abordagens humanísticas dos temas propostos (64%): não ficar “preso ao conteúdo específico”, propondo e facilitando as chances de extrapolação com a adoção de abordagens mais

filosóficas e integradoras dos temas, foram consideradas como atitudes bastante desejáveis (tanto por alunos quanto por tutores) em ambientes virtuais de discussão, em especial aqueles que se desenvolvem por um tempo mais longo (duas semanas ou mais). Desse modo, o aspecto teórico-conceitual específico se amplia, permitindo ao aluno a percepção holística da sua área de estudo; l) não ver demonstrações de personalismo (62%): admira-se a firmeza, e não a rigidez. Os participantes esperam, uns dos outros, a capacidade de acolhimento das novas ideias e pontos de vista que se apresentam no ambiente da discussão, sem a defesa acirrada de um determinado aspecto ou crença pessoal. (OLIVEIRA; LUCENA FILHO, 2006, p. 6)

Podemos discutir a pertinência de cada uma das sugestões apontadas pelos alunos descritas pelo estudo em questão. Analisando as quatro primeiras opções mais marcadas na avaliação, a opção “a)” e a opção “d)” parecem bastante coerentes com o que se espera de um fórum. Tanto os temas propostos pelo fórum quanto as inserções dos professores devem ser coerentes com o curso que estão fazendo.

As sugestões “b)” e “c)” são bastante subjetivas e, a depender do curso, da instituição ou do formato do fórum, podem ser difíceis de serem contempladas no seu planejamento. Muitos cursos não têm como separar um número de alunos mínimo ou máximo para subgrupos de discussão tanto por motivos logísticos quanto pelo tipo e a formatação do AVA utilizado ou mesmo pela quantidade de postagens dos alunos.

O problema das postagens muito longas, descritas na sugestão “c)”, pode ser lidado, seja com a limitação dos caracteres permitidos em cada postagem, através do software, ou sugestão do próprio professor, seja com a própria capacidade de argumentação dos alunos. Definir, de antemão, qual será o tamanho mínimo de uma postagem em um fórum, pode não ser um caminho muito democrático para a discussão. O aluno que for muito prolixo corre risco de ser ignorado pelos seus colegas por melhor que seja o seu argumento.

O problema apontado em “e) Não ver o ‘fórum vazio’” pode ser solucionado com ações motivacionais, seja do ponto de vista do aprendizado, relacionando os temas dos fóruns diretamente com os das atividades avaliativas, o que pode ser uma motivação acessória, ou mesmo ao utilizar a participação dos fóruns dentro da nota final da disciplina. A educação tradicional, desde a educação infantil e fundamental, nos moldes como foi construída, fez com que a motivação dos alunos para realizar as atividades seja, quase que em sua totalidade, focada nas médias das disciplinas. Isso reflete muito na postura dos alunos jovens e adultos. A satisfação do aprendizado pelo aprendizado, pelo acúmulo do conhecimento e pela cultura infelizmente não motiva os estudantes a aprender. Então, sugerimos, como forma de motivação primária, a valoração direta ou indireta dos fóruns de aprendizagem como parte do processo de avaliação.

A motivação pode vir da necessidade de colocar o conhecimento à prova, debatendo com os colegas e com o tutor. Lima et al., em 2019, e Al-Husban, em 2020, apontam que, na visão de tutores experientes, comunicação e cooperação entre os estudantes são pontos fundamentais que devem ser fomentados pelos tutores em um fórum de discussão. E isso pode ser bastante eficiente na motivação caso os pontos defendidos nas opções “a)”, “d)”, “h)”, “i)” e “j)” forem garantidos. As opções “a)” e “d)” já foram discutidas.

Lima et al. (2019) apontam para a falta de motivação dos alunos em fóruns em que os professores/ tutores não participam da mediação da conversa. Se não há fomento da discussão, os estudantes se desmotivam com facilidade.

Em avaliação da opinião dos alunos sobre a pertinência dos fóruns de discussão, Stelzer et al. (2014) ressaltam que a maioria dos discentes admitiu gostar de participar do fórum, mas apontaram alguns fatores que consideraram negativos. Os alunos entendem que, ao término do tempo estabelecido para a discussão no fórum, o tutor ou o próprio professor deve proceder a um fechamento do tema, sintetizando o que foi discutido, evidenciando os principais tópicos debatidos e esclarecendo a ideia abordada e apresentando uma conclusão do tema (STELZER et al., 2014).

Mazzolini e Maddison (2007, apud PEDRO; REVERA, 2018) analisaram como a percepção e a participação dos estudantes em fóruns de discussão on-line é afetada: quanto maior foi a taxa de intervenção do tutor, menor a frequência de postagem dos alunos e mais curtos eram os tópicos de discussão. Esse resultado sugere que o excesso de ação do tutor pode não oferecer incremento à discussão.

Pequeno et al. (2014) buscaram quantificar o relacionamento entre a participação de tutores e alunos em conjunto de mil fóruns avaliados com o intuito de estabelecer padrões de relacionamento entre o número de postagens e a participação dos tutores. Alguns resultados sobressaem, em especial, o estudo aponta que a participação dos alunos é diretamente ligada à participação dos professores, o que favorece a necessidade de que os tutores mantenham o fomento da discussão ao longo dos períodos de postagens.

Pequeno et al. (2014) também avaliaram a efetividade das interações, dependendo do período em que as atividades eram deixadas ativas para interação, compararam atividades do tipo modular ou semestrais. Os resultados das análises mostraram que, nos cursos das áreas de Linguística, Letras e Artes, é ideal ofertar fóruns modulares em suas disciplinas, pois a participação dos alunos e tutores é maior nesse modo de oferta. Já os cursos de Ciências Exatas e da Terra demonstraram que, no modo de oferta semestral de disciplinas, a participação dos alunos nos fóruns é maior.

É necessária a definição de padrões de correção, estabelecidos pelo professor da disciplina, pois somente estes poderão dizer o que esperam que seus alunos aprendam com a atividade proposta no fórum. Os padrões gerais de correção utilizados, tais como observar se o aluno teceu comentários dentro do assunto em discussão, ou se ele ao colar algum texto extraído da internet, emitiu comentários, mostrando seu entendimento sobre aquilo que trouxe, podem e devem ser estabelecidos, pois não dependem somente das disciplinas e sim da compreensão que o aluno possa obter sobre o tema. (STELZER et al., 2014, p. 12)

Portanto, o professor da disciplina deve estar sempre envolvido com as postagens dos estudantes e estar sempre presente no fórum, interagindo e observando se a participando dos alunos estão sendo produtivas, valiosas para o seu aprendizado.

Como dito anteriormente, fóruns são considerados ferramentas propícias para a construção de conhecimento de forma compartilhada, mas, para isso, é preciso que neles ocorram processos interativos efetivos. Nos ambientes virtuais, atividades síncronas e assíncronas são utilizadas para o engajamento do aluno em atividades que envolvam a discussão de temas relativos aos cursos, como os fóruns de discussão e a avaliação de sua participação e interação, que caracterizam a presencialidade, demarcando sua Presença Social (PS) nesses ambientes.

A maioria das plataformas educacionais utilizadas em cursos a distância provê um dispositivo capaz de ser utilizado como um local concentrador de mensagens para a troca de ideias e debates. Este dispositivo concentra informação resultante de discussões realizadas pelos estudantes durante as atividades educacionais e pode ser utilizada para avaliação de desempenho. (ELIA; CHAMOVITZ, 2009, p. 1)

Uma avaliação concreta da aprendizagem num contexto on-line deve extrapolar as ferramentas utilizadas em um modelo tradicional de avaliação na sala de aula presencial.

Segundo Oliveira e Lucena Filho (2006), para descobrir e desenvolver novas possibilidades de uso do fórum de discussão como ferramenta eficiente de ensino aprendizagem e como recurso que favoreça a permanência do aluno no curso, é necessário que se programem “rodas de conversa” constantes entre professores/tutores, coordenadores e técnicos de programação e design instrucional. Essa estratégia promove o encontro entre as propostas pedagógicas do curso e as possibilidades tecnológicas das ferramentas, já que, em EaD, esses processos são indissociáveis.

Segundo Rodrigues e Borges (2013), antes dos alunos começarem a utilizar um fórum de discussão, é preciso que esteja explícito quais são os critérios de avaliação. Os autores sugerem três critérios básicos que podem guiar a avaliação: a participação dos alunos, o conteúdo e os procedimentos de comunicação. A participação dos alunos, segundo os autores, deve acontecer de forma disciplinada, respeitosa e coerente com o tema. O conteúdo avaliado deve contemplar a análise da qualidade das postagens dos alunos. Nessa etapa, observa-se a coerência do conteúdo exposto pelo aluno, o nível de compreensão que ele demonstra, a articulação entre o tema proposto pelo fórum e o que foi postado, além da autonomia do aluno na busca do conhecimento.

O trabalho de Elia e Chamovitz (2009) criou um sistema de avaliação quali/quantitativo denominado CSQm (Classificador e Qualificador de mensagens), também baseado num processo de qualificação de critérios previamente selecionados. A ideia é atribuir valores às mensagens em relação a cada critério, clicando em um de quatro botões que apontam se aquela interação está entre pouco relevante a muito relevante, dentro de cada critério selecionado. Segundo os autores:

A ferramenta CQMsg permite que os avaliadores consigam produzir avaliações com consistência interna (entre os aspectos avaliados e entre eles próprios, avaliadores). Tal fato se verifica inclusive nos estudos em que os avaliadores são os próprios alunos de uma turma que avaliam seus pares: o professor apresenta uma mesma tarefa para ser trabalhada em grupo usando um fórum virtual como lócus de interlocução e de trabalho, solicitando, dentre outros, que os alunos avaliem as mensagens trocadas pelos seus colegas de outros fóruns usando um protocolo definido pelo professor através do CQMsg. O professor em questão denomina esta tarefa de “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”, pois coloca os alunos ora no papel de avaliador, ora no papel de avaliado. (ELIA; CHAMOVITZ, 2009, p. 123)

No entanto, os autores ressaltam que, apesar da consistência dos resultados ser grande quando comparada às lógicas internas da ferramenta, a relação com os indicadores externos, como a nota final registrada pelos professores da disciplina, não é satisfatória. Apesar de defenderem a adoção de critérios claros e objetivos para a avaliação, o trabalho sugere que se invista na utilização da lógica nebulosa (fuzzy) (ZADEH, 1965) no lugar da estatística clássica para a análise das avaliações feitas a partir dos fóruns. Dessa forma, além de uma avaliação somativa, que requer uma correlação direta com os critérios do professor, deve ser possível promover uma avaliação formativa.

Nesse sentido, a lógica nebulosa trabalha com uma função de participação flexível e permite considerar (i) valores para alunos que vão além das expectativas e (ii) alunos que não atingiram as expectativas, mas que são competentes em algum grau, pois (iii) os alunos, ao avaliarem mensagens de colegas em um fórum sobre o mesmo assunto que já discutiram, também aprenderam. E, desta forma, também receberam determinado valor que qualifica o seu desempenho. (ELIA; CHAMOVITZ, 2009, p. 76)

Já Albuquerque et al. (2017) utilizaram modelos de lógica nebulosa (fuzzy) para avaliação da presencialidade de alunos em um Fórum LV (learning vectors). O uso da lógica difusa permite uma maior flexibilidade para determinar a presencialidade, baseada em critérios bem definidos, permitindo a construção de uma avaliação quantitativa, de forma coerente, mensurando a participação dos alunos nos fóruns de discussão em um AVA. O estudo utilizou os critérios: tempo, quantidade de interações entre os alunos, nota atribuída pelos tutores e quantidade de citações pelos colegas (de uma ou mais postagens feitas por um aluno) para verificação das interações discursivas feitas no Fórum LV. O resultado apontou que os critérios e objetivos selecionados fizeram uma aproximação fidedigna da nota real atribuída pelos professores.

Wander et al. (2020) avaliaram um fórum on-line de um curso de medicina de família com o intuito de quantificar e qualificar o relacionamento entre as interações dos tutores com os alunos e dos alunos entre si. O modelo classifica a qualidade da interação e da interatividade como alta, moderada e baixa, pontuando de um a cinco em cada um de cinco elementos que definem a qualidade das interações, gerando um escore total que varia de cinco a vinte e cinco. Tais elementos seriam essenciais para determinar a qualidade da interação nos cursos a distância, são eles:

- Design de interação social – diz respeito à possibilidade de interações com troca de informações pessoais não relacionadas especificamente ao conteúdo do curso. - Design instrucional para a interação – inclui as atividades relacionadas ao conteúdo que permitem interação entre os participantes. - Interatividade das tecnologias – diz respeito às características das tecnologias utilizadas no curso e aos tipos de interação que elas permitem. - Evidência de engajamento do aluno. - Evidência de engajamento do tutor (WANDER et al., 2020, p. 4).

O estudo avaliou qualitativamente a relação entre as interações a partir de uma sequência ou cadeia enunciativa, que é uma série de turnos sucessivos de interações que se ligam por alguma razão. Nesse sentido, as mensagens de cada fórum foram organizadas em cadeias com base nos seguintes critérios: envolvimento de, pelo menos, três interlocutores diferentes, incluindo o tutor, mas desconsiderando a postagem de abertura e a coerência entre o assunto enfocado nas mensagens e o assunto do fórum de discussão.

O fórum possibilita a aprendizagem colaborativa, uma vez que todos colaboram na busca pelo conhecimento. Essa colaboração ocorre quando um aluno discute com o outro, quando concorda, discorda, ajuda o outro, tira dúvidas, ou seja, eles se ajudam conjuntamente com o intuito principal de obter o conhecimento. (RODRIGUES; BORGES, 2013, p. 7)

No entanto, muitos alunos não têm interesse substancial em aprender determinado conteúdo presente nos fóruns e, por isso, acabam colocando contribuições que não dialogam com o tema. Isso pode ocorrer, também, quando o aluno não entende o que o professor intenciona com aquela discussão. Nesse caso, o professor tem a obrigação de analisar as respostas e contribuições de forma crítica, pedagógica, cautelosa, respeitando as diferentes opiniões e posturas dos participantes no processo de aprendizagem (RODRIGUES; BORGES, 2013).

A criação de fóruns não avaliativos também é necessária para melhorar a qualidade das interações entre os alunos e tutores. Esses espaços permitem que os alunos falem mais o que gostariam de dizer e menos o que se espera que eles digam.

Entretanto, Stelzer et al. (2014) apontam para resultados em que 63% dos alunos entrevistados, participantes de fóruns do curso de administração em EaD, disseram que só participariam de um fórum não avaliativo caso o assunto fosse interessante. O interesse dos alunos, no entanto, é uma característica subjetiva, pois o conteúdo de uma disciplina depende da relevância do assunto para o aprendizado e não das necessidades pessoais do aluno em questão.

Khlaif et al. (2017) avaliaram a quantidade e a qualidade das interações em um fórum de discussão de um curso on-line. Foram avaliadas as postagens semanais obrigatórias para a avaliação dos alunos. Os resultados mostraram que, na maioria dos casos, os estudantes postaram as duas mensagens obrigatórias por semana requeridas pelo curso. O que corrobora com a discussão de Al-Husban (2020) de que, na grande maioria dos fóruns on-line, os alunos fazem o mínimo solicitado e, naqueles em que a participação não é obrigatória, nem o mínimo eles fazem.

Lima et al. (2019) fizeram um estudo exploratório através de entrevistas semiestruturadas (teoria fundamentada – grounded theory) com o intuito de identificar e categorizar os benefícios, as dificuldades, as estratégias e as melhorias implementadas por professores experientes em promover fóruns de discussão on-line. Foram entrevistados profissionais de três diferentes instituições, em que as atividades dos fóruns eram, em uma delas, obrigatória, e, nas outras duas, facultativas. Os resultados apontam para a necessidade de sanar ou evitar alguns cenários de dificuldade apresentados nos fóruns, entre eles estão: aspectos estruturais da ferramenta que dificultam a leitura das mensagens, formatação, dificuldade de saber para quem a resposta estaria indo e como se responde à mensagem do professor ou do colega.

Os mesmos autores identificaram oito estratégias que emergiram das entrevistas que fizeram com os professores responsáveis pelos fóruns de discussão, que podem ajudar na mitigação das dificuldades mais comuns que são encontradas na moderação dos fóruns de discussão nos cursos da modalidade EaD, são eles:

1. O tutor deve entrar e checar as interações no fórum ao menos uma vez por dia. Os alunos notam e valorizam quando percebem que o tutor está presente na ferramenta. Debater, questionar e fomentar os pontos mais relevantes de discussão do fórum é fundamental. 2. Monitorar a participação ou não dos alunos presentes no fórum, quando possível, por que se a falta de participação é por alguma dificuldade técnica, a falta de ajuda é um forte desmotivador. 3. As interações do tutor devem ser claras e objetivas. 4. É preciso checar se os alunos estão acessando o fórum. Idealmente é preciso saber quantos e quais alunos estão entrando na ferramenta. Quantos participam ativamente, e quantos apenas entram e observam a discussão sem interagir. 5. Categorizar as mensagens ajuda a ter uma ideia da quantidade e da qualidade da participação dos alunos naquele fórum. Ajuda na avaliação. 6. Fornecer feedback e fomentar a interação favorece que os alunos deixem sua zona de conforto e comecem a participar. 7. Promover a interação entre os alunos faz com que eles experimentem situações de troca de conhecimento. 8. Criar um ambiente acolhedor de ideias usualmente faz com que os alunos se sintam seguros e mais motivados a participar. (LIMA et al., 2019)

Percebe-se que tais estratégias são de grande relevância para o bom funcionamento do fórum de interação, porém a figura do professor/tutor tem papel fundamental dentro desse espaço, pois deve atuar de forma dinâmica, efetiva, propondo padrões individualizados para a necessidade individual dos estudantes. As oito estraté-

gias apresentadas, com simples ações dentro dos fóruns, possibilitam fomentar participações mais eficazes, mais conteudistas, mais interessantes por parte dos estudantes, repercutindo, de forma significativa, no processo de ensino e aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo mostrou a importância do uso de ferramentas de comunicação, interação nos espaços de EaD, apontando a importância da presença do professor/tutor como um facilitador da aprendizagem. No entanto, percebe-se a necessidade de novas estratégias, novos caminhos para que tais ferramentas nos espaços em EaD sejam construtivas, principalmente quando falamos do fórum, nosso foco de estudo. A figura do professor/tutor tem primordial importância ao criar possibilidades para que os estudantes passem a participar do fórum de interação como se fosse algo prazeroso, troca de conhecimentos, de experiências, de vivências e não apenas servisse para cumprir protocolo da disciplina em que está vinculado. No entanto, para que isso seja possível, deve-se utilizá-las de forma pedagogicamente adequada e contextualizada aos propósitos de formação de cada curso.

Além disso, ao final da discussão, é possível identificar alguns pontos fundamentais para a construção de ferramentas virtuais de aprendizagens eficientes. É possível concluir que o ponto de partida para a realização dessa estratégia é unir as necessidades educacionais do curso e do conteúdo que se quer oferecer com a expectativa do aluno. E, para tal, é preciso conhecer, de forma ampla, os anseios do público-alvo, para que se possa manter atualizado o enfoque da discussão dos fóruns, estabelecer uma comunicação direta com os alunos através de pesquisas de satisfação sobre as ferramentas, de forma a manter uma constante formulação e reformulação do conteúdo. Assim, pode ser favorecida a ampliação da presença destes alunos nas ferramentas de aprendizagem. Muitos são os desafios exibidos no contexto da EaD. Conseguir lidar com a velocidade da informação, os paradigmas, as transformações é algo que faz parte desse cenário, pensar o fórum de discussão como uma “sala de aula”, contemplar assuntos atuais e atrativos ajuda na sua promoção.

De uma forma geral, atribuir valor às interações, como fazer parte das notas responsáveis pelas médias finais, apesar de ser um desafio em cursos com muitos alunos, é uma estratégia utilizada para o fomento da participação e deve ser considerada. A manutenção do aluno nas ferramentas de aprendizagem, no entanto, está diretamente ligada às estratégias comunicacionais utilizadas, em especial, pelos professores, mas também pela instituição. O que se propõe aqui é que os cursos ergam a bandeira da interação como estratégia crucial para a aprendizagem.

É preciso que se desenvolva uma forma de comunicação institucional, que chame os alunos a irem ao fórum, seja através de e-mail, mensagens de texto no celular ou outros mecanismos que a instituição de ensino tiver para comunicar-se com os alunos. Essa estratégia deve conscientizar o estudante de que participar daquela ferramenta é crucial para o seu aprendizado e favorecerá na qualidade do seu resultado acadêmico. Do outro lado, na ferramenta em si, é papel do professor investir na qualidade da sua interação, pesquisando com frequência os assuntos mais atuais que possam ser discutidos a partir do conteúdo daquele fórum, que sejam interessantes do ponto de vista do estudante, mas que se relacionem, de forma abrangente, às expectativas de aprendizagem daquele conteúdo. É preciso trazer material adequado para discussão, mediado pela interação com os alunos participantes e do que pode ser observado das suas contribuições.

A dinâmica de ensino e aprendizagem é como o próprio termo aponta, não estática, e precisa de esforço coletivo no cenário da EaD. As ferramentas de interação fundamentais nos ambientes virtuais de aprendizagem não podem ser barreiras entre alunos e professores/tutores. É preciso tirar o máximo de proveito de cada uma delas, utilizando-as da melhor forma para que o aprendizado se torne efetivo e real na EaD.

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