Revista H#37 Farmácias Holon

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NOVA ROTINA DE CUIDADO PARA A PELE SECA COM TENDÊNCIA ATÓPICA

• Aumenta em +50%1 o número de dias sem eczema reduzindo o número de surtos de eczema atópico por ano. • Em caso de Eczema2 apresenta opções de tratamento para o eczema, sem cortisona, com eficácia equivalente a 1% de hidrocortisona.3


Sofia Coelho Silva Diretora da Revista H

EDITORIAL

FICHA TÉCNICA

LUTAR PELA SAÚDE DO SEU CORAÇÃO VALE A PENA!

“Insuficiência Cardíaca” significa que o nosso coração não está a bombear o sangue para o corpo tão bem quanto deveria. Isto significa que o sangue não consegue fornecer nutrientes e oxigénio suficientes ao organismo, para que este funcione normalmente. Em todo o mundo existem 26 milhões de pessoas que vivem com Insuficiência Cardíaca e Portugal, infelizmente, não é exceção. Dados nacionais de 2015 mostram que o número de internamentos por insuficiência cardíaca cresceu 33% em oito anos, de 2004 a 2012. Estima-se que, no nosso país, afeta 400 mil portugueses (cerca de 4,4% da população adulta). Para idades superiores a 80 anos, essa prevalência é de cerca de 16%. É uma doença intimamente associada a outras de elevada prevalência, como a diabetes e a obesidade. Nesta edição da Revista H, o Presidente da Associação de Apoios aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC), Dr. Luís Filipe Pereira, explica-nos em detalhe o que é a Insuficiência Cardíaca e quais os sinais de alerta como o cansaço excessivo, falta de ar, pernas inchadas, incapacidade para as tarefas diárias ou ganho de peso súbito. A Insuficiência Cardíaca é uma patologia crónica, que não tem cura. Mas... é possível manter uma vida plena e ativa! Todas os profissionais de saúde das Farmácias Holon estão sensibilizados para ajudar as pessoas que vivem com esta patologia, relembrando sempre a importância de uma alimentação saudável, da prática de exercício físico, da importância do descanso e da gestão do stress e, muito importante, como gerir a medicação, nunca deixando e seguir as indicações do seu médico. As Farmácias Holon lançam uma campanha de sensibilização para esta doença e garantem “Lutar pela saúde do seu coração vale a pena!”. Fale com o seu Farmacêutico Holon e saiba como melhorar a sua qualidade de vida.

• Diretor: Sofia Coelho Silva • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: geral@holon.pt

• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Sofia Silva, Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Dinis, Ana Sofia Santos, Ana Teresa Gonçalves, Joana Santos, Luís Antunes, Mónica Nunes. • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E-mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: POLYS • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13

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>INDÍCE

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HOLON CUIDA

O QUE É A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA?

BEBÉ E MAMÃ

GRAVIDEZ: COMO EVITAR AS DORES NAS COSTAS?

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PREVENÇÃO SAÚDE DOENÇA CELÍACA VS INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

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ATUALIDADE

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OPINIÃO

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PONTO DE VISTA

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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

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UM DIA TODAS SERÃO ASSIM

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NA PRIMEIRA PESSOA

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FARMÁCIA ATUA

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EM FOCO

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HOLON CUIDA

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BEBÉ E MAMÃ

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PODOLOGIA HOLON

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PREVENÇÃO SAÚDE

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NUTRIÇÃO HOLON

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RECEITA SAUDÁVEL

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VIVA MAIS

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DERMOFARMÁCIA HOLON

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ENTREVISTA ESPECIAL

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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

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MONTRA EM DESTAQUE

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SAÚDE ANIMAL

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H JÚNIOR

ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.

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NOVO

TOALHETES DE LIMPEZA PARA PRÓTESES DENTÁRIAS

A SUA PRÓTESE

DENTÁRIA

Adequado para aparelhos removíveis

LIMPEZA DA SUA PRÓTESE DENTÁRIA A QUALQUER HORA EM QUALQUER LUGAR Dispositivo Médico. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização. Precauções especiais: manter fora do alcance e da vista das crianças. Exclusivamente para uso externo. Se ocorrer irritação da pele ou da boca, páre de usar e consulte o médico. Não usar se for sensível a qualquer um dos ingredientes. As marcas registadas são propriedade ou licenciadas pela GSK. ©2019 GSK ou licenciados. CHPT/CHMULBRA/0017/19 – 04/19


> ATUALIDADE MAIS DE 2 MIL ALIMENTOS VÃO SER MAIS SAUDÁVEIS A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), assinaram um acordo com sete Associações da indústria alimentar para garantir a produção de alimentos mais saudáveis. Cereais de pequeno-almoço, iogurtes, pão, sopas prontas a comer, batatas fritas, são alguns dos mais de 2 mil produtos alimentares que vão passar a ter menos sal, menos açúcar e menos gorduras trans. As alterações têm como meta, até 2022, a redução de 10% no açúcar dos alimentos, 10% no sal das batatas fritas e 12% no das pizzas e dos cereais de pequeno-almoço. A quantidade de ácidos gordos trans ficará definida em função da quantidade de gordura de cada alimento (2 gr por cada 100 gr de gordura). No caso do pão, será alargado o entendimento estabelecido com as associações de panificação (1 gr de sal por 100 gr de pão). De fora do acordo ficam produtos como fiambre, queijo, bolachas ou biscoitos. «Questões tecnológicas de produção fazem com que seja difícil para a indústrias destes setores assumir um compromisso», informou a diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da DGS, Maria João Gregório. CRIANÇAS NUNCA AMAMENTADAS TÊM MAIOR TENDÊNCIA PARA OBESIDADE Um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa indica que as crianças que nunca foram amamentadas, ou que o foram por um curto período de tempo, têm maior probabilidade de virem a ser obesas. O estudo, coordenado pela investigadora portuguesa Ana Rito, revela que as crianças que nunca foram amamentadas têm mais 22% de probabilidade de

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se tornarem obesas, sendo que as que foram amamentadas por um período curto têm mais 12% de probabilidade, comparativamente com as que foram amamentadas, em exclusivo, pelo menos por seis meses. Os dados analisados abrangeram compreendem o período entre 2015 e 2017 de 22 países da região europeia da OMS, com amostras representativas da população infantil de cada país, incluindo mais de 100 mil crianças entre os seis e os nove anos. O coordenador do departamento europeu de prevenção e controlo de doenças não transmissíveis da OMS, João Breda, destaca que este estudo é «um dos maiores de sempre» e «evidencia, de forma clara, o efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade». O perito aproveitou para recordar que a OMS recomenda o aleitamento materno exclusivo até pelo menos, aos seis meses de idade. MEDICAÇÃO PARA PORTADORES DE VIH IMPEDE A TRANSMISSÃO O estudo de oito anos envolve uma amostra de 972 casais masculinos de toda a Europa e foi recolhida entre 2010 e 2017. Um dos parceiros, portador do vírus VIH, estava a receber tratamento para suprimir o vírus e confirmou-se não ter havido transmissão da infeção ao companheiro durante o sexo sem preservativo. Desta forma, a comunidade científica acredita estar mais perto de controlar a epidemia da SIDA. Estudos anteriores tinham já provado que a medicação antirretroviral protege casais heterossexuais nas mesmas condições. «As nossas descobertas dão evidências conclusivas aos homens homossexuais de que o risco de transmissão do HIV com terapia antirretroviral supressora é zero», afirmou Alison Rodgers, da University College London, coorientadora do estudo.


JOANA LEAL Farmacêutica, Farmácia Sol

> OPINIÃO

“MAIS VALE PREVENIR QUE REMEDIAR” Somos profissionais de saúde ativos na vida das pessoas que nos visitam todos os dias e o elo de ligação entre os utentes e o tratamento da sua patologia. O nosso papel como profissionais de saúde e como farmacêuticos não se baseia apenas na dispensa sistemática de medicamentos. Para uma efetividade do tratamento, é indispensável a existência de espírito crítico no momento da dispensa. A avaliação da singularidade de cada situação permite-nos considerar vários aspetos que influenciam o desenvolvimento da doença e que poderiam ter sido evitados. A prevenção torna-se, por isso, um conceito-chave na nossa atividade diária. Ao longo do tempo, temos vindo a ser testemunhas de um sistema nacional de saúde focado maioritariamente no tratamento da doença. A realidade é que esta é a vertente que a curto, médio prazo proporciona resultados económicos mais visíveis (ao nível da poupança), sendo, por isso, uma área privilegiada pela classe política. As políticas de saúde têm um impacto direto na vida das pessoas. Cabe-nos a nós, profissionais de saúde, apostar na prevenção das doenças e incutir na nossa população medidas que proporcio-

nem um estilo de vida saudável. As farmácias são a rede de cuidados de saúde mais presente na vida das pessoas, e como tal somos responsáveis pela promoção do seu bem-estar. O SNS, mas principalmente as farmácias comunitárias, devem implementar medidas que têm como objetivo evitar, detetar e tratar precocemente as doenças. A educação para a saúde é uma medida imprescindível, pois permite instruir a população quanto à importância e significado da prevenção. O conceito Holon vai ao encontro do que se pretende para o futuro: “mais vale prevenir que remediar”. As Farmácias Holon dispõem de uma panóplia de serviços, projetos, rastreios e parcerias que visam a prevenção da doença e aumento da qualidade de vida do utente. A promoção da saúde sempre foi o nosso foco e o modo como interagimos permite-nos identificar as carências e necessidades não evidentes, por forma a garantir uma resposta efetiva às necessidades de cada pessoa! “Trocamos uma receita médica, por mais qualidade de vida.”

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LUÍS FILIPE PEREIRA Presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca

> PONTO DE VISTA

CONHEÇA A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DOENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) é uma das primeiras associações desta natureza em Portugal e na Europa. É uma Associação que se dedica à sensibilização e divulgação da Insuficiência Cardíaca junto da população, profissionais de saúde, doentes e cuidadores e decisores políticos, no nosso país. A Insuficiência Cardíaca (IC) é, ainda, uma patologia desconhecida por grande parte das pessoas, por isso importa esclarecer que se trata de uma síndrome causada por uma anomalia da estrutura ou da função cardíaca, conduzindo a um débito sanguíneo inadequado às necessidades do organismo. Afeta cerca de 400 mil pessoas em Portugal (4% da população, de acordo com indicativos internacionais), mas não tem recebido a prioridade necessária, faltando, essencialmente, condições para o diagnóstico precoce. Cerca de 90% destes 400 mil estarão ainda subdiagnosticados, ou seja, não sabem que têm a doença e, por isso, não estão a ser devidamente acompanhados e tratados. A Insuficiência Cardíaca é uma síndrome com elevada prevalência, morbilidade e mortalidade, que representa uma sobrecarga económica e social de grande magnitude. Dados nacionais de 2015 mostram que o número de internamentos por Insuficiência Cardíaca cresceu 33% em oito anos, de 2004 a 2012. Para piorar o cenário, esta patologia tem um quadro clínico pouco específico: cansaço excessivo, falta de ar, pernas inchadas, incapa-

cidade para as tarefas diária, que é comum a várias outras doenças. Muitas vezes o diagnóstico faz-se por exclusão. O diagnóstico é habitualmente tardio, os internamentos são recorrentes e a mortalidade é elevada. Esta doença já é considerada uma das principais epidemias do século XXI e consome 1 a 3% do orçamento para a saúde nos países desenvolvidos. A Associação pretende que sejam adotadas medidas para tornar prioritária a insuficiência cardíaca em Portugal, como já acontece com a Diabetes. É premente colocar a Insuficiência Cardíaca como prioridade no Programa Nacional das Doenças Cérebro-Cardiovasculares e que esteja na Agenda Mediática e Política. Em conclusão, para resolvermos grande parte dos problemas identificados no tratamento e diagnóstico da Insuficiência Cardíaca em Portugal, temos essencialmente que apostar na sensibilização e na literacia do doente e dos profissionais de saúde. Só pessoas esclarecidas podem exigir melhores tratamentos, melhores cuidados e diagnósticos cada vez mais precoces!

www.aadic.pt geral@aadic.pt

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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

HÉLDER SIMÕES Endocrinologista

HIPOTIROIDISMO «OS SINTOMAS PODEM CONFUNDIR-SE COM OUTRAS SITUAÇÕES» Com uma prevalência de cerca de 5%, o hipotiroidismo é uma doença cujos sintomas podem ser confundidos com outras patologias o que dificulta o diagnóstico inicial. Hélder Simões, endocrinologista, explica quais os sinais a que devem estar atentos, sobretudo as mulheres e idosos, a população mais atingida pela doença. Revista H (H) - O QUE É O HIPOTIROIDISMO? HÉLDER SIMÕES (HS) - O hipotiroidismo é uma doença que engloba um conjunto de sintomas e sinais resultantes do défice de hormonas tiroideias (T4 e T3) e das suas ações no organismo. Este défice é, na

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grande maioria das vezes, devido a patologia da glândula tiroideia, onde são produzidas estas hormonas que regulam inúmeras funções no nosso corpo, designadamente o consumo de energia e de oxigénio, temperatura, frequência cardíaca e trânsito intestinal.


H – E QUAIS OS SINTOMAS MAIS COMUNS? HS - Fadiga crónica, sonolência, lentificação, intolerância ao frio, edemas, humor deprimido, obstipação, bócio (aumento de volume da tiroide) e algum aumento de peso. Mas, os sintomas de hipotiroidismo podem confundir-se com outras situações. H - QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO? HS - A suspeita do diagnóstico deve ser fundamentada pela história clínica e/ou exame físico, mas a confirmação da doença é laboratorial, pois os sintomas de hipotiroidismo podem confundir-se com outras situações, sejam doenças ou decorrentes da vida quotidiana. O diagnóstico laboratorial é simples e barato. Em regra, assenta na medição das hormonas TSH e T4 Livre no sangue, embora, para efeitos de primeiro “rastreio”, o doseamento de TSH seja suficiente. A principal causa de falência da tiroide é uma doença inflamatória de origem autoimune, designada tiroidite de Hashimoto ou tiroidite autoimune, que destrói as células tiroideias. H - QUAL A PREVALÊNCIA EM PORTUGAL? HS - Segundo um estudo conduzido pelo Prof. Luís Raposo e colaboradores, a prevalência na população adulta portuguesa ronda os 5%. A maioria dos casos são de hipotiroidismo ligeiro, mas estima-se que a grande maioria esteja por diagnosticar, seja por ter sintomas muito ligeiros ou pelo facto de os desvalorizar. H - PODEMOS FALAR EM FATORES DE RISCO E/OU PESSOAS MAIS PROPENSAS A DESENVOLVER A DOENÇA? HS - Sim. A prevalência é maior em mulheres e pessoas idosas. A existência prévia de uma doença autoimune como, por exemplo, diabetes tipo 1, artrite reumatoide, doença celíaca, miastenia gravis e gastrite autoimune estão associadas a um risco aumentado de hipotiroidismo, por tiroidite autoimune. A remoção cirúrgica total ou parcial da tiroide é obviamente um fator causador de hipotiroidismo. A existência de elementos afetados na família (fatores genéticos), também, parece aumentar o risco. Alguns fármacos podem também afetar a tiroide, causando problemas no seu funcionamento, nomeadamente a amiodarona e alguns dos novos medicamentos oncológicos. Alguns padrões extremos de ingestão de iodo, também, aumentam o risco de hipotiroidismo. H - NORMALMENTE, OS PACIENTES CHEGAM AO CONSULTÓRIO APÓS RECOMENDAÇÃO DO MÉDICO DE FAMÍLIA? HS - Há muitos doentes referenciados pelo médico de família, mas também muitos casos referenciados por outras especialidades médicas hospitalares. Creio que há também um crescendo de doentes que recorrem ao médico Endocrinologista por sua iniciativa, seja para

confirmar um diagnóstico, seja por dificuldade em ajustarem o tratamento de forma mais adequada. Há também um crescente número de pacientes que procura e adquire informação online. Mas devo alertar que, na maioria dos casos, a informação disponível na internet para o público em geral é pouco rigorosa, alarmista ou desadequada para cada caso particular. H - COMO É REALIZADO O TRATAMENTO? HS - O tratamento é relativamente simples e pouco oneroso. Fazse com administração de levotiroxina, um substituto bioquímica e funcionalmente idêntico à hormona tiroideia T4, a principal hormona produzida pela tiroide. Esta é administrada, geralmente, num comprimido diário, que deve ser ingerido com água e com o estômago vazio para maximizar a sua absorção. As necessidades de hormona T3 (a forma mais ativa nos tecidos periféricos) são supridas pela produção desta hormona a partir da levotiroxina, pelas células corporais.

CUIDADOS ESPECIAIS DURANTE A GRAVIDEZ A gravidez é um estado em que o hipotiroidismo não tratado ou insuficientemente tratado «é, totalmente, indesejável», começa por explicar o endocrinologista que esclarece: «O feto só tem tiroide a funcionar corretamente por volta das 18 semanas, pelo que, inicialmente, está dependente dos níveis maternos, e as hormonas tiroideias são essenciais para o desenvolvimento neurológico fetal». Assim, o tratamento deve ser «célere e reforçado. O ideal é que mulheres com hipotiroidismo ou em risco de desenvolver a doença sejam avaliadas, com análises, ainda antes de engravidarem, e logo que saibam que estão grávidas. Nas mulheres que já estão medicadas com levotiroxina, geralmente, há necessidade de reforçar a dose e de ajustes mais frequentes».

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> UM DIA TODAS SERÃO ASSIM

CRISTINA TEIXEIRA Proprietária da Farmácia Vitória, Paredes

FARMÁCIA VITÓRIA: A FARMÁCIA DO ANO! Receber o prémio Holon “Farmácia do Ano” foi para nós uma alegria e orgulho desmedidos, mas, no nosso caso particular, teve um significado ainda mais especial. William Shakespeare dizia que “no mesmo instante em que recebemos pedras no nosso caminho, flores estão a ser plantadas mais longe. Quem desiste não as vê”. De facto, quem diria?! O ano de 2018 foi um ano particularmente difícil e desafiante para nós. Sem aviso prévio, e por motivos alheios à farmácia, vimos a equipa ficar sem dois elementos. Além da dificuldade em si de não podermos contar com a equipa na sua totalidade, tivemos ainda o desafio de recrutar, formar e “vestir a camisola Holon” a novos elementos. Contudo, não baixamos os braços. Das dificuldades fizemos oportunidades, unimo-nos e sentimo-nos, mais do que nunca, motivados no alcance dos nossos objetivos. Este prémio representa assim a nossa capacidade de resiliência, o acreditar nas nossas capacidades, o não desistir. Para nós, o prémio “Farmácia do Ano” vem reconhecer o esforço, dedicação e empenho que imprimimos diariamente em cada uma das nossas tarefas. Além do orgulho e reconhecimento

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que em si encerra, o prémio traz também consigo uma responsabilidade acrescida. Estamos agora conscientes que a nossa “fasquia está alta”, como se diz na gíria, e que, por isso, não nos será permitido falhar ou fazer com menos rigor ou excelência. Manter esse rigor e excelência será uma obrigação em cada tarefa que nos propusermos desenvolver. Ser “Farmácia do Ano”, representa o nosso compromisso de profissionalismo para com os nossos utentes, assegurando-lhes a confiança no nosso atendimento, serviços e produtos. Receber este prémio, faz-nos acreditar que constituímos um exemplo para outras farmácias e que podemos através do nosso exemplo influenciar e motivá-las em direção ao seu próprio sucesso. Fazendo nossas as palavras do diretor Nuno Machado, mais do que “Um dia todas serão assim”, ”Um dia todas quererão ser assim!”. Ser “Farmácia Holon do Ano” lembrar-nos-á sempre que não existe batalha maior do que a nossa vontade de vencer!



JÚLIA FONSECA 80 anos OBJETIVO ATINGIDO: Perder preso

> NA PRIMEIRA PESSOA

«AGORA SINTO-ME COM MUITO MAIS GENICA» Júlia Fonseca, senhora na casa dos 80 anos, não sabe bem como todo o processo começou, mas certo é que «desde que comecei a ganhar peso nunca mais parei». No entanto, «há dois anos, quando fui operada para tirar a vesícula, tive 10 dias praticamente sem comer e perdi muito peso. Senti a diferença, fiquei com muito mais agilidade. Mas a minha filha alertou-me que aquela não tinha sido a maneira mais correta de perder peso e iria recuperá-lo». E assim foi. Júlia Fonseca rapidamente recuperou o peso perdido e a mobilidade diminuiu bastante. A partir daí, os filhos sempre a incentivaram a procurar a ajuda de um profissional para que perdesse o excesso de peso de uma forma saudável. Foi no Centro de Saúde que a aconselharam a experimentar uma consulta de Nutrição na Farmácia Senhor dos Milagres, e assim procurar a ajuda de um profissional para ajustar a sua alimentação, sem dietas restritivas. «A dona Júlia chegou à minha consulta quase na casa dos três dígitos. Bebia pouca água e tinha uma ingestão elevada de açúcares simples. Além disso, apesar de passar muito tempo na sua horta, não tinha atividade física suficiente. Fizemos vários ajustes na sua alimentação e elaborámos um plano alimentar ajustado às suas rotinas. Começou a cumprir tudo à risca e a caminhar diariamente. Foi a sua força de vontade e o incentivo constante da família que a fez conquistar estes resultados tão saudáveis. É um exemplo de que nunca é tarde para conquistar mais saúde», refere Carla Campos Correia, nutricionista da Farmácia Senhor dos Milagres.

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«Para ir para casa do meu filho tenho de subir uma ladeira. Parava três a quatro vezes e dava-me sempre uma dor nas costas. Hoje já subo a ladeira sem ter de parar e a dor desapareceu!» indica a utente, que em apenas dois meses perdeu 8 kg de massa gorda e 7 cm de perímetro da cintura, unicamente com ajustes na alimentação e pequenas caminhadas diárias. «Os meus filhos estão encantados, sempre a perguntar como está a correr e ansiosos pelos próximos resultados. Até se admiram de não ter nenhuma ajuda de medicação! E todos eles viram o plano alimentar e adoraram. Já toda a gente lá em casa come a “sopa milagrosa da avó”, sem batata, só com os legumes da nossa horta», conta. A Farmácia Senhor dos Milagres situa-se numa zona próxima da cidade e tem uma população bastante heterogénea: «o facto de estarmos no grupo permite-nos disponibilizar serviços diversificados à nossa população tendo em conta as suas necessidades», indica Ana Cláudia Bernardes, Diretora Técnica. O sucesso dos serviços com a população deve-se principalmente à proximidade da equipa com os utentes e à preocupação constante em acompanhar todo o processo. A dona Júlia, como é conhecida na Farmácia, ainda tem um longo caminho a percorrer, mas as conquistas já alcançadas são fruto da força de vontade da utente e do acompanhamento próximo com uma periodicidade quinzenal. «Agora sinto-me com muito mais genica, não paro e digo a toda a gente o peso que já perdi. Sinto-me bem e ansiosa pela próxima consulta para conhecer mais resultados», conclui.


> FARMÁCIA ATUA FARMÁCIA MONGE SENSIBILIZA ALUNOS SOBRE PEDICULOSE A Farmácia Monge, de Vila Nova de São Bento, visitou a Escola Primária da Vila, com o projeto “A Escola e a Pediculose”. Distinguir os piolhas das lêndeas e identificar o tratamento mais eficaz para a eliminação destes parasitas foram os objetivos desta iniciativa. Um projeto que se destinou aos 21 alunos da turma do 2.º ano daquela instituição. «Os alunos, apesar da sua tenra idade, demonstraram bastante interesse e foram muito participativos na ação guiada pela nossa prestadora do serviço Dermofarmácia, Ana Gonçalves, que com todo o entusiasmo lhes explicou a forma como tratar e controlar a infestação de piolhos. Desmistificou, também, muitas ideias erradas sobre a propagação dos mesmos. Foi uma ação bastante esclarecedora e melhorou, sem dúvida, o conhecimento dos alunos», explicou a Marisa Lanita, Farmacêutica na Farmácia Monge. A pediculose afeta entre 30% a 50% de crianças em idade escolar. O seu controlo é, por vezes, um processo difícil tanto para os pais como para os professores face ao seu rápido contágio.

FARMÁCIA SENHOR DOS MILAGRES JUNTA-SE A FEIRA DA SAÚDE E BEM-ESTAR EM LEIRIA A Farmácia Senhor dos Milagres, em Leiria, participou na Feira de Saúde e Bem-Estar, promovida pelo Casal da Quinta. Uma iniciativa que pretendia informar e orientar a população sobre um estilo de vida saudável. Medição da glicemia, pressão arterial, índice de massa corporal e índice de massa gorda foram as avaliações disponibilizadas gratuitamente pela Farmácia à população em geral. Nesta iniciativa, que reuniu cerca de 150 pessoas, assinalou-se ainda a importância da hidratação através de uma degustação de águas aromatizadas. «Consideramos que este evento foi bem-sucedido, na medida em que

a nossa farmácia, como papel ativo na população, conseguiu promover saúde e hábitos de vida saudáveis. Não há melhor maneira de passar o dia senão com os nossos utentes que recebemos sempre com um sorriso», sublinhou Ana Bernardo, Diretora Técnica da Farmácia Senhor dos Milagres. Esta feira juntou várias instituições e empresas, onde foi possível assistir a diversas palestras, rastreios e ainda promover a atividade física.

CUIDADOS A TER NA PEREGRINAÇÃO É TEMA DE PALESTRA DA FARMÁCIA INFANTE SAGRES A Farmácia Infante Sagres, em Évora, organizou a Sessão de Esclarecimento “Ser Peregrino”, que decorreu nos Salesianos de Évora. Nesta palestra, que contou com 17 participantes, foram apresentados os cuidados podológicos e nutricionais a ter nas peregrinações. «Foram apresentados exemplos de lanches e outras refeições para a caminhada e destacada a importância de manter a energia necessária para que os participantes consigam cumprir a meta a que se propuseram», explica Ana Carolina Canelas, nutricionista na Farmácia Infante de Sagres «Os peregrinos não tinham noção de alguns riscos que podem correr e no final da sessão demonstraram um maior interesse neste tema, tomando a iniciativa de procurar uma avaliação mais personalizada sobre as medidas a tomar antes da caminhada e durante a mesma», refere Vítor Machado, podologista na mesma Farmácia. Esta ação, também conduzida pelas farmacêuticas Maria João Lopes e Cátia Mesquita, terminou com recomendações gerais, entre as quais a importância do uso de proteção solar e os cuidados a ter com a conservação de medicamentos, bem como a sua utilização.

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> EM FOCO

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Situação clínica debilitante e potencialmente fatal, em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para todo o corpo, a insuficiência cardíaca é uma das patologias com mais elevada taxa de mortalidade em Portugal. Estima-se que esta doença vai aumentar 73% até 2036, segundo um estudo do Centro de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, por comparação com a mortalidade no ano de 2014. Nuno Lousada, cardiologista, da Fundação Portuguesa de Cardiologia, começa por explicar que, além de uma maior prevalência, fruto de uma população mais envelhecida, há, também, «um melhor tratamento das doenças que levam à insuficiência cardíaca (como o enfarte do miocárdio)». DIFICULDADE NO DIAGNÓSTICO Em várias patologias, os doentes queixam-se de «cansaço, dispneia (falta de ar), inchaço das pernas (edemas) ou ascite (aumento de volume do abdómen)», sintomas comuns à insuficiência cardíaca, comenta Nuno Lousada. Entre os fatores de risco associados encontram-se a hipertensão arterial, a diabetes, a dislipidemia, a obesidade, o tabagismo e a vida sedentária, bem como situações decorrentes de um enfarte agudo do miocárdio. Na hora de avaliar os sintomas e fazer o diagnóstico, os maiores aliados dos cardiologistas são as análises clínicas, o eletrocardiograma e o ecocardiograma, exames simples, mas que, em muitos casos, são realizados já numa fase avançada da doença, altura em que o tratamento se torna mais difícil.

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MUDAR O ESTILO DE VIDA Apostar na prevenção é o caminho. Silva Cardoso, médico cardiologista, defende que o tratamento não-farmacológico (alimentação e exercício apropriados) «deve ser instituído em todos os doentes». Também Nuno Lousada considera ser «fundamental ter um estilo de vida saudável, tomar um conjunto de medicamentos de forma regular o que, em geral, melhora a qualidade de vida e a sobrevida». No que concerne aos avanços nos últimos anos, ambos os cardiologistas destacam o aparecimento de novos fármacos, como o Sacubitril/Valsartan (ARNI), a que Nuno Lousada acrescenta «a existência de dispositivos como o pacemaker e o desfibrilhador-cardioversor mais eficazes, e novas técnicas para o tratamento das doenças valvulares cardíacas». VIVER COM A DOENÇA Diagnosticada a doença e realizado o tratamento, é possível para o doente com insuficiência cardíaca manter uma vida plena e ativa, «desde que tenha um estilo de vida saudável, tome a medicação de forma correta e regular, e respeite os cuidados gerais que os portadores de dispositivos cardíacos têm de ter», garante Nuno Lousada, que, fruto da sua experiência, advoga que, «também, é importante um diagnóstico precoce para que a terapêutica seja mais eficaz». Porém, Silva Cardoso aponta alguns entraves ao sucesso do


ENERGIA ATIVA PARA TREINOS INTENSOS TÓNUS MUSCULAR

CÃIBRAS

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Complemente-se.

Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e equilibrado e de um modo de vida saudável. Para mais informações, consulte o seu médico e aconselhe-se com o seu farmacêutico. Limitado ao stock disponível em loja.

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tratamento. «Os doentes com insuficiência cardíaca sofrem, muito frequentemente, de depressão/ansiedade e deficit cognitivo», três condições que reduzem a adesão à terapêutica. «Uma menor adesão à terapêutica traduz-se numa maior mortalidade. Nesse sentido, a ideia lançada pelo Professor Vitor Gil de que “é possível manter uma vida plena e ativa e ser feliz, apesar de se ter insuficiência cardíaca!”, caso se adira aos conselhos médicos, ganha uma relevância particular», afirma Silva Cardoso. Para o cardiologista, mudar o tom da mensagem e «substituir uma imagem de medo e de catástrofe iminente e inevitável, por uma outra de esperança, caso se cumpra o tratamento, pode aumentar a adesão ao mesmo e o envolvimento do doente no processo terapêutico». Na opinião de Silva Cardoso, «a esperança sempre foi mais forte do que o medo e é conhecida a força do pensamento positivo» e refere que, «apesar de a mortalidade da insuficiência cardíaca ser superior à de muitas das formas mais frequentes de cancro», trata doentes há décadas, «que estão vivos e com uma excelente qualidade de vida, mais de 20 anos depois do surgimento da doença, porque cumprem escrupulosamente as indicações médicas».

FARMACÊUTICO COMO ALIADO Mencionada pelos cardiologistas como peça essencial no sucesso do tratamento, uma plena adesão à terapêutica é uma das maiores ambições de todos os profissionais de saúde envolvidos no tratamento, em que o farmacêutico assume um papel preponderante. Maria João Mendes, Gestora de Projetos e Serviços das Farmácias Holon, considera mesmo que as farmácias e os farmacêuticos são elementos importantes na ajuda ao diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca. «Um correto e atempado diagnóstico, assim como a instituição de terapêutica adequada, e a adesão à mesma por parte dos utentes, são absolutamente essenciais para a minimização do impacto desta patologia», defende Maria

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João Mendes, para quem «é essencial que haja uma intervenção, por um lado, no aumento da informação e sensibilização das pessoas para a patologia e os seus sintomas, para que procurem ajuda de um profissional de saúde, contribuindo para a redução do subdiagnóstico, e por outro lado, garantir o melhor controlo dos utentes já diagnosticados e tratados, através da toma correta dos medicamentos e da adesão à terapêutica, assim como da promoção de hábitos de vida saudáveis». Além disso, considera que pela proximidade que tem à população e pelo seu domínio técnico, «o farmacêutico comunitário encontrase idealmente posicionado para intervir nestas duas vertentes». A pensar nisto, as Farmácias Holon desenvolveram uma campanha neste âmbito em que uma das máximas é a de que «é possível manter uma vida plena e ativa!». Transmitir esta ideia à população nem sempre é fácil, mas nas farmácias do grupo, distribuídas por 18 capitais de distrito, têm sido desenvolvidas várias ações para contribuir para o diagnóstico atempado e o tratamento da insuficiência cardíaca. Maria João Mendes explica que para se conseguir que, de facto, a população mantenha uma vida plena e ativa é necessário, acima de tudo, informar e apresentar casos de sucesso, pois «uma pessoa com insuficiência cardíaca, devidamente tratada, poderá manter uma vida plena e ativa, sem grandes limitações». Para tal, «é essencial que as pessoas entendam a importância da adesão ao tratamento e da adoção de hábitos de vida saudável», explicou, frisando: «É, também, da máxima importância que as pessoas conheçam os sinais e sintomas desta patologia, e que procurem ajuda atempada. Um diagnóstico tardio contribui para um pior prognóstico da doença».


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ANA SOFIA MACEDO Farmacêutica

> HOLON CUIDA

O QUE É A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA? O termo Insuficiência Cardíaca significa que o nosso coração não está a bombear o sangue para o corpo tão bem quanto deveria. Isto significa que o sangue não consegue fornecer nutrientes e oxigénio suficientes ao organismo para que este funcione normalmente. A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença crónica, que não tem cura, mas para a qual existem diversos tratamentos, podendo

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manter uma vida plena e ativa, contando com o apoio dos profissionais de saúde, como o seu farmacêutico.


QUANDO ME DEVO PREOCUPAR? Por vezes as pessoas que sofrem desta doença dizem que têm “dias bons” e “dias maus”. É importante que se mantenha muito atento a qualquer alteração dos sintomas ou ao aparecimento de um novo sintoma. Alguns dos principais sintomas e conselhos sobre o que fazer: FIQUE ATENTO AOS SINTOMAS

O QUE PODE FAZER

Dificuldade em respirar

Se a dificuldade for severa ou se aumentar, contacte o seu médico

Dificuldade em respirar quando está deitado

Experimento colocar várias almofdas para que consiga estar numa posição mais direta, com a cabeça mais levantada.

Batimentos cardíacos rápidos

Evite as situações de stress e tente relaxar sempre que possivel.

Perda de apetite

Faça refeições mais regulares e mais pequenas, para evitar que se sinta muito cheio depois de comer.

Cansaço

Tente manter-se tão ativo quanto possível isso ajuda-o a manter os níveis de energia. Fale com o seu médico sobre um plano de exrcício físico adequado para si.

Inchaços dos tornozelos, pernas e abdómen

Controle a quantidade de bebidas que ingere, para controlar a retenção de liquidos.

Aumento de peso repentino (>2 Kg numa semana)

Pese-se diariamente. Caso detete um aumento de peso repentino pode significar que está a fazer muita retenção de líquidos, informe o seu médico ou farmacêutico.

O QUE FAZER PARA MELHORAR A MINHA QUALIDADE DE VIDA? As pessoas com IC devem ter especial atenção à sua alimentação e à prática regular de exercício físico. Os cuidados com a alimentação devem ter em conta o consumo de sal, a ingestão de líquidos, a ingestão de potássio e o consumo de bebidas alcoólicas e cafeína. Assim, uma alimentação “amiga do coração” deve ser completa, variada, equilibrada e ajustada às necessidades energéticas/nutricionais de cada pessoa, de forma a atingir e manter um peso saudável. Na prática de exercício físico importa que saiba em que quantidade e com que intensidade pode praticar determinada atividade, assim como o tipo de exercício a realizar (caminhada, bicicleta, natação, dança), que deve ser escolhido de acordo com os seus interesses, mas também tendo em conta outras limitações de saúde que possam existir. A NÍVEL EMOCIONAL Para compreender e ajudar uma pessoa é necessário ouvi-la, procurando perceber como é que ela se vê naquele momento e como perceciona ser vista pela família e pela equipa multidisciplinar que a acompanha. É importante reconhecer que algumas atitudes e manifestações

CUIDAR DE UMA PESSOA COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA PODE SER UM DESAFIO! O cuidador também vivencia muitos sentimentos quando assume este papel, e pode sentir-se progressivamente ansioso se não aprender a lidar com sentimentos como impotência, intolerância e irritabilidade. É importante reconhecer os seus limites físicos e emocionais, procurando a colaboração de outras pessoas com quem possa dividir esta responsabilidade.

de irritabilidade podem refletir o desconforto vivenciado pela pessoa face ao seu diagnóstico e às suas limitações. NO DIA A DIA A alteração dos hábitos e a adoção de novas rotinas diárias são dos componentes mais desafiantes, mas também mais preponderantes, no controlo da patologia. O cuidador tem um papel fundamental na motivação e acompanhamento da adoção de um estilo de vida saudável, nomeadamente na alimentação e exercício físico. NA GESTÃO DA MEDICAÇÃO Conhecer a forma como a Insuficiência Cardíaca se manifesta e os seus sinais de alerta é fundamental para que possa dar suporte prático à pessoa com esta doença. Nas consultas médicas, visitas à farmácia, ou interações com outros profissionais de saúde, não hesite em colocar questões e participar ativamente nas interações. Nesta ocasião, pode também tomar nota das indicações transmitidas pelos profissionais de saúde. Para que a pessoa possa tirar o máximo benefício dos medicamentos, isto é, para que estes exerçam o efeito pretendido, é necessário que a pessoa siga as orientações de forma rigorosa e não deixe de tomar ou altere a forma como toma os medicamentos sem falar com o seu médico ou com o seu farmacêutico. Embora a própria pessoa deva ser responsável por conhecer os seus medicamentos e ser capacitada para os gerir, o cuidador também pode auxiliar neste processo. Aprenda a cuidar de si!

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> BEBÉ & MAMÃ HOLON

COMO EVITAR AS DORES NAS COSTAS? A gravidez acarreta uma série de desconfortos, entre eles, dores nas costas. Para evitar este problema, a fisioterapeuta Inês Guimarães recomenda que a mulher «oiça os sinais de seu corpo», no sentido de ter períodos adequados de descanso, uma boa alimentação, exercício físico moderado e um período de gestação sem stress.

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Entre 50 e 75 por cento de todas as grávidas sentem dor nas costas em algum momento da gestação. O peso do útero e as mudanças hormonais podem gerar as famigeradas dores, uma vez que, com a expansão forçada do útero, os músculos abdominais ficam mais fracos e seu centro de gravidade muda de lugar. Com isso, a postura muda, o que acaba forçando nervos e a coluna. Por força da ação das mudanças hormonais, as articulações e os ligamentos “cedem” e ficam mais “soltos”, o que provoca instabilidade e dor em momentos específicos: ao andar, ao ficar de pé ou sentada muito tempo, ao mudar de posição na cama, ao levantar. ESTADO ESPECIAL Inês Guimarães, fisioterapeuta especializada em saúde da mulher, explica à Revista H as razões para esta maleita tão comum nas grávidas: «Desde o início da gravidez ocorrem muitas alterações no corpo para o preparar para a gravidez e para o parto. Há uma alteração da forma e posição da bacia e coluna, que são naturais e benéficas, mas que associadas a esforços, posições mantidas durante muito tempo, sedentarismo ou lesões prévias à gravidez, poderão levar a algum desconforto ou dor, especialmente na zona inferior da coluna (lombar)». A fisioterapeuta, do Centro do Bebé, reforça ser essencial que a grávida faça uma gestão correta da gestação, respeitando essencialmente os tempos de descanso e uma alimentação equilibrada, para prevenir uma gravidez marcada pela dor e pelo desconforto. «A gravidez é um estado especial, em que o corpo tem necessidades muito diferentes daquelas a que a mulher estava habituada e que irão ser diferentes em cada fase da gravidez, em cada gravidez e de mulher para mulher. É muito importante que a mulher ouça os sinais do corpo, aceite estas alterações e adapte o seu estilo de vida e rotina diária. Respeitar, a cada fase, as suas necessidades de repouso, movimento, sono e alimentação são essenciais para que o corpo consiga manterse equilibrado e saudável e não haja sobrecarga e exaustão física. Esta é a melhor forma de prevenção». O melhor caminho para a prevenção reside num acompanhamento especializado da gravidez, mas também do alívio da dor.

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Inês Guimarães defende que os «tratamentos de fisioterapia poderão prevenir, resolver ou aliviar este desconforto e/ou dor, através de um reequilíbrio dos músculos, da coluna e bacia e de todo o corpo em geral. Promovendo uma melhor adaptação do corpo à gravidez, é possível diminuir a dor, aumentar a mobilidade e promover o conforto e relaxamento». SEM STRESS A especialista anota ser importante que a grávida consiga relaxar, seja através de atividades prazenteiras (ouvir música, praticar meditação, ler um bom livro), mas, de igual modo, através atividade física moderada. «Todas as estratégias e atividades que a ajudem a grávida a manter-se relaxada e equilibrada, física e emocionalmente, são essenciais. O exercício é uma estratégia importante, com muitos benefícios comprovados, e que ajuda o corpo a manter-se forte, móvel e equilibrado para a gravidez, para o parto e para o período pós-parto». Inês Guimarães diz, por outro lado, ser de importância capital que a gravidez seja vivida em paz, de forma despreocupada, com uma atitude positiva. «O estado emocional da mulher e o ambiente à sua volta poderão ter impacto na forma como a mulher se sente fisicamente. Muitas vezes não é possível eliminar completamente os estímulos exteriores, mas é possível e recomendado que a mulher se resguarde ao máximo». A gravidez, diz a especialista, é caracterizada não só por alterações físicas, mas também por um processo emocional intenso, «com um aumento da sensibilidade e oscilações emocionais, que são naturais e saudáveis, como parte da sua preparação para ser mãe». Contudo, «a falta de tempo e espaço para ouvir e lidar com essas emoções pode levar a uma “sobre-estimulacão” do sistema nervoso e à acumulação de tensões em diversas partes do corpo, produzindo ou agravando alterações físicas». A finalizar, Inês Guimarães aponta aquilo que deve ser evitado a todo o custo para que este período decorra sem problemas: «posições mantidas durante muito tempo, em especial estar em pé sem movimento. Exercício não adequado à gravidez, esforços de grande intensidade ou duração e cansaço extremo».



JOANA SANTOS Podologista

> PODOLOGIA HOLON

CONHECE A DOENÇA DE FREIBERG? Trata-se de uma doença que afeta sobretudo jovens do sexo feminino atletas de alta competição e surge frequentemente na altura da puberdade, quando se verifica um crescimento mais rápido do osso. A doença de Freiberg, ou osteonecrose de Freiberg, é caracterizada pela necrose (morte) dos tecidos de partes dos ossos da planta do pé, por norma perto do hállux (dedo grande do pé), surgindo também uma rigidez progressiva do membro em extensão. O segundo metatarso é, geralmente, o osso mais afetado, embora o terceiro e o quarto também possam ser ocasionalmente envolvidos. Esta doença afeta principalmente o sexo feminino (numa proporção de 3 para 1 em relação ao sexo masculino) e surge frequentemente na altura da puberdade, quando se verifica um crescimento mais rápido do osso. Afeta também pessoas que apresentam o osso da base do hállux curto ou quando o segundo osso do metatarso é longo. As causas mais frequentes são traumatismos que ocorrem repetidamente e que, por sua vez, são causados por práticas desportivas excessivas (como acontece com atletas de alta competição) ou até pela utilização contínua de saltos altos. Estes traumatismos provocam pequenas fraturas que prejudicam a normal circulação do

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sangue até ao final do metatarso, resultando na morte de células ósseas (osteonecrose). A osteonecrose de Freiberg manifesta-se geralmente com dor intensa, que se agrava com a pressão sobre o local (por exemplo, quando se calça saltos altos), inchaço (edema) e hipersensibilidade no local. Não se encontra associada a um episódio agudo característico uma vez que os sintomas aparecem de forma gradual. O diagnóstico é realizado através da palpação da articulação, da exploração articular, muscular e vascular, e da avaliação da pegada plantar. A confirmação é feita através do exame de imagiologia mais comum, a radiografia, que permite determinar a fase da evolução da doença. QUAL O TRATAMENTO? O tratamento desta doença envolve os seguintes passos: ✔ Tratamento com analgésicos e com corticosteroides,


de forma a aliviar a dor; ✔ Repouso parcial ou absoluto; ✔ Elevação do membro, que ajuda a diminuir a pressão e o inchaço (edema); ✔ Mudança do calçado que usa diariamente - optar por sapatos de salto baixo, com solas mais grossas ou saltos arredondados ou aplicação de ortóteses individualizadas adaptadas a cada caso clínico (por exemplo, utilização de palmilhas personalizadas que ajudam posicionar o pé de forma anatomicamente correta); ✔ Em último caso, o médico pode aconselhar o recurso à cirurgia, de forma a colocar um enxerto ósseo esponjoso

na região subcondral de necrose da cabeça do metatarso ou também se pode efetuar uma osteotomia (seccionamento cirúrgico de um osso). A identificação precoce desta doença é essencial para que o tratamento tenha início o mais cedo possível, com a finalidade de aliviar os sintomas e reduzir a deformidade, limitando a progressão da doença para uma artrite (inflamação das articulações). Consulte o seu Podologista Holon e saiba mais sobre esta e outras patologias do pé.

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> PREVENÇÃO SAÚDE

DOENÇA CELÍACA VS INTOLERÂNCIA ALIMENTAR O consumo de determinados alimentos pode desencadear um conjunto de reações adversas, com impacto na qualidade de vida. O trigo e o leite são os alimentos mais associados às intolerâncias alimentares e à doença celíaca. > 30


Estima-se que a prevalência da intolerância alimentar, a nível mundial, seja de cerca de 20 a 35%. Em Portugal, calcula-se que um quarto da população apresenta intolerâncias alimentares, mas nem sempre é possível identificar o alimento em questão. Já no caso da Doença Celíaca (DC), os dados internacionais sugerem um aumento no número de casos da patologia, estimando-se uma prevalência de 1% na Europa. No nosso país, os estudos são escassos, mas, de acordo com a Associação Portuguesa de Celíacos (APC), a Doença Celíaca atinge 1 em cada 134 portugueses, ou seja, cerca de 1% da população. Para este aumento de diagnósticos tem contribuído a crescente divulgação da Doença Celíaca e a sensibilidade dos profissionais de saúde para os seus sinais e sintomas. Ainda assim, apenas 10 a 15 mil portugueses estarão diagnosticados, facto que pode dever-se à existência de uma grande variedade e intensidade de sintomas, que são, por vezes, confundidos com outras doenças do foro gastrointestinal. DIFERENÇAS A intolerância alimentar manifesta-se pela dificuldade do organismo na digestão ou assimilação de um determinado alimento. Ocorre quando o corpo é incapaz de metabolizar algumas substâncias dos alimentos, o que pode acontecer devido a um défice das enzimas responsáveis pela sua digestão. Uma intolerância alimentar é caracterizada por uma reação adversa, reprodutível, que ocorre após a ingestão de um determinado alimento e não envolve o sistema imunológico. Nestes casos, após o consumo ou a exposição a um determinado alimento podem surgir sintomas que incluem distúrbios gastrointestinais, cutâneos e respiratórios, cuja severidade varia consoante a quantidade e a frequência do alimento ingerido. Geralmente, o problema está associado à absorção da lactose e do glúten, uma proteína encontrada em cereais como o trigo, aveia, centeio, cevada, entre outros, embora também se possa ser intolerante a determinados aditivos alimentares (queijo e chocolate, por exemplo). A Doença Celíaca não é uma intolerância alimentar, é uma patologia autoimune que ocorre em indivíduos que apresentam predisposição genética a desenvolverem uma reação imune ao glúten. Isto significa que Doença Celíaca e intolerância alimentar são duas condições distintas, uma vez que a DC possui uma componente imunológica e genética, manifestando-se de forma permanente e definitiva. Nestes casos, a ingestão de glúten, mesmo em pequenas quantidades, leva o organismo a desenvolver uma reação

imunológica desajustada, danificando as vilosidades do intestino delgado, que são responsáveis pela absorção dos nutrientes. Apesar de não se conhecer as causas que levam ao aparecimento deste problema, sabe-se que a par dos fatores genéticos e imunológicos, existem também agentes ambientais que podem desencadear a Doença Celíaca, como a administração de medicamentos, infeções intestinais, nomeadamente por rotavírus, e a introdução prematura (antes dos 4 meses) ou de grandes quantidades de glúten na alimentação dos lactentes. TOLERÂNCIA ZERO AO GLÚTEN Quando diagnosticada a DC, a instituição de uma alimentação sem glúten é o único tratamento possível. Enquanto que nos casos de intolerância ao glúten basta, na maioria das vezes, reduzir a ingestão dos alimentos com essa proteína quer em frequência quer em quantidade, na Doença Celíaca, o intestino só regenera quando o glúten é totalmente eliminado da alimentação. Por esse motivo, a exclusão tem de ser definitiva, uma vez que sempre que houver contacto com a proteína, as inflamações regressam. Ser celíaco significa ter uma dieta regrada, saudável e equilibrada, em que os alimentos que contêm glúten devem ser substituídos por outros que não possuem a proteína. No entanto, os doentes não se devem limitar à exclusão do glúten da dieta. Ou seja, uma dieta saudável e sem glúten deve incluir diariamente uma quantidade variada e equilibrada de produtos da roda dos alimentos, de forma a satisfazer as necessidades de macro e micronutrientes do organismo. Para que tal seja possível, os celíacos devem ler cuidadosamente os rótulos e estarem atentos à composição dos alimentos manipulados e confecionados pela indústria alimentar, o que ainda representa uma dificuldade para muitos consumidores.

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UL-250, 250 mg, cápsula, Saccharomyces boulardii, é um medicamento não sujeito a receita médica. UL-250 está indicado para tratamento sintomático da diarreia aguda em crianças e adultos e para prevenção da diarreia associada à toma de antibióticos. Contraindicado em doentes com catéter venoso central e doentes imunocomprometidos ou com doença grave devido a um risco de fungemia. Precauções especiais: Não deve ser utilizado com líquidos a temperaturas superiores a 50 °C; a ação pode ficar diminuída se tomado com medicamento antifúngico oral ou sistémico; foi associado ao risco de fungemias principalmente em doentes com diversos fatores de risco. Este medicamento contém sacarose e lactose mono-hidratada. Leia cuidadosamente o folheto informativo e rotulagem e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico. > 32

PRT-VIV-1903-0059


ANA DINIS Nutricionista MÓNICA NUNES Nutricionista

> NUTRIÇÃO HOLON

A ALIMENTAÇÃO NO HIPOTIROIDISMO O hipotiroidismo é uma doença crónica que surge quando a glândula da tiroide não produz hormonas suficientes para o funcionamento normal do organismo. Os sintomas desta doença incluem o cansaço, a pele seca, queda e cabelo quebradiço, aumento de peso, intolerância ao frio, irritabilidade, depressão e irregularidades menstruais. A prevalência em Portugal desta patologia é de cerca de 5% e atinge 4 vezes mais as mulheres do que os homens.

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Quem sofre de hipotiroidismo deve reforçar os cuidados ao nível da alimentação. Isto porque há vários alimentos que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas com doenças de tiroide, mas também há outros que, à partida, devem ser evitados, pois podem potenciar alterações hormonais e ter efeitos nocivos. Uma alimentação variada e equilibrada é essencial para evitar carências nutricionais que podem ser um fator de risco para o desenvolvimento da disfunção tiroideia e comprometimento da síntese das hormonas da tiroide. Para a síntese das hormonas da tiroide são fundamentais múltiplos micronutrientes tais como: o iodo, o selénio, o zinco, o cobre, o ferro, a vitamina A e a vitamina D. Destes, destacase o iodo por ser o principal componente na produção da hormona tiroideia. ALIMENTOS A PRIVILEGIAR O iodo não pode ser produzido nem sintetizado pelo orga-

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nismo, sendo que a única maneira de garantir o seu aporte é através da alimentação. Uma forma fácil e prática para ingerir iodo é substituir o sal comum por sal iodado. Outras fontes alimentares de iodo são o peixe, os crustáceos e as algas. Também os vegetais, a carne, o leite e seus derivados contêm iodo, porém o seu teor é variável. Devem ainda ser privilegiados os alimentos com maior teor de selénio, tais como a castanha-do-Pará, as sementes, os ovos, os cogumelos, os cereais e derivados. Contudo, os teores em selénio variam de acordo com os solos e águas usados na produção dos alimentos. O nosso organismo não armazena zinco, logo é necessário que este seja consumido diariamente. O zinco pode encontrar-se amplamente em alimentos de origem animal e vegetal, embora a absorção de zinco proveniente de alimentos de origem vegetal seja inferior. As fontes alimentares com maior teor em zinco são as ostras, a carne vermelha e de aves, o feijão, os frutos oleaginosos e os grãos integrais.


A EVITAR Por outro lado, há alimentos que devem ser evitados, nomeadamente os que contêm cloro. Deve ainda ingerir com moderação os alimentos com soja, pois a presença de flavonoides na soja pode afetar a absorção do iodo. Alimentos processados e ricos em açúcar também são desaconselhados e devem ser evitados na dieta das pessoas que sofrem de hipertiroidismo. HÁBITOS A PROMOVER Associados a uma alimentação cuidada, a atividade física, a ingestão de água (devendo privilegiar-se a ingestão de água engarrafada, pois a água canalizada contém flúor que inibe a função da tiroide) e as refeições partidas (deve comer de duas em duas horas), podem ser excelentes aliados para equilibrar o metabolismo lento, característico do hipotiroidismo. Uma alimentação adequada é também importante como medida preventiva para a disfunção tiroideia e patologias associadas. Aproveite para adotar estilos de vida saudáveis! Fale com o seu Nutricionista Holon.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO IODO PARA O NOSSO BEM ESTAR? O iodo é essencial para a produção da hormona tiroideia. O seu teor na alimentação condiciona o funcionamento desta hormona e consequentemente as doenças da tiroide. Apesar dos alimentos provenientes da água salgada – como as algas, peixe e marisco – serem ricos em iodo, o sal marinho não o é, devido à sua sublimação durante o processo de evaporação da água. No entanto, existe no mercado sal com iodo (sal iodado) que, desde que o seu consumo não esteja contraindicado por questões de saúde, pode ser utilizado na alimentação sempre em pequenas quantidades, pois o consumo excessivo de sal contribui para o aumento das doenças cardiovasculares.

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> RECEITA SAUDÁVEL

INGREDIENTES • 1 Lata de conserva de sardinha ao natural • Alface q.b. • 2 Tomates médios • 6 Amêndoas • 1 Rodela de abacaxi • Azeite e vinagre balsâmico q.b.

Informação Nutricional por pessoa Calorias (kcal) 433,0 | ProteÍnas (g) 28,2 | Lípidos (g) 24,2 | Hidratos de carbono (g) 23,9

SALADA FRESCA COM SARDINHA O verão já chegou e as saladas tornam-se refeições mais apetitosas porque são mais frescas e leves. Deixamos uma sugestão saborosa e bastante saudável para toda a família. Modo de preparação: • Coloque a sardinha numa saladeira. Em seguida, lave bem os vegetais. • Corte os tomates às meias luas e posteriormente a alface. Junte tudo à sardinha, na saladeira. • Adicione depois aos restantes ingredientes: o abacaxi, cortado em cubos, e as amêndoas. • Por fim, tempere com um fio de azeite e vinagre balsâmico, e delicie-se com esta receita saborosa, rápida e saudável, para os dias quentes que aí vêm.

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SARDINHA A sardinha é um peixe muito nutritivo, que fornece inúmeros nutrientes, como ómega 3, um ácido gordo essencial ao nosso organismo, mas o qual não consegue produzir. Para além do ómega 3, a sardinha fornece também ferro, magnésio, fósforo e vitaminas tais como A, B, D, E e K.


N O VO

ST EM A SI

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> VIVA MAIS

ATIVIDADE FÍSICA PARA MELHOR QUALIDADE DE VIDA O desporto na terceira idade traz inegáveis benefícios para os idosos. Para além de melhorar a condição física, promove o bem-estar quer físico, quer psicológico. > 38


Natércia Lourenço tem 73 anos e continua a mover-se com grande desenvoltura. Nem quer ouvir a palavra “reforma”. Cabeleireira de profissão, tem dias que passa largas horas de pé, a atender as suas clientes «de toda a vida». Vive sozinha. Mulher de armas, faz a lide da casa, cozinha, trata das plantas, da horta, poda as árvores do quintal. Para equilibrar a parte física e a mental, frequenta as aulas de hidroginástica duas vezes por semana. A septuagenária assume que grande parte desta «genica» advém de uma infância passada no campo, a «subir às arvores» e a trabalhar «na terra», na Beira Alta, mas também do facto de ter decidido fazer ginástica em meio aquático, depois de já ter passado a barreira dos 60. «Comecei a praticar desporto aos 65. Foi a melhor decisão da minha vida», assume. Religiosamente, cumpre o ritual da hidroginástica duas vezes por semana. Sempre que, por algum motivo de força maior, não pode ir às sessões, revela que sente logo o «corpo a emperrar». DESPORTO COMO “REMÉDIO” PREVENTIVO De facto, a prática de atividade física regular previne o surgimento de doenças nos idosos e contribui para a manutenção do seu bem-estar. Paulo Amado, especialista em medicina desportiva, frisa que o exercício físico tem inegáveis benefícios em todas as faixas etárias: «O desporto é importante na sua atividade regular e em todas as fases da vida. A terceira idade não foge à regra». No entanto, qualquer atividade deve ser antecipada de uma conversa com o médico, para melhor adequar o plano de exercícios, frequência e intensidade. Os problemas de saúde “próprios da idade”, problemas nas artérias, envelhecimento dos tendões e músculos, não devem servir de desculpa para perpetuar o sedentarismo. «A parte física de uma pessoa é igual à parte mental. Isto é, se um indivíduo idoso não se estimula psiquicamente, não se relaciona socialmente, não tem prática de leitura, não vê televisão, não discute, tem tendência a ficar com maior dificuldade no seu desenvolvimento psíquico e intelectual. Com o corpo é a mesma coisa. Se não treinarmos o nosso corpo, acabamos por ficar com atrofia muscular, sendo extremamente difícil a sua recuperação. É ainda mais difícil no idoso que, de repente, decide fazer uma atividade para a qual não está preparado. É óbvio que os tendões, artérias, os ossos e toda a estrutura orgânica do nosso corpo tem um envelhecimento próprio. Envelhecimento esse que pode ser perfeitamente moderado com a ajuda da atividade física praticada moderadamente», explica o clínico.

MÚLTIPLOS BENEFÍCIOS Os benefícios comprovados do exercício põem em evidência que a prática de uma atividade física adequada promove a saúde física, nomeadamente na redução do risco de doenças cardiovasculares; previne ou ajuda a reduzir a hipertensão; previne ou ajuda a reduzir o colesterol, a obesidade, a diabetes tipo II; reduz o risco de osteoporose; e melhora algumas doenças respiratórias, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). Também a saúde mental melhora substancialmente: aumenta a capacidade de raciocínio e de memorização; melhora a autoestima; confere resistência ao stress; atenua as tensões que se acumulam durante o dia; favorece a qualidade do sono. Quando praticado em grupo, reduz o isolamento, um dos maiores problemas da Terceira Idade.

EXERCÍCIO, MAS COM MODERAÇÃO Na ótica de Paulo Amado, a prática desportiva deve ser adequada e personalizada para cada pessoa «de acordo com a sua capacidade física», sendo que mesmo aqueles que nunca praticaram qualquer desporto e que tiveram uma vida sedentária não devem renunciar ao início de uma atividade física regular: «Há estudos que indicam que o período entre os 14 anos e os 24 anos é fundamental para fazer desporto, e é obvio que um indivíduo que viveu toda a vida de uma forma sedentária tem muito mais dificuldade em se adaptar a uma nova atividade desportiva, devendo praticar de um modo regrado, orientado por um profissional». Há, todavia, alguns cuidados a ter antes de pegar na bicicleta ou calçar os ténis desportivos. Alguém que queira começar agora a enveredar por uma vida mais sã, a praticar desporto, deve «sempre fazer uma boa avaliação física, se possível de medicina desportiva, antes de iniciar qualquer atividade regular», recomenda o especialista. Para Paulo Amado, o desporto (de baixa intensidade) ajuda a prolongar a existência e a ter uma melhor qualidade de vida. «A atividade física desportiva, em modo de lazer, ajuda ao aumento da qualidade de vida», sintetiza, concluindo: «Ao desporto em modo lazer aplica-se a máxima: “corpo são, mente sã”».

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ANA TERESA GONÇALVES Farmacêutica

> DERMOFARMÁCIA HOLON

ENTENDER A QUEDA DE CABELO CRÓNICA A queda de cabelo é um problema que afeta muitas pessoas, de forma aguda ou crónica. A queda regular de cabelo é variável, em média 100 cabelos por dia. O cabelo novo tem que crescer ao mesmo ritmo do que a perda natural, para não se considerar uma queda de cabelo acentuada. A queda de cabelo aguda é pontual e intensa. Pode ser causada por inúmeros fatores tais como o stress, a fadiga, mudanças de estação, dietas desequilibradas ou o parto. A queda de cabelo crónica normalmente está associada a uma componente hereditária ou hormonal. Resulta maioritariamente do envelhecimento e de uma predisposição hereditária que atinge os dois sexos e determinam uma sensibilidade aumentada dos folículos pilosos à ação da dihidrotestosterona. Este tipo de queda do cabelo diferencia-se da queda sazonal por ser mais duradoura e acontecer em diferentes alturas do ano. Sendo fundamental proteger e cuidar os cabelos e o couro cabeludo. Nem sempre é fácil identificar as causas da queda crónica que podem ser várias, mas a sua identificação permite uma melhor eficácia na reversão da mesma. Por exemplo, se a causa da queda de cabelo estiver relacionada com distúrbios da tiroide, o problema é reversível assim que as hormonas tiroideias sejam controladas.

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Contudo, se a alteração se prolongar muito tempo, pode causar o atrofio de alguns folículos capilares. Frequentemente, um dos primeiros sintomas de perturbações na tiroide passam por prurido no couro cabeludo, queda de cabelo acentuada, cor baça e perda de brilho (sinais que são um alerta). É importante explorar cada caso e avaliar a necessidade de tratar algum fator de base associado à queda de cabelo crónica. Se tiver dúvidas não hesite em falar com o seu farmacêutico Holon.


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> ENTREVISTA ESPECIAL

CHEF LJUBOMIR STANISIC «SOU DE EXCESSOS, MAS NA COZINHA GANHA O EQUILÍBRIO» Natural de Sarajevo, Ljubomir Stanisic rendeu-se há anos aos encantos de Portugal. O chef confessa que a primeira preocupação nos seus restaurantes é o sabor, mas reconhece a importância de uma alimentação saudável, que implementa nas suas cozinhas através da qualidade dos produtos. H - A ALIMENTAÇÃO É UM DOS DETERMINANTES MAIS IMPORTANTES NA SAÚDE DAS PESSOAS, HAVENDO POR ISSO, UMA CRESCENTE PREOCUPAÇÃO EM SE TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. SEGUE ESTA TENDÊNCIA? LJUBOMIR STANISIC (LS) - Claro que sim. Acho que a grande mudança na minha cozinha se deu em 2016, quando me juntei à

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equipa do Six Senses Douro Valley como consultor gastronómico. É uma cadeia com uma filosofia muito assente em princípios como a sustentabilidade, o bem-estar, a saúde como um todo. Foi no Six Senses que, em 2017, abri o meu primeiro restaurante vegetariano. Cada vez mais, sou um apaixonado por vegetais e legumes, por descobrir novas formas de os tornar protagonistas,


com mérito, à mesa. E quando penso em alimentação saudável, ela não se restringe apenas à cozinha vegetariana. A importância do orgânico estende-se também aos animais: privilegiar o consumo de gado criado de forma saudável, sem hormonas e antibióticos, optar por peixe capturado através de métodos mais sustentáveis… Tudo isso é saúde, não só nossa, mas também do próprio planeta. A minha primeira preocupação, nos meus restaurantes, é o sabor. Quando penso em alimentação saudável, nas minhas cozinhas, penso sobretudo na qualidade dos produtos. Estou agora a abrir o meu novo restaurante, onde a sustentabilidade vai ser um dos grandes pilares e vamos privilegiar o uso de produtos orgânicos. Mas isso não significa que não possa servir um foiegras, por exemplo. Sou de excessos, mas na cozinha acho que ganha o equilíbrio. H - A COZINHA SAUDÁVEL TAMBÉM PODE SER “ATRAENTE” E COM SABOR AO CONTRÁRIO DO QUE SE PENSA? LS - Sem dúvida! E acho que essa mentalidade até já está um pouco ultrapassada. Basta abrir o Instagram para perceber que algumas das fotos mais bonitas são de pratos saudáveis. Uma romã que está cheia de antioxidantes, é linda, parece um monte de rubis! H - CONTA COM A COLABORAÇÃO DE ALGUM NUTRICIONISTA NA SUA COZINHA? LS – Estamos, neste momento, a avaliar essa possibilidade para o novo restaurante. Mas, a minha primeira preocupação é o sabor, é proporcionar a quem vem jantar comigo uma experiência que, à partida, não terá em casa. São momentos de exceção, não têm de ser os momentos mais saudáveis da semana. H - NO SEU ENTENDER, OS NUTRICIONISTAS DEVERIAM TER UMA PALAVRA A DIZER NA COMIDA QUE VAI PARA A MESA DOS RESTAURANTES? LS - Acho que todos temos a ganhar se trabalharmos juntos. H - O RESTAURANTE E O BISTRO “100 MANEIRAS” SÃO OS SEUS GRANDES PROJETOS DO MOMENTO? POR ONDE PASSA O FUTURO? LS - Tenho muitos grandes projetos. A verdade é que não consigo estar quieto e, por isso, tendo a dividir-me muito. Mas o meu maior projeto neste momento é o novo 100 Maneiras. Abri o restaurante 100 Maneiras em Lisboa, em 2009. Tenho-lhe um amor e gratidão enormes, mas é um espaço que já não reflete quem eu sou neste momento ou quem o 100 Maneiras é. Por isso, escolhemos fechá -lo (mas não abandoná-lo) e abrir o novo 100 Maneiras duas portas ao lado. É um restaurante que anda a ser sonhado há quatro anos, em que todos os detalhes foram pensados ao pormenor. Da cozinha ao espaço e ao serviço, é 100 Maneiras no estado mais puro e vai ser aqui que vai estar o meu maior foco nos próximos tempos.

Quanto ao Bistro 100 Maneiras, continua a ser a nossa “segunda casa”, o espaço por excelência onde recebemos os amigos, onde servimos a minha cozinha de conforto, onde se bebem grandes cocktails, num ambiente divertido e sem pretensões. O Six Senses continua a ser também uma paixão e um projeto que me dá muita “pica”. Temos de seguir “guidelines” nutricionais que nos incentivam constantemente a dar o nosso melhor, a encontrar novos caminhos e novas formas de fazer as coisas, e que me têm feito crescer muito. É um orgulho enorme fazer parte deste projeto e ver o quanto evoluímos todos desde que começou. E finalmente, vou continuar também dedicado aos meus produtos: lancei um rum no final do ano, com a Licores Serrano, o Refugees Rum e no início de 2019 apresentei a minha nova cerveja, desenvolvida em parceria com a Cerveja Letra, chamada “Bicho do Mato”. Só precisava de mais 24 horas em cada dia para conseguir fazer tudo o que quero! H - NO SEU DIA A DIA TENTA QUE A SUA FAMÍLIA SE ALIMENTE DE FORMA SAUDÁVEL? LS - Sim. Embora não consiga estar sempre presente nos momentos das refeições (efeitos colaterais de ser cozinheiro), a minha mulher tem essa preocupação e os nossos armários estão cheios de produtos saudáveis. Queremos que os nossos filhos se alimentem da melhor forma possível, sempre encontrando prazer à mesa (estamos constantemente a dar-lhes coisas novas), mas sem esquecer a saúde. H - O QUE O FAZ FELIZ? LS - O mato. A minha família, uma grande refeição com aqueles que amo, o silêncio ao acordar no Alentejo… Não preciso de muito. H - O QUE É QUE O MOVE E MOTIVA? LS - Crescer. Quero sempre saber mais, descobrir mais, fazer melhor… Não consigo passar pelas coisas à superfície, dedico-me a tudo aquilo em que me envolvo com o coração inteiro, quase uma sofreguidão… Mas se não fosse para me envolver por inteiro, valia a pena?

LJUBOMIR STANISIC Idade: 40 anos Naturalidade: Sarajevo Onde Vive: Lisboa/Alentejo Filmes: “O carteiro de Pablo Neruda” Música: ”Quero é Viver”, António Variações Viagem: Tenho de escolher duas: Ilha do Príncipe, pela riqueza única; e a viagem que fiz com a minha família, numa autocaravana, pela Europa, no projeto “Papa Quilómetros Europa”. Comida: Entranhas

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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

VÍTOR PAIXÃO DIAS Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão

«A HIPERTENSÃO ARTERIAL É A PRINCIPAL CAUSA DE MORTALIDADE NO NOSSO PAÍS» O presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão incita os portugueses a terem hábitos de vida mais saudáveis e a não perderem o hábito de comer sopa, frutas e legumes, assim como voltarem a sair à rua para se “mexerem”, em espírito de comunidade. Os portugueses são dos povos europeus com maior prevalência de hipertensão. De acordo com os dados do último estudo realizado em Portugal, o estudo PHYSA, a prevalência é de 42%, o que significa

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que mais de 4 em cada 10 portugueses, com mais de 18 anos, têm hipertensão. «Esta situação tem-se mantido estável, embora nos últimos 10-15 anos a percentagem dos indivíduos hipertensos, que


têm os seus valores de pressão arterial controlados, tenha aumentado consideravelmente (cerca de 4 vezes mais doentes controlados)», revela o médico Vítor Paixão Dias, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH). Para este perito, o facto de continuar a haver tantos casos de hipertensão em Portugal faz sobressair a necessidade de reverter hábitos nefastos para a saúde da população. «Há muito caminho a percorrer, pois há que evitar o aparecimento da hipertensão, adotando hábitos de vida saudável, particularmente reduzindo o consumo de sal, praticando exercício físico, controlando o peso e moderando o consumo de álcool, entre outros», até porque «há muito poucos casos de hipertensão curável, por isso depois da doença diagnosticada, é necessário manter cuidados de estilo de vida saudável e, no caso de ser necessário, manter medicação (com os devidos ajustes), para toda a vida», reforça Vítor Paixão Dias.

Estado, as sociedades científicas, os profissionais de saúde, a indústria e a distribuição alimentares e, naturalmente, os doentes.» Ainda assim, a verdade é que «ainda continuamos muito acima do consumo diário recomendado de sal, que é no máximo de 6 gr (estamos nos 10,7 gramas), por isso é necessário ir mais perto da população e começar de muito cedo a mudança de mentalidades».

MAUS HÁBITOS VOLTAR A TER TEMPO O sedentarismo e uma alimentação rica em gorduras estão na base deste problema, mas o presidente da SPH sublinha que também o tabagismo, o sedentarismo e o consumo excessivo de álcool são outros “inimigos públicos” dos profissionais de saúde que tratam deste problema de saúde. «Quando falamos em hipertensão, temos que ter implícito, falar daquilo a que os médicos chamam, “risco vascular global”, pois a hipertensão acompanha-se muito frequentemente de outras condições ou doenças, como a obesidade, a alteração das gorduras do sangue, a diabetes, o tabagismo ou o excesso de consumo de álcool. E, nesta medida, sim, o sedentarismo e uma alimentação rica em gorduras ditas “saturadas”, contribuem direta ou indiretamente, para a doença vascular, de que a hipertensão é o principal fator de risco». PROSSEGUIR NO BOM CAMINHO O Governo tem tentado alertar a população para os riscos do consumo de sal e açúcar em excesso, mas os resultados tardam em aparecer, pois a população portuguesa tem hábitos culturais e alimentares que deitam tudo a perder. Contudo, o médico afirma que muito se tem feito para reverter os dados “negros”, criados pela doença cardiovascular. «Os resultados têm aparecido e a prova é que a mortalidade por doença cardio e cerebrovascular, a principal causa de mortalidade no nosso País, tem vindo a decrescer paulatinamente ao longo dos últimos anos e está, neste momento, abaixo dos 30%, o que é histórico. Em 10 anos, reduzimos o consumo médio de sal na população em mais de 1 gr, e isso é um feito notável. Para isso contribuíram o

O ritmo frenético da sociedade nos dias de hoje é um problema de difícil resolução. Não há tempo para fazer refeições (saudáveis) em família, para cozinhar, para descansar. O médico concorda com esta análise e recomenda que os adultos prestem mais atenção às mensagens das crianças, os atuais porta-estandarte dos ventos mudança que têm imperativamente de nortear o novo paradigma de uma vida mais saudável. «Não é só para fazer refeições saudáveis em família que não há tempo, é para “tudo” o que é verdadeiramente importante que “não há tempo”. O meu conselho é que as famílias permitam que sejam as crianças agentes de mudança e que os pais e avós, pensado nelas e pensando em estar por cá muitos anos com saúde, se mexam, andem a pé, reduzam o consumo de sal para não mais de uma colher de chá por dia, evitem ao máximo o consumo de açúcar, não fumem e moderem o consumo de álcool. Que não se perca a nossa dieta mediterrânica, em que o azeite, a sopa e as saladas, são ingredientes de enorme valor nutricional. O nosso País tem um clima privilegiado e, por isso, que aproveitem os fins de tarde e os fins de semana, para usufruir, sempre que possível, de vida ao ar livre e da companhia uns dos outros.» A concluir, Vítor Paixão Dias aponta para um objetivo ousado: «A hipertensão arterial é a principal causa de mortalidade no nosso País. Esta mortalidade, felizmente, tem vindo a diminuir ao longo dos anos, mas só podemos ficar satisfeitos quando não houver nenhuma morte evitável, sobretudo em idades precoces. Para se alcançar este ambicioso objetivo, o tal caminho a percorrer ainda é de facto longo. Mas há que não esmorecer, porque todos juntos conseguimos!»

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> MONTRA EM DESTAQUE ELÁS CRÉME Dores de costas? Dores muscular? Dores nas articulações? Elás, uma força da natureza no combate à dor. À base de raiz de consolda. Reduz a dor em 95%. Elás, 350 mg/g, creme, Symphytum officinale (consolda). Medicamento não sujeito a receita médica indicado no tratamento tópico da dor, inflamação e inchaço dos músculos e articulações após lesões desportivas e acidentes. Aplicar sobre pele intacta. Não aplicar nos olhos nem em membranas mucosas. Podem ocorrer reações alérgicas e irritação na pele. Não usar em crianças com menos de 12 anos. Na primeira utilização deve aplicar-se numa pequena área para testar a tolerância. Leia cuidadosamente o folheto informativo e rotulagem e, em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

ARNIGEL A vida pode ser desafiante… Fadiga Muscular? Nódoas Negras? Arnigel®, para os desportistas do dia a dia! Arnigel® é um medicamento indicado na traumatologia benigna em ausência de feridas, contusões e fadiga muscular. É composto por Arnica montana 7%, que possui ação anti--inflamatória, analgésica e anti-equimótica. Nestes casos, deve aplicar logo que possível uma camada fina de Arnigel® na região dolorosa, com uma massagem ligeira até à sua completa absorção. Pode renovar a aplicação uma a duas vezes ao dia. ARNIGEL, gel COMPOSIÇÃO QUALITATIVA: para 100g: ARNICA MONTANA tintura mãe 7g. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Medicamento homeopático tradicionalmente utilizado no tratamento local de apoio em traumatologia benigna em ausência de feridas (contusões, fadiga muscular), nos adultos e crianças a partir de um ano. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO: uso cutâneo. Aplicar logo que possível uma camada fina de ARNIGEL, gel na região dolorosa com uma massagem ligeira até à sua completa penetração. Renovar aplicação 1 a 2 vezes a dia. CONTRA-INDICAÇÕES: Crianças com menos de um ano. Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes. Não

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utilizar em mucosas, olhos, pele descamada, lesões infetadas ou feridas. EFEITOS INDESEJÁVEIS: Possibilidade de reação alérgica sendo necessária a suspensão do tratamento. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERAÇÃO: Associação desaconselhada com Antivitaminas K. O ARNIGEL é um medicamento não sujeito a receita médica e não comparticipado. Consulte o folheto informativo e a embalagem deste medicamento, antes de o utilizar. Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico. Para mais informações deverá contactar o titular da autorização de introdução no mercado. Arnigel 45g AIM – Registo nº 5385364, Arnigel 120g AIM – Registo nº 5705702. LOCETAR EF O Locetar EF, verniz para as unhas medicamentoso, é um antifúngico (Amorolfina 50mg/ml) utilizado no tratamento tópico de onicomicoses - infeções nas unhas provocadas por fungos. Deve ser aplicado nas unhas afetadas dos dedos das mãos ou dos pés uma vez por semana. O tratamento deve ser continuado, sem interrupções até regeneração total da unha. Locetar EF persiste na placa da unha durante pelo menos 2 semanas após terminar o tratamento (efeito reservatório). Diga adeus aos fungos e tenha orgulho em mostrar os pés com Locetar EF.


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> MONTRA EM DESTAQUE BLOXOTO Bloxoto é uma solução emoliente coadjuvante no tratamento das formas irritativas do canal auditivo externo, tais como micoses, eczemas, dermatites, entre outras, indicado em adultos e crianças. Deve aplicar 3 a 4 gotas 2 vezes por dia, ou de acordo com as indicações do médico.

Composição: Propilenoglicol, glicerol, climbazol, glicirrizinato dipotássico, ácido acético, alantoína, extratos oleosos (Origanum vulgare, Thymus Vulgaris, Cinnamomum zeylanicum, Olea europaea, Rosmarinus officinalis, Mentha piperita, Lavandula officinalis, Hydrastis canadensis, Citrus limonum), água purificada. GAMA CALADRYL DERMA Gama Caladryl Dermatite atópica apresenta uma nova rotina de cuidados para a pele seca com tendência a atópica. Aumenta em +50% 1 o número de dias sem eczema reduzindo o número de surtos de eczema atópico por ano. Em caso de Eczema2 apresenta opções de tratamento para o eczema, sem cortisona, com eficácia equivalente a 1% de hidrocortisona.3 Caladryl Derma- Dermatite Atópica Eczema é um dispositivo médico que tem na sua composição Glicerina e MagneoLite® - o ingrediente exclusivo de Caladryl Derma no tratamento do Eczema Atópico. Está indicado para prevenir a perda de água transepidérmica (TEWL) e protege a pele de agentes irritantes e alérgenos. Ajuda a proporcionar um ambiente natural que suporta o mecanismo de reparação da pele 7,8 e restaura os níveis de humidade, em falta, na pele. Caladryl Derma Creme Ultra Hidratante é um dispositivo médico para o tratamento de sintomas de pele seca e com tendência atópica. Não usar durante crises agudas ou em lesões de eczema. Caladryl Derma Dermatite Atópica Eczema e Eczema Crianças e Bebés são dispositivos médicos para Eczema

e pele atópica. Caladryl Derma Dermatite Atópica Eczema não está indicado para crianças com menos de 6 anos, Caladryl Derma Dermatite Atópica crianças e bebés não está indicado para crianças com menos de 8 semanas. Evitar contacto com os olhos. Apenas para uso externo e em pele sem feridas. Manter fora do alcance e vista das crianças. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização. Caladryl Derma Dermatite Atópica Creme de Lavagem Hidratante é um cosmético – este não é um produto de tratamento para a Dermatite Atópica. Este é um produto para o cuidado diário da pele com Dermatite Atópica. 1. Akerström U et al. Acts Denm Venereol, 2015:95: 587-592 2015, n=172 participants. Median time to relapse was 46.7% longer for Dermalex® Repair and Restore vs reference cream. 2. Eczema atópico ligeiro a moderado. 3. Koppes SA, et al. Acta Derm Venereol. 2016, n=100 participants Estudo clínico mostrou que os cremes de tratamento para Eczema da gama Caladryl Derma Dermatite Atópica, formulados com MagneoLite®, foram igualmente eficazes quanto cremes com 1% de hidrocortisona, após 6 semanas de uso no tratamento do eczema atópico. 7. Proksch E, et al. Int J Dermatol. 2005; 44: 151-157. 8. Denda M and Kumazawa N. J Invest Dermatol. 2002; 118: 65-72. HALIBUT MUDA FRALDAS® Halibut Muda Fraldas® Pomada Reparadora está indicado na assadura da fralda persistente. Repara a pele do bebé quando existe irritação, assadura e/ou vermelhidão no rabinho do bebé. Contém miconazol e óxido de zinco. O miconazol ajuda a controlar a proliferação de microrganismos na pele. Modo de utilização: Aplicar a cada muda da fralda, durante 7 dias. Aplicar na pele limpa e seca em camada fina. Aconselhase a limpeza prévia com Halibut Muda Fraldas® Linimento.

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> SAÚDE ANIMAL

DIROFILARIOSE, A DOENÇA DO “VERME DO CORAÇÃO” Os cães, como outros animais, são infetados por parasitas que podem instalar-se em vários órgãos, provocando inúmeras doenças. Os mais comuns são os vermes gastrointestinais e o verme do coração. A Dirofilariose, ou doença do “verme do coração”, é causada por um parasita – Dirofilaria Immitis – que, na sua fase adulta, aloja-se no interior do coração. O parasita é transmitido através da picada de um mosquito infetado que deposita as larvas na pele do cão. Após vários meses, essas larvas migram para vários órgãos – sobretudo os pulmões e o coração, mas também o fígado, o baço, a pele, os rins, o cérebro e os olhos – afetando-os. No coração, o parasita já adulto, chega a medir até 30 centímetros e completa o seu ciclo de vida reproduzindo-se. Os cães com dirofilariose manifestam frequentemente intolerância ao exercício, tosse, dificuldades respiratórias, problemas hepáticos e/ou renais. Esta é uma patologia que, por norma, se desenvolve de forma crónica, podendo causar a morte do animal anos mais tarde. Pode, contudo, desenvolver-se também de forma aguda e provocar a morte em poucas horas.

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DIAGNOSTICAR E TRATAR O diagnóstico é feito pelo médico veterinário através de um exame clínico e exames complementares que detetam a presença de microfilárias no sangue e de anticorpos, na radiografia do tórax, no eletrocardiograma e no ecocardiograma, além de exames para avaliação da função dos rins e fígado nos estágios mais avançados da doença. Importa realçar que há tratamento para a doença, mas a única forma de a evitarmos é através da prevenção. Por isso, contacte o seu médico veterinário para efetuar um despiste e aconselhe-se sobre que medicamentos deve e pode dar ao seu amigo de quatro patas. Previna a doença do “verme do coração”!


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