PUBLICAÇÃO BIMESTRAL Nº 51 ANO 2021
- DISTRIBUIÇÃO GRATUITA -
ENTREVISTA ESPECIAL COM
LUÍSA CASTEL-BRANCO EM FOCO
CONSULTAS ONLINE ACONSELHAMENTO ESPECIALIZADO À DISTÂNCIA DE UM CLIQUE
HOLON CUIDA
HIPOTIROIDISMO CONVERSAS DE MULHERES, PARA ESCLARECER SOBRE A TIROIDE
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REFORCE O SEU SISTEMA IMUNITÁRIO
TOSSE SECA OU COM EXPETORAÇÃO
GRIPE E CONSTIPAÇÃO
LIMPEZA NASAL NATURAL
CONGESTÃO NASAL
Panadol Gripus. Medicamento que contém paracetamol, cloridrato de fenilefrina e guaifenesina, indicado no alívio de curta duração dos sintomas de constipações, calafrios e gripe. Estes sintomas incluem dores ligeiras a moderadas, febre, nariz entupido e tosse produtiva. Panadol Gripus é apenas indicado em adultos, idosos e adolescentes a partir dos 16 anos que pesem mais de 50 kg. Panadol Gripus deve ser tomado apenas se todos os seguintes sintomas estiverem presentes: dor e/ou febre, nariz entupido e tosse produtiva. A duração do tratamento não deve exceder 3 dias. Não tomar com quaisquer outros medicamentos contendo paracetamol ou com qualquer outro medicamento para a tosse, constipação ou descongestionante. Leia atentamente o folheto informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Vibrocil Actilong - Medicamento com xilometazolina indicado na congestão nasal. Utilizar a partir de 1 ano nas gotas infantil e a partir dos 12 anos nas gotas e spray. Não utilizar em doentes com glaucoma de ângulo fechado, submetidos recentemente a cirurgia trans-nasal e com rinite seca ou atrófica. Precaução em doentes com hipertensão, doenças cardiovasculares, hipertiroidismo, diabetes, próstata aumentada, feocromocitoma e em tratamento com IMAOs ou antidepressivos triciclicos e tetraciclicos. Não utilizar mais de 10 dias sem indicação médica. Leia atentamente os folhetos informativos e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Rhinomer – 100% água do mar isotónica e estéril. Indicado na higiene e limpeza diária das fossas nasais, ajuda natural em caso de congestão nasal e hidratação em casos de secura nasal. Dispositivos médicos. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização e em caso de dúvidas fale com o seu farmacêutico. Panatosse Natura Xarope. Dispositivo Médico. Leia a rotulagem e instruções de utilização. Não tomar em caso de hipersensibilidade individual ou alergia a um ou mais ingredientes. Manter fora do alcance das crianças. Centrum. Sistema Imunitário: Com Vitamina C, Selénio e Zinco, que contribuem para o normal funcionamento do sistema imunitário. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e equilibrado, bem como de um modo de vida saudável. Consulte a rotulatem de cada produto para saber mais acerca dos benefícios associados a cada fórmula. PM-PT-VOLT-21-00148 – 08/21
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EDITORIAL Chegámos ao outono, com o ânimo revigorado e cheios de confiança para os próximos meses. Aos poucos, começamos a acreditar que o regresso à normalidade poderá ser possível em breve. Uma das lições que podemos dizer que aprendemos com esta pandemia é a importância de cuidar de nós. Todos os dias. É por isso que a sua Farmácias Holon continua atenta às suas necessidades. E, na sua Revista H51, relembramos-lhe que a sua farmácia Holon é um espaço de saúde seguro e de confiança. À data da escrita deste editorial, mais de 85% da população portuguesa já tinha tomado pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Este feito extraordinário, aliado aos nossos redobrados cuidados diários, tornam a sua farmácia num lugar cuja visita se apresenta como segura, tranquilizadora e que esperamos nos ajude a encontrar aquela “normalidade” que tanto desejamos. A Plataforma https://servicoonline.farmaciasholon.pt/, criada em 2020, agrega diferentes farmácias do grupo Holon, de norte a sul do país. Quais as vantagens? A possibilidade de, onde quer que esteja e no dia e hora que lhe for mais conveniente, ter acesso a um conjunto de serviços de saúde em diferentes áreas à distância de um clique. Um serviço complementar ao trabalho desenvolvido todos os dias pela equipa da sua farmácia. Nas Farmácias Holon sabemos o quanto o hipotiroidismo é uma preocupação para milhares de portugueses, em especial portuguesas. É neste contexto que surge o projeto “Conversas de Mulheres”, com o objetivo de ajudar a esclarecer mais e melhor sobre esta doença da tiroide. Num ciclo de três conversas, queremos contribuir para aumentar o diagnóstico precoce e a eficácia dos tratamentos. Um projeto que dá seguimento a dois anos de parceria com o laboratório Merck e que, este ano, conta com o reforço da Associação das Doenças da Tiroide. Saiba mais sobre esta ação, peça mais informações ao seu farmacêutico Holon e acompanhe estas conversas nas redes sociais da sua farmácia. Se está grávida, em outubro e novembro vai querer acompanhar mais duas Masterclasses do projeto Gravidez de mês a mês. Em outubro, a 6ª Masterclasse abordará o tema das Hemorroidas e, em novembro, a 7ª Masterclass será sobre infeções urinárias. Já sabe: todas as primeiras quartas-feiras de cada mês tem encontro marcado com a equipa das Farmácias Holon. Conte sempre connosco!
HERMÍNIO TAVARES Diretor-Geral
FICHA TÉCNICA
• Diretor: Hermínio Tavares • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E–mail: apoio.cliente@holon.pt
• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Sofia Ramos, Andreia Palma, Cláudia Pereira, Lionel Monteiro, Luís Antunes, Pedro Araújo, Yasmin Oliveira. • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E–mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: Finepaper • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E–mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
Errata: Na edição H50, na rubrica “Farmácia Atua”, reportamos dois lapsos: a fotografia do passatempo “Sorriso Feliz e brilhante”, dinamizado pela Farmácia Vitória, não foi publicada junto ao texto correto; a Farmácia Algarve informa que a ação de rastreio foi promovida no âmbito de uma parceria externa da Farmácia. Pelos dois factos, pedimos as nossas desculpas. >3
>ÍNDICE
30
PODOLOGIA HOLON DIZ-ME O FAZEM, DIR-TE-EI COMO CUIDAR DOS PÉS
39
PREVENÇÃO SAÚDE DOENÇAS GASTROINTESTINAIS, O SEGREDO ESTÁ NA ALIMENTAÇÃO
42
NUTRIÇÃO HOLON ALIMENTAÇÃO: REFORÇO DE INVERNO
6
ATUALIDADE
7
OPINIÃO SAÚDE
9
PONTO DE VISTA
10
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
12
SER MAIS HOLON
14
NA PRIMEIRA PESSOA
16
FARMÁCIA ATUA
18
EM FOCO
23
HOLON CUIDA
26
BEBÉ E MAMÃ
30
PODOLOGIA HOLON
32
ENFERMAGEM HOLON
37
ESPAÇO HOLON
39
PREVENÇÃO SAÚDE
42
NUTRIÇÃO HOLON
44
RECEITA SAUDÁVEL
46
VIVA MAIS
48
DERMOFARMÁCIA HOLON
50
ENTREVISTA ESPECIAL
52
AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
57
OPINIÃO SAÚDE
61
H JÚNIOR
ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.
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PNEU ONIA PNEUMOCOCICA NO REGRESSO AO NORMAL, PROTEJA-SE! As medidas adotadas para prevenir a transmissão da COVID-19, como o distanciamento social, protegem-nos contra outras infeções respiratórias, mas podem ter aumentado a nossa suscetibilidade a estas doenças.1
Com o apoio:
1) Baker RE, Park SW, Yang W, Vecchi GA, Jessica C, Grenfell BT. The impact of COVID-19 nonpharmaceutical interventions on the future dynamics of endemic infections. Proc Natl Acad Sci U S A. 2020;117(48):30547–53.
> ATUALIDADE FARMÁCIAS NA DESPISTAGEM À COVID-19 Já se encontra atualizada a listagem de farmácias de oficina e laboratórios de patologia clínica ou análises clínicas que, desde o dia 1 de julho, aderiram à disponibilização de testes rápidos de antigénio (TRAg) comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde. Esta listagem encontra-se disponível no Portal do SNS e no site do Infarmed. À data, os TRAg de uso profissional comparticipados podem ser realizados em 499 farmácias e 114 laboratórios aderentes, uma lista dinâmica, que se encontra em expansão à medida que mais estabelecimentos mostram disponibilidade para esta prestação, para a qual é requisito a inscrição na Entidade Reguladora da Saúde.
ASPIRINA PODE AJUDAR A TRATAR CANCRO DA MAMA Um estudo publicado na revista Cancer Research UK, revela que a aspirina pode ajudar no combate ao cancro da mama. Os dados indicam que o fármaco tem efeitos positivos no tratamento de tumores agressivos, tais como o do intestino, esófago, estomago ou próstata. A equipa de investigadores britânicos iniciou uma experiência em doentes com um tipo especifico de cancro da mama, resistente a alguns medicamentos. Os dados obtidos demonstram que as componentes anti-inflamatórias da aspirina podem dar vantagem no tratamento destes tumores. Embora já existam algumas evidências de que a aspirina pode ajudar a prevenir ou a reduzir o cancro da mama, o Cancer Research UK reforça que ainda é muito cedo para serem iniciados tratamentos com base neste fármaco. Os investigadores pretendem realizar mais estudos e aprofundar melhor a relação entre a utilização da aspirina e o tratamento do cancro da mama.
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NÚMERO DE HIPERTENSOS QUASE QUE DUPLICOU EM 30 ANOS O número de pessoas com hipertensão praticamente duplicou no mundo em cerca de 30 anos, atingindo um total de 1,27 mil milhões de pessoas, revela estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Imperial College London. As conclusões da análise, publicada na revista científica The Lancet, indicam que o número de hipertensos passou de 648 milhões, em 1990, para 1,27 mil milhões de pessoas, em 2019. Para os autores da investigação, o aumento está relacionado com o envelhecimento da população. Neste período, a maioria da população mundial hipertensa (82%) concentrava-se nos países de baixo e médio rendimento. Perante esta realidade, os especialistas defendem medidas que favorecem o acesso a alimentos mais saudáveis, a redução dos níveis de sal nos alimentos processados, a redução do preço de vegetais e frutas e o aumento dos cuidados de saúde e tratamento com medicamentos eficazes. A tensão arterial elevada está diretamente associada a mais de 8,5 milhões de mortes anuais em todo o mundo. O principal fator de risco para doenças como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a isquemia cardíaca.
> OPINIÃO SAÚDE
NUNO CAMPOS Diretor do Centro de Responsabilidade de Oftalmologia do Hospital Garcia de Orta
CUIDAR SEMPRE DOS OLHOS No nosso dia a dia estamos muito dependentes dos nossos olhos para as todas as tarefas. Garantir a saúde e o conforto ocular é essencial para evitar males maiores. Vivemos tempos diferentes, todos o sabemos. Tempos desafiantes, física e mentalmente, em que passámos a trabalhar em casa, provavelmente até com maior intensidade do que fazíamos no nosso local habitual. Muito do suporte deste nosso novo estilo de vida e de trabalho, é feito através do sistema visual, que nos permite o acesso às plataformas eletrónicas que suportam a informação de que necessitamos. Quando olhamos fixamente para um ecrã, o número de vezes que pestanejamos diminui para menos de metade, ficando os olhos mais expostos e menos hidratados. Acontece-nos a todos, e de
forma mais acentuada em quem já tinha queixas de olho seco. Sentimos ardor, prurido, sensação de corpo estranho, ficando os olhos por vezes muito vermelhos. Uma solução oftálmica de conforto é neste momento uma grande ajuda, e o seu oftalmologista estará seguramente disponível para aconselhar a mais indicada. A sua utilização permite maior conforto, diminuindo muito a probabilidade de ter episódios de queratite em que a córnea seca, permitindo assim manter a produtividade em todas as dimensões da sua vida, já que o trabalho é apenas uma parte dela.”
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> PONTO DE VISTA
JOAQUIM MOITA Presidente da Associação Portuguesa de Sono Coordenador do Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
DURMA BEM PARA UMA VIDA SAUDÁVEL «O sono é o terceiro pilar da vida saudável. É a base na qual assentam os outros dois: alimentação e exercício. É facilmente percetível que uma ou mais noites de privação completa de sono tem efeitos mais devastadores de que o de comida ou de exercício.» O sono é fundamental na regulação das hormonas que controlam o apetite (grelina), a saciedade (leptina) e a regulação da glicémia (cortisol). Indivíduos, mesmo jovens, privados cronicamente de sono (duração de sono inferior a 7 Horas) têm alto risco de desenvolver obesidade e diabetes mellitus tipo2. Para o cérebro, o sono é decisivo na seleção e preservação das memórias. A pessoa privada de sono tem, no dia seguinte, menor atenção, lentificação do raciocínio, menor racionalidade na tomada de decisões. Tornase mais irritável. Fica sonolenta ou tem episódios incontroláveis de microsono o que pode ter efeitos calamitosos no trabalho ou na condução. A privação de sono é a primeira causa de acidentes rodoviários nos Estados Unidos. No idoso, a privação e o consumo de “calmantes” (benzodiazepinas) está associada a diferentes quadros de demência. Os estudos são claríssimos: dormir pouco, seja por opção, obrigação ou doença, favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, arritmias, enfarte), de Diabetes mellitus e alterações hormonais. Nos homens ocorrem deformação dos espermatozoides e uma diminuição significativa dos níveis de testosterona. Também nas mulheres se verifica diminuição da produção hormonal. Um importante estudo americano mostra que uma em cada três enfermeiras que trabalham por turnos com períodos noturnos têm alterações menstruais. Os turnos estão ligados ao cancro. O sono insuficiente leva a uma diminuição das defesas imunitárias contra agentes infeciosos. A vacinação antigripal é muito menos eficaz. Podemos admitir, com base na evidência disponível,
que a privação de sono cria um status favorável à Covid-19. Recomenda-se que, entre os 18 e os 65 anos, se durma entre 7 e 9 horas. Crianças e adolescentes precisam de dormir mais horas. Regras de sono. 1 - Levantar e deitar sempre à mesma hora. Se necessário use um despertador para deitar. 2 - Aproveitar ao máximo a luz da manhã. 3 - Pratique exercício físico moderado. Nunca o faça à noite. 4 - O horário habitual das refeições deve ser cumprido. Siga a dieta mediterrânica. O jantar que deve ser leve, tem de ocorrer 3-4 horas antes de deitar. Evite tomar mais que 2 cafés por dia, sendo o último ao almoço. O álcool modifica a estrutura do sono; beba moderadamente, em particular ao jantar. 5 – Se tem por hábito dormir a sesta após o almoço, não ultrapasse os 20 minutos. 6 – Não leve problemas para a cama. Use técnicas de relaxamento ou, simplesmente, registe as suas preocupações para realizar no dia seguinte. 7 – O anoitecer induz a produção de melatonina, a hormona que promove o sono. Mas essa hormona é inibida pela luz azul dos “LED”, componentes das lâmpadas modernas, telemóveis e “tablets”. Evite usar esses equipamentos antes de se ir deitar. 8 – A temperatura ideal no quarto deve oscilar entre os 18 e os 20°C – nunca menos de 16, nem mais de 22 °C. O ambiente deve ser silencioso e escuro Mais informações em http://apsono.com/pt/.
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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
TERESA FERNANDES Coordenadora do Programa Nacional de Vacinação, DGS
«AS VACINAS SALVAM VIDAS» A coordenadora do Programa Nacional de Vacinação (PNV) sublinha que as vacinas representam um salto na evolução global do país e uma salvaguarda contra as doenças. H – Em que consiste o Programa Nacional de Vacinação (PNV)? Teresa Fernandes (TF) – O Programa Nacional de Vacinação é mais do que um plano, é um verdadeiro programa que está implementado em todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portugal, desde 1965, e é um programa que visa eliminar ou controlar doenças na população. É constituído pelas vacinas mais eficazes e que têm provas de elevada eficácia ou efetividade. Portanto, é um Programa que já conseguiu eliminar algumas doenças, como a difteria, a poliomielite, o tétano neonatal (nos bebés), etc. O PNV é um dos programas de saúde de maior sucesso em Portugal.
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H – As vacinas são fundamentais para prevenir doenças? TF – Exatamente. Ao prevenirmos as doenças, estamos a salvar vidas; estamos a permitir que as pessoas vivam saudáveis muitos mais anos; estamos a permitir que as pessoas socializem e aprendam num clima de saúde, que é essencial para a evolução da sociedade. H – Qual o impacto da vacinação na sociedade dos anos 60? TF – Foi um momento histórico para o país. Em 1965, tínhamos um país muito pobre, estávamos na cauda da Europa em quase
tudo. E a Saúde Pública refletia essa realidade de atraso. Havia muitas doenças infeciosas. Atualmente, em termos de doença evitáveis pela vacinação, estamos no topo da Europa. Graças ao PNV as pessoas passaram a viver mais anos e com maior qualidade de vida. O PNV não é só para as crianças, é um programa para a vida. Os adultos vacinam-se regularmente contra o tétano e a difteria, por exemplo, porque essas vacinas não permitem ficar com uma memória imunológica duradoura contra esta doenças. Estas decisões são executadas sob as recomendações de uma comissão técnica de vacinação (composta por médicos pediatras, médicos de saúde pública, médicos de família, farmacêuticos, entre outros) que acompanham e estudam as recomendações internacionais com profundidade e as recomendam para o SNS, atualizando toda a informação em tempo real. H – Quais as vacinas que estão incluídas no PNV? TF – Às crianças, dependendo da idade, recomendam-se 13 vacinas: contra hepatite B, difteria, tétano, tosse convulsa, poliomielite, doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b, infeções por Streptococcus pneumoniae de 13 serotipos, doença invasiva por Neisseria meningitidis do grupo B e do grupo C, sarampo, parotidite epidémica, rubéola e ainda a vacina contra infeções por vírus do Papiloma humano, que também passou a incluir os rapazes a partir dos 10 anos. Durante toda a vida recomendam-se as vacinas contra tétano e difteria. Dependendo do número de doses anteriores, da idade e do risco acrescido, recomendam-se também, durante toda a vida, as vacinas contra sarampo, rubéola e poliomielite; às grávidas, em cada gravidez, recomenda-se uma dose da vacina contra a tosse convulsa; a grupos com risco acrescido para determinadas doenças recomendam-se ainda, para além de várias das vacinas recomendadas à população em geral, as vacinas contra: tuberculose, infeções por Streptococcus pneumoniae de 23 serotipos, doença invasiva - doenças que podem matar - por Neisseria meningitidis dos grupos ACWY e hepatite A, quando expressamente referidas nesta norma como recomendadas e gratuitas. H – Quem define que vacinas entram ou não no PNV? TF – O PNV é todo ele acompanhado pela equipa técnica de vacinação, que segue o PNV e que vai estudando quer a evolução das vacinas, porque elas vão continuando a ser desenvolvidas e melhoradas, e a própria evolução das doenças. Quando surgem novas vacinas no mercado, que se comprovem os resultados e ganhos para saúde pública, elas são propostas à DGS, que, por
sua vez, faz uma proposta à tutela para fazerem parte do PNV. Normalmente, o Ministério da Saúde (MS) concorda com as nossas recomendações, mas a tutela tem sempre que decidir em função do interesse das populações e aquelas que valem a pena. O MS, diga-se, sabe que é muito mais barato apostar na vacinação do que no tratamento das doenças, pelo que há aqui um ganho duplo: as populações não adoecem e o MS “poupa” nos tratamentos de doenças que são evitáveis mediante a vacinação das pessoas. H – A pandemia comprometeu, de alguma forma, o PNV? Ou as pessoas continuaram a vacinar-se? TF – As pessoas continuaram a vacinar-se. Essa é a grande notícia deste período! As pessoas tinham medo, pelas razões óbvias, mas o PNV não podia parar – não podíamos dar-nos ao “luxo” de termos surtos de sarampo, por exemplo. Desde o início, que fizemos uma campanha para que a vacinação não parasse, mas fizemos a priorização das crianças até ao 1 ano de idade, bem como das pessoas dos grupos de risco, e das grávidas, para evitar a tosse convulsa. H – O PNV não parou? TF – De modo algum! As populações aderiram e os profissionais de saúde foram incansáveis para que se cumprisse o PNV, pois acreditam nele convictamente. Foi algo de fantástico! Mantivemos as coberturas semelhantes às do período anterior à pandemia. Os portugueses acreditam que, de facto, as vacinas ajudam a prevenir as doenças. Desde o primeiro momento do PNV, as pessoas perceberam rapidamente que as doenças que matavam desapareciam com a vacinação. Há uma cultura de vacinação em Portugal, felizmente. H – Sem PNV, em que plano estaríamos hoje ao nível da Saúde Pública em Portugal? TF – A esperança média de vida estaria hoje substancialmente reduzida. Antes do PNV, a taxa de mortalidade das nossas crianças com menos de 1 anos de vida era altíssima. Sem PNV, não teríamos um desenvolvimento tão grande como temos hoje; por isso estamos dentro do grupo dos países desenvolvidos, porque as pessoas que não têm saúde não conseguem aprender, não conseguem evoluir. É impossível imaginar um mundo atual sem a ajuda da vacinação. A vacinação salva vidas! A vacinação permite que as nossas crianças aprendam, brinquem, sejam saudáveis. A vacinação permite que os adultos vivam mais anos e com uma vida com mais qualidade. A vacinação é proteção. A vacinação é amor!
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SER MAIS HOLON
ANA VALÉRIO Diretora Técnica da Farmácia Holon Oeiras Figueirinha
FAZER A DIFERENÇA NA VIDA DOS NOSSOS UTENTES «A disponibilidade de produtos de marca própria, serviços e projetos de intervenção na comunidade permitem-nos chegar mais próximo dos nossos utentes e oferecer-lhes uma resposta completa às suas necessidades.» A farmácia Oeiras Figueirinha abriu há 7 anos, afirmando-se como uma farmácia proactiva, dinâmica e que pretende ser uma referência na comunidade onde ser insere. Queremos que os nossos utentes nos procurem cada vez mais pelo nosso atendimento diferenciado, e que pensem em nós quando necessitam de cuidados de saúde. Ser profissional de saúde numa farmácia Holon é muito mais do que trabalhar numa farmácia. É fazer parte de um projeto sólido e dinâmico, e sentir que em cada atendimento podemos fazer a diferença na vida dos nossos utentes. É assim que vivemos a nossa integração nas farmácias Holon. A disponibilidade de produtos de marca própria, serviços e projetos de intervenção na comunidade permitem-nos chegar mais próximo dos nossos utentes e oferecer-lhes uma resposta completa às suas necessidades.
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O nosso mais recente projeto de colaboração com a comunidade, resultou de uma parceria com a ARIA, Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, mais concretamente com o Fórum Socio-Ocupacional de Oeiras. Participámos na 5ª edição do Mês da Saúde Mental, este ano desenvolvido completamente online. Em colaboração com os serviços de Nutrição e Dermofarmácia, promovemos duas sessões de esclarecimento com os temas “Alimentação pelo bem-estar” e “Cuidar de mim, cuidando da minha pele”. Nestas 2 sessões estiveram 57 participantes que puderam esclarecer as suas dúvidas com os nossos profissionais de saúde. No final, realizámos um sorteio de 2 vales de consulta de Nutrição e Dermofarmácia possibilitando a experiência deste serviço a 2 participantes. O feedback foi muito positivo e será certamente uma iniciativa a repetir.
NOME: AUGUSTO BORGES IDADE: 80 ANOS LOCALIDADE: LISBOA OBJETIVO: PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES DO PÉ DIABÉTICO
> NA PRIMEIRA PESSOA
«A FARMÁCIA AJUDOU-ME A RESOLVER OS PROBLEMAS DO MEU PÉ, SINTO-ME MAIS SEGURO!» Augusto Borges com 80 anos de idade, reformado, é uma pessoa ativa. E não se priva das suas caminhadas diárias. Numa das suas visitas habituais à Farmácia Serejo, em Lisboa, queixou-se à Dra. Ana, Diretora Técnica, que tinha muitas dores numa unha do pé e que o corte das unhas dos pés se tinha tornado uma missão impossível de realizar, principalmente sem ajuda. Este desconforto começou a afetar a qualidade de vida de Augusto, já que as suas caminhadas diárias ficaram adiadas. “É um problema, sempre que tenho de cortar as unhas. Tenho dores, sangro e sinto que o problema não fica resolvido”, afirma Augusto. O seu histórico de Diabetes levou a Dra. Ana a aconselhar o utente a falar com a enfermeira Mafalda, numa consulta do Serviço de Enfermagem Holon. O objetivo era evitar que a doença trouxesse complicações e garantir que os seus pés estariam bem cuidados. Na consulta, a enfermeira Mafalda prestou os devidos cuidados aos pés de Augusto: realizou o corte de unhas e, em paralelo, partilhou algumas orientações, essenciais ao dia a dia, com o objetivo de prevenir o aparecimento de feridas. No mesmo espaço, foi ainda avaliada a circulação arterial e realizado um teste de sensibilidade aos pés. “Fiquei a conhecer melhor o meu problema
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de saúde. Percebi a importância das meias e dos sapatos que uso e da hidratação diária dos meus pés”, refere. Desde então, Augusto é acompanhado, mensalmente, no Serviço de Enfermagem Holon, e assim garante uma vigilância regular dos seus pés. “Agora sinto-me mais confortável. Posso fazer as minhas caminhadas, que os meus pés aguentam!”, conta. Mais suscetíveis a infeções, as pessoas que vivem com Diabetes devem redobrar a sua atenção e estar atentas ao aparecimento de lesões ou traumatismos. Por isso, as consultas da enfermeira Mafalda também são momentos essenciais para o tratamento de feridas ocasionais. Quanto mais cedo for detetada a ferida, mais rapidamente se inicia o tratamento e, assim, evita-se o desenvolvimento e progressão de um processo infecioso. Em paralelo, e uma vez que Augusto segue à risca os conselhos adquiridos em consulta, os valores da glicemia normalizaram, diminuindo a probabilidade de complicações. A farmácia é um espaço de saúde, sempre de portas abertas para melhorar a acessibilidade dos utentes a cuidados de saúde. Reconhecendo a importância deste serviço para os utentes, a Dra. Ana aconselha: “todas as pessoas que vivem com Diabetes, venham conhecer estas consultas”!
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> FARMÁCIA ATUA
FARMÁCIA ALMANCIL ESCLARECE SOBRE “FUNGO DA PRAIA” No passado dia 3 de agosto, a Farmácia Almancil promoveu uma sessão de esclarecimento sobre pitiríase versicolor. O mote foi ajudar a esclarecer, quem seguiu a live na página da Farmácia, como atuar em caso de a pele manifestar a presença de “fungo da praia”. A sessão contou com o contributo da especialista em dermofarmácia, a Drª Ana Teresa Gonçalves, que teve oportunidade de tirar muitas dúvidas e deixar alguns conselhos. Caso pretenda ver ou rever a sessão, consulte a página de Facebook da Farmácia Almancil.
62º ANIVERSÁRIO DA FARMÁCIA RIO DE MOURO No passado dia 6 de setembro, a Farmácia Rio de Mouro esteve em festa. Para além da comemoração do 62º aniversário, festejouse também a inauguração das obras de remodelação da farmácia. Para marcar os momentos, e durante uma semana, a equipa da farmácia presentou-se os seus utentes com inúmeras ações: campanhas, passatempos, ofertas e muitas surpresas para quem visitou o espaço da farmácia. C
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MAIS DIETA HOLON
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A Farmácia Holon Morais Soares convidou todos os utentes e seguidores da página de Facebook da Farmácia, a saber mais sobre a Dieta Holon. A conversa, do passado dia 28 de junho, foi levada a cabo pela nutricionista Cláudia Pereira que teve oportunidade de esclarecer sobre as diferentes etapas da Dieta Holon. Em apenas oito minutos, veja ou reveja a sessão na página oficial da farmácia. Pode sempre colocar alguma questão via mensagem privada ou agendar uma consulta com o Serviço de Nutrição da sua Farmácia. A Dieta Holon é a grande novidade de 2021 e foi desenvolvida pela equipa de nutricionistas do Serviço de Nutrição Holon.
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AVALIAÇÃO DA DOENÇA VENOSA CRÓNICA NA SUA FARMÁCIA Sabia que a sensação de pernas pesadas e cansadas pode ser um sintoma de Doença Venosa Crónica (DVC)? Nas Farmácias Holon queremos ajudar os nossos utentes a tirar este peso das pernas, através do alívio dos sintomas, com ganhos na melhoria da qualidade de vida. Para isso, contamos com uma equipa multidisciplinar que o aconselha e acompanha, mediante as suas necessidades. Fale hoje mesmo com o seu farmacêutico Holon. Conheça as farmácias que aderiram à ação no site das Farmácias Holon: www.farmaciasholon.pt.
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CONSULTAS ONLINE ACONSELHAMENTO ESPECIALIZADO À DISTÂNCIA DE UM CLIQUE A pandemia covid-19 contribuiu para o aumento da procura de consultas online, em diferentes especialidades. Maior rapidez, proximidade e garantia de aconselhamento especializado seguro são as razões que explicam a razão pela qual as consultas online já fazem parte do dia a dia de muitos portugueses!
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> EM FOCO
Sabia que a teleconsulta existe em Portugal desde 1995? E que, em 2016, foi criado o CNTS – Centro Nacional de TeleSaúde? Se não fosse a pandemia associada à Covid-19 provavelmente estes dados não surgiriam no topo do artigo! No fundo, «é nas adversidades que, muitas vezes, conseguimos identificar necessidades que, anteriormente, desconhecíamos», afirma Sofia Maximiano, farmacêutica e Gestora do Departamento de Projetos e Serviços das Farmácias Holon, quando questionada sobre a criação da plataforma online HolON - https:// servicoonline.farmaciasholon.pt/. Criada em 2020, a plataforma agrega diferentes farmácias do grupo Holon, de norte a sul do país, e «disponibiliza diversos serviços de saúde e permite o agendamento de uma teleconsulta em diversas áreas, como a Nutrição, a Enfermagem ou a Dermofarmácia».
«A teleconsulta é uma forma segura e eficaz de beneficiar de um acompanhamento por profissionais de saúde qualificados e evitar, assim, as deslocações às unidades de saúde primárias e secundárias», frisa Sofia Maximiano. Se no início, a elevada adesão era fruto das contingências relacionadas com a situação pandémica, na verdade a procura pelos diferentes serviços continua a crescer, com uma forte fidelização dos clientes. Também, Fernando Mota, vice-presidente da Associação Portuguesa de Telemedicina, defende que «a telemedicina veio para ficar» e destaca que esta «introduz indicadores de eficiência que, no caso da saúde privada, geram mais lucro. Hoje em dia, já é possível um paciente de fisioterapia levar um equipamento para casa e fazer a fisioterapia e ser monitorizado à distância. Do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico, o avanço da telemedicina é imparável». PORTUGUESES ADEREM À CONSULTA ONLINE A atual situação de calamidade que o mundo enfrenta contribuiu para uma mudança de paradigma ao nível da prestação de cuidados de saúde. Os dados do Ministério da Saúde apontam que os programas de telemonitorização, já implementados no SNS, nomeadamente para doenças crónicas - doença pulmonar obstrutiva ou a insuficiência cardíaca - permitiram reduzir os episódios de emergência em cerca de 50%, e as visitas não planeadas ao hospital em cerca de 70% nos pacientes.
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Outro estudo, denominado STADA Health Report 2021, que inquiriu 30 mil pessoas de 15 países europeus, concluiu que os portugueses são os mais recetivos à realização de consultas médicas online. Aliás, a recetividade a esta modalidade de consulta, bem como a experiência positiva na consulta, faz com que a maioria veja com bons olhos a adoção deste método no período pós-pandémico. «Aproximadamente quatro em cada cinco pessoas, em Portugal, conseguem imaginar-se a ser tratadas por um médico através de teleconsulta, em caso de doenças menores ou secundárias», o que representa uma percentagem de 79%, em comparação com a média europeia, que assentou nos 57%, referem as conclusões deste estudo. Também na Plataforma HolON – https://servicoonline. farmaciasholon.pt/ –, «a procura e adesão às teleconsultas tem sido «muito superior às expectativas. As pessoas ainda não sentem a confiança necessária para frequentar algumas unidades de saúde, continuando a preferir serem acompanhadas à distância», refere Sofia Maximiano. À semelhança do estudo europeu, a farmacêutica também destaca a “redução do tempo de viagem e de espera”, aliados a “um menor risco de contágio por Covid-19”, como os grandes méritos e razões para a adesão às consultas online. Nota importante é o facto de, em Portugal, o estudo concluir que, menos de uma em cada dez pessoas afirmar que «rejeitaria uma consulta online». Aqui, a razão apontada prende-se com o facto de consideram a interação pessoal com o médico muito importante. VENCER LIMITAÇÕES «Apesar de ser notável o facto de os portugueses estarem predispostos a experimentar novas abordagens de serviços de saúde, o aconselhamento pessoal por parte de profissionais de saúde, nomeadamente médicos e farmacêuticos, prevalece como essencial para enfrentar as limitações de diagnósticos e tratamentos que se evidenciam no período pós-pandemia», concluiu Tiago Baleizão, diretor-geral da STADA, empresa promotora do estudo STADA Health Report 2021. Já para Eduardo Castela, presidente da Associação Portuguesa de Telemedicina, é importante aumentar a literacia. «Falta explicar às pessoas as mais-valias. As vantagens de o paciente não ter de se deslocar para poder ser visto por um especialista, por exemplo. Hoje em dia, com as plataformas que temos, não faz diferença que um paciente esteja a 50 km ou a 1000 km. As imagens que temos são excelentes e é como se estivéssemos a ver presencialmente», salienta o médico.
Também, Micaela Seemann Monteiro, diretora do Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS), acrescentou, no documento de apresentação do Plano Estratégico Nacional para a Telessaúde (PENTS), em 2019, que «investir em telessaúde não se limita à introdução de novas tecnologias em processos administrativos e nos cuidados. Requer o esforço de todos e vontade de mudar: mudar a forma como as instituições, profissionais, pacientes e prestadores de cuidados se relacionam uns com os outros e mudar para uma cultura mais colaborativa, de partilha e de sinergias».
CUIDADOS A TER NAS CONSULTAS ONLINE Como acontece sempre que usa a internet, quando realiza uma consulta online, na qualidade de utente do serviço, há que adotar alguns cuidados especiais: • Se for realizar uma consulta pela primeira vez, recorra apenas a profissionais de saúde devidamente creditados e a plataformas institucionais; • Faça uma seleção com os mesmos critérios que utilizaria para a escolha do profissional de saúde numa consulta presencial; • Peça garantias em como a informação que fornece se mantém confidencial; • Se desconfiar que a sua informação individual pode ser partilhada com entidades terceiras, não use o serviço; • Assegure que possui as ferramentas informáticas necessárias para a realização do serviço (chamada telefónica, videochamada ou chat de texto); • Informe-se, antecipadamente, sobre os custos do serviço de consulta online; • Não se deixe “cair na tentação” de substituir os serviços de um profissional credenciado pelo “famoso” Dr. Google, motor de busca sem triagem médica.
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ANA SOFIA RAMOS Farmacêutica
> HOLON CUIDA
HIPOTIROIDISMO CONVERSAS DE MULHERES O hipotiroidismo é a doença da tiroide mais prevalente em todo o mundo e afeta, maioritariamente, mulheres adultas. Nas Farmácias Holon vamos ajudar a esclarecer melhor esta patologia. A tiroide é uma glândula, em forma de borboleta, localizada na parte da frente do pescoço. Desempenha um papel fundamental na regulação do metabolismo do nosso corpo, através da produção e libertação de hormonas (T3 e T4). Falamos em hipotiroidismo quando a tiroide perde total ou parcialmente a capacidade para exercer as suas funções. A boa notícia é que, uma vez diagnosticado, o hipotiroidismo pode ser tratado.
CONSULTA FARMACÊUTICA DO HIPOTIROIDISMO O hipotiroidismo afeta, maioritariamente, mulheres adultas e o diagnóstico acontece, numa grande parte das vezes, a partir dos 60 anos. Ao longo dos próximos meses, mulheres de diferentes áreas profissionais unem-se num esforço comum: sensibilizar a população para as doenças da tiroide, nomeadamente o hipotiroidismo.
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VAMOS ESTAR ATENTAS! Os sinais ou sintomas nem sempre são suficientemente evidentes para dar o alerta. O melhor é estar atenta aos sinais: • Cansaço excessivo e falta de energia; • Alterações de peso súbitas ou dificuldade em manter o peso corporal; • Obstipação; • Depressão, ansiedade e irritabilidade; • Perturbações do sono; • Intolerância ao frio/calor; • Baixa concentração e perdas de memória; • Transpiração excessiva; • Pele seca, irritada, pálida e a escamar; • Cabelo sem brilho, seco e quebradiço; • Unhas secas e quebradiças; • Períodos menstruais anormais; • Dificuldade em engravidar.
Em parceria com a Merck e a Associação das Doenças da Tiróide, as Farmácias Holon promovem a campanha “Conversas de Mulheres… sobre Hipotiroidismo”. Nas nossas farmácias, de norte a sul do país, encontra um serviço de acompanhamento especializado para todas as pessoas que vivem com esta doença – a Consulta Farmacêutica do Hipotiroidismo. Este acompanhamento pretende apoiar a gestão diária do hipotiroidismo, nomeadamente no que à medicação diz respeito. VAMOS CUIDAR MAIS DE NÓS O aumento do peso corporal, provocado pelo hipotiroidismo, pode ter um impacto negativo na saúde física e mental de quem vive com esta doença. Adotar uma alimentação saudável e praticar regularmente exercício físico pode ser a chave para travar este fenómeno. O apoio profissional dos Nutricionistas Holon permitelhe saber quais os cuidados que deve ter com a sua alimentação, adotar melhores hábitos alimentares e contribuir para o controlo da doença. Por outro lado, a pele é um dos órgãos mais afetados pelo hipotiroidismo. O fluxo sanguíneo reduzido e o excesso de transpiração tornam a pele mais seca, rugosa e fria ao toque. O cabelo fica mais fino e cai com mais facilidade. Também as unhas enfraquecem e ficam mais quebradiças e descamativas.
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No Serviço de Dermofarmácia Holon encontra profissionais especializados para a aconselhar sobre como hidratar a sua pele e quais os produtos adequados para cada etapa da sua vida. Não se esqueça, mais do que nunca a sua pele precisa de cuidados diários!
SEGUIR O TRATAMENTO Garantir o sucesso no tratamento do hipotiroidismo exige alguns cuidados. Se tem hipotiroidismo e está a fazer tratamento com levotiroxina, saiba que: • Deve tomar o seu medicamento sempre em jejum, 30 a 60 minutos antes de ingerir outros alimentos ou medicamentos; • Pode, em alternativa, tomá-lo à noite, desde que o faça, pelo menos, 3 horas após a última refeição; • Este medicamento pode interferir com outros, por isso avalie estas interações junto do seu Farmacêutico Holon.
ANDREIA PALMA Farmacêutica
> BEBÉ & MAMÃ HOLON
GRAVIDEZ MÊS A MÊS RETENÇÃO DE LÍQUIDOS, INCHAÇO & HEMORROIDAS A gravidez é marcada por muitas alterações fisiológicas que podem refletir-se em desconfortos. O aumento de peso é um dos principais fatores que contribui para o aparecimento de distúrbios como a retenção de líquidos ou as hemorroidas. Aprenda a prevenir estas situações e a amenizá-las! Algumas grávidas conseguem monitorizar e controlar o seu peso durante a gestação, especialmente com o acompanhamento de um nutricionista. No entanto, são nove meses de transformação em que é normal haver um aumento do peso corporal. O incremento do peso e o consequente aumento da sobrecarga nas pernas dificultam o processo da circulação sanguínea da mulher.
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Em simultâneo, cresce a pressão em todo o sistema circulatório, mas sobretudo na região pélvica. A maioria dos medicamentos estão interditos às grávidas e, por isso, é essencial destacar tanto as medidas preventivas como alguns conselhos práticos que podem ser uma ajuda de ouro para as grávidas que passam por estes desconfortos.
GRÁVIDA E COM DE RETENÇÃO DE LÍQUIDOS. E AGORA? Antes de mais, é importante reportar esta situação ao seu obstetra! Agora que já sabe as causas da retenção de líquidos e que a gravidez é uma fase muito favorável ao seu aparecimento, coloque em prática alguns conselhos que ajudam a aliviar esta condição: 1. Controle o seu peso através da adoção de hábitos alimentares saudáveis e consulte um nutricionista, de forma a evitar o excesso de peso; 2. Evite manter-se de pé ou sentada na mesma posição durante muito tempo; 3. Não use saltos altos ou sapatos apertados; 4. Evite locais com temperaturas elevadas; 5. Não use roupas apertadas que dificultem a circulação.
SABIA QUE… A RETENÇÃO DE LÍQUIDOS É UM PROCESSO NORMAL DO NOSSO ORGANISMO? O nosso corpo é constituído por 70% de água. É normal que retenha algum líquido, especialmente na gravidez, momento em que existem outros fatores que favorecem a retenção. É importante saber que a retenção é acompanhada de muitos desconfortos: pernas pesadas, inchaço ou dor. O ideal é tentar preveni-la, retardá-la ou aliviála através das medidas não farmacológicas aconselhadas pelo seu Farmacêutico Holon!
TENHO OS PÉS INCHADOS. POSSO RECORRER A ALGUMA MEDIDA TERAPÊUTICA? Não. Os fármacos diuréticos, muito usados no combate à retenção de líquidos, estão proibidos na gravidez, já que diminuem a pressão arterial. Apenas o seu médico, detentor de toda a sua história clínica, pode recomendar
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terapêutica farmacológica. Pode recorrer ao seu farmacêutico e ser aconselhada sobre todas as medidas não farmacológicas a adotar para o alívio dos sintomas. Estas devem ser sempre a sua primeira e melhor opção.
QUANDO DEVO CONSULTAR O MÉDICO? Apesar da retenção de líquidos ser uma condição comum na gravidez, o médico obstetra deve ser sempre informado da ocorrência de quaisquer desconfortos. A futura mãe deve estar atenta a outros sinais e sintomas menos habituais na gravidez ou que não estejam associados à retenção de líquidos, de forma a recorrer a uma consulta médica com brevidade: dores localizadas (cabeça, peito, zona abdominal), formigueiro nos membros, vermelhidão na zona inchada, problemas respiratórios ou febre. Nunca se automedique!
HEMORROIDAS: PORQUE SÃO TÃO COMUNS? São das patologias mais normais na gravidez. O aumento da pressão exercida na região pélvica, devido ao aumento de peso, e a prisão de ventre - também normal na gestação devido ao aumento hormonal e à toma de suplementos com ferro - fazem com que seja necessário um maior esforço na defecação e provocam a dilatação das veias anais. Também a quantidade de sangue em circulação está aumentada na gestante e, por isso, é normal que as veias desta zona dilatem e inchem, resultando em hemorroidas. Como cada grávida é diferente, as hemorroidas podem surgir em qualquer trimestre. Contudo, manifestam-se mais a partir do segundo, devido à acumulação dos fatores mencionados. A boa notícia é que, devidamente tratadas, desaparecem no pós-parto.
PEDRO ARAÚJO Podologista
> PODOLOGIA HOLON
DIZ-ME O FAZEM, DIR-TE-EI COMO CUIDAR DOS PÉS Muitas horas de pé ou sentado, representam desafios diferentes quando o assunto é cuidar dos pés. Ter noção do esforço que existe é meio caminho andado para adotar as medidas certas para evitar problemas nos membros inferiores. As profissões que exigem que trabalhe diariamente em pé, colocam os seus pés sob uma grande pressão, uma vez que são eles que suportam todo o nosso corpo. A circulação dos membros inferiores fica reduzida e o sangue acumula-se no pé e à volta dos tornozelos. Consequentemente, o pé aumenta, pelo menos, um tamanho. Por esta razão, não compre sapatos ao fim do dia! Esta situação favorece o aparecimento de vários problemas: inchaço, calos, borbulhas, doenças provocadas por fungos e até unhas encravadas. No entanto, existem formas de ajudar os seus pés a ultrapassar este desafio de forma mais cómoda.
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Na escolha do calçado, tenha em atenção a parte da frente do sapato. É importante que permita que os dedos se mexam livremente. Os sapatos devem ser flexíveis e macios. A utilização de sapatos de salto alto deve ser evitada. Mas, caso a sua profissão assim o exija, opte por uma altura entre 1 e 2,5 cm. E, tal como o calçado, as meias são uma peça de vestuário fundamental. Estas evitam o contacto direto com os materiais e as costuras do calçado e garantem maior conforto e proteção dos pés. O algodão deve ser o material de eleição! A higiene e hidratação dos pés deve ser feita todos os dias, para que a pele fique permeável e mais resistente às adversidades do dia a dia.
LIONEL MONTEIRO Enfermeiro
> ENFERMAGEM HOLON
TRATAR PARA CURAR No nosso dia a dia, tanto as crianças como os adultos, estão sujeitos a pequenos acidentes. Nestes casos, é preciso saber como atuar no imediato, mas também quando pedir a ajuda de um profissional. Seja em modo brincadeira ou nas rotinas do dia a dia, todos corremos risco de vir a sofrer pequenos acidentes, que podem estar associados a quedas, cortes, queimaduras e outros pequenos acidentes. O tratamento de uma ferida ou queimadura nem sempre é fácil. Nas feridas traumáticas, é preciso avaliar a gravidade da situação e, se estiver ao nosso alcance, podemos prestar os primeiros socorros. O primeiro passo é fazer a limpeza com soro fisiológico, ou com um produto indicado para limpeza e desinfeção da zona, que irá ajudar em todo o processo de cicatrização e evitar futuras
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complicações. Se estivermos perante uma ferida cirúrgica, provocada intencionalmente devido a uma intervenção médica, devemos saber que o penso deverá manter-se sempre seco. No caso de uma queimadura simples, primeiro deve-se arrefecer a área afetada com água corrente e, depois, aplicar uma pomada regeneradora. Em qualquer tipo de situação, o Enfermeiro é o profissional de saúde certo para o ajudar. O Serviço de Enfermagem Holon é prestado por uma equipa de enfermeiros de excelência, com recurso a produtos de qualidade utilizados também em ambiente hospitalar.
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SONO CIENTIFICAMENTE COMPROVADO C
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Porque não há nada melhor que dormir bem.
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Eficaz até o Não causa Atua em habituação* 30 minutos1 despertador tocar1
Referente a habituação química DORMIDINA® (Succinato de Doxilamina) é um medicamento não sujeito a receita médica indicado na dificuldade temporária em adormecer. Está contraindicado na gravidez e lactação. Não deve administrar-se em algumas situações como asma, bronquite crónica, glaucoma e hipertrofia prostática. Se produzir sonolência diurna deve reduzir-se a dose. Não conduza quando tomar este medicamento. Não administrar mais do que 7 dias seguidos nem a menores de 18 anos, salvo critério médico. Leia cuidadosamente o folheto informativo. Em caso de dúvida, persistência ou aparecimento de outros sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Não comparticipado. Licença de ESTEVE. Para mais informações deverá contactar o titular da AIM: BIAL - Portela & C.ª S.A., À Av. da Siderurgia Nacional - 4745-457 S. Mamede do Coronado - Portugal • NIPC 500220913. DDVSAM180528. DR/FEV21/PT/003 1.Resumo das Características do Medicamento Dormidina 25 e 12,5, revisto pela última vez em 07/2013
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> PREVENÇÃO SAÚDE
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS O SEGREDO ESTÁ NA ALIMENTAÇÃO A prevalência das doenças gastrointestinais cresceu nos últimos anos e a pandemia Covid-19 contribuiu para o aumento de casos não diagnosticados. Estar atento aos sinais de alerta é essencial, mas o segredo está na prevenção, através de numa alimentação saudável. A pandemia Covid-19 veio atrasar e dificultar o diagnóstico das doenças gastrointestinais. Conforme explica a gastroenterologista e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), Marília Cravo, houve atrasos na realização de exames complementares de diagnóstico, «sobretudo os necessários para programas de rastreio, como o rastreio do cancro do cólon e reto, através da realização de colonoscopias. Muitas unidades
de endoscopia encerram e o seu espaço foi utilizado para tratar doentes Covid, o que impediu a realização dos exames». Acresce ainda que, «em tempos, foi exigido que os doentes realizassem teste Covid-19, antes de efetuarem os exames endoscópicos, o que nem sempre era comparticipado pelos vários sistemas de saúde. Tal contribuiu para os doentes não realizarem os exames prescritos», esclarece a vice-presidente da SPG.
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SINAIS DE ALERTA Mais do que nunca é essencial estar atento aos sintomas e sinais de alerta, que começam nas alterações dos hábitos intestinais, perda de sangue pelo ânus, perda de apetite ou perda de peso. Já em relação ao cancro do esófago e estômago, as queixas de alarme são «dificuldade em engolir, vómitos persistentes e, também, perda de apetite e/ou peso», enumera a médica gastrenterologista. Nos cancros do fígado e vias biliares, «a icterícia (coloração amarelada da pele) é o principal sinal de alarme». Marília Cravo frisa, ainda, que «perante estas queixas, o doente deve procurar uma consulta de Gastrenterologia, com alguma celeridade». Para prevenir qualquer uma destas patologias, a especialista reforça a mensagem das autoridades de saúde: «devemos procurar um estilo de vida saudável, com uma alimentação variada, evitar o álcool e o tabaco e manter uma atividade física regular. Recorde-se que o excesso de peso e a obesidade são fator de risco para doenças cardiovasculares, mas, também, para inúmeros cancros, como sejam o do cólon e reto, pâncreas, esófago, mama e útero, entre outros. A obesidade é, também, fator de risco para cirrose hepática e cancro do fígado». SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL Entre as principais doenças que afetam os portugueses destacase a síndrome do Intestino Irritável – SII. As mulheres são as mais vulneráveis e a queixa assenta numa hipersensibilidade visceral. Ou seja, «todos nós produzimos gases pela fermentação daquilo que comemos pelas bactérias, mas os doentes com SII são mais sensíveis a esta produção de gases», esclarece a médica gastrenterologista. Neste caso, as principais queixas são inchaço abdominal, flatulência, com o consequente desconforto, ou mesmo dores abdominais. Além disso, pode verificar-se diarreia ou obstipação, ou alternância dos dois. Embora não acarrete maior risco de cancro do cólon, Marília Cravo frisa que esta «interfere muito com a qualidade de vida do doente». AZIA E INFLAMAÇÕES DO INTESTINO Outra patologia gastrointestinal, e que afeta cerca de 25% dos portugueses, é a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), caracterizada por azia, ardor do peito ou estômago, regurgitações ácidas ou alimentares.
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A gastroenterologista explica que o aumento de peso da população pode estar a contribuir para uma maior incidência da DRGE, pelo que uma das medidas de prevenção mais eficazes passa por manter uma alimentação saudável e o peso ideal na balança. Entre as patologias gastrointestinais, verifica-se ainda um aumento da prevalência das Doenças Inflamatórias do Intestino (DII), Doença de Crohn e Colite Ulcerosa, com maior incidência nos adultos jovens e que se caracterizam por diarreias crónicas, por vezes com sangue, dores abdominais e perda de peso. A especialista esclarece que, apesar de as DII estarem relacionadas com fatores genéticos, «pensa-se que um excesso de consumo de alimentos processados (congelados, conservas, aditivados e com conservantes) aumentam a suscetibilidade a estas doenças».
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SAÚDE ATRAVÉS DOS ALIMENTOS Nas doenças do intestino e na saúde digestiva, «mantermos uma alimentação saudável, variada e sem excessos, é uma das formas de mantermos uma microbiota, também, diversificada e equilibrada», refere Marília Cravo. E adianta: «A microbiota desempenha funções benéficas para o nosso organismo, como sejam a produção de vitaminas, a manutenção de uma barreira intestinal íntegra, a defesa contra bactérias e vírus causadores de doença, entre muitas outras». As doenças frequentes nas sociedades ocidentais, como a obesidade e a depressão, também parecem estar relacionadas com uma flora intestinal desequilibrada – a chamada disbiose. A conselho é claro: «o que ingerimos é essencial para garantir uma microbiota saudável, capaz de prevenir inúmeras doenças do intestino», reforça a médica gastrenterologista.
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26/08/2021
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CLÁUDIA PEREIRA Nutricionista
> NUTRIÇÃO HOLON
ALIMENTAÇÃO: REFORÇO DE INVERNO Com a chegada do outono é importante preparar o nosso corpo para a estação mais fria do ano, altura em que aumentam as gripes e constipações. As escolhas alimentares acertadas ajudam a reforçar o sistema imunitário e a prevenir doenças. Aquilo que comemos influencia a nossa saúde e bem-estar e pode até ajudar-nos a prevenir algumas doenças características das estações mais frias. Nesta altura do ano, são os alimentos mais reconfortantes que nos abrem o apetite. É importante que estes alimentos provenham de fontes alimentares saudáveis
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e que sejam consumidos nas quantidades ajustadas, para a manutenção de um peso corporal saudável. Inicie as suas refeições com uma sopa de legumes, pela sua riqueza em água, fibras, vitaminas e minerais. Esta é uma excelente estratégia para aumentar a saciedade e combater as baixas temperaturas.
ÁGUA NÃO PODE FALTAR Beber água diariamente e ao longo dia é uma regra de ouro, que deve ser mantida todo o ano. Não é por ser inverno e existir uma diminuição na sensação de sede, que o nosso corpo deixa de precisar de água. Uma ingestão desadequada de água pode desencadear situações como cansaço, dores de cabeça, obstipação, envelhecimento da pele e até infeções urinárias. Com as baixas temperaturas pode tornar-se desafiante atingir as recomendações diárias para a ingestão de água. Recorra a chás ou infusões, sem adição de açúcar, e à sopa de legumes, para o ajudar a alcançar os níveis diários de hidratação. Para saber
qual a quantidade de água que necessita de ingerir diariamente, multiplique o seu peso, em quilogramas, por 35 ml de água (0,035L). MUITAS VITAMINAS! Para garantir o correto funcionamento do sistema imunitário e prevenir gripes e constipações, inclua na sua alimentação alimentos ricos em vitamina A (betacaroteno), vitamina C e E, e minerais como o Zinco e o Selénio: hortofrutícolas de cor alaranjada (cenoura, abóbora, manga e papaia), hortícolas de cor verde escura (espinafres, nabiças, couves e brócolos), fruta da época (citrinos e quivi), frutos oleaginosos e sementes (nozes, amêndoas, castanha-do-Pará, sementes de sésamo e de linhaça), leguminosas (grão e feijão) e cereais integrais (pão escuro, flocos de aveia e farelo de trigo). MENOS SOL É SINÓNIMO DE REFORÇO DE VITAMINA D No inverno, a exposição solar diminui consideravelmente. Por isso, é importante aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina D, como é o caso do pescado gordo (sardinha, atum, salmão e a cavala). O leite fortificado com vitamina D também pode ser uma opção. BEBIDAS ALCOÓLICAS: NÃO AQUECEM, MAS ARREFECEM! Ao contrário do que se possa pensar, a ingestão de bebidas alcoólicas não aquece o corpo. Estas bebidas causam vasodilatação, que aumenta a perda de calor e o arrefecimento do corpo. Quando ingerir bebidas alcoólicas, faça-o com moderação e não exceda as recomendações: 1 copo de vinho por dia (150 ml/dia) para as mulheres e 2 copos (300 ml/dia) para os homens. MANTENHA-SE ATIVO O frio desta estação pede aconchego e o conforto do nosso sofá, mas é essencial que se mantenha ativo no seu dia a dia. Faça caminhadas, escolha as escadas em vez do elevador, fale ao telefone em pé e pratique atividade física regularmente. Além da adoção e manutenção de um estilo de vida saudável, são imprescindíveis as boas práticas da higiene pessoal: lavagem das mãos, proteção da boca e do nariz em caso de tosse ou espirros e o uso de lenços de papel de utilização única, para ajudar a proteger o nosso organismo de infeções.
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> RECEITA SAUDÁVEL
CLÁUDIA PEREIRA Nutricionista
INGREDIENTES 3 COLHERES DE SOPA DA MISTURA SUPER PEQUENO-ALMOÇO AVELÃ E ALFARROBA 1 MAÇÃ PEQUENA RALADA 1 OVO 4 A 5 COLHERES DE SOPA DE BEBIDA DE AVEIA JOYA 1 COLHER DE CHÁ DE MANTEIGA DE AMENDOIM ORIGENS BIO CANELA EM PÓ Q.B.
Informação Nutricional por porção: Calorias (kcal) 414 | Lípidos (g) 18.8 | Hidratos de Carbono (g) 44,7 | Fibra (g) 9.1 | Proteína (g) 17,4
BOLO DE CANECA DE AVELÃ E ALFARROBA MODO DE PREPARAÇÃO: Numa caneca comece por ralar a maçã. Adicione o ovo batido e a mistura de avelã e alfarroba, polvilhe com canela em pó e envolva tudo com um garfo. Adicione a bebida vegetal e vá mexendo, se necessário ajuste quantidades. Leve ao micro-ondas na potência máxima durante 2 a 3 minutos. Coloque a manteiga de amendoim por cima e polvilhe com mais canela em pó. Coma diretamente da caneca ou sirva num prato de sobremesa decorado com fruta da época.
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ALFARROBA: O OUTRO CACAU A alfarroba é o fruto da alfarrobeira, habitualmente consumido sob a forma de farinha. Pelo seu sabor adocicado e cor acastanhada tem sido considerado como um adoçante natural e substituto saudável do cacau e chocolate. Possui propriedades antioxidantes, baixo teor de gordura e um elevado teor de fibra, e é uma fonte de minerais como o cálcio e magnésio. Não contém lactose nem glúten, sendo um alimento apropriado para pessoas com intolerância ao glúten ou à lactose ou com doença celíaca. Não possui cafeína.
> VIVA MAIS
DE OLHOS POSTOS NO MAPA Nascida em meio militar, a orientação é um desporto que exercita a mente e o corpo. Praticada ao ar livre, esta modalidade consegue ainda incutir autorresponsabilização e espírito de liderança. A Orientação é uma modalidade desportiva nascida na Escandinávia (Noruega), no final do século XIX, como parte integrante do treino militar. Trata-se de um desporto em que o praticante tem um percurso assinalado num mapa e materializado no terreno, normalmente através de um prisma laranja e branco, com 30 cm de lado. Recorrendo à sua capacidade de interpretar o mapa e o terreno, o objetivo é selecionar o melhor trajeto para cumprir o percurso, passando por todos os pontos, no mais curto espaço de tempo possível. Em eventos oficiais, a deslocação faz-se a pé (a correr ou a andar, a chamada disciplina de orientação pedestre), em BTT (disciplina
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de Ori-BTT) ou em cadeira de rodas (disciplina de Orientação de Precisão - Pre-O). Existem também eventos de natureza não formal, em que a deslocação se faz em caiaque, a cavalo, entre outros meios, explica André Mora, da direção da Federação Portuguesa de Orientação. FOCO E LIDERANÇA O responsável explica que a Orientação é, por excelência, o «desporto na floresta». Contudo, existem também muitos eventos urbanos e a prática em meio escolar é, cada vez mais, uma realidade.
Além dos benefícios transversais à prática de qualquer deporto, relacionados com a saúde física, mental, emocional e social, André Mora assegura que a Orientação incute uma maior capacidade de tomar decisões, ou seja, promove a autorresponsabilização e a liderança. «Por se tratar de um desporto individual em que o praticante está, muitas vezes, sozinho em terreno, tendencialmente desconhecido, tem de tomar e assumir decisões que fazem depender o seu sucesso. A Orientação promove de forma singular a autonomia e a autoestima, bem como soft skills, como a valorização do erro como fator de desenvolvimento e autorresponsabilização pelo sucesso». Por outro lado, tratando-se de uma modalidade em que as questões física e cognitiva são determinantes para o sucesso, «a Orientação está também referenciada como uma modalidade que potencia o desenvolvimento cognitivo em áreas como a tomada de decisão, a capacidade de abstração, a atenção e a capacidade de observação, entre outras», reitera.
DESPORTO INCLUSIVO André Mora sublinha que esta prática desportiva, apesar de ter nascido em meio militar, «é inclusiva», podendo mesmo ser praticada por pessoas com dificuldades motoras. «O ritmo que marca a prova depende de cada um. Os eventos têm escalões de competição, com percursos adequados a cada escalão etário, e existem ainda percursos abertos em que o grau de exigência técnica e física é adequado a qualquer perfil. A modalidade está também adaptada para poder ser inclusiva, mesmo em caso de alguma limitação física, o que permite afirmar que se trata de deporto que pode ser praticado, literalmente, por todos».
“CABEÇAS NO AR” SÃO BEM-VINDOS André Mora aproveita para incentivar os curiosos a experimentar! Na fase inicial, não é dispendiosa, sendo possível alugar os equipamentos em clubes e associações. «Numa prática essencialmente recreativa, os custos associados são baixos: o equipamento e calçado podem ser os utilizados em qualquer prática física, os materiais específicos podem ser adquiridos ou alugados às organizações, a preços bastante acessíveis, assim como as taxas de inscrição nos eventos». Mesmo os que dizem não ter sentido de orientação podem praticar esta modalidade. «Sendo certo que o “sentido de orientação” pode ser benéfico para a prática, a competência essencial é a de saber interpretar um mapa e o terreno onde decorre a atividade e atingir o objetivo: determinar o melhor trajeto a cumprir entre dois pontos», anota o dirigente. Para André Mora, não são necessários cuidados extra para «dar corda aos sapatos» e começar esta aventura: «Apenas há que garantir que se está em condições adequadas para a prática físico-desportiva», não havendo contraindicações para a prática desta modalidade.
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POLUIÇÃO, UM AGRESSOR INVISÍVEL PARA A PELE A acne, a rosácea e a dermatite atópica são exemplos de doenças cutâneas que agravam quando expostas a maiores níveis de poluição. Conheça os gestos que pode adotar para manter a sua pele protegida deste agressor. A exposição à poluição atmosférica é uma constante no nosso dia a dia. Basta ir à janela para ficarmos expostos aos contaminantes físicos, químicos ou biológicos que estão presentes no ar. Estes poluentes funcionam como partículas irritantes para a pele: aumentam a inflamação e prejudicam a sua integridade e as suas capacidades antioxidantes, de autorregulação e de proteção. A aceleração do envelhecimento cutâneo é uma das consequências visíveis. As crianças com dermatite atópica são particularmente suscetíveis. Neste caso, existe uma predisposição genética para a inflamação e fragilidade da barreira cutânea. Existem cuidados diários indispensáveis que ajudam a sua pele a combater os efeitos da poluição: - Rotina de higiene – Limpe o rosto de manhã e à noite com um produto suave. No banho, prefira óleos ou cremes lavantes aplicados diretamente sobre a pele molhada, sem usar objetos como esponjas. Assim, remove os agentes responsáveis por provocar micro lesões sobre a pele. - Hidratação – Aplique diariamente um creme hidratante com ação emoliente e repita este gesto as vezes que forem necessárias. Este passo ajuda a fortalecer a camada lipídica protetora da pele e minimiza o desconforto. - Ingredientes antioxidantes – Opte por produtos enriquecidos com ativos que contribuem para a renovação celular, como a vitamina A e B3, e para a eliminação das toxinas, como a vitamina C e E. Para tirar partido de todos os estes benefícios, o ideal é
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não usar sempre o mesmo, e variar entre produtos com estas características. - Proteção solar – Os protetores solares contêm filtros físicos, que impedem a ligação das partículas poluentes à pele, ao mesmo tempo que a protegem dos danos causados pelo excesso de exposição à radiação ultravioleta.
O ESCUDO ANTIPOLUIÇÃO DA PELE ATÓPICA Viver e cuidar de uma pele atópica é um verdadeiro desafio! É essencial ajudar as crianças a encarar a sua rotina de cuidados de forma natural ou até mesmo divertida. Ensinarlhes que o óleo de banho, seguido do cuidado emoliente e da proteção solar, formam um escudo invisível contra as partículas poluentes. Se ainda tem dúvidas, aconselhe-se no Serviço de Dermofarmácia Holon.
> ENTREVISTA ESPECIAL
LUÍSA CASTEL-BRANCO A ESCRITA É «UMA FORMA DE SOBREVIVÊNCIA» Comunicadora por excelência, Luísa Castel-Branco confessa que a pandemia está a ser um momento difícil, porque a afastou daquilo que a faz feliz: os filhos e os netos. Revista H – Entre a escrita literária, jornalística, apresentação e representação, qual a sua maior paixão? Luísa Castel-Branco (LCB) – Em primeiro lugar, e sem dúvida alguma, a escrita. É algo que nasceu comigo, é uma necessidade e não uma opção. Recordo-me de ter começado a escrever muito nova, e aceitei, embora com espanto, que havia momentos em que eu tinha mesmo de me afastar para escrever, muitas vezes em pedaços de papel. As palavras libertam-me e, simultaneamente, quando me envolvo numa história, desapareço para esse outro mundo, e nada mais me interessa. São momentos mágicos e sublimes, incomparáveis com qualquer outra coisa ou realidade.
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H – E de onde vem essa paixão? LCB – Sinceramente, quanto mais o tempo passa mais acredito que é uma forma de sobrevivência. Alguns de nós nascem diferentes, desenquadrados da maioria. E é exactamente por isso que os seres humanos são fascinantes. É nessa diversidade que a humanidade vai buscar a sua mais-valia, aquilo que torna os nossos dias surpreendentes. H – “Quando eu era pequenina” é o seu mais recente livro. Pode falar-nos um pouco sobre ele? LCB – Foi um desafio lançado pelo meu editor, Rui Couceiro, escrever as memorias e recordações mais marcantes ao longo da
minha vida. Confesso que disse que sim sem saber naquilo em que me metia! Este primeiro livro de uma trilogia foi de tal forma difícil de escrever que mais se assemelhou a uma catarse. Com a vida a passar por cima de nós, os anos a marcarem-nos, apercebemo-nos de que os nossos pais fizeram o melhor que sabiam, mesmo que não tenha sido suficiente ou o mais correcto. Neste livro, percorri os corredores da minha infância onde o medo vivia. H – A pandemia afastou-nos dos amigos, colegas e até da família. Como viveu este período? E que “lições” tem tirado destes tempos? LCB – Foi terrível. Para mim como para muitas outras pessoas. Tenho conversado com quem é da minha geração, e pode parecer egoísta, mas, para nós, o corte com os filhos e netos foi como cortarem-nos as veias! Maior do que a solidão era a míngua do amor daqueles que são o nosso universo, a nossa razão de vida. Perdi o crescimento dos meus netos, principalmente do mais novo, que agora ainda não tem dois anos e que vi apenas três vezes! Perdi os risos e as conversas barulhentas dos meus filhos e isto tudo sempre no pavor de que algo lhes acontecesse. E isso aconteceu também porque sou doente de risco e os meus filhos cortaram qualquer contacto deles ou dos filhos comigo, por medo do que pudesse acontecer. Envelheci, tal como muita gente, não um ano e meio, mas dez! A minha mãe morreu e tudo parecia um filme de terror. A impossibilidade de nos despedirmos das pessoas é algo que não quero recordar! Depois fui estupidamente ingénua e sinceramente acreditei que tínhamos todos recebido uma lição de vida, uma demonstração do que é realmente importante. E que os seres humanos iam passar a valorizar outras coisas, iam alterar as suas vidas. Enganei-me redondamente. Tudo continua igual excetuando meia dúzia de jovens que realmente o fizeram. Sinto-me triste e desiludida. E depois da pandemia vieram estes tempos de crise económica, dos grandes desastres naturais, da guerra e da guerrilha. Penso muitas vezes em que mundo vão receber os meus netos. H - Tem novos projetos em carteira que possa partilhar connosco? LCB - Tenho novos projetos e novas alegrias. O segundo livro da trilogia está atrasado, confesso com humildade que me parece ainda mais difícil de escrever do que o primeiro! Mas em novembro vai ser reeditado o meu primeiro romance: “Alma e os Mistérios da Vida”. É um livro que teve várias reedições
na altura do seu lançamento, e que as pessoas procuravam e estava esgotado há muito. H – A Saúde é uma preocupação para si? LCB – Infelizmente, sim. Vivo numa luta diária com o meu corpo, sempre à espera de que o dia de amanhã seja melhor. Tenho dua doenças autoimunes, agora também diabetes e outros presentes! H – Reflete essa preocupação no seu dia a dia? LCB – Dantes era preocupação, hoje transformou-se em medo. Medo de estar viva, medo do que vem aí, medo e culpabilização por ser uma preocupação para os meus filhos. E uma culpabilização muito maior quando penso que há tanta gente que está pior do que eu! H – Que relação tem com a farmácia e com os farmacêuticos? LCB – Eu costumo dizer que já merecia ser sócia da minha farmácia, de tal forma é gigante o número de medicamentos que compro mensalmente. Mas tenho imensa sorte com os profissionais que lá trabalham, e sou sempre muito bem atendida e até com preocupação. As pessoas não fazem ideia do enorme e importante trabalho que eles fazem por esse país fora e mesmo em Lisboa. H - Têm algum hobby? LCB – Tenho vários. Até já publiquei um livro sobre as artes manuais, ou seja, trabalhos em tricot, crochet e costura. Tenho que ter sempre as mãos ocupadas! H – O que é que a faz feliz? LCB – Os meus netos e os meus filhos. Antes de tudo. E depois e sempre a escrita.
LUÍSA CASTEL-BRANCO Nome: Luísa Castel-Branco Idade: 67 anos Onde nasceu: Lisboa Um filme: Out of Africa Um livro: A leste do paraíso, Steinbeck Música: You are so beautiful, Joe Cocker Viagem: Voltar a descobrir Portugal Comida preferida: Cozido á Portuguesa e arroz doce
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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
“APROXIMAR+” AJUDAR A LEVANTAR DO CHÃO O Projeto Equipa de Rua “Aproximar+” tem sido uma espécie de “anjo da guarda” de quem assume ter problemas de adição às drogas e álcool. O projeto está sediado em Braga e tem resgatado dezenas de pessoas da exclusão social. > 52
Esta iniciativa social possui um posto-móvel e pretende criar e reforçar uma relação de proximidade com a população com comportamentos aditivos e dependências. O projeto sediado em Braga, conta com equipas no terreno que tentam dar resposta às necessidades identificadas junto dos consumidores de substâncias psicoativas e com problemas ligados ao álcool, e que assumem condições de precaridade económica e social. «Pretende-se oferecer uma resposta holística, disponível a qualquer utente do Projeto, englobando não apenas a área da saúde, mas também a psicossocial, de acordo com as necessidades específicas individuais», explica Filipe Maia, psicólogo da Equipa de Rua “Aproximar+”. O projeto, apoiado pela Cruz Vermelha de Braga, nasceu como resposta às necessidades dos consumidores de substâncias psicoativas e problemas ligados ao álcool, e enquadrase na política de Redução de Riscos e Minimização de Danos, o qual assenta no modelo de gestão da atual política nacional de intervenção nos comportamentos aditivos e dependências. A intervenção da Equipa de Rua passa por «melhorar a qualidade das condições básicas de vida; a reduzir comportamentos de risco; melhorar o nível da saúde individual; sensibilizar a comunidade para a problemática», anota o psicólogo. Para a operacionalização do projeto, a equipa técnica é composta por duas enfermeiras, um psicólogo e dois técnicos de enfermagem. A criação de uma equipa de voluntários veio dar uma ajudar e garantir a atividade do posto móvel: de segundafeira a domingo, todos os dias do ano. «Contamos ainda com o apoio de outros serviços da Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Braga, de empresas locais e de cidadãos da comunidade, quer na procura de soluções para a satisfação de necessidades básicas quer na melhoria do estado de saúde da população que acompanha». PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO Em 2020, o Projeto Aproximar+ apoiou 231 pessoas, distribuídas pelas faixas etárias de 25-44 anos (84 utentes), dos 45-64 anos (138), mais de 65 anos (9), sendo que 36 eram mulheres e 195 homens. Em 2021, já apoiou 163 pessoas.
Apesar da validade social do trabalho desenvolvido, o psicólogo lamenta que nem todos compreendem o trabalho da equipa. «Ainda existe a ideia de que a nossa presença incentiva o consumo de substâncias. A realidade é que só existimos porque existem pessoas que consomem substâncias ilícitas ou álcool e que, sem o nosso apoio, estariam numa situação de maior vulnerabilidade, quer da sua saúde individual, quer social». Porém, as novas gerações trazem novas mentalidades e têm outra visão sobre este problema: «temos tido uma grande participação de voluntários e pedidos de alunos universitários para realizarem estágios no Projeto». DAR A MÃO A QUEM PRECISA A Equipa de Rua nasceu em abril de 2000, segundo Filipe Maia, com duas grandes preocupações: a saúde individual da população-alvo e a sua situação social. Em 2003, com o início do financiamento das entidades públicas ligadas à saúde, o Projeto passa a dedicar-se às problemáticas da saúde individual e coletiva associadas aos consumos de substâncias. É adquirido um posto-móvel e as respostas são alargadas, sendo exemplo disso a inclusão do programa de substituição opiácea (distribuição de metadona). Atualmente, a Equipa de Rua tem como principais funções prestar apoio ao nível da alimentação e higiene pessoal; aproximar os utentes dos serviços sócio sanitários; prestar apoio psicológico; garantir a integração de utentes no programa de substituição opiácea de baixo limiar; realizar ou encaminhar para rastreios de doenças infeciosas; prevenir a doença e/ou o seu agravamento; trocar ou distribuir material asséptico; sensibilizar para a adoção de práticas de consumo e sexuais de menor risco; recrutar, formar e acompanhar voluntários da comunidade. Filipe Maia sublinha que a Equipa continua de braços abertos para as pessoas que necessitam de ajuda. «Qualquer pessoa pode procurar o apoio do Projeto desde que tenha problemas com o consumo de substâncias psicoativas. Existem rondas diárias, o posto-móvel é facilmente identificável, basta por isso dirigir-se aos técnicos e transmitir as suas dificuldades», finaliza.
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Sabia que a insónia não é apenas a dificuldade em adormecer? Dificuldade em manter o sono, através de despertares noturnos, ou acordar antes do despertador tocar também são sintomas de insónia. Uma noite de sono mal dormida pode ter efeitos negativos na saúde mental e física dos que dela sofrem. Dormidina é indicada para pessoas com mais de 18 anos com dificuldade temporária em adormecer. Graças à sua substância ativa, doxilamina, Dormidina produz um efeito sedativo que ajuda não só a adormecer em 30 minutos, mas também a manter o sono ao longo da noite. Folheto informativo com informação detalhada em www.dormidina.pt
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BRAINKIN Brainkin foi desenhado para ajudar a melhorar o humor e bemestar geral e está indicado para pessoas com mais de 12 anos que se sentem cansadas, mal-humoradas, desanimadas, stressadas, apáticas e sem vontade de estar no seu melhor. Para além de magnésio, vitaminas do complexo B, ferro e cobre, Brainkin tem como principal constituinte o triptofano, um aminoácido essencial para produzir serotonina, comumente chamada de “hormona da felicidade”. A toma de 2 comprimidos por dia pode ser feita de forma continua durante 3 meses, intercalados com 1 mês de período de descanso. Brainkin atua desde a primeira toma, embora os seus efeitos sejam percebidos a partir da primeira semana de tratamento.
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> OPINIÃO SAÚDE
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SUPLEMENTAÇÃO NO DESPORTO Atualmente, há uma preocupação crescente em manter hábitos de vida saudáveis, nomeadamente no que diz respeito à alimentação e à prática de exercício físico. Está comprovado que praticar uma atividade física frequente traz vários benefícios, como a melhoria da capacidade de raciocínio e memória, redução do risco de doença arterial coronária, diminuição de risco dos vários tipos de cancro, prevenção de excesso de peso e obesidade. Todos nós conhecemos alguém que ou vai ao ginásio, ou começou a correr há pouco tempo, e talvez esse alguém até sejamos nós próprios. Se pensarmos um pouco, constatamos que à medida que cada um de nós se vai tornando mais ativo, vai estipulando objetivos individuais cada vez mais ambiciosos. É aqui que surge a necessidade de iniciar a toma de um suplemento alimentar, de modo a muitas vezes “alimentar a nossa ambição”. Existem inúmeros suplementos no mercado, sob as mais diversas formas. Mas o que são suplementos alimentares? “São fontes concentradas de nutrientes ou outras substâncias com efeito nutricional ou fisiológico, que se destinam a complementar e/ou suplementar o regime alimentar normal. Não devem ser utilizados como substitutos de uma dieta variada.” É importante realçar que a suplementação depende de vários fatores, como a idade, o tipo e intensidade de exercício físico e os objetivos a atingir. O seu consumo é usualmente recomendado
em atletas de alta competição e pessoas com desequilíbrios nutricionais. Proteínas e minerais, como o Magnésio, são os suplementos mais procurados por quem pratica exercício regularmente. O Magnésio desempenha um papel importante no nosso organismo, atuando como cofator em mais de 300 reações metabólicas. Contribui para a prevenção de lesões musculares, normal funcionamento do sistema nervoso, manutenção dos ossos e dentes e diminuição do cansaço através da manutenção do metabolismo energético normal. É obtido pelo nosso organismo através da alimentação, mas nos últimos anos, devido ao consumo excessivo de alimentos processados, as dietas tornaram-se menos ricas neste mineral. De realçar que um suplemento alimentar, apesar de contribuir para o alcance de resultados mais rápidos em termos de performance, pode trazer consequências para a saúde se a escolha feita não for a mais adequada, ou seja, é necessário ter em conta alguns fatores como a presença de algum tipo de doença ou toma de medicação. Para garantir uma escolha segura e saudável, aconselhe-se com o seu farmacêutico.
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Uma iniciativa:
Júnior
PODOLOGISTAS, DOUTORES DOS PÉS
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> Diverte-te Olá, amigos! esta edição da H únior vais conhecer mais um profissional de saúde. Desta vez, o Podologista. Eles são os doutores dos pés . São eles os responsáveis por tratar da saúde dos nossos membros inferiores. odo o nosso corpo é suportado pelos pés pelo que é importante que estes se desenvolvam da forma certa. Para isso, é preciso garantir uma correta postura ao andar, corrigir alterações de postura do pé, joelho, anca e coluna vertebral, e garantir que não existem feriadas a causar dor ou desconforto. Mas não s ! Aprende mais sobre esta profissão mais frente. Para já, diverte-te com as atividades que preparámos para ti!
Adivinha lá!
Anedotas
Qual é coisa, qual é ela que cai em pé e corre deitada?
1. – ual é o fim da picada – uando o mosquito se vai embora.
Solução: O queijo ralado
O que é o que é que tem cidades, lojas, ruas e nenhuma pessoa?
2. – O que é que um fantasma diz a outro fantasma – Acreditas em gente
Solução: O mapa > 63
> Trocado em Miúdos PODOLOGISTAS, DOUTORES DOS PÉS Os podologistas são os profissionais de sa de que nos ajudam a tratar dos problemas relacionados com os pés. Os seus conselhos são fundamentais para garantir algo tão simples como o andar. em sempre valorizamos os nossos pés, mas eles são o suporte do nosso corpo e, ao contrário daquilo que se possa pensar, são muito complexos. eles reside um quarto de todos os ossos do nosso corpo. Além disso, t m uma vasta rede de músculos, ligamentos e articulações. A podologia é a ci ncia especializada na investigação, prevenção, diagn stico e tratamento das alterações
VAMOS ESTAR ATENTOS As pessoas, de uma maneira geral, não ligam muito aos seus pés. Mas há medida que vamos ficando mais velhos, é essencial estar mais atento ao aparecimento de alguns sinais: alterações da pele e das unhas, o aparecimento de joanetes e dedos em garra. uando não cuidamos dos nossos pés, eles queixam-se através de lesões no pé, no aparelho locomotor e na postura do corpo. Consequ ncias Mais uma vez, surgem dificuldades em apoiar os pés, a caminhar, a desempenhar normalmente uma ação como jogar bola ou s escondidas. Assim, é importante reter: Os pés devem ser muito bem tratados, valorizados e observados desde os primeiros passos. Os pés são o principal sistema de suporte do nosso corpo, t m implicações na nossa postura e são indispensáveis para o nosso desempenho profissional, desportivo ou apenas de lazer.
que afetam o pé. inguém conhece melhor os nossos pés como os podologistas. a fase da inf ncia, ajudam as crianças na correção de posturas incorretas e da marcha. Mais tarde, o seu conhecimento é muito útil na prevenção de lesões desportivas, tratar a dor associada incapacidade de marcha por lesões traumáticas ou degenerativas e atuam na prevenção e tratamento das feridas e lesões do pé de risco.
Quando devo consultar um podologista? Se tens dores frequentes nos pés; se tropeças ou torces os pés recorrentemente; se tens alterações da forma dos dedos que dificultam o uso de calçado normal; se tens pés com mau odor; se foram detetados problemas por exemplo, unhas encravadas, alterações da cor das unhas, alterações da pele, calos, ferimentos ;
Onde pode trabalhar? O podologista pode exercer a sua profissão em contexto clínico, farmácias, clínicas privadas, centros de saúde, hospitais, em clubes desportivos, integrados na equipa médico-desportiva, em centros de investigação ou na área de inovação e desenvolvimento.
> Dentro e Fora de Casa
LIVROS
“O MONSTRO DAS CORES”
amos explorar as emoções com as crianças! As emoções são explicadas através das cores. A personagem principal é um monstro que muda de cor consoante o que está a sentir. Ele não percebe porque muda de cor e a sua amiga, a menina, explica-lhe o que significa estar triste, estar alegre, ter medo, estar calmo e sentir raiva.
“MALALA, A MENINA QUE QUERIA IR PARA A ESCOLA”
Esta é a hist ria de Malala ousafzai, a mais jovem vencedora do prémio obel da Paz. Malala nasceu no vale do S at, no Paquistão, e cresceu entre os corredores da escola do pai. uando tinha dez anos, a sua cidade foi controlada por um grupo chamado alibã que proibiu a música, a dança, baniu as mulheres das ruas e das escolas. Mas Malala foi ensinada a defender aquilo em que acreditava e lutou pelo direito de continuar a estudar.
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Ben e Holly: App da Festa Uma divertida festa de duendes e fadas com a participação de en, Holl , abá Plum e Gaston. Esta aplicação interativa, gratuita, foi criada para estimular as crianças em idade pré-escolar a se divertirem. As crianças podem criar suas pr prias varinhas mágicas, cornetas ou chapéus, liderar a banda de duendes e trazer todos para dançar na festa, rebentar balões e brincar com a pinhata. > 65