Sofia Coelho Silva Diretora da Revista H
EDITORIAL
Viva mais anos, com mais qualidade de vida! Faça o rastreio ao cancro do intestino. A nutrição tem um papel importantíssimo na qualidade de vida da mulher, tanto na juventude quanto no envelhecimento. Principalmente nos dias de hoje, em que a rotina diária é extenuante, entre o trabalhar fora de casa e o cuidar da família e das tarefas domésticas. Um estudo desenvolvido recentemente pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, “As mulheres em Portugal: como são, o que pensam e o que sentem?”, revela que 43% dos 2,7 milhões de mulheres, objeto desta investigação, têm algum tipo de excesso de peso. Entre elas, 15% situam‑se na faixa considerada de obesidade. Este é um dos resultados (o estudo abrange 6 temáticas diferentes) que mostra o impacto devastador da falta de tempo e as consequências para a nossa saúde nas mais variadas vertentes da nossa vida. O artigo elaborado pela nossa equipa de Nutrição Holon destaca os diferentes ciclos da vida da mulher e como a alimentação deve ser adequada às diferentes etapas. Outra dimensão muito importante da nossa vida é o sono! Noites mal dormidas provocam o envelhecimento celular e aumentam o risco de desenvolver inúmeras doenças. O médico Joaquim Moita mostra-se inquieto com o facto de ainda não valorizarmos o sono: «as pessoas têm de dormir entre sete a nove horas por noite, nunca menos do seis ou mais do que dez», diz o especialista. Leia a entrevista ao presidente da Associação Portuguesa do Sono, Joaquim Moita. Conheça a campanha de sensibilização que estamos a desenvolver nas Farmácias Holon, em parceria com a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo – Europacolon Portugal. Esta é uma iniciativa que mantemos desde 2014 e que já permitiu avaliar 4.639 pessoas e detetar 79 casos positivos! março é o Mês Europeu de Luta Contra o Cancro Colorretal e a campanha “Não se Perca” promove o diagnóstico precoce a uma doença que mata 11 portugueses por dia!
FICHA TÉCNICA
• Diretor: Sofia Coelho Silva • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: geral@holon.pt
• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Sofia Silva, Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Adriana Santos, Ana Albernaz, Beatriz Mónico, Carla Mateus, Carmen Silva, Joana Godinho Ferreira, Nídia Rorigues, Sónia Castro. • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E-mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: POLYS • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
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>INDÍCE
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PONTO DE VISTA
A DISPENSA DE TERAPÊUTICA ANTIRRETROVIRAL EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS
EM FOCO
CANCRO COLORRETAL: «NÃO É FÁCIL FALAR SOBRE UMA DOENÇA QUE NÃO É SEXY»
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ENTREVISTA ESPECIAL
«DAMOS TUDO» PARA ACORDAR OS NOSSOS OUVINTES, GARANTE A DUPLA DAS MANHÃS DA M80
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ATUALIDADE
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OPINIÃO
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PONTO DE VISTA
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
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UM DIA TODAS SERÃO ASSIM
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NA PRIMEIRA PESSOA
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FARMÁCIA ATUA
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EM FOCO
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HOLON CUIDA
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BEBÉ E MAMÃ
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PODOLOGIA HOLON
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PREVENÇÃO SAÚDE
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NUTRIÇÃO HOLON
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RECEITA SAUDÁVEL
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VIVA MAIS
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DERMOFARMÁCIA HOLON
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ENTREVISTA ESPECIAL
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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
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MONTRA EM DESTAQUE
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SAÚDE ANIMAL
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H JÚNIOR
ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.
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> ATUALIDADE HOSPITAIS PRIVADOS ROMPEM ACORDO COM A ADSE EM ABRIL O grupo José de Mello Saúde (JMS), responsável pelos hospitais CUF, avançou para a suspensão do acordo de convenção com a ADSE. A ele juntou-se o grupo Luz Saúde e o grupo Lusíadas Saúde. Isto significa que, a partir de abril os beneficiários vão deixar de contar com este acordo quando se dirigirem a qualquer um dos hospitais destes grupos. Se o fizerem, terão depois de pedir o respetivo reembolso à ADSE. Os motivos para esta decisão prendem-se com as “regularizações a posteriori” e a “definição da tabela de preços”. Neste momento, o Conselho Diretivo da ADSE e os prestadores privados encontram-se em negociações. A ministra da Saúde já ga‑ rantiu que os beneficiários da ADSE podem estar tranquilos, subli‑ nhando «é inequívoco o apoio do governo ao seu funcionamento».
«Em Portugal, somos muito bons a tratar. Mas para tratar, os doen‑ tes têm que chegar até nós mais cedo e, para isso, devem ligar o 112 assim que reconhecerem os sintomas desta doença. Acredita‑ mos que, reduzir o número de mortes por enfarte é uma responsa‑ bilidade conjunta, dos profissionais de saúde e de uma população informada. É nesse sentido que surge esta iniciativa», explicou, em comunicado, João Brum da Silveira, Presidente da APIC. Esta iniciativa contou com o apoio do Instituto Nacional de Emer‑ gência Médica (INEM) e da iniciativa Stent Save a Life. QUEM SÃO AS MULHERES PORTUGUESAS? A Fundação Francisco Manuel dos Santos apresentou as conclu‑
CAMPANHA PERMITE QUE MAIS DE 474 PORTUGUESES TENHAM ACESSO A MEDICAMENTOS A edição de dezembro da campanha «Dê troco a Quem Precisa» angariou um total de €47.479,99. O resultado dos 65.894 dona‑ tivos dos portugueses nas 611 farmácias aderentes à iniciativa permitiu ao Programa “Abem” assegurar os medicamentos neces‑ sários a mais 474 portugueses carenciados durante um ano. Em comunicado, a Associação Dignitude relembra que a campa‑ nha decorreu entre 17 e 25 de dezembro e desafiava os portu‑ gueses a doar o troco das compras efetuadas nas farmácias ao Fundo Solidário “abem”, que se destina inteiramente a ser aplica‑ do na aquisição dos medicamentos dos beneficiários da rede – 7.235 no final de 2018. A campanha “Dê Troco a Quem Precisa” regressa às farmácias aderentes em maio, entre os dias 20 e 28.
REDUZIR NÚMERO DE MORTES POR ENFARTE A campanha, “Cada Segundo Conta”, pretendeu promover o conhe‑ cimento e compreensão sobre esta doença e os seus sintomas; e alertar para a importância de um diagnóstico atempado e trata‑ mento precoce.
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sões do estudo “As mulheres em Portugal, hoje: quem são, o que pensam e como se sentem”. Os dados baseiam-se num inquérito realizado junto de mais de 2 mil mulheres, entre os 18 e os 64 anos de idade, utilizadoras regulares da Internet. O estudo indi‑ ca-nos que as mulheres costumam achar que as pessoas devem cumprir as regras, mesmo quando ninguém está a ver; costumam gostar muito de crianças e ser críticas e exigentes com elas pró‑ prias. Dos cinco tipos de mulheres identificados, dois são os mais recorrentes: as «Conservadoras» e as «Seguras‑Intolerantes». Actualmente, uma esmagadora maioria de «filhas» tem um nível de escolaridade superior ao da mãe. O tabaco e o álcool têm níveis de presença muito diferentes nesta pesquisa. Menos de um terço declarou-se fumadora, mas quase todas referiram ser consumidoras de bebidas alcoólicas. A prática de alguma actividade física ou desporto é habitual, no entanto, de acordo com o índice de massa corporal, 43% tem excesso de peso. A reter ainda que a grande maioria das mulheres se sente de‑ masiado cansada, sempre ou quase sempre. Uma em cada dez mulheres declara tomar diariamente medicamentos para a ansie‑ dade, para os distúrbios do sono ou antidepressivos.
ANDREIA FERREIRA Farmacêutica, Farmácia Martins (Estarreja)
> OPINIÃO
O FARMACÊUTICO É UM PARCEIRO ATIVO NA VIDA DAS PESSOAS! Ao longo dos tempos a evolução dos farmacêuticos tem sido no‑ tória, quer ao nível das suas competências, quer ao nível da aces‑ sibilidade. Estes avanços contribuíram para que uma relação de confiança e de proximidade se tenha desenvolvido. A intervenção do farmacêutico deixa de estar associada apenas à dispensa de medicamentos, e passa a ser cada vez mais impor‑ tante, no sentido em que orienta o utente na vertente farmaco‑ lógica, a prevenção de complicações e na melhoria da sua saúde e bem-estar. Esta filosofia de proximidade é focada na pessoa que utiliza a far‑ mácia como o seu espaço de saúde habitual, sendo que o públi‑ co-alvo acaba por ser, principalmente, o doente crónico, devido à durabilidade da sua doença e ao consumo constante e progressivo de medicamentos. Em Portugal, estima-se que cerca de 40-45% do total das doenças, sejam consideradas crónicas. As consultas farmacêuticas tornam-se bastante importantes, pois os utentes podem usufruir de um acompanhamento personaliza‑ do. Para além disso, as Farmácias Holon dispõem do Serviço de Pre‑ paração Individualizada da Medicação que é indicado para pessoas polimedicadas ou que tenham alguma dificuldade em gerir a sua medicação. O serviço prestado pelo farmacêutico e pela restante equipa da farmácia deve ser de excelência. Por este motivo, apostamos em profissionais qualificados e multidisciplinares, trazendo mais valor ao atendimento. O Grupo Holon torna-se um grande aliado ao ajudar as farmácias a implementar serviços complementares diversificados como Nutri‑ ção, Podologia, Pé Diabético e Dermofarmácia, realizados por pro‑ fissionais de saúde qualificados. A Farmácia Martins situa-se em Veiros e, ao dia de hoje, oferece um
acompanhamento mais diferenciado e habilitado. Sendo um meio onde predomina uma população mais idosa, a farmácia é um local acessível e de proximidade onde podem encontrar soluções para muitos dos seus problemas, evitando deslocações maiores, princi‑ palmente nesta altura em que veem o centro de saúde da zona encerrado e sem data de abertura. Hoje em dia o trabalho do farmacêutico acaba por ter uma missão social muito forte. Orientamos os utentes para obterem ganhos em saúde e muitas vezes compreendemos as lacunas económicas das famílias e as falhas do Serviço Nacional de Saúde. Por este mo‑ tivo, o farmacêutico é um parceiro ativo na vida das pessoas! A farmácia da atualidade é, cada vez mais, vocacionada para sa‑ tisfazer as necessidades dos seus diversos clientes. Houve, clara‑ mente, o ímpeto de criar novas estratégias para cativar e fidelizar as novas gerações, através das novas tecnologias. A Internet, nomeadamente o Facebook e o Instagram, são aliados eficazes na divulgação dos serviços farmacêuticos. O utente consegue, à distância de um click, obter informações sobre novas tendências, produtos, intervenções na comunidade (rastreios de saúde, cami‑ nhadas ou palestras) e também respostas para as suas questões mais específicas. Numa perspetiva futura, o papel do farmacêutico será intervir di‑ retamente na condição de vida, integrando as equipas multidisci‑ plinares do Serviço Nacional de Saúde. Esta tarefa será de grande relevo, uma vez que em parceria com o médico e o enfermeiro poderá fazer um despiste das reações adversas a medicamentos, erros de medicação e ainda sobreposição de fármacos. O futuro das farmácias passa pelo auxílio na prevenção e pela melhoria dos indicadores de saúde da população.
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MARIA EUGÉNIA SARAIVA Presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida
> PONTO DE VISTA
A DISPENSA DE TERAPÊUTICA ANTIRRETROVIRAL EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS As Farmácias Comunitárias têm um papel cada vez mais relevante, enquanto agentes de prestação de cuidados saúde e de uma for‑ ma holística. A dispensa de medicamentos VIH nestes espaços foi identificada enquanto potencial área de intervenção, no sentido de aumentar a adesão, comodidade e acesso a este tipo de terapêutica. Um estudo, citado pelo jornal “Público”, avaliou 43 doentes segui‑ dos no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, que passaram a levantar a terapêutica para o VIH/SIDA na Farmácia da sua zona de resi‑ dência. Verificou-se que a medida foi, favorável aos utentes que aderiram à mesma. Além da “poupança de tempo”, muitos referi‑ ram conseguir ir buscar os seus medicamentos a pé. Sabemos ainda que a Ordem dos Farmacêuticos disponibilizou formação aos farmacêuticos de 300 Farmácias da Grande Lisboa, que os capacita para lidar com esta nova realidade. A Liga disponibilizou-se para integrar esta bolsa de formadores com os seus técnicos e profissionais clínicos. Foi no dia 27 de janeiro de 2016, numa reunião do Fórum Nacio‑ nal para a Infeção VIH/SIDA que, enquanto Associação de Defesa dos Utentes da Saúde e Organização da Sociedade Civil, assisti‑ mos à apresentação do projeto-piloto de dispensa de medicamen‑ tos antirretrovirais nas Farmácias Comunitárias. Enquanto repre‑ sentantes das pessoas que vivem com o VIH, a Liga Portuguesa Contra a Sida procura escutar, esclarecer, orientar, aconselhar e, muitas vezes, desconstruir os discursos técnicos de alguns espe‑ cialistas, que se tornam difíceis de entender no tempo de consulta e na relação, que nem sempre existe, entre o médico e o paciente, para que este possa decidir em conformidade. Embora este estudo preliminar tenha demonstrado que é importante continuar a procurar novas estratégias de ação e intervenção, é impor‑ tante também pensar que cada doente é único e que a informação é fundamental para o direito de opção e o sucesso desta iniciativa. Enquanto Organizações da Sociedade Civil (OSC), continuamos a re‑
ceber denúncias dos utentes sobre o racionamento da medicação antirretrovírica em alguns hospitais e sobre a discriminação de que são alvo, enquanto seropositivos, em estruturas de saúde e não só, demonstrando assim que o estigma continua a existir. Assim, procu‑ ramos que os utentes estejam bem informados, nomeadamente em relação aos seus direitos e deveres, e procuramos perceber junto das pessoas que vivem com o VIH, direta ou indiretamente, o que lhes poderá ser mais favorável, colocando-as no centro de todos os pro‑ jetos que desenhamos! Com o crescimento das redes sociais temos hoje mais informação a circular e assistimos a um processo de “alfa‑ betização” na saúde, mas nem sempre a gestão desta informação acompanha este mesmo crescimento. Ao longo de 29 anos de existência, a Liga assistiu a grandes pro‑ gressos, nomeadamente a um dos mais importantes na área da infeção pelo VIH, a par da evolução dos antirretrovirais, que foi o significativo aumento de pessoas em tratamento. De facto, o tratamento eficiente e adequado previne muito eficazmente a transmissão. Neste contexto, acreditamos que a dispensa dos me‑ dicamentos antirretrovirais nas Farmácias Comunitárias, que é já uma realidade em diversos países como Itália, França, Bélgica, Rei‑ no Unido, Suécia, Canadá e Austrália, poderá ser mais uma janela de oportunidade, facilitando o acesso dos doentes à medicação e obviando a necessidade de se deslocarem ao hospital. Por cá, continuamos a aguardar os resultados preliminares que darão a resposta sobre as vantagens e desvantagens deste pro‑ jeto-piloto, tanto ao nível da melhoria do acesso como da adesão à terapêutica. Para já, sabemos que se trata de mais um caminho, entre tantos que têm que ser desbravados, para uma melhor qua‑ lidade de vida daqueles que são os nossos principais destinatários. Porque a SAÚDE trabalha-se para e com o utente e a pessoa com doença!
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JOAQUIM MOITA
> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
Coordenador do Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Presidente da Associação Portuguesa do Sono (APS)
«DORMIMOS POUCO E MAL» Em Portugal dorme-se pouco e mal. De acordo com Joaquim Moita, o maior risco à qualidade do sono «é a falta de respeito que temos por ele». O presidente da APS defende que falta um estudo aprofundado sobre a qualidade do sono dos portugueses, mas há indicadores que dão uma ideia, como o elevado consumo de benzodiazepinas. REVISTA H - Como anda o sono dos portugueses? Dormimos bem? Joaquim Moita (JM) - Penso que o principal problema do sono em Portugal é a falta de respeito que temos por ele. Dormimos pouco e mal. Os portugueses deitam-se tarde (a maioria depois das 24 h) como os países do sul da Europa, mas levantam-se cedo para trabalhar e estudar como os nórdicos. O consumo de benzodia‑ zepinas, que é o maior entre os países europeus da OCDE, é um indicador da má qualidade de sono.
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H - Estatísticas do sono em Portugal. Que números temos? JM - Neste momento precisamos de grandes estudos epidemio‑ lógicos sobre as principais doenças do sono, como a insónia, a Síndrome de Pernas Inquietas e a Síndrome de Apneia do Sono. Também é importante atualizar o conhecimento efetivo do nú‑ mero de horas de sono em grupos particularmente vulneráveis, como as crianças e os adolescentes.
H - Quais são os maiores inimigos de um sono de qualidade? JM - As crenças erradas sobre a sua importância, a má higiene de sono e as doenças do sono que são altamente prevalentes na po‑ pulação são os principais inimigos de uma boa noite de sono. H - O que é um sono de “má qualidade”? JM - Para ser eficaz, e de acordo com a World Sleep Society, o sono deve preencher três quesitos. Em primeiro lugar, a sua duração deve ser suficiente, recomendando-se que entre os 18 e os 65 anos se durma entre 7 a 9 horas. Em segundo, os ciclos de sono devem ser contínuos, sem inter‑ rupção. O nosso sono está estruturado em ciclos com duração de 90 minutos. Em cada ciclo atravessamos de forma sequencial as diferentes fases de sono, ou seja, o sono ligeiro, intermédio, pro‑ fundo e o sono REM (Rapid Eye Movement), associado à maioria dos sonhos. Este último é fundamental para a aprendizagem, con‑ solidação de memórias e estabilidade emocional. Por fim, o terceiro quesito, o sono deve ser profundo o suficiente para ser restaurador em termos físicos, cognitivos e emocionais. H - Quais as principais consequências de dormir poucas horas? JM - Dormir pouco pode ter várias consequências. Nos dias seguin‑ tes, as principais consequências são prejuízo cognitivo, como por exemplo, problemas de memória, atenção, concentração, raciocínio e tomada de decisão. Surgem também alterações emocionais (irri‑ tabilidade, ansiedade, flutuações do humor, diminuição da tolerân‑ cia à frustração), fadiga, dores musculares e problemas gastroin‑ testinais. A longo prazo pode surgir Diabetes Mellitus e doenças cardiovasculares. H - Os portugueses consomem demasiados medicamentos para dormir. A que se deve esta situação? JM - Os medicamentos mais consumidos são as benzodiazepinas. No entanto, deve-se estar atento aos seus efeitos secundários. Estes fármacos provocam amnésia anterógrada, (perda de memó‑ ria do que ocorreu antes da toma do medicamento), quedas e ou‑ tros movimentos anormais, insuficiência respiratória, aumento do ressonar e apneias durante o sono. Além disso, causam também sedação durante o dia seguinte e o risco de abuso, dependência e tolerância. No idoso pode desencadear demência prematura. As benzodiazepinas devem ser utilizadas em situações de insónia grave e potencialmente transitória, mas o tratamento não deve exceder as quatro semanas, incluindo o período de desmame.
H - Como se pode acabar com o seu consumo excessivo? JM - Sobretudo com a informação dos profissionais de saúde, sen‑ do que o papel dos farmacêuticos nesta área é muito importante, e com a sensibilização da população. Existem ainda outras alternati‑ vas quer a nível medicamentoso, quer da intervenção do psicólogo. H - Quando não se consegue dormir, o que se deve fazer? JM - Deve-se procurar seguir as regras de higiene do sono, nomea‑ damente ter um horário regular de deitar e acordar, praticar regu‑ larmente atividade física moderada ao início da manhã ou ao final da tarde, fazer uma dieta saudável - não ingerindo álcool ou ca‑ feina nas seis horas anteriores ao início do sono (há pessoas mais suscetíveis que outras) -, entre outras. Se, entretanto, o problema persistir, deve-se consultar o médico de família. H - É possível recuperar no fim de semana o que se dormiu a menos nas cinco noites anteriores? JM - Não é recomendável dormir mais que uma hora do que o habi‑ tual durante a semana de trabalho. H - mas quantas horas devemos dormir por dia? JM - Recomenda-se que entre os 18 e os 65 anos se durma entre 7 a 9 horas. Uma hora menos a partir dos 65 anos. Já as crianças e os adolescentes precisam de mais horas de sono. H - Que sinais devem levar-nos a procurar um médico? JM - São vários aqueles a que devemos estar atentos. Entre eles, saliento a insónia crónica, que se caracteriza pela insatisfação com a qualidade e duração do sono, e, em particular, pela dificuldade em adormecer nos primeiros 30 minutos, mais do que três vezes por semana, durante pelo menos 3 meses. E também sinais como ressonar, apneias, cefaleias ao acordar, movimentos anormais dos membros ou do resto do corpo durante o sono e hipersonolência grave durante o dia.
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> UM DIA TODAS SERÃO ASSIM
RAQUEL ROMEIRO Farmacêutica e proprietária da Farmácia Romeiro
ACREDITAMOS NUM SERVIÇO FARMACÊUTICO INTERVENTIVO E NO EMPODERAMENTO DO UTENTE! A farmácia Romeiro acabou de celebrar o seu 36°aniversário. Por‑ tanto, há mais de três décadas que estabelecemos uma forte rela‑ ção com a comunidade que nos envolve. Não só conhecemos bem os nossos utentes, as suas histórias clínicas e de vida, como muitas vezes também a dos seus progenitores e descendentes. Contudo, faz-nos sentido ir mais além, até aos locais onde as pes‑ soas estão. Não só as que já conhecemos, como as que possam, não o sabendo, precisar ou beneficiar da nossa ajuda. É por isso que, desde há vários anos, fazemos anualmente várias sessões de esclarecimento e educação para a saúde para crianças, jovens e seniores. Fazemo-lo porque acreditamos no empoderamento do utente e de todas as pessoas com doença que nos procuram, em torná-las mais capacitadas e responsáveis na manutenção do seu estado de saúde ou na gestão da sua condição. Acreditamos que desta for‑ ma contribuímos para ter futuros adultos mais saudáveis e atuais adultos com maior qualidade de vida. Também promovemos estilos de vida saudáveis, organizando ca‑
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minhadas e aulas de zumba que, por vezes, são aquele “empurrão “ que falta para algumas pessoas tomarem consciência de que são capazes de fazer atividade física e de que se sentem melhor quan‑ do a fazem. É muito gratificante quando nos confessam isso! Para além da componente educacional, também já associamos a este tipo de evento, uma componente social, como na caminhada solidária, na qual angariamos fundos para a aquisição de um implan‑ te coclear para um menino de quatro anos. Realizamos ainda inúmeros rastreios, todos anos, como por exem‑ plo às doenças cardiovasculares e respiratórias e ainda o da Pes‑ quisa de Sangue Oculto nas Fezes (através dos quais já detetámos um caso que foi atempadamente referenciado e tratado). Acreditamos num serviço farmacêutico interventivo, tecnicamen‑ te competente e com considerável e mensurável acréscimo de va‑ lor para a saúde pública. Desejamos que todo o setor se reveja nesta visão e esperamos que um dia todas as farmácias sejam assim!
MARCO BICHO 44 anos Mora OBJETIVO ATINGIDO: Deixar de Fumar
> NA PRIMEIRA PESSOA
«O MEU FILHO E A MINHA NAMORADA INCENTIVARAM-ME A LARGAR O TABACO, PELA MINHA SAÚDE!» Marco Bicho decidiu deixar de fumar…e cumpriu! Para isso contou com a ajuda da Farmácia Central de Mora e da sua família, que foi o seu grande incentivo. Marco fumava desde os 18 anos, mas finalmente conseguiu largar a habituação tabágica e vencer o nosso Concurso “Apague o seu último cigarro!”. «Fumava desde os 18 anos, cerca de 1 maço por dia. Já sentia cansaço a desempenhar as tarefas normais do dia a dia. O meu filho e a minha namorada incentivaram-me largar o tabaco, pela minha saúde. Já passaram 8 meses, está a ser um pouco difícil, mas não vou desistir. Sinto-me melhor assim, mais leve e motiva‑ do para continuar!», conta Marco. Segundo os resultados do Inquérito Nacional de Saúde com Exa‑ me Físico (INSEF) de 2015, do Instituto Nacional de Saúde Dou‑ tor Ricardo Jorge, a região do Alentejo apresenta das mais eleva‑ das taxas de consumo do tabaco diário ou ocasional, da ordem dos 33,5% no género masculino e 21,2% no feminino. «Tendo em conta estes números e as consequências para a saúde, é do interesse da Farmácia prestar o seu contributo», refere Ana Cou‑ to, farmacêutica da Farmácia Central de Mora. Esta Farmácia serve uma pequena população rural do distrito de Évora e estruturou a sua intervenção no âmbito da prevenção e tratamento do tabagismo do seguinte modo:
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• Campanhas e ações pontuais de sensibilização; • Intervenção breve; • Apoio intensivo (consulta farmacêutica para cessação tabágica); • Prevenção da recaída. As campanhas e ações pontuais de sensibilização têm com obje‑ tivo sensibilizar para a importância da cessação tabágica. «A in‑ tervenção que fazemos junto das pessoas que querem deixar de fumar é transversal ao nosso atendimento e efetuada por todos os colaboradores da equipa. Identificamos e sensibilizamos o fu‑ mador, determinamos o seu estado de mudança comportamental e, em função disso, optamos pelo aconselhamento imediato, pelo encaminhamento para Consulta Farmacêutica de Cessação Ta‑ bágica, pela referenciação ao médico ou pela motivação para a mudança comportamental», explica Ana Couto. A consulta de cessação tabágica encontra-se implementada nes‑ ta Farmácia há vários anos, tendo já abrangido 19 utentes. Cada utente frequentou, em média, cinco consultas de cessação tabá‑ gica. A taxa de sucesso aos três meses é, segundo os dados mais recentes, de 73,7%, reduzindo para 57,8% ao final de um ano. «O sucesso da cessação tabágica na farmácia comunitária devese, muito provavelmente, à maior proximidade com que o serviço pode ser prestado», conclui Ana Couto.
> FARMÁCIA ATUA GRAVIDEZ MÊS A MÊS “Gravidez Mês a Mês” é o nome da iniciativa criada e realizada pela Farmácia Madragoa, que pretende de informar e esclarecer as futuras e recém mamãs. Trata-se de workshops mensais, que abordam os cuidados básicos a ter na fase de gestação e até ao primeiro ano de vida. A iniciativa decorre até junho e é totalmente gratuita.
tação sobre lanches escolares e distribuição de tabelas de ava‑ liação de lanches. No segundo momento, foi desenvolvida uma ação dinâmica com a elaboração de uma receita para um lanche saudável. No terceiro período, será avaliado o peso das crianças participantes, bem como as tabelas de lanches preenchidas. Esta ação decorre até ao final do ano letivo.
Veja o calendário: Março Cuidar do recém-nascido Abril Cuidados da pele do bebé Maio Aleitamento materno Junho Desenvolvimento e alimentação no primeiro ano de vida
WORKSHOPS DE DERMOFARMÁCIA NA FARMÁCIA QUINTA DA LUZ
A participação na atividade é sujeita a marcação. Para mais infor‑ mações, contacte a Farmácia Madragoa. FARMÁCIA HOLON PRAGAL PROMOVE LANCHES SAUDÁVEIS
A Farmácia Holon Pragal, em Lisboa, visitou a Escola EB 1/JI do Pragal, com o objetivo de promover hábitos alimentares saudá‑ veis. Uma iniciativa que decorreu no âmbito do Projeto Lanches Escolares Saudáveis através do Programa Nacional para a Promo‑ ção da Alimentação Saudável (PNPAS). Este projeto, no qual participam 250 crianças do pré-escolar ao 4.º ano, é constituída por três fases, segundo explicou Dulce Ramos, nutricionista na Farmácia Holon Pragal. Na primeira fase, levada a cabo durante o primeiro período escolar, foi realizada uma avaliação do peso das crianças, uma apresen‑
A Farmácia Quinta da Luz, em Lisboa, promoveu no dia 24 de ja‑ neiro o primeiro de três workshops gratuitos de Dermofarmácia. Subordinado ao tema “Higiene no bebé”, esta ação pretende des‑ mistificar algumas ideias preconcebidas sobre a pele do bebé. Nesta palestra, conduzida pela Farmacêutica Sara Patrício, foram apresentadas recomendações gerais para cada tipo de pele. «Existem sempre dúvidas sobre qual o produto a usar no banho do bebé», a frequência dos banhos, bem como qual o melhor pro‑ duto a utilizar, refere Joana Florindo, Diretora Técnica da Farmácia Quinta da Luz. As próximas sessões decorrem nos dias 21 de fevereiro e 21 de março, subordinados ao tema “Hidratação do Bebé” e “A pele da mãe no Pós-Parto”, respetivamente.
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> EM FOCO
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CANCRO COLORRETAL «NÃO É FÁCIL FALAR SOBRE UMA DOENÇA QUE NÃO É SEXY» Todos os dias, 11 portugueses morrem vítimas de cancro colorretal. Ainda assim, há quem ignore o problema e desconheça as formas de prevenção. Durante os meses de março e abril decorre uma campanha de rastreio nas Farmácias Holon, em parceria com a Europacolon Portugal. O principal objetivo é dar resposta ao muito que ainda há para fazer na luta contra esta doença. Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal, começa por tra‑ çar o cenário negro que se vive no nosso país no que concerne aos cancros digestivos, com o cancro colorretal a encabeçar a taxa de mortalidade, que atinge as «11 pessoas por dia», sublinha. Além disso, o cancro do intestino é a doença oncológica com maior incidência em Portugal, com cerca de 7900 casos todos os anos, «com tendência crescente», e 4000 mortes por ano. Ora, segundo Vítor Neves, muitas destas vidas podiam ser sal‑ vas: «Um tumor que demora seis a oito anos a crescer, pode ser encontrado cedo, tratado e a maior parte das vezes até curado!». RASTREIO LONGE DO IDEAL O problema é que, em Portugal, o rastreio está longe de atingir os números ideias. Vítor Neves acusa mesmo o Governo de não terem sido cumpridas as promessas referentes ao rastreio anun‑ ciado para 2016 e que, «até agora, está por fazer». «É necessário fazer o que se faz com o cancro da mama em Por‑ tugal, com muito êxito, que é um rastreio de base populacional a todas as pessoas dos 50 aos 74 anos e que se enquadrem nas condições para serem rastreáveis», defende Vítor Neves, lem‑ brando que a associação clama por esta medida há mais de uma
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década. O responsável da Europacolon destaca ainda que ao fa‑ zer-se o rastreio, além de se salvarem vidas, «poupam-se milhões de euros que estas mesmas pessoas vão gastar quando que lhes é detetado um tumor num estadio mais avançado». INICIATIVA PIONEIRA Maria João Mendes, Gestora de Projetos e Serviços das Farmá‑ cias Holon, explica o rastreio que tem vindo a ser realizado nestas farmácias nos últimos cinco anos e que, «dado o sucesso que te‑ mos tido nos anos anteriores», irá manter o modelo da iniciativa. «Uma vez mais, vamos lançar uma campanha de informação, cujo objetivo é aumentar o conhecimento da população sobre o can‑ cro colorretal, nomeadamente sobre os seus sintomas e fatores de risco, assim como sensibilizar as pessoas para a importância do diagnóstico precoce», explica. Conforme esclarece a responsável, paralelamente, será promovido o rastreio gratuito, «dirigido a utentes com critérios para a realiza‑ ção do mesmo, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF). Por vezes, o tumor ou os pólipos sangram, e através desta pesquisa, podem ser detetadas pequenas quantidades de sangue nas fezes. Se nesta análise for detetado sangue, será necessário
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realizar uma colonoscopia total para despiste da doença». A Gestora de Projetos e Serviços frisa também que «é importante relembrar que as fases iniciais do cancro do intestino, por norma, não causam dor. Mesmo sem qualquer sintoma, a partir dos 50 anos é obrigatório que se faça o despiste, pois a progressão da doença é silenciosa. Mas, se detetada a tempo, tem cura em 90% dos casos». AUMENTAR A LITERACIA EM SAÚDE Um dos entraves na luta contra a patologia é, na opinião de am‑ bos os entrevistados, a falta de conhecimento acerca da doença. Estima-se que cerca de metade da população portuguesa ainda desconhece os sintomas do cancro colorretal, apesar de ser um dos tumores malignos com maior incidência no nosso país. «O aumento da literacia é fundamental para que a população esteja melhor preparada para responder aos sintomas de alerta e para que seja ativa no seu processo de saúde, colocando ques‑ tões e procurando ajuda», defende Vítor Neves, para quem é pre‑ ciso «um efeito conjunto» ao nível das várias entidades e que «a Saúde passe, efetivamente, a ser uma prioridade nacional». Também Maria João Mendes defende que «pela sua proximida‑ de à população, as equipas das Farmácias poderão ter um papel crucial em informar as pessoas, sensibilizá-las e apoiá-las na ado‑ ção de hábitos de vida mais saudáveis, nomeadamente de uma alimentação equilibrada e da prática de atividade física regular». Para além disso, a farmacêutica defende que, «pela sua acessibi‑ lidade e distribuição pelo território nacional, e pelo facto de terem equipas com profissionais altamente qualificados, as farmácias estão idealmente posicionadas para integrarem a organização de rastreios de base populacional».
Europacolon Portugal Linha de Apoio à pessoa doente com cancro digestivo 808 200 199
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SUPERAR OS RESULTADOS POSITIVOS DE 2018 Porque o cancro colorretal é o tumor maligno com maior incidência (14,5%) em Portugal, afeta de igual modo homens e mulheres, surgem cerca de 7.000 novos casos e morrem mais de 3.000 pessoas com a doença todos os anos, as Farmácias Holon uniram-se à Europacolon numa campanha de rastreio. Vítor Neves defende que, desta forma, os utentes das farmácias adotam uma atitude preventiva e, «com sorte, ao ser diagnosticada precocemente a doença, consegue-se uma maior probabilidade de cura, pois mais rapidamente se inicia o tratamento». Além disso, dado que esta é uma patologia em torno da qual «ainda há muitos tabus» e sobre a qual «é pouco sexy» falar-se, o que faz com que não haja figuras públicas a «dar a cara», o responsável da Europacolon acredita que, ao abordar-se o problema na farmácia, «pelo farmacêutico em quem a população confia», se está a ajudar a «desmistificar a doença e até os receios em relação à colonoscopia – que já pode ser feita em tempo real, com anestesia comparticipada pelo SNS». Já Maria João Mendes faz um balanço bastante positivo da campanha de 2018: «Durante o mês de abril de 2018, realizou-se o rastreio em 118 farmácias, distribuídas por todo o país, sendo que 1143 utentes realizaram a pesquisa de sangue oculto nas fezes». De acordo com o relatório elaborado das Farmácias Holon, foram detetados 143 utentes com rastreio positivo, que receberam uma carta de referenciação para consulta médica.
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ALÍVIO EFICAZ COM QUE POSSO CONTAR. *Fonte: Nicholas Hall‘s global OTC database 2017, DB6. Dulcogotas® (picossulfato de sódio) e Dulcolax® (bisacodilo) são indicados para a obstipação. Não devem ser tomados diariamente durante longos períodos. A utilização prolongada e excessiva poderá provocar desequilíbrio electrolítico e hipocaliemia. As crianças não deverão tomar sem consulta prévia do médico. Administração na gravidez apenas sob vigilância médica. Leia atentamente o folheto informativo. Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico. (2) SAPT.DULC1.19.01.0051. Fevereiro 2019.
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BEATRIZ MÓNICO Farmacêutica
> HOLON CUIDA
SE É FUMADOR, AVALIE A SAÚDE DOS SEUS PULMÕES! O tabagismo é a principal causa de morte prematura e de incapacidade na Europa. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, o consumo de tabaco é responsável pela morte de 6 milhões de pessoas anualmente, das quais mais de 600 mil são fumadoras passivas! > 22
Sabia que o tabagismo é considerado uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo? Atualmente, o tabagismo é considerado uma doença crónica, que causa dependência física e psíquica. O consumo de tabaco constitui um dos problemas de saúde pública mais severos, com repercussões em toda a popula‑ ção, tanto fumadora, como não fumadora. Em Portugal, o tabaco contribui para uma em cada dez mortes. No ano de 2016, morreram mais de 11.800 pessoas por doenças atribuíveis ao tabaco, o que corresponde a uma morte a cada 50 minutos. QUE CONSEQUÊNCIAS TEM O FUMO DO TABACO NO ORGANISMO HUMANO? O tabaco tem grandes repercussões no estado de saúde das pes‑ soas. Afeta a qualidade de vida e causa doenças com grave prog‑ nóstico e mortalidade elevada. Estima-se que os fumadores vivam, em média, menos 10 anos de vida do que os não fumadores. O fumo do tabaco afeta vários sistemas de órgãos, incluindo o respiratório, o vascular e o imunitário e aumenta significativa‑ mente o risco de mortalidade devido a cancro do pulmão, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), doença cardíaca coronária e doença cerebrovascular. O tabagismo afeta também a saúde sexual e reprodutiva, redu‑ zindo a fertilidade, e tem sérias consequências para a saúde da mulher grávida, do feto e das crianças. Agrava ainda a saúde dos olhos e boca e provoca o envelhecimento precoce da pele. Entre as oito principais causas de morte em todo o mundo, seis estão associadas ao tabagismo, destacando-se as doenças infla‑ matórias e infeciosas do trato respiratório. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma das princi‑ pais doenças respiratórias associadas ao tabagismo. Trata-se de uma doença que se caracteriza por limitação irreversível do fluxo de ar, devido a anomalias nas vias respiratórias. Os sintomas mais comuns são a tosse produtiva crónica (tosse com expetoração), falta de ar/dificuldade em respirar e fadiga. Nesta doen‑ ça ocorre in‑
SABIA QUE… JÁ PODE FAZER A AVALIAÇÃO DA SUA FUNÇÃO PULMONAR NAS NOSSAS FARMÁCIAS? As Farmácias Holon já dispõem do serviço de Avaliação da Função Pulmonar. Se é fumador; tem sintomas como a tosse crónica; dificuldade em respirar e cansa-se facilmente, deverá realizar este exame. Fale com o seu Farmacêutico Holon!
flamação dos brônquios (bronquite) e a destruição do pulmão (en‑ fisema). A principal causa da DPOC é precisamente o tabagismo, sendo este responsável por cerca de 80% das mortes por DPOC. É das poucas doenças que a Organização Mundial de Saúde prevê que continue a aumentar no século XXI. Em 1990, a DPOC repre‑ sentava a sexta causa de morte a nível mundial, estimando-se que em 2030 se torne a terceira causa de morte em todo o mundo. A espirometria, ou o “teste do sopro”, é o exame que permite avaliar a função pulmonar que, por sua vez, é crucial no diagnóstico preco‑ ce das doenças pulmonares, como é o caso da DPOC. É um método simples e não-invasivo que permite avaliar o estado do sistema res‑ piratório, isto é, se o padrão ventilatório do pulmão está normal ou se há obstrução, restrição, ou uma combinação de ambas, através da medição do volume de ar que a pessoa é capaz de mobilizar.
JÁ CONHECE O SERVIÇO DE CESSAÇÃO TABÁGICA DAS FARMÁCIAS HOLON? As Farmácias Holon, enquanto espaços de saúde que privilegiam o atendimento personalizado, baseado na relação de proximidade e confiança com os seus utentes, têm já ao seu dispor um serviço de cessação tabágica. Informe-se junto do seu farmacêutico Holon e deixe de fumar o mais cedo possível. Agora é o momento certo para deixar de fumar. Não fume, pela sua saúde!
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> BEBÉ & MAMÃ HOLON
O SONO DO BEBÉ O sono é fundamental para o crescimento do seu bebé, pois é durante este período que ocorre «o desenvolvimento de competências cognitivas e integração de novas aprendizagens». Saiba quantas horas o seu bebé deve dormir e aprenda algumas estratégias para um sono melhor.
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PONHA EM PRÁTICA
A chegada de um bebé à família pode ser um desafio. Os perío‑ dos de sono e de descanso podem ser, sobretudo nos primeiros meses de vida, difíceis de organizar. «O bebé necessita de ser ali‑ mentado frequentemente, mesmo no período noturno, o que vai dificultar o descanso dos pais», alerta Nádia Vieira Pereira. O sono insuficiente, seja em qualidade seja em número de horas de descanso, tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pais, mas sobretudo na do bebé porque é um momento de reorganização de funções e de recuperação física e psíquica. Na criança, o sono insuficiente está associado à «maior irritabi‑ lidade, choro mais frequente e maior dependência do cuidador», indica a médica pediatra do Centro da Criança e do adolescente do Hospital CUF Descobertas. Já nos pais, a privação de sono está relacionada «não só com problemas psicossociais (labilidade emocional, humor depressivo e baixa tolerância à frustração) como também pode ser a causa de doenças como a diabetes, hipertensão arterial e obesidade». Espe‑ cialmente nos primeiros meses é fundamental, como recomenda a especialista, «que haja uma boa comunicação entre o casal, com divisão de tarefas e definição de prioridades, de modo a que ambos possam desfrutar de algumas horas de sono». Especificamente no caso da mãe que amamenta «deve aproveitar os momentos de sono do bebé para descansar e repor energias», remata. ENTRE 12 A 16 HORAS É durante o sono que o organismo mantém uma intensa ativi‑ dade, «ocorrendo processos importantes para o crescimento do bebé, desenvolvimento de competências cognitivas e integração de novas aprendizagens», reforça Nádia Vieira Pereira, daí a ne‑ cessidade e a preponderância de o bebé dormir o tempo reco‑ mendado para um crescimento e desenvolvimento mais saudável. No primeiro ano de vida, o desenvolvimento cerebral e as imen‑ sas aquisições cognitivas e motoras «exigem que o número de horas de sono diárias seja maior que a criança em idade esco‑ lar ou adolescente, por isso a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda que um bebé entre os quatro e os 12 meses durma entre 12 a 16 horas por dia (incluindo sestas)», revela a médica pediatra. A partir de um ano de idade e até aos dois anos, as crianças devem dormir entre 11 a 14 horas por dia (incluindo as sestas). «Os bebés com idade inferior a quatro meses não fo‑ ram incluídos nestas recomendações, uma vez que nos primeiros meses de vida o padrão de sono considerado normal apresenta grande variabilidade, não existindo evidência estabelecida de consequências para a saúde», esclarece a especialista.
Para o seu bebé dormir melhor, experimente: - Durante o dia manter a iluminação natural e os ruídos normais da casa; - À medida que se aproxima a hora de o deitar, reduzir a luz e manter um ambiente sossegado; - Quando o bebé acordar durante a noite para comer, mantenha o espaço na penumbra (quanto muito use uma luz de presença) e em silêncio; - Alimente o bebé rapidamente, sem o “estimular”; - Não responda de imediato se o bebé se mexer, pois pode estar a sonhar; - Deite-o quando estiver sonolento, mas ainda acordado. Isto vai ajudá-lo a aprender a adormecer sozinho.
A IMPORTÂNCIA DA ROTINA Apesar do sono ser uma necessidade básica, nem todos os bebés dormem bem. «Alguns precisam de aprender a dormir convenien‑ temente», refere Nádia Vieira Pereira. Existem algumas regras de higiene do sono que facilitam a aprendizagem. «É importante manter uma rotina diária em relação aos horários de dormir e acordar e desenvolver um ritual na hora de dormir adequado à idade e desenvolvimento do bebé, que se deve man‑ ter constante ao longo dos dias», esclarece a médica, especifi‑ cando que «deve haver um período de sossego antes da hora de deitar, em que se privilegiam atividades menos estimulantes, seguido de uma sequência de acontecimentos que terminam no deitar o bebé na cama, como mudar a fralda ou vestir o pijama». Ao colocar em prática estas estratégias, o bebé deverá «ser ca‑ paz de adormecer na sua cama sem a presença do adulto». NO QUARTO DOS PAIS Cada bebé tem, contudo, o seu padrão de sono, que depende do seu temperamento e do ambiente que o envolve. De acordo com a AAP, nos primeiros meses de vida, os bebés devem dormir no quarto dos pais. Recomenda-se, contudo, que durma, de costas, no seu próprio berço, pois isto diminui em 50% o risco da síndro‑ me de morte súbita infantil e ainda o de asfixia. Para melhorar o sono do bebé, é ainda importante evitar o seu sobreaquecimento. Como tal, é recomendado que a criança seja vestida apropriadamente para o ambiente em que está, apenas com mais uma camada de roupa do que um adulto usaria para estar confortável no mesmo ambiente. É ainda desaconselhado que, ao dormir, se tape a cabeça do bebé. A utilização de chuchas para dormir não constitui um problema, mas estas não devem estar presas à roupa do bebé devido ao risco de estrangulação.
Referências bibliográficas: “Bedtime habits for infants and children”, in MedlinePlus
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SÓNIA CASTRO Podologista
> PODOLOGIA HOLON
CALÇADO ADEQUADO = PÉS SAUDÁVEIS! A grande maioria dos problemas podológicos resulta do uso de calçado inadequado. A escolha do calçado é muito importante para a saúde do pé, assim como para o seu bem-estar físico e psíquico! O calçado inadequado é uma das principais causas de dor no pé, pernas e coluna, sendo responsável por uma má postura, entorses e lesões. Muitas vezes, o foco na estética, no preço ou na moda, sobrepõe-se ao conforto e à adequação do sa‑ pato a uma postura correta. E a realidade é que a indústria do calçado é cada vez mais estandardizada, dificultando, inevita‑ velmente, a nossa escolha. Na hora de selecionar o “sapato ideal” – principalmente, para quem passa muito tempo de pé ou tem problemas nos pés – siga esta máxima: “O sapato deve adaptar-se ao pé. Não é o pé que deve adaptar-se ao sapato”. A ideia generalizada de que podemos comprar um sapato que está justo, ou um pouco apertado, e que após uns dias de uso ele se adapta, está errada! O facto de ter alargado com a ajuda do pé significa que o pé esteve comprimido, apertado e em es‑ forço dentro do sapato e o mais certo é ter provocado dor ou incómodo. O pior, porém, é que certamente provocou alterações ou deformações osteoarticulares e/ou músculo-ligamentares que, por vezes, não são imediatamente visíveis. Contudo, no
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futuro podem ter consequências devastadoras para o pé, como são exemplos os joanetes, os dedos em garra, e os ca‑ los ou calosidades, entre outras patologias que re‑ querem o tratamento de um especialista, o Podologista.
A SOLUÇÃO A escolha de sapatos, meias, ortóteses plantares (palmilhas) ortóteses digitais (elementos de silicone que protegem os de‑ dos), devem respeitar a biomecânica do pé, favorecer e permitir o arejamento da pele, não impedir a liberdade dos dedos, evitar o deslizamento do pé para a frente e a estabilidade transversal do pé, evitando desequilíbrios e instabilidade do pé. Assim, as principais características a ter em conta na escolha do calçado para o dia a dia são: ✔ Pele natural ou couro; ✔ Sola amortecedora/confortável (borracha ou couro) e fle‑ xível, mas não demasiado mole para que não haja movimentos de torção do pé; ✔ Frentes amplas que respeitem o volume do pé e dos dedos para que caibam em toda a sua amplitude e se movam dentro do sapato, sem sofrerem apertos e deformações; ✔ Contraforte no calcanhar que sustente o calcanhar e im‑ peça a instabilidade do pé (está contraindicado o uso de sapa‑ tos com contraforte mole no calcanhar); ✔ Salto ideal entre 2 e 3 cm.
Para além disso, deve ter-se em conta os seguintes factos: ✔ Não comprar os sapatos ao final do dia (quando o pé está mais dilatado); ✔ Escolher o número do sapato atendendo ao comprimento do dedo mais comprido, que nem sempre é o “dedo grande” (Hállux); ✔ Evitar costuras, principalmente ao nível dos dedos; ✔ Os sapatos podem ter velcros, fivelas, elásticos ou ataca‑ dores que facilitam o ajustamento ou alargamento do sapato mediante a necessidade; ✔ Devemos optar por marcas ou modelos de sapatos que já conhecemos, que tenhamos usado ou que sabemos que nos farão sentir bem. Existe, contudo, uma curiosidade quanto aos saltos dos sapatos/ inclinação do pé das mulheres: o salto máximo fisiológico depen‑ de do declive do pé (inclinação do pé). O declive (relação entre o comprimento do pé e a altura do tacão) máximo fisiológico é de 10º. Qualquer declive superior possibilitará alterações prejudiciais ao restante membro inferior e à coluna. Por exemplo: • Se calça 36/37 o salto máximo fisiológico é 3,5cm; • Se calça 38/39 o salto máximo fisiológico é 4cm; • Se calça 40/41 o salto máximo é 4,5cm.
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> PREVENÇÃO SAÚDE
COMER BEM PARA DORMIR MELHOR! Os maus hábitos alimentares influenciam diretamente a qualidade do nosso sono, assim como o número de horas que dormimos interfere no nosso apetite. É, por isso, essencial encontrar um equilíbrio.
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A dificuldade em ter uma boa noite de sono é um problema co‑ mum para grande parte da população mundial e os portugueses não são exceção! De acordo com um inquérito realizado pela DECO – Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor, cer‑ ca de 60% dos portugueses têm problemas de sono, embora apenas metade esteja diagnosticada. Dos 1.106 participantes no estudo, 40% acusam um alto nível de sonolência afetando a produtividade e aumentando o risco de acidentes, e 25% tomam medicamentos para dormir. A culpa é, em grande parte, dos maus hábitos que se multiplicam e vão desde o constante contacto com aparelhos eletrónicos até à irregularidade de horários e pou‑ cas horas de sono, passando também pela alimentação. O sono e a alimentação são dois dos pilares de uma vida saudá‑ vel. Não será de admirar que ambos estejam intimamente ligados. São vários os estudos que têm demonstrado, por um lado, que a privação de sono afeta a aquisição de massa corporal, e, por outro, que os nossos hábitos alimentares também podem ter in‑ fluência na quantidade e qualidade do sono, bem como no tempo que demoramos a adormecer. Quer isto dizer que aquilo que comemos pode melhorar ou pre‑ judicar o nosso sono, da mesma forma que quem dorme menos ou tem um sono de pouca qualidade tem maior probabilidade de consumir alimentos mais energéticos e menos saudáveis. A INFLUÊNCIA DO SONO NA ALIMENTAÇÃO Para além da sua importante função biológica, nomeadamen‑ te por influenciar positivamente a aprendizagem, a memória, a função cognitiva e quase todos os processos fisiológicos, o sono permite recuperar do período anterior que estivemos acordados e preparar o organismo para o próximo período de vigília. A sua qualidade pode ser influenciada por diversos fatores, desde a obesidade, o aumento do perímetro abdominal e a inflamação das amígdalas, até à existência de patologias do sono, como a apneia do sono e a narcolepsia. As alterações no sono podem desregular a resposta imunitária e alterar os níveis hormonais de leptina e grelina, as hormonas responsáveis pela regulação de apetite. Normalmente estão em equilíbrio, mas em caso de privação de sono a leptina desce, au‑ mentando o desejo de comer e a grelina sobe, diminuindo a sacie‑ dade, o que constitui um fator de risco para o aumento de peso. A privação de sono leva também à redução da hormona do cres‑ cimento, que por sua vez, leva à diminuição do tónus muscular e acumulação de gordura.
O QUE COMER PARA UM SONO REPARADOR Cada alimento possui substâncias e propriedades que podem causar um determinado efeito no nosso organismo. Está provado cientificamente que as comidas mais açucaradas dão sono, assim como a comida rica em gordura saudável facilita a nossa con‑ centração ao longo do dia. Daí a importância de ingerir alimentos como frutos secos, abacate ou peixe. Comer de forma equilibrada e saudável, de modo a permitir que o corpo absorva os nutrientes adequados, ajuda o cérebro a produzir os neurotransmissores necessários para se ter um sono adequado e tranquilo. No entanto, mais importante do que consumir alimen‑ tos específicos, é a forma como os distribuímos ao longo do dia. A ciência tem mostrado que comer menos fibras, mais gordura saturada e mais açúcar ao longo do dia está associado a sonos mais leves e menos restauradores, com mais despertares duran‑ te a noite. É igualmente importante não fazer refeições de difícil digestão, ricas em gordura ou molhos condimentados, que podem causar azia, o que origina dificuldades em adormecer. Ao final do dia, as escolhas devem recair sobre hidratos de carbo‑ no complexos e ricos em fibra, como legumes, aveia, banana, pão integral, sementes ou frutos secos. É aconselhável não comer muito antes de dormir, pelo que o jantar deve ocorrer pelo menos três horas antes da hora em que nos deitamos. É fundamental que seja uma refeição leve, poucas proteínas, uma vez que po‑ tenciam uma digestão mais prolongada e com alimentos ricos em omega-3. De evitar também, sobretudo nas horas que antece‑ dem o deitar, a ingestão de álcool e cafeína, dois inimigos diretos de um sono reparador e tranquilo.
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ADRIANA SANTOS Nutricionista NÍDIA RODRIGUES Nutricionista
> NUTRIÇÃO HOLON
A ALIMENTAÇÃO CERTA PARA A SAÚDE DA MULHER! Ao longo da vida, a mulher passa por diferentes fases que envolvem alterações hormonais e que, por isso, carecem de necessidades nutricionais específicas. O ciclo menstrual, a gravidez e a menopausa têm características próprias e todas incluem variações hormonais que provocam alterações no humor e na saúde física.. > 33
A nutrição tem um papel importantíssimo na qualidade de vida da mulher, tanto na juventude quanto no envelhecimento. É essen‑ cial manter uma alimentação saudável e equilibrada para ameni‑ zar todos os sintomas associados. ALIMENTAÇÃO E TENSÃO PRÉ MENSTRUAL (TPM) Inchaço, dores de cabeça e nos seios, alterações de humor e von‑ tade de comer chocolate compulsivamente são alguns sintomas da tensão pré-menstrual (TPM). Durante este período há uma diminuição dos níveis de estrogénio e um aumento da progeste‑ rona, que leva à diminuição acentuada da serotonina (a hormona da auto estima e do bem-estar). Durante esta fase, o organismo necessita de um reforço de nutrientes como: - Vitamina B6 – Cereais integrais, banana, castanhas, legumino‑ sas como feijão, lentilha e grão-de-bico. - Vitamina D – Ovos, leite e salmão. Além disso, não deixe de se expor ao sol pelo menos 15 a 20 minutos. - Vitamina E – Cereais integrais, nozes, castanhas, azeite, azei‑ tona, óleo de soja e de girassol, milho, gema de ovo, agrião e gér‑ men de trigo. - Cálcio – Leite e vegetais de cor verde-escura. - Magnésio – Cereais integrais, vegetais de folhas verdes escu‑ ras e castanhas. - Zinco – Carnes magras, peixes, leite, cereais integrais, feijões e nozes. - Ácido fólico – Vegetais de folhas verdes escuras que devem
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ser consumidos crus (rúcula, acelga, agrião ou alface). - Ácidos gordos | Ómega 3 - Salmão, sardinha, óleo de soja, azeite, linhaça. Já o Ómega 3 está presente em alimentos como óleo de milho, óleo de girassol, leite, ovos, lula e açafrão. - Fibras – Grãos, cereais, frutas e vegetais. É ainda importante beber muitos líquidos, nomeadamente água e tisanas, para ajudar a desinflamar, e evitar o consumo de bebidas que contêm cafeína, pois aumentam a irritabilidade, aceleram o batimento cardíaco e podem causar insónias. Durante esse perío‑ do, reduza ainda a ingestão de gorduras saturadas, como fritos, carnes vermelhas e queijos gordos. ALIMENTAÇÃO E GRAVIDEZ Uma dieta pouco nutritiva pode ocasionar problemas sérios para o desenvolvimento do bebé e afetar a saúde da mulher, como a prematuridade e alterações negativas da capacidade cognitiva. Além disso, aumentam os riscos de doenças futuras, como a obe‑ sidade e as doenças cardiovasculares. Os malefícios de uma má alimentação também afetam a mulher, que pode apresentar pro‑ blemas como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, doenças que aumentam o risco de mortalidade. Assim, alguns alimentos são especialmente indicados durante este período, por serem fontes de nutrientes essenciais:
✔ Ovos e Carne ✔ Salmão ✔ Feijão ✔ Aveia ✔ Leite e derivados ✔ Couve ✔ Frutas cítricas ✔ Arroz integral ALIMENTAÇÃO E MENOPAUSA A menopausa é muito mais do que o fim do ciclo fértil. O período, que acontece entre os 45 e os 55 anos, é marcado por uma queda na produção do estrogénio, hormona responsável pela distribuição da gordura corporal, pela fixação do cálcio nos ossos e pelo equilí‑ brio das gorduras no sangue. Na menopausa, é comum que surjam alguns efeitos desagradáveis, como ondas de calor, insónia, ansie‑ dade, ganho de peso, alterações de humor, dores de cabeça e lap‑ sos de memória. Por isso, é mais comum que mulheres após a me‑ nopausa desenvolvam doenças cardiovasculares e osteoporose. Os alimentos seguintes ajudam o organismo a estar mais prepa‑ rado para este desequilíbrio hormonal: - Leite e derivados – Ajuda a evitar o enfraquecimento dos ossos, que pode resultar na osteoporose. Além destes, é impor‑ tante consumir hortaliças verdes escuras, como brócolos, rúcula, espinafres e couve. - Peixes - É importante o consumo de peixes, como a sardinha e o salmão, por serem ricos em ómega 3. - Oleaginosas - Castanhas, avelã, nozes e amêndoas são fontes de vitamina E, que ajuda a aliviar as ondas de calor típicas da me‑ nopausa. A castanha do Pará é especialmente indicada por conter o mineral selénio, que ajuda a fortalecer as funções cerebrais. - Chocolate negro - Possui triptofano, uma substância que estimula a produção da serotonina, a hormona do bem-estar e autoestima, ajudando a evitar problemas como depressão e an‑ siedade. A banana, o leite e as sementes de abóbora também são ótimas fontes de triptofano. É importante ressalvar que de nada adianta inserir apenas determi‑ nados alimentos na alimentação, se essa mudança não for introdu‑ zida na sua rotina. Portanto, procure um nutricionista para adequar a alimentação às suas necessidades e fase em que se encontra!
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> RECEITA SAUDÁVEL
INGREDIENTES • 150g de lentilhas • 80 g de cebola • 1 dente de alho (3g) • 2 colheres de sopa de azeite (12g) • 1 folha de Louro • 220g tomate maduro • 150g de cogumelos frescos • 250g de medalhões/lombos de Pescada • Pimenta preta q.b. • Açafrão q.b. • Orégãos q.b. • Sal q.b.
Informação Nutricional por pessoa Calorias (kcal) 522 | ProteÍnas (g) 67 | Lípidos (g) 23,1 | Hidratos de carbono (g) 35,8
LENTILHAS COM PESCADA E COGUMELOS Modo de preparação: • Descasque a cebola e o dente de alho. Pique tudo e deite no tacho; • Adicione as lentilhas, o azeite, o louro, o tomate (sem pele e picado) e 0,5L de água; • Após levantar fervura, tempere com pimenta preta, açafrão, orégãos e sal a gosto; • Deixe cozinhar durante 15 minutos; • Corte a pescada e os cogumelos em pedaços pequenos e adicione-os ao preparado das lentilhas; • Deixe cozinhar durante mais 10 minutos e estará pronto a servir.
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LENTILHA A lentilha, de nome científico Lens culinaris Medik, é uma leguminosa que provém da cultura de grãos secos e possui excelentes propriedades nutricionais. Estas apresentam uma grande varie‑ dade de cores, sendo as mais comuns as verdes, as vermelhas e as castanhas. O seu consumo é benéfico para as mulheres, devido à quantidade de ácido fólico que estas possuem: 100g destas leguminosas correspondem a 45% das necessi‑ dades diárias de ácido fólico! Outro nutriente da lentilha, importante para a saúde feminina, é o ferro. São ainda ricas em proteína vegetal, sódio, potássio, vitamina B6, tiamina e zinco.
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> VIVA MAIS
CANOAGEM PARA TODOS OS GOSTOS A canoagem é constituída por várias disciplinas, podendo optar por uma mais “calma” ou por algo mais radical, que proporcione mais adrenalina, como o kayaksurf. > 38
A canoagem é uma modalidade cada vez mais conhecida em Portugal devido à «sua prática generalizada ao longo de todo o território; aos excelentes resultados alcançados em Taças do Mundo, Campeonatos da Europa e do Mundo e Jogos Olímpicos; e à organização de eventos internacionais com grande sucesso», diz André Coelho, coach na Federação Portuguesa de Canoagem (FPC). Estes fatores, aliados às boas condições climáticas do nos‑ so país, possibilitam a prática durante todo o ano, sendo que é possível praticar canoagem em rios, mares, lagos e piscinas. BENEFÍCIOS FÍSICOS E MENTAIS São inúmeras as vantagens que a canoagem oferece aos seus praticantes. A nível físico, como indica o coach, podemos consi‑ derar como benefícios da sua prática «a melhoria e intervenção positiva da aptidão física, sobrepeso e obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão ou dislipidemia». Já ao nível psicológico e de bem-estar, a prática da canoagem tem «intervenção positiva no stress e ansiedade, assim como na depressão». Os cuidados a ter, aquando a prática de canoagem, são os mesmos de outras modalidades desportivas: «um exame mé‑ dico desportivo para garantir que a pessoa está apta a realizar exercício físico e procurar entidades e associações que ajudem nesse início, para garantir a segurança», aponta André Coelho. Não existirão contraindicações, para praticar canoagem, «se as regras de segurança forem priorizadas e acompanhadas por al‑ guém capacitado». A canoagem, como remata o coach, pode ser praticada por toda a família após os oito anos de idade».
UM POUCO DE HISTÓRIA As canoas foram desenvolvidas ao longo de milhares de anos. Primeiro pelos povos nativos da América do Norte. Um pouco mais tarde pelos ilhéus da Polinésia e pelos habitantes dos grandes cursos de água mun‑ diais. Durante muitos anos, foi este o meio de trans‑ porte mais usado na colonização dos Estados Unidos da América e Canadá, Amazonas e Polinésia. A canoagem consta, desde 1924, do programa olím‑ pico, tendo-se alargado desde Munique (1972) às provas de slalom. Os portugueses só começaram a participar em competições olímpicas desde os Jogos de Seul (1988). Até ao momento, foram 17 os atletas que participaram na maior competição mundial, quer em canoagem quer em águas bravas. José Garcia, que esteve presente em três olimpíadas, conseguiu um 6.º lugar em K1 nos Jogos Olímpicos de Barcelona. Em Londres, Emanuel Silva e Fernando Pi‑ menta conquistaram a primeira medalha de Prata da modalidade em K2 1000 metros.
CHECK LIST A canoagem é constituída por várias disciplinas como velocida‑ de, canoagem de mar, kayak polo, kayaksurf, maratona, primei‑ ras pagaiadas, rafting, slalom e turismo náutico. Em todas elas, os equipamentos transversais são um kayak e/ou uma canoa, pagaia (espécie de remo) simples e/ou dupla. O colete salva-vi‑ das e a bola dependem da disciplina. André Coelho informa que existem duas especialidades: «a ca‑ noa que é propulsionada com um joelho apoiado e com uma pagaia simples (de uma só pá), sendo uma embarcação sem leme, utilizando-se diferentes tipos de pagaiada para mudar de direção. E o kayak, que se pagaia numa posição sentada e com uma pagaia dupla (de duas pás). É uma embarcação com leme controlado pelo atleta que vai à frente pelo inclinar dos pés para a direita ou para a esquerda».
Referências Bibliográficas: Comité Olímpico de Portugal
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JOANA GODINHO FERREIRA Farmacêutica
> DERMOFARMÁCIA HOLON
AFINAL, O QUE É A ACNE? A Acne é uma das doenças de pele mais frequentes e afeta cerca de 85% a 100% da população em qualquer momento da sua vida. Normalmente surge na adolescência, tanto em rapazes como em raparigas, sendo que 4 em cada 5 adolescentes são afetados. No entanto, pode atingir outros grupos etários, como mulheres acima dos 30 anos ou mesmo recém-nascidos. Embora não seja uma doença grave, a acne apresenta um impacto psicológico negativo, que influencia a autoestima. Se não for trata‑ da, pode levar ao aparecimento de cicatrizes e marcas inestéticas, que são mais difíceis de tratar.
pele) desenvolve-se a Acne inflamatória, com borbulhas vermelhas (pápulas) ou brancas com pus (pústulas). No entanto, se ocorrerem os dois tipos em simultâneo, falamos de Acne mista. COMO POSSO TRATAR A ACNE?
O QUE É A ACNE? A Acne é uma doença de pele em que os folículos pilosos produ‑ zem excesso de gordura sebácea e que se manifesta, geralmente, pelo aparecimento de borbulhas e pontos negros. As áreas mais afetadas são a face, o pescoço, os ombros, as costas e o peito (zo‑ nas que apresentam maior número de folículos sebáceos). COMO SE MANIFESTA A ACNE? A Acne pode manifestar-se de diferentes formas, consoante a pessoa. O aumento da produção de gordura sebácea nos folículos e o espessamento da pele levam à obstrução dos poros. Quando há oxidação de gordura sebácea aparecem os pontos negros, o que se designa de Acne retencional. Se a isto associarmos a prolife‑ ração bacteriana (bactérias que existem naturalmente na nossa > 40
O tratamento é definido considerando o tipo de imperfeições pre‑ sentes. De um modo geral, este tratamento baseia-se na diminui‑ ção da produção de gordura, no controlo e redução da infeção e na aceleração da renovação da pele. Aconselhe-se com o seu farmacêutico Holon e saiba qual o melhor tratamento para si!
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> ENTREVISTA ESPECIAL
VANDA MIRANDA E PAULO FERNANDES «DAMOS TUDO» PARA ACORDAR OS NOSSOS OUVINTES Vanda Miranda, Paulo Fernandes e Susana Romana são uma das equipas radiofónicas que, todos os dias, acordam os portugueses. Amizade e respeito fazem com que seja fácil estar «frescos e bem dispostos» logo pela manhã. REVISTA H - QUAL O SEGREDO PARA SUCESSO DA VOSSA EQUIPA? VM & PF – Boa disposição e, por mais sono que tenhamos, sabe‑ mos que estamos deste lado para acordar os nossos ouvintes e para os levar a caminho do trabalho. Por isso, damos tudo!
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H - A QUE SE DEVE TODA A BOA DISPOSIÇÃO MATINAL? VM & PF – Parte muito de nós, pois temos bom acordar, somos aquilo a que se chama “morning people”. Damo-nos bem, respei‑ tamo-nos e, por isso, não temos que fazer nenhum esforço para estar frescos e bem dispostos pela manhã.
H - VANDA, É DIFÍCIL TRABALHAR COM O PAULO? VM - Não é nada difícil, demo-nos bem desde o primeiro dia e, de facto, ter uma boa relação com a pessoa com quem se acorda todos os dias é importante para a boa energia, dentro e fora do programa. H - PAULO, COMO É “ACORDAR” COM A VANDA TODOS OS DIAS? PF - É muito bom. Ela tem bom acordar e é uma querida… Como ela sai primeiro da cama do que eu, peço-lhe sempre para não fa‑ zer barulho e ela, querida que é, não faz barulho nenhum, e ainda me dá um beijinho (risos). Um dia as pessoas vão acreditar que realmente vivemos juntos. H - PORQUÊ A RÁDIO? VM - Não sei explicar porque faço rádio desde os 17 anos e nun‑ ca fiz outra coisa. Sei que gosto de comunicar e gosto do fee‑ dback do público, nomeadamente quando me dizem que torno o início do dia mais fácil. PF - Como um grande amor… Começou um pouco por acaso, tor‑ nou-se uma paixão, transformou-se num amor e agora faz parte da minha vida dia, já lá vão quase 17 anos. H - A VOZ É O VOSSO INSTRUMENTO DE TRABALHO. ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS QUE TENHAM COM A MESMA? VM - Nada de especial. Evito ter o ar condicionado ligado no frio porque me provoca imediatamente rouquidão. PF - Tento não andar constipado, não esforçar muito a voz, não beber coisas muito frias, não fumo, bebo apenas socialmente e tento poupar-me ao máximo no que diz respeito a andar aos ber‑ ros (risos). H - HOJE A RÁDIO NÃO É SÓ VOZ. AS PESSOAS RECONHECEM-VOS NA RUA? COMO LIDAM COM ESSAS SITUAÇÕES? VM - Lido bem. Por ser um pouco tímida, estranhava um pouco no início. Hoje em dia já estou mais à vontade e encaro isso como a valorização do nosso trabalho. PF - É giro, mas o mais importante é perceber que se isso acon‑ tece é porque estamos a fazer alguma coisa bem, e se estamos a fazer bem, é para manter ou melhorar. H - SÃO PESSOAS PREOCUPADAS COM A SAÚDE? VM - Eu sou hipocondríaca (risos). Sou atenta à minha saúde. Vou a consultas de rotina, nomeadamente aquela que nenhuma mulher se devia esquecer: ginecologia, e os exames normais que todas devemos fazer. PF - Confesso que sou um pouco desleixado com a saúde… Mas faço exercício físico, tento não fazer muitas asneiras na alimen‑ tação e tento não tomar medicamentos.
H - TÊM ALGUM HOBBY? VM - Bricolage. Sou uma “bricoleira”. PF - Treinar cães. H - O QUE É QUE VOS FAZ FELIZES? VM & PF - Termos tempo para fazermos aquilo que gostamos: seja viajar, estar com a família, ter saúde, trabalhar também, e termos tempo para nós. H - O QUE É QUE VOS MOVE E MOTIVA? VM - Fazer o que gosto. PF - Ser feliz e se puder ganhar dinheiro a sê-lo, tanto melhor. H - QUE “RELAÇÃO” TÊM COM A FARMÁCIA E COM OS FARMACÊUTICOS? VM – Todos acabamos por ter aquelas farmácias onde vamos regularmente. É normal que se crie uma relação de proximidade com o farmacêutico até porque acaba por ser a primeira pessoa a quem pedimos conselhos em questões de saúde. PF – Tenho um profundo respeito, porque muitas vezes são os primeiros a aconselhar-nos e a ajudar-nos. H - CONHECEM AS FARMÁCIAS HOLON? VM - Sim, claro! PF - Não, mas a partir de agora já conheço. Vamos sempre a tem‑ po de aprender (risos).
Vanda Isabel Rodrigues Miranda Idade: 46 (Mas parece que tenho 36 sem fazer nenhum esforço (risos)) Naturalidade: Margem Sul do Tejo Filmes: “Sexto Sentido”, “Seven”, e voltando à adolescência “Top Gun” Livro: Estou a ler “Uncommon Type” de Tom Hanks Música: O meu género preferido é rock e tenho uma paixão pelos anos 90 Viagem: Gostava de ir à Nova Zelândia Comida: Risotto
Paulo da Silva Afonso Fernandes Idade: 38 anos Naturalidade: Lisboa Filmes: “Braveheart”, “Resgate do Soldado Ryan”, “Forrest Gump”, “Regresso ao Futuro” Livro: Atualmente, bulas de cremes para criança (Com duas filhas pequenas não há tempo para mais) Música: Anos 90 Viagem: Fiz várias que adorei: Escócia, Roma, Tailândia, Maldivas, Bali, Cuba, Nova Iorque, Dinamarca… Comida: Muitas, mas franguinho da Guia até choras
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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
SANDRA MARTINS PEREIRA Associação Portuguesa dos Cuidados Paliativos
«A NOSSA RESPOSTA NÃO PODE PASSAR POR TERMINAR COM A VIDA DE ALGUÉM QUE SOFRE» Investigadora e professora convidada do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa, Sandra Martins Pereira é a candidata nomeada pela Associação Portuguesa dos Cuidados Paliativos à direção da European Association for Palliative Care. À H explica-nos que, em situações de doenças graves e incuráveis, «doentes e famílias estão em condição de vulnerabilidade acrescida, competindo a todos nós responder com responsabilidade e solicitude».
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REVISTA H – QUAL O ESTADO DOS CUIDADOS PALIATIVOS – CUIDADOS QUE SE DESTINAM A MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS DOENTES, E DAS SUAS FAMÍLIAS, QUE ENFRENTAM UMA DOENÇA GRAVE OU INCURÁVEL – EM PORTUGAL? SANDRA MARTINS PEREIRA (SMP) - Todos sabemos que as ne‑ cessidades de cuidados paliativos são ainda superiores à oferta existente e que há claras iniquidades (geográficas, económicas, de idade e de diagnóstico) no acesso a cuidados paliativos es‑ pecializados. Porém, creio que, em comparação com vários países europeus, não ficamos aquém na qualidade e rigor dos cuidados prestados a doentes e famílias e temos uma grande oferta for‑ mativa pós-graduada que contribuiu para a formação de cente‑ nas de profissionais de saúde. Além disso, temos hoje uma Lei de Bases de Cuidados Paliativos, uma Rede Nacional de Cuidados Paliativos, uma equipa coorde‑ nadora desta mesma rede, planos estratégicos para o desenvol‑ vimento dos cuidados paliativos, uma associação nacional cada vez mais forte e ainda cidadãos mais conscientes do seu direito a este tipo de cuidados. Podemos continuar a esperar muitos desafios, sobretudo em termos de justiça no acesso a cuidados paliativos para todos os que deles necessitam e a corresponden‑ te alocação dos recursos necessários. Não obstante, temos já co‑ nhecimento, experiência, maturidade e resiliência para fazer face a estes e outros desafios. H - QUAL O SEU PONTO DE VISTA EM RELAÇÃO À EUTANÁSIA? SMP - A minha posição é a de que esta prática não deve ser lega‑ lizada e não se inscreve no âmbito dos cuidados paliativos. O porquê desta minha posição é fundamentado em razões de natureza e origem distinta. Contudo, mais do que elencá-las, gos‑ taria de afirmar que somente consigo imaginar o sofrimento de alguém que solicita a um outro ser humano que termine com a sua vida. A questão aqui é se, enquanto seres humanos, indiví‑ duos e sociedade, queremos que a resposta seja essa: pôr fim à vida do doente a seu pedido. A nossa resposta não pode passar por terminar com a vida de alguém que sofre, mas por procurar e encontrar respostas, estratégias, intervenções cada vez mais eficazes para alívio desse sofrimento. Essas respostas existem quando são prestados cuidados paliativos de qualidade. H - NO ÂMBITO DE DOENÇAS GRAVES E INCURÁVEIS, O DOENTE TEM, MUITAS VEZES, UM CUIDADOR QUE É INFORMAL. EM QUE PONTO ESTAMOS EM TERMOS DO ESTATUTO DO CUIDADO INFORMAL?
SMP - Creio que o esta‑ tuto do cuidador informal é algo essencial e funda‑ mental. Sem os cuidado‑ res informais (muitos dos quais familiares e também eles em sofrimento) não seria possível assegu‑ rar muitos dos cuidados prestados a vários doen‑ tes, particularmente no domicílio. Chegámos ao ponto em que todos reco‑ nhecemos este estatuto. Mas espero sinceramente que este se operacionali‑ ze em medidas efetivas e concretas, particularmente em termos de articulação direta e fácil com os cuidados de saúde e de apoio social já existentes.
H - QUAL O IMPACTO DA DOENÇA DE QUEM É CUIDADO NA VIDA DO CUIDADOR INFORMAL? SMP - Este impacto, particularmente quando o doente é um fa‑ miliar ou um ente querido, é enorme. Há um grande sofrimento experienciado por todos: a pessoa doente que sofre pelo sofri‑ mento que causa e os familiares ou entes queridos que assistem às perdas sucessivas, ao impacto da doença na vida e pessoa que amam. Considerando este impacto, é fundamental que to‑ dos tenhamos sensibilidade ética e humana para reconhecer e acolher este sofrimento, prestando cuidados de forma holística e integrada. H - O QUE PODEM OS CUIDADORES INFORMAIS FAZER PARA ALIVIAR ESTA SOBRECARGA? SMP - Os cuidados de saúde já existentes deveriam considerar a família como um elemento a cuidar e parte do processo de cui‑ dados. Se conseguíssemos que todos os profissionais, equipas e instituições de saúde tivessem esta atitude de acolhimento e integração já seria muito bom. Além disso, há que resgatar o espírito comunitário de outros tempos e de regiões mais periféri‑ cas. Assim sendo, a iniciativa não deveria depender da procura de quem dela necessita. Doentes e famílias estão em condição de vulnerabilidade acrescida; compete a todos nós (profissionais de saúde, sociedade civil) responder com responsabilidade e solicitu‑ de a essa mesma vulnerabilidade.
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> SAÚDE ANIMAL
OS cães e gatos também podem ter alergias! A primavera é a época do ano em que existe mais quantidade de pólenes no ar. Se o seu cão ou gato é alérgico, nesta altura vai ver os sintomas a acentuar! Além disso, se o seu amigo de quatro patas tem acesso ao exte‑ rior, terá mais probabilidades de entrar em contacto com o pólen ao qual é alérgico. A inalação de determinados elementos alérgenos podem provo‑ car lesões na pele e um coçar intenso. Não descuide estes sin‑ tomas e aconselhe-se com o seu médico veterinário. Com uma amostra de sangue é possível saber se o animal apresenta anti‑ corpos agentes alergénicos ambientais.
2) Areje a casa durante as horas centrais do dia ou durante a noite. 3) Evite situações de alta exposição aos pólenes, tal como cortar a relva na sua presença ou o acesso a celeiros. 4) Quando viajar no carro, mantenha as janelas fechadas. 5) Evite saídas para o campo, passeios em parques e zonas ver‑ des em épocas de maior exposição, sobretudo nos dias secos, quentes e com muito vento. 6) Dê banhos que permitam eliminar os agentes alergénicos de‑ positados na pele.
APOSTE NA PREVENÇÃO Deixamos algumas recomendações para reduzir a exposição dos animais aos pólenes: 1) Durante a época de polinização, evite que o seu animal do‑ méstico frequente zonas de vegetação abundante, sobretudo nas primeiras e últimas horas do dia.
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OS PÓLENES QUE CAUSAM MAIS ALERGIA AOS ANIMAIS SÃO OS PÓLENES DE GRAMÍNEAS, ERVAS DANINHAS E DE ALGUMAS ÁRVORES.
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com
eróis
Agora
Júnior
o
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o r e u q Não ! r i m r do >>53 1
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> Diverte-te Olá, amigos! Nesta H Júnior vamos falar-te sobre o sono! Quantas vezes não te apetece dormir e os pais insistem para que durmas? Acredita que eles têm razões para isso! É que o sono é fundamental para o teu desenvolvimento, para aumentar o teu bom humor, a atenção na escola. Descobre, nesta edição, o que acontece no teu corpo enquanto dormes e vais ver que vais querer ir para a cama mais cedo!
Adivinha lá!
Gargalhadas
Que animal demora mais tempo a descalçar-se?
Estavam dois piolhos na careca de um senhor, e diz um para o outro: - Alfredo, vamos embora que este piso é escorregadio!
Solução: A centopeia
Qual o animal que tem todas as vogais no seu nome?
- Papá, o que se sente quanto se tem um filho tão bonito? - Não sei… Pergunta ao teu avô!
Solução: A toupeira
Sopa de letras Encontra esta lista de frutas no quadro ao lado.
UVAS
AMORA
MARACUJA
FRAMBOESA
ABACAXI BANANA LARANJA
MIRTILO GROSELHA
MORANGO
FIGO
CEREJA
TANGERINA
Solução na página 5.
B A N A N A R O M A M C H W V
U O S M W U G W C S A C T F O
T A N G E R I N A V R M N O G
X S A J N A R A L V A B H G N
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> Trocado em Miúdos
Não quero dormir! Quando chega a hora de descansar, são muitas as vezes em que pedes para brincar só mais um bocadinho, fazer o último jogo, beber o último copo de água, fazer mais um xixi… Tudo serve de desculpa para não ir para a cama, mas a verdade é que dormir é muito importante para que possas crescer forte e saudável! Porquê? Porque enquanto dormes acontecem muitas coisas dentro do teu corpo que ajudam ao teu desenvolvimento físico, mental e intelectual. O sono permite o desenvolvimento do sistema nervoso central, a recuperação de energia, assegura também várias funções hormonais (como por exemplo a produção da hormona do crescimento), assim como a capacidade de defesa às infeções. É também durante o sono que é filtrada toda a informação que o teu cérebro recebe durante o dia, o que facilita a retenção das memórias mais importantes. A capacidade de concentração, a aprendizagem, o controlo das emoções e a impulsividade também são influenciados pela quantidade e qualidade do sono. Por tudo isto, é muito importante que te deites cedo!
>>56 4
Uma noite de sono Imagina que te deitas às 21:00… Pelas 22:00, o sangue duplica a quantidade de leucócitos (os famosos glóbulos brancos, responsáveis pelo sistema imunitário, que policiam o teu corpo e ajudam a afastar os vírus e bactérias que te deixam doente), e a temperatura corporal diminui. Às 23:00, cada célula do teu corpo começa a passar por um processo de recuperação e à meia noite, chega o momento em que começas a sonhar (enquanto isso, o nosso cérebro continua a trabalhar). Pela uma da manhã, entras numa fase de sono leve e a partir das 2:00 todos os órgãos do corpo também descansam como tu. O único que permanece ativo é o fígado, que continua a limpar o teu organismo. Às 3:00, a tua pressão arterial atinge o seu nível mais baixo, a tua respiração e pulsação também ficam mais lentas. Por volta das 4:00, o teu cérebro fica com uma quantidade mínima de sangue, e começa a “acordar”. Às 5:00, é hora dos músculos descansarem. Às 6:00, depois de várias horas de descanso, o teu corpo começa a despertar e às 7:00, e “toca o despertador” do sistema imunitário para mais um dia de defesa do teu organismo, um dia cheio atividade e aventuras! Mas só estarás pronto para explorar e descobrir o mundo se tiveres dormido bem. Caso contrário, começarás a ficar cansado rapidamente, sem energia para correr, saltar e brincar com os teus amigos durante todo o dia.
> Dentro e Fora de Casa CINEMA
Como treinar o teu Dragão 3 Decidido a fazer de Berk um verdadeiro libelo ao ideal da convivência pacífica entre homens e dragões, Soluço e seus amigos seguem atrás de caçadores, para não só libertar suas presas mas também impedir a matança desenfreada dos animais. O esforço do grupo desperta a atenção de Grimmel ao descobrir que entre eles está Banguela, um legítimo Fúria da Noite. O vilão então desenvolve um plano para capturá--lo a todo custo, usando como arma uma fêmea capturada, da mesma espécie.
TEATRO
Rapunzel, O Musical Filipe La Féria transformou o célebre conto dos Irmãos Grimm, Rapunzel, num musical que articula o teatro, a música, a dança, uma cenografia (que usa a mais avançada tecnologia) numa encenação com a fantasia e a qualidade artística do Teatro Politeama. Há muitas surpresas e fenómenos neste espectáculo: desde a gigantesca trança com mais de 500 metros, às mais engraçadíssimas cenas que fazem deste um espetáculo muito divertido para ver em família. Recomendado para crianças dos 3 aos 16 anos.
> As melhores Apps
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J D G A W K P Q B V E C Z O R
T J X N C J H R X U Y M Q E R
Solução da Sopa de Letras:
Q I M B G G X B V L G J P S O
R M Z M I R T I L O J C I A G
C C P B D M P U F H C M T V X
Este jogo torna a reciclagem muito divertida! A missão principal é fazer visitas ao nosso Ecoponto Habitual. Ao fazermos check-in desbloqueamos um conjunto de simpáticos bichinhos, os EcoGifts, com os quais vamos preenchendo os nossos cartões BinGo. Cada vez que completamos um cartão ganhamos EcoMoedas – que podemos trocar por variadíssimos prémios.
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O Funny Food é uma app com 17 jogos educacionais para bebés. Figuras geométricas, cores, unidades como partes de um todo, lógica, tamanhos, puzzles… O Funny Food tem possibilidades ilimitadas para manter os mais pequenos ocupados com jogos muito úteis e envolventes!
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Nutri Receitas
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(Creme de curgetes) INGREDIENTES: • 2 batatas médias • 2 dentes de alho • 1 cebola • 2 curgetes
MODO DE PREPARAÇÃO: • 1 fatia de abóbora • 1 colher sopa de azeite • Sal q.b
Leve a cozer os legumes e as batatas em água a ferver. Quando estiverem cozidos triture tudo, tempere com sal e leve de novo ao lume até levantar fervura. Retire do lume, adicione o azeite e envolva bem. Sirva.
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