Sofia Coelho Silva Diretora da Revista H
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA
A FAMÍLIA E A DIABETES
Já imaginou o impacto que a diabetes tem sobre a sua família e amigos? No Dia Mundial da Diabetes, a Federação Internacional da Diabetes (FID) sensibiliza para a importância da família e da nossa rede de apoio. A Diabetes não tratada ou controlada pode levar a complicações que incluem cegueira, amputação dos membros inferiores (Pé Diabético), insuficiência renal ou doenças cardiovasculares. Nesta edição da Revista H alertamos também para os perigos do açúcar e das comidas “coloridas” pelos corantes. O mais recente Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física envolveu uma amostra global de 6.553 cidadãos, com idades compreendidas entre os 3 meses e os 84 anos. Entre os vários resultados alcançados concluiu-se que1: • 17% da população portuguesa ingere, pelo menos, um refrigerante ou néctar por dia; • Um em cada dois portugueses não ingere a quantidade de produtos hortícolas ou de fruta recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Estes dados são preocupantes! A Diabetes é uma doença invisível e uma mudança no estilo de vida é fundamental, através da prática de exercício físico e de uma alimentação saudável e equilibrada. Lembre-se: a sua família, amigos e colegas fazem parte da sua rede de apoio. Se todos conhecerem os sinais de alerta, os sintomas da doença e a melhor forma de a controlar, todos conseguem identificar as situações em que podem ajudar. Saiba mais na sua H40. 1. Retrato da Saúde 2018
• Diretor: Sofia Coelho Silva • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: apoio.cliente@holon.pt
• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Catarina Lopes, Ana Cláudia Dias, Ana Pacheco, Beatriz Mónico, Carla Campos Correia, Joana Ferreira, Luís Antunes. • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E-mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: SALVY • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
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>INDÍCE
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HOLON CUIDA
APRENDA A VIVER COM A DIABETES
BEBÉ E MAMÃ A PRIMEIRA VACINA DO BEBÉ
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DERMOFARMÁCIA HOLON
AÇÚCAR: O INIMIGO DA SUA PELE
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ATUALIDADE
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OPINIÃO
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PONTO DE VISTA
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
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UM DIA TODAS SERÃO ASSIM
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NA PRIMEIRA PESSOA
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FARMÁCIA ATUA
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EM FOCO
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HOLON CUIDA
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BEBÉ E MAMÃ
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PODOLOGIA HOLON
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PÉ DIABÉTICO
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PREVENÇÃO SAÚDE
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NUTRIÇÃO HOLON
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RECEITA SAUDÁVEL
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VIVA MAIS
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DERMOFARMÁCIA HOLON
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ENTREVISTA ESPECIAL
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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
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MONTRA EM DESTAQUE
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SAÚDE ANIMAL
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H JÚNIOR
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ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.
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> ATUALIDADE COMER PEIXE DIMINUI O RISCO DE CANCRO NOS INTESTINOS Um estudo realizado por cientistas da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC) seguiu, ao longo de 15 anos, 476.160 pessoas em toda a Europa, com a finalidade de perceber qual o impacto do consumo de peixe no aparecimento de doenças no intestino. Na verdade, os resultados da investigação publicada na revista Clinical Gastroenteology and Hepatology demonstraram uma redução do risco da doença oncológica na ordem dos 12%, em consequência da ação preventiva do ómega 3. De acordo com Anna Diaz Font, investigadora na agência, «ainda não é claro quais as razões biológicas que explicam os benefícios do consumo de peixe. Porém, sabemos que os ácidos gordos com propriedades anti-inflamatórias, como o ómega 3, e encontrados quase exclusivamente em peixes, conferem um efeito protetor ao organismo».
rativo. Entre 1994 e 2014, foram observados, e comparados, homens que foram pais pela primeira vez por fator natural e por reprodução assistida. Em paralelo, foram também analisados dados clínicos para identificar novos casos de cancro da próstata durante os 20 anos seguintes ao nascimento dos filhos. Os investigadores descobriram que apenas 0,28% dos homens que foram pais por reprodução natural desenvolveram cancro da próstata, contra 0,37% do grupo que recorreu à fertilização in vitro e 0,42% do grupo que recorreu à injeção intracitoplasmática de esperma. FRACA SAÚDE ORAL COMPROMETE SAÚDE EM GERAL
HOMENS INFÉRTEIS COM MAIOR PREDISPOSIÇÃO PARA CANCRO DA PRÓSTATA
Os homens que foram pais através de técnicas de reprodução assistida têm maior predisposição de desenvolver cancro da próstata, avança um estudo observacional de investigadores suecos publicado no British Medical Journal. Partindo da base de que o cancro da próstata e a infertilidade masculina estão relacionados com as hormonas sexuais, um grupo de cientistas da Suécia levou a cabo um estudo compa-
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Uma má saúde oral compromete o bem-estar geral, principalmente nos idosos, revela estudo de revisão de cientistas da área da saúde e medicina dentária da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos da América. Os autores do trabalho publicado no Journal of the American Geriatrics Society recomendam que os profissionais de saúde, nomeadamente os médicos de família, façam um exame oral aquando da consulta de rotina ou encaminhem os idosos para o dentista. Motivos não faltam. Para além da prevalência de cáries, os adultos mais velhos são mais propensos a desenvolver periodontite. Esta infeção bacteriana, que afeta as gengivas e destrói o tecido e osso que suporta o dente, está ainda associada a outros problemas de saúde, como a Diabetes ou doenças cardiovasculares. Outro risco é o disseminar da infeção às próteses articulares e implantes endocárdicos. Os especialistas aconselham que os idosos tenham uma vigilância mais apertada por parte dos seus médicos de família ou cuidadores. De relembrar que as pessoas com demência ou Diabetes apresentam um maior risco de infeção oral, pelo que os cuidados deverão ser redobrados.
ALEXANDRA SOARES Farmácia Normal Vila do Conde
> OPINIÃO
A FARMÁCIA É UM SERVIÇO DE EXCELÊNCIA! «A Farmácia Normal é um espaço de saúde de Primeira Linha, proximidade, confiança, qualidade e profissionalismo. É também um local de integridade, simplicidade, rigor e de fidelização, visando a saúde e o bem-estar dos seus utentes». Este é o mês do nosso aniversário. Este ano celebramos 107 anos! Acompanhámos as mudanças de governos, crises económicas, alterações das políticas de saúde, mudanças da legislação farmacêutica. Mudámos as instalações da farmácia da zona histórica, já despovoada e sem caracterização devido às mudanças da cidade, para uma zona onde não existia qualquer serviço de saúde. Implementámos, também, a filosofia KAIZEN, um modelo de gestão que tem como mote: “Hoje melhor do que ontem; amanhã melhor do que hoje”. Este sistema, juntamente com o apoio dos nossos consultores, a modernização constante do espaço - salvaguardando a identidade da farmácia - e a parceria com diversas entidades, como as Farmácias Holon, tem sido fundamental no sucesso do nosso trajeto! Aliás, com o grupo Holon temos conseguido, para além do aspeto económico e variedade de produtos, apoio nos serviços farmacêuticos diferenciadores e de excelência, bem como na formação contínua, extremamente útil e indispensável a todos os colaboradores. Uma das atividades que realizamos com frequência são inquéritos de satisfação, que nos permitem identificar o perfil dos utentes e obter dados sociodemográficos. Estas informações
ajudam-nos a determinar as necessidades das diferentes gerações, desde a millennial, passando pela Z até à Alpha, adaptando os serviços e os produtos que oferecemos à população. Também realizamos regularmente sessões formativas e de rastreio à população com carácter preventivo e de esclarecimento de determinadas patologias. Para além disso, ajudamos os lares na implementação de medidas de controlo farmacêutico e boas práticas de farmácia. Igualmente importante é a presença da Farmácia Normal nas redes sociais. Este é, sem dúvida, um ponto fundamental para interagirmos com a população e darmos a conhecer as nossas marcas de prestígio, assim como todos os nossos serviços e iniciativas na comunidade. A Farmácia Normal é um espaço de saúde de Primeira Linha, proximidade, confiança, qualidade e profissionalismo. É também um local de integridade, simplicidade, rigor e de fidelização, visando a saúde e o bem-estar dos seus utentes. Esse é, acima de tudo, o nosso objetivo primordial. No entanto, tudo isto seria impossível sem as pessoas que nela trabalham. Temos uma equipa unida, dedicada, empenhada, motivada, com grande capacidade de aprendizagem e adaptação à mudança. O nosso serviço somos nós!
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MARIA JOSÉ REBOCHO Médica Cardiologista Membro do Conselho Técnico-Cientifico da AADIC
> PONTO DE VISTA
A VACINAÇÃO É ESSENCIAL PARA OS DOENTES COM INSUFICÊNCIA CARDÍACA! Existe uma associação direta entre infeção respiratória aguda (principalmente as que ocorrem nos meses de pico da gripe sazonal) e o Enfarte Agudo do Miocárdio. Por essa razão, a Sociedade Europeia de Cardiologia, nas “Guidelines” de 2016, recomenda a Vacinação anual da Influenza (gripe) aos doentes com doença cardiovascular. 1 Atualmente são demasiados os casos não-vacinados entre os grupos de risco e alto risco. Infelizmente, é também essa a situação de pessoas com Insuficiência Cardíaca, que naturalmente apresentam uma maior probabilidade de desenvolver Pneumonia e, consequentemente, maior risco de novos eventos cardiovasculares. Um estudo recente mostrou que após a infeção com vírus da Influenza, o risco de Enfarte do Miocárdio, na primeira semana de infeção, é seis vezes superior.2 Em paralelo, a mortalidade nestes casos foi duas vezes superior à mortalidade habitual. Num artigo de revisão, publicado em julho 2019, admite-se mesmo a hipótese de que cerca de metade das mortes que ocorrem durante a “estação da Gripe” tenha causa cardiovascular, sendo que os eventos de Enfarte do Miocárdio representam cerca de 30% das ocorrências. Em relação aos doentes internados com Pneumonia, a incidência é cinco vezes superior. 3 Com a administração da vacina da gripe, o risco de eventos cardiovasculares é reduzido em 36% e a vacina da pneumonia pneumocócica ajuda a baixá-lo em 17%. 4 Desta forma, a vacinação assume-se como uma estratégia tanto na prevenção da pneumonia como de complicações cardiovasculares. Em relação à melhor data para a toma, existe algum consenso
de que a administração da vacina da Influenza nos meses de setembro-outubro reduz as causas de mortalidade cardiovascular comparativamente com uma administração mais tardia (novembro-dezembro). 5 Em conclusão, as vacinas são o meio mais eficaz e seguro de proteção contra determinadas doenças. Quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir. É neste cenário de sensibilização da população, dos profissionais de Saúde e dos decisores políticos para a importância da vacinação na idade adulta que a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) junta-se ao MOVA – Movimento Doentes Pela Vacinação.
1- 2016 ESC Guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure European Heart Journal (2016) 37, 2129–2200. 2- Kwong JC, et al. Acute myocardial infarction after laboratory-confirmed influenza infection. N Engl J Med 2018; 378: 345-53. 3 Alain Putot et al Post-Infectious Myocardial Infarction: New Insights for Improved Screening J. Clin. Med. 2019, 8, 827 . 4- Acute Infection and Myocardial Infarction. N Engl J Med 2019; 380:171-176 – Article 9. 5- Adam D. DeVore, MD, MHS Influenza Vaccination in Patients With Heart Failure Time to Give It Our Best Shot Ankeet S. Bhatt, MD, MBA Circulation. 2019; 139:587–589.
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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
SÓNIA VALE Diretora do Programa Nacional para Prevenção e Controlo da Diabetes
A IMPORTÂNCIA DE VALORIZAR E CONTROLAR A DIABETES O Programa Nacional para Prevenção e Controlo da Diabetes, da Direção-Geral da Saúde, nasce da necessidade de reverter e controlar a Diabetes em Portugal. A diretora deste Programa, a médica Sónia Vale, sublinha a importância de a população voltar a ter estilos de vida saudáveis. H - QUAIS OS OBJETIVOS GERAIS DO PLANO NACIONAL PARA A DIABETES? SÓNIA VALE (SV) – Trata-se de um Programa prioritário da Direção-Geral da Saúde (DGS) que visa diminuir a prevalência da Diabetes através de medidas preventivas, como a promoção de uma alimentação saudável e da atividade física; a
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redução da obesidade e o diagnóstico precoce da Diabetes e da pré-Diabetes. A implementação destas estratégias pode ajudar a diminuir a morbilidade e mortalidade associadas à doença e contribuir para uma melhor qualidade de vida dos doentes.
H - EM QUE MEDIDA ESTE PROJETO TEM AJUDADO A COMBATER UM PROBLEMA QUE TENDE A AUMENTAR? SV - Primariamente na prevenção, nomeadamente pela colaboração com outros programas, como acontece com o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, o Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF) e o Plano de Ação para a Literacia em Saúde. Recentemente, e a título de exemplo, foram adotadas medidas que visam a diminuição da quantidade de açúcar nos pacotes de consumo individual, bem como a redução dos açúcares em diversos alimentos. H - A ATIVIDADE FÍSICA É FUNDAMENTAL PARA PREVENIR A DOENÇA? SV – Cerca de 5% da prevalência de Diabetes tipo 2 está associada ao sedentarismo. Com vista a alterar este cenário, o Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física tem em curso várias ações que contribuem para a prevenção do aparecimento da doença. Ou seja, iniciativas que pretendem atuar sobre as pessoas que, embora não apresentem esse quadro clínico, podem já reunir fatores de risco importantes. Quando a doença já se instalou, a prática de atividade física é, também, fundamental para uma melhor gestão e prevenção da sua progressão. Neste sentido, o PNPAF está atualmente a testar, em termos da sua efetividade e custo-efetividade, uma nova consulta de atividade física dirigida, entre outros, a utentes com Diabetes tipo 2. Educar a população para reconhecer comportamentos de vida saudável e os pôr em prática é uma das maiores armas no combate a este flagelo. Por sua vez, nos casos em que a doença já está instalada, o objetivo passa por reduzir a morbi-mortalidade dos doentes. H - PORTUGAL É UM DOS PAÍSES EUROPEUS COM MAIS DIABÉTICOS. O QUE ESTÁ A FALHAR? SV - A alteração de hábitos alimentares pela população e o sedentarismo são problemas a nível mundial e Portugal não fica à parte. É necessário consciencializar a população para estas temáticas e pôr em prática estilos de vida saudáveis. H - A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) COLOCA A DIABETES NO QUARTO LUGAR DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS, ATRIBUINDO AO NOSSO PAÍS UMA DAS TAXAS MAIS ELEVADAS NA EUROPA. O QUE FAZER PARA INVERTER ESTA SITUAÇÃO? SV - O ideal é começar, obviamente, pela prevenção. Como
referimos, “estilos de vida saudáveis” é a mensagem chave. Depois, segue-se o diagnóstico precoce, para que não haja pessoas com Diabetes sem saber que têm a doença e sem a tratar. Este ponto é fundamental para diminuirmos o número de complicações da patologia, aumentar o número de anos de vida com qualidade e também para reduzir a mortalidade. H - AO SER UMA “DOENÇA SILENCIOSA”, PÕE EM RISCO OS DOENTES NÃO DIAGNOSTICADOS. SÃO ESTES OS CASOS MAIS PREOCUPANTES? SV - Esse é, sem dúvida, um ponto preocupante e que é transversal a muitos dos fatores de risco cardiovasculares. A DGS está a desenvolver estratégias, como campanhas de sensibilização e rastreios para diminuir o número de pessoas que não sabem que têm a doença. Estes momentos são igualmente importantes para sensibilizar a população e alertar as pessoas que já apresentam um quadro de pré-diabetes. Sendo esta a situação clínica que precede o diagnóstico da Diabetes tipo 2, aproveitamos para convidar todos os adultos que não têm a doença, e ainda não calcularam o seu risco, a fazer a avaliação de saúde. Para isso terão apenas de fazer o registo de saúde eletrónico. Se tiverem um risco moderado ou superior de desenvolver a patologia, devem solicitar uma consulta com o médico assistente e fazerem o rastreio. Neste contexto, podemos adiantar que um dos objetivos do Programa Nacional para a Diabetes passa pela elaboração de um programa de prevenção para as pessoas com pré-diabetes ou que apresentam um risco muito elevado de desenvolver esse quadro clínico. H – UMA PESSOA COM DIABETES PODE TER UMA VIDA NORMAL? SV - Pode e deve. O objetivo do tratamento passa sempre por minimizar as comorbilidades de forma a que a pessoa possa ter uma vida o mais normal possível. Com os seus cuidados e terapêutica, obviamente, mas com o menor impacto na sua qualidade de vida. H - QUAIS OS CUIDADOS A TER NO DIA-A-DIA? SV - Hábitos de vida saudáveis, cumprir a terapêutica médica prescrita, a sua vigilância e controlo, ir às consultas, fazer os rastreios de comorbilidades e seguir as indicações dadas pela equipa de saúde que o acompanha. Sobre este último ponto, relembro a importância da alimentação adequada, a prática de atividade física e os cuidados com os pés.
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> UM DIA TODAS SERÃO ASSIM
NATÁLIA CRAVEIRO OLIVEIRA Farmacêutica Farmácia Diamantino
SOMOS UMA EQUIPA DE FARMACÊUTICOS QUE TRABALHA PARA A COMUNIDADE! «Estamos conscientes que somos um pilar importante dentro do sistema de saúde pela proximidade e acessibilidade que oferecemos à população». Receber os Prémios Holon “Intervenção Farmacêutica” e “Serviços Complementares” colocou-nos um enorme sorriso nos lábios e uma alegria sem medida no coração. Todos os dias trabalhamos com a consciência de proporcionar às pessoas que nos procuram o nosso melhor atendimento. Tal só é possível se se cumprirem dois requisitos: - Quando, a nível pessoal, cada um de nós se esforça para dar o seu melhor em cada atendimento; - Quando todos formamos uma equipa de excelência! Estes prémios refletem o esforço individual de cada elemento e a colaboração de todos enquanto equipa. Uma equipa de farmacêuticos e técnicos de farmácia, podologistas, nutricionistas e enfermeiros Holon, a quem agradecemos a dedicação que colocam em
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todos os momentos do seu dia de trabalho. Os nossos conhecimentos e experiência complementam-se e, unidos, conseguimos dar respostas mais completas e eficazes às necessidades de cada utente. Vemos cada pessoa como um todo e concentramos a nossa intervenção farmacêutica no que o preocupa, o que muitas vezes envolve patologias como a Diabetes, a Insuficiência Cardíaca, as Doenças da Tiroide ou Dislipidemias. Estamos conscientes que somos um pilar importante dentro do sistema de saúde pela proximidade e acessibilidade que oferecemos à população. Esperamos continuar a trabalhar em equipa para que a vida de todos os que nos procuram tenha mais anos e esses anos tenham mais vida!
Nome: MARIA ANTONIETA COSTA IDADE: 63 ANOS LOCALIDADE: OEIRAS OBJETIVO: EMAGRECIMENTO NOME: AVELINA CHURRO IDADE: 65 ANOS LOCALIDADE: CARCAVELOS OBJETIVO: EMAGRECIMENTO
> NA PRIMEIRA PESSOA
“AO FIM DE UMA SEMANA CONSEGUI EMAGRECER CERCA DE 1 KG!” Maria Antonieta e Avelina Churro são amigas e duas clientes regulares da Farmácia Oeiras Figueirinha. Numa das suas visitas, Maria Antonieta comentou com a equipa que sentia dificuldade em perder peso. As dietas da moda há muito que tinham deixado de ter o efeito desejado e o resultado mais prolongado deixou de existir. Perante a possibilidade de ter um acompanhamento personalizado e adaptado à sua situação, a opção só poderia ser uma: marcar a primeira consulta. «Ao fim de uma semana consegui emagrecer cerca de 1 Kg», relembra incrédula. Os resultados na balança acabaram por aumentar a motivação e o empenho em seguir as recomendações da nutricionista do nosso Serviço de Nutrição Holon. O seu entusiasmo acabou por influenciar uma outra amiga que, semanas depois, acabou por agendar uma avaliação de nutrição na Farmácia Oeiras Figueirinha. «Fiquei entusiasmada com os resultados da minha amiga e pensei em seguir-lhe o exemplo», conta Avelina Churro. Os objetivos eram os mesmos: emagrecer e, principalmente, diminuir a zona abdominal. Ao fim de um ano, e num trabalho de equipa, os objetivos foram
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conseguidos. Ambas perderam 17 kg e continuam empenhadas em alcançar novas metas: Maria Antonieta quer atingir o peso desejado e Avelina manter os quilos que tem atualmente. A personalização do aconselhamento nutricional permitiu adequar as recomendações à medida de cada uma. Em ambos os casos, as orientações passaram pela reeducação alimentar, com o objetivo de atingir e manter um estilo de vida saudável, sem recurso à suplementação. «Hoje sentimo-nos bem e muito mais confiantes», referem. Um sentimento que, adiantam, se deve ao apoio e disponibilidade da equipa da Consulta de Nutrição. «Não são apenas os planos, os conselhos e as metas que nos motivam. Todo o profissionalismo, otimismo e amizade nos incentiva a querer continuar a atingir os nossos objetivos», remata Maria Antonieta.
> FARMÁCIA ATUA
“SER + SAUDÁVEL” É O OBJETIVO DA FARMÁCIA COTOVIOS No âmbito do seu quarto aniversário, a Farmácia Cotovios, em Vila Franca de Xira, organizou a ação Ser + Saudável”, no Bairro do Chabital. Nutrição, pé diabético, medição da pressão arterial, glicemia e colesterol foram as avaliações disponibilizadas gratuitamente à população local, permitindo, assim, «detetar ou prevenir algumas doenças», avançou Daniela Afonso, Diretora Técnica da Farmácia Cotovios. «A realização de exames de rotina, bem como a aquisição de hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercício físico é, de facto, muito importante», sublinhou a responsável, revelando que, no total, foram efetuadas perto de 100 avaliações de saúde. Uma vez que a maioria das pessoas avaliadas não tinha noção dos níveis do seu colesterol, «o nosso objetivo consiste em conhecer o estado real de saúde da população e ajudar a comunidade a ser mais saudável», remata.
A ação, baseada no projeto Holon “A escola, o sol e a alimentação”, permitiu aos mais novos testar os seus conhecimentos sobre proteção solar e alimentação. «O objetivo foi transmitir às crianças, de forma dinâmica e interativa, todos os cuidados necessários para usufruir do sol em segurança, desde o uso correto do protetor solar ao impacto da alimentação na proteção solar”, explicou Joana Ascensão, farmacêutica na Farmácia Pedroso. A iniciativa alertou ainda o público infantil para o impacto que os hábitos inadequados podem vir a ter no futuro, uma vez que a nossa pele tem memória!
SENSIBILIZAR PARA UMA PELE SAUDÁVEL A Farmácia da Moita disponibilizou avaliações da pele totalmente gratuitas à população desta localidade. A ação decorreu no posto de Primeiros Socorros da Praia de Gaio-Rosário e teve como objetivo sensibilizar a população para a importância de uma pele saudável. Apesar de ser benéfica para a saúde, a exposição solar exagerada ou inadequada pode transformar-se num problema. No Serviço de Dermofarmácia Holon, os utentes podem fazer uma avaliação e monitorização pormenorizada da pele e couro cabeludo, através da realização de testes personalizados e de um aconselhamento especializado.
“O SOL É AMIGO”, DIZ A FARMÁCIA PEDROSO A Piscina Praia da Covilhã acolheu a ação de sensibilização “O sol é nosso amigo”, organizada pela Farmácia Pedroso. Em parceria com o Centro de Atividades da Câmara Municipal da Covilhã, a atividade abrangeu cerca de 200 crianças de seis centros de atividades de tempos livres.
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Portugal ainda está longe dos valores ideais em relação à Diabetes. A Federação Internacional de Diabetes afirma que existem 415 milhões de diabéticos em todo o mundo e que, em 2040, o número chegará a 642 milhões. Em Portugal, o Relatório do Observatório Nacional da Diabetes refere que a prevalência da Diabetes Mellitus Tipo 2 é de cerca de 1 milhão, o que corresponde a 13,1% da população adulta entre os 20 e 79 anos. Não é por isso de estranhar a afirmação de José Manuel Boavida, endocrinologista e presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que lamenta que Portugal seja «o país da UE com mais Diabetes». Em seu entender, este cenário é preocupante porque reflete o atraso do sistema no acompanhamento dos problemas da população. «Há um texto da Organização Mundial da Saúde que diz: “se queres saber como está a saúde no teu país, vê como tratam a Diabetes”. Falamos de uma doença que exige muita disciplina da pessoa, o que obriga a que existam respostas de proximidade, profissionais motivados e recursos», explicava em entrevista ao jornal I, a propósito do 40.º aniversário do SNS. E, já na altura, deixava o alerta: «É muito mais fácil os médicos prescreverem medicação do que promoverem uma educação terapêutica, seguirem as pessoas para ver se esses novos hábitos se mantêm». FAMÍLIA MAIS ATENTA À DOENÇA Fatores como o envelhecimento e a obesidade, em particular obesidade infantil e os novos estilos de vida, podem ajudar a explicar estes números negros. Mas não só. Na opinião do responsável, as políticas de saúde estão aquém do desejado: «Continua a faltar um trabalho continuado de prevenção e promoção de hábitos saudáveis». Celebrado anualmente para alertar para a doença, este ano o Dia Mundial da Diabetes, que se assinala a 14 de novembro, têm por mote “Diabetes e Família”. O objetivo passa por «aumentar a consciencialização sobre o impacto que a Diabetes tem na família e na rede de apoio das pessoas com a doença, bem como promover o papel dos familiares na gestão, cuidados, prevenção e educação na Diabetes». PREVENÇÃO, SEMPRE! Apostar numa dieta mais equilibrada e variada e praticar atividade desportiva são algumas das medidas preventivas que
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DIAGNÓSTICO SIMPLES Basta um simples exame de sangue em que se avaliam os níveis de glicose, para saber se é ou não diabético. De acordo com o resultado, classifica-se da seguinte forma: - Resultado inferior a 100 mg/dl: não é diabético; - Resultado acima de 126 mg/dl: diabético; - Valores entre 100 mg/dl e os 126 mg/dl: pré-diabético. Apesar de ainda não ser considerada uma patologia, segundo a Associação Americana de Diabetes, a pré-diabetes é um termo reservado aos indivíduos com valores neste intervalo. Nestes casos recomenda-se a adoção de comportamentos saudáveis para evitar a evolução para Diabetes. Os dados apontam que, a cada 100 pacientes diagnosticados com pré-diabetes, 11 desenvolvem a doença no prazo de apenas um ano. Em 10 anos, mais de 50% de pessoas em prédiabetes terão evoluído para Diabetes.
ajudam, não só, a prevenir a Diabetes, bem como outras patologias. Mas mudar de comportamentos não é fácil! Há muito que se sabe que o tratamento da Diabetes tipo 2 não depende apenas dos tratamentos medicamentosos. As medidas não farmacológicas, em que se inclui a gestão, monitorização da doença e a alteração de hábitos de vida, acabam por ter um papel decisivo no controlo da doença. «A adesão à terapêutica é fundamental para o sucesso terapêutico e o garante da qualidade de vida do doente», refere Ana Sofia Macedo, farmacêutica das Farmácias Holon. Uma consciência que requer muito trabalho de equipa: doente, família e profissional de saúde próximo, como é o caso dos farmacêuticos. IMPORTÂNCIA DOS RASTREIOS Foi exatamente numa farmácia que Maria Castro, então com
36 anos, teve o primeiro alerta sobre a Diabetes. Numa ação de rastreio foi-lhe detetado o valor da glicose elevado o que, aliado a alguns fatores de risco, a levou a procurar ajuda médica. O diagnóstico de Diabetes tipo 2 fez com que Maria Castro passasse a fazer parte das estatísticas da Organização Mundial de Saúde. «Nesse momento percebi que doença não afeta “só os mais velhos”», relembra a profissional da área de marketing. Cinco anos depois, e já com a doença controlada, Maria Castro recorda o que mudou na sua vida: «Depois do diagnóstico, tornei-me uma pessoa mais ativa, com mais vontade de participar em diferentes atividades e hobbies, o que me deu um novo ânimo», conta. A terapêutica adequada, mudanças no estilo de vida, também ao nível da alimentação, e o apoio da farmacêutica que a alertou para a patologia, permite-lhe hoje estar mais tranquila e com a doença controlada. O APOIO DAS ASSOCIAÇÕES
meira linha dos cuidados de saúde primários, Maria procurou também ajuda junto de uma associação de doentes, na qual obteve o apoio e esclarecimentos de que necessitava. «Além das dicas para mudar os meus comportamentos, foi junto de outros doentes que encontrei a força motivacional para lidar com o problema e começar a ter hábitos de vida saudáveis», explica. Uma dessas entidades é a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) que todos os dias trabalha para desmistificar a ideia da Diabetes como doença incapacitante. «A crença de que quem tem Diabetes não pode praticar desporto não faz sentido». Como conta Paula Klose, presidente da AJDP, a associação desenvolve continuamente inúmeras atividades em prol da informação e sensibilização dos jovens. «O exercício físico não é prejudicial para a Diabetes, muito pelo contrário. A atividade física ajuda a controlar a glicemia e a manter o peso, ambos fatores de risco nesta doença. Por outro lado, o desporto traz uma sensação de bem-estar além de que promove a socialização», reforça.
Além do aconselhamento do farmacêutico, que atua na priPLANO DE SAÚDE INDIVIDUAL NAS ESCOLAS A Diabetes tipo 1 (Insulinodependente) é a forma de Diabetes mais frequente nas crianças e nos adolescentes. A pensar no dia escolar deste público, desde setembro de 2019 que está a ser implementado um Plano de Saúde Individual Escolar que tem por objetivo facilitar a inclusão e equidade das crianças e jovens com Diabetes tipo 1. O despacho conjunto dos ministérios da Saúde e da Educação prevê que as escolas públicas devem garantir refeições em horários compatíveis com as necessidades dos alunos com Diabetes tipo 1 e, se necessário, ajustarem as condições em que são realizados exames e aferições por esses estudantes. Para facilitar a adoção destas medidas foi lançado o manual “Crianças e Jovens com Diabetes Tipo I na Escola – Manual de Apoio aos Profissionais de Saúde e de Educação”, editado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e elaborado pelo Programa Nacional para a Diabetes. «A criação deste manual reúne respostas a questões e dúvidas, fundamentais para trazer tranquilidade à comunidade escolar, às famílias e às crianças e jovens», diz a DGS. Em Portugal, existem atualmente cerca de 3.300 crianças e jovens diagnosticados com a Diabetes tipo 1. Mas lembre-se, ter Diabetes já não é sinónimo de incapacidade. A evolução dos tratamentos e a aposta na prevenção permitem (con)viver muitos e longos anos com a doença.
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BEATRIZ MÓNICO Farmacêutica
> HOLON CUIDA
APRENDA A VIVER COM A DIABETES! Viver com a Diabetes nem sempre é fácil, mas existem algumas medidas e estratégias que pode adotar para prevenir as suas complicações e usufruir de uma vida saudável. A Diabetes é uma doença crónica progressiva que se caracteriza por níveis elevados de glicose no sangue. Ocorre quando o nosso organismo não produz insulina suficiente (Diabetes tipo 1) ou quando não responde bem à insulina produzida (Diabetes tipo 2). A descoberta de que se é portador da doença nem sempre é
fácil de aceitar. Porém, não tem de ser sinónimo de uma vida repleta de restrições! Embora a Diabetes seja uma patologia que implica cuidados, pode ser controlada através da adoção de um estilo de vida saudável, da autovigilância regular e da toma adequada da medicação prescrita pelo médico.
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● PRATIQUE EXERCÍCIO FÍSICO REGULARMENTE Além de ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue, a prática de atividade física melhora a sensibilidade à insulina, ajuda a controlar o peso e evita o desenvolvimento de complicações associadas à Diabetes. Paralelamente, fortalece o sistema cardiovascular, os ossos e os músculos. ● DEIXE DE FUMAR O tabaco é um fator de risco conhecido para o desenvolvimento de Diabetes tipo 2, pois aumenta o risco de complicações associadas à doença, principalmente ao nível cardiovascular. Deixar de fumar é o melhor que pode fazer pela sua saúde e pela dos que o rodeiam! ● EVITE AS BEBIDAS ALCOÓLICAS O álcool pode levar a uma diminuição dos níveis de glicemia, pois em quantidades elevadas impede o fígado de regular os níveis de glicose. Se a Diabetes estiver controlada, é possível um consumo moderado e de forma responsável, de preferência às refeições.
O QUE PODE FAZER PARA CUIDAR DE SI? AUTOVIGILÂNCIA O controlo regular dos níveis de glicose no sangue (ou glicemia) permite manter-se informado sobre o seu estado de saúde. As pessoas que fazem tratamento com insulina devem testar este parâmetro com maior frequência, de forma a ir ajustando as respetivas doses e evitar a hipoglicemia. No caso de a sua Diabetes ser controlada com medicação oral ou através da dieta, poderá não ser necessário fazer esta medição diariamente.
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● CONTROLE O PESO Perder algum peso pode ajudá-lo a gerir melhor a Diabetes. Contudo, é importante que saiba que não existe um peso ideal para todas as pessoas. O seu nutricionista Holon poderá ajudá-lo a fazer as escolhas mais adequadas para atingir o seu objetivo. ● COMA DE FORMA SAUDÁVEL E EQUILIBRADA Uma dieta completa, equilibrada e rica em legumes e vegetais variados, fruta, leguminosas e frutos secos ajuda a prevenir complicações decorrentes da doença. Reduza também o consumo de sal, açúcar e gorduras.
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● TENHA ESPECIAL CUIDADO QUANDO ESTÁ DOENTE Quando estamos doentes, o corpo liberta mais glicose para o sangue para ajudar a combater a doença, o que dificulta o controlo dos níveis de glicemia. Neste caso, monitorize este parâmetro com maior frequência, mantenha-se bem hidratado, alimente-se bem e continue a tomar a medicação para a Diabetes, incluindo a insulina, se for o caso.
SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA Procure aprender o mais possível sobre a Diabetes, os seus sinais e sintomas e as suas eventuais complicações. Só assim poderá participar ativamente na gestão da sua doença, melhorar a autovigilância e prevenir complicações. Nas Farmácias Holon pode contar com diversos serviços de acompanhamento à pessoa com Diabetes e com uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde disponíveis para o ajudar e acompanhar no controlo desta patologia.
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A PRIMEIRA “VACINA” DO BEBÉ Barato, prático e conveniente, o aleitamento materno tem inúmeras vantagens para a saúde do bebé e da mãe. Por isso mesmo, é o alimento recomendado pela OMS nos primeiros meses de vida.
«O leite materno é a primeira vacina de um bebé, a primeira e melhor proteção que pode ter contra doenças e outros problemas de saúde. Ao nível mundial as mortes de recém-nascidos representam quase metade de todas as mortes de crianças menores de 5 anos, e o aleitamento, desde a primeira hora de vida, pode fazer a diferença entre a vida e a morte», refere a UNICEF Portugal. Por estes motivos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a European Society of Paediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutri-
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tion – Sociedade Europeia de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica recomendam e incentivam o aleitamento materno, em exclusivo, durante os primeiros 6 meses de vida, altura a partir da qual, está indicada a introdução de alimentos complementares semissólidos e sólidos. No entanto, como frisa o nutricionista Marcelo Dias, «o aleitamento materno deverá ser mantido até, pelo menos, aos 24 meses de vida» e, se possível «até aos 36 meses». Depois disso, e ao longo da vida, os benefícios são inúmeros:
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«passível de conferir proteção a algumas alergias, entre as quais a dermatite atópica, a asma brônquica e a alergia às proteínas do leite de vaca» e «alguns estudos demonstram, ainda, a sua ação protetora em doenças, como Diabetes tipo 1, doença de Crohn, colite ulcerosa, doença celíaca, assim como a redução da taxa de morbilidade e mortalidade neonatal». VANTAGENS PARA A MÃE
«As crianças que são amamentadas têm inclusivamente um índice mais elevado de inteligência e uma capacidade maior na idade adulta de terem melhores empregos e salários», afirma Henrique Barros, diretor do Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública da Faculdade de Medicina do Porto, que gostava de ver o aleitamento materno alvo de maior incentivo e apoio por parte das entidades de saúde. É que, em Portugal, os dados do Estudo do Padrão Alimentar e Crescimento na Infância referem que a duração mediana do aleitamento materno, em exclusivo, é de apenas 4 meses e verifica-se que somente 20,6% das crianças cumpriram as recomendações preconizadas pela OMS. BENEFÍCIOS NATURAIS Além de ser um alimento natural, nutricionalmente completo e de grande complexidade biológica, «nunca é de mais referir que o leite materno é o melhor alimento, para o recém-nascido e lactente, não só pelas suas inúmeras e incontestáveis vantagens nutricionais (composição adequada, melhor digestibilidade e melhor biodisponibilidade dos nutrientes), mas, também, por muitos outros benefícios atribuídos à presença de inúmeras substâncias protetoras e imunomoduladoras, que promovem um melhor desenvolvimento cognitivo, menor incidência e/ou gravidade de infeções de foro gastrintestinal, respiratório e urinário, assim como uma melhor resposta à vacinação», aponta o nutricionista. O leite materno é, também,
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Mas, «o leite materno é muito mais do que um alimento. A prática do aleitamento materno não só constitui um ato de comunicação do bebé, conferindo-lhe uma maior estabilidade emocional, como é igualmente considerado um pré-requisito para a alimentação complementar, já que lhe são reconhecidas propriedades na regulação dos mecanismos de apetite e saciedade», recorda Marcelo Dias. Também para a mãe há vantagens: rápida recuperação pós -parto, ajuda «na recuperação no tamanho do útero, reduzindo assim o risco de hemorragia, retarda o aparecimento da menstruação após o nascimento do bebé e contribui para uma menor incidência de algumas patologias no futuro, tais como o cancro da mama e do ovário, osteoporose e Diabetes tipo 2». Também não se pode negligenciar a ligação emocional entre mãe e filho que se estabelece durante a amamentação e que, segundo o nutricionista, «contribui para uma menor incidência de depressão pós-parto, aumentando o bem-estar e a confiança da mãe». ALIMENTAÇÃO DA MÃE Como em qualquer altura da vida, a mulher deve manter uma alimentação saudável, mas, na fase do aleitamento materno, torna-se ainda mais imperativo que tenha cuidados com a dieta. A Associação Portuguesa de Nutrição (APN) recomenda que deve fazer 6 a 7 refeições por dia e sem intervalos superiores a 3h30 entre as refeições. Além disso, deve «evitar o consumo de alimentos açucarados, salgados ou com muita gordura; não consumir bebidas alcoólicas nem bebidas com cafeína; e ingerir, pelo menos, dois litros de água por dia». Já sobre alguns mitos relacionados com alimentos que contribuem para aumentar a produção de leite, a APN esclarece que «são escassos os estudos que conseguem confirmar estas situações». Assim, recomenda que «cada mãe deve aprender a conhecer o seu corpo e verificar as reações que acontecem após a ingestão alimentar, percebendo o efeito de cada alimento que consome, tanto no seu organismo como nas reações do bebé».
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APTAMIL AJUDA O SISTEMA IMUNITÁRIO3 Nota importante: O leite materno é o alimento ideal para o bebé e deve ser mantido o maior período de tempo possível. Aptamil Leites de Transição é adequado apenas para bebés com mais de 6 meses, como parte da dieta diversificada: não deve ser usado como substituto do leite materno até então. Consulte sempre o seu Profissional de Saúde sobre a melhor nutrição do bebé. 1 - Contém 3 GL HMO (3’ – Galactosil-lactose Oligossacárido do Leite Humano) e AA (Ácido araquidónico); 2 - Dados Nielsen & IMS total de mercado, agosto de 2019. Aptamil 2 tem pelo menos 30% mais oligossacáridos do que a média de mercado dos Leites de Transição, etapa 2, e pelo menos 19 vezes mais oligossacáridos que os produtos homólogos do principal concorrente de mercado (estudo comparativo de rótulos de leites de transição, etapa 2, disponíveis no mercado, em agosto de 2019). *Imagem ilustrativa: representação da comparação da quantidade relativa de oligossacáridos e nutrientes obrigatórios de acordo com a legislação em vigor para fórmulas de transição. Comparação entre Aptamil 2 e leite de transição, etapa 2, do principal concorrente de mercado. 3 - Contém vitaminas C e D que contribuem para o funcionamento normal do sistema imunitário de lactentes e crianças;
ANA CLÁUDIA DIAS Podologista
> PODOLOGIA HOLON
PÉ DIABÉTICO: QUE CALÇADO ESCOLHER? Os sapatos apertados, bicudos, com costuras internas e salto alto causam, frequentemente, lesões no Pé Diabético. Para prevenir complicações futuras, conheça os requisitos na hora de ir às compras. A diminuição ou ausência de sensibilidade causada pelo Pé Diabético leva, muitas vezes, as pessoas com Diabetes a não identificar atempadamente os sintomas deste problema e, consequentemente, o aparecimento de alguma lesão. Entre os principais responsáveis pelo desenvolvimento desta complicação encontra-se o uso de calçado inadequado. Por essa razão, saber escolher um bom par de sapatos é a melhor forma de prevenir complicações futuras. Cuidados A TER EM CONTA Na hora de escolher o calçado é importante que tenha em conta alguns cuidados essenciais. A saber: • Experimentar e comprar o calçado no final do dia. Nesta altura, é normal o volume do pé estar mais aumentado, sobretudo em pessoas que passam muito tempo de pé ou que têm problemas de circulação. • Optar por sapatos de biqueira larga e alta. O calçado deve per-
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mitir que os dedos se mexam livremente, sem sensação de aperto. Um sapato com biqueira larga e alta, evita o aparecimento de unhas encravadas, lesões e alterações estruturais. • A sola deve ser amortecedora e confortável, mas não demasiado flexível. • Tal como as meias, o calçado não deve ter costuras internas, a fim de evitar lesões potenciadas pelo atrito das costuras com a pele. • Preferir calçado feito em material respirável para minimizar a proliferação de fungos e bactérias. • Como os pés vão inchando ao longo do dia, o calçado deve ter atacadores ou velcro para ir regulando conforme a necessidade; • A altura recomendada do salto é entre 2 e 4 cm. A escolha de calçado confortável é sinónimo de conforto geral. No caso das pessoas com Diabetes, esta decisão é ainda mais importante, pois ajuda a prevenir o Pé Diabético e as suas complicações. O podologista é o profissional de saúde que o ajudará a prevenir e tratar patologias no pé. Fale sempre com o seu Podologista Holon.
O Fluimu médico efervesc O Fluimu bronquite complica e no pós aspartam da tosse ZambonP
G3128 O Fluimucil é um medicamento não sujeito a receita médica. Leia atentamente a informação constante da embalagem e do folheto informativo. Em caso de dúvida, agravamento ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. O Fluimucil 2% solução oral contém acetilcisteína 20mg/ml, Fluimucil 4% solução oral contém Acetilcisteína 40mg/ml, Fluimucil 600mg comprimidos efervescentes contém 600mg de Acetilcisteína por comprimido efervescente. O Fluimucil 4%, solução oral e o Fluimucil 600mg comprimidos efervescentes estão indicados como adjuvante mucolítico do tratamento antibacteriano das infecções respiratórias em presença de hipersecreção brônquica. O Fluimucil 2% solução oral está indicado no tratamento de processos patológicos do aparelho respiratório, agudos ou crónicos, que evoluem com hipersecreção e mucoestase tais como bronquite aguda, enfisema, bronquite crónica, bronquite asmática, bronquiectasia. Também está indicado como fluidificante das secreções mucosas e mucopurulentas em casos de otites catarrais, catarros tubáricos, sinusites, rinofaringites, laringotraqueítes. Profilaxia e tratamento das complicações obstrutivas e infecciosas por traqueotomia, preparação para broncoscopias, broncografias e broncoaspirações. Pelas suas características, atenua o esforço de expectoração e facilita manobras de broncoaspiração em anestesia e no pós-operatório. Contra-indicações: Hipersensibilidade à Acetilcisteína ou a qualquer dos excipientes. A Acetilcisteína está contra-indicada em caso de úlcera gastroduodenal. O Fluimucil 600mg comprimidos efervescentes por conter aspartamo como excipiente, está contra-indicado em doentes com fenilcetonúria. Precauções: Doentes asmáticos e com história de broncospasmo. Insuficiência respiratória grave. Doentes debilitados. No caso de diminuição do reflexo da tosse há risco de obstrução da via aérea consequente do aumento da quantidade de secreções. Titular da AIM: Zambon – Produtos Farmacêuticos, Lda. Rua Comandante Enrique Maya, 1; 1500-192 Lisboa; Tel 217600952; 217600954; ZambonPT@zambongroup. com “(V1PG_2%_4% _600_29072016)”.
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JOANA FERREIRA Enfermeira
> PÉ DIABÉTICO HOLON
TEM DIABETES? VIGIE OS SEUS PÉS! O Pé Diabético é uma das complicações mais graves da Diabetes. A educação do doente aliada à vigilância regular do estado de saúde dos pés é essencial para evitar e reduzir o aparecimento de lesões. Descubra a importância de ser seguido no Serviço de Pé Diabético Holon. Caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, a Diabetes pode afetar diversos órgãos do organismo. Os olhos, rins, coração e pés (Neuropatia Diabética Periférica) são, geralmente, os alvos preferidos para manifestar as suas complicações. Por norma, os pés das pessoas com esta enfermidade ficam mais secos e com gretas. Se a estes sintomas estiverem associadas outras patologias, o risco de vir a desenvolver uma úlcera aumenta, originando o Pé Diabético. Quando não tratados em tempo útil, os doentes com esta patologia desenvolvem diversos problemas do pé que podem levar à sua amputação - só no ano de 2017 foram realizadas mais de 1.000 amputações causadas por Pé Diabético. É o caso da Neuropatia Periférica que corresponde a um quadro de lesões nos nervos. Perante esta situação é comum surgirem alterações da sensibilidade do pé, dores, paralisias, formigueiro ou dormência.
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Se tem diabetes diagnosticada e/ou sentir algum destes sintomas, não espere e procure o quanto antes a ajuda de um profissional de saúde. AVALIAÇÃO E EXAME CLÍNICO Todos os diabéticos devem vigiar regularmente o estado de saúde dos pés, de forma a serem identificados fatores de risco para possíveis lesões dos pés. Na consulta do Serviço do Pé Diabético Holon, os utentes vão encontrar uma equipa de Enfermeiros de Cuidados Gerais, devidamente preparados para fazer uma avaliação adequada dos seus pés. Este exame clínico permite classificá-los em categorias de risco de ulceração, que irão determinar a periodicidade de vigilância. O enfermeiro poderá ainda ajudá-lo a adotar medidas de prevenção e de autocuidado com os seus pés.
> PREVENÇÃO SAÚDE
CORANTES: ALIMENTOS COLORIDOS MAS NEM SEMPRE SAUDÁVEIS Os corantes na alimentação vieram para ficar. Os nutricionistas defendem que o setor alimentar está devidamente controlado pelas autoridades. Mesmo assim, esteja atento à rotulagem nutricional. Aperitivos, molhos, produtos de pastelaria e padaria, refeições pré-confecionadas, gelatinas, gomas, refrigerantes... A lista de alimentos que contêm corantes é longa e não há como fugir deles! Apesar de fazerem parte do nosso dia a dia alimentar, a verdade é que a utilização destes aditivos na alimentação não reúne consenso. Os estudos prós e contra o seu uso também não ajudam a dissipar totalmente as dúvidas. Há os que defendem que este tipo de corantes está sob permanente escrutínio das autoridades sanitárias, o que se traduz na segurança alimentar destes produtos, e há os que consideram que o uso destas substâncias só serve para apelar ao consumo.
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EXPERIÊNCIA SENSORIAL CONTA Duarte Torres, professor auxiliar da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), não tem dúvida de que a “comida colorida” é mais apelativa para o consumidor o que, «por si só, não é negativo», já que ato de comer é também uma experimentação sensorial que se pretende prazerosa. «A visão, o sentido com o qual percecionamos a cor, contribui para essa experiência do consumo», defende. Na prática, diz o professor e nutricionista, a adição de corantes aos alimentos tem, sobretudo, dois objetivos: o primeiro é conferir uma cor apelativa e em sintonia com o sabor e aroma do alimento.
ção das crianças”», tranquiliza Duarte Torres. Perante este cenário de fiscalização contínua, «não há razões para “desconfiar” de alimentos que sejam demasiado “coloridos”». A única advertência que poderá existir, alerta, relaciona-se com as quantidades de consumo. «A ingestão de alimentos com corantes é considerada segura desde que não se ultrapassem as doses diárias admissíveis estabelecidas». LEITURA ATENTA DOS RÓTULOS
«Um iogurte com um aroma de morango é sensorialmente mais apelativo se tiver uma cor parecida com a cor dos morangos», exemplifica. Já o segundo objetivo passa por «garantir uma cor constante entre lotes diferentes do mesmo alimento». Sempre que um determinado produto processado não tenha uma cor constante entre lotes, «tal pode ser percecionado pelo consumidor como falta de qualidade e levar à sua rejeição. Os corantes, nestes casos, são usados para corrigir a cor e garantir homogeneidade entre lotes», explica. DEBAIXO DO OLHO DAS AUTORIDADES São inúmeros os estudos que veem com reserva o uso de corantes alimentares. A hiperatividade e dificuldades de concentração em crianças, e a suspeita de agravamento dos sintomas de asma são os principais riscos apontados por um estudo britânico, publicado em 2007 na revista científica The Lancet. Com o objetivo de acalmar os consumidores e garantir um elevado nível de proteção da saúde humana, a Autoridade Europeia para a Segurança (AES) fez recentemente uma reavaliação da segurança dos 45 corantes autorizados em alimentos. Nesta revisão, as quantidades de corantes que podemos consumir diariamente, sem que se antevejam efeitos adversos, «foram revistas em baixa, sendo que um deles, o Red 2G (E 128), foi retirado do mercado devido a dúvidas quanto à sua segurança» explica o especialista da FCNAUP. Por precaução, há diretrizes que se mantêm: «O regulamento europeu nº 1333, de 2008, estabelece que se o alimento contiver os corantes E102 (tartarazina), E104 (amarelo de quinoleína), E110 (amarelo-sol), E122 (carmosina), E124 (Ponceau 4R ) ou E129 (vermelho allura), estes devem ser incluídos no rótulo com a menção “pode causar efeitos negativos na atividade e na aten-
Evitar o consumo regular de alimentos processados industrialmente deve ser a opção a seguir, uma vez que, para além de corantes, estes alimentos poderão conter outras substâncias que podem ser prejudiciais para a saúde. Assim, recomenda o nutricionista, o consumidor deve ler atentamente a lista de ingredientes que consta do rótulo nutricional de cada produto. O especialista relembra que há alimentos como sumos, concentrados de fruta ou de vegetais e especiarias, que podem ser utilizados para conferir cor aos alimentos. No entanto, «estes ingredientes saem da definição regulamentar de corantes porque não são considerados aditivos», finaliza.
SUBSTITUTOS DE CARNE À BASE DE VEGETAIS Estão a chegar aos supermercados “bifes” vegetarianos. Sabem a carne, têm a mesma aparência, textura e aroma, mas são feitos à base de vegetais. Trata-se daquilo que se convencionou chamar plant based meat, ou “imitações de carne à base de plantas”. Duarte Torres desvaloriza esta nova tendência alimentar, porém, adverte que nem tudo aquilo que parece “saudável” o é. «São produtos altamente processados que podem incorporar alguns aditivos, entre os quais corantes. Até à data, não há dados para os considerar mais ou menos seguros do que qualquer outro alimento altamente processado», avalia o nutricionista.
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ANA CATARINA LOPES Nutricionista CARLA CAMPOS CORREIA Nutricionista
> NUTRIÇÃO HOLON
ALIMENTOS COM BAIXO ÍNDICE GLICÉMICO? SIM, PELA SUA SAÚDE! Optar por uma alimentação com baixo índice glicémico é sinónimo de melhoria de algumas doenças crónicas, como a Diabetes Mellitus, as doenças cardiovasculares e a obesidade. Descubra em que alimentos deve apostar.
Sabia que o índice glicémico (IG) é um indicador que diferencia os alimentos fornecedores de hidratos de carbono em função da quantidade de moléculas de glicose que estes possuem? Ou seja, este parâmetro indica a capacidade ou a velocidade que o alimento possui de ser absorvido pelo organismo e de elevar a taxa de açúcar no sangue (glicemia). O QUE SÃO OS HIDRATOS DE CARBONO? Presentes em alimentos como o pão, massas, arroz, batatas e fruta, os hidratos de carbono são nutrientes compostos por carbono, hidrogénio e oxigénio, que constituem a principal fonte de energia do nosso organismo. Podem ser agrupados em hidratos de carbono simples - os açúcares ou monossacarídeos e em complexos - os polissacarídeos ou amido. Como o próprio nome sugere, os hidratos de carbono simples são rapidamente absorvidos pelo nosso organismo, originando uma subida rápida (pico) no nível de açúcar no sangue, contrariamente ao que sucede com os complexos, que nos proporcionam uma sensação de saciedade mais prolongada e ajudam na manutenção dos níveis de glicose sanguínea. Mas não pense que os hidratos de carbono são todos iguais. Todos os alimentos que consumimos são absorvidos e digeridos de forma distinta pelo organismo. É o valor do índice glicémico de cada um deles que permite diferenciá-los quanto ao impacto que têm na oscilação da glicemia no nosso corpo. Por outras palavras, isto significa que a ingestão de alimentos
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de elevado índice glicémico tende a gerar um rápido aumento dos níveis de açúcar no sangue. Já a situação inversa, ou seja, a ingestão de alimentos com baixo IG tende a evitar picos de glicemia e a manter o seu nível sanguíneo estável. Para ser considerado de baixo índice glicémico, um alimento tem de apresentar um valor inferior a 50 quando comparado com outro alimento de referência, normalmente a glicose pura ou o pão branco. Se possuir entre 56 e 60, tem um IG médio e se o valor for acima de 70, estamos perante um alimento de elevado IG. E A CARGA GLICÉMICA? Nos últimos anos, o conceito de índice glicémico caiu em desuso, tendo-se optado pela avaliação da carga glicémica dos alimentos. Como objetivo de estimar o aumento do nível de glicose sanguínea após a ingestão de um determinado alimento, este conceito pode ser calculado através da seguinte equação: Carga Glicémica = Índice Glicémico x Teor de hidratos de carbono disponíveis / 100. Como o efeito total dos hidratos de carbono na glicemia é determinado não só pela qualidade dos hidratos de carbono, mas também pela quantidade ingerida, o conceito de carga glicémica permite incluir nesta avaliação outros fatores, nomeadamente o teor de fibras e de água, que estimam o real impacto de ingestão de um determinado alimento. Tomemos como exemplo a melancia. Apesar de apresentar um elevado índice glicémico, a verdade é que este fruto tem
ALGUNS ALIMENTOS DESMISTIFICADOS baixa carga glicémica. Porquê? O seu alto teor de água atrasa a absorção dos hidratos de carbono. Por essa razão, recomenda-se o seu consumo, mesmo para quem tem Diabetes. Na prática, diz-se que um alimento possui baixa carga glicémica quando os resultados da equação são abaixo de 10 e elevada, quando se encontram acima de 20. QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DOS PICOS DE GLICEMIA? Os níveis de glicemia descontrolados podem causar complicações em órgãos vitais e aumentar o risco cardiovascular. Isso acontece quando a insulina e o glucagon, hormonas produzidas pelo pâncreas, não conseguem cumprir o seu papel de ajudar na estabilização dos níveis de glicemia após a ingestão de alimentos. Existem duas causas que explicam o desenvolvimento da Diabetes: a incapacidade de o pâncreas produzir insulina ou a resistência das células à ação desta hormona. Por ser uma doença diretamente associada a uma dieta inadequada e a um estilo de vida sedentário, recomenda-se a prática de desporto e a adoção de uma alimentação variada e equilibrada.
CENOURA
As cenouras são ricas em fibras, minerais e betacarotenos, um pigmento antioxidante responsável pela sua cor. Quando confecionada, a cenoura mantém o seu valor nutricional - nomeadamente o teor de açúcares e de vitaminas lipossolúveis como a vitamina A –, contudo, o mesmo não acontece com a sua estrutura. Quando cozido, este vegetal vê o seu índice glicémico aumentar de baixo para médio.
MELANCIA
A melancia é um fruto que se caracteriza pelo seu alto teor de água, vitaminas do complexo B e minerais, como ferro, fósforo e cálcio, e principalmente pelo seu baixo valor energético (cerca de 30 kcal por 100g). Apesar de ter um índice glicémico alto, entre 70 a 100, a verdade é que o elevado teor de água e o baixo teor de hidratos de carbono (cerca de 8g/100g alimento), acabam por explicar a sua baixa carga glicémica. Por outro lado, o seu baixo teor de açúcares disponíveis e a elevada quantidade de água ajudam a atrasar a digestão e a absorção destes açúcares, o que faz deste alimento uma opção de consumo muitas vezes aconselhada.
QUAIS OS ALIMENTOS COM MENOR ÍNDICE GLICÉMICO?
BATATA E BATATA DOCE
Agora que sabe que os alimentos de baixo índice glicémico atingem a corrente sanguínea de uma forma mais lenta, promovem a estabilidade da glicemia, fornecem energia de uma forma prolongada e ajudam na regulação da sensação de saciedade, convém conhecê-los. Neste leque de alimentos, podemos destacar: a maçã, pera, leguminosas e vegetais como alimentos de baixo índice glicémico. Já os flocos de aveia e frutas, como a laranja e os pêssegos, apresentam um índice glicémico médio. Para além da composição nutricional, o índice glicémico de um alimento também é influenciado por outros fatores, como o estado de maturação dos alimentos, a quantidade de fibra e gordura, o tipo de confeção, a combinação com outros alimentos, a digestibilidade individual e o nível de resistência à insulina. Devemos, por isso, promover o consumo de alimentos de baixo índice glicémico, geralmente ricos em fibra e com menor grau de maturação, ou combinar alimentos de médio índice com alimentos ricos em fibra, como produtos integrais, vegetais e leguminosas.
PÃO DE MISTURA E PÃO BRANCO
A batata é um tubérculo rico em vitaminas do complexo B e C, fósforo, potássio, cálcio e vitamina K. Tal como a cenoura, este vegetal vê o seu índice glicémico alterar-se ligeiramente consoante o método de confeção. Se em cru e numa porção de 100g, a batata apresenta um índice glicémico baixo, depois de confecionada, assume um IG médio. É por essa razão que se aconselha o seu consumo moderado. A batata-doce, por sua vez, é rica em vitaminas A, C, cálcio e fibra, mas não varia muito nutricionalmente da batata. Apesar disso, o seu índice glicémico é inferior. Existem inúmeras variedades de pão, o que se traduz em índices glicémicos distintos que, por isso, desencadeiam respostas glicémicas e uma saciedade diferentes. O pão de farinhas mais integrais, com maior teor de fibras e hidratos de carbono complexos, apresenta um índice glicémico mais baixo, pelo que confere uma saciedade mais prolongada. Já a chamada baguete branca contém um IG elevado. E um pão de centeio integral possui um índice médio.
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D > RECEITA SAUDÁVEL
INGREDIENTES 4 CENOURAS CRUAS RALADAS (250G) 4 OVOS INTEIROS 2 IOGURTES MAGROS SEM AÇÚCARES ADICIONADOS COM SABOR 2 MEDIDAS (COPO DE IOGURTE) DE FLOCOS DE AVEIA (100G) 1 MEDIDA (COPO DE IOGURTE) DE FARINHA DE TRIGO INTEGRAL (50G) 1 COLHER DE CHÁ DE FERMENTO RASPA DE 1 LIMÃO
Informação nutricional por 100g Calorias (kcal) 121 | Proteínas (g) 7,9 | Hidratos de carbono (g) 12,2 g | Dos quais açúcares (g) 3,3 | Gordura (g) 4,4 | Dos quais ácidos gordos saturados (g) 1,1 | Sal (g) 0,8 | Fibras alimentares (g) 1,7
BOLO DE CENOURA E IOGURTE Modo de preparação: Misturar tudo muito bem e levar ao forno numa forma de silicone, sem qualquer adição de gordura, durante cerca de 30 minutos a 180ºC.
IOGURTE NATURAL: ALTO VALOR BIOLÓGICO O iogurte natural é o produto resultante da fermentação do leite com bactérias lácteas. Este alimento é rico em proteínas de alto valor biológico, vitaminas A, D e
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do complexo B e ainda cálcio e fósforo. Os seus probióticos naturais contribuem para a regulação do trânsito intestinal, sendo de fácil digestibilidade em indivíduos saudáveis. Por terem um índice glicémico baixo são uma boa opção para os lanches da população em geral, bem como para as pessoas com Diabetes. Ainda assim, apesar de serem uma escolha saudável, a verdade é que existem no mercado várias opções com aditivos e açúcares adicionados, o que diminui o seu valor nutricional. Veja com o seu Nutricionista Holon qual a melhor opção para si.
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> VIVA MAIS
Roller Ski
O EXERCÍCIO QUE FAZ BEM AO CORAÇÃO Há uma variante de ski, que não precisa de neve e está a conquistar mais adeptos. Para além de ser considerado um verdadeiro tónico para a saúde cardiovascular, aumenta substancialmente o equilíbrio, a capacidade aeróbica e a coordenação motora. E é muito divertida! O Roller Ski é uma modalidade bastante semelhante ao ski na neve, com a particularidade de ser praticada recorrendo à utilização de esquis com rodas. Foi inicialmente desenvolvida como método de treino para esquiadores que pretendiam efetuar a sua preparação nos meses de verão. Nos últimos anos, o Roller Ski tem ganho adeptos e praticantes em vários países, nomeadamente em países tropicais, como o Brasil. Os esquis com rodas deixaram de ser apenas uma curiosidade, um método de treino, para se transformar
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numa modalidade independente. Hoje, é já um desporto em franco crescimento, fazendo parte das modalidades acreditadas pela Federação Internacional de Esqui. Também em Portugal a moda parece estar a ganhar adeptos. «O nosso país oferece condições excecionais», garante a Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDI-Portugal) que tem vindo a promover este desporto, organizando diversas ações para divulgar esta prática desportiva.
DESPORTO COMPLETO Tal como no ski de neve, a modalidade é considerada um dos desportos mais completos, pois obriga todos os músculos do corpo a trabalhar para conseguir a movimentação necessária para manter o praticante em perfeito controle da situação. Outra vantagem, pode ser praticado durante todo ano. De acordo com a Federação Internacional de Esqui, a ideia tem origem nos países nórdicos que aproveitaram as extensas estradas secundárias e pouco transitadas destes países para treinarem ao longo de todo o ano. Os amantes deste desporto, que são cada vez mais, sustentam que a sua prática aumenta substancialmente o equilíbrio, a coordenação motora e a resistência cardiovascular. CUIDADOS A TER
AMIGO DO CORAÇÃO Apesar de ser ainda pouco conhecido, sabe-se de antemão que este ski com rodas traz claros benefícios para a saúde. Calculase, por exemplo, que uma hora de Roller Ski “queima” mais de 500 calorias. Para além disso, os desportistas que praticam esta atividade aumentam o volume da ventilação pulmonar e melhoram a função respiratória. A combinação destes ganhos em saúde faz com que o coração trabalhe como “um relógio”, tanto no decorrer do exercício físico, como em estado de repouso, uma vez que o ritmo cardíaco abranda consideravelmente. Os peritos em desporto consideram que o Roller Ski é uma das modalidades que exige maior capacidade aeróbica. Por ser uma prática isenta de impactos, sem as indesejadas lesões por sobrecarga, é um desporto aconselhado para quem quer praticar uma modalidade desportiva de média intensidade.
Um dos aspetos menos abonatórios desta atividade reside no preço do material. Para começar a “rodar” terá de abrir os cordões à bolsa para comprar os skis especiais, bastões para cravar no asfalto e proteções para a cabeça, joelhos e cotovelos. Antes de se fazerem à estrada, os novatos deverão socorrer-se dos ensinamentos de alguém mais experiente ou mesmo de um professor da modalidade. Há sempre o perigo de ocorrer uma queda indesejada ou o risco de lesão na região dorsal, que é comum neste tipo de desportos. Mas com cuidado, não há nada a temer!
QUASE 3 MIL QUILÓMETROS EM CIMA DOS SKIS Nos primórdios deste desporto, os movimentos dos praticantes eram lentos, devido ao peso de todo o material, mas hoje em dia esse problema já não se coloca. Os praticantes mais velozes chegam a atingir os 60 quilómetros por hora. O patinador venezuelano César Baena consta no livro dos Recordes do Guinness. Percorreu, pasme-se, nada mais nada menos que 2.852 quilómetros.
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ANA PACHECO Farmacêutica
> DERMOFARMÁCIA HOLON
AÇÚCAR: O INIMIGO DA SUA PELE O consumo excessivo de açúcar está associado ao aparecimento de doenças, como a Diabetes e outros problemas nutricionais. No entanto, já parou para pensar nos danos que o açúcar pode causar na nossa pele? A elastina e o colagénio são substâncias responsáveis pela firmeza da pele. Com o avançar da idade, o nosso organismo perde capacidade de produzir estas fibras, conduzindo ao aparecimento das indesejadas rugas. O consumo excessivo de açúcar desencadeia um processo chamado glicação, que enfraquece as fibras de colagénio e leva à perda de firmeza e elasticidade da pele, especialmente em zonas mais finas do rosto, como o contorno dos olhos. Devemos, então, abolir totalmente o açúcar da nossa alimentação? A resposta é “não necessariamente”, pois este hidrato de carbono funciona como uma importante fonte de energia para o organismo. Assim, o ideal é escolher entre os diferentes tipos de açúcar disponíveis, sendo o não refinado a melhor opção. Outro aspeto a ter em conta é a desidratação, cujo risco aumenta com o avançar da idade. Para evitar este problema, é fundamental consumir alimentos ricos em água e ingerir muitos líquidos ao longo do dia. Além destes, há outros cuidados que se deve adotar diariamente para contrapor o que não se consegue evitar com a alimentação. Falamos dos produtos cosméticos adequados a cada tipo de pele, de preferência com ação antioxidante, e os protetores solares. Estes produtos vão ajudar a proteger a pele contra o envelhecimento precoce, evitando o processo de glicação.
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Lembre-se que a nossa beleza começa no interior, pelo que devemos tentar fazer sempre as opções mais saudáveis. Só assim é possível garantir que a nossa pele reflete todo o bem-estar que lhe proporcionarmos!
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> ENTREVISTA ESPECIAL
FILIPE LA FÉRIA «UM PAÍS SEM CULTURA É UM PAÍS COM PRAZO DE VALIDADE» O encenador afirma que «Portugal não é um país muito dado à cultura». Ainda assim, os seus espetáculos são sucessos de bilheteira, permanecendo em cena durante anos. H - É APONTADO COMO SENDO RESPONSÁVEL PELA REVITALIZAÇÃO DO TEATRO LIGEIRO PORTUGUÊS. REVÊ-SE NESTE “TÍTULO”? FLF - Sim, mas eu não fiz só teatro ligeiro. Eu tenho mais de 50 anos de carreira e passei por todos os géneros. No entanto, o público tem uma grande apetência pelo teatro musical e eu apostei nesse género. Só me revejo nesse título na medida em que procurei dar grande qualidade e rigor a estes espetáculos.
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H - HÁ DIFICULDADE EM FAZER TEATRO EM PORTUGAL? FLF - Portugal não é um país muito dado à cultura. E um país sem cultura é um país com prazo de validade. Ainda assim, os meus espetáculos permanecem em cena vários anos, sempre com lotação esgotada, o que, de facto, é um fenómeno. H - O TEATRO É CLARAMENTE UMA PAIXÃO. COMO SURGIU NA SUA VIDA? FLF - Eu acho que já nasci com o teatro. Sou de uma peque-
na aldeia do Alentejo que, entretanto, se tornou numa uma vila, a Vila Nova de São Bento. Apesar de, na altura, estar muito distante desta realidade, vivi sempre a vida como um grande teatro. Além disso, sempre li muito e as personagens da ficção eram tão importantes como as personagens que eu conhecia. H - O GRANDE PÚBLICO CONHECE-O COMO ENCENADOR E DRAMATURGO, MAS O SEU PERCURSO NO TEATRO COMEÇOU COMO ATOR. FLF – Eu fui ator durante muitos anos, mas sempre gostei de fazer tudo e mais alguma coisa. Eu gosto de escrever, de imaginar os cenários, os figurinos, a música. A ideia de ser apenas ator era muito limitativo para mim. H - A COMÉDIA E OS MUSICAIS SÃO OS ESTILOS QUE MAIS TRABALHA. ALGUMA RAZÃO ESPECIAL PARA ESTA PREFERÊNCIA? FLF – Eu não faço só musicais, também faço espetáculos para a infância, adolescentes e o grande público. Mas gosto muito de musicais. O musical é o teatro total porque junta todas as artes do palco.
H - TEM ALGUM HOBBY? QUAL? FLF – O meu hobby é ir ao Alentejo. Tenho um pequeno Monte, onde gosto muito de estar. É o meu sítio de eleição juntamente com Londres, onde vivi muito tempo, e Nova Iorque. H - O QUE É QUE O FAZ FELIZ? FLF – Viver! Ver o sol nascer. As pessoas não dão muita importância, mas viver é um milagre. H - O QUE É QUE O TIRA DO SÉRIO? FLF – Eu sou um perfecionista e acho que é com muito esforço e trabalho que se atinge a perfeição. Por isso, as pessoas que são muito preguiçosas e pouco trabalhadoras geralmente dão-se muito mal comigo. H - O QUE É QUE O MOVE E MOTIVA? FLF – O que me motiva é sermos cada dia melhores. Não só melhores artistas, mas melhores pessoas. A capacidade de sermos bons uns para os outros é a coisa mais preciosa na vida.
H - HOUVE ALGUM PROJETO QUE O TENHA MARCADO DE FORMA ESPECIAL AO LONGO DA SUA CARREIRA? FLF – Tive muitos, mas não consigo escolher nenhum. Isso é o mesmo que perguntar a um pai qual é o filho que mais gosta. H - COMO EMPRESÁRIO, RECONSTRUIU O TEATRO POLITEAMA. QUE IMPORTÂNCIA TEVE ESTE ACONTECIMENTO? FLF – Total importância. O Teatro Politeama modificou esta zona da cidade. Antes esta era uma rua muito mal frequentada, quase abandonada, e transformou-se na rua mais turística de Lisboa. H - É UMA PESSOA PREOCUPADA COM A SAÚDE? QUE HÁBITOS SAUDÁVEIS GOSTA DE CULTIVAR? FLF – Tenho cuidado com a alimentação e, sobretudo, sou uma pessoa que me deito cedo, não faço uma vida boémia. Ainda há pouco fiz uma série de análises e o médico ligoume e disse “faça mais musicais porque tem uma saúde de ferro”. H - CONHECE AS FARMÁCIAS HOLON? O QUE ACHA DA SUA FORMA DE ESTAR E ATUAR? FLF – São uma marca muito conceituada. Acho que devem apostar na sua divulgação porque têm produtos de enorme qualidade.
Luís Filipe Valente La Féria Orta Idade: A que aparento no palco Onde nasceu: Vila Nova de São Bento Filme: “O Leopardo”, de Luchino Visconti Música: “Casta Diva”, por Maria Callas Viagem: Nova Iorque Comida preferida: Açorda alentejana
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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
ISABEL RAMÔA Secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Diabetologia
SOCIEDADE PORTUGUESA DE DIABETOLOGIA
NÃO TER MEDO DE FALAR DA DIABETES Um milhão de portugueses sofre de diabetes e um em cada dois não o sabe! Estes números só serão revertidos com maior literacia em saúde, menos sedentarismo e melhor educação alimentar. A Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), com 32 anos de história, é uma sociedade invulgarmente transdisciplinar, que junta profissionais ligados à saúde e à investigação que se interessam e se envolvem na melhoria das condições clínicas das pessoas com Diabetes.
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A médica Isabel Ramôa, secretária-geral da SPD e perita em Diabetes, garante que este projeto tem tido um papel ativo no controle e prevenção da patologia se bem que, admite, «ainda continua a ser um problema muito sério». «Sempre fomos uma sociedade dinâmica, com uma consciência
crescente da dimensão do problema da Diabetes em Portugal e no Mundo. Promovemos a execução do Estudo Prevadiab (2009), o primeiro de prevalência da Diabetes em Portugal, em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), e criámos o Observatório Nacional da Diabetes, que acompanha a evolução desta patologia relativamente aos novos casos, complicações, internamentos, e cuidados prestados», relembra a responsável. Um dos momentos-chave da intervenção da Sociedade ocorreu quando a entidade revelou que em Portugal existiam cerca de 1 milhão de portugueses com diabetes e 3 milhões com pré-diabetes. Abanadas as consciências, e com o objetivo de inverter as estatísticas, esta Sociedade Científica tem, desde cedo, colaborado com a DGS na definição do Programa Nacional para a Diabetes. Um trabalho de consultadoria científica que passa pelo delinear das estratégias, bem como das recomendações ao nível das políticas de saúde na área da diabetologia. Mas o seu papel ativo na sociedade vai além de invocar mais e melhores cuidados de saúde para as pessoas com Diabetes. A sensibilização e informação da sociedade civil é determinante para a mudança de comportamentos e, idealmente, o controlo da doença. Para isso, a SPD tem promovido inúmeras iniciativas juntos dos media com vista a aumentar a literacia sobre a Diabetes, a sua prevenção diagnóstico e controlo. Um dos mitos que a entidade tenta esclarecer é o da origem da patologia. Ao contrário do que se imagina, a Diabetes não é apenas uma consequência do consumo excessivo de açúcar ou do avançar da idade, mas sim de um estilo de vida pouco saudável. Apenas uma vida ativa, com a prática de atividade física, e uma alimentação equilibrada e saudável podem contrariar a sua progressão. PORTUGAL “NO VERMELHO” A Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca-a no quarto lugar das principais causas de morte nos países desenvolvidos, atribuindo ao nosso país uma das taxas mais elevadas na Europa. Um cenário preocupante, segundo a médica Isabel Ramôa, que cita o primeiro relatório global da OMS sobre a Diabetes, publicado em 2016, onde se revela que quase um milhão de portugueses com mais de 30 anos sofre de diabetes. «Uma doença que mata mais de 12 pessoas por dia em Portugal», lembra a especialista. «A Diabetes Tipo 2 é reconhecidamente uma doença relacionada com o estilo de vida que as sociedades têm vindo a adotar,
nomeadamente aspetos alimentares e de inatividade física». Uma realidade que afeta essencialmente os países considerados desenvolvidos, mais expostos a hábitos de consumo menos equilibrados. NÃO DIAGNOSTICADOS Ao ser uma “doença silenciosa”, a Diabetes põe em risco as pessoas não diagnosticadas. Aliás, são estes os casos mais preocupantes, refere Isabel Ramôa. Estima-se que a percentagem de doentes não diagnosticados seja cerca de 5.8% dos 13,3% de prevalência em Portugal, isto é, «pelo menos 1 indivíduo em cada 2 diabéticos, não sabe que o é». A especialista avança ainda que o controlo da doença é tanto melhor quanto mais precoce for o diagnóstico. «A Diabetes é atualmente a primeira causa de insuficiência renal em tratamento de hemodiálise, de cegueira e de amputações dos membros inferiores», remata a médica. Daí a importância da prevenção e do rastreio precoce. Se quiser conhecer o seu risco de Diabetes, há um pequeno inquérito disponível nos cuidados de saúde primários ou através da internet, no Portal da Saúde, que pode fazer. Não se esqueça: a Diabetes não tem idade!
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> MONTRA EM DESTAQUE VIBROCIL ACTILONG PROTECT
CEBION EFERVESCENTE A vitamina C contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário, para a redução do cansaço e da fadiga, bem como para o funcionamento adequado do sistema nervoso. Deve tomar 1 comprimido efervescente por dia, tendo o cuidado de dissolvê-lo em 1/2 copo de água ou sumo de frutos.
Com uma nova fórmula que descongestiona rapidamente o nariz e acelera a sua cicatrização, o medicamento ajuda a recuperar 2 dias mais rápido dos sintomas nasais da constipação.* As crianças com idade igual ou superior a 12 anos devem fazer uma pulverização em cada narina até 3 vezes ao dia. Vibrocil Actilong Protect não deve ser utilizado por mais de 7 dias sem indicação médica. Leia atentamente o folheto informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. CHPT/CHVIBR/0027/19 – 09/19
APTAMIL 2 EFFACLAR DUO (+) Com uma fórmula reforçada com a substância Aqua Posae Filiformis1, que ajuda a reequilibrar a pele e a prevenir o reaparecimento das imperfeições, este produto reduz as lesões inflamatórias, retencionais e a hiperpigmentação. A sua eficácia mantém-se 12 horas após a sua aplicação.* Aplique sobre o rosto de manhã e/ou à noite após a limpeza da pele com EFFACLAR Gel mousse purificante. 1Lisado da bactéria Vitreoscilla filiformis cultivada em Água Termal de La Roche-Posay. *Teste instrumental realizado em 43 mulheres com idades compreendidas entre 18 e 45.
*Dados Nielsen & IMS total de mercado, agosto de 2019.
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Devido às suas propriedades hidratantes, emolientes, regeneradoras e protetoras da epiderme, o seu uso está indicado para mãos secas, sensíveis e gretadas. Ajuda também a prevenir o envelhecimento cutâneo e o aparecimento de manchas. Aplique quantas vezes precisar.
> MONTRA EM DESTAQUE MENTALACTION®
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STILNOITE® Conhecido por nos ajudar a dormir como um bebé, este medicamento possui uma tripla ação: facilita o sono; diminui os despertares noturnos; e promove um sono reparador. Para além disso, não cria habituação, nem dependência. Tome 1 comprimido por dia, 30 a 60 minutos antes de deitar, tendo o cuidado de não exceder a dose recomendada. (1.0) Abril 2019. SAPT.CSTN.19.04.0159.
SCHOLL IN BALANCE Graças à sua tecnologia de estrutura de controlo de Movimento®, as palmilhas Scholl In Balance distribuem de forma uniforme o peso do corpo e reduzem a pressão, de forma a estabilizar a posição dos pés e apoiar a passada. A marca disponibiliza dois tipos de palminhas perfeitamente ajustáveis à planta do pé, um direcionado para o alívio da zona lombar e outro para atenuar a dor de joelho e calcanhar. O seu uso está indicado nos casos em que existe dor leve e intermitente nestas zonas após longos períodos em pé.
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> SAÚDE ANIMAL
ANTÓNIO MIEIRO Médico Veterinário
CONHECE OS ALIMENTOS PROIBIDOS PARA O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO? Tal como a nossa dieta deve ser completa, equilibrada e de qualidade, os cães e os gatos também precisam de ter cuidado com os alimentos que ingerem. Os animais de companhia têm a sua alimentação própria, formulada com os ingredientes necessários a um bom desenvolvimento. Contudo, existem vários alimentos que são comuns à nossa dieta e que podem ser consumidos pelos nossos amigos de quatro patas, enquanto outros podem ser nocivos à sua saúde, causando intoxicações, alergias ou mesmo a morte. Os gatos, conhecidos por terem um apetite mais exigente, são bastante minuciosos na hora de escolher aquilo que consomem, pelo que a ocorrência de intoxicações alimentares é muito menos frequente do que no cão. Ainda assim, há que prestar atenção a alguns alimentos mais comuns que podem provocar intoxicações nos felinos, como o chocolate, uvas, passas, abacate, cerejas, cogumelos, cebola e alho. Já no caso dos cães, deve estar atento a alimentos como o chocolate, uvas, passas, nozes, levedura, café, doces que contenham xilitol, abacate, cerejas, cogumelos, bebidas alcoólicas, cebola e alho.
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Também o leite com lactose deve ser evitado quando o cão ou o gato é adulto. Isto deve-se ao facto de, tanto um como o outro, não serem capazes de produzir lactase, a enzima que degrada a lactose, na fase adulta. Há, ainda, uma grande intolerância por parte dos nossos animais relativamente ao sal. Quantidades consideradas moderadas para uma pessoa serão excessivas para um animal, pelo que a recomendação é não incluir sal se cozinhar algo para o seu cão ou gato. Com o aproximar do fim do ano, peço-vos que deem especial atenção a um ponto: as passas! Nesta altura, é habitual prepararmonos para a noite de passagem de ano e comprarmos um saco de passas. Se não houver um cuidado redobrado, corremos o risco de nosso amigo atacar e ingerir todas as passas – Essa situação tem se traduzido num das urgências veterinárias mais comuns no período das festas de fim de ano. Por, cuidados redobrados.
A MELHOR DEFESA É O
No combate contra as pulgas o vencedor é...
permetrina, imidacloprida
Atenção: Não aplicar em gatos
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PAIS COM GRIPE NÃO PRECISAM DE TIRAR O DIA. PRECISAM DE ILVICO. >2
Ilvico, comprimido revestido, é um medicamento não sujeito a receita médica. Ilvico está indicado para o tratamento dos sintomas das constipações e gripes, tais como febre, dor de cabeça, dores dos membros e congestão nasal. Precauções especiais: doentes com insuficiência hepática e/ou renal, anemia, afeções pulmonares ou cardíacas, hipertrofia da próstata e crianças com menos de 6 anos. Este medicamento contém lactose. Leia cuidadosamente o folheto informativo e rotulagem e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico. PRT-NAS-1909-0135a
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